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Primeiro conteúdo de Economia – Comunicação Social
Conceito e objeto:
 A economia tem seu conceito originado na palavra grega oikos, que significa casa, fortuna, riqueza, e nomos que quer dizer administração, lei, e regra, inserida no campo das ciências sociais, pelo seguinte motivo:
 “Economia estuda as relações humanas denominadas econômicas, avaliáveis em moedas e tendo por fim um consumo”, e ou,
 “Economia como ciência da escassez, estuda como as pessoas utilizam os recursos escassos, cuja finalidade é produzir o máximo de bens e serviços com os recursos disponíveis em cada sociedade”.
 Como os problemas ligados a escassez está intimamente presente em todo instante em nossas vidas, e que o papel desempenhado pela economia desde sua origem, interage o comportamento do ser humano, podemos classificá-la no campo das ciências sociais tendo como meta orientar as pessoas no uso dos recursos de maneira tal que os resultados colhidos venham a minimizar os efeitos da escassez. 
 A economia vista no campo da ciência social não pode considerar como fechada em torno de si mesma. Considerações desenvolvidas por outras ciências investigam que os comportamentos humanos devem estar presentes na observação da realidade econômica e nas decorrentes prescrições de medidas corretivas para cursos de ação socialmente indesejáveis.
 O objeto da economia significa demonstrar o que ela estuda; qual seu conteúdo ou teor. A definição de qualquer ciência deve indicar seu objetivo ou o que ela estuda, conforme vimos anteriormente.
 Desta forma, a Economia estuda certos aspectos de nossa atividade; por isso que é uma das disciplinas que estuda o comportamento humano.
 Economia é a atividade humana denominada econômica e dirigida no sentido de escolher, entre várias alternativas, o que fazer com os recursos escassos ou abundantes existentes no mundo. Não é os recursos escassos e abundantes (ou, por outro lado, como se dizia antigamente, a riqueza em si) o objeto da Economia, mas a atividade humana denominada econômica.
 Lembremo-nos, por fim, de que não é o tempo que faz a História, e sim o homem. O mesmo pode dizer da Economia. Não são os recursos disponíveis (tampouco a riqueza em si) que fazem a Economia, mas o homem. 
 Os problemas econômicos têm contornos que não se limitam apenas à realidade investigada pela economia. Eles se estendem pela política, pela sociologia, pelo direito, pela ética e não raramente têm raízes históricas e religiosas. Conseqüentemente, a economia jamais poderá ser uma ciência totalmente pura, isenta de valores humanos.
 Os pontos de vista morais e políticos, sob os quais são encarados os problemas econômicos, encontram-se tão entrelaçados com as questões propostas, que mesmo com os métodos de análise empregados, nem sempre é fácil manter esses elementos distintos um do outro. 
 A sistematização da realidade econômica envolve sistemas de valores e matrizes ideológicas: a justificação ideológica está presente na maior parte dos modelos convencionais da análise econômica.
 As leis econômicas são leis sociais e não relações exatas. É assim que devem ser interpretada se utilizadas para leitura da realidade objetiva.
 Os modelos empregados pelos economistas são simplificações probabilísticas da realidade. Embora estatisticamente significantes, não excluem a exigência da condição ceteris paribus nem as armadilhas decorrentes de sofismas de composições. 
 Com o surgimento destas implicações, ficam reservadas para sua subdivisão, a Economia Descritiva, Teoria Econômica e Economia Aplicada. A Economia Descritiva estuda fatos particularizados, sem lançar mão de análise teórica, como estudos sobre a indústria petroquímica brasileira, a agricultura dos cerrados ou a economia informal. A Teoria Econômica analisa de forma simplificada, o funcionamento de um sistema econômico, utilizando um conjunto de suposições e hipóteses acerca do mundo real, procurando obter as leis que regulam. A Economia Aplicada, também integrante da chamada Economia Positiva, utiliza a estrutura geral de análise fornecida pela Teoria Econômica, para explicar as causas e o sentido das ocorrências relatadas pela Economia Descritiva (Stonier: Hague, 1967, p.1). Como exemplo de Economia Aplicada, há as disciplinas de Economia do Meio Ambiente, Economia do Setor Público, Desenvolvimento Econômico etc.
