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	Nome da Revista	Ano	Volume	Número	Título do Artigo	Autor(es)	Tema	Código primário	Código secundário	Resumo	Palavras chaves
	CADERNOS DE PESQUISA - ANPED	jan./abr. 2009	14	40	A pesquisa sobre a organização da escolaridade em ciclos no Brasil (2000-2006): mapeamento e problematizações	Mainardes, Jefferson	POLÍTICA EDUCACIONAL	nao preencher	Nao preencher	Este artigo apresenta uma análise de 123 teses e dissertações sobre a organização da escolaridade em ciclos no Brasil, defendidas no período de 2000 a 2006. Constitui-se em uma tentativa de realizar uma revisão sistemática da pesquisa sobre esse tema, com o objetivo de identificar os principais problemas, tendências, contribuições e lacunas a ele relacionados. A partir da análise desses trabalhos, o artigo explora dois aspectos específicos: a relação macro e micro e a discussão sobre os fundamentos da política (escola em ciclos). O artigo indica que é necessário aprofundar aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa sobre ciclos, considerar as determinações mais amplas relacionadas à política, bem como o sistema de mediações, de forma que se busque a compreensão do conjunto das relações que estabelece com os demais fenômenos e com a totalidade.	 escola em ciclos; política educacional; revisão de literatura
	jan./abr. 2009	14	40	A organização escolar em ciclos e a questão da igualdade substantiva	Miranda, Marília Gouvea de	CURRICULUM E IGUALDADE	O artigo discute alguns fundamentos das propostas da organização escolar em ciclos e suas implicações, a partir da compreensão de que a proposta de ciclos precisa agregar novo sentido de escola ao critério de não-retenção para afirmar sua distinção perante propostas de progressão continuada. Pergunta: se a escola deve mudar, quais são os princípios que orientam essa mudança na perspectiva da escola de ciclos? O entendimento é de que o debate acerca dessas políticas nem sempre apresenta claramente o conjunto de princípios que as fundamenta. Propõe uma discussão inicial acerca da pertinência de aludir à psicologia como sua principal referência, passando à questão considerada mais determinante: a compreensão dos sentidos atribuídos à educação escolar contemporânea, em que se insere o embate entre o discurso liberal da igualdade, com suas variantes atuais em defesa das diferenças, e o princípio da igualdade substantiva. Aborda a tendência à redefinição ou mesmo à supressão do princípio de igualdade, o que se expressa predominantemente: a) pela proposição de um "liberalismo igualitário", que tende a substituir igualdade por equidade, e b) pela defesa de um princípio da diversidade como crítica ao preceito da igualdade. Em contraposição a essas perspectivas, ressalta a igualdade substantiva (Mészáros) como um princípio orientador geral no enfrentamento das desigualdades sociais. O artigo indica, assim, a importância de investigar como as propostas de ciclos se situam em relação a esse embate.	escola de ciclos; desigualdades sociais; equidade; igualdade substantiva.
	jan./abr. 2009	14	40	A organização do ensino fundamental em ciclos: algumas questões	Alavarse, Ocimar Munhoz	CURRICULUM 	No artigo são problematizados alguns aspectos associados à organização do ensino fundamental em ciclos, a partir de iniciativas em redes públicas de ensino e da literatura relativa à temática. A implantação dos ciclos, com diferenças de várias ordens, intensificou-se com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e é apresentada como uma alternativa à seriação e ao fracasso escolar, especialmente quanto às altas taxas de reprovação e ao baixo aproveitamento dos alunos brasileiros, sendo também acompanhada de fortes resistências e polêmicas. Da perspectiva da democratização da escola, enfocam-se os desafios da igualdade de resultados, como aprofundamento da igualdade de oportunidades, o que compreende o tensionamento da seriação e da repetência escolar como expediente pedagógico, com destaque para os objetivos escolares e as implicações pedagógicas que os ciclos imporiam. Contudo, se os ciclos não podem ser associados à queda de qualidade do ensino, pondera-se que, apesar de seu enorme potencial democrático, ainda não foram atingidos os objetivos preconizados com sua adoção.	ensino fundamental; ciclos; seriação; democratização do ensino.
	jan./abr. 2009	14	40	 A implementação dos ciclos de formação em Porto Alegre: para além de uma discussão do espaço-tempo escolar	Fetzner, Andréa Rosana	CURRICULUM	O artigo propõe a reflexão sobre as condições em que os ciclos de formação foram implementados na rede municipal de ensino de Porto Alegre. Situam-se as relações entre sociedade e cultura escolar; apresenta-se a gênese do conceito de ciclos, com referência nos estudos de Vygotsky e Wallon; retomam-se algumas propostas educacionais consideradas inéditos viáveis na educação brasileira, tais como a escola primária integral e a educação popular; e, ao final, apresentam-se algumas situações específicas de Porto Alegre em relação a outras propostas de ciclos contemporâneas. O conceito de cultura escolar é o foco na análise das práticas e indica a transição de processos escolares conservadores para processos democratizantes.	ciclos; participação popular; cultura escolar.
