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Aula 1 a 3 - Linguistica

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Aula 1 – Linguistica 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar a Linguística como o estudo científico da linguagem verbal humana; 
2. reconhecer a diferença entre Linguística, Gramática Tradicional e Gramática Normativa; 
3. conhecer os estudos linguísticos que antecederam Ferdinand de Saussure;
 
Nessa aula você:
Conheceu a Linguística, o estudo científico da linguagem, iniciado após a publicação do livro Curso de Linguística Geral, de Ferdinand de Saussure;
Aprendeu também que, antes dele, havia estudos sobre as línguas, alguns, inclusive, já considerados estudos linguísticos;
Aprendeu também que, enquanto a Gramática Nornativa apresenta um olhar sobre a língua que visa estabelecer noções de certo e errado, a Linguística descreve os usos da língua sem estabelecer juízos de valor.
 Aula 2 – Linguistica
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar a contribuição de Ferdinand de Saussure no estabelecimento da Linguística no século XX; 
2. definir língua e fala de acordo com a ótica saussuriana; 
3. compreender a relação de interdependência entre língua e fala.
Por apresentar esse aspecto social mencionado, a língua só existe na massa. Esse aspecto social, ao lado da homogeneidade, é o responsável pela manutenção do sistema da língua.
Você saberia dizer qual a relação entre...
LÍNGUA e a MASSA FALANTE?
Saussure compara a língua a um DICIONÁRIO, cujos exemplares tivessem sido distribuídos entre todos os membros de uma sociedade. Esse dicionário, que é a língua, existe no cérebro dos indivíduos como a soma de sinais todos idênticos. Ele é imposto como um código ao qual se deve obrigatoriamente seguir.
Isso significa que a língua é uma instituição social: compartilhamos um sistema linguístico, mas não podemos utilizá-lo da forma como quisermos. Discutiremos melhor essa questão  em nossa próxima aula, quando trataremos do signo linguístico.
A língua é uma instituição social: compartilhamos um sistema linguístico, mas não podemos utilizá-lo da forma como quisermos. 
Leia o trecho do livro Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias, de Ruth Rocha (p.14-15).
“Logo de manhã, Marcelo começou a falar sua nova língua:
- Mamãe, quer me passar o mexedor ?
- Mexedor? O que é isso?
- Mexedorzinho, de mexer café.
- Ah, colherinha , você quer dizer.
- Papai , me dá o suco de vaca ?
- Que é isso, menino?
- Suco de vaca, ora! Que está no suco de vaqueira.
- Isso é leite, Marcelo; quem é que entende esse menino ?
O pai de Marcelo resolveu conversar com ele:
- Marcelo , todas as coisas têm um nome. E todo o mundo  tem que chamar pelo mesmo nome, porque senão ninguém se  entende...
- Não acho, papai. Por que é que eu não posso inventar o  nome das coisas?
-(Marcelo) BIRIQUITOTE XEFRA !
- Deixe de dizer bobagens, menino! Que coisa feia.
- Está vendo como você entendeu , papai ? Como é que você sabe que eu disse um nome feio?
E o pai de Marcelo suspirou:
- Vá brincar, filho, tenho muito o que fazer.”
(ROCHA, Ruth. Marcelo, martelo, marmelo e outras histórias. 2ª ed. São Paulo: Salamandra, 1999).
“A fala é, ao contrário, um ato individual de vontade e de inteligência [...]” (CLG, 22).  Por ser “individual”, Saussure considera que ela é heterogênea. Possui caráter privado: pertence ao indivíduo que a utiliza. Pessoas que falam a mesma língua conseguem se comunicar porque, apesar das diferentes falas, há o uso da mesma língua.  A heterogeneidade característica da fala não se presta a um estudo sistemático.
A heterogeneidade característica da fala não significa que as pessoas falem de forma tão diferente a ponto de não conseguirem se comunicar e sim que temos liberdade de escolha entre as estruturas da língua. É como se a língua equivalesse a roupas guardadas em gavetas e pudéssemos abri-la e escolher a que quiséssemos usar.
Nomes: Carlas, Joana;
Verbos: Querer, Ler, Ver;
Determinantes: Esse, Aquele, o;
Substantivos: Carro, Lápis, Papel;
Saussure separa os fatos da língua dos fatos da fala: os fatos da língua dizem respeito à estrutura do sistema linguístico e os fatos da fala dizem respeito ao uso desse sistema. 
