Buscar

APLICAÇÃO DA PENA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*16/03/10
*
*
*
APLICAÇÃO DA PENA
*16/03/10
*
*
*
Aplicar á pena significa a fixação desta por meio de uma sentença, segundo as diretrizes do art. 59 do CP, em quantidade certa e adequada para a reprovação e prevenção do crime. A “cominação” refere-se à previsão abstrata da pena pelo tipo penal.
*16/03/10
*
*16/03/10
*
Art. 68 CP- A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 
*16/03/10
*
*
*
 O nosso Código Penal adotou, o método trifásico, de Nélson Hungria, assim esquematizado:
Método trifásico: esse método é composto de três fases:
1ª fixação da pena-base,
2ª verificação das circunstâncias atenuantes e agravantes; 
3ª verificação das causas de aumento e de diminuição da pena;
 
 
*16/03/10
*
*
*
.As elementares são os dados essenciais que compõem a própria descrição do fato típico e cuja ausência exclui ou altera o crime. Fixam a quantidade e o título do delito e estão situadas no caput do tipo incriminador (tipo fundamental). 
*16/03/10
*
*
*
Circunstância- é todo dado secundário
e eventual agregado à figura típica, cuja ausência não influi de forma alguma sobre a sua existência. Tem a função de agravar ou abrandar a sanção penal e situa-se nos parágrafos.
*16/03/10
*
*
*
Classificação das circunstâncias. Quanto a natureza:
a) Objetivas ou reais – dizem respeito ao aspecto objetivo do fato. Ex. lugar e tempo do crime, objeto material, qualidades da vítima, meios e modos de execução e outras relacionadas ao delito.
*16/03/10
*
*
*
b) Subjetivas ou pessoais – relacionam-se ao agente. Ex. antecedentes, personalidade, conduta social, reincidência e motivos do crime. 
*16/03/10
*
*
*
Quanto à sua aplicação:
Judicial – não estão elencadas na lei, sendo fixadas livremente pelo Juiz, de acordo com o art. 59, CP
Legais – estão expressar na lei, podem ser: agravantes ou qualificativas – art. 61 e 62, CP. Atenuantes- art. 65 e 66 CP
Causas de aumento e diminuição –art.14,parágrafo único, 28, §2º, 70 e 71, parágrafo único, todos do CP.- incidem na 3ª fase da dosimetria da pena.
*16/03/10
*
*
*
As agravantes e atenuantes agravam ou atenuam a pena em quantidades não fixadas previamente, ficando a critério do juiz- art. 61 a 67, CP
As causas de aumento e diminuição previstas na Parte geral, aumentam ou diminuem a pena em quantidades previamente fixadas (1/3, metade, 2/3. Ex. art.14, parágrafo único, 16, 21, 26, parágrafo único, 29, §1º, 70 e 71 e seus parágrafos.
*16/03/10
*
*16/03/10
*
Agravantes – Estão previstas na parte geral e nas leis extravagantes.
Na 2º fase da dosimetria da pena
A lei não diz o quanto a pena deve ser agravada. A jurisprudência – 1/6.
Não pode ultrapassar o máximo da pena prevista.
*16/03/10
*
*
*
 
