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aula 3- crise das explicações religiosas

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*
A crise das explicações religiosas
e o triunfo da ciência. 
Prof. Wagner Caetano
*
INTRODUÇÃO: O milagre da ciência.
	Vários aspectos da filosofia da Ilustração prepararam o surgimento das Ciências Sociais no século XIX. O primeiro deles foi a crescente credibilidade alcançada pelo pensamento científico. Os efeitos de novos inventos, como o pára-raios e as vacinas, eram amplamente verificáveis e pareciam coroar de êxitos as atividades cientificas 
*
	“Aos olhos dos homens da época, eram vitoriosas as conquistas do conhecimento humano, no sentido de abrir caminho para o controle sobre as leis da natureza.”
*
	As idéias de progresso, racionalismo e vitória do homem sobre a natureza exerceram todo seu encanto sobre a mentalidade da época. A vida parecia submeter-se aos ditames do homem esclarecido. Preparava-se o caminho para o amplo progresso científico que aflorou no final do século XIX, quando capitalistas financeiros, investindo na atividade científica, fizeram surgir a segunda Revolução Industrial ou a chamada Revolução científica. 
Microscópio desenvolvido pelo britânico Robert Hooke no século XVII.
*
A Grande Sacada!
	Se esse pensamento racional e científico parecia válido para explicar a natureza e controlá-la, ele poderia abarcar também a sociedade, vista como um componente da natureza. A sociedade, igualmente, poderia ser explicada, conhecida e controlada.
*
AS QUESTÕES DE MÉTODO
O filósofo da Ilustração, além de preocupar-se com o conhecimento da natureza e seu controle, queria encontrar um meio racionalmente mais adequado para chegar àquele objetivo. Daí provieram às discussões em torno do método científico. 
Indução e Dedução
*
INDUÇÃO
	Método que concebia o conhecimento como resultado da experimentação contínua e do aprofundamento da manipulação empírica, havia sido pregada por Bacon desde o fim do Renascimento. 
Francis Bacon 1561-1626
“Knowledge is power.“ 
*
DEDUÇÃO
	Em contraposição, Descartes defendia a validade do método dedutivo, ou seja, aquele que possibilitava descobertas através do encadeamento lógico de hipóteses elaboradas a partir da atividade primordial da razão.
“Cogito ergo sum.” 
“I think, therefore I am.”
(1596-1650) 
*
	A ciência se fundava, portanto, como um conjunto de idéias que diziam respeito à natureza dos fatos e aos métodos para compreendê-los. Por isso, as primeiras questões que os sociólogos do século XIX tentarão responder serão relativas à definição dos fatos sociais e ao método de investigação. Tanto a indução de Bacon como a dedução de Descartes serão traduzidas em procedimentos válidos às pesquisas sobre a natureza da sociedade. 
*
O ANTICLERICALISMO 
	Um aspecto de especial importância no pensamento da Ilustração, sobretudo de origem francesa, foi o anticlericalismo. Entre os filósofos e literatos que se insurgiram contra a religião e, em particular contra a Igreja Católica, destaca-se Voltaire, que não se atinha somente à propagação de idéias anticlericais, mas também moveu processos judiciais contra a Igreja católica, a fim de rever antigas condenações da Inquisição. Voltaire chegou a comprovar a injustiça de alguns veredictos eclesiais e a obter indenizações às famílias dos condenados.
*
	Dessa forma, a igreja foi questionada como fonte de poder secular, político e econômico e como instituição que feria os princípios da soberania nacional, na medida em que se imiscuía em questões civis e de Estado. Tal questionamento levou, naturalmente, a uma descrença na doutrina e na infabilidade eclesiástica, assim como ao repúdio à atuação secular do clero.
1694-1788 
*
 Esse processo, denominado por alguns historiadores “laicização da sociedade”, por outros, “descristianização”, atingiu seu apogeu no 
	século XIX. Nesse período desenvolveram-se filosofias materialistas e o próprio estudo da religião em suas origens e funções, como instituição social ou mero setor da cultura humana.
*
A IGREJA COMO OBJETO DE PESQUISA
A existência da Igreja como instituição social foi discutida por alguns pensadores e sociólogos do século XIX. Êmile Durkheim a considerava um meio de integrar os homens em torno de idéias comuns. Karl Marx a julgava responsável por uma falsa imagem dos problemas humanos, ligada à acomodação e submissão pregadas por sua doutrina.
1818 a 1883
*
	Defendida por uns, repudiada por outros, a Igreja perdia, de qualquer maneira, o importante papel de explicar o mundo dos homens; passava, ao contrário, a ser por eles explicada. A religião começou a se encarada como um dos aspectos da cultura humana, como algo criado pelos homens com finalidades práticas relativas à vida terrena, e não apenas à vida futura. Assim, a Igreja e sua doutrina atravessaram um processo de dessacralização, eliminando-se muito de seu aspecto sobrenatural e transcendente. Toda religião – em especial o catolicismo – era agora vista de maneira favorável ou desfavorável conforme sua inserção na vida concreta e material dos homens, como promotora de valores sociais importantes para a contribuição da conduta humana.
*
A nova maneira de encarar a doutrina religiosa auxiliou o desenvolvimento das ciências humanas, em particular das ciências sociais, na medida em que a própria sociedade perdeu a sacralização, isto é, deixou de ser vista como obra de Deus. Para o pensamento cientificista do século XIX, são os homens que criaram os deuses e não o contrário. A vida humana em sociedade deixara de ser mero estágio para a vida após a morte. Passava-se agora a buscar explicações para a existência das crenças religiosas na própria sociedade. 
*
A SACRALIZAÇÃO DA CIÊNCIA
	A sociologia se desenvolveu no século XIX quando a racionalidade das ciências naturais e de seu método havia obtido o reconhecimento necessário para substituir a religião na explicação da origem, do desenvolvimento e da finalidade do mundo.
	 
*
Nesse momento, a ciência, com sua possibilidade de desvendar as leis naturais do mundo físico e social, através de procedimentos adequados e controlados aos quais seus praticantes se sujeitavam, havia capturado a aura da sacralização que antes pertencia às explicações religiosas: a de descobrir e apontar para os homens o caminho em direção à verdade.
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		A ciência não aparecia como uma forma particular de saber, mas como o saber todo-poderoso, capaz de abolir e suplantar as crenças religiosas e até mesmo as discussões éticas. Suponha-se que, através do método, a verdade se descortinaria diante dos cientistas – os novos “magos” da civilização -, quaisquer que fossem suas opiniões pessoais, seus valores sobre o bem e o mal, o certo e o errado.
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	Com a mesma proposta de isenção de valores com que se descobrira a lei da gravitação dos corpos celestes no universo, julgava-se possível descobrir as leis que regulam as relações entre os homens na sociedade, leis naturais que existissem independentemente do credo, da opinião e do julgamento humano. O poder do método científico se assemelhava ao poder das antigas práticas mágicas: bem usado, revelaria ao homem a essência da vida e suas forma de controle.
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QUESTÕES
Explique como surgiu a credibilidade na ciência.
Quais as idéias que encantavam o homem europeu no século XIX?
Comente os métodos: Indutivo e Dedutivo.
Como surgiu e o que significa a “laicização da sociedade” ?
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Indução e Dedução
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1818 a 1883

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