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16- Estado de sítio.pdf

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Marcos Soares da Mota e Silva
Pós-graduado em Direito Tributário pelo Ins-
tituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) e 
em Direito Processual Tributário pela Universi-
dade de Brasília (UnB). Graduado em Engenha-
ria Mecânica pela Universidade Federal do Rio 
de Janeiro (UFRJ) e em Direito pela Universida-
de do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Profes-
sor de Direito Tributário e Direito Constitucional 
no Centro de Estudos Alexandre Vasconcellos 
(CEAV), Universidade Estácio de Sá, Faculdade 
da Academia Brasileira de Educação e Cultu-
ra (Fabec) e em preparatórios para concursos 
públicos. Atua como auditor fiscal da Receita 
Federal.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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Estado de sítio
Defesa do Estado 
e das instituições democráticas
O legislador constituinte originário, logo no artigo 1.º da Constituição, in-
forma ser a República Federativa do Brasil um estado democrático de direito. 
Em função disso, entendeu tal legislador que a Carta Constitucional deveria 
proteger valores dos diferentes grupos da sociedade, propiciando um equi-
líbrio estável, de forma que nenhum desses grupos pudesse subjugar os 
demais, nem romper o equilíbrio previsto originalmente na Constituição.
Caso a competição entre os diferentes grupos sociais ultrapasse os limites 
estabelecidos, pode ocorrer uma crise constitucional, que, se não for comba-
tida, pode causar o rompimento do equilíbrio constitucional, colocando em 
risco as instituições democráticas, podendo culminar em um golpe de estado.
Esse equilíbrio pode também ser afetado em função de calamidades de 
grandes proporções na natureza ou, ainda, em situações de guerra.
Havendo uma situação de crise constitucional, a Constituição Federal au-
toriza a adoção de certas medidas de exceção como, por exemplo, o estado 
de defesa e o estado de sítio, objetivando fazer frente à anormalidade ma-
nifestada e restabelecer a ordem. Durante a execução dessas medidas, o 
poder de repressão do Estado é aumentado, por meio de autorização para 
que sejam impostas restrições e suspensões de certas garantias fundamen-
tais, em locais específicos e por prazo certo, no intuito de se restabelecer a 
normalidade constitucional.
Não que durante a execução dessas medidas excepcionais possa imperar 
o arbítrio por parte do Estado, uma vez que este só poderá agir nos estritos 
termos e limites estabelecidos pela Constituição da República.
Portanto, toda atuação do Estado deve atender aos requisitos e limites 
impostos pela Constituição, sob pena de nulidade e da posterior responsabi-
lização política, criminal e cível dos executores da medida.
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Estado de sítio
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É importante registrar que nem todos os direitos e garantias fundamen-
tais dos indivíduos poderão ser restringidos ou suspensos, mas apenas aque-
les em relação aos quais há expressa autorização constitucional. Valores fun-
damentais como o direito à vida, à dignidade humana, ao livre acesso ao 
Poder Judiciário e outros deverão ser mantidos.
A maior parte da doutrina argui que a execução dessas medidas excep-
cionais só será validada se estiverem presentes, ao menos, três requisitos:
necessidade; �
temporalidade; �
obediência irrestrita aos comandos constitucionais. �
Estado de sítio
A Constituição Federal, em seu artigo 137, afirma que o presidente da Re-
pública pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacio-
nal, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio 
da seguinte maneira:
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho 
de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de 
sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a 
ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado 
de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o 
Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Duração do estado de sítio
A duração máxima do estado de sítio vai depender do motivo de sua decre-
tação. Vejamos o disposto no artigo 138 da Constituição Federal, in verbis:
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua 
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o 
Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
§1.º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta 
dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado 
por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
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Estado de sítio
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No caso de decretação com fundamento no inciso I do artigo 137 – como-
ção grave de repercussão nacional ou ineficácia de medida tomada durante 
o estado de defesa –, o estado de sítio não poderá ser decretado por mais de 
trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior a trinta dias.
A expressão “de cada vez” constante do §1.o do artigo 138 deixa clara 
a possibilidade de prorrogações sucessivas do estado de sítio, desde 
que em cada uma dessas prorrogações não seja ultrapassado o prazo 
de trinta dias. É importante registrar que todas as prorrogações deve-
rão ser fundamentadas pelo presidente da República e autorizadas pelo 
Congresso Nacional, por maioria absoluta.
No caso do estado de sítio ser decretado com base nas situações autoriza-
doras do inciso II do artigo 137 – declaração de estado de guerra ou resposta 
à agressão armada estrangeira –, poderá a medida ser decretada por prazo 
indeterminado, ou seja, por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agres-
são armada estrangeira.
Funcionamento do Congresso Nacional 
durante o estado de sítio
O funcionamento do Congresso Nacional durante a vigência do estado 
de sítio representa um instrumento eficaz de controle em relação às provi-
dências adotadas pelo presidente da República durante o estado de legali-
dade extraordinária.
Vejamos o que impõem os §§ 2o e 3o do artigo 138 da Constituição Federal.
