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EXECUCAO DA RECEITA

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Prévia do material em texto

IV Semana de Administração, Orçamentária, Financeira e de Contratações 
Públicas do Governo Federal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Execução de Receita 
 
Organização: 
Alexandre Finéas Lima e Sousa 
Altamiro Lopes de Menezes Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualização: Abril/ 2006 
 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 2
 
Permitida a reprodução total ou parcial desta publicação desde 
que citada a fonte. Proibida a venda sem a autorização expressa 
do autor. 
 
Impresso e Publicado no Brasil 
 
IV SEMANA DE ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA & DE 
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - 2007 
 
MINISTÉRIO DA FAZENDA - MF 
Secretaria do Tesouro Nacional – STN 
Escola de Administração Fazendária - ESAF. 
 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO 
Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos – SPI 
Secretaria de Orçamento Federal – SOF 
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI 
 
INFORMAÇÕES: 
 
Fone: (61) 3412.3082 
Correio Eletrônico: altamiro.lopes-filho@fazenda.gov.br 
Correio Eletrônico: alexandre.fineas@fazenda.gov.br 
 
NOTA: 
 
“O conteúdo desta publicação é de responsabilidade do(s) autor(es), 
não expressando necessariamente a posição dos órgãos do governo 
federal”. 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 3
ÍNDICE 
 
1 RECEITA PÚBLICA .................................................................................................................. 4 
1.1 Conceito............................................................................................................................ 4 
1.2 Classificações da receita................................................................................................... 4 
1.2.1 Por Categorias Econômicas ...................................................................................... 5 
1.2.2 Por Fontes de Recursos ............................................................................................ 6 
1.3 Estágios da receita ............................................................................................................ 7 
1.4 O Reconhecimento da Receita Pública............................................................................. 8 
1.5 Exercício Financeiro: Conceito ........................................................................................ 9 
2 CONTA ÚNICA. INGRESSOS. ASPECTOS LEGAIS E GERAIS. CONTEXTO HISTÓRICO.... 10 
2.1 Conta única do Tesouro Nacional .................................................................................. 10 
2.1.1 Conceito e Previsão Legal ...................................................................................... 10 
2.1.2 Antecedentes........................................................................................................... 10 
2.1.3 O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI.. 11 
2.1.4 Os Documentos Utilizados na Operacionalização.................................................. 12 
2.1.5 Subconta do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS ...................................... 13 
2.1.6 Ingressos na conta única ......................................................................................... 13 
3 DARF E GPS. ASPECTOS GERAIS. ........................................................................................ 14 
4 GRU – GUIA DE RECOLHIMENTO DA UNIÃO. OBJETIVOS. ASPECTOS LEGAIS. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS. ESPÉCIES ...................................................................................... 15 
4.1 Tipos de GRU................................................................................................................. 16 
4.2 Formas de pagamento de GRU....................................................................................... 22 
4.3 Códigos de recolhimento e de destinação. ..................................................................... 24 
4.3.1 O código de recolhimento ...................................................................................... 24 
4.3.2 O código de destinação........................................................................................... 27 
4.3.3 Casos peculiares de recolhimento por GRU........................................................... 28 
4.4 Registros de arrecadação: principais eventos e contas contábeis. .................................. 29 
4.5 Principais transações. ..................................................................................................... 29 
4.6 Referências bibliográficas. ............................................................................................. 29 
4.7 Exercícios. ...................................................................................................................... 32 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 4
RECEITA PÚBLICA. CONCEITO. MODALIDADES DE INGRESSO. TRIBUTO. ESTÁGIOS DA 
RECEITA. CLASSIFICAÇÕES E NATUREZAS DA RECEITA. FONTES DE RECURSOS. 
EXERCÍCIO FINANCEIRO 
 
1 RECEITA PÚBLICA 
1.1 Conceito 
De maneira simples, Receita Pública pode ser definida como o ingresso de dinheiro nos 
cofres públicos para o atendimento das necessidades da coletividade, ou seja, a finalidade 
estatal. No entanto, nem todo ingresso de recursos representa uma receita pública. Existem 
ingressos que representam meras entradas de recursos nos cofres públicos, como veremos em 
seguida. 
A Receita Pública é conceituada das mais diversas formas. Abaixo transcrevemos 
algumas dessas definições: 
 
É um conjunto de ingressos financeiros com fonte e fatos geradores 
próprios e permanentes oriundos da ação e de atributos inerentes à 
instituição, e que, integrando o patrimônio, na qualidade de elemento 
novo, produz-lhe acréscimos, sem contudo gerar obrigações, reservas ou 
reinvidicações de terceiros.(Receita – J. Teixeira Machado) (grifo nosso) 
 
É a entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer 
reservas, condições ou correspondências no passivo, vem acrescer o 
seu vulto, como elemento novo e positivo. (Aliomar Baleeiro) 
 
Todos os ingressos Orçamentários são caracterizados como receitas e estão previstos no 
orçamento anual onde estão destacadas as Receitas Tributárias (impostos, taxas e contribuição 
de melhoria). Em respeito ao que estabelece o artigo 57 da Lei 4.320/1964, serão classificados 
também como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, 
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento. No 
entanto, ingressos como estorno de despesa orçamentária, apesar de se caracterizar como 
ingresso de recursos, se ocorrer no mesmo exercício em que aconteceu a despesa, deverá ser 
registrado como estorno de despesa e não como receita. 
Os ingressos extra-orçamentários não estão previstos no orçamento e correspondem a 
fatos de natureza financeira decorrentes da própria gestão pública. São valores que entram nos 
cofres públicos, mas que serão restituídos em época própria, por decisão administrativa ou 
sentença judicial. Como exemplos podemos citar: 
 
¾ depósito em caução; 
¾ depósito para recursos; 
¾ depósitos para quem de direito; 
¾ consignações a pagar. 
 
1.2 Classificações da receita 
 
De modo geral as receitas podem ser classificadas em: 
 
• Receitas Originárias – são receitas originadas da cobrança por serviços prestados pelo 
Estado ou pela venda de bens ou direitos do patrimônio público. São receitas como na 
iniciativa privada, que têm uma origem real num bem ou serviço vendido, faturados sob a 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 5
forma de preços públicos ou tarifas, sem nenhuma imposição, ou seja: paga quem quer o 
serviço ou o bem.• Receitas Derivadas – as receitas derivadas, como o próprio nome diz, são derivadas de 
outros, ou seja, do patrimônio dos contribuintes, sem nenhuma contraprestação específica, 
como no caso dos impostos ou com alguma contraprestação, mas de caráter obrigatório, 
independentemente do uso do serviço, como no caso das taxas. Além disto, enquadram-se 
na definição os demais tipos de tributos de caráter compulsório, como a contribuição de 
melhoria, as contribuições sociais ou econômicas e os empréstimos compulsórios. 
 
No que se refere à classificação orçamentária a receita, assim como a despesa, possui 
classificações próprias. Dentre elas podemos destacar: 
 
a) Classificação por Categorias Econômicas (Natureza da Receita); e 
b) Classificação por Fontes de Recursos. 
1.2.1 Por Categorias Econômicas 
O artigo 11 da Lei nº 4.320 estabelece que o sistema classificatório das receitas seja feito 
de acordo com a categoria econômica: Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
Devemos destacar que este também é um dos critérios de classificação da despesa 
(Despesas Correntes e Despesas de Capital). Com isto temos o Orçamento Corrente (Receitas 
e Despesas Correntes) e o Orçamento de Capital (Receitas e Despesas de Capital). 
As Receitas Correntes são compostas de receitas derivadas (receita tributária) e receitas 
originárias (receitas patrimonial, industrial, entre outras). Segundo a Lei n.º 4.320, em seu artigo 
11, § 1º, são as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de 
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas 
de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em 
Despesas Correntes. 
As Receitas de Capital (receitas secundárias), ainda conforme aquela lei, nos §s 2º e 3º, 
são provenientes da realização de recursos oriundos da contração de dívidas (operações de 
crédito interna e externa); da conversão, em espécie, de bens e direitos (alienação de bens 
móveis e imóveis); dos recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privados 
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital; e do superávit do 
Orçamento Corrente (diferença positiva entre Receitas e Despesas Correntes). 
 
