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1 2 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”. II Coríntios 9:7. 3 DEZ RAZÕES PORQUE NÃO SOU DIZIMISTA “EM DEFESA DA VOLUNTARIEDADE DA CONTRIBUIÇÃO” SUMÁRIO Índice................................................................................... ....................................................................03 Prefácio............................................................................................................................. .......................04 Palavra Introdutória..............................................................................................................................09 Dedicatória..............................................................................................................................................12 CAPÍTULO I PRIMEIRA RAZÃO “Jesus nunca ensinou a seus discípulos, nem ordenou que os apóstolos ensinassem aos cristãos que era necessário pagarem seus dízimos”...........................................................................................................13 CAPÍTULO II SEGUNDA RAZÃO “O Dízimo não é uma doutrina, é um Mandamento da lei de Moisés”....................................................17 CAPÍTULO III TERCEIRA RAZÃO “O Dízimo é uma ordenança da lei e Jesus já cumpriu por nós tais ordenanças”....................................20 CAPÍTULO IV QUARTA RAZÃO “O Dízimo não é apostólico, não é uma doutrina cristã, e não foi escrito como mandamento para a igreja de Jesus Cristo”..............................................................................................................................24 CAPÍTULO V QUINTA RAZÃO “O Dízimo é uma espécie de imposto”....................................................................................................31 CAPÍTULO VI SEXTA RAZÃO “O Dízimo era cobrado pelos sacerdotes levitas e não se exerce mais este ministério”..... .....................34 CAPÍTULO VII SÉTIMA RAZÃO “Jesus morreu para anular também, a maldição do Dízimo de Malaquias cap. 3 e vers. 8 a 10. ”................................................................................................................................................................36 CAPÍTULO VIII OITAVA RAZÃO “A lei esta sem validade para os gentis convertidos ao evangelho ”.......................................................39 CAPÍTULO IX NONA RAZÃO “O Dízimo não era o sistema de contribuição adotada pela igreja primitiva”.........................................43 CAPÍTULO X DÉCIMA RAZÃO “O sistema de contribuição neotestamentária ela é realizada através de doações ou de ofertas voluntárias”..............................................................................................................................................46 Conclusão Final......................................................................................................................................50 Bibliografia.............................................................................................................................................51 Dez Razões porque não sou Dizimista 4 PREFÁCIO “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. Colossense 2:8. Escrevemos um artigo sobe o “Dízimo” já fazem mais de vinte (20) anos, foi no ano de 1.987, quando sofremos algumas aflições e perseguições por causa do nosso posicionamento em relação à maneira como nos eram impostas, na época, algumas doutrinas da igreja, principalmente em relação a contribuição financeira. Hoje, a mais de vinte (20) anos, estamos reeditando aquela simples apostila, que teve uma boa repercussão naquela época, causando a indignação de muitos líderes religiosos. Naquela oportunidade contávamos com o apoio de alguns ministérios, como: Igreja Missão de Jesus, do saudoso missionário Antônio Cruz, a Igreja Pentecostal Evangélica Maranata do missionário João Antonio da Luz, Igreja Nova Aliança do Deus Vivo do Pastor Manoel José da Silva de Itainópolis-Pi, Igreja “Sopro Divino” do pastor José Elias da cidade de São José do Piaui-Pi, todos eles citados, compartilharam conosco deste pensamento: “A voluntariedade da contribuição financeira na igreja”. Salvação gratuita. Conf. (Mat. 10:8. Is. 55:1-3). O que me levou a escrever o presente texto, naqueles dias, foi justamente à mesma finalidade que me leva hoje a reeditá-lo, que é verdadeiramente o desejo de conscientizar as pessoas em relação à forma neotestamentária de contribuição, indo este em contraste com a maneira errônea de dizimar, infelizmente praticada pela maioria dos evangélicos; sendo que, esta prática não é normal biblicamente falando, como obrigatoriedade para os cristãos do novo Testamento; depois que analisei bastante o assunto do “dízimo”, cheguei a uma conclusão que, dizimar não era uma prática normativa dos primitivos cristãos neotestamentários, e nem tampouco é uma doutrina apostólica para igreja cristã; também não é um ensino do senhor Jesus para seus discípulos, assim como não é um preceito bíblico do Dez Razões porque não sou Dizimista 5 novo testamento, então, foi da ir, que motivado pelo Espírito Santo de Deus, elaborei e escrevi a tese das 10 RAZÕES PORQUE NÃO SOU DIZIMISTA. Por isso fui muitas vezes discriminado pela maioria dos pastores, e fui disciplinado da igreja onde me congregava na época, e ainda hoje sofro a discriminação e a rejeição de alguns grupos religiosos, porque fui capaz de desafiar a elite religiosa de então levando as pessoas a raciocinarem segundo as escrituras dentro do fundamento apostólico da contribuição voluntária; mas, graças a Deus, que a primeira apostila foi editada, este estudo bíblico que esta a disposição de todos que desejarem conhecer melhor a visão bíblica da contribuição voluntária do novo testamento. Com certeza a leitura deste texto irá ser uma benção para a vida do publico leitor, depois que voe o ler, irá entender que Deus não precisa de pagamento pelas suas bênçãos, dons e vocação, nem mesmo de arrependimento para obtê-los, pois está escrito: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento”. Romanos 11:29; no entanto lamento, que nenhuma editora se interesse em lançar este livro, talvez porque seu conteúdová de encontro ao pensamento predominante, muito embora seja tal pensamento errôneo. Mais, graças a Deus que mesmo como uma apostila, este texto está a sua inteira disposição, Confira! Porém, quero afirmar que ao escrever o presente texto, não tive a intenção de atacar ou denunciar alguém que ensina tal prática; não tenho nada contra a riqueza e nem a boa vida de ninguém; nossa finalidade em editar tal texto sobre o dízimo, realmente, é que todas as pessoas menos esclarecidas no assunto, e que não tem interesse em pesquisar sobre isso, possa encontrar neste simples texto, uma fonte de informação bíblica útil que possa lhe ajudar a raciocinar sobre livremente sobre o assunto, e passar a servir a Deus racionalmente, como disse Paulo: “ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. (Rom. 12:1). O leitor é livre repensar a questão, e para tomar qualquer decisão em Cristo, não precisa se deixar levar por ventos de Dez Razões porque não sou Dizimista 6 doutrinas e, nem tampouco, se tornar presa fácil de aventureiros que são hábeis em persuasão, com suas falácias e seus discursos sofistas. Sobre estes, leia o que o apostolo Paulo diz: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosa- mente”. (Col. 2:8). (Ef. 4:14). Procuramos para tanto, manter a originalidade do texto da primeira edição desta apostila, o mais próximo possível do original, mantendo o mesmo padrão e o mesmo estilo com uma melhor qualidade. A primeira edição desta apostila, ela foi escrita à base da “Olivette”, ou seja, da antiga máquina de escrever. Levamos dias e dias para datilografar todo texto, às vezes quando agente cometia um erro datilográfico na ortografia, e se fazia necessário