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apostila psicologia

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Márcia Lilla
Psicologia Geral
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Psicologia Geral, parte 
integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que 
a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apre-
sentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 PEQUENA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA: FASES E ESCOLAS ....................................... 7
1.1 Definição de Psicologia .................................................................................................................................................7
1.2 O Senso Comum ..............................................................................................................................................................7
1.3 As Áreas do Conhecimento .........................................................................................................................................8
1.4 Fases e Abordagens ........................................................................................................................................................8
1.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................10
1.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................10
2 NÍVEIS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO ................................................................... 11
2.1 Método - Ciência e Atitude Científica em Psicologia ......................................................................................11
2.2 Os Métodos da Psicologia Científica .....................................................................................................................12
2.3 Técnicas Psicológicas ...................................................................................................................................................13
2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................14
2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................14
3 FÓRMULA FUNDAMENTAL DO COMPORTAMENTO ................................................. 15
3.1 E-R= Fórmula ou Esquema do Comportamento ..............................................................................................15
3.2 Classificação do Comportamento ..........................................................................................................................15
3.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................16
3.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................16
4 O BEHAVIORISMO DE WATSON E SKINNER ...................................................................... 17
4.1 Principais Conceitos do Behaviorismo .................................................................................................................17
4.2 O Experimento da “Caixa de Skinner” ...................................................................................................................18
4.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................19
4.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................19
5 A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM E INTELIGÊNCIA .............................................. 21
5.1 A Aprendizagem e Inteligência (QI-QE-QA) .......................................................................................................21
5.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................25
5.3 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................25
6 A PSICOLOGIA DA GESTALT ......................................................................................................... 27
6.1 Gestalt ...............................................................................................................................................................................27
6.2 Principais Conceitos da Gestalt ...............................................................................................................................28
6.3 A Abordagem da Boa Forma da Gestalt ..............................................................................................................29
6.4 A Teoria de Campo de Kurt Lewin ..........................................................................................................................29
6.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................30
6.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................30
7 PERCEPÇÃO & MOTIVAÇÃO (PRINCIPAIS TEORIAS MOTIVACIONAIS) ......... 31
7.1 Definições de Percepção ...........................................................................................................................................31
SUMÁRIO
7.2 Funções da Percepção ................................................................................................................................................31
7.3 Compreendendo os Processos Motivacionais ..................................................................................................32
7.4 Principais Teorias Motivacionais .............................................................................................................................32
7.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................33
7.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................33
8 A PSICANÁLISE: O INCONSCIENTE, FREUD E SEGUIDORES ................................. 35
8.1 O Surgimento da Psicanálise ....................................................................................................................................358.2 Principais Conceitos da Psicanálise .......................................................................................................................36
8.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................38
8.4 Atividades Proposta .....................................................................................................................................................38
9 A PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA DE VYGOTSKY ....................................................... 39
9.1 O Surgimento da Abordagem com Vygotsky ....................................................................................................39
9.2 Principais Conceitos .....................................................................................................................................................39
9.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................40
9.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................40
10 A PSICOLOGIA INSTITUCIONAL E OS TIPOS DE AGRUPAMENTOS 
HUMANOS..............................................................................................................................................41
10.1 Tipos de Grupos ..........................................................................................................................................................41
10.2 Como Evoluem os Grupos de Trabalho .............................................................................................................41
10.3 Psicologia Institucional e Processo Grupal .......................................................................................................42
10.4 O Processo de Institucionalização .......................................................................................................................42
10.5 Instituições, Organizações e Grupos...................................................................................................................43
10.6 A Importância do Estudo dos Grupos na Psicologia ....................................................................................43
10.7 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................44
10.8 Atividades Propostas ................................................................................................................................................44
11 FEEDBACKS & ASSERTIVIDADE ............................................................................................... 45
11.1 Dar e Receber Feedbacks .........................................................................................................................................45
11.2 A Importância de Carl Rogers ................................................................................................................................45
11.3 Assertividade ...............................................................................................................................................................46
11.4 A Consciência da Agressividade Gera o Comportamento Assertivo .....................................................47
11.5 Concepções Atuais e Científicas sobre Níveis de Consciência das Emoções Positivas ...................48
11.6 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................48
11.7 Atividades Propostas ................................................................................................................................................48
12 DISTÚRBIOS CONTEMPORÂNEOS E PREVENÇÕES POSSÍVEIS ....................... 49
12.1 A Normalidade Existe? .............................................................................................................................................49
12.2 Os Agravos Mentais/Transtornos das Personalidades .................................................................................49
12.3 Os Transtornos Mentais Relacionados aos Trabalho .....................................................................................50
12.4 Os Transtornos Modernos .......................................................................................................................................50
12.5 Promovendo a Cura e Aceitando os Limites ....................................................................................................50
13 AS PRINCIPAIS MEGATENDÊNCIAS ..................................................................................... 53
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 61
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 63
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 65
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
 INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), 
A disciplina de Psicologia é de fundamental importância para o futuro profissional das Ciências 
Humanas e Sociais, uma vez que fornece informações importantes sobre as características do humano, 
levando à compreensão ampla, profunda e dinâmica dos aspectos tanto individuais quanto inter-rela-
cionais do homem. Estudando Psicologia Geral, é possível vislumbrar um caminho bem-humorado às 
nossas características humanas e tornar mais apreensíveis e compreensíveis muitos dos nossos estranha-
mentos cotidianos, no mundo das relações pessoais, sociais, entre outras.