Codificação da Receita Orçamentária (Natureza da Receita) 
A.B.C.D.EF.GH 
A- Categoria Econômica 
1 - Receitas Correntes 
2 - Receitas de Capital 
B- Fonte de Receita 
1.1 -Receita Tributária 
1.2 -Receita de Contribuições 
1.3 - Receita Patrimonial 
1.4 - Receita Agropecuária 
1.5 - Receita Industrial 
1.6 - Receita de Serviços 
1.7 - Transferências Correntes 
1.9 - Outras Receitas Correntes 
2.1 - Operações de Crédito 
2.2 - Alienação de Bens 
2.3 - Amortização de Empréstimos Concedidos 
2.4 - Transferências de Capital 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 6
2.5 - Outras Receitas de Capital 
C- Subfonte 
D- Rubrica 
EF- Alínea 
GH- Subalínea 
 
1.2.2 Por Fontes de Recursos 
A classificação por fontes de recursos vai indicar a origem da receita e como se dá a sua 
arrecadação, isto é, se a instituição detentora da receita é a mesma que arrecada o recurso para 
sua posterior aplicação. Assim teremos quatro grandes grupos: 
 
a) Recursos do Tesouro: onde estão consignados todos os recursos ordinários tais como 
impostos, taxas e contribuições; as operações de crédito realizadas diretamente pelo Tesouro; 
recursos diretamente arrecadados pela administração pública direta (órgãos autônomos); 
resultados do BACEN, entre outros; 
 
b) Recursos de Outras Fontes: onde estão consignados os recursos de incentivos fiscais, 
as operações de crédito realizadas pelas demais instituições, os recursos diretamente 
arrecadados pelas instituições da administração pública indireta ou fundacional; 
c) Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 
d) Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 
 
Codificação da Receita Orçamentária (Fonte de Recursos) 
A.B.CD.EFGHIJ 
A- ID Uso 
0 - País 
1 – BIRD 
2 – BID 
3 – Outras Contrapartidas 
B- Grupo Fonte 
1 – Recursos Tesouro – Exercício Corrente 
2 – Recursos Outras Fontes – Exercício Corrente 
3 – Recursos Tesouro – Exercícios Anteriores 
4 – Recursos Outras Fontes – Exercícios Anteriores 
CD- Fonte 
EFGHIJ- Detalhamento da Fonte (Utilizado apenas na execução – SIAFI) 
 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 7
Exemplo: 
 
Fonte Grupo de Fonte/Fonte 
1 Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 
100 
 
Recursos Ordinários 00 Recursos Ordinários 
2 Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente
250 
 
Recursos não-financeiros 
Diretamente Arrecadados –
Outras Fontes 
50 Recursos não-financeiros Diretamente Arrecadados 
3 Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores. 
306 
 
Recursos Ordinários 
Condicionados 06 Recursos Ordinários – Condicionados 
6 Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 680 
 
Recursos Financeiros 
Diretamente Arrecadados 80 Recursos Financeiros Diretamente Arrecadados 
 
1.3 Estágios da receita 
O Regulamento de Contabilidade Pública, instituído pelo Decreto Federal nº 15.783, de 
08 de novembro de 1922, que regulamentou o Código de Contabilidade Pública baixado pelo 
Decreto Legislativo nº 4.536, de 28 de janeiro de 1922, estabelece, em seu artigo 139, que toda 
receita do Estado percorre três estágios: fixação, arrecadação e recolhimento. Tendo como 
parâmetro os princípios orçamentários inclui-se ainda o estágio da previsão orçamentária da 
receita. 
 
Previsão 
É a estimativa do que se espera arrecadar durante o exercício. 
 
Lançamento 
De acordo com artigo 53 da Lei nº 4.320/1964, o lançamento da receita é assim definido: 
 
"... é o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito 
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta”. 
 
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 142, estabelece que o lançamento compete 
privativamente à autoridade administrativa preenchendo as finalidades de: 
 
a) verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação; 
b) calcular o montante do tributo devido; 
c) identificar o sujeito passivo; e, conforme o caso, 
d) propor a penalidade cabível. 
 
É preciso destacar que algumas receitas não estão sujeitas a lançamento e ingressam 
diretamente no estágio arrecadação. É o caso, por exemplo, das receitas realizadas pelo lado 
empresarial do Estado, isto é, receita originária. Só passam pela fase de lançamento as receitas 
provenientes de tributos, receitas derivadas. 
 
Arrecadação 
É o segundo estágio a ser percorrido pela receita lançada. O momento da arrecadação é 
aquele em que os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores, geralmente 
através de estabelecimentos bancários oficiais ou privados, devidamente credenciados, a fim de 
liquidarem suas obrigações para com o Estado. 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 8
Duas observações devem ser feitas aqui. A primeira refere-se a que os agentes 
arrecadadores devem fornecer recibo das importâncias arrecadadas, contendo nome do 
contribuinte, proveniência e classificação, data e assinatura do recebedor. 
 
Recolhimento 
Caracteriza-se pela entrega do produto da arrecadação efetuado pelos agentes 
arrecadadores diretamente ao caixa da União, Tesouro Nacional. Só através do recolhimento, 
em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estão disponíveis para a utilização 
pelos gestores financeiros, em nome da União. 
Não é demais lembrar que artigo 56 da Lei nº 4.320/1964 estabelece que "o recolhimento 
de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, 
vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais”. 
 
1.4 O Reconhecimento da ReceitaPública 
 
A lei 4.320/1964, em seu artigo 35, estabelece que pertencem ao exercício financeiro as 
receitas nele arrecadadas. Em decorrência dessa determinação diz-se que na contabilidade 
pública adota-se o regime de caixa para a classificação da receita. 
Atualmente, as receitas ingressam no caixa único do Tesouro Nacional basicamente de 
três formas e são assim reconhecidas: 
 
 a) Receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal – SRF – São arrecadadas 
por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF utilizando-se dos bancos 
arrecadadores credenciados pela SRF. Da data em que o contribuinte paga o tributo, conhecida 
como data de arrecadação (D), o banco tem 1(um) dia útil (D+1) para repassar os recursos para 
a conta única do Tesouro (data de recolhimento). A instituição financeira poderá permanecer 
ainda mais 1(um) dia com os recursos, sendo que neste caso deverá remunerar o Tesouro 
Nacional pela permanência, devendo ser utilizada a taxa SELIC do dia. A receita é contabilizada 
decendialmente de forma automática no Sistema Integrado de Administração Financeira pelo 
decêndio de arrecadação do tributo. Assim, não existe contabilização diária da receita 
arrecadada, mas a cada dia 10, 20 ou 30 de cada mês, de acordo com o decêndio da 
arrecadação. 
 
b) Receitas Administradas pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – São 
arrecadadas por meio da Guia da Previdência Social – GPS, mediante pagamento junto à rede 
arrecadadora credenciada pelo INSS. Segue basicamente as mesmas regras do DARF e são 
reconhecidas mensalmente como receita de acordo com as informações da área de 
arrecadação. 
 
c) Receitas Diretamente Arrecadadas – São arrecadas por meio de Guia de 
Recolhimento da União – GRU e centralizada numa conta de referência do Tesouro Nacional 
mantida no Banco do Brasil - BB. O banco tem 2(dois) dias para repasse dos recursos para a 
conta única do Tesouro. São reconhecidas como receita na data de arrecadação. 
Do exposto acima, verifica-se que a contabilidade pública não registra suas receitas pela 
ótica de caixa e sim pela ótica de arrecadação que antecede ao ingresso dos recursos no caixa 
único do Tesouro. As únicas exceções eram as receitas diretamente arrecadadas que quando 
se utilizam da sistemática do depósito direto na conta única, até 2004, eram registradas sob a 
estrita ótica de caixa, ou seja, no momento do recolhimento. Com a implantação da GRU estas 
também passaram a ser contabilizadas pela data de arrecadação em respeito ao artigo 35 da 
Lei 4.320/64. 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 9
1.5 Exercício Financeiro: Conceito 
É o espaço de tempo compreendido entre o início da execução orçamentária e a data de 
seu término. No caso brasileiro, conforme determina o art. 34 da Lei nº 4.320/1964, o exercício 
financeiro coincidirá com o ano civil (grifos nossos). 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 10
2 CONTA ÚNICA. INGRESSOS. ASPECTOS LEGAIS E GERAIS. CONTEXTO HISTÓRICO 
 
 
2.1 Conta única do Tesouro Nacional 
2.1.1 Conceito e Previsão Legal 
 
Pode-se dizer que as diretrizes para a criação de uma conta única tiveram seu início a 
partir da publicação da Lei 4.320 em 1964 estabelecendo, no artigo 56, que o recolhimento de 
todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada 
qualquer fragmentação em caixas especiais.ara criação de caixas especiais 
O Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, ao promover a organização da 
Administração Federal e estabelecer diretrizes para a Reforma Administrativa, determinou ao 
Ministério da Fazenda que promovesse a unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro 
Nacional, através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União, com o objetivo de obter 
maior economia operacional e racionalizar a execução da programação financeira de 
desembolso. 
Essa determinação legal foi cumprida em setembro de 1988, com a promulgação da 
Constituição, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos agentes 
financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em uma conta única centralizada, 
exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro Nacional. 
 
A conta única do Tesouro Nacional mantida no Banco Central constitui a unificação de 
todas as disponibilidades financeiras das unidades gestoras do governo federal participantes do 
Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI. 
 
A partir da edição da Medida Provisória nº 1.782, de 14.12.1998, atual MP 2.170-36, de 
23.08.2001, também as disponibilidades das Autarquias, Fundos e Fundações públicas 
passaram obrigatoriamente a ser movimentadas sob os mecanismos da conta única. 
 
Assim, o arcabouço legal existente não permite que os órgãos públicos movimentem 
recursos fora da conta única em contas correntes mantidas em instituições financeiras públicas 
ou privadas. Sendo esta a regra geral as exceções ficarão apenas para as contas de unidades 
gestoras “off line”, as contas em moeda estrangeira e outras autorizadas pela STN, por meio da 
IN STN 04, de 30.08.2004. 
 