	jan./abr. 2009	14	40	 Os ciclos de formação como alternativa para a inclusão escolar	Dalben, Ângela Imaculada Loureiro de Freitas	CURRICULUM	A partir da década de 1980, a cultura escolar passou a ser foco dos debates sobre as necessidades urgentes de construção de uma escola capaz de abrigar a diversidade da população escolarizável do país, para enfrentar o fracasso escolar e resolver o problema do analfabetismo e das desigualdades de acesso aos bens culturais da humanidade. Entre as alternativas, a organização da escola por ciclos passou a ser uma das alternativas apresentadas pelas propostas mais ousadas de mudança dessa cultura. Este trabalho discute parte dessa questão, situando a seguinte pergunta: seria a mudança da organização do trabalho escolar da seriação para a escola ciclada a alternativa para o enfrentamento do fracasso escolar na escola pública? Tomamos por base as pesquisas realizadas junto à rede municipal de Belo Horizonte, nos processos de implantação e implementação do Projeto Político-Pedagógico Escola Plural, em palco desde 1995. A pesquisa que deu suporte a essas reflexões discute as experiências práticas de implementação da organização por ciclos nas escolas e as dificuldades e os desafios vividos diante das condições de trabalho numa rede que decidiu por alterar a organização do trabalho em todo o sistema de uma só vez.	Escola Plural; ciclos de formação
	jan./abr. 2009	14	40	Jovens produzindo identidades sexuais	Epstein, Debbie; Johnson, Richard	SEXUALIDADE	Nesse artigo analisamos a formação das identidades sexuais de jovens, a partir de uma série de exemplos retirados de trabalhos de campo, no decorrer de vários anos e em diferentes projetos de pesquisa. Argumentamos que os jovens se produzem como atores generificados e sexualizados em e por meio de certas relações centrais. Seus contextos mais imediatos são suas próprias culturas sexuais, formadas em relação a espaços institucionais como escolas, cultura popular comercial e relações domésticas e familiares. Sugerimos que as identidades são poderosamente formadas por meio do que Connell chama de "práticas reflexivas do corpo" - ou seja, o circuito de efeitos entre experiências corporais, vida emocional e explicações culturais. É importante observar, no entanto, que essas experiências e entendimentos são desenvolvidos no contexto de relações sociais de poder. As diferenças sexuais, por exemplo, são sempre acompanhadas e mutuamente moldadas por outras "diferenças que fazem diferença" na vida cotidiana das pessoas, tais como raça, gênero ou corporificação. Interações imediatas, face a face, estão sempre imbuídas de formações culturais mais amplas em torno do sexual, que são reproduzidas e às vezes modificadas em práticas como representação na mídia, processos políticos e legais, venda e consumo
de bens, educação e conhecimentos científicos, profissionais e especializados. Sugerimos que tais entendimentos têm implicações consideráveis para práticas profissionais, pois indicam que os praticantes - por exemplo de profissões de cuidado, ensino ou assistência médica - estão direta e ativamente envolvidos na construção da identidade de seus jovens clientes, alunos ou pacientes, ao mesmo tempo em que constroem suas próprias identidades profissionais. Finalizamos argumentando que a prática ética com jovens em relação às suas identidades sexuais emergentes somente é alcançável quando os profissionais são autorreflexivos no que diz respeito às limitações de seus próprios horizontes e cientes de sua parcialidade.	identidade; corporificação; práticas reflexivas do corpo; jovens
	jan./abr. 2009	14	40	Docência, cinema e televisão: questões sobre formação ética e estética	Fischer, Rosa Maria Bueno	MIDIAS	O propósito deste artigo é discutir o tema da formação ético-estética docente tendo como ferramenta teórica principal os conceitos tratados por Michel Foucault no curso A hermenêutica do sujeito. O texto defende o argumento de que a educação ética e estética e a educação do olhar e da sensibilidade poderiam constituir-se como parte fundamental da formação docente. Assumo a posição de que a formação ética e estética poderia ser relacionada a um trabalho de imersão nas imagens audiovisuais, nos exercícios com sons, movimentos, diálogos e cores das imagens do cinema e da televisão, especialmente quando se trata de narrativas que fogem aos esquemas convencionais de apelo ao mero espetáculo. Com base em Michel Foucault e nos filósofos clássicos gregos e romanos por ele estudados, bem como nas obras de Alain Badiou sobre cinema, o texto discorre a respeito da possibilidade do estabelecimento de relações entre filosofia e formação docente, trazendo para o debate três produções (duas do cinema norte-americano e uma da televisão brasileira). A docência, no âmbito dessa discussão, é tratada como lugar privilegiado de experimentação, de transformação de si e de indagação permanente sobre de que modo nos tornamos o que somos, particularmente no campo da educação.	formação de professores; cinema; televisão; ética; estética.
	jan./abr. 2009	14	40	Alimentação e escola: significados e implicações curriculares da merenda escolar	Bezerra, José Arimatea Barros	CURRICULUM	Estudo sobre o comer na escola, cujo objeto central de investigação foram os significados que a merenda escolar adquire, como prática concreta e como discurso, no contexto de uma escola pública de ensino fundamental. As teorias das representações sociais, da ação social e crítica do currículo, complementadas por conceitos socioantropológicos de comida e alimento, casa e rua e estudos qualitativos em alimentação escolar constituíram o suporte teórico principal da investigação. Concluiu-se que: as representações sociais sobre a merenda escolar elaboradas pelos profissionais da escola geram um habitus correspondente que tende a orientar as disposições práticas relacionadas ao comer na escola, à organização do trabalho pedagógico e à jornada escolar.	merenda escolar; currículo; escola pública; ensino fundamental.
