Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS ANCHIETA “PONTE DE MACARRÃO” ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS ENGENHARIA CIVIL 2º SEMESTRE ANDERSON PINHEIRO ARTUR ANDADE CAMPOS EMERSON MIGUEL EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES LUIS FERNANDO PINO RAMIREZ VINICIUS AGREN DIOGO São Paulo – SP 2015 Página 2 de 52 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS ANCHIETA “PONTE DE MACARRÃO” ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS ENGENHARIA CIVIL 2º SEMESTRE CÓDIGO DA DISCIPLINA: 965Q - 203 V Trabalho de Atividade Prática Supervisionada, referente à construção de um protótipo de uma ponte utilizando macarrão, com a finalidade de trabalhar a interdisciplinaridade e inserir o contexto prático das disciplinas apresentadas no segundo módulo do curso de engenharia civil. São Paulo – SP 2015 ANDERSON PINHEIRO RA: T42821-1 TURMA: EC6P39 ARTUR ANDADE CAMPOS RA: T374DH-2 TURMA: EC6Q39 EMERSON MIGUEL RA: T39161-0 TURMA: EC6P39 EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES RA: T12242-2 TURMA: EC4P39 LUIS FERNANDO PINO RAMIREZ RA: T45808-0 TURMA: EC6R39 VINICIUS AGREN DIOGO RA: T13833-7 TURMA: EC6Q39 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 3 de 52 RESUMO As pontes estão presentes no nosso dia a dia, às vezes sem reparar estamos passando em cima de uma, o uso de pontes e viadutos já virou freqüente em nosso cotidiano, ainda mais morando em uma metrópole como a cidade de São Paulo. No desenvolvimento desse trabalho vamos conhecer um pouco mais sobre o seu conceito, a origem das pontes, os componentes estruturais existentes e as diferenças que existem entre elas. Diante disso, podemos afirmar que ao passarmos por uma ponte, nem imaginamos os projetos e cálculos realizados antes da sua construção, portanto junto com a pesquisa, apresentamos o real objetivo do trabalho, a construção de uma ponte feita de macarrão, descrevendo a estrutura física e metodologia aplicadas e os resultados de resistência obtidos. Além de mostrar os dimensionamentos, os materiais necessários, as quantidades e valores, os cálculos das forças aplicadas em cada nó existente da ponte, as etapas de desenvolvimento da construção, detalhamento por meio de um relatório fotográfico e ao fim apresentamos nos anexos os projetos técnicos. Palavras-chave: Pontes, Macarrão, Resistência dos materiais; ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 4 de 52 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo geral Pág. 10 1.2 Objetivos específicos Pág. 10 1.3 Normas de construção Pág. 10 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Definição de ponte Pág. 12 2.2 Componentes estruturais Pág. 12 2.3 Tipos e modelos Pág. 13 2.4 História das construções das pontes Pág. 16 3. ESTUDO DE CASO 3.1 Ponte de macarrão Pág. 18 3.2 A proposta Pág. 18 3.3 Materiais utilizados Pág. 19 3.4 Tabela de custos Pág. 20 3.5 Etapas da construção Pág. 22 3.6 Cálculos Pág. 22 3.7 Relatório fotográfico Pág. 31 4. DISCUSÃO E RESULTADO Pág. 48 5. CONCLUSÃO Pág. 50 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Pág. 51 7. ANEXOS Pág. 52 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 5 de 52 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Componentes estruturais de uma Ponte Pág. 13 Fonte: Projeto exemplo de estrutura de ponte (ANEXO I) FIGURA 2 Componentes da Superestrutura Pág. 13 Fonte: Projeto exemplo de estrutura de ponte (ANEXO I) FIGURA 3 Tipo de ponte- sistema estrutural da superestrutura Pág. 15 Fonte: Osvaldemar Marchetti (2008) – pág. 5 FIGURA 4 Ponte de Macacos – Waddel Pág. 16 Fonte: http://www.itti.org.br/ FIGURA 5 Ponte sobre o ARROIO - Walla, em Dartmoor, Inglaterra Pág. 16 Fonte: http://www.itti.org.br/ FIGURA 6 Aldeia de Muang La ao norte de Udomxai Pág. 17 Fonte: famisaolaos.blogspot.com.br/2011_07_01_archive FIGURA 7 Tipo de ponte escolhida – Planta isométrica Pág. 20 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) FIGURA 8 Projeto do corte da Ponte – forças atuantes e nomenclatura de nós e linhas Pág. 23 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) FIGURA 9 Forças atuantes no Nó “A” Pág. 24 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 10 Forças atuantes no Nó “B” Pág. 24 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 11 Forças atuantes no Nó “C” Pág. 25 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 12 Forças atuantes no Nó “D” Pág. 25 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 13 Forças atuantes no Nó “E” Pág. 26 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 14 Forças atuantes no Nó “F” Pág. 26 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 15 Forças atuantes no Nó “G” Pág. 27 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 6 de 52 FIGURA 16 Forças atuantes no Nó “H” Pág. 27 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 17 Forças atuantes no Nó “I” Pág. 28 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) FIGURA 18 Valores das forças atuantes Pág. 29 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) FIGURA 19 Quantidade de fios de macarrão em todas as barras Pág. 30 Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) FIGURA 20 Montagem das barras - corte e colagem dos fios Pág. 31 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 21 Montagem das barras - corte e colagem dos fios Pág. 31 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 