Nesta apostila, a presente disciplina será abordada de forma ordenada e gradual, a partir do que 
será facilitada a absorção dos principais conceitos e conteúdos necessários à boa formação acadêmica e 
futura aplicação prática, nos vários contextos do mundo profissional. Assim, a apostila está didaticamen-
te elaborada e dividida em capítulos, para que possa ser possível a sua inserção aos conhecimentos es-
pecíficos, passo a passo, tornando viável a construção paulatina do seu aprendizado em Psicologia Geral. 
O objetivo maior é que o aprendizado da Psicologia possa ser articulado às demais ciências do 
universo social, uma vez que é necessária a promoção de um conhecimento amplo e integrado às diver-
sidades culturais, além de individuais.
Durante os estudos, você irá verificar que é bem interessante desvendar os caminhos da ampliação 
da consciência, que necessariamente percorrem, ao mesmo tempo, as estradas e as encruzilhadas dos 
conhecimentos que vamos adquirindo, ao ler a apostila, ao integrar as teorias com as práticas de seus au-
tores, podendo construir pontes comunicacionais com as coisas que todos nós, de formas diferenciadas, 
vivemos.
A jornada científica das Psicologias aqui apresentadas, de forma ainda que compacta e didática, já 
é uma viagem maravilhosa para as mentes mais abertas ao aprendizado contínuo, assim como um contí-
nuo convite ao redespertar humano, pois somente dessa forma haverá a boa transformação e reconstru-
ção que intencionamos encontrar.
Como autora, educadora e psicóloga, acredito no bom uso dos seus melhores sentidos, reunidos.
Aproveite bem o material aqui elaborado, programado como um “equipamento” de sobrevivência 
e aperfeiçoamento para você. As referências indicadas no final da apostila servirão de boa base para 
aprofundamentos e recortes, de acordo com o seu interesse e disponibilidade.
Desejo-lhe um excelente aprendizado; e sejamuito bem-vindo(a) às pontes que o conduzirão às 
melhores integrações. 
Atenciosamente, 
Profa. Márcia Lilla
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
7
Caro(a) aluno(a), neste capítulo trataremos da História da Psicologia, suas fases e escolas. Vamos 
iniciar a discussão?
1.1 Definição de Psicologia
O termo foi criado em 1550, por Melanchton, 
enquanto lecionava na Universidade de Witten-
berg, na Alemanha, sendo que psique, proveniente 
do grego, significa alma e logos, proveniente do la-
tim, significa estudo.
1.2 O Senso Comum
No nosso cotidiano, muitas vezes, vivencia-
mos a ocorrência de um manancial de crenças bem 
populares, algumas receitas psicológicas de gente 
que não frequenta o meio acadêmico, científico, 
mas que consegue se aproximar de algumas ver-
dades, em variados meios, lançando mão de “pal-
pites”, quase todos para “ajudar os outros”, ao que 
chamam de “melhores das intenções.” 
