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Aplicação da Lei Penal Militar

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Aplicação da lei penal militar 
e crimes militares
Alexandre Reis de Carvalho
Aplicação da lei penal militar
O Código Penal Militar (CPM) vigente foi instituído pelo Decreto-Lei 1.001, 
de 21 de outubro de 1969, tendo sido recepcionado com força de lei (ordiná-
ria) pela atual Constituição Federal, ressalvadas as naturais incompatibilida-
des com a Carta Política.
O Direito Penal Militar possui diversos princípios e regras semelhantes ao 
Direito Penal comum, valendo-se o operador do Direito Castrense da doutri-
na e jurisprudência desses institutos comuns. Contudo, há inúmeras normas 
gerais e incriminadoras que são diversas ou previstas exclusivamente no Di-
reito Penal Militar.
Portanto, alguns autores1 defendem que o Direito Penal Militar é um ramo 
especial e autônomo do Direito, pois apresenta “um núcleo exclusivo de inte-
resses e bens jurídicos que, por seu relevo para a vida social, carece de tutela 
singular e atrai para sua órbita toda uma trama de relações afins, tendentes 
à realização daqueles bens e interesses”2. Ou seja, possui objeto específico, 
porque se constrói sobre uma categoria de interesses e bens jurídicos que 
lhe é privativa por natureza, a saber: hierarquia e disciplina militar – pilares 
sobre os quais se organizam as Forças Armadas3.
De outra sorte, há autores que classificam o Direito Penal Militar como 
mera “especialização, um complemento do direito penal comum, apresentan-
do um corpo autônomo de princípios, com espírito e diretrizes próprias.” 4
Princípio da legalidade – O artigo 1.º do CPM inaugura a codificação 
penal militar consagrando expressamente o princípio da legalidade, com 
idêntica redação ao estatuído no artigo 5.º, XXXIX, da CRFB/88 e no artigo 1.º 
do Código Penal Brasileiro (CPB).
Igualmente ao CPB, o artigo 2.º CPM contempla os princípios da anterio-
ridade e da retroatividade da lei mais benigna, ressalvando expressamente 
1 LOBÃO, Célio. Direito 
Penal Militar. Brasília: Bra-
sília Jurídica, 1999, pp. 36/7.
2 DA COSTA, Álvaro 
Mayrink. Crime Militar. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Lúmen 
Júris, 2005, pp. 34/7.
3 Art. 142, caput, da 
CRFB/88.
4 ROMEIRO, Jorge Alberto. 
Curso de Direito Penal 
Militar (Parte Geral). São 
Paulo: Saraiva, 1994, pp. 
4/5. 
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
a impossibilidade e a conjugação de normas tão habitualmente defendida e 
aplicada no direito penal comum.
O disposto no art. 3.º do CPM não foi recepcionado pela Constituição Fe-
deral (art. 5.º, XL), uma vez que inadmissível a aplicação de lei penal mais 
gravosa àquele que se encontra cumprindo medida de segurança, invariável 
a natureza deste instituto.
O tempo do crime no CPM rege-se também pela teoria da ação ou da ativi-
dade, considerando o instante da conduta (comissiva ou omissiva) como o mo-
mento em que o agente incorre, por excelência, no juízo de reprovação social5.
Como lugar do crime6, o CPM adotou a teoria da ubiquidade para as con-
dutas comissivas (consumadas ou tentadas); e a teoria da ação ou atividade 
para as condutas omissivas.
Ao contrário do Direito Penal comum, em que a territorialidade é a regra e 
a extraterritorialidade é a exceção, no Direito Penal Militar tanto a territoriali-
dade quanto a extraterritorialidade são regras (art. 7.º do CPM).
Crimes propriamente e impropriamente 
militares. Hipóteses. Conceitos
A expressão “crime militar” é empregada no texto da Constituição Federal 
em 03 (três) passagens, a saber:
A primeira passagem encontra-se no artigo 124 da CRFB, que trata da 
competência da Justiça Militar da União, verbis: 
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Esse dispositivo constitucional estabelece a competência jurisdicional e a 
razão de ser da Justiça Militar da União: processar e julgar os crimes militares 
previstos em lei.