- 
 Culpabilidade: é reprovação social da conduta do agente e, nessa fase, serve para determinar a quantidade da pena, aumentando-a ou diminuindo-a. JUÍZO DE REPROVABILIDADE. “graus de culpabilidade”
Antecedentes: é o passado criminal do agente.
STF – Entendimento anterior –
STF – Entendimento atual – Tem decidido que maus antecedentes são unicamente as condenações definitivas que não caracteriza reincidência, condenação por crimes miliares próprio ou político.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS – 1ª FASE
*16/03/10
*
*16/03/10
*
STJ- SÚMULA 444- “É vedada a utilização de inquérito e ações penais em curso para agravar a pena base.
*16/03/10
*
*
- Conduta Social: refere-se ao estilo de vida do agente perante a família, trabalho, vizinhança, e outros de relacionamento social;
- Personalidade: é o conjunto de atributos morais e psíquicos do agente, decorrente do meio e das condições onde se desenvolveu;
*16/03/10
*
*
 - Conduta social -A lei quis traduzir o comportamento do agente junto à sociedade. Verifica-se o seu relacionamento com seus pares, procura-se descobrir o seu temperamento, se calmo ou agressivo, se possui algum vício, a exemplo de jogos ou bebidas.
Não se confunde com os antecedentes do agente, que traduzem seu passado criminal. Pode ocorrer, por exemplo, que alguém tenha péssimos antecedentes criminais, mas, por outro lado, seja uma pessoa voltada à caridade, com comportamentos filantrópicos e sociais invejáveis.
*16/03/10
*
*
*
- Motivos do crime: são os precedentes psicológicos que determinaram a prática da conduta criminosa (ex: perversidade, cupidez, vingança, ódio, piedade na eutanásia etc.). Quando o motivo configurar qualificadora, agravante, atenuante, causa de aumento ou de diminuição, não poderá ser considerado como circunstância judicial;
- Circunstâncias do crime: são os elementos do fato criminoso, tais como o local do crime, o instrumento do crime, relação de amizade com a vítima etc.;
*16/03/10
*
*
*
 -Conseqüências do crime: são os efeitos da conduta do agente para a vítima ou para a sociedade;
- Comportamento da vítima: refere-se á possibilidade de a conduta da vítima atuar como estímulo à prática do crime, caso em que a punição do agente poderá ser abrandada 
 Em nenhuma hipótese a pena-base poderá ser fixada além dos limites previstos pelo o tipo legal. (súmula 231 STJ) 
 Quando o juiz, considerando essas circunstâncias, fixar a pena-base acima do mínimo legal, tal decisão deverá ser devidamente fundamentada, sob pena de nulidade.
*16/03/10
*
*
ATENUANTES E AGRAVANTES- 2ª FASE
As circunstâncias atenuantes e agravantes podem existir tanto na Parte Geral quanto em leis especiais
De acordo com o art. 61 do CP, são circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
 Art. 61 CP - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
        I - a reincidência;     
*16/03/10
*
*
II - ter o agente cometido o crime: 
  a) por motivo fútil ou torpe;
  b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
  c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
  d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;        
*16/03/10
*
*
 e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
 f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
 g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
 h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
*16/03/10
*
*
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
*16/03/10
*
*
*
Motivo fútil é aquele que, por sua mínima importância, não é causa suficiente para o crime. A jurisprudência tem decidido que o ciúme e a embriaguez do agente não configuram motivo fútil.
Motivo torpe é o motivo que suscita a aversão ou repugnância geral como, por exemplo, a cupidez, a lascívia, o despeito da imoralidade contrariada, o prazer de fazer o mal etc. 
*16/03/10
*
*
Agravantes no caso de concurso de pessoas
       
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
    I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
    II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
    III - instiga ou determina
a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
  IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
*16/03/10
*
*
Circunstâncias atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
*16/03/10
*
*
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
*16/03/10
*
*
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Além dessas atenuantes, o juiz poderá considerar qualquer outra circunstância de caráter relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
*16/03/10
*
*
CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO
As causas de aumento e de diminuição da pena são as circunstâncias que determinam, por força da sua previsão legal, o aumento ou a diminuição da pena em proporções fixas.
Quantidades previamente fixadas. Ex, Art. 14, parágrafo único, art,16, 21, 26, parágrafo único, art.29 § 1º, 70 e 71 e seus parágrafos.
*16/03/10
*
*
Diferenciam-se das qualificadoras porque estas só existem na Parte Especial do Código Penal e, ainda, porque nelas existe a cominação de outra pena mais severa do que aquela prevista no tipo simples (ex: homicídio simples – art. 121, caput, do CP: pena de seis a 20 anos de reclusão; homicídio qualificado – art. 121paragrafo 2º, do CP: pena de 12 a 30 anos de reclusão).
Quando houver uma causa de aumento e outra de diminuição, as duas terão incidência. Primeiro diminui e depois aumenta, conforme a ordem estabelecida.
*16/03/10
*
*
OUTRAS FASES:
Uma vez fixada a pena e estabelecido o seu regime de cumprimento, o juiz, na própria sentença condenatória, deverá analisar a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por outra medida ou pena, na seguinte ordem sucessiva:
1º Aplicação da multa substitutiva (ou vicariante) prevista no art. 60, parágrafo 2º, do CP e desde que o réu preencha os requisitos do art. 44, II e III, do CP);
2º Substituição por pena restritiva de direitos (art. 44, parágrafo 2ª, do CP)
3º Concessão de sursis, quando a pena for igual ou inferior a dois anos (art. 77 do CP), estando o juiz obrigado a analisar essa possibilidade, sob pena de nulidade da sentença (art. 697 do CPP).
*16/03/10
*
2º ESTÁGIO: / /2013
 Da pena de Multa
3.1. Espécies, Forma de aplicação e pagamento
5. Cominação das Penas
6. 4. Da reincidência
6. Aplicação da Pena.
6.1 Método trifásico
6.2.Circunstâncias judiciais do art.59
6.3. Circunstâncias Especiais (agravantes e atenuantes)
6.4. Circunstâncias Especiais (causas de aumento e diminuição)
6.5. Concurso de Crimes
Remição.
 
*16/03/10
*
*
*
Bons Estudos! 
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES
*
FTC - DPP - PROFESSOR CLODOVIL MOREIRA SOARES

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais