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O Gênero textual Notícia: do jornal impresso ao on-line 1 
 
 
 
BARONI, Daniela (mestre)2 
ROSA, Teresa Ratti de Oliveira3 
MANSUR, Rosana (mestre) 4 
BACELAR, Roberta Baldo (doutora) 5 
Faculdade Anhanguera de Taubaté / São Paulo 
 
 
 
Resumo: O artigo propõe discutir o gênero textual notícia, comparando suas características no jornal 
impresso versus a notícia do jornalismo online. O trabalho utiliza como metodologia a pesquisa 
bibliográfica e justifica-se por considerarmos que a caracterização da notícia, principalmente no que se 
refere a forma, vem sofrendo alterações a partir do advento da Internet, além de uma necessidade de 
adaptação aos avanços tecnológicos. Considera-se ainda que historicamente, a notícia encontra-se melhor 
definida e explorada quando se pensa no veículo impresso, mas, por outro lado, ainda está sendo 
desenvolvida e experimentada na Internet. Dessa forma, ambos os suportes produzem e sofrem alterações 
quanto à forma de produzir e de difundir sua mensagem jornalística. Outro ponto observado é que a 
notícia passa ter uma recepção diferente conforme o suporte (papel ou digital). Por esse motivo, o tema 
notícia deve ser constantemente revisto, analisado e discutido com o objetivo de vir a contribuir com a 
Ciência da Informação e da Comunicação. 
 
Palavras-chave: notícia; jornal impresso; jornalismo online; ciência da informação e comunicação. 
 
 
 
 
1 Trabalho apresentado no GT de História da Mídia Digital, integrante do 9º Encontro Nacional de 
História da Mídia, 2013. 
 
2 Mestre em Comunicação Social pela Universidade Paulista, professora e diretora da Faculdade 
Anhanguera de Taubaté – email: daniela.baroni@anhanguera.com 
 
3 Mestranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de SP, professora e coordenadora 
do curso Tecnólogo em Marketing da Faculdade Anhanguera de Taubaté – email: 
ana.teresa@aedu.com 
 
4 Mestre em Linguística pela Universidade de Taubaté, professora e coordenadora pedagógica da 
Faculdade Anhanguera de Taubaté – email: rosana.mansur@aedu.com 
 
5 Doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, professora e 
 coordenadora do curso de Comunicação Social da Faculdade Anhanguera de Taubaté - email: 
 roberta.baldo@aedu.com 
Introdução 
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica e visa 
inicialmente analisar e definir o conceito do gênero textual jornalístico: a notícia. 
Em seguida, a notícia é analisada desde a sua forma impressa para chegarmos até as 
suas particularidades nos dias de hoje, veiculada pela mídia online. Na atualidade, 
com o advento da Internet, observa-se que a notícia apresenta novas características e 
por esse motivo se discute as especificidades da mídia online, também definida 
como jornalismo online, webjornalismo ou jornalismo digital. 
O interesse em estudar a notícia é porque ela representa o gênero que 
“vende” o jornal, nesse caso em particular pensa-se na mídia impressa, mas essa 
mesma notícia diariamente é veiculada também pelos veículos TV, rádio e web. A 
notícia possui estrutura bem definida, quanto à forma e conteúdo, mas tanto a forma 
como o conteúdo sofrem modificações conforme o suporte. E esse é também outro 
ponto de interesse para discussão, sempre comparando o suporte impresso com o 
digital. 
É a notícia que permite compor a capa diariamente dos jornais em forma de 
manchete e cada embora cada veículo apresente sua linha editorial, em qualquer 
jornalismo de qualidade deve respeitar tal composição. A notícia deve ser sempre 
clara e concisa, e busca-se a maior isenção possível de opiniões. 
Após análise do gênero notícia em jornais impressos são expostas as 
principais características da notícia frente ao entorno digital. São apontadas e 
verificadas as principais particularidades do jornalismo feito na web, como por 
exemplo: a facilidade de atualização de conteúdo, de armazenamento da informação 
e de distribuição dos conteúdos; a interatividade de seus usuários; e seu baixo custo 
de produção. 
O trabalho está estruturado da seguinte maneira: a seguir, inicia-se o estudo e 
exposição do conceito do gênero textual notícia. Na segunda parte, observa-se o 
comportamento da notícia no suporte impresso para posteriormente a notícia ser 
analisada na web. O artigo finaliza com a comparação entre esses dois meios: 
impresso x digital. 
1. O gênero textual notícia 
De acordo com Lustosa (1996:17), “notícia é a técnica de relatar um fato” ou, 
ainda, “notícia é o relato do fato, não o fato”. Contudo, esse relato implica uma 
abordagem própria que, além de descrever fatos que emocionem o leitor, precisa 
despertar seu interesse. 
 Ainda em Lage, (1999:30) “a notícia só é notícia se trouxer informação. Do 
contrário, ela é um relato do nada”. Essa informação é transformada em notícias através 
das técnicas de jornalismo ou de redação jornalística, na própria redação do jornal, 
seguindo uma estrutura característica do gênero e também observando aspectos sócio-
históricos e culturais, pertencentes à esfera em que esse gênero circula. 
 Segundo o mesmo autor, (1999) a notícia é “como o relato de fatos a partir do 
fato importante ou interessante”. Para se produzir uma notícia é preciso que o redator 
pesquise, apure os fatos, selecione os dados importantes e os interprete. Sua linguagem, 
ligada à função referencial, tem estrutura rígida. O autor acrescenta que: 
Conceitos que expressam subjetividade estão excluídos: não é 
notícia o que alguém pensou, imaginou, concebeu, sonhou, mas 
o que alguém disse, propôs, relatou ou confessou. É também 
axiomática, isto é, se afirma como verdadeira: não argumenta, 
não constrói silogismos, não conclui nem sustenta hipóteses. O 
que não é verdade, numa notícia, é fraude ou erro. (Lage, 
1999:30) 
 