2.1.2 Antecedentes 
 
Não obstante as determinações legais existentes até a promulgação da constituição de 
1988, a implantação do sistema de caixa único no Governo Federal, foi efetivamente iniciado no 
final do ano de 1988, logo após a criação da Secretaria do Tesouro Nacional. Sua 
implementação constituiu parte do processo de reordenamento financeiro do Governo Federal, 
desenvolvido no final da década de 80, quando os atuais mecanismos de administração das 
finanças foram introduzidos com vistas a permitir maior controle e meios de gerenciamento dos 
gastos públicos. 
A necessidade de controle centralizado dos gastos do Governo Federal tornou-se 
evidente a partir de 1982, quando a interrupção do fluxo de recursos externos para o Brasil fez 
transparecer as falhas do sistema vigente para gestão das finanças públicas. Até então, devido 
à facilidade de obtenção de poupança externa, nas condições de tempo e valor desejados, todo 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 11
o desequilíbrio financeiro do setor público era financiado de forma tranqüila, apesar dos 
impactos que poderiam causar posteriormente. 
A desorganização das finanças públicas nessa ocasião se refletia tanto no que se refere 
ao ordenamento institucional das principais entidades das finanças públicas no País, quanto em 
relação aos seus principais instrumentos de controle. 
O Tesouro Nacional, o Banco Central e o Banco do Brasil funcionavam como se fossem 
uma única instituição, sob o ponto de vista financeiro. O Banco do Brasil realizando operações 
por conta do Banco Central e do Tesouro, e o Banco Central realizando operações por conta do 
Tesouro. 
Atendendo a essa necessidade de reordenamento das finanças públicas, dentre outras 
ações e medidas adotadas pelo Governo Federal, foi implantada em 1988, pela Instrução 
Normativa nº 10 da STN, a conta única do Tesouro Nacional, que veio aprimorar as inter-
relações entre Secretaria do Tesouro Nacional, Banco Central, Banco do Brasil e Unidades 
Gestoras. 
 
2.1.3 O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - 
SIAFI 
 
O SIAFI, como sistema computacional, foi implantado em 1987, se tornando, desde 
então, em importante instrumento para o acompanhamento e controle da execução 
orçamentária, financeira e contábil do Governo Federal. 
Um dos objetivos gerais do SIAFI é o de fornecer meios para agilizar a programação 
financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos 
recursos de caixa do Governo Federal. 
Assim, a implantação do SIAFI, viabilizada a partir da criação da Secretaria do TesouroNacional, teve papel importante no processo de unificação das contas bancárias, no âmbito do 
Governo Federal, contribuindo também na melhoria do processo de administração de caixa. 
O SIAFI é o principal instrumento utilizado para a movimentação do caixa único. Trata-se 
de sistema que interliga, através de terminais de computador, milhares de unidades da 
Administração Pública em todo o País. 
São integrados ao SIAFI órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 
incluindo a administração direta, como os tribunais, as câmaras legislativas e os ministérios, e 
também as entidades da administração indireta, como as autarquias, fundações públicas. Nos 
últimos anos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem trazido a determinação de que as 
empresas estatais dependentes passem a utilizar o SIAFI na modalidade total. Além das 
entidades públicas vinculadas ao Governo Federal, entidades estaduais, municipais e privadas 
utilizam o SIAFI mediante convênio ou termo de cooperação. 
Fundamentalmente, o SIAFI representa sistema informatizado de processamento da 
contabilidade do Governo Federal. Cada unidade administrativa do Governo está ligada “on line” 
ao SIAFI, e realiza no sistema os registros contábeis correspondentes aos seus atos de gestão. 
Os recursos de caixa do Tesouro são colocados à disposição das unidades também mediante 
registro contábil, no qual se apropria, à conta de disponibilidades financeiras da entidade 
beneficiária, o montante que lhe está sendo destinado. 
A unidade, possuindo limite de saque na conta única em conta contábil específica, 
poderá emitir no SIAFI as ordens bancárias, documentos utilizados para a realização dos 
pagamentos do Governo Federal. 
 
 Os Bancos Comerciais 
 
O sistema financeiro brasileiro apresenta como característica fundamental a presença de 
grandes instituições com atuação a nível nacional. Os grandes bancos comerciais dispõem de 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 12
agências na maioria das cidades brasileiras, fator que contribui não só para a coordenação das 
atividades do Governo, como também para a integração das diversas regiões do País. 
A rede bancária, nos últimos anos, principalmente após a implantação do Sistema de 
Pagamentos Brasileiro – SPB, incorporou fortemente os instrumentos proporcionados pelo 
desenvolvimento da informática e das comunicações, de forma que a grande maioria das 
agências dos bancos comerciais se encontram interligadas “on-line”, o que permite a realização 
de transferências financeiras instantâneas para os mais distantes pontos do território brasileiro. 
As matrizes dos bancos comerciais, além de disporem de informações instantâneas a 
respeito do movimento realizado em suas agências, contam também com ligação com o Banco 
Central do Brasil, através do SPB, e utilizam o sistema de mensageria para a realização de suas 
transações com aquele Banco. 
Estes instrumentos permitem que os tributos pagos pelos contribuintes, em qualquer 
ponto do País, possam ser transferidos das agências bancárias para as matrizes dos bancos, e 
destes para o Banco Central, já no dia seguinte ao da arrecadação. No Banco Central os 
recursos são imediatamente creditados à conta única do Tesouro Nacional, e passam a 
constituir disponibilidade para a realização dos pagamentos do Governo. A grande novidade 
após a implantação do SPB é a possibilidade de pagamento de tributos direto ao Tesouro. 
 
 As Unidades Gestoras 
 
Chama-se de Unidade Gestora - UG a unidade orçamentária ou administrativa investida 
do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. 
Denomina-se Unidade Gestora Executora aquela UG que utiliza o crédito recebido da unidade 
gestora responsável. A unidade gestora que utiliza os seus próprios créditos passa a ser ao 
mesmo tempo unidade gestora executora e responsável. Unidade Gestora Responsável 
constitui aquela UG responsável pela realização de parte do programa de trabalho por ela 
descentralizado. 
2.1.4 Os Documentos Utilizados na Operacionalização 
 
Constituem documentos de movimentação da conta única: 
a - a Ordem Bancária - OB, documento emitido nas condições e modalidades previstas 
na IN STN 4/04, de 30/08/2004; 
b - a Nota de Sistema - NS, utilizada exclusivamente pela STN, para registro da 
movimentação dos recursos, confirmada pelo agente financeiro; 
c - a Nota de Lançamento - NL, utilizada exclusivamente pela STN, para registro de 
operações especiais efetuadas através das contas Reservas Bancárias das Instituições 
Financeiras no Banco Central do Brasil - BACEN; 
d - o Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF - DF, utilizado pelas 
UG integrantes da conta única, para o recolhimento de receitas federais; 
e - a Guia da Previdência Social - GPS - GP, utilizada pelas UG integrantes da conta 
única, para o recolhimento de contribuições da previdência; 
f - o Documento de Arrecadação de Estados/Municípios - DR, utilizado pelas UG 
integrantes da conta única, para o recolhimento de receitas dos Estados/Municípios que 
assinarem convênio com a União; 
g – a Guia do Salário Educação – GSE - GE, utilizada pelas UG integrantes da conta 
única, para recolhimento da Contribuição do Salário Educação; 
h – a Guia de Recolhimento da União – GRU - GR, utilizada pelas UG integrantes da 
conta única, para recolhimento de receitas administradas pelos órgãos integrantes do orçamento 
fiscal e da seguridade social, ingressos diversos, bem como outras movimentações Intra-SIAFI; 
i - a Nota de Registro de Arrecadação - RA, utilizada para registro da movimentação 
dos recursos arrecadados por meio da GRU; 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 13
2.1.5 Subconta do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS 
 
Em cumprimento à recomendação n.º 013/98, de 29/09/98, da Comissão de Controle e 
Gestão Fiscal – CCF, as receitas do INSS, a partir de 19/10/1998, deixaram de ingressar na 
conta institucional daquele órgão para ingressar diretamente na conta única do Tesouro 
Nacional, sob a gestão do INSS. Posteriormente, a edição da Medida Provisória nº 1.782, de 
14/12/98, atual MP nº 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, ratificou esse procedimento ao proibir 
a manutenção das disponibilidades das Autarquias, Fundos e Fundações fora da conta única do 
Tesouro Nacional. 
A receita do INSS compreende a arrecadação de contribuições previdenciárias, através 
das Guias de Recolhimento da Previdência Social - GPS pela rede bancária, da parcela 
arrecadada por DARF sob a sistemática do “Simples” e demais receitas do INSS, líquidas de 
restituições de Contribuições Previdenciárias e Transferências a Terceiros 1. 
A necessidade de demonstrar os ingressos e saídas de recursos do INSS separados dos 
valores do Tesouro Nacional no Banco Central determinou a criação da subconta INSS junto 
àquela autoridade monetária. 
 Visando maior controle e transparência, foram adotadas as seguintes medidas em 
relação à conta do INSS no Banco Central: 
 
1. Os recursos do INSS são creditados junto ao Banco Central do Brasil, em conta distinta da 
que acolhe os recursos do Tesouro Nacional; 
2. A subconta INSS é remunerada pelos mesmos critérios da conta única do Tesouro Nacional, 
sendo creditada pelos valores dos respectivos rendimentos; 
3. A remuneração daquela subconta constitui receita do INSS; 
4. Os saldos existentes na subconta INSS têm correspondência no SIAFI em conta de depósito 
(passivo) na STN, e contrapartida no INSS em conta de crédito a receber (ativo). Esses 
saldos são conciliados diariamente; 
5. O BACEN disponibiliza ao INSS, no SISBACEN, consulta ao extrato da subconta INSS; 
6. Os recursos da arrecadação do INSS são utilizados exclusivamente para pagamentos de 
despesas de benefícios previdenciários, sendo complementados comrecursos do Tesouro 
Nacional quando insuficientes, por meio de transferência de cotas orçamentárias; 
 
