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resumo civil

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Contrato: É um acordo de vontades, bilateral, sendo que o contrato unilateral possui duas partes, mas apenas uma delas possui obrigações. Seu objetivo é regulamentar os interesses das partes por meio de um contrato solene quando a lei assim exigir ou consensual com uma forma livre delimitada entre os contratantes. Deverão estar presentes como cláusula geral os princípios: da Função Social do contrato em que prevalece o interesse da coletividade e do bem comum, em detrimento do interesse individual; a boa-fé objetiva e probidade, tratando de clareza e boa intenção no acordo de vontades. Reputar-se-á o contrato no local que foi proposto, ex: se foi proposto na China e aceito no Brasil, o foro competente é a China (art. 435).
Para trazer a validade ao contrato é necessária a permanência de alguns requisitos: Art. 104/CC: I- Subjetivos: Agente capaz; Objetivos: II- Objeto lícito possível, determinado ou determinável; Formais: III- Forma prescrita ou não defesa em lei.
 O princípio da autonomia da vontade presente no contrato reforça a liberdade contratual (Pacta sunt servanda), podendo perder força perante a função social do contrato. 
O princípio da ordem pública: completamente conectado com a função social do contrato, este princípio rege a proteção Estatal do economicamente mais fraco. Ex: CDC.
O princípio do consensualismo: O acordo de vontades de forma livre, salvo os prescritos no código. 
O princípio da obrigatoriedade: As partes possuem a obrigação de cumprir as estipulações do contrato. Apenas poderá ser alterado em consentimento com o outro, sob pena de execução patrimonial ao inadimplente. 
O princípio da relatividade e dos efeitos do contrato: o contrato é relativo apenas às partes contratantes não podendo atingir prejuízos a terceiros, salvo se forem benefícios como: contrato em favor de terceiro (filhos); contrato por fato de terceiro (obrigação de fazer) e contrato por pessoa a declarar (investidor terceiros adquirente).
As negociações preliminares não geram vínculo jurídico, pois as partes ainda estão discutindo as futuras cláusulas. Mas poderão gerar vínculo se ocorrer um ato ilícito que cause engano ou dano ao outro, por exemplo, se duas pessoas combinaram uma prestação de serviço, o sujeito predestinado a este papel o presta e o outro simplesmente não paga alegando algum motivo. Este é um caso que gera vínculo e efeitos indenizatórios. 
Após a conclusão das negociações preliminares, o contratante formula uma proposta, esta possui um vínculo jurídico, mas com o proponente e ainda não com o aceitante. Ou seja, o proponente não poderá alterar o contrato nesta fase quando for uma oferta ao público, sob pena de sofrer perdas e danos, pois o público poderá ter programado algo em cima do valor ofertado, salvo se em meio à oferta o proponente delimita o prazo final. (Art. 429).
A partir da aceitação firma-se o contrato definitivamente poderá ser expressa ou tácita e deverá ser dentro do prazo estipulado se este houver. 
Apenas desvinculará o proponente se a pessoa estiver presente e não aceitar imediatamente; ou quando estiver ausente e sem um prazo estipulado não chegar à aceitação em um período de tempo suficiente; ou quando estiver ausente e com um prazo estipulado o aceitante não expede a aceitação dentro do prazo e acaba chegando após o término deste; ou Se o proponente se arrepender da proposta enviada, ele tem o direito de se retratar, mas sua retratação deverá chegar antes ou simultaneamente com a proposta expedida (Art. 428 e 433) Se aceitação chegar tarde por motivo imprevisto, o aceitante deverá informar o proponente imediatamente, sob pena de perdas e danos (art. 430).
	Presente 
	Não aceitar imediatamente
	Ausente sem prazo
	Até o prazo necessário para chegar a aceitação
	Ausente com prazo
	Se expedir fora do tempo e não chegar no prazo estipulado
	Retratação
	Chegar antes ou simultaneamente com a aceitação
Contraproposta ocorrerá se houver modificações na proposta pelo aceitante, fora do prazo de aceitação importará uma nova proposta (art. 431). 
Se for de costume a aceitação e esta tornar-se tácita, não valerá a recusa se o aceitante a tiver dispensado posteriormente. (art. 432). 