Uma vez que, em se tratando de notícia, o relato é mais importante e não o fato, 
o que dará consistência a um acontecimento é o texto, e para que isso ocorra, é 
necessário seguir uma estrutura característica do gênero bem como observar aspectos 
sócio-históricos e culturais, pertencentes à esfera em que esse gênero circula. Dessa 
forma, desenvolveu-se de forma gradativa, uma estrutura especial para transformar fatos 
em notícia, obedecendo aos avanços e necessidade vigentes da cada época. 
 Kauffmann (2004:3), que enfatiza os liames frágeis entre os gêneros presentes 
no jornalismo impresso, com base em Manuais de Redação de jornais diversos, assim 
elenca as características da notícia: 
1) “Relata a informação de maneira mais objetiva possível”.(MR, 2001) 
2) “Puro registro dos fatos, sem opinião”.(MR, 2001:88) 
3) “Puro registro dos fatos importantes que merecem estar no jornal. Sem 
comentários, juízos de valor ou interpretação”.(MGR, 1987:156) 
4) “É a informação que se reveste de interesse jornalístico”.(MGR, 1984) 
 5) “... é um relato mais ou menos breve sobre um fato”.(Noblat, 2002:94) 
 6) “É o relato mais curto de um fato”.(Noblat, 2002:130) 
 7) “... o relato de uma série de fatos a partir do fato mais importante, e este, de 
seu aspecto mais importante”.(Lage, 1998:25-26) 
8) “De modo geral, descreve o fato e, no máximo, seus efeitos e consequências. 
... A notícia não esgota o fato; a reportagem pretende fazê-lo.” (MRE, 1997:254) 
9) “É o relato integral de um fato que já eclodiu no organismo social”.(Melo, 
1994:65) 
A notícia ainda pode ser definida como 
“(...) a informação concisa de fato jornalístico, com referência, 
sempre que possível, a lugar, modo, causa, momento, e pessoas 
ou coisas nele envolvidas. Limita-se à narração do fato, sem 
nenhuma análise, interpretação, comentário ou pormenor 
dispensável. O fato deve refletir-se nela como essencialmente é: 
bom ou mau sério ou jocoso, soleneou pitoresco, agradável ou 
desagradável, sem nenhuma preocupação do autor em ser 
favorável ou contrário à pessoa ou situação de que se trate. A 
notícia pode veicular opinião ou apreciação de pessoas que 
participaram do fato, mas sempre entre aspas.” (Nabantino 
Ramos, 1970:171) 
 
As estruturas pertencentes à esfera do gênero textual notícia de jornal 
desenvolveram-se, ao longo dos tempos, de forma gradativa, obedecendo a avanços e 
necessidades vigentes de cada época, pois o jornal não pôde ficar parado no tempo; teve 
que acompanhar o desenvolvimento do rádio, da televisão e agora da Internet. Com isso 
a sua apresentação também mudou para poder competir com os outros meios de 
comunicação. 
Este trabalho enfoca um dos formatos que o jornal assume na época atual: o 
jornal eletrônico, que discutimos a seguir. Essa discussão será feita com base nos 
contextos de produção e circulação desse gênero em sua estrutura textual e em suas 
características linguísticas. 
 