corrigi-lo, para isso era preciso datilografar a página inteira do texto novamente. Apesar de tudo isso, conseguimos por no papel o presente texto, e pretendendo manter sua originalidade. A nossa intenção é apresentar para amigo leitor hoje, o presente texto com a melhor qualidade, e um melhor estilo de digitação e fonte, bem formatado para que o leitor possa se deliciar com a leitura dele. Mas o que me levou realmente a produzir este texto, em si? Será que foi apenas uma revolta pessoal, apesar de que nos anos 80 a 87, as coisas não estavam no patamar que elas estão agora? Digo isso, me referindo ao envolvimento em escândalos financeiros por parte de muitos lideres religiosos, somado a ganância, a sede pelo dinheiro, e ao egoísmo de muitos pastores aventureiros que vulgarizaram o evangelho! Que apesar do evangelho da teologia da prosperidade na época, ainda estava se estabelecendo em nosso país, e mesmo que, ainda não se tinha processado os grandes escândalos financeiros no meio evangélico. Mesmo que naquela época ainda não estivesse em vidências todas às falcatruas pastorais, mas, apesar de disto, a igreja de um modo geral, já praticava a exploração da fé dos fieis, através da Dez Razões porque não sou Dizimista 7 obrigatoriedade do dízimo. Talvez tenha sido o maior motivador para a produção deste texto, a exploração da fé dos fieis, por parte dos pastores gananciosos que ameaçava disciplinar os fieis que não dizimavam, ou por que sofri algumas perseguições naquela época por pregar contra a obrigatoriedade da contribuição (o dízimo) que me levou a escrever o presente texto. Mais, não foi somente isso, tenho consciência de que Deus através do seu Santo Espírito me levou a fomentar a este conhecimento a sua igreja sobre a voluntariedade da contribuição financeira, como foi praticada na primeira era cristã, como fica evidente em todo texto das 10 razões porque não sou dizimista. Só exemplificando os motivos acima mencionados, que me impulsionaram a escrever tal texto, quero relatar um fato, vergonhoso, que presenciei em uma determinada igreja onde me congreguei na época, veja: “Certa vez eu estava na casa de um irmão chamado Nascimento, que era sargento do 3º BEC, quando o pastor da igreja em que me congregava, (de que não quero revelar o nome por questões de respeito e ética), ele veio assustado correndo e entrou na casa do irmão Nascimento, onde nós estávamos reunidos em oração, e o pastor gritava pedindo socorro, dizendo: Irmãos me ajudem, por favor! Logo percebemos que se tratava do irmão chamado Francisco, que vinha correndo atrás do pastor com um pedaço de madeira na mão querendo espancá-lo; E como o pastor tinha entrado na casa do irmão que era Sargento do exército, o irmão Francisco ficou do lado de fora, dizendo em alta voz: Vem pastorzinho de merda, dizer que o “espírito santo” é demônio, vem! Então fomos até lá fora pra ver o que estava se passando, e lá estava o irmão Francisco, com um pedaço de pau na mão para agredir o pastor que entrou se tremendo de medo do irmão. O irmão Francisco que o apelidavam de irmão “Cri! Cri! Por causa da língua estranha que ele falava na igreja, e o dito pastor tinha lhe repreendido várias vezes mandando que ele se calasse dizendo que aquela língua era demônio na vida do irmão e não “espírito santo”, e por causa disto o irmão Francisco estava furioso com o pastor e queria lhe espancar com o pedaço de madeira, gritando e dizendo: 8 Vem pastorzinho de o diabo dizer que eu tenho demônio. mas o irmão Nascimento e meus colegas Irmão Acelino e irmão João de Sousa, procuramos acalmá-lo, conversamos bastante com ele, ele por fim se acalmou e foi para sua casa. O pastor depois de um tempo também se foi para sua casa que ficava pertinho da casa do irmão nascimento ao lado da igreja a um quarteirão dali. Vale ressaltar que o irmão Francisco não era uma pessoa mentalmente normal, e quando falava em línguas na igreja, ele perdia o controle e gritava muito falando aquela língua estranha que incomodava o pastor, que vês por outro o repreendia em público para que ele se calasse, e foi da ir que o irmão Francisco criou esta ojeriza do pastor. Alguns dias depois, na reunião administrativa da igreja, um dos assuntos que estava em pauta era a exclusão do rol de membro da igreja, o dito irmão Francisco. O assunto foi relatado pelo pastor perante os obreiros da igreja, e ele contou em detalhes o fato ocorrido que o levou a pedir socorro na casa do irmão Nascimento, que também era obreiro e que estava naquela reunião, o pastor estava ainda em um estado emocional bastante crítico, quando relatou o fato, mesmo tendo ocorrido alguns dias antes da referida reunião, também, eu, estava presente na reunião e também na casa do irmão Nascimento na hora do ocorrido, e presenciei o fato; estava na reunião ainda a cúpula de obreiros que eram bem próximos do pastor, que então confirmamosa realidade do ocorrido como testemunhas presenciais do fato, e o Pastor foi enfático em dizer para todos nós naquela reunião, que: “o irmão Francisco a partir daquela data estava definitivamente excluído do rol de membros daquela “igreja”, isso, pelo fato de ter atentado contra a vida do próprio pastor da igreja. Quando o pastor terminou de falar, estando com “lagrimas nos olhos”, o tesoureiro da igreja e segunda pessoa do pastor na época, chamou-lhe em particular, e mostrou-lhe o livro do caixa da igreja, enfatizando que aquele irmão Francisco que o pastor estava excluído definitivamente da igreja, naquele momento, ele era um funcionário público Federal, (e trabalhava no extinto) “INPS”, e, Dez Razões porque não sou Dizimista 9 portanto, um fiel dizimista da igreja, o dízimo dele era de maior valor quantitativo do que o da maioria dos membros da igreja, ou seja, o maior dizimista da igreja era ele. Houve um pequeno recesso, e minutos depois daquela conversa em particular com o tesoureiro da igreja, o pastor volta para o local da reunião, e com um semblante totalmente mudado, aparentando um falso sentimento de compaixão pelo irmão Francisco, ele diz para todos nós obreiros ali presentes: Meus queridos, e amados Irmãos, estive refletindo sobre o caso do irmão Francisco, coitado, e cheguei à conclusão que o que ele disse a meu respeito não tem importância alguma, por ele fez aquilo comigo num estado loucura, pois o mesmo tem problemas mentais. Pois isso eu quero perdoá-lo, e desejo pedir a todos obreiros aqui presentes que façam o mesmo, e que torno sem efeito a decisão que tomei de excluí-lo da igreja. Ele é “uma pessoa muito especial, e é crente fiel a Deus”. Veja bem, a mudança de atitude do pastor em perdoar o Irmão Francisco, não foi motivada pelo verdadeiro sentimento de compaixão, e sim, pela quantidade do dízimo daquele humilde irmão! Que falsidade! É uma vergonha isso. Prezado leitor, isso é apenas um pequeno exemplo, de como o dinheiro muda a opinião das pessoas gananciosas, influenciando em suas decisões, não que eu estivesse desejando que o irmão Francisco fosse excluído da igreja, isso jamais, mas que o pastor fosse sincero em sua atitude, e que não deixasse que seu desejo exacerbado pelo dinheiro, falasse mais alto do que o seu coração. Mais é verdade quando a Bíblia, diz que o dinheiro fala mais alto, pois, assim afirmou Salomão: “o dinheiro por tudo responde”. (Ecl. 10:19). Estou falando isso porque a atitude do pastor naquela época, para mim, particularmente, foi um absurdo, principalmente pelo motivo que levou ele a mudar de opinião, assim tão de repente, e uma vergonha pelo fato de que esta repentina mudança deu-se em função do (alto valor do dízimo do irmão Francisco). Isso não foi compaixão, foi puro interesse financeiro. Lamento! Aquilo causou em mim, uma revolta, a partir daquele momento eu vi o dízimo, com um grande empecilho para o Dez Razões porque não sou Dizimista 10 evangelho. Trouxe-me uma angustia e comecei a refazer meus conceitos, e examinar com mais profundidade e sem sentimentalismo este assunto, procurando com mais intensidade entender, se o dizimo realmente deve ser cobrado obrigatoriamente (dos cristãos) ou dos irmãos em Jesus Cristo, e se os pastores estavam realmente investidos de autoridade de Deus para mudar o destino de origem para o qual o dízimo fora criado, ou era apenas mera intenção de enriquecimento humano, recheada de muito egoísmo, ganância e interesses pessoais. Foi isso, e muito mais que me levou a escrever as 10 Razões porque não sou dizimista. Confira a seguir! E depois faça seu próprio juízo sobre esta questão de ser ou não dizimista, e se realmente o dízimo é uma doutrina apostólica ou neotestamentária. Faça uma Boa leitura! 