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BORDETELLA CANINA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E 
BIOLÓGICAS 
___________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________ 1 
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
Enfermidades Infecciosas dos Animais – Prof. Robson Cerqueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BORDETELLA DOS CÃES - TOSSE DOS CANIS 
COMPONENTE: CCA 433- Enfermidades Infecciosas. 
DISCENTES: ;Edilaine Rodrigues ; Ilana Pinheiro dos Santos ; 
Isa de Cássia dos Santos; Lívia Silva; 
Wan Charles Aragão dos Santos. 
DOCENTE RESPONSÁVEL: Robson Bahia Cerqueira 
DOCENTE: Ana Elisa Del’Arco . 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRUZ DAS ALMAS-BA 
JANEIRO, 2016 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E 
BIOLÓGICAS 
___________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________ 2 
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
Enfermidades Infecciosas dos Animais – Prof. Robson Cerqueira 
EDILAINE PINTO RODRIGUES; 
ILANA PINHEIRO DOS SANTOS; 
ISA DE CASSIA DOS SANTOS; 
LIVIA NASCIMENTO SILVA; 
WAN CHARLES ARAGÃO DOS SANTOS. 
 
 
 
 
 
 
 
BORDETELLA DOS CÃES –TOSSE DOS CANIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRUZ DAS ALMAS-BA 
JANEIRO, 2016 
Trabalho apresentado ao curso de Medicina 
Veterinária, da Universidade Federal do Recôncavo 
da Bahia (UFRB) na disciplina Enfermidades 
Infecciosas dos Animais – CCA433 ministrada 
pelo Prof. Robson Cerqueira, como requisito 
parcial de avaliação semestral da disciplina. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E 
BIOLÓGICAS 
___________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________ 3 
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
Enfermidades Infecciosas dos Animais – Prof. Robson Cerqueira 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 
2. OBJETIVOS..................................................................................................................5 
3. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................6 
3.1 ETIOLOGIA........................................................................................................6 
3.2 EPIDEMIOLOGIA..............................................................................................6 
3.3 TRANSMISSÃO.................................................................................................7 
3.4 PATOGENIA......................................................................................................7 
3.5 SINAIS CLÍNICOS.............................................................................................8 
3.6 DIAGNÓSTICO .................................................................................................8 
3.7 TRATAMENTO..................................................................................................9 
3.8 PREVENÇÃO...................................................................................................10 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................12 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................13 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E 
BIOLÓGICAS 
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Enfermidades Infecciosas dos Animais – Prof. Robson Cerqueira 
1. INTRODUÇÃO 
A Bordetella é habitante primária do trato respiratório de animais e humanos, é mundialmente 
distribuído, possuindo especial afinidade pelo tecido ciliar do trato respiratório (QUINN et al., 
1994; GUEIRARD; GUISO, 1993.) 
Infecções por B. bronchiseptica em humanos têm sido reportadas apenas em indivíduos 
imunocomprometidos, adquiridas através de contato com animais (JUSTIN, 2007). 
A Traqueobronquite infecciosa canina, também denominada de “tosse dos Canis” é uma 
doença causada por múltiplos e, às vezes, combinados agentes etiológicos, dentre os quais o 
principal é a Bordetella bronchiseptica (FERNANDES & COUTINHO, 2004) 
É uma desordem respiratória aguda, altamente contagiosa, que afeta a laringe, traquéia, 
brônquios, bronquíolos e, ocasionalmente, a mucosa nasal e interstício pulmonar. A 
denominação “Tosse dos canis” ocorre devido à disseminação desta doença se dar através de 
aerossóis, ou seja, gotículas eliminadas no ar através da tosse e espirros dos animais 
contaminados, de forma que facilmente ocorre o contágio múltiplo dos animais que coabitam 
em ambientes de alta densidade populacional como os canis, hotéis, abrigos, lojas, hospitais 
veterinários e instituições de pesquisa. Apesar do nome popular “tosse dos canis” fazer uma 
referência imediata à traqueobronquite infecciosa por B. bronchiseptica como infecção na 
espécie canina, esta bactéria pode ser isolada no trato respiratório superior de 10% dos gatos 
sem sintomatologia clínica (CAMPEN, 2005). 
A doença aparece de forma súbita podendo ocorrer em animais de qualquer faixa etária, tendo 
como característica a ocorrência de episódios de tosse associados à dificuldade respiratória, de 
intensidade variável (GREENE, 1998). 
A B. bronchiseptica possui ação imunossupressora e por isso o trato respiratório fica 
predisposto a infecções secundárias, podendo resultar em uma pneumonia de risco a vida 
(FERNANDES & COUTINHO, 2004). 
Segundo COUTO (2010) nos casos sem complicações o diagnóstico será com base nas 
alterações clínicas. Deve-se fazer o diagnóstico diferencial pra o inicio de uma doença mais 
grave e uma forma mais leve da influenza canina, pois o adenovírus canino 2 (CAV2) e o 
coronavírus respiratório canino também podem ocasionar o caso de traqueobronquite 
infecciosa canina. 
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Para evitar a disseminação da doença, os cães suspeitos de possuírem uma doença respiratória 
contagiosa devem ser isolados por mais de duas semanas, quando os primeiros sinais 
aparecerem (FERNANDES & COUTINHO, 2004). 
A prevenção da Bordetella canina pode ser feita através do manejo adequado desses animais, 
da higienização do local ou através de vacinas (MORAL, 2014). 
Este trabalho teve como objetivo reunir, por meio de uma revisão de literatura as 
características da Bordetella canina, ressaltando sua etiologia, seus aspectos epidemiológicos, 
os sinais clínicos, diagnóstico, prevenção e tratamento da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. REVISÃO DE LITERATURA 
2.1. ETIOLOGIA 
 
