Estrutura e propriedades da imagem cartográfica

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DISCIPLINA 
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“O primeiro objetivo da cartografia, objetivo milenar, foi o de nos dar a imagem dos rios, das montanhas, das cidades, das estradas,, isto é, a imagem das referências naturais, úteis ao homem. Este trabalho acaba de ser terminado”. BERTIN, 1988. 
Bertin entende que a Cartografia de Base ou Sistemática, pelo seu desenvolvimento, já cumpriu o seu papel (e continua cumprindo)de representar o espaço físico.
Agora, é a vez da Cartografia Temática desenvolver-se com o apoio das novas tecnologias em busca de uma maior eficiência na sua função de comunicar.
Cartografia Temática 
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A SEMIOLOGIA GRÁFICA
Área do conhecimento cujo objetivo é conhecer as propriedades da linguagem gráfica. Aplicada à cartografia permite avaliar as vantagens e limitações do uso da simbologia que irá constituir a linguagem cartográfica.
Segundo Bertin (1986)” existem duas abordagens para se estudar a representação gráfica”:
1- Neográfica de tratamento. Consiste em descobrir as relações entre os dados de uma tabela e a melhor maneira de agrupá-los.
2- Neográfica de comunicação. Visa a melhor maneira de fixar e transmitir o que foi descoberto nos dados. Tem como finalidade proporcionar uma visão rápida do conjunto de dados. Isso é possível com o uso das variáveis visuais ou variáveis gráficas.
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Prof. Dr. Edilson Alves de Carvalho
A expressão cartográfica.
Estrutura e propriedades da imagem cartográfica.
A imagem cartográfica é criada e lida a partir de 3 componentes:
2 componentes de localização 
(que determinam a posição absoluta de um ponto no espaço). 
Eles correspondem....
 
 às coordenadas geográficas latitude e longitude.
 ou às coordenadas UTM (E e N).
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	e um (1) componente de qualificação Z
	Este componente é o atributo do lugar. É a marca que caracteriza significativamente um ponto.
	É a ocorrência do fato, ou fenômeno em um determinado ponto ou lugar na superfície terrestre.
	Acontece que um lugar ou um ponto, geralmente têm mais de um atributo. 
	
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Ou seja, em qualquer lugar ou em qualquer ponto, há sempre a possibilidade de se ter um (1) ou muitos atributos
O ponto P na figura ao lado certamente não representa apenas o que estiver escrito na legenda. Este local pode ser uma escola, uma igreja, uma delegacia ou outro uso social qualquer.
Mas nele também estão contidos elementos do quadro natural mapeáveis como altitude, solo, declividade, temperatura, ventos, etc. 
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Estes 5 mapas nos dão a idéia bem clara da variedade de atributos que se pode representar sobre uma mesma base cartográfica
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Limites de percepção e níveis de leitura.
Sobre uma folha de papel, é possível transcrever uma grande quantidade de informações espaciais. 
Mas, existem limites físicos que devem ser respeitados para não comprometer a legibilidade da imagem.
A leitura de um mapa é uma operação que envolve:
a) Mecanismos de percepção visual, que são de Ordem fisiológica
b) Processos mentais de entendimento e memorização que são de Ordem psicológica.
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Estes limites ocorrem devido: 
Às técnicas de desenho
 	
	
	É praticamente impossível fazer um traço inferior a 0,2 mm de espessura. 
	Ou separar dois traços ou dois pontos por uma distância menor que 0,2 mm.
	É impossível fazer um ângulo inferior a 0,5º sem empastá-lo 
	Ou fazer convergir oito traços sobre um ponto sem engrossá-lo aumentando a área desse ponto 
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b) Ao poder separador do olho humano
	A diminuição de tamanho das imagens leva o leitor a confundir os seus contornos. 
	O uso da cor requer prudência. Cores muito próximas mal se diferenciam. Cores claras não devem ser usadas em forma de pontos ou de linhas. 
	É impossível distinguir cores próximas em manchas inferiores a 1 ou 1,5 mm. 
	Uma aglomeração de pontos grandes parece maior que uma aglomeração de pontos pequenos 
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Limites de percepção e níveis de leitura. 
	Na composição de um mapa são criadas tantas imagens quantos forem os seus componentes de qualificação. Para isso,
	O mapa deve responder a três questões fundamentais:
	O que existe em tal lugar? Exige um inventário completo. Portanto, o mapa terá múltiplas imagens, mesmo que sua leitura fique difícil. 
	
	Ex. espera-se encontrar no mapa de vegetação, todos os tipos vegetais da área.
	Onde se encontra tal característica? Requer uma resposta rápida. Pode-se construir o mapa por característica ou por
 	grupos de características. 
 
	Ex. onde está a vegetação de mangue?
	Qual a relação entre tais e tais características? Exige explicação, o que pode ser atendido por um mapa de correlação. 
	Ex. o mapa de áreas de risco de deslizamentos. Espera-se encontrar informações dos vários fatores envolvidos. 
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Nível elementar – observa-se cada sinal ou símbolo. É nível de análise ou de inventário. Responde às questões: 
	onde?
	o que?
	como?
Para responder a estas questões, É preciso cuidar da precisão
Nível de conjunto – refere-se à observação global da representação.
É como se o espaço representado fosse visto de cima de um avião.
É um nível de síntese e deve responder ao assunto enunciado no título do mapa.
Como é um nível que abrange tudo, é preciso cuidar da legibilidade
Níveis de leitura.
Nos mapas de ler existem os níveis de leitura possíveis.
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Nível médio – refere-se à observação de agrupamentos intermediários.
 É um nível de divisão do território ou do espaço representado. 
É o nível das regionalizações, quando a representação mostra as unidades político-administrativas. 
Neste nível, é preciso dar atenção aos contrastes 
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Nos níveis de leitura J. Bertin distingue dois tipos de mapas:
Mapas de ver – de percepção quase que imediata. O esforço e o tempo para entendê-los, deve ser mínimo. Em geral são imagens simples contendo uma mensagem com simbologia direta e de fácil entendimento.	
Mapas de ler – requerem mais tempo e atenção. É necessário que o leitor esteja interessado em descobrir detalhes. É uma imagem complexa que envolve uma simbologia bastante variada. Os mapas de ler podem apresentar vários temas, ou um único tema com variadas abordagens.
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Mapa de ver
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Círculo de fogo do Pacífico
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Placas tectônicas
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Mapa de ler
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Mapa de ler