11 PALAVRA INTRODUTÓRIA Este livrete, ele foi escrito em 1986, por mim, eu, Pedro Alves da Luz, com um objetivo especial de fazer alguns questionamentos sobre a legalidade bíblica do dízimo na era cristã, e justamente para favorecer aos menos esclarecidos subsídios, no que diz respeito à verdadeira e real forma neotestamentária de contribuição na Igreja. Pelo fato de nestes últimos dias ter-se introduzido em nosso meio, como disse o apóstolo, Paulo: “Homens interesseiros, gananciosos, mentirosos e fingidos, fazendo da obra de Deus, uma verdadeira fonte de lucro. (1.Tim. 6:5). Dos quais falou também o apóstolo Pedro, dizendo: “Também, movidos pela avareza e com palavras fingidas, eles farão de vós negócios”. (2.Ped. 2:3). Novamente o apóstolo Paulo, afirma ainda dizendo: “Pois os tais não servem a Cristo Jesus, mas a seu próprio ventre, e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocentes (Rom. 16:18). A fim de que o leitor não seja enganado como eu fui por muitos anos, e como muitos ainda os são, trago até você com muita ousadia, as 10 Razões porque não sou dizimista. Estou certo que, quem crer em Jesus Cristo, sabe muito bem que ele já riscou todas as ordenanças em forma de dívida, que havia contra nós, as quais o Senhor Jesus as cravou na cruz como esta escrito em (Col. 2:14). E tenho certeza que depois de ler este livreto, você nunca mais será um dizimista. Espero que este estudo não seja entendido como uma denuncia dos escândalos, dos abusos e a da exploração da fé dos menos esclarecidos, por isso os nomes aqui citados os considerem como mera coincidência ou de ficção, nem mesmo ele seja entendido como um desabafo pessoal, deste que presenciou muitas vezes tantos abusos cometidos por muitos líderes religiosos em nome da fé, os Dez Razões porque não sou Dizimista 12 quais fazem da obra de Deus, (seu ministério pastoral) uma rendosa profissão ou da sua igreja como uma grande empresa no mundo dos negócios, a sua fonte de renda, seu negócio lucrativo, e que com isso tem causado não só o constrangimento muitos irmãos inconscientes, mas também o distanciamento da igreja aqueles pobres irmãos que não podem financiar sua fé; pois hoje num ranque capitalista e mercantilista custa muito caro ser um crente, ou pertencer a uma renomada denominação evangélica; tudo isso por causa da ganância de muitos pastores e a comercialização da fé da parte de muitos ministérios. Conclusão Faço conclusa esta parte, dizendo que há mais um motivo pelo qual resolvi escrever este livreto; é que hoje tenho notado, a maioria das pessoas mesmo freqüentando uma igreja evangélica, ela pouco conhece as escrituras ou não entendem aquilo que lêem; as pessoas principalmente aquelas que frequentam as igrejas neo- pentecostais ou são adeptas da teologia da prosperidade, elas conhecem as escrituras sagradas só superficialmente, porém,mesmo pessoas que dizem conhecer e estudar as escrituras muitas vezes se deixam levar pelo sensacionalismo que impera a prosperidade e curandeirismo de tais denominação e / ou fazem parte da divisão dos lucros da igreja, recebendo rendosos salários em nome da fé cristã. Assim, milhares e milhares de pessoas se deixam levar facilmente por muitos reconhecidamente charlatões, lobos disfarçados de ovelhas que se levantam dentre o rebanho para manipular a palavra de Deus para seu beneficio próprio, mas na verdade são lobos devoradores. O apostolo Paulo, reuniu todos os bispos de Éfeso em Mileto na Ásia menor, para se despedir deles e seguir para Jerusalém, nesta despedida ele os alertou dizendo: Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas Dez Razões porque não sou Dizimista 13 perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados. De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. (Atos 20:28-35). O apostolo Paulo falou estas palavras com lágrimas, e eu também. Paulo apresenta o seu desapego aos bens materiais e incentiva os anciãos de Éfeso a seguir seu exemplo, ele os adverte para que os mesmos não se tornassem lobos, e que se despissem da ganância, da avareza e da Cobiça tal como ele Paulo viveu entre eles. Fico triste ao perceber que tudo que Paulo os advertiu para que não acontecesse, infelizmente aconteceu com a infiltração da igreja romana alguns séculos depois, e esta acontecendo agora com a igreja evangélica também, depois de vários séculos, entrou na igreja a cobiça, a avareza e a ganância, muita gente que se diz povo de Deus vive iludido e manipulado, sendo enganados e confundidos neste particular, principalmente com a chamada teologia da prosperidade, sobre o assunto do dizimo e/ou da contribuição financeira na igreja (neotestamentária). Muitos preferem ser observador da lei (judeu dissimulado), a ser justificado pela graça de Deus. (Rom. 8:2). Foi justamente por tais motivos que elaborei este livreto, e oramos a Deus para que ele possa iluminar teu entendimento e que você possa tomar uma atitude correta diante de Deus em relação à contribuição financeira na igreja e começar a contribuir da forma neotestamentária através de doação voluntária, ou da oferta e/ou da coleta, como se fazia no inicio da igreja Cristã. Assim, como ensinou o apóstolo Paulo, dizendo: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua Dez Razões porque não sou Dizimista 14 prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar”. (1. Cor. 16:2). A despeito de outros, Paulo não queria ser campeão em arrecadação de saco de dinheiro, os irmãos deveriam fazer isso quando ele não estivesse lá. Muito original. Espero que este simples livreto possa levar você a examinar as escrituras e ajudar a contextualizar teus conceitos em relação ao Dízimo, e você possa tomar uma decisão sincera diante de Deus, se é justo anularmos o seu plano gratuito da salvação, ou cumprir os caprichos e deleites de quem quer que seja. Amém! Por: Pedro Luz Dez Razões porque não sou Dizimista 15 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho, em primeiro lugar, ao nosso grande Deus e salvador Jesus Cristo. Dedico ainda especialmente a todos aqueles irmãos que voluntariamente contribuem financeiramente para a realização desta obras. Autor: Pedro Luz Dez Razões porque não sou Dizimista 16 CAPÍTULO I PRIMEIRA RAZÃO “Jesus nunca ensinou a seus discípulos, nem ordenou que os apóstolos ensinassem aos cristãos que era necessário pagarem seus dízimos”. Se dissermos que somos discípulos de Jesus, e que permanecemos na doutrina dos apóstolos, e ensinamos aos nossos co-irmãos a serem dizimistas; nem somos seguidores de Jesus, nem seus aprendizes e nem tão pouco permanecemos na doutrina dos apóstolos; antes pelo contrário, nos tornamos mentirosos e falsificadores da palavra. (Conf. II-Cor. 2:17. Atos 2:42). O Senhor Jesus, nosso grande mestre, disse com toda ousadia: “De graça recebeste e de graça daí” (Mat. 10:8). E ele afirma dizendo: “Eu vos dei o exemplo, assim como eu fiz, fazei vós também”. (Jo. 13:15). Como seguidor deste grande mestre Jesus, acredito piamente que ele tem toda autoridade de nos ensinar com seu maravilhoso exemplo, e tenho certeza que se nós assimilarmos aquilo que ele ensinou é o suficiente para sermos bons, fieis e verdadeiros cristãos; isso tanto no exemplo de suas palavras, como no seu exemplo de vida, tais exemplos