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15/02/2016 1 BIOSSEGURANÇA E NORMAS DE CONDUTA EM LABORATÓRIO BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL No ambiente de trabalho de um laboratório clínico, muitos riscos potenciais estão envolvidos nas atividades, seja pela exposição aos materiais clínicos e reagentes químicos seja pela exposição aos agentes patogênicos. Diversos procedimentos devem ser conduzidos para evitar e reduzir ao mínimo as probabilidades de acidentes e danos inerentes ao laboratório, garantindo um ambiente seguro e adequado à realização das análises bacteriológicas. 15/02/2016 2 BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL Biossegurança: “Conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços resultantes de uma exposição a um agente de risco.” EPI “Todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.” 15/02/2016 3 PROTEÇÃO PARA OS PÉS PRO PÉ X X Prender cabelos longos Proteger barba Não beber, comer ou levar alimento para o laboratório Evitar o uso de calçados abertos Manter unhas cortadas Não se maquiar dentro do laboratório Não usar jóias como: anéis, pulseiras, cordões longos, durante os trabalhos laboratoriais Evitar o manuseio de lentes de contato durante os procedimentos. Não atender celular durante o trabalho na bancada NORMAS DE SEGURANÇA GERAL 15/02/2016 4 CABELOS PRESOS SEM GEL NORMAS DE SEGURANÇA GERAL Sempre usar jaleco no interior do laboratório, mas não usar em áreas de circulação comum (restaurantes, lanchonetes, banheiros). Lavar as mãos frequentemente Toda amostra ou cultura deve ser considerada potencialmente infectante Não reencapar agulhas usadas e descartá-las em recipiente adequado (Descarpack) Conduzir o trabalho de forma que minimize a formação de aerossóis (trabalhar em cabines ou com bico de Bunsen) Não colocar pipetas, lâminas, alças não flambadas diretamente sobre a bancada. Depositar em locais apropriados. 15/02/2016 5 Usar calça comprida, calçados fechados e quando necessário usar touca, máscara, óculos, luvas, etc. Ao sair do laboratório para outro setor com menor possibilidade de contaminação, retirar as luvas e lavar as mãos; A mão em ambiente não domiciliar nunca está limpa; Retirar a luva e lavar as mãos para tocar em cabelos, pele, boca etc; Bancadas e superfícies devem ser desinfetadas no início e término das atividades e sempre após derramamentos. VIAS DE TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS NO LABORATÓRIO ORAL: Ingestão devido à manipulação de culturas puras com crescimento de microrganismos patogênicos e más condutas, tais como: Pipetar com a boca Comer Beber Mascar chicletes Levar à boca mãos ou objetos (caneta ou lápis) 15/02/2016 6 AÉREA: Através da inalação de aerossóis contendo os agentes infecciosos. Os procedimentos devem ser conduzidos de forma a minimizar os riscos de formação dos aerossóis e sempre que possível em capelas de fluxo laminar. CUTÂNEA OU PARENTERAL: Devido a acidentes, pela contaminação com materiais perfuro cortantes contaminados, como agulhas, vidros quebrados e lâminas de bisturi. 15/02/2016 7 CONTANTO COM MEMBRANAS: Mucosas (ocular, oral, nasal, etc.) podem ser contaminadas com gotículas ou respingos de amostras ou culturas líquidas. O uso de óculos de proteção e máscara promove uma barreira contra essa via de contaminação. RISCOS POR CONDUTAS INADEQUADAS 15/02/2016 8 Nunca pipetar com a boca os reagentes – usar pipetadores, pêras e pipetas automáticas para transporte de volumes pequenos de líquido. Nunca ter pressa para realizar as atividades intermediárias e/ou finais, pois a pressa pode causar um acidente; 15/02/2016 9 Nunca atender o telefone celular no interior do laboratório, teclar em computador de uso comum (fora do laboratório), tocar na mão de alguém desprotegido; abrir portas ou tocar as maçanetas usando luvas contaminadas; Não reutilizar a luva usada que se retirou em algum momento; Apresentando ferimento nas mãos, deve-se utilizar duas luvas (uma dentro da outra). X 15/02/2016 10 Ao lavar as mãos, lembrar de fechar a torneira com o papel toalha protegendo assim a mão de tocar na mesma torneira que se tocou com a luva / mão suja (isto vale inclusive para a utilização das pias de sanitários não residenciais); 15/02/2016 11 Nunca levar para casa as canetas, lápis, materiais manipulados no setor ou próximo a fluidos biológicos; Os aventais que sofrerem respingos de fluidos devem ser colocados em balde com água sanitária na unidade/setor de lavagem, antes de ser transportado para casa, e no momento do trabalho deve ser substituído