 
2. Jornal Online 
Essa discussão será feita com base nos contextos de produção e circulação desse 
gênero e em suas características discursivas (Lopes-Rossi). 
De acordo com Squirra (1998:20), o jornalismo eletrônico, também chamado de 
Jornalismo “online”, Jornalismo digital, Jornalismo via internet, ou mesmo 
CiberJornalismo, é um fenômeno midiático recente que surge no bojo das 
transformações decorrentes da disseminação das novas tecnologias de comunicação , no 
caso a Internet. 
O sucesso de Jornalismo “online” disseminou-se com rapidez e, desencadeou 
alterações profundas, de forma e de conteúdo (o chamado “suporte”). Se num primeiro 
momento resumia-se a, o que já era potencialmente revolucionário, disponibilizar na 
rede em formato “html”, a mesma edição impressa e com o mesmo conteúdo editorial, 
renovado a cada vinte e quatro horas, já permitia a concretização de um sonho do todo 
leitor, ou pesquisador da mídia internacional: o acesso diário a inúmeras publicações de 
acesso praticamente inviável, dentro dos parâmetros historicamente conhecidos como 
custos elevados, dificuldades e demora no recebimento das edições, etc. 
De acordo com Sanches (1997:35), a Internet, com as suas características 
próprias, não pode ser vista apenas como um lugar de circulação das modalidades 
jornalísticas já consolidadas (como apenas jornalismo veiculado “na Internet”), mas 
como uma mídia específica para uma nova prática jornalística, ou seja, uma nova 
modalidade, própria para as particularidades e as potencialidades dessa nova mídia (o 
jornalismo “para a Internet”). 
O termo “jornalismo digital” é adotado por Rodrigues (2001:86) como uma 
modalidade em forma de construção. Essa nomeação para a autora, parece insuficiente, 
pois o que se tem, na verdade, é um texto eletrônico, processado digitalmente e 
teletransportado, daí decorrem diferentes nomeações para essa nova modalidade em 
construção e para seus elementos constitutivos, como jornalismo multimídia, Web 
journalism, online journalism; jornal digital, jornal online, periodismo digital, jornalista 
virtual, eletronic journalist, e-journalist Net-repórter, Web journalist, online journalist 
still etc. 
De acordo com a autora, mesmo que essa modalidade esteja ainda vinculada ao 
jornalismo impresso, as diferenças vão se produzindo. A autora comenta a natureza 
multimidiática (convergência de várias mídias semióticas: texto oral e escrito, imagem 
etc.) do “jornalismo digital”. Isso permite, por exemplo, que se divulgue uma entrevista 
em áudio e vídeo. Os textos escritos passam a ser construídos, divididos em camadas 
(forma hipertextual), aliados aos recursos de áudio e vídeo. O parâmetro para a noção da 
extensão do texto escrito deixa de ser a lauda ou o número de caracteres. Entretanto, 
essa mudança dos critérios de avaliação do seu tamanho não deve levar a crer que o 
texto jornalístico na Internet possa ter qualquer extensão. A tendência é por textos 
curtos. 
Após a explanação do gênero notícia e suas particularidades quando veiculada 
em suportes diferentes, realiza-se a seguir, exposição das diferenças entre o jornal 
impresso e o jornal online. 
 
 
3. Jornalismo Impresso x Jornalismo Online 
Em relação à distinção entre Jornalismo online e Jornalismo impresso, Squirra 
(1998), menciona entre outras características peculiares, o fato inusitado de possibilitar 
ao leitor um quase que infinito adicional de informações, graças ao inédito ferramental 
de interatividade que permite a navegação entre as diversas editorias, agregando 
informações de interesse sem limitações de espaço, forma ou de conteúdo. Uma outra 
característica enfatizada pelo autor seria o de permitir que um determinado fato seja 
apreciado, analisado e, consequentemente reelaborado, com um número imprevisível de 
outras opiniões, ampliando a função interpretativa do Jornalismo tradicional, pelo leque 
de diversidade que viabiliza. 
Assim sendo, o autor enfoca a utilização de links, disponíveis a um simples 
toque no mouse, ampliando ainda mais o poder de intra e inter textualidade das 
matérias. Essa disponibilidade de links permite ao leitor processar e agregar 
informações relacionadas ao seu foco de interesse. Ainda em Squirra (1998), seria a 
partir daí, a importância desse diferencial no jornal online em relação ao impresso: 
Ferramentas de grande importância, neste aspecto, são os 
arquivos dos jornais, tradicionalmente de acesso restrito e de 
elevado custo de manutenção e atualização, e que agora ficam 
abertos ao público, ampliando as possibilidades de consultas a 
edições antigas e pesquisas relacionadas à memória social. 
(Squirra,1998) 
 
Schwarts (1997; 09) observa que tem ocorrido uma inexplicável ansiedade por 
parte de empresas e pessoas para estarem presentes na web o que resulta em um 
constante aumento do número de sites. Segundo esse autor, há a criação de uma nova 
economia denominada “redonomía”: sem limites físicos, onde seu crescimento baseia-se 
na qualidade da informação e é impulsionada por quatro principais grupos – os 
consumidores, os criadores de conteúdo, os comerciantes e as empresas de 
infraestrutura. 
Para Mannarino (2000), o jornal digital como veículo de comunicação e sistema 
de informação tem um papel inovador e eficiente na perspectiva da Ciência da 
Informação: 
As empresas jornalísticas possuem a história das sociedades 
urbanas contemporâneas armazenada em recortes de jornais 
empoeirados separados em pastas organizadas em prateleiras e 
intermináveis rolos de microfilmes de páginas de jornal. É 
possível afirmar, contudo, que tais dispositivos são nada 
adequados a um amplo, ágil e eficiente uso do rico acervo de 
informações que contêm. Na perspectiva da Ciência da 
Informação, um Sistema de Informação possui cinco 
características básicas: 1) a informação é para o uso; 2) a cada 
usuário, sua informação; 3) a cada informação, seu usuário; 4) 
economize o tempo do usuário; e 5) um sistema de informação é 
um organismo em crescimento. (Mannarino, 2000) 
 
 
O autor seleciona os benefícios que o leitor usufruirá quando da assimilação de 
inovações que o Jornalismo eletrônico possibilita: 
1) liberdade com a questão da limitação de espaço; 
2) personalização: é permitido ao leitor formatar seu jornal segundo seus 
interesses e necessidades, inclusive agendando o momento e grau de aprofundamento 
que deseja; 
3) interação: possibilidade de uma imediata e permanente intercomunicação 
entre emissor e receptor, dando um fim ao sistema anti-democrático de mão única que 
caracteriza a mídia impressa tradicional; 
4) multiplicação e universalização: áudio, vídeo e animações passam a ser parte 
integrante da edição. 
Hoje, qualquer pessoa que disponha de uma linha telefônica e um computador 
provido de modem está dispondo de inúmeros jornais de credibilidadeinternacional. 
Ainda em Mannarino (1999), o autor esclarece as vantagens do Jornalismo 
Eletrônico comparado ao Jornal impresso mencionando que na web, os artigos e 
reportagens podem ser complementados com informações adicionais que não teriam 
espaço nas edições em papel. As notícias podem ser atualizadas várias vezes durante o 
dia e acessadas instantaneamente por leitores em qualquer parte do mundo. Um outro 
fator é que no webjornalismo, há também a possibilidade de se implantar serviços 
especiais, como consulta a bancos de dados com arquivos das edições passadas, 
classificados online, programas de busca, fóruns de discussão abertos ao público. 
O autor esclarece que se a equipe do jornal impresso passar uma notícia para a 
versão online, essa deve ser reformulada. O webjornalista deve pegar os dados 
essenciais da matéria impressa e adequá-la à internet. Assim se divulga a informação 
sem prejudicar a versão impressa que sairá no dia seguinte. 
Consoante ao autor, o mais indicado é que as equipes das versões impressas e 
online de um mesmo jornal desenvolvam um trabalho unificado e contínuo. A redação 
online precisa acompanhar as pautas de impresso e sinalizar para os repórteres as coisas 
que eles podem passar para eles em termos de informação e vice-versa. Isso deve 
ocorrer ao longo do dia, entrando em contato pelo rádio, por telefone etc., sempre que 
houver informação nova. 
De acordo com Squirra (1998), no meio online, o deadline (como é chamado o 
horário de fechamento das edições impressas) é a todo o momento. A instantaneidade 
também. A notícia acontece e logo tem que entrar no ar pela internet. No impresso ela 
só estará disponível para o leitor no outro dia. 
Por outro lado, ainda em Marianno (1999), a vantagem do jornal impresso em 
relação ao jornal eletrônico está no fato de que por mais que seja a evolução das telas 
dos computadores no futuro (leves, portáteis, de cristal líquido), eles jamais terão a 
capacidade do jornal de serem dobrados ou enrolados e levados por toda parte. 
 