 A Economia utiliza fundamentalmente de uma análise positiva que diz respeito ao que é, referindo-se à descrição da realidade, ou seja, tomando como exemplo de que “ao constatar que o aumento do déficit público reduz o desemprego e aumenta a inflação”, constitui um argumento positivo, porque resulta da experiência empírica e dos postulados da teoria econômica. Ela também se enquadra em uma análise normativa, quando diz respeito ao que deveria ser, cujos condutores governamentais, com base em valores próprios, ou nos postulados de seu partido político, decidem o que julgam ser melhor para a sociedade, como exemplo a opção por “mais desemprego em troca de menos inflação”, ou “ mais inflação contra menos desemprego” se enquadra neste tipo de economia, pois o argumento de que o governo deve combater o desemprego (ou a inflação), embora implique maior inflação (ou desemprego) envolve um julgamento de valor. Isso se explica porque uma verdade (aspecto positivo) só pode decorrer de uma ou mais verdades e não daquilo que deve ser (aspecto normativo).
Microeconomia - trata do comportamento das firmas e dos indivíduos ou famílias, estuda o processo de formação dos preços e o funcionamento do mercado. Nessa área, é dada ênfase ao estudo do comportamento dos agentes econômicos individuais, consumidores e firmas, e de como esses agentes interagem no mercado
Macroeconomia – trata do comportamento do sistema econômico como um todo. Estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, envolvendo o nível geral de preços, formação da renda nacional, mudanças na taxa de desemprego, taxa de câmbio, etc. Ressalta-se que essas áreas do conhecimento não devem ser tomadas como mutuamente excludentes; ao contrário, cada vez mais a microeconomia tem sido fundamental para o entendimento de importantes questões macroeconômicas.
Os problemas econômicos fundamentais
 Como a economia fundamenta sua existência na escassez de recursos, surgem os chamados problemas econômicos fundamentais: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?
O que e quanto produzir: a sociedade decidirá dentro de um leque de opções, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades deverão ser fabricadas.
Como produzir: trata-se do nível tecnológico que deverá ser escolhido, todavia tendo como meta principal a minimização das despesas e maximização do lucro, procurando métodos mais eficientes;
Para quem produzir: aqui configura o lado social, buscando uma distribuição justa da renda, dependendo não só da oferta, da demanda nos mercados de serviços, dos salários, das rendas das terras, dos juros e dos benefícios do capital, mas também, da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança.
 Ao ser escolhido o bem que mais satisfaz às necessidades humanas, está sendo estudado o comportamento do ser humano. Os bens e serviços e a relação entre eles é a base de um trabalho desenvolvido dentro das relações humanas, criando-se um fluxo de fatores, envolvendo o agente ofertante visto como um fornecedor de serviços, cujo grau de conhecimento lhe capacita a desempenhar um papel de profissional destinado a desenvolver atividades de gerenciamento e avaliação, auditoria, consultoria e assessoria para os agentes demandantes constituídospela coletividade ou indivíduo.
 
Sistemas econômicos 
 Pode ser definido como a forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. Representa um sistema de organização da produção, distribuição e consumo. 
Os elementos básicos de um sistema são:
(.) Estoques de recursos produtivos ou fatores de produção: recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial); os recursos patrimoniais (capital, terra, tecnologia e reservas naturais).
 (.) Complexo de unidade de produção: área que combina os fatores de produção, podendo ser constituída pelas empresas, um escritório com destino a prestação de serviços para um tipo de pessoas, etc.
 (.) Conjuntos de instituições: político; social; econômico e jurídico. 
Os sistemas econômicos podem ser classificados em:
(.) Sistema capitalista ou economia de mercado: regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. Este sistema perdurou até o início do século XX, considerado como concorrência pura, em que não havia a intervenção do Estado na atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo. Aqui demonstra a soberania do consumidor. Pode ser definido como economia de livre mercado, economia de mercado ou sistema de livre iniciativa quando os agentes econômicos agem de forma livre, sem a intervenção dos governos. É, portanto, um mercado idealizado, onde todas as ações econômicas e ações individuais respeitantes a transferência de dinheiro, bens e serviços são "voluntárias" - o cumprimento de contratos voluntários é, contudo, obrigatório. A propriedade privada é protegida pela lei e ninguém pode ser forçado a trabalhar para terceiros.
 O mercado livre é defendido pelos proponentes do liberalismo econômico ou, mais recentemente, do neoliberalismo.
 Neste tipo de sistema, os produtos desaparecem todos os dias do mercado e outros surgem. Um novo produto no mercado é altamente compensador, pois a novidade permite altos preços e grandes lucros. 
 Após algum tempo, porém, com o surgimento de produtos similares concorrentes, seu preço reduz. Isso acontece com o microcomputador, telefone, celular e com a maioria dos produtos domésticos que hoje possuem uso generalizado.
