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Resumo - Previdencia Social

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� O nosso objetivo é a sua Aprovação
PREVIDÊNCIA SOCIAL
		Antes da moderna visão de Previdência Social, ou seja, do intervencionismo estatal, o atendimentos aos indivíduos era feito por meio de políticas de assistencialismo e mutualismo.
		O primeiro era fundado na caridade, na benemerência, já que grupos de pessoas cuidavam da proteção e do auxílio aos necessitados. As primeiras normas assistencialistas foram observadas no Código de Manu (Índia) e no Código de Hamurabi (Babilônia).
		O segundo estava ligado a solidariedade de grupos de pessoas, na defesa de interesses comuns. Assim, os indivíduos organizavam-se em associações ou entidades (mutualidades)
		Em 1601 a Inglaterra editou a Poor Relief Act (lei de amparo aos pobres), que instituiu a contribuição obrigatória para fins sociais.
3.1 - Intervencionismo do Estado
		É baseado na solidariedade social. O Estado atua criando e impondo o mecanismo da previdência, que deve atender a toda a população. Essa atuação é financiada com recursos estatais, que são obtidos por meio de impostos ou contribuições sociais.
3.2 - Princípios Constitucionais da Seguridade Social
		A Constituição Federal estabelece que a Seguridade Social é formada por três mecanismo de atendimento à população: a Saúde, que é responsabilidade do Estado; a Previdência Social, custeada por toda a sociedade através de contribuições sociais; e a Assistência Social, que é dirigida a todos os necessitados.
		Para manutenção desse sistema, a Constituição fixa quais são os seus princípios, no artigo 194.
	I - Universalidade da cobertura e do atendimento:
		Universalidade da Cobertura : - 		Significa a extensão a todos os eventos sociais, a todas as situações que geram a satisfação das necessidades básicas da pessoa. É conhecida como universalidade objetiva.
		Universalidade do atendimento:		O sistema deve abranger todas as pessoas. É conhecida como universalidade subjetiva.
	II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais
		A uniformidade das prestações implica na concessão dos mesmos benefícios e serviços a toda a população, não importando se no âmbito rural ou urbano.
		A equivalência das prestações obriga à concessão de benefícios de igual valor, e de serviços da mesma qualidade.
	III - Seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços
	Seletividade: - 	Compreende o atendimento distintivo e prioritário dos mais carentes. Por exemplo art. 66 da Lei 8.213/91- salário família mais elevado para os mais pobres.
	Distributividade: -	É a distribuição de renda, que pode ser observada da seguinte forma:
Redistribuição entre regiões, ou entre gerações - os trabalhadores válidos contribuem para a manutenção dos que ainda não trabalham e dos já trabalharam.
Redistribuição entre as classes sociais - os de maior renda contribuem em favor dos que não dispõem de recursos.
	IV - Irredutibilidade do valor dos benefícios
	As prestações não podem ser reduzidas.
	VI - Eqüidade na forma de participação no custeio
	Os que podem pagam mais, suportando ônus maior. Dessa forma os empregadores contribuem com uma porcentagem sobre o que lucram e faturam; enquanto que os empregados, com alíquotas de 8%, 9% e 10%, progressivamente de acordo com seus vencimentos.
	VI - Diversidade da base de financiamento
	É a diversidade da fonte de financiamento, buscando esta, tanto no orçamento público, como nas contribuições de empregadores e trabalhadores, dentre outras.
	VII - Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
	A Seguridade Social busca a participação de sociedade, já que é constituída para dar atendimento a esta.
		BENEFICIÁRIOS
		Os beneficiários da previdência social podem ser divididos em dois grupos: segurados e dependentes. (art. 10 a 17 da lei 8.213, 8º a 12 e 16 e 17 do dec. 3.048)
Segurados
		É o que exerce atividade remunerada. A lei estende a cobertura, em algumas hipóteses, àqueles que já exerceram atividade remunerada – períodos de graça –, como por exemplo o desempregado, ou que não tem remuneração pela sua atividade ( dona de casa). Assim, considera-se segurado aquele que contribui para o sistema previdenciário.