Decorre desse dispositivo constitucional que crime militar é o que a lei 
define como crime, mantendo a tradição da adoção do denominado critério 
legal ou ratione legis para a definição do conceito de crime militar, que tem 
sido adotado desde a Constituição de 1946.
5 SARAIVA, Alexandre 
José de Barros Leal. Co-
mentários à Parte Geral 
do Código Penal Militar. 
Fortaleza: ABC editora, 
2007, pp.20/21.
6 ASSIS, Jorge César. Co-
mentários ao Código 
Penal Militar. Parte Geral 
– Vol. 1. 5. ed. Curitiba: 
Juruá Editora, 2004, pp. 
26/7.
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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A lei comentada no artigo 124 da Constituição Federal é o Código Penal 
Militar (Decreto-Lei 1.001, de 1969). Cabe ressaltar que o CPM não contem-
pla as infrações dos regulamentos disciplinares (art. 19 do CPM).
A segunda hipótese está prevista no artigo 125, §§4.º e 5.º, da CRFB, que 
trata da competência da Justiça Militar dos Estados, verbis:
Art. 125. [...]
§4.º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos 
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, 
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente 
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
§5.º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, 
os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares 
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar 
e julgar os demais crimes militares.
Diferentemente da Justiça Militar da União, a Justiça Militar dos Estados 
tem competência para processar e julgar os crimes militares praticados so-
mente pelos policiais e bombeiros militares de suas corporações.
Portanto, a compreensão do conceito de crime militar é fundamental para 
se determinar em qual justiça determinado fato punível será processado e 
julgado – justiça comum ou justiça militar: estadual ou da União.
A terceira (e última) passagem está contida no artigo 5.º, LXI, da CRFB, 
verbis: “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita 
e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”.
A mencionada norma constitucional utiliza-se da expressão “crime pro-
priamente militar, definidos em lei”. Todavia, ainda não foi editada qualquer lei 
que estabelecesse o conceito de crime propriamente militar.
Interessante notar que o artigo 64, II, do Código Penal Brasileiro estabele-
ceu que, para efeitos de reincidência, não se consideram os crimes militares 
próprios.
Portanto, pode-se verificar que o ordenamento pátrio faz menção a algu-
mas classificações e categorias de crime militar (p. ex.: crime propriamente 
militar e crime militar próprio), sem, contudo, estabelecer um conceito legal. 
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
Tais contornos e definição são encontrados, por ora, somente no campo da 
doutrina e jurisprudência.
Vamos analisar algumas classificações e conceituações de crime militar:
Crime propriamente militar: consoante à doutrina clássica, baseada 
no Direito Romano, é aquele que somente o militar poderia cometer. Ratifi-
cando esse ponto de vista, Esmeraldino Bandeira afirma que “crime propria-
mente militar são os que consistem nas infrações específicas e funcionais da 
profissão de soldado.” No mesmo sentido é o entendimento de Célio Lobão7, 
Álvaro Mayrink da Costa8 e Jorge César de Assis9.
Para outros autores, os crimes propriamente militares, só definidos nas leis 
militares, por violarem deveres exclusivamente militares, turbando a organiza-
ção das Forças Armadas, têm a mesma finalidade delas, que é a segu rança 
do Estado a que pertencem e defendem, fim indiscutivelmente de natureza 
política.
Por esse motivo, assemelham-se, como
no caso da reincidência (art. 64, 
II, do CP comum), aos crimes políticos, que não ofendem os direitos naturais 
do homem, não lesam um interesse geral da humanidade, como fazem os 
crimes comuns, mas o particular de determinado Estado. Daí, igualmente 
aos crimes políticos, não serem passíveis de extradição em direito penal in-
ternacional, por não consi derados crimes ius gentium.
São sinônimos dessa expressão: crime puramente militar, crime militar 
puro, crime militar próprio e crime essencialmente militar.
Como exemplos desses delitos, podemos citar o crime de deserção (art. 