como: do amor ao próximo como a si mesmo, da sua entrega voluntária pela salvação do mundo, isto, sim, é uma rica lição de amor (Jo. 3:16); Exemplo de mansidão (Mat. 11:29), de humildade (Jo. 13:1-5); exemplo como a oferta voluntária da viúva (Luc. 21:1), como também pagar seus impostos e tributos (conf. Mat. 17:27), como de dar esmola ((Mat. 6:2-4); da abnegação das coisas terrenas, estes exemplos de Jesus foram formidáveis e devem sim ser seguidos por aqueles que almejam ser seus discípulos. Mas, o exemplo de pagar o dízimo, como sendo esta uma prática cristã, isso ele não deixou, e se a Bíblia, a palavra de Deus, Dez Razões porque não sou Dizimista 17 não afirma que Jesus pagou o dízimo e que ele também não mandou que pagássemos como se pode observar em todo evangelho, será muita audácia da nossa parte, tomarmos a iniciativa de impor esta obrigação (de pagar dízimo) aos nossos irmãos; se quisermos seguir o exemplode dizimista devemos imitar os judeus, ou os fariseus legalistas e não a Jesus. Jesus não era dizimista, pois as Escrituras não mencionam Jesus indo ao templo levar os seus dízimos. Eram os Fariseus quem faziam isso para se exibirem, a quem Jesus chamou de hipócritas, quem se gabavam de tal prática (dizimar), eram eles, quem tinha orgulho de pagar o dizimo até cuminho e do endro eram eles, pois eles faziam isto para se orgulharem e para serem bem vistos pelos homens, e para serem prestigiados por seus líderes religiosos, e principalmente para humilhar quem não podia dizimar. Assim como ainda hoje muitos fazem isso na igreja. (Luc. 18:12). Bando de hipócritas! No capítulo 23 e versículo 23 do Evangelho de São Mateus, Jesus censura os fariseus por sua pratica legalista de dizimar; dizendo: “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas, porque dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber: a justiça, a misericórdia e a fé, estas coisas deveis fazer, sem omitir aquelas”. Para que o leitor não pense que entramos em contradição quando dissemos que Jesus nunca ensinou aos seus discípulos a pratica de dizimar, com relação a maneira como ele se expressa “Em Mateus no capitulo 23 e versículo 23”, no texto em epígrafe, queremos que o leitor entenda que, naquele momento Jesus não estava se dirigindo aos seus discípulos, muito menos ensinando a eles sobre o dízimo, pois isso era coisa que eles já sabiam de có e salteado, porque eram judeus, e como tal eles conheciam todo aquele legalismo farisaico. Jesus não estava ensinando a doutrina da prosperidade, nem estava dirigindo a reunião dos empresários, Jesus estava ali para ensinar aos discípulos que dizimar é a arte de prosperar como ensina os neo-pentecostais, simplesmente Jesus estava provando para os fariseus dizimista legalista, a quem Jesus classificou de hipócritas, que eles sim os judeus e / ou fariseus, Dez Razões porque não sou Dizimista 18 observavam a lei de forma incoerente com a realidade bíblica, praticando apenas aquilo que lhes interessava, Jesus estava falando especificamente para eles, judeus praticantes e legalistas, que eles não deveriam se omitir da prática de dizimar como judeus que eram, mas que também não deveriam apenas ser observador da lei, mais praticantes como um bom judeu deviria fazer, pois a lei tinha muitas outras coisas importantes que eram por eles deixadas para trás. No entanto, eles se omitiam de praticas, por exemplo, de muitas coisas mais relevantes como: fazer justiça ao oprimido, praticar misericórdia aos necessitados, conservar a fé pura em um único Deus, e era justamente isso que eles não faziam. Tal quais os dizimistas legalistas de hoje também se omitem, pois só pensam em arrecadar somas e mais somas de dinheiro, só se preocupam com seu bem estar pessoal, não cuidam dos pobres e nem dos necessitados da igreja, não fazem justiça distribuindo o que é de Deus com quem realmente tem necessidade, tais como os sacerdotes judeus comprometidos com o Império Romanos da época, da mesma forma agem hoje a maioria dos lideres religioso, a maioria dos tais também são envolvidos com as divindades pagãs veneradas pelo sistema religioso romano atual a (trindade). Outra coisa interessante e que devamos aprender com as palavras do Senhor Jesus, no versículo acima citado, (Mat. 23:23), é que Ele não estava ensinando aos seus discípulos a serem dizimistas, jamais Ele faria isso, e nem tampouco ordenando que eles ensinarem para nós cristãos tal prática, insisto em afirmar isto. Mas, sim, Ele deixou esclarecido para os fariseus de uma vez por todas, que eles como judeus observadores da lei obedeciam apenas em parte esta lei; deixando de lado o que havia de mais importante e fundamental nos ensinamentos da palavra de Deus, na formação do caráter cristã, isso sim, é importantíssimo para o reino de Deus, praticar: - A Justiça; - A Misericórdia e; - A Fé; E este deva ser o perfil daquele que realmente deseja servir a Deus. Ter uma personalidade diferente daquela apresentada pelo os Dez Razões porque não sou Dizimista 19 fariseus, caracterizada pela hipocrisia deles. A pessoa temente a Deus ela procura não fazer mal ao próximo, e viver uma vida de inteira convicção de fé em Deus, e não vive de posições legalistas e nem de meras aparências religiosas; Jesus deixou claro para os fariseus que a observância da lei não deveria ser apenas superficial, ou em parte, para atender seus próprios caprichos e interesses, porque tal atitude para Deus é hipocrisia, e fica sem efeito para Ele, a hipocrisia e a dissimulação neste caso, pode ser bom e rendoso pra muita gente menos para aquele que é de homem de Deus. (Deut. 27:26. Gal. 3:10). Conclusão Para finalizar este ponto, eu quero que fique esclarecido o seguinte: Primeiro - O dizimo não é uma ordenança neotestamentária dirigida diretamente aos cristãos; Segundo - Jesus nunca ordenou aos seus discípulos que deveriam ser fieis dizimistas; Terceiro - Em Mateus 23:23, Jesus esta se dirigindo especificamente aos Judeus (fariseus) ali representados e não ensinando aos discípulos a serem dizimistas; Quarto - No Sermão da Montanha como chamamos que é uma referência fundamental dos ensinamentos de Jesus, pois nele o Senhor Jesus ensina muitas coisas importantes para o reino de Deus, como: “As bem aventuranças”, a oração do Pai Nosso”que trás uma lição de bom viver para todos nós, e que se estende desde o cap. 5 de Mateus, e continua em outros capítulos subsequentes, onde Jesus praticamente ensinou tudo que era necessário para uma vida cristã feliz, e ele em nenhuma destas passagens mencionou uma vez se quer a palavra dízimo. Ele jamais disse isso: (Bem-aventurado os dizimistas fieis porque deles são a prata e o ouro), Isso Ele nunca disse. E você, o que acha disso? Acha sinceramente que ele deveria ter ensinado tal prática? Ou você acha que Ele simplesmente se esqueceu deste assunto? Ora, isso não tinha nada a ver com a missão dEle. Dez Razões porque não sou Dizimista 20 Por ultimo - Assim como já foi conferido que no Sermão da Montanha, nada foi ensinado a respeito do dizimo, da mesma forma você pode conferir em todo Novo Testamento, no apurado ensinamento apostólico, e você vai entender que eles também não ensinaram tal prática de dizimar; você vai entender que não foi ensinado isso em nenhuma das 13 epístolas do apóstolo Paulo, nem nas 3 epístolas do apostolo João, nem também nas 2 epístolas do apostolo Pedro, e nem tampouco na epístola de Tiago o irmão do Senhor, e nem mesmo nas demais outras epístolas e livros do novo testamento; com certeza você não vai encontrar este ensinamento errôneo do dízimo como ensinamento dirigido diretamente para os cristãos, como prática normativa da igreja, isto é pagar fielmente os dízimos como ensina a liturgia da igreja; nem como mandamento e nem como ordenança para os cristão. Por sinal, Jesus só deixou um único mandamentoque é: O amor (Amar uns aos outros como a si mesmo, assim como Ele nos amou) Jo. 15:12). Paguem fielmente seus