 
2.1.6 Ingressos na conta única 
 
 
 
Receitas Administradas pelos Órgãos 
 
 Contexto Histórico 
 
Até 1998 as receitas diretamente arrecadadas eram depositadas em contas abertas no 
Banco do Brasil (contas tipo “C”) em nome dos diversos órgãos que administravam estas 
receitas. Assim, quando um contribuinte precisava fazer um pagamento a determinado órgão do 
governo, que não fosse receita administrada pela SRF ou pelo INSS, efetuava um depósito na 
 
1 São transferencias ao FNDE, SESI, SESC, SENAI, SEBRAE, e outras entidades cujas receitas também 
são recolhidas por GRPS. 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 14
conta do órgão, que por sua vez procedia periodicamente a transferência dos recursos 
arrecadados para a conta única. 
A partir de 1998 esta sistemática foi aperfeiçoada com a implantação do Depósito Direto 
na Conta Única - DDCTU, que teve como objetivo promover a extinção das contas correntes de 
arrecadação das diversas unidades do governo, de maneira a garantir maior transparência na 
gestão dessa parcela de arrecadação e otimizar a conciliação dos saldos e a classificação 
dessas receitas, que passou a ser efetuado automaticamente pelo SIAFI. 
Assim, o DDCTU constituía-se em outra forma de ingresso de recursos financeiros na 
conta única do Tesouro Nacional, paralelamente ao DARF e à GPS. Esse mecanismo permitia 
que as unidades gestoras detentoras de receitas próprias acolhessem depósitos diretamente na 
conta única, por meio das agências do Banco do Brasil, utilizando-se das guias de depósitos 
comuns, ou por meio de outros bancos, através da utilização do Documento de Ordem de 
Crédito (DOC) para crédito no agente financeiro. 
O depositante informava, quando da efetivação do preenchimento da guia de depósito, 
seguintes dados: banco, agência e conta, acompanhado do código de depósito informado pela 
unidade gestora. 
 
3 DARF E GPS. ASPECTOS GERAIS. 
 
 
Receitas Administradas pela SRF e INSS 
 
Um dos processos integrantes da conta única, o ingresso dos recursos, se dá quando o 
contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF, junto à rede bancária. A 
rede bancária efetua o recolhimento dos valores arrecadados em nome do governo federal à 
Conta Única no BACEN, no prazo de até dois dias. A opção pelo recolhimento no 2º dia implica 
no pagamento pela rede bancária da variação da taxa Selic. As informações do DARF são 
encaminhadas, no prazo máximo de 3 (três) dias, ao Serviço Federal de Processamento de 
Dados – SERPRO, que processa, em nome da Secretaria da Receita Federal, a classificação 
decendial das receitas arrecadadas. 
No caso da arrecadação da Contribuição Previdenciária, por meio da Guia da 
Previdência Social – GPS, segue-se basicamente o mesmo roteiro, diferenciando-se apenas o 
órgão que processa as informações da arrecadação, que neste caso é a DATAPREV e o 
período de classificação da receita, que acontece mensalmente após o envio dos relatórios ao 
INSS. 
 
Características: 
 
Receitas Administradas pela SRF:DARF 
Float de um dia (+ 01 dia com SELIC) 
Contabilização decendial 
R$ 1,39 por documento recolhido em guichê de caixa 
R$ 0,60 por documento acolhido pelo sistema 
 
Receitas Administradas pelo INSS: GPS 
Float de um dia (+ 01 dia com SELIC) 
Contabilização decendial 
Mesmos valores do DARF 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 15
4 GRU – GUIA DE RECOLHIMENTO DA UNIÃO. OBJETIVOS. ASPECTOS LEGAIS. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS. ESPÉCIES 
 
 
Desde a criação da sistemática de depósito identificado na conta única, o número de 
unidades que arrecadam nesta modalidade e os montantes arrecadados cresceram 
significativamente. Naquela época já se previa, oportunamente, o aperfeiçoamento do processo 
de depósito direto na conta única de forma a permitir melhor controle dos valores ingressados e 
acesso às informações gerenciais. Além disso, várias unidades vinham demandando melhorias 
para atender suas necessidades, dentre elas a de identificar o depositante, que no início 
somente era possível por meio de convênio de cobrança com o banco, que gerava custo de 
tarifas para a unidade. 
Com o objetivo de atender o disposto no Art. 98, da Lei nº 10.707, de 30.07.2003 – LDO 
foi implantada a Guia de Recolhimento da União – GRU, que cria um documento único e 
padronizado para registrar os ingressos de valores na conta única, em substituição ao 
mecanismo de depósito direto na conta única. Para viabilizar esta arrecadação e a imediata 
classificação da receita, foi criada, no SIAFI, uma tabela única de Códigos de Recolhimento, 
administrada pela STN, cujos códigos têm 6 (seis) dígitos, sendo o último, um digito verificador – 
DV. 
A GRU veio também com o propósito de reduzir custos com despesas bancárias 
existentes na antiga sistemática de arrecadação e a busca por mais controle da arrecadação e 
maior transparência na classificação das receitas arrecadadas. 
Assim, a GRU é o documento padronizado para efetuar todo e qualquer depósito na 
conta única do Tesouro, excetuado o caso de receita administrada pela SRF e pelo INSS, que 
deve, respectivamente, ser efetuado por meio do Documento de Arrecadação de Receitas 
Federais - DARF e da Guia da Previdência Social - GPS. Além do recolhimento de receitas, a 
GRU também é utilizada para registrar os demais ingressos tais como: estorno de despesa, 
caução, depósito de terceiros, etc. 
Dessa forma, com implantação deste novo documento o Governo Federal passa a dispor 
de somente três documentos para realizar todo e qualquer ingresso de recursos na Conta Única 
do Tesouro Nacional, quais sejam: GRU, DARF e GPS. 
 
 
A GRU pode ser utilizada para quaisquer espécies de 
ingressos na Conta Única, inclusive: 
- devoluções de convênios; 
- devoluções de diárias; 
- devoluções de suprimento de fundos; e 
- ressarcimento de despesas de diversas origens. 
 
 
Para a arrecadação da GRU, foi firmado convênio, regulamentado pela Instrução 
Normativa nº 03/2004 da Secretaria do Tesouro Nacional – STN/MF, para que o Banco do Brasil 
centralize o recurso arrecadado em toda a rede bancária e transfira para a Conta Única dois 
dias úteis após o efetivo ingresso do valor em sua reserva bancária. A remuneração do BB pelo 
serviço é o rendimento auferido pela aplicação dos recursos diariamente arrecadados durante 
dois dias, prazo do float acordado. 
 
Abaixo está o Fluxo de Pagamento da GRU. 
 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 16
Fluxo de Pagamento da GRU 
Contribuinte
Rede 
Bancária
GRU Cobrança
GRU Simples
Arquivo 
De GRU
2 dias
CONTA ÚNICA
UG1 UG2
STN
Ingresso Ingresso de de RecRecursosursos Administrados pela Administrados pela STN (GRU)STN (GRU)
Banco Central
Mensagem
SPB
ConcodGR
 
 
 
 
O preenchimento e impressão da GRU podem ser efetuados, pelo próprio recolhedor ou 
pela UG responsável pela arrecadação, a partir de aplicativo desenvolvido para este fim e 
disponibilizado nos sítios da STN na Internet. Foi desenvolvido para os órgãos interessados, 
aplicativo que possibilita a impressão de GRU diretamente no órgão, sem precisar acessar a 
internet. Os órgãos que possuem sistema informatizado próprio de controle e acompanhamento 
de suas cobranças podem imprimir a GRU, desde que siga no leiaute definido pela IN nº 03 da 
STN. 
A GRU possui código de barras que segue o padrão do Sistema Financeiro Nacional – 
SFN e de acordo com as especificidades dos recolhimentos, algumas Guias de Recolhimento 
poderão ser compensáveis – pagas em qualquer banco, enquanto outras somente poderão ser 
pagas no Bancodo Brasil ou na Caixa Econômica Federal. 
Os registros de ingresso dos recursos arrecadados por meio da GRU somente serão 
efetuados no SIAFI após a STN receber do Banco do Brasil o respectivo arquivo magnético, 
contendo as informações de arrecadação recebidas pela rede bancária. Para cada GRU será 
gerado no SIAFI uma Nota de Registro de Arrecadação – RA. 
 
4.1 Tipos de GRU. 
 
A abrangência da GRU é vasta, visto que, para todas as entidades da administração 
pública federal, é o instrumento único de ingresso de recursos na conta única excetuando as 
receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal e pelo INSS. 
 
As características gerais de uma GRU são as seguintes: 
• Código de barras; 
• Compensável ou de recebimento exclusivo no BB ou na CEF; 
• Pode ser efetuado depósito direto no guichê de caixa sem emissão de guia; 
• Formulários impressos via Internet ou pelas UG; 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 17
• Possibilidade de identificação e registro de dados diversos; 
• Classificação via sistema da fonte e da natureza da receita; 
• Destinação imediata de receitas compartilhadas. 
 