		Podem ser divididos em: (a) segurados obrigatórios (empregado, empregado doméstico trabalhador avulso) que podem ser obrigatórios individuais (trabalhador autônomo e equiparado e empresário) e obrigatórios comuns (trabalhadores empregados); e (b) segurado facultativo ( desempregado, estudante, dona de casa, síndico de condomínio).
			| Obrigatórios: individuais e comuns
	Segurados 	|
			| Facultativos
		O empregado é inscrito na Previdência Social pela empresa em que trabalha ou no caso do trabalhador avulso pelo sindicato. O empregado doméstico, o contribuinte individual, o facultativo e o segurado especial se inscrevem na Previdência mediante o número de identificação do trabalhador ou pelo número do PIS ou PASEP. O exercício de mais de uma atividade implica em inscrição em cada uma delas.
		A filiação decorre da inscrição. O inscrito passa a ser filiado do sistema e tem direitos e obrigações perante a Previdência Social. 
Manutenção da qualidade de Segurado - período de graça (art. 15 da lei 8.213 e 13 a 15 do Dec. 3.048)�
		É o período de graça, em que o segurado continua tendo direito a benefícios e serviços, mesmo sem estar contribuindo para o sistema.
		Deixando o segurado de exercer atividade abrangida pelo Regime da Previdência Social, ou ficando desempregado, poderá conservar esta qualidade independentemente de contribuições.
		Assim, a pessoa garante a qualidade de segurado sem recolher as contribuições devidas nos seguintes casos:
		a) segurado em gozo de benefício previdenciário - sem limites de prazo;
		b) segurado que deixa de exercer atividade obrigatória - 12 meses;
		c) segurado acometido de doença de segregação compulsória - 12 meses;
		d) segurado libertado do sistema prisional - 12 meses
		e) segurado que deixa o serviço militar - 3 meses;
		f) segurado após a cessação da incapacidade - 12 meses
		Para o segurado que tiver contribuinte mais de 120 meses e deixar de exercer atividade obrigatória, o primeiro período e aumentado para 24 meses. O desempregado tem mais 12 meses de prorrogação. Assim, o período de manutenção da qualidade de segurado pode chegar a 36 meses (ou seja, 24 meses iniciais e mais 12 pelo desemprego involuntário, quando tenha mais de 120 contribuições).
		No período de graça é possível a concessão de benefícios como a pensão por morte, auxílio reclusão, auxílio doença e aposentadoria por invalidez. 
		Após o término do período de graça o segurado se desvinculada da Previdência. Contudo, a aposentadoria ou pensão são garantidas, quando antes da perda da qualidade o segurado tenha conseguido cumprir os requisitos necessários para a concessão do benefício.
		Mesmo após expirados os prazos em que o contribuinte ainda permanece como segurado da Previdência Social - período de graça -, este poderá manter essa qualidade, passando a contribuir como segurado facultativo, para tanto, deverá enquadrar-se, na forma estabelecida na escala de salário base, até o equivalente a seu salário ou a mais próxima da média aritmética simples de seus seis últimos salários de contribuição, atualizados monetariamente
Dependentes (art. 16 da lei 8.213 e 16 e 17 do Dec. 3.048)
		Os dependentes estão relacionados em lista prevista na lei, não existindo a possibilidade de designação de uma pessoa estranha. Os dependentes na Previdência Social podem ser divididos em 3 classes:
Classe 1 - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,menor de 21 ou inválido.
		Não há a necessidade de vida em comum por mais de 5 anos. Considera-se companheira e companheiro as pessoas que mantenham união estável, com o segurado ou segurada. União estável é considerada a que for verificada entre o homem e a mulher como entidade familiar.
		Entende-se por filhos de qualquer condição os menores de 21 anos legítimos naturais, adotivos e os inválidos. O enteado e o menor tutelado se equiparam a filhos desde que dependam do segurado. O emancipado perde a condição de dependente, pois segunda a lei já e considerado plenamente capaz. A invalidez ocorrida posteriormente a perda da qualidade de dependente (p. exemplo o filho que após 21 anos ficar inválido) não restabelece aquela qualidade.
Obs. Existe uma liminar em ação civil pública no Rio Grande do Sul que determina o reconhecimento da qualidade de companheiro (a) aos homossexuais.
Classe 2 - os pais;
Classe 3 - o irmão, não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido.
		Os dependentes de mesma classe irão concorrer em igualdade de condições para efeitos de dependência, ou seja, haverá a divisão dos benefícios em partes iguais.