187), abandono de posto (art. 195), motim (art. 149), recusa de obediência 
(art. 163) etc.
Crime impropriamente militar: segundo Jorge Alberto Romeiro10, são 
os crimes comuns em sua natureza, cuja prática é possível a qualquer cida-
dão, mas que, quando praticado por militar ou civil, em certas condições, a 
lei os considera crimes militares.
São sinônimos dessa expressão: crime militar impróprio ou acidental-
mente militar.
7 Op. cit., p. 65-67.
8 Op. cit., p. 11.
9 Op. cit., p. 38-39.
10 Op. cit., p. 68-70.
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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Como exemplos desses delitos, podemos citar o crime de furto, desacato 
a militar de serviço, homicídio, peculato, prevaricação.
Exceção: a insubmissão (art. 183 do CPM) é considerada, por alguns auto-
res, como o único crime propriamente militar que só pode ser cometido por 
civil; enquanto para outros, é crime impropriamente militar, em decorrência 
desse conceito.
Crimes próprios militares: são os crimes militares que, na melhor dou-
trina, somente certos militares podem cometer, ou seja, são crimes próprios 
cuja tipicidade exige uma determinada qualidade ou condição pessoal do 
agente militar como, no direito comum, a de funcionário público, médico, 
mãe (no caso de infanticídio) etc.
Para Jorge Alberto Romeiro11, importante distinção se opera entre o con-
ceito de crime propriamente militar (ou crime militar próprio) e o de crime 
próprio militar, pois o primeiro exige apenas a qualidade de militar do agente; 
enquanto o segundo, além da referida qualidade de militar, exige um plus, 
uma particular posição jurídica do agente, como a de militar de serviço, nos 
crimes de abandono de posto e do lugar de serviço (art. 195 do CPM); co-
mandante, nos crimes de omissão de providências para salvar comandados 
(art. 200 do CPM).
Crime militar em tempo de paz (art. 9.º do CPM)
Já tivemos a oportunidade de identificar que a Constituição Federal 
adotou o critério ratione legis para a fixação do conceito de crime militar, 
delegando, portanto à lei definir os limites e hipóteses em que determinado 
fato delituoso seria considerado crime de natureza militar.
A chave reveladora da configuração do crime militar resulta da conjuga-
ção, ou seja, dupla adequação do disposto no artigo 9.º do Código Penal 
Militar e das condutas descritas na Parte Especial do mesmo Estatuto.
De acordo com o Prof. Mario Porto12, para estabelecer se determinado 
injusto penal revela-se como crime de natureza militar, deve-se em um pri-
11 Op. cit., p. 75-76.
12 PORTO, Mario André 
da Silva. Direito Penal 
Militar. Rio de Janeiro: 
Fundação Trompowski, 
2008, p. 28.
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
meiro momento realizar a adequação da conduta em um dos tipos penais 
previstos na Parte Especial do CPM.
Encontrado na Parte Especial do CPM um tipo penal em que a conduta 
venha a se adequar, será necessária uma segunda adequação, agora no artigo 
9.º do CPM. Conjugando-se ambas as adequações (Parte Especial e artigo 9.º), 
estará configurado o crime de natureza militar.
Art. 9.º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal 
comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei 
penal comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma 
situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à adminis-
tração militar, contra militar da reserva, ou reforma do, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza 
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar 
contra militar da reserva, ou reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, 
ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a 
administração militar, ou a ordem administrativa militar;
f ) revogado (por militar em situação de atividade ou assemelhado que, em bora não 
estando em serviço, use armamento de propriedade militar ou qualquer material 
bélico, sob guarda, fiscalização ou administração militar, para a prática de ato 
ilegal)
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as 
instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, 
como os do inciso II, nos seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa 
militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em si tuação de atividade ou 
assemelhado, ou contra funcionário de Ministé rio militar ou da Justiça Militar, no 
exercício de função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de pronti dão, vigilância, 
observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função 
de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e 
preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente 
requisitado para aquele fim, ou em obe diência a determinação legal superior.
