Importância da Amamentação

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Amamentação
na Fonoaudiologia
Fonoaudiologia e o Aleitamento Materno
“A fonoaudiologia tem um papel fundamental na
equipe multiprofissional dentro da maternidade
no incentivo ao aleitamento materno, pois cabe ao
fonoaudiólogo atender, escutar e transmitir ás
mães as informações e orientações relacionadas
tanto ao aleitamento quanto as suas implicações
para o desenvolvimento das estruturas orofaciais
e da linguagem da criança”. 
O aleitamento materno prepara os órgãos
fonoarticulatórios do bebê para a linguagem.
A coordenação das funções de: sucção,
deglutição, respiração é pré-requisito para
uma alimentação segura e eficiente.
O sugar no peito fortalece a musculatura do
bebê e mantém a respiração adequada para
preparar a fala e posiciona corretamente a
língua.
Reflexos de proteção
Reflexo de mordida
Reflexo de vômito
Reflexo de tosse
Reflexo de alimentação:
Reflexo de busca
Reflexo de sucção
Reflexo de deglutição
Reflexos orais:
Definição de Aleitamento Materno
“A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda o aleitamento materno exclusivo, em
livre demanda, durante os seis primeiros meses, e a
manutenção do aleitamento materno complementar
até os dois anos de vida da criança. O aleitamento
materno reduz a morbimortalidade infantil, fornece
uma nutrição ideal ao lactente, favorecendo seu
adequado crescimento”. 
(Iniciativa Hospital Amigo da Criança – OMS, 1991) 
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ANATOMIA DA MAMA
Intra-útero
Nos primeiros 2 anos de vida
Puberdade
Durante a gravidez e lactação
O termo médico utilizado é glândula mamária, é o
único órgão totalmente desenvolvido desde o
nascimento. Passa por 4 fases de
crescimento/desenvolvimento:
Mamilo -> possui 4 a 18 orifícios dos canais
galactóforos.
Aréola -> área circular que rodeia o mamilo,
onde situam-se os tubérculos de
Montgomery.
Durante cada ciclo menstrual verifica-se a
proliferação e o crescimento do tecido ductal. O
desenvolvimento completo da função mamária
ocorre com a gravidez.
Mamilo -> possui 4 a 18 orifícios dos canais
galactóforos.
Aréola -> área circular que rodeia o mamilo,
onde situam-se os tubérculos de
Montgomery.
Durante cada ciclo menstrual verifica-se a
proliferação e o crescimento do tecido ductal. O
desenvolvimento completo da função mamária
ocorre com a gravidez.
Cauda Spence: zona potencial para acúmulo de
leite e mastite.
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TIPOS DE MAMILO
Fisiologia da Lactação
 Após o parto, o sistema nervoso materno produz
dois hormônios fundamentais para a amamentação:
a prolactina e a ocitocina.
Prolactina:
A prolactina, produzida no cérebro, é o
hormônio que atua na glândula mamária e, após
o parto, age nas células produtoras de leite,
acelerando sua produção. É dependente da
sucção que o bebê faz na mama e das técnicas
corretas de amamentação.
Ocitocina:
A ocitocina, também produzida no cérebro, age
na glândula mamária atuando na liberação do
leite armazenado. Além da sucção e das técnicas
corretas para amamentação, a síntese desse
hormônio está condicionada ao estado
emocional materno. 
A ansiedade, o medo e o estresse inibem a
produção e a liberação da ocitocina. Por outro
lado, níveis aumentados de ocitocina no cérebro
resultam em leve sonolência, euforia, limiar à
dor aumentado e sentimento de mais amor pelo
bebê.
Aspecto bioquímico do leite
 A primeira secreção produzida pela glândula
mamária é o colostro. Ele é grosso e de cor
amarelada ou transparente, rico em proteínas e
anticorpos bacterianos, que protegem o recém-
nascido contra infecções e alergias. Permite a
boa adaptação fisiológica do recém-nascido à
vida extrauterina. É secretado desde o último
trimestre da gestação e na primeira semana pós-
parto. Além disso, o colostro é laxante, elimina
o mecônio e colabora na prevenção da icterícia.
Apresenta fatores de crescimento que ajudam
na maturação intestinal e é rico em vitamina A.
 A amamentação, sendo estabelecida
progressivamente, resulta no leite de transição,
produzido entre o 7º e o 14º dia, e no leite
maduro, após a 2ª semana de lactação. A
quantidade de leite materno se torna maior e as
mamas ficam completamente cheias,
endurecidas e pesadas.
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Não existe leite fraco -> o leite que a mãe
produz é ideal para o bebê;
Toda mãe é capaz de produzir leite: a sua
tranquilidade é fundamental para facilitar a
saída do leite;
É a sucção do bebê adequada que
desencadeia e mantém a produção de leite,
portanto, quanto mais o bebê sugar, mais
leite será produzido.
Quando, por alguma razão, o bebê não estiver
sugando ou a sucção estiver sendo ineficiente, e a
mãe deseja amamentá-lo, ela deve estimular a sua
mama regularmente (no mínimo cinco vezes ao dia)
por meio de ordenha manual ou por bomba de
extração. Isso garantirá a produção de leite.
