Buscar

amamentacao dr geisa .. copy

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO
A sucção é um ato reflexo, contudo, para a ordenha do peito de modo eficiente é necessário bom posicionamento da díade mãe e filho e uma pega correta. Para tanto, na observação da mamada, o pediatra deve estar atento para a técnica de amamentar.
Em relação à posição, mãe e bebê devem sentir-se confortáveis. A mãe pode estar sentada, recostada, deitada, ou até em pé, mas deve estar relaxada, e sem tensão, principalmente da musculatura das costas. O bebê pode também estar em diferentes posições em relação à mãe. Contudo, no posicionamento adequado alguns pontos são fundamentais em qualquer posição: o corpo do bebê deve estar bem próximo e voltado para o da mãe (barriga com barriga); o rosto do bebê de frente para a mama, com o nariz na altura do mamilo; tronco e cabeça alinhados, com pescoço não torcido; bem apoiado (sustentação nos quadris). A posição inadequada dificulta a pega correta do complexo mamilo-areolar e, conseqüentemente, torna a mamada ineficiente. 
Na observação da mamada, quando o bebê apresenta pega correta, os quatros sinais a serem observados são: queixo do bebê tocando, ou quase tocando o peito; aréola mais visível acima do lábio superior do que abaixo do lábio inferior; boca bem aberta e lábio inferior virado para fora. É importante ressaltar que em mulheres com aréolas grandes o bebê não consegue abocanhar a maior parte dela, assim, o sinal mais confiável é a observação de que a aréola deve estar mais visível acima do lábio superior do que a quantidade de aréola abocanhada.
Quando a técnica de amamentação está correta, a sucção é eficiente e o leite flui para a boca do bebê. Os sinais de sucção eficiente são: sucções lentas e profundas; e pode-se ver e ouvir a criança engolindo em períodos de atividade e pausa (os movimentos de ordenha são suaves e coordenados com o ritmo da deglutição e respiração), cerca de uma vez por segundo. As bochechas apresentam-se com aparência arredondada durante a alimentação. Entretanto, durante a mamada, algumas vezes, o bebê cessa de sugar por alguns segundos, permitindo que os seios lactíferos se encham com leite e retorna a sugar de modo mais rápido, estimulando o fluxo de leite. Quando o bebê fica satisfeito, larga o peito espontaneamente e o mamilo fica alongado por alguns segundos, mas logo retorna à sua forma de repouso. No final da mamada, mãe e bebê parecem tranqüilos e a mãe não deve sentir dor nos mamilos, uma vez que, na pega correta, a língua não traumatiza a pele do mamilo e a aréola, ou seja, a língua eleva as bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva o leite até a faringe.
A pega inadequada ou má pega pode ser observada na figura 3.
 