Artigo 9.º, I, do CPM
A primeira parte do inciso I contempla as hipóteses de crimes definidos 
de modo diverso na lei penal comum, ou seja, há crimes previstos no CPM e 
CP, na maioria das vezes com a mesma rubrica, mas que possuem conteúdo 
(elementares) diferente.
Alguns exemplos de crimes previstos no CPM e definidos de modo di-
verso na legislação penal comum são: fazer desaparecer coisas (artigo 259 e 
265), modalidade de conduta inserida apenas na redação do delito de dano 
previsto no CPM; denunciação caluniosa (343), em que há a exigência de que 
o inquérito policial ou o processo judicial sejam de natureza militar e que o 
crime imputado esteja sujeito à jurisdição militar; e falso testemunho (346), 
em que, igualmente, exige-se a natureza militar do inquérito policial, proces-
so administrativo ou judicial.
A segunda parte do inciso I contempla hipóteses de crimes não previstos 
na lei penal comum. Invariável a qualidade do agente, podemos citar como 
exemplos de crimes não previstos na lei penal comum (e previstos unica-
mente no CPM): a deserção (187), insubmissão (183), recusa de obediência 
(160), abandono de posto (195), furto de uso (241), dano culposo (266), trai-
ção (355), motim (149), criação ou simulação de incapacidade física (184) e 
substituição a convocado (185).
Note-se que no inciso I o legislador não fez qualquer distinção quanto 
ao agente, que poderá ser civil ou militar, por isso, no citado inciso estão 
contemplados tanto os crimes propriamente militares (deserção, recusa de 
obediência, dormir em serviço) quantos os impropriamente militares (traição 
própria, dano culposo, furto de uso, denunciação caluniosa, falso testemu-
nho, fazer desaparecer coisa).
A cláusula
final do inciso: “qualquer que seja o agente, salvo disposição es-
pecial”, diz respeito a certos crimes que só podem ter um determinado agente, 
como na deserção (187), exige a condição de militar; na insubmissão (183), a 
condição de civil convocado; na traição própria (355), a condição de nacional.
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
Artigo 9.º, II, do CPM
O inciso II exige a condição de que o sujeito ativo seja militar da ativa e 
que o delito previsto no CPM possua igual definição na lei penal comum; 
exige-se, ainda, as especiais condições pes soais (critério ratione personae), 
de lugar (critério ratione loci), de tempo (ratione temporis), que vêm expres-
sas nas suas letras “a” a “e”.
Na letra “a” do inciso II esse plus é a prática do crime “por militar em si-
tuação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou 
assemelhado”.
Militar, para o efeito de aplicação do CPM em tempo de paz, não é somen-
te a pessoa indicada no seu art. 22, ou seja, a incorporada às Forças Armadas. 
São todos os servidores públicos mi litares, assim definidos na Constituição 
Federal: são servidores mili tares federais os integrantes das Forças Armadas 
(art. 142, §3.º) e servidores militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal 
os integrantes de suas polícias militares e de seus corpos de bombeiros mi-
litares (art. 42).
O conceito de militar em situação de atividade decorre do disposto no 
artigo 6.º do Estatuto dos Militares (Lei 6.880/80): 
Art. 6.º São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço 
na ativa”, “em serviço”, “em atividade” ou “em atividade militar”, conferidas aos militares no 
desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou missão, serviço ou atividade 
militar ou considerada de natureza militar nas organizações militares das Forças Armadas, 
bem como na Presidência da República, na Vice-Presidência da República, no Ministério 
da Defesa e nos demais órgãos quando previsto em lei, ou quando incorporados às Forças 
Armadas.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal Militar, por militar 
em situação de atividade compreende-se o militar da ativa, ainda que de 
licença, de folga, à paisana ou em local não sujeito à administração militar.
Para exemplificar a ocorrência da hipótese de crime militar contido na 
letra “a” do inciso II, indicamos o crime de homicídio (art. 205) perpetrado 
por um Soldado do Exército contra seu irmão, igualmente um Soldado do 
Exército, ambos na ativa e de folga num fim de semana na casa de seus pais, 
motivado por uma discussão acerca da fidelidade da namorada do irmão 
mais velho, ou seja, motivos particulares, alheios ao serviço militar.