	jan./abr. 2009	14	40	A inclusão escolar do ponto de vista dos professores: o processo de constituição de um discurso	Anjos, Hildete Pereira dos; Andrade, Emmanuele Pereira de; Pereira, Mirian Rosa	CURRICULUM	O artigo analisa, nas falas dos professores da rede pública, as referências à inclusão de alunos com deficiência. Tais falas foram coletadas em entrevistas não-estruturadas, interpretadas seguindo os princípios da análise de discurso e organizadas em três grupos de sentido: concepções de base, o lugar de si e o lugar do outro. Aparece, no discurso, uma naturalização das temáticas da deficiência e da normalidade. O falante descreve-se como parte do processo inclusivo, mesmo relatando sentimentos como impotência, frustração e despreparo. Essa participação limita-se à sala de aula, evidenciando certa passividade com relação às carências da educação. Distingue-se do restante o mundo onde o professor tem função de direção (a sala de aula). As relações entre governo, pais, atendimento especializado e a ação pedagógica aparecem fragmentadas. Os fatores apontados como desfavoráveis à inclusão são naturalizados. Essa distinção entre o mundo pedagógico e o restante reforça uma concepção de inclusão como produto acabado, naturalizando-a e separando o processo inclusivo das relações entre inclusão e exclusão.	inclusão; educação especial; análise de discurso.
	jan./abr. 2009	14	40	O engajamento político dos jovens no movimento hip-hop	Moreno, Rosangela Carrilo; Almeida, Ana Maria F.	POLÍTICA EDUCACIONAL	O que leva alguns jovens a se envolver com a militância política, criando ou participando de grupos de interesse? Essa questão é discutida a partir dos resultados de uma pesquisa sobre um grupo de rappers envolvido com o movimento hiphop na cidade de Campinas, estado de São Paulo. Suas disposições para a militância são analisadas como resultado das condições objetivas e subjetivas em que se deu sua socialização, apreendidas por meio do estudo da trajetória social de suas famílias. Por sua vez, a entrada concreta em militância é analisada como resultado, nunca definitivo, dos encontros e das interações desenvolvidas no interior de redes de relações de vários tipos, inclusive afetivas, que se localizam num espaço social concretizado em instituições, modos de agir e de pensar que orientam microdecisões cotidianas, incluindo aquelas associadas à ação política.	socialização; juventude; política; militantismo; hip-hop.
	jan./abr. 2009	14	40	Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro	Saviani, Dermeval	POLÍTICA EDUCACIONAL	Este artigo versa sobre o tema da formação de professores abordando os aspectos históricos e teóricos. Na primeira parte introduz-se o enfoque histórico e examinase a trajetória da formação de professores no Brasil, desdobrando-a em seis períodos que se iniciam com a aprovação da Lei das Escolas de Primeiras Letras, em 1827, e culminam com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996. A segunda parte trata dos aspectos teóricos, considerando os dois modelos básicos de formação docente, suas implicações para a formação, em nível superior, dos professores da educação infantil e do ensino elementar, o dilema decorrente da contraposição entre os dois modelos e o caminho para sua superação, completando-se com observações sobre a formação de professores para a educação especial	 formação de professores; modelos de formação docente; educação brasileira; história da formação de professores no Brasil.
	jan./abr. 2009	14	40	Constituição brasileira, direitos humanos e educação	Fischmann, Roseli	CURRICULUM	O tema da 31ª Reunião Anual da ANPEd celebra os 20 anos da Constituição brasileira, os 60 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os entrelaçamentos de ambos com a educação. Esses documentos jurídicos magnos, um internacional e outro nacional, têm em comum o fato de haverem sido elaborados em momentos pósruptura, e o de atribuir destacado papel à educação na reconstrução democrática. Há a considerar também dois processos no campo jurídico: o de internacionalização e o de internalização dos direitos humanos. A Constituição brasileira de 1988 e as leis complementares, principalmente as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, lei n. 9.394/96), têm relações importantes com a Declaração Universal dos Direito Humanos e documentos internacionais correlatos. É caminho de mão dupla: a Constituição resultou de processos e desencadeou dinâmicas que se aproveitaram do acúmulo internacional na compreensão jurídica e do sistema internacional de proteção dos direitos humanos, tiveram também influência no campo internacional.	direitos humanos; educação nacional; Constituição federal; relações internacionais.
	jan./abr. 2009	14	40	A polissemia da categoria trabalho
e a batalha das ideias nas sociedades de classe	Frigotto, Gaudêncio	TRABALHO E SOCIEDADE DE CLASSES	O presente artigo analisa, inicialmente, a polissemia da categoria trabalho como resultante de uma construção histórico-social e, em nossa sociedade, com o sentido de dominação de classe. Em seguida discute a abordagem de Sérgio Lessa que sustenta que a perda da precisão semântica do vocábulo trabalho advém do abandono da análise imanente e ortodoxa do trabalho na perspectiva do livro I de O capital de Karl Marx, tendo como consequência a nãodistinção entre proletários e trabalhadores e a definição de quem é hoje a classe revolucionária. Esse abandono levaria autores da tradição crítica nas ciências sociais a darem adeus ao trabalho e a educadores desse mesmo campo terem a ilusão de dimensões positivas da ciência e tecnologia e da educação politécnica ou omnilateral dentro da sociedade capitalista. Numa mesma direção de análise, Paulo Tumolo critica os educadores que veem a possibilidade da educação politécnica e do trabalho como principio educativo dentro da sociedade capitalista. Com base em autores marxistas que pensam com Marx para além de Marx, o artigo conclui que o deslocamento da perspectiva imanente e heurística para estudos e pesquisas do processo histórico sobre trabalho, classe e classe revolucionária conduziu Lessa e Tumolo a análises centradas em antinomias. O abandono das contradições pode ter como consequência, certamente não intencional, um duplo risco. O primeiro é conduzir, no campo político, a um imobilismo e a um beco sem saída, colocando para um imaginário futuro a tarefa de superação do trabalho, da ciência e da técnica e da educação alienadores. O segundo, específico para o campo da educação, é de que, ao tratar as análises dos pesquisadores criticados, mesmo com as ressalvas feitas, como ilusões ou lemas sem consistência teórica, acaba reforçando posturas conservadoras e neoconservadoras ou pós-modernas, já hegemônicas nestes tempos de capitalismo tardio.	polissemia; trabalho; classe; classe revolucionária; tecnologia; educação politécnica.