 O sistema de preços é valido tanto para o mercado do produto, como para o mercado de fatores. Um torneiro mecânico, por exemplo, deseja empregar-se com o maior salário possível. Sendo escassa a oferta de torneiros, os produtores estarão dispostos a pagar salários relativamente altos. Com bons salários, novas pessoas entram nessa profissão e os salários tendem a cair. Em dado momento, existirá um preço (ou salário) de equilíbrio no mercado, o que determinará uma quantidade demandada também em equilíbrio. Esse equilíbrio se estabelece por tentativa e erro, ou seja, por aumentos e reduções de quantidades ofertadas e demandadas.
 (.) Sistema socialista ou economia centralizada; as questões econômicas são resolvidas por um órgão central de planejamento predominando a propriedade pública dos fatores de produção
 Para este tipo de sistema há ausência total do setor privado, como foi o caso da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, um órgão central de planificação fixava todos os preços e determinava as quantidades a serem produzidas e comercializadas. Ele estabelecia também a composição da produção, independentemente dos gostos dos consumidores. As escolhas seguiam as orientações do Partido Comunista. Geralmente, as opções eram feitas em detrimento da produção de consumo, privilegiando-se a produção de material bélico, ferrovias, novas indústrias, usinas hidrelétricas, centrais nucleares e veículos espaciais. Nessas economias, o planejador levanta os recursos, estabelece as metas de produção e consumo e escolhe as técnicas e determina os preços dos produtos e insumos. Os prejuízos eventuais das empresas estatais são cobertos pelo Tesouro Nacional. Os lucros existentes em alguns setores destinam-se a reinvestimentos ou para cobrir prejuízos de outras áreas.
Curva de possibilidade de produção
 Expressa um conceito teórico com o qual se ilustra como a escassez de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre diferentes alternativas de produção ou atividades.
 A produção é o fenômeno econômico que cria bens e serviços para a troca ou permuta. Sendo a produção o resultado da ação humana, exige, consequentemente, um sacrifício (ou esforço) e/ou aproveitamento de outros bens econômicos.
 O sacrifício, representado pelo esforço humano (trabalho, mão-de-obra) e/ou utilização de bens (maquinaria, equipamento, matéria-prima etc.), recebe a denominação de custo. Podemos afirmar que toda produção (de bens ou serviços) envolve um custo. Ou então, por outras palavras: não existe produção sem custo.
 Podemos dizer que os custos de produção se classificam em duas categorias gerais:
 Custos primários: custo dos fatores e custo de uso, são voluntários, isto é, dependem de decisões dos agentes de produção (os empresários).
 Custos complementares: custo de obsolescência e custo fortuito, são involuntários, ou seja, independem da vontade dos agentes de produção.
 Há outra categoria de custo que também não depende da resolução dos agentes de produção. Trata-se do chamado “Custo Brasil”. Essa expressão vem sendo usada para designar uma série de distorções nas áreas de infra-estrutura e social do Brasil. Exemplos: distorções no sistema tributário, na legislação trabalhista, nos portos, nos transportes, nas telecomunicações, na saúde, na educação. Essas e outras distorções, em ultima análise, representam um verdadeiro custo de produção, que de um jeito ou de outro acaba influindo no preço final de nossa produção de bens e serviços. Além da boa qualidade, os produtos brasileiros devem ser barateados para que possamos concorrer com os bens econômicos estrangeiros. A concorrência internacional aumentou consideravelmente nestes últimos anos com a globalização econômica.
 O Plano Real conseguiu consolidar a estabilidade monetária, mas continua devendo a realização das prometidas reformas, tais como: administrativa, tributária, fiscal, previdenciária, entre outras.
 Enquanto não saírem as reformas, o custo Brasil continuará influindo no encarecimento da produção nacional.
Custo de oportunidade e análise marginal
 A escassez de recursos leva os produtores de bens e serviços a efetuar escolhas. Em um mundo de recursos limitados, a oportunidade de produzir bens e serviços significa deixar de produzir outro. A escolha envolve ganhos e perdas. Tudo indica que a renúncia ou custo de oportunidade de se produzir uma unidade adicional é crescente. Em outras palavras, custo de oportunidade é o valor de uma alternativa de ganho abandonada, em favor de outra que se retém.
 Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidades, pois são excludentes (escolher uma é recusar outras). A alternativa escolhida, associa-se como “custo de oportunidade” o maior benefício não obtido das possibilidades não escolhidas, isto é, “a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar”. O mais alto valor associado aos benefícios não escolhido, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado de “oportunidade”. 