Ex vi do artigo 12 do CPM, considera-se, ainda, militar em situação de ati-
vidade para efeitos penais, por equi paração, o militar da reserva ou reforma-
do, empregado na administra ção militar.
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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Por sua vez, “considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos 
Minis térios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a precei-
to de disciplina militar em virtude de lei ou regulamento” (art. 21 do CPM, 
re produzido pelo art. 84 do CPPM). Atualmente, não há mais a figura do as-
semelhado em tempo de paz, a não ser, excepcionalmente, no Ministério da 
Aeronáutica, os que vierem a ser admitidos.
Com relação à letra “b” do inciso II, cumpre-nos esclarecer o que seja mili-
tar da reserva ou reformado, civil e lugar sujeito à administra ção militar.
Militares da reserva remunerada são aqueles que pertencem à reser-
va das Forças Armadas e percebem remuneração da União, porém, sujeitos, 
ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização. 
Reformados são os militares dispensados, definitivamente, da prestação de 
serviço na ativa, mas que continuem a perceber remuneração da União (art. 
13 do CPM e art. 3.º, §1.º, “b”, I e II, do Estatuto dos Militares).
Por civil deve ser entendida a pessoa física civil (e não a jurídica), que não 
se enquadre nas situações descritas.
Lugar sujeito à administração militar é o espaço físico em que, necessa-
riamente, as Forças Armadas realizam suas atividades, como quartéis, aerona-
ves e navios militares ou mercantes em serviço mili tar, fortalezas, estabeleci-
mentos de ensino militar, campos de prova, instrução ou de treinamento etc. 
e também o que, na forma da lei, se encontrar sob administração militar.
Como exemplo, pode-se ilustrar um militar da ativa que furta os objetos 
pessoais acondicionados dentro do veículo de um civil que se encontrava 
estacionado no interior de uma organização militar.
Importante destacar que não se considera, entretanto, lugar sujeito à ad-
ministração mili tar a casa nele situada e o compartimento individualmente 
habitado, como a cedida a oficiais e praças para residên cia, nas chamadas 
vilas militares ou hotéis de trânsito ou cassino de oficiais, suboficiais e sar-
gentos, por força do inciso XI do art. 5.º da Constituição Federal: “A casa é 
asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consen-
timento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.
Em virtude desse mandamento constitucional, a administração não pe-
netra no interior das casas referidas, não interfere na privacidade dos lares, 
conforme tem decidido a jurisprudência do STF (HC 58.883-2-RJ) e do STM 
(Apelação 33.756-PA).
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
Para a configuração do crime previsto na letra “c” do inciso II não basta, 
como no da letra “b”, que o agente militar seja da ativa. Exige-se do agente o 
desempenho de um serviço ou comissão inerente a seu cargo militar ou em 
formatura, ainda que fora de lugar sujeito à administração militar.
Formatura compreende os desfiles militares, os treinamentos para esses 
desfiles etc. Manobra compreende qualquer movimentação da unidade mi-
litar, destinada ao treinamento, a ocupar posições, durante estado de sítio, 
de defesa, perturbação da ordem pública etc. Exercício é atividade destina-
da ao preparo físico do militar, ao treinamento militar da tropa, incluindo a 
utilização de aparelhamento bélico etc.
Por exemplo, um militar, após encerrar o serviço de que estava incumbi-
do apenas durante o dia, agride um civil, du rante a noite, num cinema ou 
restaurante, o crime será comum e não militar. De outro modo, o militar que, 
participando do desfile do Dia da Pátria, vem a subtrair a carteira de pessoa 
da plateia, comete crime de natureza militar.
O crime da letra “d” do inciso II, que é o praticado “por militar durante o 
período de manobra ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado ou 
assemelhado, ou civil”, em face do que já foi esclareci do com relação às outras 
letras, só comporta o comentário de que por período de manobra ou exercí-
cio deve ser entendido como o do tempo real da manobra ou exercício.