dízimos.... Trazei todos os dízimos.... Seja um dizimista fiel... Isto não é mandamento do Senhor Jesus para sua igreja. Crê tu nisso? Amém? Dez Razões porque não sou Dizimista 21 CAPÍTULO II SEGUNDA RAZÃO “O Dízimo não é uma doutrina, é um Mandamento da lei de Moisés”. Como nós já sabemos que o dízimo não é um ensinamento de Jesus, e nem tão pouco uma doutrina dos apóstolos, provavelmente não se faz necessário uma analise aprofundada sobre o assunto aqui neste ponto, visto que já comentamos isso de alguma forma nas questões anteriores, porém, como temos o compromisso de bem esclarecer esta questão do dizimo, embora não seja nosso objetivo esgotar este tema como uma pratica anticristã, deixamos bem claro, no entanto, que é evidente que ela não é nem uma pratica cristã, e nem uma doutrina neotestamentária; Mas como já dissemos que o nosso objetivo é esclarecer tal questão, quero que fique bem claro que, a prática de dizimar é um mandamento formal da lei mosaica. (conf. Lev. 27:30), e não uma doutrina cristã. Dizemos isso não porque temos a lei de Moisés como uma coisa vã, jamais se pode imaginar isso; mais, porque é importante sabemos o porquê Deus falou e para quem Ele falou; levando-se em conta que a lei de Moisés, tanto o decálogo, (ou os Dez mandamentos), assim como todo Pentateuco, não se tratava apenas de uma questão religiosa, mas sim de um sistema político deocratico, que tinha o judaísmo como religião catalogada e oficializada por Moisés, e Israel como uma nação, estes livros de Êxodo a Deuteronômio, eles funcionavam para como uma lei cível, um código de ética moral; pois Israel não era considerada uma igreja no 22 deserto, nem uma instituição puramente religiosa como já dissemos; mais era uma nação em construção, um estado de direitos e deves em formação, e foi justamente para esta nação que a lei ou o Pentateuco foi escrito e dirigido. Porém tanto a vida religiosa quanto a vida cível dos judeus “povo de Israel” estavam catalogadas nos cinco livros de Moisés, chamados “Pentateuco”. No livro de Deuteronômio 14:22, por exemplo, esta escrito em relação a instituição do dízimo: “Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer dos frutos das árvores pertencem ao Senhor... E certamente darás o dízimo de todo produto da tua semente que cada ano se recolher no campo”. Em Levítico 27:32. Também está escrito: “No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor”. Observem queridos leitores, que o dízimo foi catalogado pela lei de Moisés, para pessoas específicas e fins específicos, e como também deveria ser praticado por um povo específico. Como podemos observar nos versículos acima mencionados, a prática do dízimo atribuída aos judeus seguia um padrão predeterminado, como por exemplo, o que deveria ser dizimado, veja: Os cereais, os frutos das árvores, o gado, as ovelhas, as frutas e as hortaliças todos especificados pela lei; mais precisamente tinham algumas coisas que a lei não especificava, as quais são: Os salários dos jornaleiros, a comercialização dos escravos; e o pagamento do dizimo com dinheiro em espécie; salvo, quando o dizimista morasse muito distante da casa ou do local que o Senhor tinha designado para que os dízimos fossem levados. A Casa do Tesouro. (Mal. 3:10). Ai sim, a pessoa deveria seguir um ritual, (Deut. 14:25,26). E muito embora o dízimo fosse destinado aos (levitas) serviçais e sacerdotes do templo, em alguns casos o dízimo poderia ser comido pelo próprio dizimista em situações especiais. (Deut. 14:28,29. Cap. 26:12). Eu, no entanto, pergunto ao leitor, e responda a si mesmo: será que o dízimo proposto hoje pelas igrejas segue o padrão especifico de distribuição? Será que a igreja cristã segue este padrão especifico? Dez Razões porque não sou Dizimista 23 Ou o dízimo é apenas uma desculpas para a exploração da fé dos cristãos? Conclusão Saiba que mesmo antes do dízimo ter sido catalogado na lei e promulgada no monte Sinai, ele foi praticado pelos patriarcas Abraão e Jacó, os quais são os ancestrais do povo de Israel, cerca de (400) quatrocentos antes de Cristo (a.C). (Gen. 14:20; Cap 28:20). Porém, muito embora o dízimo tenha sido uma prática milenar, catalogado na íntegra pela lei de Moisés, mesmo assim, Jesus não deu nenhuma importância a isso, Ele não fez nenhuma questão de mencioná-lo em seus discursos como prática cristã. Jesus não cobrou o dízimo de ninguém, até porque o dízimo era levado na sua época para o Templo dos Judeus e depositado nas mãos dos sacerdotes (os filhos de Levi), e a Bíblia diz que Jesus é da tribo de Judá, e não da tribo de Levi, a tribo que Deus escolheu para que recolhessem os dízimos. Não era a intenção de Jesus, nem mesmo sua missão, reformar o judaísmo, criando uma seita de dissidentes de Judeus, como Jesus não era levita, e nem da linhagem sacerdotal, ele não podia se utilizar de Malaquias 3:10, e nem de falar para os seus discípulos dizendo: “Trazei todos os vossos dízimos a casa do tesouro, se a Casa do Tesouro estava nas mãos de homens corruptos, cambistas e negociadores das coisas de Deus. Se Jesus ou seus discípulos tivessem de fazer isso eles teriam que fazer como judeus que eles eram, levando seu dízimo ao templo judaico, e não para a igreja, ou para o monte das oliveiras, ou para a sua casa em Cafarnaum, o dizimo era sagrado e pertenciam por ele aos levitas, como judeu e com base todo dizimo deveria ser levado ao templo e ali depositarem seus dízimos nas mãos dos sacerdotes (que na época tinha sua própria moeda). Portanto, se a Bíblia não diz que Jesus pagou o dízimo, e nem que Ele ensinou isso aos seus discípulos, e nem deixou sequer nenhum escrito como exemplo, será audácia da nossa parte tomar a iniciativa de fazê-lo, você não acha? Fique entendido, no entanto, que Jesus não era dizimista e nem tampouco cobrador de dízimo. Dez Razões porque não sou Dizimista 24 CAPÍTULO III TERCEIRA RAZÃO “O Dízimo é uma ordenança da lei e Jesus já cumpriu por nós tais ordenanças”. O Senhor Jesus, certa vez disse: “Eu vim para cumprir”. Caro leitor, como meros seres humanos que somos jamais seremos capazes de cumprir toda lei de Deus, a palavra de Deus diz em relação a todos os homens, como está escrito: “NÃO HÁ UM JUSTO, nem um sequer”. (Rom. 3:10). Ninguém, além de Jesus, foi capaz de cumprir a lei de Deus, (Mat. 23:1-4; Mat. 5:17; Atos 15:10). Só Jesus veio para cumprir toda lei. (Gal. 5:1). Enele se cumpriu a lei e os profetas. Assim esta escrito: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele”. (Lucas 16:16). Em Colossenses. 2:14, diz que ele riscou tudo o que havia contra nós em suas ordenanças. Assim está escrito, veja: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”. A bíblia a infalível palavra de Deus é enfática em dizer que ele riscou tudo. Aleluia! No principio da era cristã na propagação do evangelho, uma boa parte dos apóstolos como dissidentes de judeus, queriam que os cristãos primitivos vivessem sobre a sombra da lei, ou seja, que a igreja praticasse um evangelho judaizante, com rituais, festas, e outras práticas peculiares aos judeus, foi então que o Senhor Jesus chamou Saulo de Társio, um homem de caráter integro, zeloso praticante do judaísmo na seita mais severa da sua época, famoso Dez Razões porque não sou Dizimista 25 conservador da lei, membro de um grupo religioso legalista de quem já falamos aqui, conhecido como fariseus, sendo Saulo um homem muito conceituado pelos seus co-religiosos, sábio, conhecedor das Escrituras Sagradas, então o Senhor Jesus o chamou, e o ovacionou como apóstolo, e ele foi vindicado como apóstolo pelos sinais do seu apostolado, e foi justamente ele que ficou reconhecido no meio cristão como: o “apostolo dos gentios”, e assim como Deus usou Moisés para codificar o judaísmo, antiga religião dos hebreus, tornando antigas práticas em rituais religiosos, e costumes em mandamentos e leis para o povo Judeu; assim, também o apóstolo Paulo foi levantado entre os apóstolos