por um limpo, disponível para este fim; Colocar o avental para ser lavado separado da roupa doméstica e de peças íntimas; Não misturar os livros de registro que saem do laboratório para outros setores. Se possível, apoiar os registros em bancada onde não são manipulados os fluidos e amostras. CONDUTA DURANTE OS EXPERIMENTOS Um dos cuidados mais importantes na realização das atividades no laboratório de microbiologia é a manutenção da limpeza de superfícies, equipamentos e pessoas. Alguns procedimentos são essenciais como: Lavar as mãos e passar álcool 70% antes de iniciar o trabalho Desinfetar as superfícies de trabalho (álcool 70% ou hipoclorito a 1%). Acender o bico de Bunsen Após cada procedimento com alças bacteriológicas, esterilizar as mesmas na chama do bico (ângulo de 90º). 15/02/2016 12 CONDUTA DURANTE OS EXPERIMENTOS Passar os bocais de tubos pela chama Realizar os procedimentos próximos à chama e manter os meios de cultura e materiais distantes do corpo e próximos ao bico de Bunsen. Usar descartes para perfuro cortantes e com solução de hipoclorito 1%. Desligar o bico Desinfetar a superfície Lavar novamente as mãos e realizar antissepsia com álcool. Equipamentos de Proteção Coletiva LAVA-OLHOS • Devem estar localizados dentro do laboratório. • Deve ser verificado semanalmente para o correto funcionamento. • Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser lavados por no mínimo 15 minutos. 15/02/2016 13 EPC DUCHA DE SEGURANÇA • Deve estar montada dentro da área do laboratório em local de fácil acesso por todos os setores. • O acionamento deve ser fácil para que funcionários mesmo com os olhos fechados possam acioná-la. Devem ser checadas mensalmente para seu correto funcionamento. EPC CÂMARAS DE FLUXO LAMINAR • Devem ser utilizadas para proteção contra material volátil ou proteção microbiológica respectivamente. • As câmaras de fluxo laminar podem ser utilizadas na proteção do operador ou do material no seu interior dependendo da rotina efetuada. Filtro tipo HEPA (High Efficiency Particulate Air ) Bancada de aço inox Janela de proteção Não aconselhável manuseio de substância química concentrada, volátil, corrosiva, ácida 15/02/2016 14 CABINE DE SEGURANÇA Classe I- Ventiladas com o ar ambiente com ducto de exaustão com filtro HEPA. Proteção ao usuário, mas não ao cultivo. Recomendado para microrganismo grupo 1, 2 e 3. Classe II – Conhecida como capela de fluxo laminar. Proteção ao usuário, ao experimento e ao ambiente. Ar filtrado por filtro HEPA antes de ser exaurido para fora e para o interior da mesma.Vidro frontal de 20 cm de abertura para manipulação. Classe II A: Microrganismos dos grupos 1 e 2 ClasseII B1/ B2/ B3: MOs dos grupos 1, 2 e 3. 15/02/2016 15 CABINE DE SEGURANÇA Classes III – contenção máxima, totalmente fechada e sem escape de ar para o ambiente. Os procedimentos são realizados com luvas de borracha presas à cabine. Mais elevado grau de proteção ao usuário e ao ambiente. Todos os materiais são esterilizados por autoclaves acopladas ao equipamento. 15/02/2016 16 Nivel Tipo de laboratório Cuidados e equipamentos Riscos MOs NB1 Ensino médio e técnico BPL Jaleco Pia Lava-olhos Baixo risco individual ou coletivo. Não causa doença ao homem e animais Lactobacillus casei Penicillium camembertii Saccharomyces cerevisae NB2 Laboratório clínico e de escola Nível I Acesso limitado Capela I ou II Luvas Óculos Máscaras Risco individual moderado e limitado para a comunidade. Podem causar infecções mas medidas de contenção e tratamento eficazes limitam os riscos Clostridium tetani Klebisiella pneumoniae S. Aureus E. Coli Streptococcus pneumoniae Nivel Tipo de laboratório Cuidados e equipamentos Riscos MOs NB3 Laboratório clínico Pesquisa Nível 2 Acesso controlado Descontaminação de todos os resíduos Máscara N95 ou P100 Exaustão com pressão negativa Elevado risco individual e limitado para a comunidade. Causa doenças graves com medidas terapêuticas ao laboratorista. M. Tuberculosis Bacillus anthracis Brucella spp. NB4 Pesquisa Nível 3 Troca de roupa e ducha antes e após o trabalho Cabine classe II B3 ou B2 Roupas com pressão + Área em construção isolada Elevado risco individual e para a comunidade. Agentes altamente infecciosos que se propagam facilmente. Não existem medidas profiláticas e terapêuticas. Vírus da febre hemorrágica Ebola Febre de Lassa 15/02/2016 17 Procedimentos em caso de derramamento de material infectado • Cobrir o local com papel toalha • Colocar a solução desinfetante sobre o papel (hipoclorito de sódio 1%) • Deixar agir por 30 minutos • Remover o papel toalha e os cacos com o auxílio de escova e pá (ou algodão umedecido para cacos pequenos) • Colocar em saco plástico e lacrar, identificando-o e descartar como perfurocortante • Recolocar a solução desinfetante sobre a área atingida • Deixar agir por mais 10 minutos • Esfregar a área com pano limpo embebido na solução desinfetante • Esterilizar o pano e todo o material utilizado, antes do descarte. 