 
Os principais tipos de GRU são: 
 
• GRU Simples 
• GRU Judicial 
• GRU Cobrança 
• GRU Eletrônica ou Intra-Siafi 
• GRU Restituição (OB de Restituição: OBP, OBC e OB Intra-SIAFI) 
• GRU Retificação 
 
 
Características da GRU Simples 
 
A GRU-Simples contém, em seu código de barras, as informações básicas para o 
registro do ingresso do recurso na conta única, quais sejam: recolhedor, UG/Gestão e código de 
recolhimento. Em alguns casos, como veremos abaixo, somente esses três parâmetros, 
incluindo o valor, são suficientes para o registro da arrecadação. Em outros casos, a GRU-
Simples possui mecanismos para capturar outros campos, ampliando os controles internos do 
órgão arrecadador. 
A guia impressa de GRU-Simples, por qualquer cidadão, pode ser obtida a partir do sítio 
da STN na internet ou por aplicativo específico disponibilizado pela STN e instalado na própria 
UG. 
Após a impressão, a guia poderá ser paga somente no Banco do Brasil, ou na Caixa 
Econômica Federal, conforme o tipo de arrecadação, por meio dos diversos serviços disponíveis 
nessas instituições, tais como terminais de auto-atendimento, bankhome na internet etc. 
 
 
Modelo de uma GRU Simples 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 18
A impressão da GRU-Simples pode ser dividida em dois grupos, conhecidos por 
“seguimento” na linguagem da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN. 
 
A impressão com seguimento 5, na GRU-Simples, implica em uma guia cujo código de 
barras é a transcrição dos elementos essenciais para o registro da arrecadação no SIAFI, dentre 
outros obrigatórios no padrão FEBRABAN. Os principais elementos são: o CPF, a UG/GESTÃO 
e o valor. Cabe observar que, por a UG/GESTÃO representar um conjunto de 11 algarismos, foi 
criada um algoritmo, o apelido da UG/GESTÃO, formado por cinco dígitos, que pode ser 
consultado no SIAFI. Nesse seguimento, somente a leitura do código de barras é suficiente para 
a captura dos dados da guia de recolhimento. 
 
Segue abaixo a descrição do código de barras da GRU-Simples/Segmento 5. Observe 
que a coluna “posição” indica também a quantidade de algarismos que poderá compor o 
“campo” do seguimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O outro grupo é formado pela impressão das guias dentro do Seguimento 9. Nesse caso, 
o código de barras possui um padrão misto de captura de dados. Ao contrário do seguimento 5, 
em que somente a leitura é suficiente para a captura dos dados da guia, no seguimento 9, parte 
da captura é realizada pela leitura ótica e a outra parte pela digitação em que o operador do 
guichê de caixa fica direcionado em fazer. É importante lembrar, conforme a impressão da guia, 
que o operador será obrigado a capturar determinados campos da guia de recolhimento, 
conforme orientação automatizada no próprio código de barras. 
 
CAMPO 
 
POSIÇÃO (DE – ATÉ) INFORMAÇÃO 
 
DESCRIÇÃO 
 
1 01-01 “8” Identificação da Arrecadação 
2 
 
02-02 
 
“5” Segmento 5- Órgãos Governamentais 
3 
 
03-03 
 
“6” 
 
Identificador do Valor: Reais/Referência 
 
4 04-04 DV Dígito verificador geral – módulo 11 
5 05-15 Valor Valor do Documento GR-Simples 
6 16-19 Código STN Código STN junto à FEBRABAN (0254)
7 
 
20-24 
 
Código 
Recolhimento 
Código Recolhimento 
 
8 
 
25-29 
 
UG/Gestão Apelido UG/Gestão resp. p/ arrecadação 
CONCODBBGR) 
9 
 
30-30 
 
Tipo Contribuinte 1-CNPJ ou 2-CPF 
 
10 
 
31-44 
 
Ident. 
Contribuinte 
CNPJ/CPF
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 19
Descrição do Código de Barras da GRU-Simples/Segmento 9. Observe que existe a 
mesma quantidade de “campos”, mas a posição é diferenciada, pois os valores a serem 
capturados são diferenciados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A GRU-Judicial é uma variação da GRU-Simples, específica para a arrecadação típica 
da atividade judiciária, tais como custas judiciais e outras taxas processuais, bem como para o 
registro dos depósitos judiciais e sua possível conversão em renda. A diferença básica entre a 
GRU-Simples e a Judicial é que, além de seu recolhimento ser exclusivo para o poder judiciário, 
é que esta última possui campos diferenciados. 
 
A GRU-Cobrança é utilizada quando se tem conhecimento do sujeito passivo ou 
responsável pelo recolhimento dos valores devidos, ou quando se tem a necessidade de a 
arrecadação ser realizada por outros bancos. Deve ser utilizada quando o órgão possui um 
sistema de gestão financeira independente do SIAFI, ou seja, dentro do SIAFI as informações 
estarão registrada em um nível mais básico que o sistema independente. O exemplo clássico 
são as empresas públicas que possuem carteira de clientes. Possui as seguintes características: 
 
• Boleto de Cobrança pagável em qualquer instituição financeira; 
• Código de barras padrão Febraban; 
• Carteira 18 com distintas variações; 
• Geração de arquivo-retorno (STN, Órgãos, TCU); 
• Inexistência de quaisquer tarifas; 
CAMPO POSIÇÃO 
(DE – ATÉ) 
INFORMAÇÃO DESCRIÇÃO 
 
1 01-01 “8” Identificação da Arrecadação 
2 02-02 “9” Segmento 9-Uso Interno 
3 03-03 “6”/”7” Identificador do Valor: Reais/Referência 
4 04-04 DV Dígito verificador geral – módulo 10 
5 05-15 Valor Valor do Documento GR-Simples 
6 16-19 “0001” Identificação BB 
7 20-27 Num. Convênio Num. Convênio BB (01095523) 
8 
 
28-29 
 
Identificador dos campos 
obrigatórios para 
pagamento (FLAG) 
Identifica a combinação dos campos que 
deverão ser preenchidos pelo agente 
arrecadador no momento do pagamento 
9 30-34 Código de Recolhimento 
 
Código de Recolhimento 
10 
 
35-39
 
UG/Gestão 
 
Apelido da UG/Gestão responsável pela 
arrecadação 
11 
 
40-40
 
Tipo de contribuinte
 
1-CNPJ, 2-CPF, 3-CNPJ/CPF (não utilizado 
ainda), 4-Isento 
 
12 41-44 livre Livre (ZEROS)
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 20
• Preferencialmente para valores acima de R$30,00. 
• possui na parte livre do código de barras um identificador de controle interno nos moldes do 
“Nosso Número”; 
• são emitidas por sistema informatizado próprio da UG, a partir dos dados de controle e 
acompanhamento de suas cobranças; 
 
Modelo de GRU Cobrança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRU Restituição (OB de restituição) 
 
A GRU-Restituição é utilizada para devoluções parciais ou totais de valores recebidosa 
maior, em duplicidade ou indevidos. 
 
Rotina básica da restituição 
Para casos de devoluções de recolhimentos, enquanto não for criada a RA Restituição, a 
rotina deverá seguir a seguinte lógica: 
 
1-Solicitação de Recursos 
 
Se receita fonte tesouro: 
i - etapa: solicitar recursos via setorial financeira por meio de pf espécie 1 tipo 3B; 
ii - etapa: incluir no CPR documento hábil TF com a situação T38; 
iii - realizar o compromisso na confluxo. 
 
Se receita fonte própria: 
i - etapa: incluir no CPR documento hábil TF com a situação T57; 
ii - etapa: realizar o compromisso na confluxo. 
 
2-Preenchimento do documento hábil: 
 
Entrar na >ATUCPR 
Na tela inicial informar: documento hábil TF. 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 21
Na 1ª tela de dados básicos informar: 
- a situação; 
- o credor, no caso, CNPJ ou CPF do restituído; 
- o domicílio bancário do credor; 
- data de vencimento do compromisso a ser gerado; 
- valor e observação. 
Na 2ª tela de dados básicos informar: 
- categoria de gasto "c"; e 
- fonte da receita 
Na tela de dados contábeis informar: 
- na classificação 2, a conta correspondente a receita a ser restituída. 
 
Pressionar PF6 para registrar o compromisso. 
 
3-Como realizar o compromisso: 
 
Entrar na >CONFLUXO 
1ª tela informar: critérios da consulta do compromisso. 
2ª tela: realizar o compromisso com a escolha da opção "v". 
 
“Restituição” de cheque 
Procedimentos quanto aos cheques devolvidos nas ocorrências de devolução de 
cheques nos pagamentos efetuados por GRU, enquanto não for implementada a GR-
Restituição, deverão ser adotar os mesmos procedimentos da solicitação de recursos para uma 
restituição normal e os seguintes passos: 
 
No preenchimento do documento hábil (utilizando a transação >ATUCPR): 
Na tela inicial informar "documento hábil TF"; 
 
Na 1ª. tela de dados básicos informar: 
 
 - a situação 
 - o credor, no caso o CNPJ do banco favorecido. 
 - no domicilio bancário do credor informar a expressão "banco"; 
 - a data de vencimento do compromisso a ser gerado; 
 - valor e observação. 
 
Na 2ª tela de dados básicos informar: 
 
 - categoria de gasto "c" e CIT = UG + "DEVL" (UG+DEVL); 
 - a fonte da receita. 
 