Contratos de execução instantânea leva-se em consideração o momento em que os atos devem ser cumpridos, consumam-se em um único ato e cumprindo a obrigação exaurem-se (Ex: compra e venda à vista). Os de execução diferida ou retardada, como a execução instantânea mas deve ser em momento futuro, a termo, ou seja, em determinada data e assim cumprido extingue-se o contrato. Os de trato sucessivo ou de execução continuada, são cumpridos por meio de atos reiterados (atos repetidos, prestação) (Ex: compra e venda à prazo).
Os Contratos unilaterais caracterizam-se por uma negociação jurídica que envolve duas partes, mas apenas uma das partes aufere obrigações – ex uno latere, ou seja, os efeitos são somente passivos de um lado e somente ativos do outro. Pode-se exemplificar o comodato (empréstimo de coisa infungível para ser utilizada temporariamente e posteriormente restituída). 
	Os contratos bilaterais diferem-se dos unilaterais porque ambas as partes contraem obrigações e auferem benefícios. Denominam-se contratos sinalagmáticos que significa reciprocidade de prestações. Ex: contrato de compra e venda. Os contratos Plurilaterais fazem parte dos bilaterais, só que contêm mais de duas partes, podendo constituir a pluralidade em cada pólo (ativo e/ou passivo). 
	Quanto às vantagens patrimoniais que podem produzir, os contratos classificam-se em gratuitos e onerosos. Neste, ambos auferem sacrifícios e benefícios, o típico contrato bilateral. E aquele somente um aufere benefício e o outro contrai o sacrifício, ou seja, contrato unilateral. Os contratos onerosos subdividem-se em: comutativos (prestações certas e determinadas, onde além de receber do outro prestação relativamente equivalente à sua, pode verificar, de imediato, essa equivalência); aleatórios por natureza (prestações indeterminadas e incertas que dependem de um fato futuro e incerto, sendo que causa incerteza sobre o objeto da relação jurídica) e acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e venda de coisas existentes mas expostas a risco – existência ou quantidade).
	Contratos paritários, são os tradicionais, estabelecem a possibilidade dos contratantes de discutirem amplamente as cláusulas contratuais antes da formação do contrato, pois se encontram em situação de igualdade. O contrário dos contratos de adesão em que apenas um dos contratantes impõe sem que o outro possa modificar ou discutir, possui apenas a opção de aceitar ou não. 
	Contratos pessoalíssimos ocorrem quando o objeto principal da ação é um dos contratantes, sendo este infungível, normalmente dão origem a uma obrigação de fazer, onde somente a pessoa determinada possui legitimidade para executar a obrigação. Já os contratos impessoais o contratante poderá substituir o contratado por outrem para a execução da obrigação contratual importando apenas a execução e não quem executa. 
	Contratos principais são autônomos, independem de qualquer outro contrato para existir e os contratos acessórios dependem de um contrato principal (Ex: fiança), sua finalidade é garantir o cumprimento do contrato principal. 
	Contratos solenes ou formais, para sua validade, as partes devem observar a forma prescrita em lei. Se não estiver defeso em lei, a forma é de opção dos contratantes, depende apenas da autonomia da vontade, este se denomina contrato não solene ou consensual. Ambos independem da entrega da coisa, diferente dos contratos reais que dependem da tradição da coisa. 
	Quando o contrato não ocorre de forma instantânea e de pronta aceitação, pode haver delongas exaustivas na fase de tentativas de negociação ou até mesmo por alguma razão pessoal não se mostrar conveniente à formação definitiva do contrato. Neste caso podem os interessados celebrar um contrato preliminar provisório no qual prometem torna-lo definitivo futuramente,mas não necessariamente são obrigados a celebrar, mas apenas criar a obrigação de um futuro. 
	Contratos nominados são os contratos que a lei estipula sua tipificação ou seja sua designação própria (ex: compra e venda, empreitada, sociedade, etc.). Por ora não são todas as situações que o legislador consegue prever, e neste caso denominam-se inominados, sendo contratos atípicos. 
	***Quando houver cláusula duvidosa deverá utilizar-se a interpretação, nos contratos de adesão deve-se favorecer o contratante (art. 423).
O contrato poderá beneficiar um terceiro, no caso de estipulação em favor de terceiro, o contratante principal adiciona um terceiro capaz ou incapaz para arguir benefícios estipulados no contrato (ex: Pai estipula um seguro de vida em favor do filho, ou no caso de sindicatos em favor de seus trabalhadores). 