A Bordetella bronchiseptica é considerada uma bactéria oportunista do trato respiratório, 
caracterizada como cocobacilo pleomórfico gram-negativo, aeróbico obrigatório e 
compreende uma das seis espécies do gênero Bordetella (FELIZARDO, 2010). 
A B. bronchiseptica é de fundamental importância na etiologia, pois normalmente é o 
principal agente primário da Tosse dos Canis. O vírus da parainfluenza canina (CPIV) e o 
adenovírus canino do tipo 2 (CAV-2) também estão envolvidos, assim como o adenovírus 
canino do tipo 1 (CAV-1), o vírus da cinomose (CDV), os micoplasmas e ureaplasmas. 
Herpesvírus e reovírus também podem participar dessas infecções, entretanto possuem menor 
importância. Algumas bactérias como Streptococcus sp, Pasteurella sp, Pseudomonas sp e 
vários coliformes podem tornar a tosse dos Canis uma doença mais grave, levando a uma 
pneumonia (FERNANDES & COUTINHO, 2004). 
 
 3.2. EPIDEMIOLOGIA 
 
A Tosse dos Canis é uma doença sazonal, ocorrendo mais freqüentemente nos meses frios 
(FERNANDES & COUTINHO, 2004). Embora seja considerada de baixa gravidade, a taxa 
de morbidade pode chegar a 50% entre animais susceptíveis (FORD, 2006; EDINBORO et 
al., 2004). 
O conhecimento dos aspectos epidemiológicos da infecção por Bordetella bronchiseptica é de 
fundamental importância para a adoção de medidas efetivas de controle e prevenção da 
infecção em seres humanos e animais domésticos (FELIZARDO, 2010). 
Não se conhece no Brasil a epidemiologia da traqueobronquite infecciosa canina. Sabe-se que 
ela é considerada uma das mais importantes e prevalentes doenças respiratórias em cães e que 
surtos da doença podem adquirir proporções epizoóticas em colônias de cães ou ambientes de 
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alta densidade populacional e estreito contato entre animais, como lojas de animais, petshops, 
banho e tosa e hospitais veterinários (FORD, 2006). 
 
 
3.3. TRANSMISSÃO 
 
Segundo Anderton (2004), a transmissão se da de 8 a 10 dias após contaminação. Ocorrendo 
por contato direto de animais infectados com animais susceptíveis, por microgotícula que 
tenham a bactéria elimina por aerossol. Sento que estas microgotículas podem contaminar 
objetos, que este serão fômites. (FORD, 2006). 
 
3.4.PATOGENIA 
 
A B. bronchiseptica tem como alvo primário as vias aéreas superiores, no epitélio ela se adere 
aos cílios em todos os níveis do trato respiratório. Tendo uma lesão epitelial com citólise 3 
horas após o contato, uma inflamação aguda e uma disfunção dos cílios das vias aéreas, 
prejudicando sua função de defesa e a promoção da hemostasia. A bactéria secreta uma 
exotocina (adenilato ciclase extracelular) que pode diminuir a capacidade de fagocitose dos 
macrófagos alveolares. É nesse momento q vai ocorrer a replicação bacteriana que leva 3 a 6 
dias, estabilizando após esta replicação e a partir dai surgindo os primeiros sinais clínicos. 
(ANDERTON et al., 2004). 
 Devido a esta ação imunossupressora e à agressão em epitélio causada pela B. 
bronchiseptica, o trato respiratório fica predisposto a infecções secundárias, podendo resultar 
em pneumonia de risco de vida.O agente infectante pode permanecer no organismo 
hospedeiro por até 3 meses, se não tratado. Toda via, os animais que não apresentarem 
sintomatologia clínica grave esses os sintomas desaparecem em 15 dias (FERNANDES & 
COUTINHO, 2004). 
 