Na tela dos dados contábeis, informar: 
 - na classificação 2, a conta correspondente a receita a ser restituída; 
 
Pressionar PF6 para realizar o compromisso. 
 
Como realizar o compromisso: 
Entrar na >CONFLUXO 
Na 1a. tela informar: critérios da consulta do compromisso. 
Na 2a. tela: realizar o compromisso com a escolha da opção "v". 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 22
Futuramente, o próprio BB irá realizar o desconto automático dos cheques não 
compensados cujos valores tenham sido repassados para as Unidades Gestoras. 
 
GRU Retificação – informações básicas 
 
Todo recolhimento de uma GRU gera uma Nota de Registro de Arrecadação, que poderá 
ser alterada por meio de uma GRU Retificação. Abaixo segue lista das informações que poderão 
ser modificadas. 
 
UG/Gestão favorecida; 
Recolhedor, UG/Gestão ou CPF/CNPJ; 
Competência; 
Código recolhimento; 
Processo; 
Vencimento; 
Valor documento; 
Desconto/abatimento; 
Outras deduções; 
Mora/multa; 
Juros/encargos; 
Outros acréscimos; 
Nosso numero/numero referencia. 
 
 
Atenção: não é possível alterar o valor total. No entanto, é possível modificar os valores 
dos demais campos, sempre mantendo o somatório dos valores igual ao valor total. 
 
 
4.2 Formas de pagamento de GRU. 
 
Por meio da rede bancária existem diversas formas de pagamento de uma guia de GRU, 
que pode assumir a forma de um boleto bancário, uma transferência entre bancos (DOC/TED) 
ou simplesmente um depósito direto no guichê de caixa. Conforme as facilidades de seu banco, 
os pagamentos podem ser realizados ainda por meio de Terminais de Auto-atendimento, pela 
Internet e outros. 
 
A GRU foi constituída para proporcionar maior controle e qualidade gerencial da 
atividade recolhedora. Por esse propósito, nos casos de uma GRU Simples, os recolhimentos 
podem ser identificados no SIAFI, por exemplo, pelo número de referência (campo de uso livre 
do gestor, com 17 posições). Nos casos de uma GRU Cobrança, o BB envia arquivo retorno 
para o gestor quando o recolhimento é concluído no BB. Em ambos os casos, é possível o 
controle do vencimento do pagamento e aplicação de juros ou multa, quando na observação da 
guia existir as instruções de tais cobranças. O gestor deverá sempre monitorar as diversas 
formas de pagamento, pois cada uma proporciona diferentes formas de controle. 
 
 
GRU Simples 
 
A GRU Simples deverá ser paga exclusivamente no Banco do Brasil. Poderá ter data de 
vencimento e, nos casos de liquidação após o seu vencimento, o contribuinte poderá arcar com 
penalidades tais como juros, multa etc, ou, simplesmente, a guia vencida não será quitada no 
BB. 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 23
 
A versão simples da GRU, por ser exclusiva do BB, pode ser recebida nos terminais de 
auto-atendimento, na internet e em outras disponibilidades para clientes desse banco. Para os 
não-clientes, a guia deverá ser paga no guichê de caixa. 
 
GRU Judicial 
 
Instrumento de arrecadação da atividade judiciária, a GRU Judicial, derivada da GRU 
Simples, é uma guia a ser paga, nos casos de custas e depósitos judiciais, exclusivamentena 
Caixa Econômica Federal. Em outros casos, poderá ser paga também no Banco do Brasil. 
 
GRU Cobrança 
 
Trata-se de boleto bancário compensável a ser liquidado em qualquer instituição 
financeira até a data de vencimento. Cada instituição financeira possui aplicativos próprios para 
o pagamento da GRU Cobrança. Após o vencimento deverá ser paga, obrigatoriamente, nos 
guichês de caixa do BB. 
 
GRU Depósito 
De forma semelhante ao antigo depósito direto na Conta Única, a GRU assume também 
a forma de depósito comum a ser utilizada para pagamentos simples, exclusivamente, nos 
caixas do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. Caberá o pagador informar valor 
único, CNPJ/CPF válido e código identificador (seqüência numérica composta de 
UG/Gestão/Código de recolhimento). 
 
 
GRU DOC/TED 
 
Os contribuintes que não são clientes do Banco do Brasil poderão efetuar transferência 
de valores para a Conta Única do Tesouro Nacional a partir de conta corrente de qualquer 
banco integrante do sistema de compensação nacional. Para isso, será necessário o 
preenchimento de DOC e/ou TED informando os dados da Conta Única no Banco do Brasil 
(agência 4201-3, c/c 170.500-8) e a seqüência de identificação do recolhimento (a mesma para 
depósitos diretos, sem o dígito verificador). 
 
O preenchimento do código identificador deverá ser, obrigatoriamente, no caso de DOC, 
nas primeiras 16 posições do campo “Nome do Favorecido”. No caso da TED, o código será 
informado no campo “Código Identificador de Transferência”. 
 
O contribuinte informará, obrigatoriamente, o CNPJ da Unidade Gestora Favorecida. O 
valor a ser informado também será único, ou seja, não haverá distinção entre os valores de 
multa, juros, descontos, abatimentos, outras deduções ou acréscimos. 
 
 
GRU SPB – Via Sistema de Pagamentos Brasileiros. 
 
Trata-se de modalidade de transferência de recursos com previsão de implantação para 
2006. A GRU-SPB permitirá aos Bancos efetuarem transações financeiras por meio de 
mensagem específica no SPB (TES 0034), principalmente, nos casos de transferência de 
recursos oriundos de obrigações de titularidade ou responsabilidade das instituições financeiras 
integrantes do STR - Sistema de Transferência de Reservas, conforme disposto no Art. 7º, da IN 
- Instrução Normativa nº 4, de 30/08/2004, da Secretaria do Tesouro Nacional. 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 24
 
GRU Eletrônica 
 
Conhecida como GRU intra-SIAFI, a GRU Eletrônica possibilita um pagamento entre 
unidades gestoras executoras, por meio da transação >GRU. O recurso não sai do âmbito da 
Conta Única e, quando o pagamento for realizado entre unidades pertencentes ao Orçamento 
Geral da União, o gestor deverá utilizar códigos específicos, iniciados pelos números 7 ou 5, 
com contas de receitas diferenciadas, como veremos a seguir. 
 
A transação >GRU permite a entrada de dados de um código de barras, proveniente de 
uma guia de recolhimento, GRU Simples, ou de um boleto de GRU Cobrança. Após preencher a 
seqüência numérica do código de barras, a transação recupera todos os dados que foram 
preenchidos na emissão da guia ou do boleto. 
 
Atualmente, para emissão da GRU intra-SIAFI, há necessidade de registro em conta do 
passivo mediante o uso do evento 52.0.335, para rotinas que possuem empenho, ou do 
52.0.337, para rotinas sem empenho. 
 
A GRU intra-SIAFI poderá ser cancelada por meio da transação >CANGRU, mas 
somente na data da emissão. Para consulta de GRU Eletrônicas emitidas, acessar a transação 
>CONGRU. 
 
GRU Eletrônica por CPR 
 
A GRU Eletrônica possui dois lados dentro da estrutura da Conta Única; o lado do 
pagador e o lado do recebedor do pagamento. Quando focado pelo lado do recebimento a GRU 
Eletrônica é efetivamente uma guia eletrônica semelhante à impressa. Ao ser “recebida” pelo 
Agente Arrecadador STN, tal como seria se fosse pelo Banco do Brasil, o pagamento se 
transforma em dois Registros de Arrecadação conforme um pagamento de uma GR-Simples ou 
Cobrança. 
Por outro lado, quando a GRU Eletrônica é enfocada pela ótica de um pagamento, trata-
se de um documento de pagamento comum semelhante a um pagamento de um serviço 
prestado ou um bem comprado. Dessa forma, a GRU Eletrônica deverá ser paga por meio do 
Sistema de Cobranças e Pagamentos a Receber – CPR. Essa modalidade de pagamento ainda 
está em construção dentro do SIAFI e em breve será divulgada por meio de comunicados e 
manuais. 
 
4.3 Códigos de recolhimento e de destinação. 
 
Todo ingresso de recurso oriundo de GRU na Conta Única do Tesouro Nacional deverá 
ser realizado por meio de um código, conhecido por código de recolhimento. Todo código de 
recolhimento, por sua vez, possui um código de destinação vinculado. Como nem todo ingresso 
se configura em receita propriamente dita, existem grupos de códigos de recolhimentos para 
devoluções de recursos ou depósitos de diversas origens. 
4.3.1 O código de recolhimento 
 
O código de recolhimento, criado exclusivamente pela Secretaria do Tesouro Nacional, é 
formado por cinco algarismos. Os códigos poderão ser constituídos para utilização geral ou para 
a atividade exclusiva de arrecadação de uma única Unidade Gestora. Alguns campos do código 
de recolhimento devem ser sempre observados, tais como: 
 
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 25
Título: O nome do código de recolhimento é a primeira forma de identificação da utilização do 
código. Quando o código for de uso exclusivo de um órgão ou uma autarquia, a sigla ou outra 
forma de identificação desse órgão estará inclusa no nome. Quando o código for de uso 
exclusivo para pagamentos entre unidades pertencentes ao Orçamento Geral da União, no meio 
do título terá o prefixo INTRA. Os códigos cuja arrecadação é para o Tesouro possuem a sigla 
STN. 
 