Os crimes previstos pela letra “e” do inciso II são os praticados “por militar 
em situação de atividade, ou assemelhados, contra o patrimô nio sob a admi-
nistração militar, ou a ordem administrativa militar”.
Patrimônio sob a administração militar não é somente o comple xo de 
bens pertencentes às Forças Armadas, mas quaisquer bens sob a referida ad-
ministração, como exemplo: veículos e máquinas de pro priedade de pessoas 
físicas ou jurídicas cedidas ou locadas para deter minados fins etc.
Crimes contra o patrimônio sob a administração militar são os previs-
tos no Título V do Livro I da Parte Especial do CPM, com a epígrafe “Dos 
crimes contra o patrimônio”, quando tenham igual definição legal no CP 
comum, como os de furto (art. 240), estelionato (art. 251) etc. Vários são os 
crimes que não a têm, como, v.g., os de desaparecimento, consunção
ou 
extravio (art. 265), dano culposo (art. 266) e outros, pelos quais responde 
o militar em situação de atividade ou assemelhados, com fulcro no inciso I 
do artigo em comentário.
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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Ordem administrativa é a própria administração militar e seu regular 
funcionamento.
Assim, os crimes contra a ordem administrativa militar são os elencados 
nos Títulos VII (Dos crimes contra a administração militar) e VIII (Dos crimes 
contra a administração da Justiça Militar) do Livro I da Parte Especial do CPM, 
quando tenham igual definição legal no CP comum, como os de peculato 
(art. 303), corrupção passiva (art. 308), prevaricação (art. 319), comu nicação 
falsa de crime (art. 344) etc. Pelos crimes que não tenham igual definição 
legal no CP comum, como os de desacato a superior (art. 298), não inclusão 
de nome em lista (art. 323), recusa de função na justiça militar (art. 340) etc., 
responde o militar em situação de atividade ou assemelhado, com fulcro no 
inciso I do artigo em comentário.
Como exemplo, podemos citar a implantação de créditos indevidos na 
folha de pagamento de colegas de caserna promovida pelo militar responsá-
vel por tal tarefa, bem como a apropriação ou desvio de gêneros alimentícios 
do interior da despensa da seção de subsistência da Unidade Militar perpe-
trada por militar da ativa.
A letra “f” foi revogada, por meio da Lei 9.299/96.
Cabe reforçar que, no inciso II e suas letras, o CPM contemplou apenas os 
crimes praticados por militares em situação de atividade ou assemelhados.
Artigo 9.º, III, do CPM
O inciso III trata dos “crimes praticados por militar da reserva ou reforma-
do, ou por civil, contra as instituições militares, consideran do-se como tais 
não só os crimes compreendidos no inciso I como os do inciso II”.
Sobre instituições militares veja-se que abrange tanto as Forças Armadas 
quantos as corporações militares dos Estados.
Já vimos o que seja militar da reserva, militar reformado e civil para os 
efeitos da aplicação do CPM.
Com relação aos civis cabe aqui, entretanto, uma ressalva, base ada na ite-
rativa jurisprudência de nossos tribunais. Não são os civis processados e jul-
gados pela Justiça Militar esta dual pelos crimes militares que praticam contra 
as corporações da po lícia militar e do corpo de bombeiros dos Estados.
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
Nesses casos, são os civis processados e julgados na justiça comum esta-
dual pelos crimes comuns correspondentes aos do CPM, que a rigor teriam 
praticado contra as ditas corporações militares estaduais.
Assim, p. ex., se um civil desacata um policial militar estadual, crime previs-
to pelo artigo 299 do CPM, é processado e julgado, na justiça comum estadual, 
pelo crime de desacato previsto pelo artigo 331 do CP comum. Se o civil é co-
autor de um crime militar de furto, praticado por um bombeiro militar (art. 240 
do CPM), é processado e julgado, na justiça comum estadual, pelo crime de 
furto previsto pelo art. 155 do CP comum. Se é autor ou coautor de um crime 
militar contra as referidas corporações estaduais sem correspondente na lei 
penal comum, não pratica qualquer crime. É que, segundo o assentado pela 
jurisprudência dos nossos tribunais, a Constituição, no §4.º de seu artigo 125, 
não conferiu competência à Justiça Militar para processar e julgar os civis.