15/02/2016 18 Limpar…desinfetar ?? Qual o melhor produto?? Como diluir o produto escolhido?? Os antissépticos descritos como microbicidas ou microbiostáticos recomendados para utilização na pele, mucosa e ferimentos, que são permitidos, abrangem as soluções: alcoólicas (atuam por desnaturação de proteínas); iodadas e iodóforos; soluções contendo clorexidina (atua por ruptura da parede celular). 15/02/2016 19 Desinfecção da maioria dos microrganismos, incluindo protozoários, helmintos e bactérias. Para inativação da maioria dos vírus // fungos: Soluções de uso comum em ambientes de laboratórios: -fenol 5% -formol 4% -álcool 70% - hipoclorito de sódio 0,5 - 1% Preconiza-se realizar a limpeza com água e sabão ou detergente de todas as superfícies fixas em todas as áreas, como forma de promover a remoção de sujeira e, reduzir a população microbiana na área. 15/02/2016 20 A solução de Hipoclorito de Sódio deve ser diluída na hora do uso e trocada a cada 24 horas. Se a água estiver muito suja, trocar e diluir uma novamente para uso. Sujo Limpo Observar o rótulo do produto antes do uso, pois existem produtos com concentrações de 2,0 a 2,5% até 13% e a diluição final de uso está em torno de 0,5 a 1%. 15/02/2016 21 Não reutilizar a embalagem vazia Manter o produto no frasco original Proteger contra o sol e calor Não misturar com produtos à base de amônia Manter fora do alcance de animais e crianças Validade de 6 meses LIMPEZA DESINFECÇÃO 15/02/2016 22 DESINFETANTE MATERIAL TEMPO DE EXPOSIÇÃO MODO DE PREPARO Hipoclorito de Sódio 2,0 a 2,5% -Ambiente: piso, parede, vaso sanitário. - Materiais de limpeza: luvas, botas 15-20 min ½ litro de Hipoclorito + 1 litro de água Álcool 70% - Materiais metálicos: válvula da descarga, maçanetas, torneiras 15-20 min 750 mL de álcool 92 INPM + 250 de água mL RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE RESOLUÇÃO RDC Nº 306, 07/12/2004-ANVISA 15/02/2016 23 GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ⇒ Atendimento à saúde humana e animal, assistência domiciliar e trabalhos em campo, Laboratórios analíticos de produtos para saúde, ⇒ Necrotérios, funerárias, serviços relacionados a embalsamento, serviço de medicina legal, ⇒ Drogarias, farmácias, e de manipulação, distribuidora de produtos farmacêuticos, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, ⇒ Estabelecimento de ensino e pesquisa na área de saúde, centros de zoonoses, distribuidores de produtos para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento. Classificação dos Resíduos do Serviço de Saúde, segundo a resolução RDC 306/2004, ANVISA Tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, 2005 – CONAMA 358 O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos; O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR-7500 da ABNT, e com discriminação de substância química e frases de risco; O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO; O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo. 15/02/2016 24 Resíduo do Grupo A –Potencialmente Infectante Resíduo com a possível presença de agente biológico que por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção Acondicionados em sacos de material resistente a ruptura e vazamento, de cor branca, com o símbolo de infectante. Capacidade 20 L à 100 L, sendo utilizado somente 2/3 da capacidade total do saco; Resíduo do Grupo E –Perfurocortante Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório e outros similares. Descartados separadamente, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificado, norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente o esvaziamento e reutilização. Não re-encapar as agulhas. 15/02/2016 25 Tratamento Interno Autoclave exclusiva para material contaminado TRANSPORTE INTERNO DOS RSS É EXPRESSAMENTE PROIBIDO ARMAZENAR OS SACOS DE RESÍDUOS DO GRUPO A, B E E NO CHÃO HORÁRIO DO TRANSPORTE Carros coletores com tampa e pedal - símbolo 15/02/2016 26 Código de cores res. CONAMA 275/2001 Acondicionamento e Identificação dos RSS Grupo D Fonte : LACEN/PR Armazenamento Externo 15/02/201627 Armazenamento externo Fonte : LACEN/PR
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