22 Corte e colagem dos fios de macarrão Pág. 32 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 23 Colagem dos fios de macarrão Pág. 32 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 24 Colocação no apoio para secagem das barras Pág. 33 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 25 Finalização da secagem das barras Pág. 33 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 26 Transferindo o projeto na madeira para montagem e análise de compatibilidade Pág. 34 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 27 Transferindo o projeto na madeira para montagem e análise de compatibilidade Pág. 34 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 28 Verificação da compatibilidade com o projeto Pág. 35 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 29 Chanfrando as pontas das barras para o encaixe Pág. 35 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 30 Início da colagem das barras Pág. 36 Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 7 de 52 FIGURA 31 Colagem das barras Pág. 36 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 32 Colagem das barras Pág. 37 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 33 Colagem das barras Pág. 37 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 34 Colagem das barras Pág. 38 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 35 Finalização da colagem das barras das laterais Pág. 38 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 36 Verificação dos ângulos após a colagem Pág. 39 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 37 Colagem da união das laterais Pág. 39 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 38 União das laterais Pág. 40 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 39 Análise para a colagem do tubo PVC nas pontas Pág. 40 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 40 Colagem com cola quente emtodo nó. Pág. 41 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 41 Colagem com cola quente em todo nó. Pág. 41 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 42 Colagem com cola quente em todo nó Pág. 42 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 43 Colagem com cola quente em todo nó Pág. 42 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 44 Finalização da Colagem Pág. 43 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 45 Ponte Finalizada (vista frontal) Pág. 43 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 46 Ponte Finalizada (vista lateral) Pág. 44 Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 8 de 52 FIGURA 47 Ponte Finalizada (vista superior) Pág. 44 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 48 Ponte Finalizada com papel filme para secagem Pág. 45 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 49 Medida total do comprimento da Ponte, conforme projeto. Pág. 45 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 50 Medida total do comprimento da Ponte, conforme projeto. Pág. 46 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 51 Medida total da altura da Ponte, conforme projeto. Pág. 46 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 52 Medida total do comprimento lateral da Ponte Pág. 47 Fonte: Arquivo pessoal (2015) FIGURA 53 Conferindo a massa total da Ponte Pág. 47 Fonte: Arquivo pessoal (2015) LISTA DE TABELAS TABELA 1 Divisão de Funções entre o grupo Pág. 19 Fonte: Arquivo pessoal (2015) TABELA 2 Tabela de Custos para ponte teste Pág. 21 Fonte: Arquivo pessoal (2015) TABELA 3 Tabela de Custos para ponte final Pág. 21 Fonte: Arquivo pessoal (2015) TABELA 4 Análise das forças em cada barra Pág. 28 Fonte: Arquivo pessoal (2015) TABELA 5 Quantidade de fios em cada barra Pág. 29 Fonte: Arquivo pessoal (2015) TABELA 6 Quantidade de fios em cada barra Pág. 30 Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 9 de 52 SIGLAS FH Forças horizontais FV Forças Verticais RHA Reação horizontal no ponto A RVA Reação vertical no ponto A RVI Reação vertical no ponto I L Comprimento total da ponte MA Momento no ponto A F(n) x Força indicada “n” na direção do eixo x F(n) y Força indicada “n” na direção do eixo y kgf Unidade de quilograma força r Raio do macarrão SÍMBOLOS ∑ Somatório * Multiplicação x/x ou Divisão - Subtração ou indicado na frente de um número é a indicação de negativo. + Soma ou indicado na frente de um número é a indicação de positivo. º Graus = Igual Raiz Quadrada Um número “n” elevado ao quadrado ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 10 de 52 1. INTRODUÇÃO 1.1. OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem como objetivo principal projetar e construir um protótipo de uma ponte feita de macarrão, utilizando massa do tipo espaguete e cola quente ou fria, com peso até 1.000 gramas, capaz de vencer um vão livre de 1 (um) metro e suportar a carga mínima de 2 kg. 1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Entre os objetivos específicos desse trabalho, podemos citar: 1. Pesquisar sobre o tema para aprender sobre construções de obras de arte, sua aplicação e funcionamento, analisar diferentes tipos existentes, para cada necessidade, e sua importância dentro da construção civil atual; 2. Desenvolver o trabalho em equipe, gerando a divisão de atividades e evidenciando a necessidade de cada integrante para a execução do projeto final; 3. Aplicação dos conhecimentos adquiridos no 2º semestre do curso de Engenharia Civil, utilizando a matéria de mecânica da partícula e antecipando o estudo da matéria de cinemática dos sólidos e resistência dos materiais para obter o momento de força em cada nó da ponte de macarrão. 