cerca de 35 ano (d.C) depois de Cristo, a fim de que ele codificasse as doutrinas que se tornariam colunas fundamentais para igreja do Senhor Jesus até os dias de hoje, isso para fazer uma enorme diferença entre os rituais judaicos e a prática da fé cristã, e justamente neste versículo de Colossenses 2:14, acima citado, ele afirma que estas leis cerimoniais e os rituais judaicos, e tudo aquilo que eram “contra nós (gentios) nas Suas ordenanças” e/ou que de alguma maneira nos eram contrárias”, tais como: sacrifícios de animais, circuncisão, dízimos, guardar o Sábado, páscoa e etc. Paulo diz que Jesus riscou tudo isso, e as cravou na cruz. Elas já não nos diz respeito. Crê tu nisso? Ora, se Jesus Cristo já cumpriu em nosso lugar toda lei, tomou sobre si as nossas culpas e pecados, que a lei nos atribuía, e se ele apagou tudo que havia contra nós em tais ordenanças; por que muitos ainda querem usar destas ameaças de maldição por não ser dizimista, maldição por não guardar o sábado; usando o fermento dos fariseus (o dízimo) para ameaçar os irmãos na igreja com palavras de maldição, por que contaminar a igreja de Deus com tais fermentos ou ordenanças que não nos diz respeito? O Senhor Jesus certa vez disse para os seus discípulos: “Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes”. (Mar.8:15). O apóstolo Paulo, também nos adverte, dizendo: “Um pouco de fermento leveda toda massa”. (Gal. 5:9). Tanto Jesus, como o apóstolo Paulo estavam falando de “doutrina”, falso ensinamento, veja o versículo a seguir: “Então compreenderam Dez Razões porque não sou Dizimista 26 que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus. (Mat. 16:12). Este antigo fermento dos fariseus e de Herodes, chamado: “dízimo” e “poder”, tem contaminado tanto a igreja, quanto a humanidade de modo geral. Os pastores (fariseus) tomam o dízimo até de mendigos, de viúvas e de órfãos; e os Obreiros (Herodes) tomam dízimos sob ameaça de Justos e injustos a fim de construir seus famosos edifícios, e para isso se for preciso, eles usam os mais diferentes meios para este fim. A doutrina do dízimo, hoje, é um fermento tão perigoso que tem despertado o interesse das lideranças religiosas, levando ao enriquecimento ilícito de muitos pastores aventureiros que em nome de Deus, amontoam para si, fortunas e patrimônios, levando muitos deles a se tornarem hiper-empresários; enquanto muitos outros obreiros no mesmo oficio de pastor, na mesma igreja, e no mesmo ministério sofrem inúmeras necessidades; o desejo de arrecadar e de enriquecer leva muitos pastores ao caminho da avareza e do individualismo, buscando apenas seu interesse pessoal ou do seu grupo empresarial (igreja). Será amigo leitor, que Jesus cumpriu todas as ordenanças da lei que nos eram contrárias como está escrito? Como pagar o dízimo, guardar o Sábado, circuncidar etc. Ou será que por ventura, a única ordenança, que nos era contrária, que ele não riscou foi só a do dízimo? Será que a ordenança do dízimo foi à única que ele deixou para nós cristãos cumprir? Ora a lei que ordenou o sacrifício, e os rituais e cerimônias judaicas, é a mesma lei que estabeleceu o (dízimo), e ambas estão sem validade. (conf. Heb. 7:12). E porque muitos que cobram ou pagam dízimos não se circuncidam também, e nem querem guardar o sábado, algo esta era nisto, reflita bem. Conclusão Lembre-se, sempre, amigo leitor, nós não estamos, mas vivendo debaixo da lei de Moisés, como se fôssemos Judeus ou fariseus; mas, sim, debaixo da graça de Deus, do seu favor imerecido, cuja lei é a lei do Espírito de Jesus Cristo. (Tt. 2:1. Jo. 1:17. 1.cor. 9:21.). A Lei de Jesus (ou lei do Espírito) só tem 2 Dez Razões porque não sou Dizimista 27 mandamentos, que se tornam em um só – o amor – a Deus – e ao próximo como a si mesmo.(Jo. 15:12. Mat. 22:24-40). E o Mandamento do Senhor Jesus é suave. (1.Jo. :3). Você não acredita nisso? O plano da redenção de Deus, que Jesus (a graça de Deus manifestada (Tito 2:11) veio realizar, já se cumpriu literalmente nEle, pois Ele riscou toda cédula de culpa que havia contra nós em suas ordenanças, as quais Ele tirou do meio de nós, cravando-as na cruz, conforme está escrito em: Col. 2:14? Repito. Se você acredita, por que então colocar ou aceitar o fermento dos fariseus (o dízimo) no seio da igreja do Senhor Jesus? Irmão em Cristo, não te preocupe com a lei de Moisés, ela não foi destinada a ti, igreja de Deus, mais aos judeus, entenda que na verdade está mota, isso é, sem validade para ti (cristão), sua dispensação durou somente até João Batista (conf. Luc. 16:16). E por fim, a lei foi anulada ou ab-rogada, por tanto não susterá seus efeitos em nós que estamos debaixo da graça Jesus Cristo. (Heb. 7:18. Gal. 4:5; 5:4). Dez Razões porque não sou Dizimista 28 CAPÍTULO IV QUARTA RAZÃO “O Dízimo não é apostólico, não é uma doutrina cristã, e não foi escrito comomandamento para a igreja de Jesus Cristo”. Que isso fique bastante esclarecido, Jesus Cristo não ensinou para os seus discípulos, e nem ordenou que eles ensinassem aos cristãos, que era necessário (ou obrigatório pagarem seus dízimos). E isso, realmente eles não fizeram; entenda isso: nem o próprio Jesus Cristo, e nem seus apóstolos são responsáveis pela expansão de tal “doutrina” do dizimo dentro da igreja como se ver hoje. Então se pode deduzir que esta atitude farisaica, ela e simplesmente uma insinuação humana que Deus tem aturado por bastante tempo em sua imensa misericórdia. Pois o Espírito Santo desde no inicio da igreja os advertiu através do apóstolo Paulo, que nos revela dizendo que no presente século surgiria dentre nós mesmos, ou seja, da própria igreja, homens interesseiros e gananciosos, fazendo da obra de Deus negocio. (isso é profético). veja: “E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. (At. 20:30). No meu entender ele está se referindo a “doutrina da prosperidade”. Porque os que praticam coisas absurdas, são estas pessoas que desejam prosperidade a todo custo e até desafiam Deus para cumprir seus propósitos. Para que coisa mais perversa dentro da igreja que o pastor dizer que se você não prosperar você não é de Deus, o diabo está em você, e se você não dizimar esta debaixo da maldição... Pense se tem alguma coisa sobre isso! E diz ainda a palavra profética para os nossos dias: “SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Dez Razões porque não sou Dizimista 29 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites (desejos) do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”. (2. Tim. 3:1-5). Sim ou Não? E diz, ainda: “E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”. 2. Ped. 2:2,3). Tem alguma coisa a ver? Veja anda: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. (1. Tim. 6:9,10). Leia e releia estes textos e analise bem isso dentro da panorâmica cristã atual. E veja como o Espírito Santo está certo, quando fala pela boca do apóstolo Paulo, dizendo o que iria acontecer e que estamos vivenciando nos dias atuais, Ele nos diz: “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”. E que “haverá homens amantes de si mesmos, avarentos”. “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé”. Estou certo de estamos vivenciando isso e que estamos vivendo nos últimos dias. Reflita sobre isso. O dízimo ele foi instituído nas igrejas evangélicas pela influencia do capitalismo selvagem, há tempos remoto, não é na verdade um legado dos neopentecostais ou dos que defendem a teologia da prosperidade, mais é uma obsessão de todos os lideres religiosos, que tem feito disso sua profissão, seu emprego, sua empresa e seu ganha pão. Dez Razões porque não sou Dizimista 30 Os que praticam tais coisas eles se apóiam em textos bíblicos do antigo Testamento, onde o dízimo está ligado diretamente ao serviço levítico do Templo judaico; que em nada se assemelha a igreja cristã, nem com as suas liturgias e nem com os seus rituais; mas que está contextualizado com a realidade consumista