Será mesmo que possuímos um mix de lou-
cura e de magia, de médicos e de insanos? Qual é a 
verdade, se é que há apenas uma verdade em tudo 
o que ouvimos, vemos, sentimos, percebemos, pal-
pitamos, entre outras experiências dos viveres exis-
tenciais? De certo modo, podemos constatar certo 
domínio popular em questões usuais, nas quais o 
acúmulo de experiências passadas soma apren-
dizado e é passado de geração a geração. Essa é 
a “psicologia do senso comum”, mas que fique, a 
partir dos estudos mais intensos e interessados 
das Psicologias, bastante esclarecido que se trata 
apenas de uma sabedoria popular, cultural, bem 
diferente do que verão na cientificidade da Psico-
logia – o que a pequena história dessa importante 
ciência desvendará. 
O conhecimento espontâneo da realidade 
(uma visão de mundo) é bastante diferente da 
complexidade inerente e consistente da Psicolo-
gia Científica. O estudante necessitará munir-se 
de amplos conhecimentos psicológicos para po-
der discernir e não mais cometer o erro do leigo, 
mesmo que este seja revelador, como muitas vezes 
pode mesmo ser (sabedorias populares). 
Todo senso comum é simplista, reducionista 
e jamais revelador de vicissitudes reais, nos cam-
pos das subjetividades e objetividades, as quais 
são necessariamente focadas pela Psicologia Cien-
tífica, considerando-se múltiplos fatores (determi-
nantes e/ou não). Nem mesmo o avanço científico 
é capaz de esgotar as possibilidades e encontrar 
compreensão precisa para todos os limites, ainda 
existentes no mundo moderno. Por um lado, existe 
o conhecimento que se aprofunda e se desdobra, 
mas por outro, um abismo, um grande mistério. Eis 
o desafio, no limite tênue dessa navalha, em que 
somente a humildade do aprendiz, no bom cuida-
do do conhecimento contínuo, pode e deve culti-
var. 
PEQUENA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA: 
FASES E ESCOLAS1
Márcia Lilla
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
O senso comum deixou o legado de um co-
nhecimento intuitivo que, sem dúvida, não dava 
mais conta do desenvolvimento humano, de sua 
compreensão. O mundo foi ficando mais e mais 
complexo, e o homem teve que ocupar diversos 
espaços; assim sendo, o conhecimento de técni-
cas mais precisas passou a fazer parte das preocu-
pações. Era necessário dominar a natureza e tirar 
desta o melhor dos proveitos. A matemática dos 
gregos, próxima do século IV a.C., foi primordial 
para questões agrícolas e urgentes da época (pro-
jetos navais e arquitetônicos). E, com o passar dos 
tempos, a especialização foi buscada até um nível 
elevado de complexidade, o que, por exemplo, fez 
o homem chegar à Lua. 
Para interpretar a realidade, o homem, então, 
foi fazendo composições, parcerias de conheci-
mentos (senso comum somado às ciências), com-
preendendo melhor a sua realidade e a de seus 
semelhantes. As especulações sobre a origem do 
significado da existência humana sempre ocupa-
ram o centro das atenções dos gregos (filosofias). 
Os mistérios, os princípios morais e todos os pen-
samentos sobre a origem do próprio homem (as 
religiões: a bíblia dos judaicos, a dos cristãos e o 
livro sagrado dos hindus – livro dos Vedas); a sen-
sibilidade humana representada desde as cavernas 
(artes) até as criações mais rebuscadas em técni-
cas, metodologias, entre múltiplos e específicos 
conhecimentos (ciências); enfim, todas as áreas de 
conhecimento são importantíssimas para a Psico-
logia, ou melhor dizendo, para as Psicologias. Quão 
mais vasta em evolução uma área do conhecimen-
to, mais aproximada às necessidades do homem, 
por meio dos tempos e de todos os espaços. 
1.3 As Áreas do Conhecimento
AtençãoAtenção
As especulações sobre a origem do 
significado da existência humana 
sempre ocuparam o centro das atenções 
dos gregos (filosofias). Os mistérios, os 
princípios morais e todos os pensamentos 
sobre a origem do próprio homem (as 
religiões: a bíblia dos judaicos, a dos 
cristãos e o livro sagrado dos hindus – 
livro dos Vedas); a sensibilidade humana 
representada desde as cavernas (artes) 
até as criações mais rebuscadas em 
técnicas, metodologias, entre múltiplos 
e específicos conhecimentos (ciências), 
enfim, todas as áreas de conhecimento 
são importantíssimas para a Psicologia, 
ou melhor dizendo, para as Psicologias.