	maio/ago. 2009	14	41	Quando a escrita ressignifica a vida: diários de um agricultor - uma prática de escrita "masculina"	Thies, Vania Grim; Peres, Eliane	ESCRITA	Este trabalho analisa diários escritos por um agricultor gaúcho, 61 anos, com escolarização primária, que há 36 anos (1972-2008) "registra sua vida por escrito", escrevendo rigorosamente todos os dias e deixando marcas de sua própria história através da escrita. A metodologia utilizada é a análise de dez diários juntamente com entrevistas semiestruturadas. O referencial teórico está apoiado em autores ligados à história da cultura escrita e ao campo das práticas de letramento. Algumas das conclusões desse trabalho indicam que a escrita dos diários é, para o agricultor, "uma forma de existir no cotidiano", de registrar a sua história e a da sua família, de deixar marcas do passado como uma "herança" às novas gerações. Entendemos que este estudo traz contribuições ao campo da cultura escrita na medida em que apresenta a escrita como uma prática social e cultural complexa e significativa. Nesse sentido, tratamos os diários como um patrimônio do escrito.	cultura escrita; letramento; agricultor; diários.
	maio/ago. 2009	14	41	Espaços, recursos escolares e habilidades de leitura de estudantes da rede pública municipal do Rio de Janeiro: estudo exploratório	Teixeira, Roberta Araújo	EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS ESCOLARES	O artigo traz os resultados de um estudo exploratório realizado no ano de 2007 em três escolas municipais do Rio de Janeiro participantes do Projeto GERES (Estudo da Geração Escolar 2005). Considerando que os espaços escolares possuem importante dimensão educativa e que a materialidade da escola é fator relevante na constituição de práticas escolares capazes de constranger ou de estimular conhecimentos e competências, buscou-se compreender, no interior das escolas investigadas, o conjunto de fazeres pedagógicos ativados que guardam relação mais direta com o desenvolvimento de habilidades básicas de leitura e escrita. Foram utilizados registros fotográficos de salas de aula, cantinhos de leitura, murais e salas de leitura como fonte de dados. Identificaram-se aspectos relevantes das instituições pesquisadas pautados na natureza, disposição, usos e funções de espaços e objetos relacionados à promoção da leitura, contribuindo para o entendimento da eficácia escolar do ponto de vista dos discursos visuais da escola como fatores promotores de aprendizagem.	espaços escolares; eficácia escolar; habilidades de leitura.
	maio/ago. 2009	14	41	Escolarização em assentamentos no estado de São Paulo: uma análise da Pesquisa Nacional de Educação na Reforma Agrária 2004	Di Pierro, Maria Clara; Andrade, Marcia Regina	ESCOLARIZAÇÃO	O estudo sobre a escolarização nos assentamentos rurais do estado de São Paulo, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Educação na Reforma Agrária 2004, constatou que o direito à educação só estava assegurado às crianças que frequentavam as séries iniciais do ensino fundamental; nos demais níveis e modalidades, inclusive a educação de jovens e adultos, a oferta escolar é insuficiente. O analfabetismo absoluto alcança 12% da população jovem e adulta e 40% dela têm, no máximo, quatro anos de estudos. Só há centros educativos em 30% dos assentamentos, reflexo das políticas públicas que privilegiam o transporte escolar para as cidades. Embora as condições materiais de estudo fossem razoáveis, as escolas dispunham de poucos meios para enriquecer o currículo e as práticas pedagógicas, cuja referência dominante é a cultura urbana. Esta política é contestada pelos movimentos sociais, que reivindicam a construção de escolas no campo capazes de desenvolver uma proposta educacional integrada ao universo cultural do campesinato e ao seu projeto político de transformação social.	educação e movimentos sociais do campo; assentamentos rurais; educação de jovens e adultos.
	maio/ago. 2009	14	41	Práticas e eventos de letramento em meios populares: uma análise das redes sociais de crianças de uma comunidade da periferia da cidade do Recife	Tavares, Ana Cláudia Ribeiro; Ferreira, Andréa Tereza Brito	ALFABETIZAÇÃO	Nos diagnósticos e documentos norteadores das políticas públicas de educação, as crianças provenientes de comunidades de baixo poder aquisitivo são comumente associadas à ideia de fracasso escolar. Acreditando que a discussão sobre o letramento só faz sentido se for abordada a partir de condições que tornem possível sua compreensão contextual e não como mais um "modismo educativo", esta pesquisa investigou as práticas e eventos de letramento em uma comunidade da cidade do Recife a partir dos momentos de interação das crianças com a escrita, pela ótica de suas redes sociais de pertencimento. A perspectiva metodológica se caracterizou pela aplicação do mapa de redes com as crianças, entrevista e observações. O reconhecimento das práticas de letramento constitui redefinições nas situações de interação, pois, à medida que as crianças passam a confiar no "outro", constroem um fator de valoração que as leva a considerar que é significativo participar dos eventos em que a leitura e a escrita são cruciais para fazer sentido em suas relações sociais.	redes sociais; letramento; meios populares.