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3.5. SINAIS CLÍNICOS 
 
É difícil estabelecer a qual vírus ou bactéria pertence aquele sinal clínico, já que, a bactéria 
estudada é porta de entrada para vários outros agentes (THRUSFIELD, 1991 APUD 
FERNANDES & COUTINHO, 2004). Normalmente o cão não apresenta falta de apetite ou 
febre (NELSON & COUTO, 2010). O animal vai apresentar tosse, devido a irritação da 
traqueia, brônquios e bronquíolos, sendo esta podendo se manifestar em vários graus, tendo 
ou não presença de secreção nasal purulenta. Presença de engasgos, asfixia, ânsia de vômito 
são bastante frequente (FERNANDES & COUTINHO, 2004). A doença é autolimitante, 
porém, esses sinais clínicos podem se agravar devido a presença de outros microorganismo, 
podendo o animal desencadear febre, anorexia e dispneia, complicando para uma 
broncopneumonia. Não é possível identificar nada digno de nota no exame físico, apesar da 
tosse ser facilmente induzida pela manipulação da traqueia, na entrada torácica (QUINN et al, 
2005). 
 
3.6.DIAGNÓSTICO 
 
Segundo Nelson e Couto (2010) o diagnóstico se dá com base nas alterações clinicas nos 
casos sem complicações . É importante suspeitar da doença sempre que a tosse se inicie de 
forma repentina 5 a 10 dias depois que o animal teve contato com outros cães assim a 
anamnese é importante no diagnóstico , a doença é autolimitante e dura em torno de 10 20 
dias mas as alterações clinicas tendem a diminuir nos primeiros 5 dias (ADAMS et al, 2010). 
No exame físico a tosse é facilmente induzida ao se fazer a palpação da traqueia (FELIZADO, 
2010). 
Fernandes e Coutinho 2004 relatam que não há uma preocupação em realizar o diagnóstico 
definitivo da doença , e sim em verificar se tem complicações provocadas por ela. Outros 
agentes podem combinar com a bactéria e causar sintomas mais agressivos (FERREIRA, 
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2014). Para cães com alterações sistêmicas progressivas que não se resolvam é indicado 
métodos diagnósticos como radiografias toraxicas, hemograma, lavado traqueal , analises de 
fluido ,reação em cadeia polimerase (PCR),e sorologia pareada (NELSON; COUTO, 2010). 
Os swabs para coletar as amostras e fazer cultivo bacteriano também é necessário em alguns 
casos (FERREIRA, 2014). 
As analises laboratoriais frequentemente vai apresentar resultados dentro dos limites de 
referencias , e pode apresentar alterações ocasionadas pelo estresse e pela inflamação 
(BELLEZA , 2014). 
Deve ser feito o diagnóstico diferencial pra o inicio de uma doença mais grave e uma forma 
mais leve da influenza canina, o adenovírus canino 2 (CAV2) , e o coronavírus respiratório 
canino também podem ocasionar o caso de traqueobronquite infecciosa canina (NELSON; 
COUTO, 2010).O vírus da Cinomose canina também pode está envolvido nessa síndrome , 
com isso a tosse dos canis deve ser diferenciada de doenças que ocasionam tosse no animal 
,ela também costuma se diferenciar dessas doenças pelo período de incubação e por ser muito 
contagiosa (ADAMS et al, 2010). 
 