Art. 138. [...]
§2.º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, 
o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso 
Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
§3.º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas 
coercitivas.
O disposto nos §§ 2.o e 3.o do artigo 138 é de fácil entendimento, não 
demandando maiores considerações. Quanto ao controle político realizado 
pelo Congresso Nacional, este será visto de forma detalhada adiante.
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Estado de sítio
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Abrangência do estado de sítio
A Constituição Federal no caput do artigo 138 impõe que, depois de pu-
blicado o decreto de instituição do estado de sítio, o presidente da República 
designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. Logo, as 
áreas abrangidas pelo estado de sítio não precisarão constar especificamen-
te do decreto que o instituir, devendo ser posteriormente designadas pelo 
presidente da República.
A justificativa para a decretação do estado de sítio deverá ser, em princípio, 
uma anormalidade de caráter nacional, uma vez que na hipótese dea anorma-
lidade atingir apenas locais restritos e determinados, deverá ser decretado o 
estado de defesa. Todavia, apesar de os requisitos para a decretação de estado 
de sítio serem situações de alcance ou repercussão nacional, as medidas coer-
citivas não se estenderão necessariamente a todo o território nacional.
Medidas coercitivas que poderão ser tomadas 
durante o estado de sítio
As medidas coercitivas que poderão ser tomadas durante o estado de 
sítio dependerão da causa que fundamentou a decretação do estado de 
sítio. Vejamos o que diz o artigo 139 da Constituição Federal sobre o tema:
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só 
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à 
prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de 
parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
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Cabe deixar registrado que não se inclui nas restrições cabíveis durante o 
estado de sítio a possibilidade de vedação à difusão de pronunciamentos de 
parlamentares efetuados em suas casas legislativas, desde que liberada pela 
respectiva mesa, conforme o disposto no parágrafo único do artigo 139 da 
Constituição.
No caso de o estado de sítio ser decretado com fundamento no inciso 
II do artigo 137 – declaração de estado de guerra ou resposta à agressão 
armada estrangeira –, a Constituição não discriminou os limites a serem ob-
servados na imposição de medidas coercitivas.
Isso indica que, pelo menos em tese, no caso de decretação do estado 
de sítio com base no inciso II do artigo 137, as restrições poderão ser mais 
amplas, atingindo-se outros direitos e garantias fundamentais além dos au-
torizados pelo mesmo artigo 139 para o caso de estado de sítio decretado 
com fundamento no inciso I do artigo 137 da CF.
Controles sobre o estado de sítio
Tanto no caso de decretação do estado de defesa como no caso de decre-
tação do estado de sítio não serão permitidos abusos por parte do Estado, 
haja vista que todo o regramento e limites impostos pela Constituição devem 
ser acatados, sob pena de inconstitucionalidade da medida.
Desta forma, para que sejam respeitados os preceitos constitucionais, o 
estado de defesa e o estado de sítio estarão sujeitos aos controles político e 
jurisdicional.
Vejamos o que disse o legislador constituinte sobre tais controles nos ar-
tigos 140 e 141 da Constituição.
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará 
Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução 
das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem 
prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas 
aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem 
ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com 
relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
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O controle político, que será realizado pelo Congresso Nacional, pode ser 
dividido em três categorias: um controle preventivo, haja vista que a decre-
tação do estado de sítio depende de autorização prévia do Congresso Nacio-
nal; um controle concomitante, uma vez que a Mesa do Congresso Nacional, 
ouvidos os líderes partidários, designará comissão composta de cinco de 
seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas refe-
rentes ao estado de sítio; e um controle sucessivo, uma vez que logo após a 
cessação do estado de sítio as medidas aplicadas em sua vigência serão re-
portadas pelo presidente da República, em mensagem, ao Congresso Nacio-
nal, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação 
nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
O controle exercido pelo Poder Judiciário se dará durante a execução do 
estado de sítio e após a cessação dos efeitos da medida. Portanto, durante a exe-
cução da medida, o Poder Judiciário poderá ser provocado para impedir que 
possíveis abusos e ilegalidades possam ser cometidos pelos executores. 
E mesmo depois de ter cessado estado de sítio, o Poder Judiciário poderá ser 
conclamado a apurar a responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executo-
res ou agentes, de acordo com o que dispõe o artigo 141 da Constituição Federal.
Caso alguém se sinta prejudicado pelas medidas adotadas pelo presiden-
te da República, ou pelos executores do estado de sítio, poderá levar a ques-
tão ao Poder Judiciário, buscando a responsabilização destes e a reparação 
pelo dano sofrido.
Entretanto, é importante destacar que a doutrina majoritária defende que a 
fiscalização jurisdicional do estado de sítio deverá ser restrita ao controle de le-
galidade, haja vista que o Poder Judiciário não teria competência para aferir o 
juízo de conveniência e oportunidade do Congresso Nacional e do presidente 
da República para a imposição do estado de sítio. Essa atuação discricionária 
do Congresso Nacional e do presidente da República, de natureza essencial-
mente política, não se sujeitaria à fiscalização do Poder Judiciário.