1.3. NORMAS DE CONSTRUÇÃO 1. A ponte deverá ser indivisível, de tal forma que partes móveis ou encaixáveis não serão admitidas. 2. A ponte deverá ser construída utilizando apenas massa do tipo espaguete número 7 da marca Barilla e colas quente ou fria (resina PVA e/ou silicone), ficando a escolha a critério dos componentes do grupo. 3. O peso da ponte (considerando a massa espaguete e as colas utilizadas), não poderá ser superior a 1000g (1 Kg). ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 11 de 52 4. No limite da massa prescrita (1000g), não serão considerados o peso do mecanismo de apoio fixado nas extremidades da ponte (descrito a seguir, no item 7), nem o peso da barra de aço para fixação da carga (descrito no item 11). 5. A ponte não poderá receber nenhum tipo de revestimento ou pintura. 6. A ponte deverá ser capaz de vencer um vão livre de 1 m, estando apoiada livremente nas suas extremidades, de tal forma que a fixação das extremidades não será admitida. 7. Na parte inferior de cada extremidade da ponte, deverá ser fixado um tubo de PVC para água fria de 3/4” de diâmetro e 20 cm de comprimento para facilitar o apoio destas extremidades sobre as faces superiores (planas e horizontais) de dois blocos colocados no mesmo nível. O peso dos tubos de PVC não será contabilizado no peso total da ponte, como descrito no item 4. 8. Cada extremidade da ponte poderá prolongar-se até 5,0 cm de comprimento além da face vertical de cada bloco de apoio. Não será admitida a utilização das faces verticais dos blocos de apoio como pontos de apoio da ponte. 9. A altura máxima da ponte, medida verticalmente desde seu ponto mais baixo até o seu ponto mais alto, não deverá ultrapassar 50 cm. 10. A ponte deverá ter uma largura mínima de 5 cm e máxima de 20 cm, ao longo de todo seu comprimento. 11. Para que possa ser realizado o teste de carga da ponte, ela deverá ter fixada na região correspondente ao centro do vão livre, no sentido transversal ao seu comprimento e no mesmo nível das extremidades apoiadas, uma barra de aço de construção de 10 mm de diâmetro e de comprimento igual à largura da ponte. A carga aplicada será transmitida à ponte através desta barra. O peso da barra não será contabilizado no peso total da ponte, como descrito no item 4. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 12 de 52 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. DEFINIÇÃO DE PONTE Segundo Marcella Pullig, em um artigo publicado em 09 de dezembro de 2013, intitulado Pontes Móveis, define ponte como uma construção que permite interligar ao mesmo nível pontos não acessíveis separados por rios, vales ou outros obstáculos naturais ou artificiais. O objetivo de uma ponte é permitir a passagem de pessoas, automóveis, animais, canalização ou qualquer coisa, sobre os obstáculos, porém temos que entender a diferença entre pontes e viadutos, no Wikipédia, define que podemos denominar ponte quando é construída sobre um curso de água e quando construída sobre um meio seco costuma-se chamar viaduto, que visa não interromper o fluxo rodoviário ou ferroviário, mantendo a continuidade da via de comunicação quando esta se depara e têm que transpor um obstáculo natural constituído por depressão do terreno (estradas, ruas, acidentes geográficos, etc.), cruzamentos e outros sem que este seja obstruído. Na construção civil, obras desse porte são chamadas de Obras de Arte Especiais (OAE), pois cada caso depende de um cálculo específico, por exemplo, uma ponte com uso especifico de travessia somente de pessoas a sua resistência é bem menor do que uma ponte com trânsito de automóveis e veículos pesados, no caso de pontes, que são construídas sobre um curso de água, de tráfico marinho énecessário que o seu tabuleiro tenha altura calculada de forma a possibilitar a passagem de embarcações com segurança sob a sua estrutura. 2.2. COMPONENTES ESTRUTURAIS A ponte é constituída de componentes estruturais, sendo eles separados por em partes de localização, as pontes são separadas em três partes principais, nominadas superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 13 de 52 Figura 1 – Componentes estruturais de uma Ponte Fonte: Projeto exemplo de estrutura de ponte (ANEXO I) A infraestrutura é a parte que conecta a estrutura ao solo, que transmite todo o esforço da superestrutura e da mesoestrutura, podendo ser comparada a fundação de uma obra residencial, ela pode ser constituída de vários tipos. A mesoestrutura é composta de blocos e pilares de sustentação. A superestrutura é toda a extensão da ponte, composta por um elemento principal, denominado tabuleiro que por sua vez, é composto por vigas longarinas e transversinas, conforme figura. Figura 2 – Componentes da Superestrutura Fonte: Projeto exemplo de estrutura de ponte (ANEXO I) 2.3. TIPOS E MODELOS Vemos muitas pontes no nosso cotidiano, passamos por várias em qualquer trajeto dentro de uma cidade urbana ou rural, existem vários modelos e tipos, podem ser diferencias por diversas atribuições sendo elas: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 14 de 52 2.3.1. Pelo material da superestrutura • Madeira • Alvenaria • Concreto simples • Concreto armado • Concreto protendido • Aço • Mistas (aço e concreto) 2.3.2. Pelo seu comprimento • Galerias (de 2 a 3 metros) • Pontilhões (de 3 a 10 metros) • Pontes (acima de 10 metros) 2.3.3. Pela natureza do tráfego • Rodoviárias • Ferroviárias • Passarelas (pontes para pedestres) • Utilitárias (aquedutos) • Mistas (rodo-ferroviária) 2.3.4. Pelo seu desenvolvimento planimétrico • Retas: ortogonais ou esconsas • Curvas 2.3.5. Pelo seu desenvolvimento altimétrico • Retas: horizontal ou em rampa • Curvas: tabuleiro convexo ou côncavo 2.3.6. Pela sua seção transversal • Ponte de laje (maciça, vazada) • Ponte de viga (seção T, seção celular, treliça) 2.3.7. Pela posição do tabuleiro • Ponte com tabuleiro superior • Ponte com tabuleiro intermediário • Ponte com tabuleiro inferior Osvaldemar Marchetti, em seu livro faz a separação dos tipos de pontes existentes pelo o sistema estrutural da superestrutura, conforme figura abaixo: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 15 de 52 Figura 3 - Tipo de ponte - segundo o sistema estrutural da superestrutura Fonte: Osvaldemar Marchetti (2008) – pág. 5 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 16 de 52 2.4. HISTÓRIA DAS CONSTRUÇÕES DE PONTES Existiam pontes muito antes de existirem engenheiros, desde tempos remotos que o homem necessitava ultrapassar obstáculos em busca de alimento ou abrigo. As primeiras pontes terão surgido de forma natural pela queda de troncos sobre os rios, processo prontamente imitado pelo homem, surgindo então pontes feitas de troncos de árvores ou pranchas e eventualmente de pedras, usando suportes muito simples. Figura 4 - Ponte de Macacos – Waddel Fonte: http://www.itti.org.br/ Figura 5 - Ponte sobre o ARROIO - Walla, em Dartmoor, Inglaterra Fonte: http://www.itti.org.br/ ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 17 de 52 Figura 6 - Aldeia de Muang La ao norte de Udomxai Fonte: http://famisaolaos.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html Com o surgimento da idade do bronze e a predominância da vida sedentária, tornou-se mais importante a construção de estruturas duradouras, nomeadamente, pontes de lajes de pedra. Das pontes em arco há vestígios desde cerca de 4000 a.C. na Mesopotâmia e no Egito, e, mais tarde, na Pérsia e na Grécia (cerca de 500 a.C.). Com o surgimento das ferrovias, tornaram-se necessárias grandes pontes para suportar cargas pesadas. A partir de 1900, começaram a surgir as pontes de concreto, onde este substituía a pedra como material de construção. Em 1912, surgiram pontes em vigas e pontes em pórtico. Simultaneamente, as pontes em arco de concreto atingiram dimensões cada vez maiores. E assim com a evolução das tecnologias, as construções de pontes têm avançado também, ao longo do tempo vamos analisando a agilidade de construção e métodos novos empregados, com o uso de “softwares” especializados para os cálculos específicos e projetos técnicos muito mais detalhados, reduziu o tempo necessário para a execução de pontes e minimizou os problemas estruturais que se obtinha com a falha humana. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 18 de 52 3. ESTUDO DE CASO 3.1. PONTE DE MACARRÃO A ponte de macarrão é uma idéia já empregada em várias universidades e escolas brasileiras e fora do país, segundo a pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o recorde brasileiro da competição foi de 156 kgf e atingido na competição no segundo semestre de 2006, e está muito próximo do recorde mundial de 176 kgf obtido na Okanagan University College nos Estados Unidos, em condições semelhantes. O curso de engenharia da Unip motiva seus alunos com diversos trabalhos desenvolvidos, um em cada semestre, com o objetivo de realizar atividades relacionadas ao curso de engenharia, nesse semestre a atividade consiste na construção, de uma ponte de macarrão. Esta atividade é realizada em equipes, e visa promover o trabalho em grupo e integração dos alunos e conscientizá-los, que na construção é necessário ter uma série de cuidados, desde projeto e cálculos até nos mínimos detalhes da parte executiva, o planejamento é fundamental para qualquer atividade da engenharia. 3.2. A PROPOSTA Analisando a Figura 3 (Tipo de ponte - segundo o sistema estrutural da superestrutura), que mostra os tipos e modelos existentes de pontes, escolhemos fazer uma ponte do tipo treliça, pois uma treliça é uma estrutura reticulada que tem todas as ligações entre barras articuladas. Na análise de uma treliça as cargas atuantes são transferidas para os seus nós. A conseqüência disso em conjunto com a hipótese de ligações articuladas, é que uma treliça apresenta apenas esforços axiais (esforços normais de tração e compressão). Assim nossa escolha se trata de uma peça onde sabemos calcular as forças atuantes e possui um diferencial que é a facilidade em trabalhar na montagem em macarrão, por não ter tantos cortes evitando a trabalhabilidade da estrutura com várias emendas. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 19 de 52 O desenvolvimento do trabalho proposto foi realizado em grupo composto por seis integrantes, onde houve a divisão de funções de acordo com a tabela 1, onde todos do grupo tiveram acesso a todo o conteúdo e aprendizagem proposto. NOME FUNÇÃO Anderson Pinheiro Cálculos Estruturais e Construção; Artur Andrade Campos Pesquisas, Projetos e Parte Escrita Emerson Miguel Aquisição de materiais e Construção Evelyn Souza Rodrigues Pesquisas, Projetos e Parte Escrita Luis Fernando Aquisição de materiais e Construção Vinicius Agren Diogo Cálculos Estruturais e Construção Tabela 1 – Divisão de Funções entre o grupo Fonte: Arquivo pessoal (2015) 3.3. MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais utilizados, foram os solicitados pelo manual, a única definição pelo grupo, foi determinar qual cola iriaser utilizada, optamos pela cola rápida “Tekbond®” e cola quente. A nossa ponte ficou composta: • Macarrão, tipo espaguete número 7 da marca Barilla; • Cola rápida “Tekbond®”; • Cola quente; • Tubos de PVC de 3/4” água fria em suas extremidades; • Vergalhão de aço de 10 mm no centro. A ponte possui dimensionamento de: • Altura: 18,14 centímetros; • Largura: 12,00 centímetros; • Comprimento: 101,60 centímetros; • E massa: 0,744 Quilograma. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 20 de 52 Figura 7 – Tipo de ponte escolhida – Planta isométrica Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) No primeiro momento fizemos uma ponte teste, para analisar a sua resistência a ruptura e verificar se nossos cálculos e metragens estavam corretos, e depois executamos a ponte final, para a apresentação. 3.4. TABELA DE CUSTOS Segue a lista de materiais utilizados e o preço relativo a cada um deles, a primeira tabela indica os valores para a ponte teste e a outra para a ponte final, o valor total foi de R$ 233,30 para realização das duas pontes. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 21 de 52 Descrição do material Quantidade Un. Valor Unitário (R$) Valor do Total (R$) Macarrão Fio 7 2 Pacote 7,00 14,00 Cola rápida “Tekbond®” 2 Pote 12,50 25,00 Cola Quente 8 Bastão 0,60 4,80 Tubo PVC 3/4” Água Fria (30 cm) 1 Un. 8,00 8,00 Vergalhão de Aço 10 mm (20 cm) 1 Un. 5,00 5,00 Palitos de sorvete (madeira) 50 Un. 6,00 6,00 Gabaritos de montagem dos fios (madeiras) 2 Un. 15,00 30,00 Madeira para transpor projeto 1 Un. 30,00 30,00 Fio dental 1 Un. 5,20 5,20 Lâmina de serra 1 Un. 12,00 12,00 Fita adesiva 1 Un. 3,50 3,50 Lixa grossa 1 Un. 0,50 0,50 Papel filme 1 Rolo 2,50 2,50 FERRAMENTAS Alicate ** 3 Un. 0,00 0,00 Tesoura e estilete ** 1 Un. 0,00 0,00 Réguas, esquadro, transferidor e escalímetro ** 1 Un. 0,00 0,00 Aplicador de cola quente ** 1 Un. 0,00 0,00 Trena ** 1 Un. 0,00 0,00 Balança ** 1 Un. 0,00 Un. TOTAL: R$ 146,50 ** Não gerou custos devido já possuirmos essas ferramentas. Tabela 2 – Tabela de Custos para ponte teste Fonte: Arquivo pessoal (2015) Descrição do material Quantidade Un. Valor Unitário (R$) Valor do Total (R$) Macarrão Fio 7 2 Pacote 7,00 14,00 Cola rápida “Tekbond®” 2 Pote 12,50 25,00 Cola Quente 8 Bastão 0,60 4,80 Tubo PVC 3/4” Água Fria (30 cm) 1 Un. 8,00 8,00 Vergalhão de Aço 10 mm (20 cm) 1 Un. 5,00 5,00 Madeira para transpor projeto 1 Un. 30,00 30,00 TOTAL: R$ 86,80 *** Usamos os materiais que sobraram da ponte teste as mesmas ferramentas. Tabela 3 – Tabela de Custos para ponte final Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 22 de 52 3.5. ETAPAS DE CONSTRUÇÃO 3.5.1. PASSOS 1º. Passo - Foi à escolha da geometria da ponte, como descrito acima, definimos fazê-la tipo treliça; 2º. Passo - Sabendo sua forma, e com os conhecimentos de tração e compressão, fizemos os cálculos das cargas para o dimensionamento de suas barras; 3º. Passo - Montagem do projeto no “software” Auto CAD 2D, para análise das metragens e para que o dimensionamento seguisse conforme o manual, e transpusemos o projeto em uma madeira, em escala real, para servir de gabarito; 4º. Passo – Definição dos números de fios em cada barra, e a forma de colagem, que optamos, por fazer um gabarito de madeira e pregos, onde juntamos os macarrões e ficou mais fácil de manuseá-los; 5º. Passo – Passar a cola rápida “Tekbond®” com auxílio de um pincel, amarrou-se as extremidades das barras com fio dental e apoiamos as barras em locais para secagem, que demorou por volta de 15 minutos; 6º. Passo – Começar a montagem das emendas, onde com o auxílio de um alicate e uma lixa grossa pequena, fizemos o chanfro para facilitar a colagem das barras; 7º. Passo – Após a colagem total das barras, colamos o Vergalhão de Aço de 10 mm no centro da ponte; 8º. Passo – Colamos os tubos PVC’s nas extremidades da ponte. 9º. Passo – Finalizamos o trabalho de colagem com a cola quente nos nós; 10º. Passo – Envolvemos a ponte com papel filme, para evitar o ressecamento dos fios de macarrão até o dia da apresentação, e aguardamos a secagem por mais cinco dias. 3.6. CÁLCULOS Os cálculos da treliça podem ser feitos utilizando dois métodos: • Método das seções ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 23 de 52 • Método dos nós Utilizamos o método dos nós onde, separamos a ponte em nós numerados de A até I, e barras numeras de 1 até 15, conforme figura a seguir: Figura 8 – Projeto do corte da Ponte – forças atuantes e nomenclatura de nós e linhas Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) ∑FH = 0 RHA = 0 ∑FV = 0 RVA - 30 + RVI = 0 RVA + RVI = 30 kgf ∑MA = 0 Carga central * distância até o ponto A (L/2) – RVI * distância até o ponto A (L) 30 * 50,8 – RVI * 101,60 = 0 1524 = 101,60 RVI 1524 / 101,60 = RVI RVI = 15 kgf Substituindo: RVA + RVI = 30 kgf RVA + 15 = 30 RVA = 15 kgf Sabendo que a ponte de macarrão é simétrica, podemos deduzir que o valor de RVA e RVI são iguais e se a soma deles dão o valor de 30 kgf, podemos afirmar que o valor de cada um deles possuem 15 kgf, conforme provado no cálculo acima. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 24 de 52 Para prosseguir com os cálculos é feito a análise em cada nó da treliça e é analisando as forças que agem internamente. 3.6.1. Nó A Figura 9 – Forças atuantes no Nó “A” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 F1y + RVA = 0 F1y + 15= 0 F1y = - 15 kgf F1x = - 10,5 F1 = - 10,5 / (cos 55º) F1 = - 18,31 Força de Compressão ∑FH=0 F1x + F2 = 0 -10,5 = - F2 F2 = 10,5 kgf Força de Tração 3.6.2. Nó B Figura 10 - Forças atuantes no Nó “B” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 -F1y – F3y = 0 - 15 – F3y = 0 F3y = 15 kgf F3x = 10,5 F3 = 10,5 / (cos 55º) F3 = 18,31 Força de Tração ∑FH=0 - F1x + F3x + F4 = 0 -(-10,5) + 10,5 = - F4 +10,5 +10,5 = -FA F4 = - 21 kgf Força de Compressão ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 25 de 52 3.6.3. Nó C Figura 11 - Forças atuantes no Nó “C” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 F3y + F5y = 0 15 + F5y = 0 F5y = - 15 kgf F5x = - 10,5 F5 = - 10,5 / (cos 55º) F5 = - 18,31 Força de Compressão ∑FH=0 - F2x – F3x + F5x + F6 = 0 -10,5 - 10,5 +(- 10,5) = - F6 10,5 + 10,5 +10,5 = F6 F6 = 31,5 kgf Força de Tração 3.6.4. Nó D Figura 12 - Forças atuantes no Nó “D” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 -F5y - F7y = 0 - 15 – F7y = 0 F7y = 15 kgf F7x = 10,5 F7 = 10,5 / (cos 55º) F7 = 18,31 Força de Tração ∑FH=0 - F4 – F5x + F7x + F8 = 0 -(-21) – (-10,5) + 10,5 = - F8 F8 = - 42 kgf Força de Compressão ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 26 de 52 3.6.5. Nó E Figura 13 - Forças atuantes no Nó “E” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 F7y + F9y – 30 = 0 15 + F9y = 30 F9y = 15 kgf F9x = 10,5 F9 = 10,5 / (cos 55º) F9 = 18,31 Força de Tração ∑FH=0 - F6x – F7x + F9x + F10 = 0 -10,5 - 10,5 +10,5 = - F10 F10 = 31,5 kgf Força de Tração 3.6.6. Nó F Figura 14 - Forças atuantes no Nó “F” Fonte: Arquivo pessoal– Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 - F9y – F11y = 0 - 15 – F11y = 0 F11y = - 15 kgf F11x = - 10,5 F11 = - 10,5 / (cos 55º) F11 = - 18,31 Força de Compressão ∑FH=0 - F8 – F9x + F11x + F12 = 0 -(-42) - 10,5 +(- 10,5) = - F12 42 – 10,5 – 10,5 = - F12 F12 = - 21 kgf Força de Compressão ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 27 de 52 3.6.7. Nó G Figura 15 - Forças atuantes no Nó “G” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 + F11y + F13y = 0 - 15 = - F13y F13y = + 15 kgf F13x = 10,5 F13 = 10,5 / (cos 55º) F13 = 18,31 Força de Tração ∑FH=0 - F10 – F11x + F13x + F14 = 0 - (31,5) – (-10,5) +(10,5) = - F14 - 31,5 + 10,5 + 10,5 = - F14 F14 = 10,5 kgf Força de Tração 3.6.8. Nó H Figura 16 - Forças atuantes no Nó “H” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 - F13y - F15y = 0 - 15 = F15y F15y = - 15 kgf F15x = - 10,5 F15 = - 10,5 / (cos 55º) F15 = - 18,31 Força de Compressão ∑FH=0 - F12 – F13x + F15x = 0 - (- 21) – (10,5) = - F15x + 21 - 10,5 = - F15x F15x = - 10,5 kgf Força de Compressão ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 28 de 52 3.6.9. Nó I Figura 17 - Forças atuantes no Nó “I” Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO III) ∑FV=0 F15y +15 = 0 F15y = - 15 kgf F15x = - 10,5 F15 = - 10,5 / (cos 55º) F15 = - 18,31 Força de Compressão ∑FH=0 - F14 – F15x = 0 – ( - 10,5) = F14 F14 = + 10,5 kgf Força de Tração Analisando os valores e conferindo, todos mantiveram o padrão e conferiram em suas provas reais. Compressão Tração Barra (número) Força (kgf) Barra (número) Força (kgf) 1 -18,30 2 10,50 4 - 21,00 3 18,50 5 - 18,30 6 31,50 8 - 42,00 7 18,30 11 - 18,30 9 18,30 12 - 21,00 10 31,50 15 - 18,30 13 18,30 14 10,50 Tabela 4 – Análise das forças em cada barra Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 29 de 52 Figura 18 - Valores das forças atuantes Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) 3.6.10. COMPOSIÇÃO DE FIOS EM CADA BARRA Para achar a composição de fios de cada barra, utilizamos as fórmulas: • Para barras de Compressão: • Barras de Tração: F / 4,267 Sabendo que: L = 1,02 m e r = 0.9mm, obtivemos: Número mínimo de fios de macarrão necessários em cada Barra Barra (número) Fios (número) Barra (número) Fios (número) 1 23 2 3 4 28 3 5 5 23 6 8 8 39 7 5 11 23 9 5 12 28 10 8 15 23 13 5 14 3 Total 187 Total 42 TOTAL GERAL: 229 Tabela 5 – Quantidade de fios em cada barra - cálculo Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 30 de 52 Porém, para uma estética melhor adotamos todas as barras que calculamos com três e cinco fios, executamos barras de oito fios, ou seja, redefinindo a tabela, temos: Número de fios de macarrão em cada Barra Barra Fios Barra Fios 1 23 2 8 4 28 3 8 5 23 6 8 8 39 7 8 11 23 9 8 12 28 10 8 15 23 13 8 14 8 Total 187 Total 64 TOTAL GERAL: 251 Tabela 6 – Quantidade de fios em cada barra - real Fonte: Arquivo pessoal (2015) Utilizamos mais 6 barras de 10 fios cada, para fazer a união entre as laterais da ponte, sendo 4 barras na parte superior e 2 na parte inferior, o vergalhão fazendo a união do meio e os tubos PVC’s nas pontas. Figura 19 - Quantidade de fios de macarrão em todas as barras Fonte: Arquivo pessoal – Projeto UNIP (ANEXO II) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 31 de 52 3.7. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO Figura 20 – Montagem das barras - corte e colagem dos fios de macarrão Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 21 – Montagem das barras - corte e colagem dos fios de macarrão Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 32 de 52 Figura 22 – corte e colagem dos fios de macarrão Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 23 – Colagem dos fios de macarrão Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 33 de 52 Figura 24 – Colocação no apoio para secagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 25 – Finalização da secagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 34 de 52 Figura 26 – Transferindo o projeto na madeira para montagem e análise de compatibilidade Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 27 – Transferindo o Projeto na madeira para montagem e análise de compatibilidade Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 35 de 52 Figura 28 – Verificação da compatibilidade com o projeto Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 29 – Chanfrando as pontas das barras para o encaixe Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 36 de 52 Figura 30 – Início da colagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 31 – Colagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 37 de 52 Figura 32 – Colagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 33 – Colagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 38 de 52 Figura 34 – Colagem das barras Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 35 – Finalização da colagem das barras das laterais Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 39 de 52 Figura 36 – Verificação das ângulos após a colagem Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 37 – Colagem da união das laterais Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 40 de 52 Figura 38 – União das laterais Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 39 – Análise para a colagem do tubo PVC nas pontas Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 41 de 52 Figura 40 – Colagem com cola quente em todo nó Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 41 – Colagem com cola quente em todo nó Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 42 de 52 Figura 42 – Colagem com cola quente em todo nó Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 43 – Colagem com cola quente em todo nó Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 43 de 52 Figura 44 – Finalização da Colagem Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 45 – Ponte Finalizada (vista frontal) Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 44 de 52 Figura 46 – Ponte Finalizada (vista lateral) Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 47 – Ponte Finalizada (vista superior) Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADEPRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 45 de 52 Figura 48 – Ponte Finalizada com papel filme par evitar ressecamento Fonte: Arquivo pessoal (2015) 3.7.1. AFERIÇÕES DA PONTE Figura 49 – Medida total do comprimento da Ponte, conforme projeto. Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 46 de 52 Figura 50 – Medida total do comprimento da Ponte, conforme projeto. Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 51 – Medida total da altura da Ponte, conforme projeto. Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 47 de 52 Figura 52 – Medida total do comprimento lateral da Ponte, conforme projeto. Fonte: Arquivo pessoal (2015) Figura 53 – Conferindo a massa total da Ponte Fonte: Arquivo pessoal (2015) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 48 de 52 4. DISCUSÃO E RESULTADO Construímos duas pontes feitas de macarrão, conforme especificado no manual, utilizando massa do tipo espaguete, o uso de cola “Tekbond®” e cola quente para finalização da colagem, com peso até 1.000 gramas, considerando os tubos PVC’s e a barra de aço central, o que significa que sua estrutura pesa menos, e a sua largura de 1,02 metros, capaz de vencer um vão livre de 1 (um) metro. Foi realizada uma ponte teste, para a realização de aplicação de carga, para verificar a resistência da mesma. O procedimento adotado no teste foi à colocação de um balde de plástico, fixado no aço central da ponte, onde foram adicionados aos poucos alimentos, tipo arroz, feijão, farinha e açúcar. Os resultados da aplicação dessa carga na estrutura: • 20 (vinte) kg, considerando somente os pesos dos alimentos, desconsiderando o valor do balde, a ponte suportou sem quaisquer ocorrências em sua estrutura, durante 30 segundos; • Foi adicionado mais 1(um) kg de feijão, a ponte suportou sem quaisquer ocorrências em sua estrutura, durante 20 segundos; • Foram adicionadas mais 2 unidades de farinha onde totalizava 1 (um) kg, foi quando houve ruptura da ponte, em 10 segundos aproximadamente. O resultado obtido foi o esperado, pois a ponte suportou mais que o máximo exigido no manual, sem qualquer alteração, nem barulhos que indiquem a ruptura. Assim pudemos fazer a ponte final, no mesmo procedimento, cálculo e técnica utilizada para a ponte teste. No dia 12 de novembro houve a apresentação da ponte final, onde obtivemos os resultados da aplicação dessa carga na estrutura: • Os 2 (dois) kg inicias, a ponte suportou sem nenhuma alteração, durante 10 segundos cronometrados; ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 49 de 52 • Adicionado o balde com 5 (cinco) kg, a ponte a ponte suportou sem quaisquer ocorrências em sua