 O custo de oportunidade não é definido só em termos monetários, mas, ao invés, pode ser definido em termos de qualquer coisa que pode ser valorada pela pessoa ou ente envolvido.
 Não se pode medir o valor daconstrução de uma estrada ou de um parque, um hospital ou uma esquadra de polícia. Ou até mesmo o custo de oportunidade de estar neste momento a escrever esta intervenção, ela será tão elevado quanto à importância da atividade alternativa. Esse custo varia entre diferentes pessoas e momentos.
 O custo econômico corresponde ao custo contábil ou contabilístico acrescido do custo de oportunidade.
 Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação econômica, ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo.
Alguns tipos de custo de oportunidade
 Custo de oportunidade escondido é o verdadeiro e camuflado custo
da operação. A consciência do conceito de custo de oportunidade leva à percepção do custo camuflado em cada decisão econômica.
 Devido a esse fato, hoje em dia, as grandes obras públicas já têm embutido esse tipo de custo, pois, caso contrário, haveria abertura de brecha para incluir outros benefícios inerentes à obra.
 Custo de oportunidade aberto, tal como o escondido, não leva em consideração o conceito de camuflagem ou embutimento de custos sob as diversas máscaras contábeis.
 Custo de oportunidade contábil é o planejamento do custo aberto ou camuflado na forma contábil (âmbito da Contabilidade Gerencial, segmento da Contabilidade de Custos).
 Custo de oportunidade ambiental é o máximo valor que poderia ter sido obtido pelo usufruto de um recurso natural. Como por exemplo, o custo de oportunidade de não desmatar uma reserva de preservação ambiental para a agricultura seria o que se deixa de ganhar com a atividade renunciada.
Fluxo circular de produto ou serviço e renda em uma economia de mercado
 O funcionamento de um sistema econômico simplificado, dois grandes agentes estão envolvidos: de um lado as empresas que também pode ser considerado a área destinada a combinar todos os fatores envolvidos na produção de um bem ou serviço; de outro lado, encontram-se as famílias ou pessoas envolvidas no sistema.
 Desta forma vamos verificar que o sistema somente estará em condição de desenvolver seu ciclo quando as pessoas envolvidas obtiverem junto ao mercado de fatores todos os elementos necessários para colocar sua empresa ou área de serviço em funcionamento. Assim, podemos já entender que a eficiência da empresa produtora ou a área de serviço dependerá de um mercado que possa fornecer todos os elementos que serão combinando entre si na elaboração final do produto. Por outro lado, a empresa ou a área de serviço, para dar prosseguimento ao ciclo econômico, deverá contar com um mercado constituído por pessoas que estarão interessados na aquisição dos bens ou serviços ofertados pelas empresas ou áreas de serviços, surgindo assim novo mercado que é considerado o de bens e serviços. Este prosseguimento forma-se o que chamamos de fluxo real. Todavia, um mercado completo se dá através das transações de bens e serviços em função da moeda. 
 Portanto, como a moeda está presente, ela passa a ser o instrumento principal que move o sistema econômico, passando por todos os mercados, chegando por fim aos idealizadores do sistema como lucro ou prejuízo, surgindo assim, o fluxo monetário. A inter-relação entre o fluxo real e o fluxo monetário gera o fluxo circular de renda, ou seja, as pessoas passam a obter um crescimento no seu patrimônio através da circulação dos dois fluxos.
 Consumidores e produtores/fornecedores encontram-se nos mais variados mercados. Adam Smith, analisando os mercados, descobriu uma propriedade notável: o princípio da mão invisível, pelo qual cada indivíduo, ao atuar na busca apenas de seu bem-estar particular, realiza o que é mais conveniente para o conjunto da sociedade. Assim, em mercados competitivos, não concentrados em poucas empresas dominantes, o sistema de preços permite que se extraia a máxima quantidade de bens e serviços úteis do conjunto de recursos disponíveis na sociedade, conduzindo a economia a uma eficiente alocação dos recursos.
 Segundo essa visão do sistema econômico, o Estado deveria intervir o menos possível no funcionamento dos mercados, porque estes livremente resolveriam da maneira mais eficiente possível os problemas econômicos básicos da sociedade: o quê, como e para quem produzir.
 Contudo, quando o Estado deveria intervir na economia? A justificativa econômica para a intervenção governamental nos mercados se apóia no fato de que no mundo real observam-se desvios em relação ao modelo ideal preconizado por Smith, isto é, existem as chamadas imperfeições de mercado: externalidades, informações imperfeitas e poder de monopólio.