		Sempre que um dependente perder a sua qualidade, sua parte será rateada entre os demais, até que não existam mais quaisquer dependente daquela classe, quando haverá a extinção do benefício.
		Existe presunção de dependência na primeira classe. Assim, não haverá a necessidade do filho menor provar que é dependente economicamente de seu pai, por exemplo.
		Uma classe de dependentes exclui os da seguinte.
	Perde a qualidade de dependente:
		1 - para cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento ou sentença judicial transitada em julgado;
		2 - para o companheiro ou companheira, pela a cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for assegurado a prestação de alimentos;
		3 - para o filho ou equiparado e o irmão, ao completarem 21 anos de idade, salvo se inválidos;
		4 - para os dependentes em geral:
			a - pela cessação da invalidez;
			b - pelo falecimento.
		SALÁRIO DE BENEFÍCIO E SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
Salário de Contribuição
		É o valor que serve de base de incidência das alíquotas das contribuições previdenciárias. O salário de contribuição está previsto nos incisos I a III do art. 28 da Lei 8.212/91.
Salário de Benefício
		É o valor básico para o cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada inclusive, os regidos por normas especiais, exceto o salário família e o salário maternidade
		O salário de benefício é a média aritmética de um certo grupo de contribuições que serve de índice de cálculo de renda mensal dos beneficiários de prestação continuada.
		Consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários de contribuição relativos aos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento.
		Atualmente, para o cálculo do salário de benefício das aposentadoria por tempo de contribuição e idade, sobre esse salário é aplicado um fator previdenciária.
Renda mensal dos Benefícios
		A renda mensal do benefício de prestação continuada, de acordo com a Lei nº 8213/91, não poderá ter valor inferior a um salário mínimo, nem superior ao teto fixado pela Previdência.
		A renda mensal dos benefícios de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício os seguintes percentuais:
a) auxílio doença: 91% do salário de benefício;
b) aposentadoria por invalidez: 100% do salário de benefício;
c) aposentadoria por idade: 70% do salário de benefício, mais 1% por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 100%;
d) aposentadoria por tempo de serviço: 100% do salário de benefício
e) pensão por morte e auxílio reclusão: igual ao valor da aposentadoria.
Período de Carência (art. 24 a 27 da lei 8.213 e 26 a 30 do Dec. 3.048)
		Considera-se período de carência o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício. O período de carência é observado a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
		“É o lapso de tempo durante o qual os beneficiários não têm direito a determinadas prestações, em razão de ainda não haver sido pago o número mínimo de contribuições exigidas.” (Jefferson Daibert)
		Assim, para a concessão de benefícios há a necessidade de se observar os seguintes períodos de carência:
		a) 12 contribuições mensais, nos casos de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, quando resultante de doenças;
		b) 180 contribuições mensais, para a aposentadoria por idade, tempo de serviço e especial.
		c) 10 meses para o salário maternidade para as seguradas individuais (autônoma e empresária) e segurada facultativa. Em caso de parto antecipado o número de meses é reduzido de forma equivalente aos meses antecipados.
		Independem de carência
		a) pensão por morte, auxílio reclusão, salário maternidade, salário família e auxílio acidente;
		b) auxílio doença, pensão por morte, auxílio acidente e aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa - tendo em vista a imprevisibilidade do evento, já que a exigência de carência, poderia resultar em uma desproteção ao segurado que, por exemplo, se acidentasse no primeiro dia de filiação.
		c) serviço social
		d) reabilitação profissional.
		BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA
1 - Aposentadoria por tempo de contribuição:
		Constitui benefício básico da Previdência Social. É benefício mensal, pecuniário, reajustável periodicamente, concedido a quem atenda às seguintes condições:
a) tempo de contribuição: 35 anos para o homem e 30 para a mulher.
b) carência: 180 contribuições mensais, regra do art. 142 da lei 8.213
		Previsão Constitucional - art. 202, § 7º, assegura 35 anos para o homem e 30 anos para a mulher.
		Constitui-se um prêmio ao trabalho. De longa data estuda-se a sua extinção ou a fixação de um limite mínimo de idade, evitando-se que pessoas ainda em condições de trabalho venham a onerar a Previdência Social.