	maio/ago. 2009	14	41	Ensino-pesquisa-extensão: um exercício de indissociabilidade na pós-graduação	Moita, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro; Andrade, Fernando Cézar Bezerra de	Ensino-pesquisa-extensão	Discute-se a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão como princípio orientador da qualidade da produção universitária. Embora se reconheça a importância de articulações duais (entre ensino e pesquisa, pesquisa e extensão ou extensão e ensino), defende-se um princípio que impede reducionismos verificados nas atividades universitárias. Guiados por essa compreensão, durante o estágio de docência, os autores realizaram um exercício da indissociabilidade, que consistiu numa experiência
visando a relacionar o conhecimento científico e o saber de educadores e educandos de uma escola pública em João Pessoa (PB), a fim de produzir conhecimento acerca da articulação entre relações de gênero, violência e jogos eletrônicos. Defende-se que a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão ainda não é levada em conta na prática de muitos docentes, seja porque na graduação dá-se ênfase ao ensino, seja porque na pós-graduação a ênfase incide na pesquisa. Argumenta-se, ainda, que o estágio de docência na pós-graduação é uma excelente oportunidade de praticar a indissociabilidade defendida.	indissociabilidade entre ensino; pesquisa e extensão; pós-graduação; estágio de docência.
	maio/ago. 2009	14	41	"Discutir educação é discutir trabalho docente": o trabalho docente segundo dirigentes da Confederación de Trabajadores de la Educación de la República Argentina (CTERA)	Ferreira, Márcia Ondina Vieira	TRABALHO DOCENTE	Inserido nos debates a respeito da dicotomia entre "proletarização" e "profissionalidade" do trabalho docente, o texto destaca significados oferecidos por dirigentes da CTERA aos conceitos de "trabalhador em educação" e de "profissional docente". Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas com um homem e duas mulheres. O referencial sustenta-se em análises que interpretam a gênese da ocupação como forma de compreender sua atual configuração; o processo de trabalho docente; e a importância do gênero para tecer as representações existentes sobre a ocupação. Os resultados indicam que, na elaboração dos sindicalistas, não há contradição entre ser trabalhador e buscar a profissionalidade. A defesa da identidade de trabalhador em educação articula a luta contra a retirada de direitos trabalhistas e o papel protagonista do professorado no desenvolvimento de projetos educacionais.	trabalho docente; sindicalismo docente; profissionalidade docente; trabalhadores em educação; CTERA.
	maio/ago. 2009	14	41	A socialização como fato social total: notas introdutórias sobre a teoria do habitus	Setton, Maria da Graça Jacintho	SOCIALIZAÇÃO	O objetivo deste artigo é refletir sobre o processo de socialização segundo a perspectiva da sociologia da educação. Mais precisamente, pensar a teoria da socialização a partir de um ponto de vista relacional, articulando as principais agências educativas da atualidade. Para melhor compreender o fenômeno da socialização contemporânea, propõe-se pensar essa prática como um fato social total, isto é, uma prática social vivida por uma dinâmica processual a partir da troca de bens e mensagens simbólicos entre agências e agentes socializadores, que envolve simultaneamente todos os indivíduos com a tarefa de manter o contrato e o funcionamento da realidade social. Para desenvolver esse argumento, dar-se-á ênfase a duas teorias da ação que discutem o processo de socialização: a primeira se refere à teoria do habitus, de Pierre Bourdieu; a segunda, àquela desenvolvida por Bernard Lahire que, em uma interpretação particular e crítica a Bourdieu, propõe uma leitura contemporânea da socialização, cunhando a expressão homem plural.	fato social total; habitus; homem pural.
	maio/ago. 2009	14	41	Liberalismos e educação: ou por que o Brasil não podia ir além de Mandeville	Ferraro, Alceu Ravanello	Liberalismos e educação	Este trabalho examina três autores que expressam versões típicas do liberalismo europeu do século XVIII: o liberalismo de Mandeville, que teme a instrução do povo; o liberalismo de Smith, o qual requer uma instrução mínima (ler, escrever e contar) para todos os trabalhadores; e o liberalismo de Condorcet, que defende uma educação comum, universal, pública, gratuita e obrigatória. Fundamentado no princípio da igualdade de todos os seres humanos, Condorcet contrapõe-se a Mandeville e avança para além de Smith, que fundamentam suas posições apenas no princípio da liberdade. A opção apoiou-se no pressuposto de que o confronto estabelecido entre eles poderia constituir-se em referência para o entendimento do tipo de liberalismo que vingou no Brasil Império, em especial no momento da reforma eleitoral de 1881, a qual, ao introduzir a eleição direta, determinou a exclusão dos analfabetos do direito de voto, mas é referência também para o entendimento do que se passa hoje no País.	liberalismo; Brasil; alfabetização; escolarização.
	maio/ago. 2009	14	41	Educação de jovens e adultos na América Latina: políticas de melhoria ou de transformação; reflexões com vistas à VI CONFINTEA	Rodríguez, Lidia Mercedes	Educação de jovens e adultos na América Latina	Ainda não se consolidou uma proposta alternativa para incorporar as grandes massas aos processos educativos. Não obstante, os processos de abertura política que se verificam na América Latina nos últimos anos abrem espaço para a formulação de novos paradigmas. A disjuntiva é ceder às propostas liberalizantes da globalização, consolidando a educação como mercadoria, ou retomar o conceito freireano de educação, com vista a contribuir para a construção da cidadania e da participação. O desafio para a CONFINTEA VI é construir sínteses capazes de levar a consensos sobre conteúdos e métodos de educação de jovens e adultos, além de atender às urgências, encarando a educação não como custo ou investimento, mas como direito ou serviço, e promover a construção de espaços públicos nos quais se edifique a totalidade social com a especificidade de cada grupo, no contexto do multiculturalismo.	educação de jovens e adultos; novos paradigmas; multiculturalismo.