atual. A fim de arrecadar fundos para a manutenção de suas instituições religiosas, (até ai tudo bem) se não fosse os abusos e à ganância de muitos obreiros; mas isso tem se tornado uma vergonha para a igreja que tem se envolvido em terríveis escândalos, onde muitos homens têm abusado deste legado, e tem cometido até crimes financeiros em nome desta “contribuição para manutenção da igreja”; se tornando um absurdo para os padrões bíblicos e uma vergonha para o mundo inteiro. A atitude dos que arrecadam o dízimo no pressuposto de ser uma recomendação bíblica, quando comparados com o antigo conceito da igreja primitiva neste particular, a qual adotava a voluntariedade da contribuição e seus apóstolos distribuíam tudo que arrecadavam com aqueles que tivessem necessidades entre eles; os apóstolos não depositavam elevadas quantias em suas contas secretas nos bancos estrangeiros como fazem a maioria dos obreiros hoje, ou seja, as doações voluntarias como está escrito em Atos 2:42-45. Essas doações eram em forma de contribuições voluntárias não era dízimo cada um depositava aos pés dos apóstolos o que podiam ofertar voluntariamente. Ao contrario do que se faz hoje em muitas igrejas, através do constrangimento e das ameaças, dizendo que vão ser disciplinadas as pessoas que não são dizimista na igreja, a forma como são discriminadas nas reuniões administrativas da igreja, e forma como distribuídos os cargos e funções somente para pessoas que sejam dizimistas e etc. Esses na verdade, não são exemplos dados pela igreja primitiva. Você já pensou nisso? Acho que o texto em si dispensa maiores comentário diante do cenário atual repletos de escândalos, onde muitos líderes de igrejas tem se envolvido em situações vergonhosas; principalmente, por causa de dois fatores preponderantes, que são: a “ganância e o Dez Razões porque não sou Dizimista 31 egoísmo” dos maus obreiros que sugiram de dentro da própria igreja do Senhor. A igreja hoje está repleta deste tipo de obreiro fraudulento de pessoas interesseiras, os quais são autores de escândalos grandes proporções como: malas de dinheiro, dinheiro na cueca; lavagem de dinheiro, contas de pastores em Miami e na Suíça; esse é o perfil de muitos famosos obreiros hoje, homens fraudulentos e de caráter duvidoso. Era sobre os dias atuais que Paulo estava profetizando, pois isso, tudo que ele disse pelo Espírito Santo tem se cumprido piamente em nossos dias, já surgiu em nosso meio este tipos de homens avarentos, gananciosos e impiedosos, e nós já estamos vivenciando tudo isso hoje, a profecia de Paulo já se cumpriu. O que você acha? O mundo está repleto de homens com este perfil, este tipo de caráter presunçoso, ganancioso egoísta, e infelizmente muitos deles tem se introduzido no evangelho trazendo para dento da igreja todas estas vergonhas e estes males; a pregação deles é dinheiro, prosperidade, você não pode adoecer, não pode sofrer, as suas palavras são um laço, sua doutrina é enriquecer; sua teologia a prosperidade;seu deus um barganhador, pois ele só abençoa quem dar mais; è somente isso que eles ensinam aos irmãos: ofertar, contribuir e dizimar para poder prosperar, e isso tudo sobre constrangimento e ameaça, dizendo: Se não pagarem fielmente seus dízimos vocês estão são “malditos e ladrões”. Em tais igrejas quem não paga o dízimo não podem ser obreiros, não podem pregar, e nem gozar de alguns privilégios, como ser presenteado com um certificado de dizimista fiel, e nem recebe as bajulações dos pastores e nem tem certas regalias, de sentar em cadeiras especiais colocadas ao lado do pastor ou na frente dos irmãos na igreja, sem falar do constrangimento que o não dizimista sofre quando o seu nome não consta na lista dos dizimistas do mês, ou da vergonha de seu nome sair na lista dos dizimistas do mês com certa quantia inexpressiva ao lado dos nomes de pessoas com elevada quantia dizimada; Dez Razões porque não sou Dizimista 32 Algumas igrejas atualmente, para estimular o processo de arrecadação dos dízimos na igreja, seus líderes adotaram o Certificado de Dizimista Fiel; que eu considero uma grande bajulação dos pastores para com os crentes ricos, além de ser um ato discriminatório entres os irmãos da igreja; isso, sem falar nas facilidades do processo avançado do mercado de arrecadação do dízimo das mega-igrejas, que conta com o pagamento facilitado através do boleto Bancário, no carnê, e até no cartão de crédito, na transferência da conta bancaria, tudo isso dentro da própria igreja, onde os fieis já podem pagar seus dízimos em um caixa eletrônico instalado dentro da própria igreja, (onde já existe até terminais de caixa eletrônicos e pague-aqui), sendo isso um grande avanço tecnológico do capitalismo exercido pelo mundo dos negócios dentro da igreja“. Confirmando as palavras do apóstolo Paulo que disse: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas”. (2. Ped. 2:3). Ora, se Jesus Deus zeloso, entrasse dentro destes templos hoje o que ele não faria com estes cambistas dentro da igreja!? Veja o que ele fez com os negociadores no templo de Jerusalém na sua época em (Mateus 21:12-17). Com este comércio muitos aventureiros têm se tornados ricos, em nome da exploração da fé cristã, e a fim de realizar esta façanha muitos tem traído um ao outro, derrubado alguém para assumir seu lugar, divido igrejas, fundado inúmeras denominações e assim sucessivamente, muitos tem feito de tudo para tornarem-se ricos em nome do evangelho; isso tem sido uma vergonha para a Igreja, a ganância destes pastores se transformou numa série de escândalos que já se estendeu pelo mundo a fora através da imprensa e da mídia, envergonhando assim o reino de Deus; e como resultado disto muitos tem caído em ruínas tais como: alguns já foram (presos), e outros (emigrados) para outros países e todas estas trágicas conseqüências são decorrentes das atitudes de obreiros que só pensam em enriquecer, e em guardar fortunas em dinheiro muitas vezes (não declarado) em países estrangeiros, como já foi noticiado no mundo inteiro. Isso reflete o cenário do evangelho em solo brasileiro. Você sabe disso. Dez Razões porque não sou Dizimista 33 O acervo patrimonial dos evangélicos, atualmente em nosso país e no mundo é estrondoso, mas principalmente no nosso país; a riqueza e o luxo dos grandes tempos são atrativos muito fortes na conquista de mais adeptos; os templos ficam lotados e com isso seus lideres ficam cada vez muito mais ricos. As fachadas luxuosas dos templos muitas vezes estão em contraste com a pobreza das favelas onde estão situados; o luxo das poltronas e de outros objetos contrasta-se com a pobreza das pessoas faveladas ali sentadas, que são elas às vezes quem financiam tal luxo destas obras faraônicas; e a vida luxuosa de seus líderes e seus descendentes financiadas pelos cofres da igreja, enquanto muitos dos irmãos contribuintes passam muitas necessidades para contribuir, e assim financiar tais regalias, às vezes eles dão tudo que possuem na falsa esperança de mudar de vida e de prosperar, e crendo na ilusão da doutrina da prosperidade. Irmão, não te deixe enfeitiçar pelas belezas, riquezas e luxos do patrimônio das grandes denominações, ou mega-igrejas, não te preocupes com isso, os apóstolos nunca construíram sequer um templo, reuniam-se de casa em casa (Atos 20:20), ou nos montes, ele não deixaram nenhum patrimônio, nem se quer um templo, tudo que chegaram em suas mãos eles aplicaram ajudando os próprios irmãos necessitados (atos 2:42), que eram para eles o maior patrimônio do reino de Deus. Irmão amado não te preocupe com o dizimo, nem com suas maldiçoes, você já foi abençoado com todas as benções em Cristo Jesus nos lugares celestiais. (Efésios 1:3). Portanto, ignore a beleza aparência exteriores dos patrimônios das igrejas, não te ensoberbeça com a imponência dos grandes empreendimentos evangélicos, pois tudo isso é apenas coisas fictícia, elas são bens materiais que ficaram aqui