Abrangência: estabelece se o código deverá ser complementado com a fonte detalhada para 
destinação do recurso, a ser preenchida por parte dos gestores. Os códigos iniciados por 288 e 
488 possuem o campo “INFGESTOR” para complementação da fonte. 
 
Situação (SIT): estabelece a condição de utilização. Se a situação for “A” (Alterado) ou “I“ 
(Inclusão) o código pode ser utilizado, quando for “E” (Excluso) não deverá ser utilizado. 
 
UG Emitente: onde será registrada a RA de Classificação. 
 
UG Arrecadadora: registra a arrecadação (RA de Classificação), semelhante à UG Emitente, 
mas com a exclusividade do preenchimento, ou seja, no código de recolhimento deverá sempre 
constar a UG informada nesse campo. 
 
Órgão Arrecadador: estabelece exclusividade de utilização do código para o órgão nesse campo 
preenchido e as unidades a ele vinculadas. Ao marcar o espaço à frente desse indicador, 
indicará se o órgão é superior ou não. 
 
Os indicadores do código são divididos em indicadores da GRU Eletrônica, de classificação da 
arrecadação, de retificação, de restituição e de destinação. Com exceção dos da GRU 
Eletrônica, os indicadores são essencialmente um conjunto de eventos específicos que fazem 
automaticamente o registro contábil da receita e dos recursos. 
 
Indicadores para GRU Eletrônica: estabelece os critérios de utilização de um código para um 
pagamento intra SIAFI. 
 
Espécie de GR: permite ao código de recolhimento selecionado a utilização do tipo de GR, se 
cobrança ou simples, além de permitir a captura dos dados implícitos ao código de barras. 
 
Tipo de Recurso: limita o tipo de recurso a ser utilizado para o pagamento da GRU Eletrônica, a 
seguir: 
 
0 - LIMITE DE SAQUE SEM CONTROLE DE EMPENHO – para pagamentos de GRU sem a 
utilização de empenho. 
1 - COM COTA DO ORCAMENTO DO EXERCICIO 
2 - COM LIMITE DE RESTOS A PAGAR 
3 - COM VINCULACAO DE PAGAMENTO 
4 - COM LIMITE DA STN DE EMPENHO CONTRA ENTREGA 
7 - COM RECOLHIMENTO PSSS PATRONALTipo de Recolhedor: 
 
1 - UG 
2 - CPF 
3 - CNPJ 
4 - CPF ou CNPJ 
5 - Todos 
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 26
 
Exigência de empenho: 
 
Preenchimento: estabelece se os campos de pagamento da GRU são de preenchimento 
obrigatório ou facultativo. 
 
Indicadores de classificação – Arrecadação 
 
Conjunto de eventos do código de recolhimento definido conforme normativos legais 
para cada atividade de arrecadação. De uma forma ampla, existem os códigos gerais, que 
abarcam a atividade básica da administração federal, tais como os serviços de aluguéis, 
educacionais etc. Para atividades especificas, foram criados eventos específicos. 
 
Dentre tais indicadores, deve-se observar a conta “4”, na Classificação 2, conforme a 
Natureza de Receita definida pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF). Nos casos de 
códigos gerais, iniciados por 288, deve-se completar a Inscrição 2 no espaço do INFGESTOR, 
para o devido registro do recurso na fonte detalhada. 
 
Indicadores de classificação – Retificação 
Conjunto de eventos do código de recolhimento que permite a retificação da 
arrecadação. Os eventos de retificação anulam os registros contábeis da arrecadação anterior. 
 
Indicadores de classificação – Restituição 
Traduz-se em evento único que permitirá a restituição do recolhimento efetuado, 
caracterizando-se em saída de recursos da Conta Única. 
 
Indicadores para destinação 
É o código de destinação vinculado ao código de recolhimento, que destinará o recurso 
para a fonte legalmente instituída. 
 
 
Regra de formação dos códigos de recolhimento 
 
A estrutura da numeração do código de recolhimento foi montada para permitir a 
identificação do código para determinada arrecadação. 
 
Na tabela abaixo indica, o primeiro dígito informa qual o Tipo de Receita, sendo 
subdividida em Receita primária, financeira, anulação de despesa e depósito de diversas 
origens. 
 
1º DÍGITO TIPO DE RECEITA FONTE 
1 RECEITA PRIMÁRIA TESOURO 
2 RECEITA PRIMÁRIA PRÓPRIA (150, 250) 
3 RECEITA FINANCEIRA TESOURO 
4 RECEITA FINANCEIRA PRÓPRIA (180, 280) 
5 RECEITA PRIMÁRIA INTRA-ORÇAMENTÁRIA TESOURO 
6 ANULAÇÃO DESPESA PRIMÁRIA 
7 RECEITA PRIMÁRIA INTRA-ORÇAMENTÁRIA PRÓPRIA 
8 ANULAÇÃO DESPESA FINANCEIRA 
9 DEPÓSITOS DIVERSOS 
 
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Os dígitos na posição 2 e 3, quando forem iguais a “8”, indicam que o código pode ser 
de uso geral, conforme tabela abaixo. Alguns códigos com “89” também indicam a mesma 
finalidade. 
 
CÓDIGO 
GRU TIPO DE RECEITA FONTE OBSERVAÇÃO 
188XX STN - USO GERAL TESOURO 
288XX GERAL PRÓPRIA HOMOLOGÁVEL 
388XX STN - USO GERAL TESOURO 
488XX GERAL PRÓPRIA HOMOLOGÁVEL 
588XX STN - USO GERAL INTRA-ORÇAMENTÁRIA TESOURO 
688XX GERAL DO EMPENHO 
788XX GERAL - INTRA-ORÇAMENTÁRIA PRÓPRIA HOMOLOGÁVEL 
988XX GERAL 190/990 
 
Quando um código for homologável implica dizer que o código está incompleto. O gestor 
deverá substituir a informação “INFGESTOR”, observando as indicações do evento. Em sua 
grande parte, trata-se de homologar a fonte própria da receita, seguida de vinculação e esfera. 
 
4.3.2 O código de destinação 
 
O Código de Destinação, também criado exclusivamente pela STN, é formado por seis 
algarismos e sempre vem vinculado a um código de recolhimento. Sua função básica é destinar 
o ingresso dos recursos arrecadados para fonte e Unidade Gestora determinadas por lei. Em 
linhas gerais, divide-se em códigos de fonte própria e de fonte Tesouro e podem ser de 
destinação primária ou secundária. 
 
Alguns campos do código de destinação devem ser observados tais como: 
 
Código destinação: é o indicador de destinação dos códigos de recolhimento, composto de 6 
algarismos. 
 
Título: da mesma forma do título dentro do código, é a primeira forma de identificar a destinação 
da fonte bem como o órgão ou unidade beneficiária, conforme o campo “Percentual Destino”. 
 
Tipo destinação: indica se a destinação é principal ou secundária, e possibilita compartilhar 
automaticamente a receita para diversas Unidades Gestoras, conforme especificação em Lei. 
 
Grupo destinação: indica o agrupamento ao qual pertence o código de recolhimento. 
 
Fonte recurso: indica a fonte detalhada em que a receita será classificada, conforme as 
especificações do evento e da UG/Gestão fixadas no código de recolhimento ou no próprio 
código de destinação. 
 
Tipo beneficiário: indica se a destinação do recurso irá para a UG fixada no código de 
recolhimento ou se para a UG estabelecida no campo “UG/Gestão beneficiária” do próprio 
código de destinação. 
 
UG/Gestão beneficiária: complementar do campo “Tipo beneficiário”, deve ser preenchido 
sempre que o beneficiário for diferente da UG estabelecida no código de recolhimento. 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 28
 
Arrecadação, Restituição e Retificação: semelhante ao código de recolhimento, indicam os 
eventos que acionam os lançamentos contábeis. 
 
“Percentual Destino”: complementar ao campo “Tipo de destinação”, é utilizado exclusivamente 
na destinação principal para indicar as demais unidades beneficiárias da arrecadação, bem 
como os percentuais destinados. 
 
4.3.3 Casos peculiares de recolhimento por GRU 
 
Algumas regras para o recolhimento de GRU devem ser observadas para que sejam 
efetivados da melhor forma possível a correta contabilização do ingresso dos recursos. 
 
Devolução de recursos: anulação de despesa x receita. 
O gestor deverá inicialmente verificar as características da devolução de recursos, tais 
como, se é de exercício anterior ou do exercício, se despesa incorrida ou não. Tais 
características vão determinar qual será a utilização do ingresso e especificar/apontar qual tipo 
de código deverá ser utilizado. 
 
Quando a devolução de recursos for referente à despesa no exercício, consumo não 
efetivado, está caracterizada uma anulação de despesa. Como exemplo temos a diária não 
utilizada, saldo de suprimento de fundos, saldo de convênio etc. 
 
O gestor deverá utilizar um código iniciado por 688 e recompor o empenho inicial por 
meio de lançamentos no subsistema CPR. Ao incluir e realizar uma "GD", utilização de situação 
especifica "GXX", será possível a reutilização orçamentária-financeira do recurso. 
 