PEGA CORRETA
Lábios evertidos (boca de peixe);
Abocanhar boa parte da aréola superior;
Abocanhar toda a aréola inferior;
Queixo toca a mama;
Narinas desobstruídas;
Barriga e tronco do bebê voltados para a mãe.
PEGA INCORRETA
Queixo não toca a mama;
Boca pouco aberta;
Lábio inferior para dentro;
Bochechas encovadas;
Sobra mais aréola abaixo ou acima da boca;
Mama estirada.
PEGA CORRETA
POSIÇÕES PARA ALEITAMENTO MATERNO
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Aumento dos movimentos dos olhos fechados
ou abertos;
Abre a boca, estica a língua e vira a cabeça
para procurar a mama;
Faz sons suaves de gemido;
Chupa ou morde as mãos, dedos, coberta ou
lençol, ou outro objeto que entre em contato
com a boca.
Sinais de fome do bebê:
Se o bebê estiver chorando alto, curvando as
costas e tem dificuldade para pegar a mama, está
exibindo os sinais tardios da fome. O bebê precisa
então ser segurado e acalmado antes de conseguir
mamar. 
Como acalmar o bebê?
Técnica do Charutinho -> consiste em enrolar o
bebê em uma manta, restringindo o movimento dos
membros. Desta forma, a criança se sente segura –
reproduzindo a situação em que se encontrava
dentro do útero – e tende a acalmar-se e dormir
mais facilmente. 
Corpos relaxados no fim da mamada;
A maioria dos bebês largam a mama
quando estão satisfeitos, mas alguns
continuam a sugar de modo suave e curto
até adormecerem.
Sinais de Saciedade:
Alimento mais completo
Proteção contra infecções
Sempre pronto e na temperatura certa
Bom para dentição e a fala
Bom para o desenvolvimento infantil
Sistema imunológico
Intestinal
Trato urinário
QI mais alto
Benefícios do aleitamento materno para o bebê:
Aumenta os laços afetivos
Dar o peito logo que o bebê nasce, diminui o
sangramento da mão após o parto
Faz o útero voltar o mais rápido possível
Diminui o risco de câncer de mama e ovários
É econômico e prático e não precisa ser
comprado.
Benefícios do aleitamento materno: vantagens
para a família:
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na Fonoaudiologia
Como fazer a avaliação da amamentação?
Posicionamento da mãe
Posicionamento do bebê
Pega correta
Processo
Ingurgitamento mamário: Decorrente do aumento
da vascularização e acúmulo de leite. Ocorre por
volta do terceiro ao quinto dia após o parto.
Sintomas: dor, edemas, pele brilhante, mamilos
tensionados e endurecido, Elevação da temperatura
corporal incluindo estado febril.– “FEBRE DO
LEITE”. 
Intercorrências no processo da
Amamentação
Uso de um sutiã adequado
Massagem e ordenha manual
Amamentar corretamente
Tipoia
Medicação
O que fazer:
Alternar posições para drenar todos os
quadrantes;
Massagens e ordenha;
Colocar o bebê para mamar.
Entupimento de ductos: decorrente de
esvaziamento inadequado da mama. Há uma
obstrução dos ductos. Contém pontos brancos na
ponta do mamilo, doloroso durante as mamadas.
O que fazer?
Arrepios e febre alta;
Vermelhidão na pele;
Dor e edema no local;
Sensação de calor na mama.
Mastite: processo inflamatório das glândulas
mamárias, é comum na segunda e terceira semana
de amamentação.Advém de um ingurgitamento
negligenciado. 
Sintomas:
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Amamentação
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Medicamentoso (orientação médica)
Manter o aleitamento materno
Massagear e ordenhar as mamas;
Reavaliação do processo.
O que fazer?
A candidíase mamária é uma infecção fúngica
que gera sintomas como dor, vermelhidão,
ferida de difícil cicatrização e sensação de
fisgada na mama após o bebê mamar.
Pontinhos brancos no mamilo e ou boca do
bebê.
Sensação de queimação no mamilo ou na
mama.
Coceira constante no mamilo e na aréola.
Tratamento medicamentoso: Antifúgico 
Tratamento com laserterapia
Candidíase mamária - Monilíase
Fatores relacionados ao bebê:
pega inadequada
posicionamento incorreto
frênulo alterado
disfunções orais
confusão de bico
Fatores relacionados à puérpera:
uso inadequado de bombas de extração
de leite
uso de pomadas e conchas
uso de protetores de mamilos e
exposição prolongada a forros úmidos
Pega correta. 
Manter os mamilos secos. 
Não fazer uso de pomadas. 
Amamentação em livre demanda – a criança é
colocada no peito aos primeiros sinais de
fome para não sugar com força excessiva. 
Evitar ingurgitamento mamário. 
Ordenha manual da aréola antes da mamada. 
Introdução do dedo mínimo pela comissura
labial se for preciso interromper a mamada. 
Uso incorreto de bicos de silicone. 
Traumas mamilares
Como prevenir os mamilos desses traumas
mamilares?