		Renda - Art. 53
		Aos 35 anos para o homem e 30 anos para a mulher - 100% do salário de benefício.
		Para os professores aos 30 anos e para as professoras aos 25 anos de efetivo exercício em função do magistério, será de 100% do salário benefício 
		A renda deve ser calculada de acordo com o fator previdenciário, cuja formula leva em consideração o tempo de contribuição, a idade do segurado e a expectativa de sobrevida.
		Proporcionalmente
		A Emenda Constitucional nº 20 acabou com a proporcionalidade, que consistia na possibilidade de aposentadoria aos 30 anos de serviços para homens e 25 anos para mulheres, com 70% do salário de benefício e mais 6% a cada ano de serviço trabalhado além desse período até o limite de 100%.
		Entretanto, foi ressalvada a possibilidade de transitoriamente ocorrer a aposentadoria proporcional. O art. 9º da Emenda determina que os filiados antes de 16 de dezembro de 1998, data da emenda, poderão obter a aposentadoria proporcional quando contarem: 
		- com a idade : 53 anos para homens e 48 anos para mulheres;
		- com tempo de serviço igual a 30 anos para homens e 25 anos para mulheres;
		- com um tempo adicional de 40% do tempo que resta para se aposentarem na data da emenda.
		Nem é preciso dizer que a proporcionalidade se tornou algo raro, pois há a necessidade de combinação de todos os requisitos anteriores.
		A renda da aposentadoria proporcional será de 70% do salário de benefício mais 5% a cada ano trabalhado além do prazo exigido. Cabe observar, que o tempo adicional (pedágio) não será computado para efeito de acréscimo.Carência
		Será igual a 180 contribuições ou equivalente a tabela do art. 142 da Lei 8.213, para os segurados filiados antes de julho de 1991.
		O art. 49 se aplica à Aposentadoria por tempo de serviço. Não há a necessidade de afastamento do emprego (art. 54).
		2 - Aposentadoria por idade
		O benefício concedido em razão da idade do segurado, que completa 65 anos se for homem e 60 anos se mulher. No caso de trabalhador rural o requisito da idade será de 60 anos para homem e 55 para mulher. Também se incluem nesta categoria os trabalhadores rurais, em atividades de exploração agro-econômica, os produtores rurais, os garimpeiros e os pescadores
		A aposentadoria será compulsória (obrigatória) aos 70 anos para o homem e aos 65 anos para mulher
		Carência
		A regra é da carência de 180 contribuições, contudo, o benefício pode ser concedido sem carência para o trabalhador rural com prova de atividade igual ao período de carência.
		Renda
		A renda será igual a 70% do salário de benefício, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições, até o limite de 100%.
		O início do benefício será a data do desligamento, se o requerimento for feito dentro do prazo de 90 dias, ou da data do requerimento para todos os segurados ou para os empregados e domésticos que ultrapassarem o prazo de 90 dias.
		A aposentadoria por idade extingue o contrato de trabalho.
		3 - Auxílio- doença.
		A Previdência Social assiste aos segurados quanto ao infortúnio doença ou acidentes de qualquer natureza.
		É ajuda financeira, mensal, concedida pela Previdência Social àqueles que trabalham e se vêm impossibilitados de exercer sua atividade laboral, em função de doença temporária ou por acidente de qualquer natureza ou doença sem relação com o trabalho.
		Requisitos:
a) Carência de 12 contribuições mensais, quando a situação for em decorrência de doenças não relacionadas no artigo 151 da 8.213. Sem carência para as doenças relacionadas naquele artigo e em decorrência de acidentes de qualquer natureza ou causa e para os segurados especiais com prova de atividade rural por 12 meses (art. 39 da lei 8.213);
b) Incapacidade temporária para o trabalho, por prazo superior a 15 dias.
c) durante o período de gozo do benefício o segurado se submeter a exames períodicos e reabilitação, sob pena de suspensão do benefício.
		Os primeiros 15 dias de afastamento do segurado são suportados pela empresa. (Art. 60).
		Renda
		A renda será igual a 91% do salário de benefício. Tendo como início o décimo sexto dia do afastamento ou da data do requerimento (se ultrapassados 30 dias entre o afastamento e o requerimento). A empresa deve pagar o salário do empregado nos 15 primeiros dias.