Quando a devolução for de despesa incorrida em exercício anterior, deverá ser utilizado 
um código de receita, pois neste caso a recuperação é uma receita. Da mesma forma, a 
devolução de recursos de despesa efetivada no próprio exercício é receita. Como exemplo, são 
os casos de uso particular de telefone, multas de transito ou outras despesas a serem 
ressarcidas pelo servidor. Em ambos os casos, deverão ser utilizados códigos iniciados por 188, 
quando a despesa foi de fonte Tesouro, ou 288 quando fonte própria. 
 
Observe que a prestação de um serviço específico, de caráter não eventual, 
regulamentada pelo órgão, tal com a prestação de serviços xerográficos para terceiros, não será 
considerada recuperação de despesa (estorno de despesa) ou receita de ressarcimento, mas 
uma receita de serviços, devendo ser escolhido um código de recolhimento com receita 
adequada à natureza do serviço. Os demais procedimentos poderão ser consultados no manual 
SIAFI, item 3.1, do assunto 02.12.02. 
 
Esse procedimento visa demonstrar dois fatos contábeis distintos: 
a) a liquidação e o pagamento da despesa de responsabilidade do órgão; 
b) o ressarcimento pelo uso de bens públicos especiais. 
 
 
Receitas intra-orçamentárias 
O gestor deverá distinguir os casos de arrecadação fora do SIAFI dos ocorridos intra-
SIAFI. Quando ocorre um pagamento dentro do SIAFI, a despesa de uma UG torna-se a receita 
de outra, sem que o financeiro tenha saído da Conta Única. Para diferenciar areceita 
proveniente de um pagamento externo da receita intra-SIAFI (entre UG), foram criados códigos 
de recolhimento intra-orçamentários. 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 29
 
 
4.4 Registros de arrecadação: principais eventos e contas contábeis. 
 
Da combinação entre um código de recolhimento e uma UG/GESTÃO, surge a Nota de 
Registro da Arrecadação (RA). Além de ser a prova de que um determinado recolhimento foi 
realizado para a administração pública federal, a RA representa uma série de lançamentos 
contábeis, conforme os eventos do código de recolhimento e de destinação. 
 
A RA possui dois momentos que, mesmo sincronizados pelo sistema, transformam-se 
em dois registros distintos: a RA de Classificação e a RA de Destinação. 
 
A RA de Classificação constitui em registro inicial e é responsável pela classificação da 
receita. Em seguida, o sistema registra a RA de Destinação, ou seja, a classificação da fonte. 
Portanto, se para uma UG houver somente um único ingresso de depósito, a RA0001 será de 
classificação e a RA00002 será de destinação. 
 
4.5 Principais transações. 
 
ATUCODGR - atualiza/altera código GRU 
CONCODGR - consulta código GRU 
ATUDESTGR - atualiza/altera código de destinação 
CONDESTGR - consulta código de destinação 
CONCODBBGR - consulta código BBGR, apelido da UG/GESTÃO no código de barras. 
CONRA - consulta Registro de Arrecadação 
CONPROCBT - consulta resultado processamento Batch dos arquivos enviado do BB para o 
SERPRO. 
CONDEPCTU - consulta depósito conta única para cada Unidade Gestora no SISBB. 
GRU - emissão de GRU Eletrônica ou intra-SIAFI 
CONGRU - consulta GRU emitidas (inclusive as de retificação) 
CANGRU - cancela no mesmo dia uma GRU emitida. 
RETIFICAGR - retificação da GRU 
 
4.6 Referências bibliográficas. 
 
Sítio do Tesouro Nacional. 
- Aplicativo de impressão da GRU Simples 
- Manual da GRU 
- Apresentação da GRU 
- Manual – Serviços de Impressão 
- Informações de Pagamentos das GRU no SIAFI 
- Manual de Pagamentos da GRU 
 
Manual SIAFI 
 
 
 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
 30
PRINCIPAIS CONTAS 
 
Contas de arrecadação 
 
Por código de recolhimento 
19351.06.00 recolhimento líquido por código de recolhimento - GRU 
19351.06.01 = recolhimento do principal por código de recolhimento 
19351.06.02 = recolhimento de multa/mora/juros 
19351.06.03 = recolhimento outros acréscimos. 
19351.06.04 = recolhimento juros e encargos 
19351.06.90 * = descontos e abatimentos do recolhimento 
19351.06.91 * = outras deduções do recolhimento 
 
Por código de destinação primária 
19352.05.00 recolhimento líquido por código destinação primária. 
19352.05.01 = recolhimento principal por código destinação primária. 
19352.05.02 = recolhimento multa/mora/juros. 
19352.05.03 = recolhimento outros acréscimos. 
19352.05.04 = recolhimento juros/encargos. 
19352.05.90 * = descontos e abatimentos do recolhimento 
19352.05.91 * = outras deduções do recolhimento 
 
Por código de destinação secundária 
19352.06.00 recolhimento líquido por código destinação - GRU 
19352.06.01 = recolhimento principal por código destinação secundária. 
19352.06.02 = recolhimento multa/mora/juros 
19352.06.03 = recolhimento outros acréscimos 
19352.06.04 = recolhimento juros/encargos 
19352.06.90 * = descontos e abatimentos do recolhimento 
19352.06.91 * = outras deduções do recolhimento 
 
Contas de Retificação 
 
Por código de recolhimento 
19351.10.00 retificações do recolhimento - por código GR 
19351.10.01 = retificações do principal 
19351.10.02 = retificações de multa/mora/juros 
19351.10.03 = retificações de outros acréscimos 
19351.10.04 = retificações juros/encargos 
19351.10.90 * = retificação de descontos e abatimentos 
19351.10.91 * = retificação de outras deduções de recolhimento 
 
Por código de destinação primária: 
19352.11.00 retificações líquidas por código de destinação primária – GRU 
19352.11.01 = retificação da receita principal por código de destinação primária. 
19352.11.02 = retificação da Receita de multa por código de destinação primária. 
19352.11.03 = retificação de receita de acréscimos por código de destinação primária. 
19352.11.04 = retificação de receita de juros por código de destinação primária. 
19352.11.90 * = retificação da destinação primária de descontos/abatimentos – GRU 
19352.11.91 * = retificação da destinação primária de outras deduções - GRU 
 
Por código de destinação secundária: 
19352.10.00 retificação por código de destinação 
IV Semana de AOFCP – Contabilidade Pública Aplicada ao SIAFI 
 
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19352.10.01 = retificações do principal 
19352.10.02 = retificações de multa/mora/juros 
19352.10.03 = retificações de outros acréscimos 
19352.10.04 = retificações juros/encargos 
19352.10.90 * = retificação de descontos e abatimentos 
19352.10.91 * = retificação de outras deduções recolhimento 
 
Conta de retificação da receita 
49800.00.00 retificações 
 
Contas orçamentárias 
19996.19.03 = controle de arrecadação de receitas - GRU 
19114.00.00 = receita realizada (no órgão, somente receita própria) 
 
Conta financeira 
11216.04.00 = limite de saque com vinculação de pagamento 
 
Controle por número da RA retificada: 
19351.10.08 = RA retificadas (numero da RA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 32
 
 
4.7 Exercícios. 
 
a) DDO – Depósitos de Diversas Origens (caução, depósitos judiciais, etc) são receitas 
públicas? Justifique. 
 
 
 
 
 
b) Todo ingresso orçamentário é receita pública? Justifique. 
 
 
 
 
 
c) Operações de crédito são receitas públicas? Justifique. 
 
 
 
 
 
 
d) Receitas não-previstas no orçamento são receitas públicas? Justifique. 
 
 
 
 
 
e) Estorno de despesa é receita pública? É ingresso orçamentário? 
 
 
 
 
 
f) Marque F (falso) ou V (verdadeiro) nas afirmativas abaixo: 
 
‰ A venda de um bem ou um serviço por uma empresa pública é receita derivada. 
‰ A receita, sob o ponto de vista da categoria econômica, pode ser classificada em 
Receitas Correntes, Receitas de Capital e Operações de Crédito. 
‰ São estágios da receita: Previsão, Lançamento, Arrecadação e Recolhimento. 
‰ É possível arrecadar receitas administradas pela SRF – Secretaria da Receita Federal 
por meio de GRU. 
‰ O Governo Federal não possui custo tarifário com os recolhimentos de DARF. 
 
 
g) É possível efetuar o pagamento de uma GRU Simples em outro banco que não seja o 
Banco do Brasil? Se sim, quais? 
 
 
 
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h) Quais são os meios de obtenção de uma guia impressa de GRU? 
 
 
 
 
 
i) É possível emitir uma GRU cobrança com valor menor que R$ 30,00? Por quê? 
 
 
 
 
 
j) É possível retificar o valor total de uma Nota de Registro de Arrecadação? Por quê? 
 
 
 
 
 
k) Marque F (falso) ou V (verdadeiro) nas afirmativas abaixo: 
 
‰ A GRU destina sempre automaticamente as receitas arrecadadas. 
‰ Homologar um código de recolhimento da GRU significa substituir a informação 
“INFGESTOR” por fonte + vinculação + tipo de arrecadação. 
‰ Não é possível retificar um CPF ou CNPJ, de um recolhedor, em uma Nota de Registro 
de Arrecadação de GRU. 
‰ Uma Unidade Gestora pode cancelar uma GRU intra-SIAFI emitida no dia posterior ao 
da sua emissão. 
‰ É possível ligar dois códigos de destinação a um código de recolhimento. 
‰ Não é possível ligar dois códigos de recolhimento a um código de destinação 
‰ RA do exercício passado não podem ser retificadas. 
‰ A

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