Apesar de língua e fala serem estudadas separadamente, elas são interdependentes: “A língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza todos os seus efeitos; mas esta é necessária para que a língua se estabeleça [...]”. (CLG, p. 27)
Você sabe como se comunicar pela língua de sinais? Gostaria de tentar?
Escreva no campo correspondente o que você pensa ser o significado de cada gesto e em seguida clique na seta para ver a resposta. Uma dica: todos os sinais correspondem a consoantes.
É a fala que faz evoluir a língua. Um sistema linguístico que não é mais falado e que não sofre modificações não evolui. Também não conseguimos nos comunicar sem um sistema linguístico: se porventura ele não existe, podemos criá-lo para atender a uma determinada necessidade, como é o caso da Libras.  
Língua e fala são interdependentes: a língua é instrumento da fala (sem a língua o indivíduo não pode se comunicar) e é produto da fala (é através das mudanças ocorridas na fala dos indivíduos que a língua se comunica).  A fala é necessária para que a língua se estabeleça.
Voltando à consideração de Saussure sobre a língua como sistema...
“A língua é uma Forma e não uma Substância”. (CLG, p. 141) 
O sistema é superior ao indivíduo (supraindividual) e todo elemento linguístico deve ser estudado a partir de suas relações com outros elementos do sistema e de acordo com sua função.
Por que a língua é a forma? “Forma” para Saussure significa “essência”(= sistema e estrutura). A forma é constituída pela teia de relações entre os elementos da língua, enquanto que a substância é constituída pelos elementos dessa teia.
Observe um exemplo retirado da linguagem coloquial:
a) “As menina é bonita”. Podemos produzir uma sentença como essa, pois ela apresenta alterações na substância, mas não na forma, já que é fundamental para o funcionamento do sistema linguístico.
b) Bonita é menina as. Essa sentença não deveria ser produzida porque apresenta problemas na forma, que é a essência do funcionamento do sistema linguístico.
Em 1979, o linguista romeno Eugênio Coseriu acrescentou o conceito de norma e reformulou a relação estabelecida por Saussure entre língua e fala. Entretanto, antes de ver esse comentário conheça um pouco sobre a vida desse linguista.
Eugênio Coseriu nasceu em 27 de julho de 1921 em Mihăileni, Rîşcani , uma pequena cidade romena que hoje é localizada na República da Moldávia . Ele frequentou a escola secundária em Bălţi , na qual Vadim Pirogan e Sergiu Grossu foram seus colegas. Após seus estudos na Universidade de Lasi, continuou a estudar em Roma .Eugenio Coseriu atuou na Universidade da República, no Uruguai , como professor Geral e Linguística Indo-europeia e depois na Universidade de Tübingen , Alemanha. Faleceu em - 07 de setembro de 2002, em Tübingen.
Eugenio Coseriu e a crítica à dicotomia língua/fala
Em 1979, o linguista romeno Eugênio Coseriu acrescenta o conceito de norma e reformula a relação estabelecida por Saussure entre língua e fala. Segundo ele, as variantes linguísticas fazem parte do sistema da língua e, por isso, ele substitui ‘língua’ por ‘sistema’. Entre o sistema, abstrato, e a fala, uso concreto, haveria a norma, um nível intermediário, um conjunto de realizações consagradas pelo uso. Coseriu¹ (apud Carvalho, 2001) disse: “[...] a norma é o como se diz e não o como se deve dizer. Castelar de Carvalho também afirma que “A norma seria assim um primeiro grau de abstração da fala.Considerando-se a língua (o sistema) um conjunto de possibilidades abstratas, a norma seria então um conjunto de realizações concretas e de caráter coletivo da língua.” (CARVALHO, 2001, p. 49-64).
Nessa aula você:
Estudou uma das dicotomias de Saussure, língua e fala;
Identificou a diferença entrelinguagem, língua e fala;
Aprendeu que, para Saussure, a língua é o verdadeiro objeto de estudo da Linguística;
Reconheceu as características da língua e da fala.