		A partir do 16º dia de afastamento o contrato de trabalho deverá ficar suspenso, pois o auxílio doença e considerado licença sem vencimentos.
		Para os demais segurados(doméstico, autônomo, avulso, empresário, segurado especial e facultativo) o benefício será devido a partir da data da incapacidade ou, se ultrapassados mais de 30 dias, da data do requerimento.
		Duração
		Não há limite de duração para o benefício, pois este está vinculado ao tratamento ou ao processo de reabilitação.
		Caso se constate que não há recuperação haverá a aposentadoria por invalidez.
		4 - Aposentadoria por invalidez:
		Tem como fundamento a incapacidade total e permanente do segurado para o trabalho. 
a) Carência de 12 contribuições mensais, quando a situação for em decorrência de doenças não relacionadas no artigo 151 da 8.213. Sem carência para as doenças relacionadas naquele artigo e em decorrência de acidentes de qualquer natureza ou causa e para os segurados especiais com prova de atividade rural por 12 meses (art. 39 da lei 8.213);
b) Incapacidade permanente e total para o trabalho e a impossibilidade de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
		Difere do auxílio doença em razão do caráter permanente da doença. Enquanto o segurado estiver em gozo de auxílio - doença, devem ser tentados todos os processos de reabilitação.
		Renda
		O valor do benefício será igual a 100% do salário de benefício. Podendo ocorrer um acréscimo de 25% sobre o salário de benefício, não incorporável na pensão por morte, sempre que o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa.
		O início do benefício é a partir da alta do auxílio doença ou quando este for dispensado a partir o décimo sexto dia de afastamento.
		Cessação do benefício
		O retorno de forma voluntária ao trabalho fazem cessar o pagamento da aposentadoria.
		A recuperação em prazo inferior a 5 anos cessa a aposentadoria para o empregado que tenha direito a retornar à função que exercia. Para os demais segurados a cessação ocorre após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio doença e da aposentadoria por invalidez.
		Caso a recuparação parcial ou total ocorrer após 5 anos o benefício é mantido pelo valor integral por seis meses, com redução de 50% nos seis meses seguintes e com redução de 75% nos últimos seis meses sendo extinto após este último período.
		A doença preexistente não causa aposentadoria por invalidez, salvo na hipótese de agravamento ou progressão.
		5 - Aposentadoria Especial
		É benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos pelo menos, em atividade prejudiciais à saúde ou a integridade física. Trata-se de aposentaria extraordinária permitida pela Constituição Federal.
		Qualquer segurado pode ser beneficiário, desde que comprove o tempo de serviço em condições agressivas em caráter permanente e habitual. Neste caso, contam-se os períodos de férias, licenças médicas e auxílio doença.
		Há a necessidade de laudo técnico para comprovar a condição nociva, que pode ser: física (ex. ruído, calor), químicas (ex. poeira, substâncias químicas) ou biológicas (ex. vírus, bactérias, fungos)
		Carência
		É igual a 180 contribuições ou a tabela do artigo 142 da lei 8.213.
		Renda
		Será igual a 100% do salário de benefício.
		O retorno ao trabalho não é permitido apenas nas situações agressivas. Assim, não esta impedida volta ao trabalho em atividades normais.
		Conversão
		Os períodos de tempo são conversíveis entre si, quando o segurado desempenha uma atividade e em seguida outra com tempo de aposentadoria especial diferente. 
		Não há a possibilidade de conversão do tempo especial para o normal. Contudo, existe medida liminar em ação civil pública que determina essa conversão. Assim, enquanto não for julgada a ação o INSS deverá converter o tempo especial em normal, o que é feito por uma operação matemática - regra de três.
		5 - Pensão por Morte CF, art. 201, I e V.
		É a renda paga a certa pessoa durante toda a sua vida. Confundia com a pensão do D. Civil.
		Lei 8213 (art. 74 a 79) - benefício pago em decorrência do falecimento da segurado aos seus dependentes.
		Valor será 100% do valor aposentadoria que o segurado recebia ou a que teria direito, se estiver aposentado na data de seu falecimento. Não há mais percentual diferenciado para caso de acidente do trabalho.
		Morrendo o casal, os filhos recebem as duas pensões, desde que os falecidos sejam filiados. O viúvo ou a viúva têm direito à pensão do cônjuge, mesmo na hipótese de se casarem novamente. Cabe esclarecer, que existem decisões contrárias, contudo, do exercício de um direito - casamento - não há a possibilidade de existir uma punição - perda do benefício.