	maio/ago. 2009	14	41	A voz do Sul na CONFINTEA VI: a agenda da África	Aitchison, John	RELATÓRIOS 	O texto é uma síntese da agenda africana para a CONFINTEA VI, preparada a partir de relatórios nacionais trazidos pelos 46 países africanos reunidos em Nairóbi, Quênia, em novembro de 2008. Depois de breve descrição de um contexto desencorajador, o autor elenca as questões que foram consideradas prioritárias quanto à estrutura, gestão, financiamento e qualidade da educação de adultos na África. Diante da constatação de que os problemas da área são massivos, abrangentes e sistêmicos, os representantes reunidos em Nairóbi sugeriram maior intercâmbio entre países e a formação de um grupo de alto nível, multissetorial, que levantasse fundos para o financiamento da educação de adultos na África. Além disso, recomendaram que a CONFINTEA VI tivesse uma orientação voltada para resultados e para ação e que fosse estabelecido um sistema efetivo de acompanhamento da implementação das deliberações tomadas.	educação de adultos na África; Confintea VI.
	maio/ago. 2009	14	41	Educação de adultos na educação ao longo da vida: desenvolvimentos atuais e interdependentes na Alemanha e na Europa, a caminho da VI CONFINTEA	Hinzen, Heribert	EDUCAÇÃO DE ADULTOS AO LONGO DA VIDA	A educação e a aprendizagem de adultos têm recebido mais atenção e reconhecimento a partir do conceito de aprendizagem ao longo da vida, que se torna agora o principal paradigma para a teoria e a prática educacionais. Este movimento se acentua no contexto de organismos como a Unesco, a União Europeia e a Associação Alemã de Educação de Adultos (DVV), no caso da Alemanha. Há claras indicações de que cada um desses organismos exerce mútua influência sobre os outros, por meio das políticas, programas, modelos e até mesmo pela administração de recursos financeiros. Isto é exemplificado no artigo pela indicação de processos que vêm ganhando importância nos últimos anos, na preparação da VI Conferência Mundial de Educação de Adultos - VI Confintea.	educação de adultos na Europa; VI Confintea
	maio/ago. 2009	14	41	A participação da sociedade civil brasileira na educação de jovens e adultos e na CONFINTEA VI	Haddad, Sérgio	A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA	Este artigo tem por objetivo discutir a participação da sociedade civil no contexto da VI CONFINTEA e as questões trazidas no seu processo preparatório. Para tanto, história como veio se dando esta participação ao longo da história
recente do Brasil, em diálogo com a constituição das políticas públicas em educação de jovens e adultos (EJA), discutindo a relação entre o poder público e a sociedade civil. Retoma o processo preparatório relativo à V CONFINTEA, ocorrida em 1997, em Hamburgo, na Alemanha, e a consequente formação dos fóruns estaduais de educação de jovens e adultos e dos encontros nacionais desses fóruns, os Enejas, conformando um modo particular de participação.	VI CONFINTEA; participação da sociedade civil.
	maio/ago. 2009	14	41	Educação não-escolar de adultos e educação ambiental: um balanço da produção de conhecimentos	Fischer, Nilton Bueno	EDUCAÇÃO AMBIENTAL	O objetivo do artigo é analisar a produção de conhecimento presente na relação entre os campos da educação de adultos e educação ambiental em projetos e práticas não-escolares, explicitada em 39 dissertações e teses produzidas em universidades brasileiras entre 1988 e 2006. A análise das dissertações e teses reafirma a necessidade da escuta dos sinais da natureza pela voz das pessoas das classes populares em suas interações em diferentes práticas sociais, dados os novos desafios postos pelo desdobramento das "intervenções" do homem no equilíbrio das relações homem-natureza. No balanço da produção ficou evidenciada, de forma predominante, uma intencionalidade dos pesquisadores em apresentar propostas de ação, quer na proposição de novas políticas públicas, quer na introdução de mudanças a serem implementadas nas diversas comunidades e movimentos sociais. As análises realizadas sinalizam para o fato das ferramentas teóricas e metodológicas utilizadas nas pesquisas nem sempre perceberem a relação entre os saberes acadêmicos e os saberes das populações estudadas.	educação de jovens e adultos; educação ambiental.
	set./dez. 2009	14	42	O processo de Bolonha da Europa torna-se global: modelo, mercado, mobilidade, força intelectual ou estratégia para construção do Estado?	Robertson, Susan L.	ESTRATÉGIAS PARA CONSTRUÇÃO DO ESTADO	O artigo examina a interligação progressiva dos espaços da política de educação superior no mundo, focalizando em particular a Europa e o seu projeto de globalização da educação superior, assim como as implicações do mesmo para outras economias nacionais e regionais. O trabalho começa com o Espaço Europeu de Educação Superior, esboçando as principais características do competitivo projeto europeu na educação superior. Apresenta-se como o Processo Multilateral de Bolonha, projetado para criar uma arquitetura unificada de educação superior na Europa, foi remodelado e dirigido pela estratégia Lisboa 2000 da União Europeia para a competitividade e pelo relançamento da Agenda Lisboa 2005. Essa agenda tem permitido a utilização da educação superior como uma plataforma para amplas estratégias de regionalização e globalização da União Europeia para criar tanto "mentes" quanto "mercados" para a economia europeia de conhecimento, levando à emergência de um sistema global mais integrado e relacional de educação superior. As ações da Europa também são moldadas por seu próprio projeto de construção do Estado, que tende a favorecer a colaboração com as regiões e promover o inter-regionalismo como uma plataforma para a negociação global.	 Processo de Bolonha; Europa; educação superior; regionalização; globalização.