estrutura, durante 10 segundos; • Ao colocar mais 5 (cinco) kg, ou seja total de 10 (dez) kg, houve a ruptura da ponte no antes das 10 segundos necessários. Ao analisarmos a ruptura, que ocorreu no fio de número 14, vimos que o erro provável foi na colocação do suporte do balde (gancho), pois pendeu-se mais para o lado direito o que gerou mais sobrecarga para esse lado, outra hipótese, pode ter sido o ressecamento dos fios, devido sua montagem ter sido realizada mais que 5 (cinco) dias antes da apresentação. O resultado obtido na apresentação não foi o esperado, o que nos decepcionou, diante das nossas expectativas. O que nos faz refletir sobre o quanto ainda temos que aprender na faculdade para que não ocorram erros como este na nossa vida profissional. Seguindo o grande Albert Einstein que nos diz: “Sabemos como é a vida: num dia dá tudo certo e no outro as coisas já não são tão perfeitas assim. Altos e baixos fazem parte da construção do nosso caráter. Afinal, cada momento, cada situação, que enfrentamos em nossas trajetórias é um desafio, uma oportunidade única de aprender, de se tornar uma pessoa melhor.” ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 50 de 52 5. CONCLUSÃO No começo do desenvolvimento do trabalho, na primeira reunião, já separamos as funções de cada integrante, onde cada um se identificava mais, para tornar algo agradável para todos, assim o trabalho em grupo se tornou muito mais fácil de desenvolver, pois cada um tinha uma função bem definida e não perdemos tempo, com excesso de pessoas fazendo uma única função e perdendo o objetivo principal que é a construção do trabalho como um todo. Na primeira reunião, já definimos os materiais a serem utilizados, só ficando na dúvida em que cola utilizar, deixando definida a cola rápida “Tekbond®” e cola quente para a ponte teste, e com o resultado positivo utilizamos também na ponte final. Os conhecimentos adquiridos no curso de engenharia nos deram a direção para a escolha da forma da ponte que é em forma de treliça, considerando este formato adequado para análise de cargas e para suportar a carga proposta. Durante as reuniões, percebemos que para ter um bom resultado é necessário o planejamento antecipado de todo o projeto, assim, que definimos a forma geométrica, começaram a ser feitos os projetos e os cálculos, para não haver erro na execução. Antes da construção da ponte final, fizemos uma ponte teste para a realização de testes e verificação da resistência de carga máxima suportada pela ponte, onde está suportou até 21 kg. Onde podemos confiar em nossos cálculos e consideramos as mesmas técnicas e procedimentos para a construção da ponte final. O trabalho nos faz pensar que mesmo com um material não tão resistente como um macarrão, com os cálculos certos, podemos construir uma ponte que suporte uma carga consideravelmente bem maior que sua própria estrutura. Concluímos que a aplicação na prática, dos conhecimentos adquiridos na sala de aula, nos faz aprender muito mais, pois vemos a aplicação material das cargas. Agora vamos analisar uma ponte ao passar por ela, sabendo da dificuldade do planejamento dos projetos e cálculos, para que a carga suportada não a faça obter rupturas em sua estrutura. Houve também um grande entrosamento com o grupo, o que nos faz perceber que para o resultado positivo é necessário um bom desenvolvimento de todas as partes envolvidas, temos a certeza de que esse trabalho irá nos contribuir como pessoas e profissionais. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 51 de 52 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA, Patrícia de Lourdes Casadei. Concepção arquitetônica e estrutural de uma ponte ligando Cabedelo à Lucena – PB. João Pessoa, 2009. Trabalho Final de Graduação (Arquitetura e Urbanismo). Departamento de Ciências Exatas/ Centro Universitário de João Pessoa. DNIT - Departamento Nacional dos Transportes. DNIT. Disponível em: http://www.dnit.gov.br/licitacoes/sede/projetos. Acesso em: 20 setembro 2015. Foto da Aldeia de Muang La ao norte de Udomxai. La triplette au laos. Julho 2011. http://famisaolaos.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html. Acesso em: 20 setembro 2015. INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTES E INFRAESTRUTURA (ITTI). A história das Pontes. Disponível em: http://www.itti.org.br/portal/oitti/equipe- tecnica/297-historia-das-pontes.html. Acessado no dia 11 de setembro de 2015. MARCHETTI, Osvaldemar. Pontes de Concreto Armado. Editora EDGARD BLU-CHER. São Paulo. 2008. Disponível em: http://www.bibliotecadaengenharia.com/2015/06/pontes-de-concreto-armado- osvaldemar-pdf.html. Acessado no dia 07 de setembro de 2015. PILLIG,Marcela. Pontes Moveis. São Paulo, 09 de dezembro de 2013. Disponível em: http://blogdopetcivil.com/2013/12/09/pontes-moveis/. Acessado no dia 11 de setembro de 2015. WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Pontes. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte. Acessado no dia 11 de setembro de 2015. Conteúdo das matérias: 213V - DESENHO TECNICO 285V - CALC COM GEOMETRIA ANALITICA 514X - RESISTENCIA DOS MATERIAIS CIVIL ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “PONTE DE MACARRÃO” Página 52 de 52 7. ANEXOS 7.1. ANEXO I Projeto de exemplo de estrutura de ponte 7.2. ANEXO II Projeto de corte e planta isométrica 7.3. ANEXO III Projeto de forças atuantes nos nós
Compartilhar