Figura 3. Pega inadequada ou má pega
Sugar somente o mamilo pode ser desconfortável ou doloroso para a mãe e pode danificar a pele do mamilo e a aréola, causando ferida nos mamilos e fissuras (rachaduras). Nos casos de técnica incorreta da amamentação, as nutrizes necessitam de ajuda qualificada dos profissionais de saúde. Para tanto, para identificação precoce das mães e recém-nascidos que necessitam de atenção e apoio especial, os pediatras têm como auxílio formulários padronizados de avaliação das mamadas com os principais sinais de possíveis dificuldades (Quadro 3).
Quadro 3: Formulário de observação de mamadas.
8.1 CAUSA E CONSEQUÊNCIAS DE UMA PEGA INCORRETA
As principais causas de uma pega incorreta são: inicio tardio da amamentação; uso estabelecido de mamadeiras antes da amamentação; inexperiência materna, sobretudo daquelas mães primíparas e jovens; dificuldades funcionais, devido ao bebê ser pequeno e apresentar sucção débil, mamilo pouco protáctil e ingurgitamento mamário; e ausência ou apoio insuficiente da família, da comunidade e dos profissionais de saúde. As principais conseqüências da pega incorreta são: remoção ineficiente do leite e conseqüente frustração do bebê, recusa em sugar o peito e baixo ganho ponderal; além de dor, traumas mamilares, bloqueio de ductos, ingurgitamento mamário e mastite, devido ao excesso de leite não removido. Todo esse processo poderá levar a uma baixa produção de leite, com agravamento da situação.
9. MANEJO CLÍNICO DA AMAMENTAÇÃO
Alguns cuidados e orientações devem ser levados em consideração a fim de estabelecer um eficiente manejo da amamentação:
Na primeira hora de vida, estando mãe e recém-nascido em boas condições clínicas, o pediatra deve encorajar e promover o contato precoce entre mãe e filho e oferecer apoio e ajuda para colocá-lo no peito. O contato precoce entre mãe e filho, além de contribuir para o desenvolvimento do vínculo afetivo, também ajuda a adaptação da criança ao novo ambiente, aumenta a produção de leite e reduz a morbidade e mortalidade neonatal.
Nos primeiros dias, após o parto, a quantidade de leite produzida pela nutriz é pequena, em torno de 100 ml/dia. No quarto dia já produz, aproximadamente, 600 ml/dia. Este volume vai aumentando atendendo a demanda de consumo da criança, chegando a 800 ml/dia no sexto mês. Geralmente, uma nutriz é capaz de produzir volume de leite além das necessidades do seu filho.
O leite materno deve ser oferecido todas as vezes que o bebê quiser, tanto de dia quanto de noite, sem horários fixos ou determinados, ou seja, a amamentação deve ser em livre demanda. Por sua vez, o tempo de sucção em cada mama não deve ser estabelecido, respeitando a característica do bebê, e assegurando o esvaziamento da mama, pois o leite do final da mamada (leite posterior) contém mais calorias, promovendo maior saciedade, e, conseqüentemente, maior espaçamento entre as mamadas. 
Um bebê em aleitamento materno exclusivo mama em torno de 8 a 10 vezes ao dia. Esse comportamento normal não deve ser confundido pela mãe como baixa produção de leite.
O bebê deve ser colocado no peito, mesmo antes de chorar. Com o tempo a mãe aprende a identificar os sinais de fome do seu filho, tais como: abrir a boca, franzir a testa, procurar o mamilo, colocar as mãos na boca e inquietação.
Para a manutenção da produção de leite é importante completo esvaziamento das mamas. Assim, depois de a criança esvaziar o primeiro peito, a nutriz deverá oferecer o segundo; a alternância entre as mamas assegura o esvaziamento adequado e a instalação da lactação de forma eficiente em ambas as mamas, pois a produção de leite é independente entre as mamas. Contudo, nos primeiros dias após o parto, a demanda do recém-nascido pode ser pequena, gerando sua satisfação só com um peito.
 Orienta-se iniciar a mamada começando sempre pela mama que a criança mamou por último, porque o bebê mama mais vigorosamente a primeira mama e acaba não esvaziando completamente a segunda.
A cor do leite materno pode variar desde a coloração esbranquiçada, amarelada, esverdeada ou azulada devido a variações nos seus componentes, período da amamentação e dieta da mãe. O leite do inicio da mamada (leite anterior), devido ao seu alto conteúdo da água, tem coloração esbranquiçada; no entanto, é rico em anticorpos e proteínas. No final da mamada (leite posterior), o leite assume cor amarelada, devido à maior quantidade de gordura a pela presença de betacaroteno, pigmentos lipossolúveis encontrados na cenoura, abóbora e vegetais de cor laranja, provenientes da dieta da mãe.
Os lactentes no primeiro mês costumam evacuar todas as vezes que mamam (reflexo gastro-cólico), podendo apresentar fezes líquidas, explosivas, alaranjadas ou mesmo esverdeadas. Por outro lado, após o primeiro mês, alguns poderão evacuar com intervalos longos, de cinco a sete dias. Essas situações são normais, desde que as fezes sejam amolecidas e o ganho ponderal seja satisfatório.
O ganho ponderal do lactente deve ser acompanhado, mensalmente, para monitorar o crescimento. Recomenda-se usar as novas curvas de referência de crescimento editadas pela OMS e que foram construídasbaseadas em amostras de crianças amamentadas.
Para apoiar e orientar as nutrizes em suas dificuldades com o manejo da amamentação, o pediatra precisa escutar as suas preocupações, procurar compreendê-las e, com seus conhecimentos, ajudá-las a planejar, tomar decisões, aprender lidar com pressões e, sobretudo, estimular a autoconfiança em sua capacidade de amamentar.

Outros materiais