		Segurado separado judicialmente ou de fato com companheira:
		 - A companheira passa a ter direito de receber integralmente o benefício se o segurado não pagava pensão alimentícia a ex - esposa.
		 - Se há o pagamento da pensão o valor é dividido com a companheira.
		 - Não tendo companheira fica com a ex esposa.
		 - Ocônjuge divorciado que recebia a pensão alimentícia, concorrerá com os dependentes.
		 - O rateio será de forma igual.
		 - A ex esposa ainda que tenha renunciado a pensão alimentícia, poderá obtê-la se sobrevier a necessidade do benefício.
		 - Morte presumida - somente depois de 6 meses de ausência, será concedida a pensão provisória. Mediante prova de desaparecimento em conseqüência de acidente, desastre ou catástrofe independe de prazo. Verificado o aparecimento cessa o pagamento.
		- A pensão só será devida ao dependente inválido se a invalidez foi comprovada até a data do óbito. São dispensados do exame médico pericial: a) maior de 60 anos; b) o dependente aposentado por invalidez.
		- O pensionista inválido está obrigado a exame, processo de reabilitação profissional e tratamento.
		Os filhos de qualquer condição e os irmãos menores de 25 anos fazem jus, desde que não se emancipem.
		Cessação:
a) pela morte do pensionista;
b) filho ou equiparado ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 25 anos de idade, salvo se inválido;
c) para o pensionista inválido pela cessação da invalidez.
		6- Auxílio Reclusão - art. 80 da Lei 8213
		O benefício é concedido para os dependentes do segurado que se encontra preso e que não recebe remuneração da empresa o auxílio doença, nas mesmas condições da pensão por morte. Além disso, o benefício só concedido aos dependentes do segurado de baixa renda (cerca R$ 429,00)
		Não há período de carência. O benefício deve ser pago a partir da prisão ou da data do requerimento, se realizado após 30 dias. O pedido deve ser instruido com prova do recolhimento à prisão e é mantido mediante apresentação trimestral de atestado que comprova o que o segurado continua preso.
		A renda mensal iniciada será de 100% do valor do salário de benefício. Não poderá ser inferior ao salário mínimo.
		No caso de fuga, o benefício será suspenso e será restabelecido após a captura.
		No caso de morte do detento ou recluso, o auxílio-reclusão será automaticamente transformado em pensão por morte.
		6 - Abono de Permanência em Serviço
		Tendo direito o segurado à aposentadoria por tempo de serviço, poderia optar pelo prosseguimento de sua atividade, tendo direito ao abono de permanência em serviço. Era o chamado “ pé-na-cova”.
		O valor mensal correspondia a 25% da aposentadoria por tempo de serviço para o segurado com 35 anos ou mais de serviço e para segurada 30 anos ou mais.
		Não era cumulativo com a aposentadoria e extinguia-se o abono quando houve a aposentadoria de qualquer espécie ou falecimento do segurado.
		O abono de permanência em serviço foi extinto pela Lei 8.870 de 15/04/94. Hoje, só podem requerer o benefício os segurados que tinham direito adquirido. Assim, aquelas pessoas que já o percebiam continuaria a recebê-lo.
		7 - Abono anual ( art. 40 e § único da Lei 8213)
		É devido o abono anual do segurado e ao dependente que, durante o ano recebeu auxílio - doença, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão.
		Deve ser pago até o dia 15/02 do ano seguinte ao do exercício vencido.
		Segue as regras do 13º salário.
		8 - Pensão Especial para portadores da Síndrome de Talidomida.
		Lei 7070 de 20/12/82, pensão especial , mensal, vitalícia e intransferível aos portadores da deficiência física conhecida como “Síndrome de Talidomida”. O benefício é devido a partir da entrada do pedido de pagamento junto ao INSS.
		A Talidomida é um remédio que a gestante toma durante a gravidez para evitar a dor.
		O valor da pensão é calculado em função dos pontos indicadores da natureza e de grau de dependência resultante da deformidade física, à razão, cada um , de metade do maior salário mínimo vigente no país.