	set./dez. 2009	14	42	Trabalho e educação no movimento camponês: liberdade ou emancipação?	Ribeiro, Marlene	Trabalho e educação no movimento camponês	O artigo aborda o tema "trabalho, movimentos sociais e educação". Tem por objetivo trazer elementos para identificar os princípios/fins de liberdade e emancipação que sustentam as experiências de trabalho-educação em sistema de alternância, realizadas pelos movimentos sociais populares do campo. Trata-se das organizações sindicais de trabalhadores rurais e dos movimentos organizados da Via Campesina. Apesar da diversidade de sujeitos, projetos sociais e formas de organização, esses movimentos têm em comum uma luta histórica pela terra de trabalho e pela democracia, o que permite sintetizá-los na unidade movimento camponês. Na importância do estudo destaca-se a necessidade de atentarmos para o novo contido nas experiências de trabalho-educação do movimento camponês, que são produzidas à revelia do processo de reprodução e acumulação do capital e do controle do Estado.	trabalho-educação; movimentos sociais; pedagogia da alternância; liberdade e emancipação.
	set./dez. 2009	14	42	As estratégias de administração das políticas públicas de educação na cidade do Rio de Janeiro entre 1922 e 1935	Paulilo, André Luiz	 políticas públicas de educação na cidade do Rio de Janeiro	O artigo busca explanar as estratégias de administração da educação pública desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro entre 1922 e 1935. Examinando as políticas públicas de educação, durante as administrações de Antônio Carneiro Leão (1922-1926), Fernando de Azevedo (1927-1930) e Anísio Teixeira (1931-1935), apresenta as mudanças ocorridas na organização da Diretoria Geral de Instrução Pública. Na complexa rede de instituições e saberes, visando reformar a estrutura administrativa da educação, a ampliação das agências de Estado e a especialização dos serviços de educação constituem um importante recurso político.	políticas públicas de educação; reforma educacional; escolarização 1922-1935; história da educação
	set./dez. 2009	14	42	A pesquisa do professor da educação básica em questão	Lüdke, Menga; Cruz, Giseli Barreto da; Boing, Luiz Alberto	A pesquisa do professor da educação básica em questão	O texto discute a pesquisa do professor com autores que veem nela alguma possibilidade de acontecer. Dentre os autores trabalhados, destacam-se: Stenhouse, Elliott, Huberman, Geraldi, Fiorentini, Cochran-Smith, Lytle, Anderson, Herr, André, Lüdke, Cruz, Zeichner, Diniz-Pereira, Nofke, Tardif e Zourhlal. Para servir de instrumento à pesquisa, foram selecionados dois trabalhos de professores que foram apresentados no XII Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (ENDIPE, 2004) e dois outros no II Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (SIPEM, 2003). Os quatro textos foram enviados a 12 juízes, escolhidos em diferentes instâncias, dentre profissionais bem preparados em suas respectivas áreas de formação, com vasta experiência de pesquisa e intensa produção, além de interessados e sensibilizados com a formação de professores, inclusive no que se refere à sua pesquisa. A partir dos pareceres desses avaliadores, são apresentados alguns resultados teórico-metodológicos e práticos que podem enriquecer o debate sobre os limites e possibilidades da pesquisa dos professores.	pesquisa educacional; professor da educação básica; julgamento.
	set./dez. 2009	14	42	A produção de manuais didáticos de história do Brasil: remontando ao século XIX e início do século XX	Alves, Gilberto Luiz; Centeno, Carla Villamaina	A produção de manuais didáticos de história do Brasil	O artigo decorre de um programa de pesquisa que investiga o papel dos instrumentos do trabalho didático na relação educativa. Elege como foco o discurso dos manuais didáticos de história do Brasil e, para aprofundar a análise do conteúdo, procura apreender as interpretações acerca da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870). Prioriza manuais didáticos pioneiros, produzidos no período imperial, a exemplo de Lições de história do Brazil, de Joaquim Manuel de Macedo, um dos principais compêndios da área no Colégio Pedro II. Esses manuais, quanto à concepção pedagógica e à forma de organização, comportavam incipiente simplificação e objetivação do trabalho didático que denotavam os primeiros indícios de uma organização técnica de base manufatureira	 história da educação; trabalho didático; manuais didáticos; história do Brasil; Guerra da Tríplice Aliança.
	set./dez. 2009	14	42	Imprensa e Escola Normal: representações de progresso e civilização na produção de um imaginário social - 1918-1938	Veloso, Geisa Magela	Imprensa e Escola Normal	Tomando elementos da história
de Montes Claros, no estado de Minas Gerais, como referência, discute-se a utilização dos conceitos de representação, apropriação e prática (Chartier, 1990, 2001, 2002) e de imaginário social (Baczko, 1985), no contexto da história cultural. Confere-se visibilidade a publicações da Gazeta do Norte, jornal que assumiu a missão de educar os montes-clarenses, elegendo a Escola Normal de Montes Claros como referência e inspiração para esse empreendimento. Visando seu propósito educativo e considerando os conteúdos em circulação, o jornal produziu representações positivas da escola e das práticas escolares, colocando a educação como eixo de desenvolvimento e progresso. Tais representações, imbuídas de interesses e significações, não são a realidade, mas integraram o processo de informar e formar a opinião pública e contribuíram para consolidar a Escola Normal e mobilizar ações da população local.	imaginário social; representações e práticas; apropriação; imprensa.