na terra e sem nenhum valor espiritual, e vão virar pó e cinza, lembre-se que o verdadeiro patrimônios do evangelho e do Reino de Deus é você. E lembre-se que ainda há muitos irmãozinhos em nosso meio passando necessidades, e muitos deles estão fora da igreja hoje, porque não podem financiar sua fé, e nem manter a exuberante estrutura dos grandes patrimônios da igreja, e muitos outros estão Dez Razões porque não sou Dizimista 34 frios e fracassados na fé, e a causa disso muitas vezes são as exigências absurdas dos líderes para arrecadar fundos a fim de cumprir seus ideais de como obreiros aventureiros e gananciosos, como lobos devoradores que não poupam o rebanho do Senhor, e que só pensam em enriquecer. Conclusão O dízimo, portanto, não é um exemplo de doutrina apostólica (conforme Atos 2:42-4), ele é um mandamento da lei que foi dada por Deus, através de Moisés aos filhos de Israel no monte Sinai (Núm. 18:21. Heb. 7:5). Que era destinado aos filhos de Levi e não aos líderes da igreja de Cristo como muitos tem erroneamente ensinado em nossos dias. Por isso, se você é verdadeiro cristão neotestamentário, dê um não para o dízimo com suas implicações, (como por exemplo: o Evangelho da salvação deveria ser anunciado gratuitamente pelos que o ouviram, porém, só quem tem acesso a ele hoje são aquelas pessoas que podem financiá-lo), por isso, demos um grande sim, para o evangelho da graça de Deus anunciado gratuitamente tanto pelo próprio Senhor, como por aqueles que o receberam tornando-se seus verdadeiros discípulos. ( Is. 55: 1,2. Mat. 10:8). Amém! Dez Razões porque não sou Dizimista 35 CAPÍTULO V QUINTA RAZÃO “O Dízimo é umaespécie de imposto”. Dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxa ou imposto, normalmente para ajudar organizações religiosas judaicas ou cristãs. Apesar de atualmente estar associado à religião, muitos reis na Antigüidade exigiam o dízimo de seus povos. Hoje, os dízimos são normalmente voluntários e pagos em dinheiro, cheque ou ações, enquanto historicamente eram pagos na forma de bens, como com produtos agrícolas. Alguns países europeus permitem com força de lei que instituições religiosas instituam o dízimo como obrigatório. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre). Antes de tecer qualquer comentário sobre este assunto, verifiquemos o que diz o Dicionário Aurélio da Língua portuguesa, sobre a palavra ”DÍZIMO”, o que ele significa, em três classes de palavras, veja: I – Como substantivo masculino = DÍZIMO: “A Décima Parte”. II – Como substantivo feminino = DÍZIMA: Imposto equivalente a décima parte” III – Como adjetivo = IMPOSTO: “Feito aceitar ou a realizar a força”. E por que isso é uma razão para não ser dizimista? Você pode perguntar. È que no nosso país, tanto as entidades religiosas e Dez Razões porque não sou Dizimista 36 filantrópicas são isentas do imposto de renda, e para isso são obrigadas constarem em seus estatutos que são entidades “sem fins lucrativos”. O que isso significa: sem fins lucrativos? Novamente vamos recorrer ao nosso dicionário Aurélio que diz: LUCRATIVO adjetivo = Que dá lucros ou vantagens. LUCRO substantivo masculino = Ganho, vantagens, benefícios que se obtém de algo, ou com uma atividade. Neste caso, “fins lucrativos” seria no mínimo tirar alguma vantagem desta entidade, para beneficio próprio ou de outros em forma de ganho ou de um outro beneficio; isso sem levar em conta a forma exacerbada que estas instituições levantam estes volumosos rendimentos ou lucros, para pagar altos salários de pastores e lidere e etc. E como se tem uma margem tão alta de lucros de uma entidade de que se constitui como entidade filantrópica ou beneficente “sem fins lucrativos”, quando na verdade ela é uma grande empresa no mundo dos negócios que movimenta bilhões e bilhões em dinheiro anualmente no movimento financeiro do nosso país e em outros países do mundo. Diante desta realidade do que expomos acima, dizer que uma igreja é uma entidade “sem fins lucrativos”, no mínimo é uma mentira desregrada. Isso sem falar que para ser uma entidade religiosa e de caráter beneficente ou filantrópico ela não deve impor a obrigação de seus membros dizimar, ou feito aceitar a imposição ferindo o princípio estatutário de sua própria constituição. Se esta entidade é “sem fins lucrativos” como diz no seu estatuto, como se justifica o fato da cobrança de taxa obrigatória como o dízimo? Sim, deve existir uma forma de contribuição que supra a necessidade da demanda da manutenção pecuniária da instituição, isso não se pode negar não como um imposto obrigatório aos seus membros, mais uma forma de contribuição voluntária como faziam os primeiros cristãos. (Atos 2:42-47) . Conclusão Se você conferir o regimento interno de qualquer denominação evangélica, você irá descobrir que tais instituições são Dez Razões porque não sou Dizimista 37 meras empresas no mundo dos negócios. È um ramo milionário muitas vezes que movimenta bilhões de reais por ano. Ultimamente fundar uma igreja e cobrar o dízimo dos milhares de fiéis e fazer depósitos milionários nos bancos, é realmente um grande negócio; a final de contas sua “igreja” pode ser denominada Igreja evangélica “sem fins lucrativos” ou ela é do tipo “grandes empresas e grandes negócios”? Dez Razões porque não sou Dizimista 38 CAPÍTULO VI SEXTA RAZÃO “O Dízimo era cobrado pelos sacerdotes levitas e não se exerce mais este ministério”. “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão”. (Heb. 7:5). Tudo que Deus faz tem uma finalidade específica, um propósito, por exemplo: Deus criou o homem para habitar e cuidar da terra. (Gên. 1:26; 2:7,8); Deus fez o Sol para iluminar o dia e a lua para luminar a noite (Gên. 1:16). Ora, o Senhor Deus poderia ter feito o contrário, o sol para governar a noite, por exemplo; mais Ele não o fez. Cada coisa em seu lugar e cada uma com o seu propósito, foi assim que Deus criou todas as coisas que existe. Pois então, a Bíblia diz categoricamente que o dízimo ele foi criado na lei de Moisés com um propósito é o que veremos no decorrer deste texto. Qual foi este propósito? Dar o sustento os filhos de Levi, a família escolhida por Deus para cuidar da tenda ou templo era a eles aquém o dízimo se destinava. (Núm. 18:6, 21-26. Heb. 7:5). Veja bem, o dízimo não foi criado com o propósito de manter os apóstolos, e não foi instituído como contribuição para a igreja, ele foi criado com um fim específico para a manutenção dos filhos de Levi, os serviçais, (Nun. 18:20,21). E a família sacerdotal, isso como recompensa pelo serviço braçal do templo, tendo em vista que todas as outras famílias de Israel receberam como herança do Senhor uma Dez Razões porque não sou Dizimista 39 porção de terra para dela tirarem o seu sustento, porém os filhos de Levi não receberam terra, nem herança, e sim, os dízimos e ofertas como herança do Senhor. “E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam o ministério da tenda da congregação”. Nun. 18:21. A Bíblia é enfática em dizer: “Tem ordem segundo a LEI...” Quem tinha esta ordem? Os filhos de leve que tinham como ofício o sacerdócio. Conclusão Está mais que evidente que Deus teve seus propósitos, quando ele criou a terra, quando ele criou o homem, quando Ele criou o sol e a lua cada coisa com sua finalidade; A Bíblia está afirmando que, o senhor Deus, através de Moisés, instituiu o dízimo, na Lei como uma “Herança aos filhos de Levi, e a familiar de Arão”. Como posso tomar um legado de Deus a alguém e insisti-lo que ele me pertence, ele criou para mim. Isso só pode ser usurpação. Por Ex. Certa vez o Senhor Deus disse a Salomão: “E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias”. (I-Reis 3:13). Agora, porque Deus deu Muita Riqueza e Gloria a Salomão em todos os seus dias, Deus está na obrigação de dar para mim o que ele deu para Salomão? Cada coisa que Deus faz, Ele faz com um propósito. Não
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