Considerações Finais 
O gênero textual notícia caracteriza-se como a forma de relatar um fato, tal 
forma deve seguir um padrão para que seja definida como tal; precisa ser clara, concisa 
e isenta de opiniões pessoais. A notícia é a transmissão de uma informação, de um fato 
atual e real, esse fato precisa ser relevante, e escrita com uma linguagem simples e 
direta. 
A notícia pode assumir forma e conteúdo que se diferem quanto ao suporte. As 
estruturas do gênero textual notícia de jornal desenvolveram-se (e ainda encontram-se 
em desenvolvimento), ao longo dos tempos, de forma gradativa, obedecendo a avanços 
e necessidades vigentes de cada época, pois o jornal não pôde ficar parado no tempo; 
teve que acompanhar o desenvolvimento do rádio, da televisão e agora da Internet. Com 
isso a sua forma de apresentação também mudou para poder competir com os outros 
meios de comunicação em busca de audiência (leitores). 
Observou-se que na web a notícia passou a ser difundida por meio da 
hipertextualidade, o que levou o gênero a agrupar em um único espaço a notícia que 
pode ser escrita e também falada e assistida (multimídia), além da possibilidade da 
leitura dar-se por meio de links que levam o leitor a outros conteúdos diversos. Nesse 
artigo definiu-se essa característica como a multiplicação e universalização. 
O webjornalismo também possibilitou que a recepção da notícia passasse a ter 
interação e personalização. O jornalista experimenta agora novas percepções quanto ao 
tempo e o espaço. Por exemplo, a periodicidade para as publicações, assim como os 
prazos de atualização das informações foram alterados, pois as mensagens são 
publicadas de maneira quase que instantânea. Quanto ao espaço, o armazenamento, o 
tamanho das mensagens veiculadas e sua universalização também passaram a desafiar o 
trabalho diário do ciberjornalista. 
Finalmente, embora o texto escrito ainda seja a base do jornal impresso e do 
digital, verificou-se que um suporte influencia o outro e ambos encontram-se em 
processo de desenvolvimento histórico. Por esse motivo a busca pelo conceito do 
gênero textual notícia será sempre um tema atual e deverá ser permanentemente revisto, 
analisado e discutido. 
 
Abreviaturas: 
 
MGR, 1984: Manual Geral da Redação (Folha de S.Paulo) 
MGR, 1987: Manual Geral da Redação (Folha de São Paulo) 
NMR, 1992: Novo Manual da Redação (Folha de S.Paulo) 
MR, 2001: Manual da Redação (Folha de S.Paulo) 
MRE: Manual de Redação e Estilo (O Estado de S. Paulo), 3ªed. (1987) 
 
Referências 
 
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para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
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brasileira: subsídios para uma classificação automática de gêneros. 2004 Dissertação 
de Mestrado ( em Lingüística Aplicada e Estudos de Linguagem) Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo). 
 
LAGE, N. Ideologia e Técnica da Notícia. Petrópolis: Editora Vozes, 1998. 
 
LOPES-ROSSI, Maria Aparecida Garcia. Gêneros discursivos no ensino de leitura e 
produção de textos. Taubaté – São Paulo: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2002. 
 
 
LUSTOSA , E. O texto da notícia. Brasília: Editora UnB.,1986. 
 
NABANTINO Ramos, J. (1970). Jornalismo – Dicionário Enciclopédico. São Paulo: 
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SCHWARTS, Evan I.: La prensa em marcha em La World Wide Web, Traducido por 
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