 Entende-se por externalidades ou economias externas quando a produção ou o cosumo de um bem acarreta efeitos positivos ou negativos sobre outros indivíduos ou empresas, que não refletem nos preços de mercado. As externalidades dão a base econômica para a criação de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental, etc.
 Já o exercício do poder de monopólio caracteriza-se quando um produtor ou grupo de produtores aumentam unilateralmente os preços ( ou reduz a quantidade), ou diminui a qualidade ou a variedade de produtos ou serviços, com a finalidade de auarmentar os lucros. 
 Historicamente, o controle de monopólios e oligopólios surgiu nos Estados Unidos, no final do século XIX. Naquele período, empresas de pequeno porte passaram a ser absorvidas por outras maiores, que passaram a limitar a oferta e encarecer os preços dos bens e serviços. Paralelamente, maquagens nos balanços permitiram colocar no mercado ações com preços bem acima do valor real dessas empresas. Devido a esses fatos, em 1890, foi votada a lei Sherman contra os trusts, que proibiu a formação de monopólios, tanto no comércio como na indústria.
 O Brasil, desde os anos 1960, possui legislação em defesa da concorrência. Contudo, esse conjunto de normas, até meados dos anos 1990, tinha sido pouco eficaz, devido aos altos níveis de proteção à indústria nacional e aos elevados índices de inflação.
 Mudanças expressivas ocorreram, todavia, a partir da Constituição Federal de 1988. Nela encontram-se os princípios básicos da atuação do Estado na economia, à sujeição do sistema econômico ao Estado sob a forma de proteção contra o abuso do poder econômico e, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivos e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
 O CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica foi criado em 1962, tendo por finalidade orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico.
 O Cade baseia suas decisões na lei antitruste de 1994, que regulamenta os acordos de união e cooperação entre as empresas. Esta lei também julga os atos de cooperação, quando a junção representa mais de 20% do mercado. Em todas essas funções, o Cade tem por principal objetivo zelar pela conduta concorrencial, impedido práticas que violem a essência competitiva do mercado.
Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas
 As políticas monetárias de crédito, cambial e de comércio exterior são de competência da União. Esse ente federal tem a competência para emitir moeda e para legislar sobre o sistema monetário e de medidas, títulos e garantias de metais, sobre a política de crédito, câmbio, seguros e transferências de valores e sobre o comércio exterior. No entanto cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da Republica, dispor sobre moeda, seus limites de emissão e montante da dívida mobiliária federal.
O Estado promovendo o bem-estar da sociedadeA ação do Estado quer do ponto de vista econômico, quer jurídico, supõe-se que esteja voltada para o bem-estar da população e é o Direito que estabelece as normas que regulam as relações entre indivíduos, grupos, e mesmo entre governos, indivíduos e organizações internacionais.
 Segundo John Locke, um dos expoentes do liberalismo, os indivíduos, por um acordo, teriam colocado parte de seus direitos naturais sob controle de um governo parlamentar, limitado em suas competências e responsável perante um povo. Assim, de maneira voluntária e unânime, os homens decidiram entrar num acordo para criar uma sociedade civil cuja finalidade fosse promover e ampliar os direitos naturais do homem à vida, à liberdade e à propriedade.
 
Economia e Direito
 Os conceitos da teoria econômica estão relacionados ou dependem do quadro de normas jurídicas do país. No mundo real, por um lado, as normas jurídicas molduram o campo de análise da teoria econômica e, por outro, o surgimento de novas questões ecoômicas atuam de modo a modificar esse arcabouço jurídico (Vasconcellos, 2008).
O Direito e a teoria dos mercados:
 
 Ao estudar a teoria dos mercados, dois enfoques são encontrados:
Enfoque econômico – analisa o comportamento dos produtores e consumidores quanto a suas decisões de produzir e de consumir.
Enfoque juridico, que reside nos agentes das relações de consumo – consumidor e fornecedor – sendo que, conforme o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, os direitos do consumidor colocam-se perante os deveres dos fornecedores de bens e serviços.
 Ao estudar o estabelecimento comercial e o papel do empresário, novamente duas visões emergem da análise:
A visão econômica, que ressalta o papel do administrador na organização dos fatores de produção, combinando-os de modo a minimizar seus custos ou maximizar seu lucro.
A visão jurídica, que extraída do Direito Comercial, apresenta várias concepções, que enfatizam o estabelecimento comercial como sujeito de direito distinto do comerciante, com seu patrimônio elevado à categoria de pessoa jurídica, com a capacidade de adquirir e exercer direitos e obrigações.

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