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Profa. Dra. MARTA ADAMI Departamento de Anatomia, Patologia e Clínicas Veterinárias Curso de Medicina Veterinária - UFBA Divisões do sistema nervoso Encéfalo Medula espinhal Cérebro- telencéfalo e diencéfalo Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte bulbo SISTEMA NERVOSO CENTRAL Cérebro: telencéfalo e diencéfalo: porção mais desenvolvida do encéfalo, ocupa mais de 80% da cavidade craniana. Diencéfalo: encoberto pelo telencéfalo. Partes: tálamo, hipotálamo e epitálamo. Tálamo: Maior componente do diencéfalo; duas massas de substância cinzenta e agregados de núcleos. Considerações funcionais: Corresponde a um dos centros mais importante de retransmissão e integração do tronco encefálico. Todos os impulsos sensitivos/aferentes – com exceção dos olfatórios - param em núcleos talâmicos e são distribuídos às áreas específicas do córtex cerebral. Função na seletividade dos estímulos sensoriais e por consequência na intensidade de ativação de determinada área cortical. SINAPSES NO TÁLAMO IMPULSOS AFERENTES DO TRONCO ENCEFÁLICO CÓRTEX CEREBRAL Diencéfalo: Hipotálamo: ventralmente ao tálamo; representa menos de 1% do volume do cérebro; controle generalizado do organismo por integração com três sistemas: endócrino, límbico e nervoso autônomo. Componentes: corpo mamilar, quiasma óptico, túber cinéreo e infundíbulo. Núcleos associados ao controle do sistema nervoso visceral e à regulação hormonal: HOMEOSTASE. Diencéfalo: Hipotálamo: Considerações funcionais: homeostase: manutenção do meio interno dentro de limites compatíveis com o funcionamento adequado dos diversos órgãos. Controle do sistema nervoso autônomo, regulação da temperatura corpórea; regulação do comportamento emocional; regulação do sono e da vigília; regulação da ingestão de alimentos, água; regulação da diurese, do sistema endócrino; geração e regulação dos ritmos circadianos – ritmos biológicos -. Ritmos circadianos: circa = em torno de diano= um dia parâmetros fisiológicos, metabólicos e comportamentais que têm a duração de um dia e que se repetem no período de 24h. Ex: temperatura corpórea, nível circulante de eosinófilos, hormônios, glicose; padrões de atividades motoras; sono e vigília. Diencéfalo: Epitálamo: glândula pineal ou epífise, comissura posterior e a comissura das habênulas. Diencéfalo: Epitálamo: síntese da melatonina – HORMÔNIO - Hipotálamo liberação de noradrenalina ativação da liberação de melatonina secretada pela pineal inibição do desenvolvimento das gônodas. Noite aumento da produção de noradrenalina aumento da produção de melatonina. Noite:Efeito inibidor sobre as gônodas. Luz diminuição da produção de noradrenalina pelo hipotálamo diminuição da produção de melatonina diminuição do efeito inibidor da pineal sobre as gônodas. Luz: efeito estimulador sobre as gônodas. Efeito comprovado em mamíferos. No homem não há evidências. Atrofia dos testículos em roedores colocados em regime de 23h de escuro e 1h de claro. Regulação dos ritmos circadianos: a liberação cíclica de melatonina sincroniza os ritmos circadianos com o ciclo externo de dia/noite. “Hormônio do sono”. A melatonina não é exclusiva para provocar o sono. MEDULA ESPINHAL Características gerais: Contínua com o encéfalo; Representa o principal centro reflexo e via de condução de informações entre o corpo e o encéfalo; Vinculada às respostas rápidas e automáticas; Realização da atividade motora reflexa – mais primitiva das atividades motoras. Disposição da substância branca e da cinzenta: Diâmetro comparado ao diâmetro do dedo indicador, porém não é homogêneo em toda sua extensão; ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS Forma e localização Cone medular Filamento terminal da dura-máter Intumescências cervical e lombar: maior quantidade de neurônios. Sulco mediano dorsal, fissura mediana ventral, sulcos laterais dorsal e ventral, ligamento coccígeo. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS Início da medula espinhal: transição atlantoccipital. Término: L5 ou L6 em suínos; L6 em ruminantes; L6 ou L7 no cão; S2 no equino; L6 a S3 no gato. Envoltórios da medula: __Meninges: membranas fibrosas denominadas de dura-máter, pia- máter e aracnóide. __Dura-máter: saco dural; __Aracnóide: dois folhetos. __Pia-máter: aderida ao tecido nervoso. Envoltórios da medula: __Dura-máter: saco dural; __Aracnóide: dois folhetos. __Pia-máter: aderida ao tecido nervoso. Espaços meníngeos da medula: epidural, subdural e aracnóideo. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS Características dos espaços meníngeos da medula espinhal Espaço Localização Conteúdo Epidural (não existe no encéfalo) Entre a dura-máter e o canal vertebral Tecido adiposo e plexo venoso verte- bral interno. Subdural Espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide Pequena quantidade de líquido Subaracnóide Entre a aracnóide e a pia-máter Líquido cérebroespinhal ou líquor. Tentório do cerebelo periósteo Espaço epidural Espaço subdural Espaço subaracnóide occipital atlas Espaço subaracnóideo Dura-máter ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS Anestesias nos espaços meníngeos __Anestesia raquidiana: espaço subaracnóideo. __Anestesia epidural (peridural): espaço epidural; anestesia das raízes dos nervos espinhais no nível do forame intervertebral. Filamento terminal Espaço interarqueado lombossacral Dura-máter Espaço subaracnóide Cone medular Espaço epidural NERVOS ESPINHAIS Número de nervos espinhais varia de acordo com a fórmula vertebral. Fórmula vertebral no cão: C7 T13 L7 S3 Cd20-23 8 pares de nervos espinhais cervicais 13 pares de nervos espinhais torácicos 7 pares de nervos espinhais lombares 3 pares de nervos espinhais sacrais 5 pares de nervos espinhais caudais CAUDA EQUINA: associação dos últimos nervos espinhais lombares, sacrais e caudais com o cone medular e as meninges. __Crescimento desigual da medula espinhal em relação ao canal vertebral antes e depois do nascimento: medula espinhal mais curta. Prolongamento dos últimos nervos espinhais para saírem pelos forames intervertebrais respectivos. NERVOS ESPINHAIS Formação do nervo espinhal: UNIÃO de duas raízes. Raiz dorsal: fibras aferentes; corpos dos neurônios: gânglio espinhal. Transmissão de impulsos nervosos a partir de receptores sensíveis à temperatura, dor, pressão, tato (superfície externa do corpo); receptores localizados nos tendões, ligamentos, cápsulas articulares, músculos e vísceras. Raiz ventral: fibras eferentes; corpos dos neurônios: medula espinhal. Inervação motora dos músculos estriados esqueléticos e cardíaco, músculo liso e glândulas. NERVOS ESPINHAIS 1o par de nervo espinhal cervical occipital 2o par de nervo espinhal cervical 3o par de nervo espinhal cervical 4o par de nervo espinhal cervical 5o par de nervo espinhal cervical 6o par de nervo espinhal cervical 7o par de nervoespinhal cervical 8o par de nervo espinhal cervical T1 T2 1o par de nervo espinhal torácico NERVOS ESPINHAIS Cada nervo espinhal emerge do canal vertebral através do forame intervertebral. Região cervical: cada nervo emerge cranial à vértebra da mesma designação numérica que o nervo, exceto o oitavo: emerge entre a última vértebra cervical e a primeira torácica. Outras regiões: cada nervo emerge caudal à vértebra da mesma designação numérica. NERVOS ESPINHAIS Conexões dos ramos dorsais e ventrais com os vizinhos plexos dorsal e ventral. Porções aumentadas dos plexos ventrais próximo às origens dos membros: PLEXOS BRAQUIAL e LOMBOSSACRAL nervos que se distribuem para as estruturas dos membros torácico e pélvico, respectivamente. Envoltórios do sistema nervoso central #Meninges: Produção e absorção do líquido cerebroespinal #Funções: proteção mecânica; eliminação de produtos do metabolismo; estimulação do centro respiratório pela elevação de CO2 contido no LCE que banha o tronco encefálico; proteção contra infecções; fornecimento de nutrientes para o tecido nervoso. MENINGES E MEIO LÍQUIDO Características dos espaços meníngeos no encéfalo: espaço subdural e subaracnóideo (líquido cerebroespinhal). Não existe o espaço epidural (fusão da dura-máter com o periósteo). Dura-máter craniana: Foice do cérebro Tentório do cerebelo Cisternas do espaço subaracnóideo: cerebelomedular (acesso entre o occipital e o atlas) e na superfície ventral do encéfalo. Seio sagital dorsal Seio sagital ventral Seio transverso Seio reto
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