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A Laserterapia de baixa potência é um
procedimento não invasivo, seguro, indolor e
sem efeitos colaterais que quando vinculado a
consultoria em amamentação e pós-parto,
auxilia na redução dos agravos que podem surgir
no puerpério. 
Por meio da sua capacidade fotobiomoduladora,
a luz laser acelera a cicatrização e proporciona
analgesia. 
Laserterapia no pós parto
Cicatrização de traumas mamilares
Candidíase mamária 
Dor e cicatrização de períneo
Pós-operatório de cirurgia cesárea
Edema
Dores nas costas
Laserterapia sistêmica para depressão pós
parto e estímulos da imunidade.
A laserterapia auxilia na:
Uso da mamadeira
A mamadeira, geralmente, é a primeira opção
para oferta de complemento, que pode ser leite
ordenhado ou fórmula infantil.
A sucção do bebê na mamadeira é diferente da
sucção na mama pois sugar o bico de mamadeira
convencional, que não precisa de vácuo, exige
menos esforço do bebê do que sugar os mamilos
da mãe, pois o leite flui mais livremente e a
gravidade ajuda. 
SUCÇÃO NÃO NUTRITIVA
Chupetas: pode ter bico ortodôntico ou o
convecional.
Dedo: tem como consequência o aparecimento
de maloclusões como mordida aberta anterior e
mordida cruzada posterior. No entanto, o
aparecimento depende da frequência, duração e
intensidade, além de fatores genéticos que
envolvem o bebê.
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Chupeta -> contribui para o desmame
precoce, além de aumentar o risco de
infecções orais e problemas na dentição.
Mamadeira -> o bebê passa a mamar de
forma inadequada, suga menos, o que
diminui a produção de leite.
A introdução de qualquer bico artificial deve ser
evitada, pois interfere na sucção do bebê e,
portanto, na amamentação exclusiva. 
OUTROS MÉTODOS DE
OFERTA DO LEITE
São métodos utilizados como fonte alternativa de
oferta do leite materno ou fórmula infantil para o
bebê. A escolha do utensílio será feita de acordo
com a idade do bebê, com a eficiência do processo
de alimentação e segurança, tanto para o bebê
quanto para a família.
Relactação e Translactação
Relactação -> utiliza-se leite artificial 
Translactação -> utiliza-se leite materno
É utilizada na intenção de aumentar a produção de
leite materna.
Essa técnica é usada por mães que desejam
amamentar quando o bebê é adotado ou em casos
em casos de casais homoafetivos por exemplo.
Copinho
Colocar 1/3 do leite
Segurar o bebê sentado, alinhado, seguro e
bem apoiado
Apoiar a cabeça do bebê com a mão
espalmada
Segurar o copo com leite junto aos lábios do
bebê
Encostar a borda do copo no lábio inferior
Movimentar devagar o copo para que molhe
a boquinha do bebê
O bebê tende a buscar como um 'gatinho'
O uso do copinho é um excelente método de
alimentar o bebê com o leite materno, quando a
mãe não pode oferecer o seu leite no próprio seio.
É uma forma de também evitar a "confusão de
bicos".
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Amamentação
na Fonoaudiologia
É uma técnica de oferta de leite onde ocorre
diretamente na cavidade oral do bebê através de
uma sonda, fixada no dedo do profissional.
Inclusive, é importante ressaltar que não é uma
técnica de alimentação, mas sim de estimulação
da sucção associada com a ingestão de leite.
Finger Feeding
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
para saúde da criança
A alimentação com leite humano diminui a
incidência e/ou a severidade de uma ampla série
de doenças infecciosas, incluindo meningite
bacteriana, bacteriemia, diarreia, infecções do
trato respiratório, alergias alimentares,
enterocolite necrotizante, otite média, infecção do
trato urinário e sepse de início tardio em crianças
pré-termo. Além disso, quanto ao
desenvolvimento neurológico, a amamentação tem
sido relacionada a desempenho ligeiramente
melhor em testes de desenvolvimento cognitivo.
Referência Bibliográfica
1. Akré J, editor. Alimentação infantil: bases fisiológicas.
Trad. Velochko A, Toma T. São Paulo: IBFAN Brasil; 1994.
 2. Amamentação e o uso de leite humano. Pediatrics 2005;
115:496-506.
 3. Euclydes MP. Nutrição do lactente: base científica para
uma alimentação adequada. Viçosa: Suprema Gráfica;
2000. 488p.
 4. Giugliani ERJ. Amamentação como e por que promover.
J Pediatr 1994;70:138-51 5. Lamounier JA, Vieira GO,
Gouvêa LC. Composição do leite humano – fatores
nutricionais. In: Rego JD. Aleitamento materno. São Paulo:
Atheneu; (s.d.). p.47-58.
 6. Marcondes E, Leone C, Issler H. Pediatria na atenção
primária. São Paulo: Sarvier; 1999.
 7. Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia –
Sociedade Brasileira de Pediatria.
Esse material foi elaborado pela estudante de fonoaudiologia
responsável pela página @fonoarielcecon. Atualmente no 8º
período, esses resumos a ajudaram no decorrer na graduação
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