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RESUMO BIOMOL -Adesão e Junção Celular

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Adesão e Junção Celular
Os organismos pluricelulares não são simples aglomerados de células coladas umas às outras. Neles, as células se organizam em tecidos e estes em órgãos. Duas “soluções” foram desenvolvidas para manter as células de um tecido “coladas”: a primeira está bem representada nos tecidos epiteliais, em que as células se encontram justaposta e quase não há espaço entre elas; essas células permanecem unidas graças a junções existentes entre elas ou entre uma célula e a lâmina basal. No outro extremo está o tecido conjuntivo, no qual as células estão esparsamente distribuídas, havendo entre elas uma matriz rica em polímeros fibrosos que sustenta o tecido, a matriz extracelular. 
A adesão preferencial tende-se a se ligar e agregar-se a células semelhantes, isto porque se reconhecem e se ligam especificadamente, através de glicoproteínas. 
◦ Ligação Homolítica: é aquela que acontece entre células que apresentam glicoproteínas idênticas. 
◦ Ligação Heterolítica: é aquela que acontece entre células que apresentam glicoproteínas diferentes. 
O que são Junções? 
As junções celulares são áreas especializadas da membrana plasmática que são classificadas em três grupos, de acordo com a função que desempenham: junções ocludentes, junções aderentes ou de ancoragem e junções comunicantes. 
Classificações: 
→ Junções Selantes ou Ocludentes (Junções Bloqueadoras) 
Adere firmemente as membranas plasmáticas das células epiteliais logo abaixo da superficie livre do epitelio. A junção oclusiva é formada pelas proteínas integrais ocludinas e claudinas, e bloqueia o espaço intercelular impedindo a passagem de substâncias através do epitelio.    
 
Junções oclusivas selam a passagem de fluidos entre os dois lados da camada celular e definem dois domínios na membrana plasmática: as regiões apical e basolateral. As claudinas parecem ter papel fundamental para formação das junções oclusivas, podem realizar ligações heterofílicas ou homofílicas, enquanto as ocludinas só podem ligar-se com ocludinas do mesmo tipo (ligação homofílica) entre células vizinhas. Cada domínio contém lipídios e proteínas únicas que são responsáveis pelas funções especializadas de cada superfície celular, como as interações com hormônios ou fusão com vesículas intracelulares que contêm proteínas secretórias. 
→ Junções Ancoradoras
São abundantes em tecidos submetidos o grande estresse mecânico, como o músculo cardíaco e o epitélio da pele, ocorrendo sob três formas funcional e estruturalmente diferentes: (1) cinturão de adesão, (2) desmossomas e (3) hemidesmossomas. 
 
Algumas junções de adesão ancoram as células entre si, enquanto outras ancoram a célula à matriz extracelular. Todas são formadas por uma proteína transmembrana que, através de proteínas adaptadoras, se liga a filamentos do citoesqueleto. 
- Junções Aderentes - Está localizada abaixo da junção oclusiva e é constituída por proteínas da família das caderinas. As caderinas se conectam aos filamentos de actina mediante proteínas ligadoras como as plascoglobinas, catenina, alfa-actina e vinculina. As junções de adesão mantem as células ligadas entre si e estão localizadas em uma região rica em microfilamentos de actina que forma o cinturão de adesão.
◦ Cinturão de Adesão (cél-cél) - O cinturão de adesão se posiciona logo abaixo do cinturão de oclusão ligando-se aos filamentos de actina. Enquanto o primeiro não permite a passagem de substâncias por entre as células, o segundo assegura que o epitélio resista a tensões. É formado por proteínas transmembrana da família das caderinas. 
◦ Contatos Focais (cél-matriz) - Os contatos focais são regiões da membrana onde as integrinas aderem à matriz extracelular pelo lado extracelular e, indiretamente, a feixes de filamentos de actina, pelo lado citoplasmático.
- Desmossomas (cél-cél) - Os desmossomas se distribuem como botões pelas laterais das células epiteliais, ligando-se a uma rede de filamentos intermediários. Os demossomas são formados por proteínas da família caderinas. As caderinas se ligam umas às outras pelo lado extracelular. Pelo lado citoplasmático se ligam a uma placa formada por diversas proteínas que, por sua vez, se ligam a filamentos intermediários. Os demossomas conferem resistência mecânica aos tecidos. 
- Hemidesmossomas (cél-matriz) - Ligam as células epiteliais a lâminas basais. É constituído pela associação de integrinas e filamentos intermediários de queratina a uma rede de colágeno da lâmina basal. Esta conexão acontece por meio da proteína laminina. 
→ Junções Comunicantes 
Medeiam a passagem de sinais elétricos ou químicos de uma célula para outra. Existem dois tipos de junções comunicantes: (1) junções tipo fenda ou Gap e (2) plasmodesmata – apenas em plantas. Essa junção aparece como uma mancha onde as membranas de duas células adjacentes são separadas por uma fenda. 
◦ Junções tipo fenda ou Gap são junções comunicantes formadas por conjuntos de proteínas que permitem a passagem direta de moléculas menores de 1.000 daltons de uma célula para o interior da célula adjacente. Estão envolvidas no transporte de pequenas moléculas, bem como nas sinapses elétricas. 
 
► As caderinas são moléculas de adesão dependentes do cálcio que permitem a ligação entre células vizinhas. Cada uma das células que são ligadas possui sempre o mesmo tipo de caderina que a outra sendo as interações entre elas homofílicas. 
 
α-caderina e a β-caderina são exemplos também de caderinas. A β-caderina pode ser encontrada em três lugares da célula: 
◦ Núcleo – Onde se liga a certos genes e os ativa.
◦ Citoplasma – Onde pode ser degradada em proteossomas. 
◦ Membrana – Onde se liga a caderina e participa de adesões célula-célula. 
► As integrinas são uma família de macromoléculas mediadoras da adesão celular e reguladoras da angiogênese e da homeostasia vasculares. Fornecem interação física com a matriz extracelular necessária para a adesão, migração e posicionamento celulares e a indução de eventos sinalizadores essenciais para a sobrevivência, proliferação e diferenciação celular. As integrinas são uma família de glicoproteínas transmembrana heterodiméricas, consistindo de duas sub-unidades a  e b, associadas não-covalentemente.

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