Atividades de aplicação
1. (FCC) O pronunciamento do Conselho de Defesa Nacional sobre a decre-
tação do estado de sítio é:
a) obrigatório e vincula o presidente da República.
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b) obrigatório e vincula o Congresso Nacional.
c) facultativo e não vincula o presidente da República.
d) obrigatório e não vincula o presidente da República.
e) obrigatório e vincula o presidente da República e o Congresso Nacional.
2. (FCC) Examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Mesmo na vigência de estado de sítio não poderá haver a suspensão da 
liberdade de reunião.
II. O tempo de duração do estado de defesa será fixado no decreto que o 
instituir.
III. O Conselho de Defesa Nacional somente será ouvido na hipótese de 
decretação do estado de sítio, bastando para a decretação do estado 
de defesa a consulta ao Conselho da República.
IV. A autorização do Congresso Nacional somente se impõe na hipótese de 
decretação do estado de sítio.
a) I e IV estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.
d) Somente IV está correta.
e) II e IV estão corretas.
3. (FCC) É previsão constitucional comum ao estado de sítio e ao estado de 
defesa:
a) o acompanhamento e a fiscalização da execução de suas medidas por 
Comissão composta por membros do Congresso Nacional.
b) a necessidade de autorização prévia dos Conselhos da República e de 
Defesa Nacional para sua decretação.
c) a submissão do decreto respectivo à ratificação do Congresso Nacio-
nal dentre 24 horas, sob pena de nulidade da decretação.
d) a possibilidade de restrição relativa à liberdade de locomoção,consis-
tente obrigação de permanência em localidade determinada.
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e) a irresponsabilidade por eventuais ilícitos cometidos pelos respecti-
vos executores ou agentes, diante da excepcionalidade das medidas 
autorizadas pela Constituição.
4. (FCC) Ocorrendo fatos que comprovem a ineficácia de medidas tomadas 
durante o estado de defesa, a Constituição autoriza que seja decretado 
estado de sítio:
a) pelo prazo de trinta dias, podendo ser prorrogado uma única vez, por 
igual período, desde que persistam os motivos que determinaram sua 
decretação.
b) podendo sofrer restrições a liberdade de imprensa, radiodifusão e 
televisão, exceto em relação à difusão de pronunciamentos de parla-
mentares em suas Casas legislativas, desde que liberada pela respec-
tiva mesa.
c) pelo presidente da República, independentemente de manifestação 
prévia do Congresso Nacional, por se tratar de continuação de estado 
excepcional anteriormente autorizado.
d) devendo o Congresso Nacional decidir, por dois terços de seus mem-
bros, sobre a decretação e permanecer em funcionamento até o tér-
mino das medidas coercitivas determinadas.
e) cabendo ao Congresso Nacional, uma vez publicado o decreto edi-
tado pelo presidente da República, designar o executor das medidas 
específicas e as áreas por estas abrangidas.
5. (FCC) A convocação extraordinária do Congresso Nacional no caso de pe-
dido de autorização para a decretação do estado de sítio é feita:
a) pelo presidente da Câmara dos Deputados.
b) a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas.
c) pelo presidente do Senado Federal.
d) pelo presidente da República.
e) a requerimento do presidente do Supremo Tribunal Federal.
6. (FCC) É medida incompatível com o estado de sítio:
a) restrição à violência da correspondência.
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b) obrigação de permanência em localidade determinada.
c) aplicação da pena de banimento.
d) suspensão da liberdade de reunião.
e) intervenção nas empresas de serviços públicos.
Julgue os itens a seguir como certo ou errado.
7. (Esaf ) Em razão de sua condição de mero órgão de consulta, a audiência 
prévia do Conselho de Defesa Nacional, pelo presidente da República, 
para fins de decretação do estado de defesa é facultativa, decorrendo de 
decisão discricionária do presidente da República.
8. (Esaf ) Na vigência do estado de sítio, poderá haver restrição da liberdade 
de reunião, não sendo admitida a suspensão desse direito, uma vez que 
ele tem proteção constitucional até mesmo contra alterações pelo poder 
constituinte derivado.
Dica de estudo
Livro Direito Constitucional, de Alexandre de Moraes. Editora Atlas.
Referências
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal Anotada. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 
2011.
COSTA, Nelson Nery. Constituição Federal Anotada e Explicada. 4. ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 2009. 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15. ed. São Paulo: Sarai-
va, 2011.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Niterói: Im-
petus, 2008.
MOTTA FILHO, Sylvio Clemente; BARCHET, Gustavo. Curso de Direito Constitu-
cional. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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265
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplica-
do. 4. ed. São Paulo: Método, 2009.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2003.
Gabarito
1. D (CF, art. 91, §1.o, II).
2. E (CF, arts. 136 e 137).
3. A (CF, art. 140).
4. B (CF, arts. 137, I e 139, III e parágrafo único).
5. C (CF, art. 138, §2.o).
6. C (CF, arts. 5.º, XLVI c/c 136, §1.o).
7. Errado (CF, art. 91, §1.o).
8. Errado (CF, art. 136, I, “a”).
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