 Aula 3 – Linguistica
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar as partes que compõem o signo linguístico; 
2. reconhecer as características do signo linguístico: linearidade e arbitrariedade; 
3. discutir a mutabilidade e a imutabilidade do signo linguístico; 
4. distinguir arbitrário absoluto e arbitrário relativo.
Muito bem! Continuando nossos estudos das ideias de Saussure, temos a teoria do signo linguístico. Na aula passada, vimos que Saussure afirma que a língua é “[...] um sistema de signos que exprimem ideias [...]”. Clique nas imagens e Saiba Mais.
Esses signos a que ele se refere são os signos linguísticos. Como Saussure define esses  ‘signos linguísticos’? 
Signo linguístico para Saussure é a combinação de um conceito – o significado – a uma marca psíquica do som – o significante.
Saussure considerava que o signo linguístico é uma entidade psíquica de duas faces, representada no CLG (p. 80) conforme a proposta a seguir:
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO
ARBITRARIEDADE. Saussure estabelece que uma das características do signo linguístico é o fato de ele ser arbitrário. Essa característica nos explica por que Saussure escolheu ‘signo’ e não ‘símbolo’.
“O símbolo tem como característica não ser jamais completamente arbitrário; ele não está vazio, existe um rudimento de vínculo natural entre o significante e o significado. O símbolo da justiça, a balança, não poderia ser substituído por um objeto qualquer, um carro, por exemplo.” (CLG, p. 82)
O que Saussure quis dizer quando falou que o signo linguístico é arbitrário?
“A palavra arbitrário requer também uma observação. Não deve dar a ideia de que o significado dependa da livre escolha do que fala [...] queremos dizer que o significante é imotivado, isto é, arbitrário em relação ao significado, com o qual não tem nenhum laço natural na realidade.” (CLG, p. 83)
Veja este desenho
 
PRINCÍPIO DA ARBIETRARIEDADE
O princípio da arbitrariedade parte da ideia de que não há uma razão natural para se unir determinado conceito a determinada sequência fônica, por isso, qualquer sequência fônica poderia se associar a qualquer conceito e vice-versa, desde que fosse consagrado pela comunidade linguística.
Para que possamos observar a arbitrariedade do signo em nosso dia a dia, vamos ler um trecho do livro Marcelo, marmelo e martelo e outras histórias, de Ruth Rocha.
“Uma vez Marcelo cismou com o nome das coisas:
- Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?
- Ora, Marcelo, foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
- E por que é que não escolheram martelo?
- Ah  meu filho, martelo não é nome de gente, é nome da ferramenta...
- E por que é que não escolheram marmelo?
- Porque marmelo é nome de fruta, menino!
- E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo?
[...]
Mas Marcelo continuava não entendendo a história dos nomes. E resolveu continuar a falar a sua moda.
[...]
Quando vinham visitas, era um caso sério. Marcelo só cumprimentava dizendo:
- Bom solário, bom lunário... – que era como ele chamava o dia e a noite. E os pais de Marcelo morriam de vergonha das visitas.  Até que um dia...
O cachorro de Marcelo, o Godofredo, tinha uma linda casinha de madeira, que seu  João tinha feito para ele. E Marcelo só chamava a casinha de moradeira, e o cachorro de Latildo.
E aconteceu que a casa do Godofredo pegou fogo. 
Alguém jogou uma ponta de cigarro pela grade, e foi aquele desastre!
Marcelo entrou em casa, correndo:
- Papai , papai, embrasou a moradeira do Latildo!
- O que, menino? Não estou entendendo nada!
- A moradeira, papai, embrasou...
- Eu não sei o que é isso, Marcelo. Fala direito!
- Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada!
Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendia nada...
Quando seu João chegou a entender do que Marcelo estava falando, já era tarde.
A casinha estava toda queimada. Era um montão de brasas.
O Godofredo gania baixinho...
E o Marcelo, desapontadíssimo, disse para o pai:
- Gente grande não entende nada de nada, mesmo! (p. 8-23)
(ROCHA, Ruth. Marcelo, martelo, marmelo e outras histórias. 2. ed. São Paulo: Salamandra, 1999.)
O ARBITRÁRIO ABSOLUTO E O ARBITRÁRIO RELATIVO
Mesmo considerando que o signo linguístico é arbitrário, Saussure considerou a existência do arbitrário absoluto e do arbitrário relativo: “[...] o signo pode ser relativamente motivado,” (CLG, p. 152).