 
3.7. TRATAMENTO 
 
Segundo Belezza (2014) o tratamento deve ser realizado pelos sintomas, o tipo e gravidade 
da doença queo animal desenvolveu, assim é necessário que o veterinário faça uma boa 
avaliação e solicite alguns exames necessários , deste modo ele irá prescrever um melhor 
tratamento para o animal . Boas praticas de manejo como boa alimentação, higiene , correção 
de fatores ambientais que favorecem o agravamento do doença aceleram a melhora do animal 
(ADAMS et al, 2010). 
Em alguns casos a tosse canina é curada naturalmente ,sem medicação específica, mas em 
muitos casos vai ser necessário o tratamento com antibióticos para matar a Bordetella 
(FERREIRA, 2014).É indicado o repouso do animal pelo menos durante 7 dias, evitando 
muito exercício e excitação para diminuir as irritações das vias aéreas que vão ser causadas 
pela tosse (NELSON; COUTO ,2010). 
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É recomendado antibióticos capazes de alcançar o aparelho respiratório , tendo o poder de 
inibir o crescimento das bactérias ,o uso de corticoides é altamente eficaz na melhoria da 
tosse e redução do volume de secreções respiratórias produzidas , mas tem que se evitar o uso 
por um longo período (BELEZZA, 2014). É indicado o uso de xaropes para alívio da tosse, 
anti-inflamatórios ,e também é muito importante o confinamento do animal, assim evitando 
que ele fique exposto ao frio, vento e umidade. (FELIZADO, 2010). Esse confinamento é 
importante também por que normalmente se na casa de um cão infectado há outros cães, estes 
também desenvolverão a doença.(ANIMALE, 2012) 
 
Derivados da codeína , como hidrocodona (0,25 mg /kg VO) ou butorfanol (0,05 a 01 mg /kg 
VO ou SC) pode ser usado para controlar a tosse. Os antibióticos como a cefalosporina , 
quinolonas ,cloranfenicol e tetraciclina são de preferencia no tratamento dos quadros graves 
da doença ,porém antibióticos por via oral e intra muscular podem não reduzir de forma 
significativa a população de B.bronchiseptica , assim os cães que não responderem bem a 
antibióticos de uso parenteral é indicado o uso de gentamicina , os corticosteroides são 
indicados para auxiliar no alivio dos sinais clínicos ,eles devem ser usados junto com 
antimicrobianos e é contraindicado em cães com um caso grave da doença (ADAMS et al , 
2010) 
Outros antibióticos indicados no isolamento da doença é a amoxilina com clavulonato, (20 a 
25 mg/kg a cada 8h) e a doxiciclina (5 a 10 mg a cada 12h)(NELSON; COUTO, 2010). 
 
3.8. PREVENÇÃO 
Segundo MORAL 2014, a prevenção da Bordetella canina pode ser feita através do manejo 
adequado desses animais, da higienização do local, mantendo o ambiente limpo para que a 
patologia não se espalhe, do isolamento dos animais infectados durante um período de pelo 
menos 15 dias e principalmente através das vacinas preventivas, que podem ser administradas 
por via intranasal e parenteral, e tem grande importância, pois os animais vacinados, mesmo 
podendo contrair a patologia, apresentam sintomas mais leves e normalmente de curta 
duração. 
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De acordo com ANGÉLICO E PEREIRA 2012, as vacinas por via intranasal são vacinas 
vivas atenuadas, que tem a capacidade de se replicar no hospedeiro, simulando o mecanismo 
natural de infecção. Desta forma, estimulam eficientemente a resposta imune, promovendo 
uma proteção duradoura, diminuindo assim o número de aplicações e por não conterem 
adjuvantes, apresentam menor risco de reações de hipersensibilidade. As vacinas por via 
parenteral são vacinas inativadas e não podem se replicar no hospedeiro, sendo assim, pode 
não induzir suficiente imunidade e sua proteção tem uma proteção mais curta, necessitando 
assim, de um maior número de aplicações. Esse tipo de vacina pode apresentar risco 
desenvolvimento de hipersensibilidade, uma vez que são adicionados adjuvantes, ou seja, 
componentes químicos para aumentar a imunogenicidade e ao contrário da intranasal, pode 
ser administrada em cadelas prenhes, pois não apresentam agentes contaminantes. 
No mercado podemos encontrar algumas vacinas disponíveis, como: BronchiGuard, contra 
 Bordetella bronchiseptica, sua administração é parenteral (subcutânea), aplicada em duas doses 
com intervalos de duas a quatro semanas com reforço anual; Pneumodog, utilizada 
contra Bordetella bronchiseptica e Parainfluenza tipo 2, sua administração é parenteral 
(subcutânea ou intramuscular), aplicada em duas doses, com duas a três semanas de intervalo 
com reforço anual; Bronchi-ShieldIII utilizada contra Bordetella bronchiseptica, Parainfluenza 
canina e Adenovírus canino tipo 2, sua administração é por via intranasal, em dose única com 
reforço anual; NobivacKC utilizada contra Bordetella bronchiseptica e Parainfluenza canina, sua 
administração também é intranasal, em dose única com reforço anual. 
 