		A percepção dependerá da apresentação de atestado médico comprobatório das condições de incapacidade para o trabalho, para a deambulação, higiene pessoal e para a própria alimentação, passando por junta médica oficial constituída pelo INSS.
		A pensão será mantida e paga pelo INSS, por conta do Tesouro Nacional.
		A lei 8.686/93 acrescentou algumas orientações à Lei 7.070, o valor da pensão em comentário, será revisto mediante a multiplicação do número de pontos resultantes da deformidade, constante no processo de concessão, pelo valor de Cr$ 3.320.000,00. O valor não será inferior a um salário mínimo.
		Os portadores da Síndrome terão prioridade no fornecimento de aparelhos de órtese, prótese e demais instrumentos de auxílio, bem como nas cirurgias e assistência fornecida pelo Ministério da Saúde - SUS.
		9 - Aposentadoria Excepcional do Anistiado
		Terão direito à aposentadoria em regime excepcional, na condição de anistiados ( art. 8 º do ADCT), os servidores públicos da administração direta e indireta, Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal, de fundação, empresa pública ou empresa mista, sob controle estatal, bem como os trabalhadores do setor privado e os ex - dirigentes e ex - representantes sindicais que, em virtude de motivação política foram atingidos por atos de exceção, institucionais ou complementares, ou que tenham sido providos, demitidos ou compelidos ao afastamento de atividade abrangida pela Previdência Social e os que foram impedidos de exercer atividades profissionais em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, no período de 18/09/46 à 5/10/88.
		Esses segurados terão garantidas as promoções na inatividade, ao cargo emprego ou posto a que teriam direito se estivessem em serviço ativo, obedecidos os prazos de permanência em atividade, respeitadas as características peculiaridades das carreiras a que pertenciam.
		Independe de implementação dos pressupostos como tempo de serviço mínimo e carência, não decorrendo o seu valor do salário de benefício.
		Se já houver falecido a pensão é devida aos seus dependentes com base na aposentadoria excepcional.
		O interessado deverá comprovar sua condição junto ao INSS.
		A data do início será 5/10/88 não possuindo efeito retroativo.
		O valor terá por base o último salário percebido pelo segurado no emprego na época que foi destituído, atualizado até 5/10/88, inexistindo limite máximo.
		A aposentadoria por tempo de serviço para o anistiado terá valor integral aos 35 anos para o homem e 30 para a mulher, podendo ser utilizado no cálculo o tempo que terá direito para o cálculo de aposentadoria especial, inclusive convertendo-se o tempo exercido em atividade comum. Se não comprovado o tempo acima, a aposentadoria será proporcional.
		Pensão de morte: anistiado falecido em gozo da aposentadoria excepcional terá seu valor calculado com base nesta aposentadoria.
		Sem estar no gozo do benefício, a pensão revista para que tenha por base a aposentadoria a que teria direito em 05/10/88.
Salário Família
		A Lei 8.213 passou a disciplinar o salário família nos artigos 65 a 70. Hoje o salário família tem um valor fixo, que é atualizado periodicamente.
		Para o mês de agosto/98, o valor é de:
		salário até - 324,45 = 8,25
		acima de - 324,45 = 1,07
		Cessação automática:
		a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao óbito;
		b) quando o filho ou equiparado completar 14 anos, salvo se inválido;
		c) pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido;
		d) pelo desemprego
� Uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ) garante o pagamento de salário-maternidadeàs grávidas que ficarem desempregadas
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi obrigado pela Justiça a conceder o benefício do salário-maternidade a todas as mães que eram contribuintes e ficaram desempregadas. Para receber o salário durante os quatro meses previstos em lei, é preciso ter parado de contribuir com a Previdência há, no máximo, um ano. Na lei, há um artigo que garante esse direito por um ano depois da suspensão da contribuição, mas o INSS não cumpria o dispositivo ao recusar a concessão de salário-maternidade às mulheres que não comprovassem que estavam trabalhando. A Justiça agora determinou que o instituto pague o benefício com base na ação proposta pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. 
O INSS já entrou com recurso contra a decisão da Justiça. Enquanto o recurso não é julgado, no entanto, os postos da previdência devem seguir a determinação e conceder o salário-maternidade às mulheres que se encaixam na lei. Quem tiver dificuldade para receber pode procurar o Ministério Público Federal em sua cidade. (VOCE S/A – 17/06/04)

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