Eis, nesse sentido, a ementa de acórdão, unânime, da Seção do STJ, proferi-
do, em 02/08/1990, no Conflito de Competência 1.258-SP: 
Competência — Crime militar praticado por civil — Art. 125, §4.º da Constituição Federal. Os 
crimes militares praticados por civil são da competência da Justiça Comum, face a expressa 
determinação consti tucional (art. 125, §4.º), que não permite a Justiça Militar estadual 
processar e julgar partes estranhas à corporação militar.
Com relação às letras do inciso III, do artigo em exame, pouco há a dizer 
sobre a letra “a”, pois já foi esclarecido, por ocasião do estudo da letra “e” do 
inciso II, o que sejam crimes contra o patrimônio sob a administra ção militar 
e a ordem administrativa militar. A única mudança nesse caso é que o inciso 
III refere-se à qualidade do sujeito ativo, que será o militar da reserva remu-
nerada, o reformado e o civil.
Para a exegese da letra “b”, atendendo ao que já foi dito sobre as letras “a” 
e “b” do inciso II, basta esclarecer que funcionários de Ministério Militar são 
os servidores civis não submetidos a preceito de disciplina militar, em virtu-
de de lei ou regulamento e funcionários da Justiça Militar compreendem, 
na forma do art. 27, “os juízes, os representantes do Minis tério Público, os 
funcionários e auxiliares da justiça militar”.
Acentue-se que, para a configuração desse crime militar (le tra “b” do inciso 
III), os referidos funcionários devem estar no exercício da função inerente a 
seu cargo, além de o crime ser praticado em lugar sujeito à administração 
militar.
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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As letras “c” e “d” do inciso III, em virtude de sua clareza, exigem apenas 
que se comente o que seja “acantonamento” (letra c) e “função de natureza 
militar” (letra d).
Acantonamento é a área de alojamento da tropa em local construído. Difere 
do acampamento, que é o local de estacionamento da tropa, em barracas, no 
campo, e criou a expressão castrense usada para designar o direito penal mili-
tar. Do latim castrensis, derivado de castra + orum = acampamento. Vocábulo 
esse do qual se originaram, ainda, castrametação, arte bélica de escolher o local 
para o acampamento, e castro, castelo fortificado, para defesa militar.
“Função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar” 
(art. 23 da Lei 6.880, de 1980, que “dispõe sobre o Estatuto dos Militares”).
Cabe destacar que o sujeito ativo das condutas previstas no inciso III serão 
sempre o civil e o militar reformado ou da reserva remunerada.
Artigo 9.º, parágrafo único, do CPM
O mencionado parágrafo único foi alterado pela Lei 12.432/2011. Veja-
mos a nova redação:
CPM,
Art. 9.º [...]
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e 
cometidos contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados 
no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei n.º 7.565, de 19 de 
dezembro de 1986 – Código Brasileiro de Aeronáutica.
Crime militar em tempo de guerra. 
Conceitos. Classificações
Por forma idêntica à procedida com relação ao artigo 9.º, estudare mos o 
artigo 10, que trata dos crimes militares em tempo de guerra, e está assim 
redigido:
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Aplicação da lei penal militar e crimes militares
Art. 10. Consideram-se crimes militares em tempo de guerra:
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra;
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz;
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei 
penal comum ou especial, quando pratica dos, qualquer que seja o agente:
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a 
eficiência ou as operações militares, de qualquer outra forma, atentam contra 
a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo;
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste 
Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território 
estrangeiro, militarmente ocupado.
Para os efeitos da aplicação da lei penal militar, o artigo 15 do CPM esta-
belece que: 
Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a 
declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização 
se nele estiver compreendido aquele reconhecimento;
e termina quando ordenada a 
cessação das hostilidades.