 
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A Bordetella bronchiseptica é considerada uma bactéria oportunista do trato respiratório tanto de 
animais quanto de humanos e, por possuir ação imunossupressora, o trato respiratório fica 
predisposto a infecções secundárias. A Bordetella bronchiseptica é o principal agente da Tosse 
dos Canis que é uma doença contagiosa, caracterizada por provocar nos cães infecção 
respiratória de início súbito, secreção naso-ocular e ataque agudo de tosse. 
Os sinais clínicos podem se agravar devido a presença de outros microorganismo, podendo 
aumentar também a taxa de mortalidade, tratamento é muito importante, pois proporciona 
conforto ao animal, facilita sua respiração e evita que infecções secundárias agravem o curso 
clínico da doença. 
A vacinação é o método de prevenção mais confiável e eficaz, a escolha do tipo de vacina vai 
depender da idade do animal e da própria preferência do veterinário. Se o animal for mais novo, 
é eficaz a vacinação intranasal devido à interferência dos anticorpos, já se o animal tiver mais 
idade, a vacinação parenteral será mais eficaz. Caso o animal necessite de uma resposta rápida à 
vacinação, o uso da vacinação intranasal é preferível, pois induz imunidade local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ADAMS, S. B.; et al. Manual Merck de Veterinária . 10ª ed.São Paulo: Roca,2010. 
ANDERTON TL, MASKELL DJ, PRESTON A. (2004). Ciliostasis is a key early event 
during colonization of canine tracheal tissue by Bordetella bronchiseptica.Microbiology, 
150(9), 2843-2855. 
ANIMALE. Cães, Saude: Entenda a Tosse dos canis .São Paulo ,2012. Disponível em: 
http://www.animale.me/tosse-dos-canis/ Acesso em: 05 fev. 2016 
ANGÉLICO, S.M.R; PEREIRA,C.A.D; Novas diretrizes vacinais para cães – uma 
abordagem técnica e ética. Clínica Veterinária, Ano XVII, n° 97, pag. 66-81, Março/Abril, 
2012 
BELEZZA, RÔMULO H. HELLMEISTER. Gripe dos Cães Traqueobronquite 
Infecciosa Canina. São Paulo :É dos Bichos,2014. Disponível em: 
http://veterinariocampinas.com.br/gripe-dos-caes-traqueobronquite-infecciosa-canina/ 
Acesso em: 05 fev. 2016 
FELIZARDO, Roberta. Isolamento e caracterização de amostras de Bordetella 
bronchiseptica através de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE). 2008. 40p. 
Dissertação (mestre em ciências)- Medicina preventiva e saúde animal. Faculdade de 
medicina veterinária e zootecnia da universidade de São Paulo, 2010. 
FERREIRA, Paula. Infecção por Bordetella – A “tosse dos canis” – Saúde Animal. Rio de 
Janeiro: Gazeta Brazilian News, 2014. Disponível em: http://gazetanews.com/infeccao-por-
bordetella-tosse-dos-canis-saude-animal/ Acesso em: 02 fev. 2016 
Fernandes SC, Coutinho SDA. Traqueobronquite infecciosa canina – revisão. Rev Inst 
Ciênc Saúde, 2004. Out-dez; 22(4):279-85. 
FORD, R. B. Canine Infectious Traqueobronchitis. In: GREENE, C. E. Infectious diseases 
of the dog and cat. 3a ed. Saunders-Elsevier, 54-61, 2006. 
Manual de saúde e vacinação. 2010. Disponível em <http//: w.w.w.saudecanina.com.br> 
Acesso em 30 de janeiro de 2016 
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MORAL,C.M; Avaliação dos fatores de risco da traqueobronquite infecciosa canina. 
Dissertação(Mestrado integrado em Medicina Veterinária) – Universidade Lusófona de 
Humanidades e Tecnologia, Lisboa, 2014 
NELSON, R. W. Doenças da Traqueia e Brônquios. NELSON e COUTO. Medicina Interna 
de Pequenos Animais. 4ª ed. Rio de Janeiro- RJ: Elsevier, 2010, Cap. 21, p. 284 a 287. 
SUZUKI, Erika Yuri. Traqueobronquite infecciosa canina - relato de caso. Revista científica 
eletônica de medicina veterinária. Garça/SP. Vol.11. 5p. Julho de 2008. 
THRUSFIELD MV, AITKEN, CGG.; MUIRHEAD RH. A field investigation of kennel 
cough: efficacy of different treatments. J Small Anim Pract 1991; 32 (9): 455-9.

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