Estipulante (o que estipula o benefício), Promitente (o que estipula o contrato) e Beneficiário (terceiro). 
Tanto o estipulante quanto o beneficiário poderão exigir a obrigação (art. 436). Se o beneficiário obtiver esta cláusula contratual o estipulante não poderá exonerar o promitente da obrigação (art. 437). O estipulante poderá alterar o beneficiário sem a anuência do promitente (art. 438). E exonerar o promitente da obrigação ficando apenas vinculado ao próprio estipulante.
A promessa de fato de terceiro normalmente decorre de uma obrigação de fazer, ou seja, o objeto do contrato é o terceiro. Um contrato personalíssimo, infungível, ou seja, se este não comparecer a obrigação estipulada entre os contratantes, o que propôs tornar-se-á inadimplente e estará sujeito a indenização. Se o terceiro ratificar diretamente com o outro contratante, exonerará o que propôs a obrigação. 
Tal responsabilidade não existirá se o cônjuge for casado com o promitente (art. 439 p. único).
Do contrato com pessoa a declarar 
Na hora de conclusão do contrato, um dos contratantes poderá nomear um terceiro que irá adquirir ou assumir o direito que o contratante originário arguiu de início. Haverá um prazo de 5 dias para a comunicar a outra parte, se as partes não estiverem estipulado. Se o nomeado não aceitar, ou incapaz, ou for inadimplente, sem o conhecimento do contratante, dará continuidade ao negócio jurídico apenas com os contratantes originários (art. 470 e 471). Ex: em um contrato de compra e venda de imóvel, em que um dos contratantes efetua a compra para revender em forma de investimento, na formação do contrato ele já nomeia quem será o próximo comprador, em 5 dias ele deverá comunicar o vendedor originário e dar continuidade as prestações).
Quando há a percepção de um vício oculto no objeto do negócio jurídico, em que este torna-se absolutamente inepto ou com uma depreciação de valor, no primeiro irá redibir o contrato + perdas e danos e no segundo abaterá o valor, se dá o nome de vícios redibitórios, mas este deverá estar presente antes da tradição. 
Absolutamente inepto redibir o contrato + despesas do contrato +perdas e danos (ou se o alienante agir de má-fé)
Relativamente abatimento do valor ou redibir o contrato 
	
	Bens móveis 
	Bens imóveis
	Tradição
	30 dias
	1 ano
	Posse
	15 dias 
	6 meses
	Quando ciente
	180 dias
	1 ano
A evicção ocorre por perda de um bem por decisão judicial ou ato administrativo. 
Proteção do adquirente contra o alienante, sendo que o evictor entra com uma ação contra o adquirente (evicto) por um defeito jurídico preexistente do alienante. Ex: A vende um imóvel a B e C entra com uma ação reivindicatória dizendo ser o verdadeiro proprietário, para B não perder o bem ao C, pois pagou pelo bem, a evicção o protegerá. 
Poderá ser estipulado no contrato três tipos de garantias: 1º cláusula de reforço: se ocorrer a evicção o adquirente será ressarcido com o valor a mais do que foi pago. 2º cláusula de diminuição: se ocorrer a evicção pagará um valor abaixo ao valor pago ou 3º cláusula de extinção: se ocorrer a evicção nada será ressarcido ao adquirente, esta cláusula não poderá ser revertida de estiver prescrito os possíveis motivos de uma futura perda, se o adquirente assumir o risco e se ocorrer mediante uma das possibilidades descritas. Se for o contrário, ou seja, se não assumir o risco ou não souber, caberá a este restituição do valor. 
Em caso de benfeitorias úteis e necessárias deverá ser restituído o valor gasto pelo adquirente ou abatido se o gasto for do alienante (art. 452 e 453)
Denunciação à lide: o adquirente deverá denunciar a lide imediatamente ao alienante, pois está prestes a perder o bem para o evictor. Através de uma ação regressiva antecipada o alienante torna-se assistente litisconsorcial do adquirente contra o evictor. Se o denunciado for revel ou negar, dar-se-á continuidade somente com o adquirente em ação regressiva autônoma e se a ação for procedente o adquirente não precisa mais entrar com recursos, mesmo com o réu revel. 
Se for um defeito parcial considerável, o adquirente poderá optar entre a restituição do valor total ou parcial apenas relativo ao dano sofrido. Se não for considerável caberá apenas indenização.

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