	set./dez. 2009	14	42	Representações de masculinidades latentes em aulas de física do ensino médio	Julio, Josimeire M.; Vaz, Arnaldo M.	Representações de masculinidades	O estudo caracteriza aspectos latentes de masculinidades que trazem implicações para a aprendizagem individual e coletiva em uma turma de ensino médio. Aulas de física de uma turma de primeira série do ensino médio foram acompanhadas ao longo de um ano. A microanálise de uma sequência de seis aulas - gravadas em áudio e em vídeo - envolvendo uma atividade que simula o trabalho de uma comunidade científica caracteriza as interações predominantes entre os rapazes. As masculinidades destacadas mobilizamse em torno do estímulo diante de situações desafiadoras e de competição,da curiosidade pelo fenômeno investigado, do desafio às regras estabelecidas na condução da atividade. Entre as implicações do estudo, destaca-se a necessidade de levar em consideração manifestações de masculinidades que possam comprometer o desenvolvimento das atividades em sala de aula e o funcionamento dos grupos de aprendizagem	 representações de masculinidade; ensino de física; atividades investigativas.
	set./dez. 2009	14	42	Sobre a "conveniência" da escola	Costa, Marisa Vorraber; Momo, Mariangela	conveniência da escola	O artigo pretende mostrar um novo "uso" para a escola, atrelado à lógica do atual estágio da globalização, em que a cultura ocupa uma posição singularmente importante, entremeando-se na vida social, nos circuitos econômicos e regimes políticos. Recorrendo à teorização de George Yúdice sobre os usos da cultura na era global, sãoanalisados três projetos sociais - Você Apita, Tim Música nas Escolas e Escola Aberta - considerados expressivos da forma como empresas, organizações públicas e iniciativas da sociedade civil se articulam com a cultura e a educação para fazer os mercados globalizados se movimentarem, mas não apenas em seus próprios interesses, embora esses persistam no topo das prioridades. Há indícios de que a "conveniência" da escola ultrapassa o interesse mercantil imediato e se projeta como estratégia direcionada a uma variada gama de propósitos sociopolíticos, econômicos e culturais, entre eles a possibilidade de governar a vida das pessoas, forjando visões de mundo e de sociedade.	escola e globalização; escola e cultura; governamento; projetos sociais; biopolítica.
	set./dez. 2009	14	42	 A pós-graduação no Brasil, a pesquisa em educação e os estudos sobre a política educacional: os contornos da constituição de um campo acadêmico	Santos, Ana Lúcia Felix dos; Azevedo, Janete Maria Lins de	 A pós-graduação no Brasil	Este artigo problematiza especificidades que cercam o campo acadêmico da educação, focalizando o modo como nele se apresenta o subcampo composto pelos estudos sobre a temática política educacional. Para tanto, parte de breve abordagem histórica sobre a constituição da pós-graduação no Brasil, com ênfase nas políticas voltadas para a pós-graduação em educação. Considera-se que os cursos de mestrado e doutorado representam um lugar privilegiado de produção do conhecimento, dada a centralidade que nelesdeve assumir a pesquisa científica.Procura-se analisar a inserção e a evolução da pesquisa educacional nesse processo, o que, por seu turno, é usado como estratégia com vista a apontar o lugar dos estudos sobre o tema política educacional nos programas de pós-graduação em educação, particularmente no Nordeste.	pós-graduação e pesquisa; política educacional; Brasil; Nordeste.
	set./dez. 2009	14	42	O quem da educação a distância	Bohadana, Estrella; Valle, Lílian do	 educação a distância	Em curto espaço de tempo, a educação a distância (EAD) passou de recurso marginal a menina dos olhos das políticas públicas e das ações empresariais. Hoje, não é possível desconsiderar o impacto que a introdução da EAD online vem causando em nossas formas correntes de conceber e de praticar a educação e a comunicação. Seus mais ardorosos defensores proclamam que as tecnologias de informação e de comunicação estão engendrando um novo tipo de sociedade e de humano. No entanto, tem-se a impressão de que o discurso de franca ruptura com o passado resulta não só da crença exacerbada nos meios tecnológicos, como da impossibilidade de responder as objeções que lhe poderiam ser feitas. Nesse sentido, torna-se agora urgente investir no aprofundamento teórico - que permitirá, talvez, entender e qualificar asrupturas que devam ser realizadas e aquelas que devam ser evitadas. É para a construção de instrumentos conceituais que favoreçam tal elucidação que o presente artigo pretende contribuir.	 EAD on-line; cibercidadão; modernidade e tecnicismo; formação humana e democracia; sujeito isolado.
	set./dez. 2009	14	42	Surdez e preconceito: a norma da fala e o mito da leitura da palavra falada	Witkoski, Sílvia Andreis	Surdez e preconceito	Falar sobre surdez e preconceito é narrar uma das interfaces do ser surdo. Dentre o imenso leque que o envolve, o artigo traz para discussão a norma da fala e o mito da leitura da palavra falada, por considerar que ambos legitimam uma série de práticas oralistas, afetando pejorativamente a construção da identidade do ser surdo e seu direito a uma comunicação e formação significativa. Em ome de uma pseudointegração entre surdos e ouvintes, mascaram-se os preconceitos em relação à surdez e aos surdos, ao implicitamente não aceitar sua diferença linguística, de percepção do mundo e forma de ser. Essa discussão é construída essencialmente a partir do resgate de muitas vivências dos próprios surdos, a fim de trazer à tona as suas nuanças, desvelando alguns dos discursos que legitimam esses preconceitos, buscando desnudar as implicações dolorosas que geram na vida dos surdos	surdez; preconceito; Libras.

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