O inciso I do dispositivo em exame se refere aos crimes arrolados na Parte 
Especial do CPM, Livro II, sob a epígrafe “Dos crimes milita res em tempo de 
guerra” (arts. 355 a 408).
Os crimes mencionados no inciso II são os elencados no Livro I da mesma 
Parte Especial sob a epígrafe “Dos crimes militares em tempo de paz” (arts. 
136 a 354), aplicados de acordo com o art. 9.º do Código Penal Militar.
O inciso III indica, em suas letras “a” e “b”, as condições em que cri mes pre-
vistos no CPM, embora também o sejam com igual definição na lei penal 
comum ou especial, passam a ser considerados, quando prati cados por qual-
quer agente, crimes militares em tempo de guerra.
Exemplo desse inciso seria um homicídio praticado em tempo de guerra, 
por civil incapaz para o serviço das armas, contra outro civil nas mesmas con-
dições, em território nacional, ou estrangeiro, militar mente ocupado.
Esse homicídio seria crime comum, apesar do tempo de guerra, quando 
não ocorresse nas condições das letras “a” e “b” desse inciso III, nem em pre-
sença do inimigo (arts. 400 e 25, combinados).
Aplicação da lei penal militar e crimes militares
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O inciso IV também indica as condições nas quais os crimes defi nidos na 
lei penal comum ou especial, embora não previstos no CPM, são considera-
dos crimes militares em tempo de guerra. Os crimes de moeda falsa (art. 289 
do CPB), favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de 
vulnerável (art. 218-B do CPB) e assédio sexual (art. 216-A do CPB) praticados em 
território estrangeiro, militarmente ocupado, são exemplos para esse inciso.
Os exemplos com que ilustramos os incisos III e IV desse artigo 10 em 
comentário realçam bem a sua importância.
Transformam-se eles, crimes comuns, em crimes militares quando prati-
cados em tempo de guerra, a fim de possibilitar seu processo e julga mento 
pela Justiça Militar, na forma da Constituição Federal (arts. 124 e 125, §4.º), 
e o aumento correspondente a um terço de suas penas, por aplicação do 
artigo 20 do CPM, que estudaremos logo adiante.
Só os crimes comuns que têm relevância, em tempo de guerra, para o di-
reito penal militar, como os incisos III e IV do artigo 10 os indicam, são trans-
formados em “crimes militares em tempo de guerra”.
Os demais crimes comuns são processados e julgados, sem qual quer ma-
joração de suas penas, pela Justiça penal comum, que não possui jurisdição 
para aplicar o CPM (art. 20), nem é paralisada em tempo de guerra.
Das penas para os crimes praticados 
em tempo de guerra
Como um verdadeiro complemento ao art. 10, que acabamos de estu-
dar, e com a rubrica lateral “crimes praticados em tempo de guer ra”, dispõe 
o artigo 20, verbis: “Aos crimes praticados em tempo de guer ra, salvo dispo-
sição especial, aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o 
aumento de um terço”.
Os crimes a que se refere esse artigo são os mencionados nos in cisos II a IV 
do artigo 10, sendo que a cláusula “salvo disposição especial” diz respeito aos 
crimes aludidos no inciso I do mesmo artigo, ou seja, os previstos pelo Livro II da 
Parte Especial do CPM, sob a epígrafe “Dos crimes militares em tempo de guerra” 
(arts. 355 a 408), sancionados com rigorosas penas, inclusive a de morte.
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Dicas de estudo
Em relação à territorialidade e ao lugar do crime, identificar quais as �
teorias adotadas no Código Penal Militar.
Analisar os artigos 9.º e 10, do Código Penal Militar, acerca das hipóteses �
de configuração do crime militar, em tempo de paz e de guerra.
Observar, no âmbito da Justiça Militar da União, quais as pessoas que �
poderão incidir na prática de crime militar.
Compreender o conceito de crime propriamente militar, militar pró- �
prio, impropriamente militar e seus sinônimos, bem como os respecti-
vos efeitos penais.
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