Saussure afirma que o signo linguístico é arbitrário, mas será que todos concordam?
Não. Aqueles que discordam do fato de o signo ser arbitrário apoiam-se na existência de duas estruturas na língua, imitativas de sons: as onomatopeias e as exclamações.
Onomatopeias.  As onomatopeias são a reprodução de um som com um fonema ou uma palavra, ou seja, são elementos da língua formados a partir de sons evocados. Será que elas não mostrariam um vínculo entre significante e significado? Não seriam elas exemplos de palavras motivadas?
Para Saussure, é preciso observar que as onomatopeias variam de língua para língua. Isso acontece porque elas não são imitações fiéis de ruídos e sons naturais: quando aparecem em uma língua, sofrem evolução fônica.
Ainda que Saussure reconheça que há onomatopeias autênticas, como tique-taque, ele as considera “[...] pouco numerosas, mas sua escolha é já, em certa medida, arbitrária, pois que não passam de imitação aproximativa e já meio convencional de certos ruídos [...]” (CLG, p. 83).
b.Exclamações. Chamadas de interjeições, também foram rejeitadas por Saussure. Segundo ele, embora se tente enxergar nelas expressões espontâneas, temos diferenças de uma língua para outras
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO: LINEARIDADE.
Outra característica dos signos linguísticos é a linearidade dos significantes.  Segundo Saussure, o significante possui uma natureza auditiva e representa uma extensão que somente pode ser medida em uma linha.  Devemos reforçar que a linearidade é dos significantes já que o significado é a representação mental ou conceito, a parte abstrata da palavra.
Não podemos emitir dois fonemas simultaneamente: a linearidade é uma característica das línguas naturais, pois os signos apresentam-se uns após os outros numa sucessão temporal ou espacial.  Não podemos superpor os sons: só se pode produzir um som após o outro; uma palavra depois da outra; uma frase depois da outra.
Se o signo linguístico pertence a toda a comunidade, como as línguas mudam?
O indivíduo tem sua criatividade ‘freada’ pelo fato do signo linguístico ser imposto: ao usar a língua, o indivíduo quer comunicar suas ideias e, por isso, precisa utilizar o sistema da língua da mesma forma que os indivíduos que o cercam.
O caráter essencial do signo reside justamente nessa imposição e nessa arbitrariedade: para que haja mudanças no sistema é preciso que toda a coletividade concorde. Desse modo, tem-se que é preciso a união dos fatores tempo / língua/ massa falante para que uma mudança seja efetuada no sistema.
MUTABILIDADE
Saussure afirmou que o tempo tanto assegura a continuidade da língua quanto atua na alteração dos signos linguísticos.  Por mais que isso pareça contraditório, há uma verdade por trás dessa afirmação: “[...] a língua se transforma sem que os indivíduos possam transformá-la.” (p. 89)
“O tempo, que assegura a continuidade da língua, tem um outro efeito, em aparência contraditório com o primeiro: o de alterar mais ou menos rapidamente os signos linguísticos  e, em certo sentido, pode-se falar, ao mesmo tempo de mutabilidade e de imutabilidade do signo.” (CLG, p. 89)
O que Saussure quis dizer com essas palavras? Avance e veja.
Sendo a língua um sistema, cujos signos são estabelecidos por convenção social, o vínculo associativo que une as duas faces do signo não é motivado, ou seja, não há um critério para se associar um significado a um significante na língua, por isso, osigno linguístico é arbitrário. Nesse sentido, arbitrariedade não significa liberdade para que o falante possa alterar o signo, pois este é convencional. E, exatamente por ser imutável, o signo é arbitrário; ele só se estabelece na língua quando consagrado por uma comunidade linguística. Assim, Saussure afirma que “Justamente porque é arbitrário, não conhece outra lei senão a da tradição, e é por basear-se na tradição que pode ser arbitrário”.
Nessa aula você:
Conheceu a teoria do signo linguístico proposta por Saussure;
Aprendeu que o signo linguístico é a união de um significante a um significado e que essa relação ocorre nas línguas de forma imposta;
Distinguiu as características do signo linguístico: arbitrariedade e linearidade;
Compreendeu que há dois níveis nessa arbitrariedade: o arbitrário absoluto e o arbitrário relativo.

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