1.4 Fases e Abordagens
ƒƒ Fase Grega: surgiu com os gregos a Psi-
cologia, no período anterior à era cristã, 
tendo sido uma ramificação das filoso-
fias, artes e crenças humanas atreladas 
ao misticismo da época. Os principais 
filósofos que a influenciaram foram: Só-
crates, Platão e Aristóteles, nos períodos 
de 469 a 322 a.C. Com Sócrates, a Psicolo-
gia ganha consistência, uma vez que sua 
principal preocupação era com o limite 
que separava o homem dos animais, tra-
zendo a característica humana da razão, 
que lhe permitia pensar e sobrepujar-se 
aos instintos (bases mais irracionais). Com 
Platão, discípulo de Sócrates, a Psicologia 
cedeu lugar à razão, sendo o próprio cor-
po, mais precisamente a cabeça, o centro 
de localização para a alma humana, no 
qual a medula faria a ligação corpo-mente 
(elementos importantes, pois Platão con-
cebia uma separação entre corpo e men-
Psicologia Geral
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
9
te e acreditava na imortalidade da alma). 
Já com Aristóteles, a Psicologia ganhou o 
seu primeiro tratado, no qual tivemos os 
primeiros estudos profundos das diferen-
ças entre a razão, percepção e sensações 
(Da anima). Esse pensador acreditava que 
a alma e o corpo não podiam ser disso-
ciados, o que trouxe uma forte evolução 
para a compreensão dos fatores huma-
nos para a Psicologia da época; 
ƒƒ Fase Romana: no período datado entre 
430 a 1274, a Psicologia sofreu a influên-
cia direta dos padres e filósofos Santo 
Agostinho e São Tomás de Aquino. O 
primeiro foi inspirado em Platão, trazen-
do a concepção de uma alma pensante, 
com razão e com manifestação divina (li-
gação do elemento humano com Deus), 
sendo a alma também a sede do pensa-
mento, havendo a preocupação da Igre-
ja em compreendê-la. Já com São Tomás 
de Aquino, devido ao período de ruptura 
da Igreja com as Revoluções Francesa e 
Industrial, houve a preocupação pela dis-
tinção entre essência e existência, sendo 
que somente Deus poderia assegurar a 
perfeição ao homem e não o avanço das 
liberdades e do desenvolvimento huma-
no (a intenção era a de garantir à Igreja o 
monopólio do estudo do psiquismo);
ƒƒ Fase do Renascimento: “pouco mais de 
200 anos após a morte de São Tomás de 
Aquino, tem início uma época de trans-
formações radicais no mundo europeu.” 
(BOCK, 1996, p. 35). O Renascimento e 
todo o mercantilismo levam às novas 
descobertas que propiciam ao homem o 
acúmulo de riquezas e acabam por acirrar 
novos valores (bens capitais e organiza-
ções mais econômicas e sociais). As trans-
formações ocorrem em todos os setorese 
dá-se a valorização do homem e de seus 
inúmeros processos. O conhecimento 
tornou-se independente da fé e surgem 
sociedades mais complexas e a necessi-
dade de metodologias, técnicas capazes 
de assegurar com maior e melhorada 
precisão as complexidades humanas. Em 
outras palavras, o conhecimento trouxe a 
necessidade de uma remodelagem nos 
padrões vigentes até então. Como exem-
plo: Galileu (1610), com o estudo da que-
da dos corpos (primeiras experiências da 
Física moderna); Maquiavel (1513), com a 
clássica obra política “O príncipe”; e René 
Descartes (1596-1659), renomado filóso-
fo que postulou a separação entre a men-
te e o corpo, deixando o famoso dualis-
mo cartesiano de herança cultural, o que, 
sem dúvida, configurou um significativo 
avanço para a Psicologia, como ciência, 
pois, assim, o corpo humano morto, sepa-
rado da alma, poderia, então, ser melhor 
observado e pesquisado;
ƒƒ Fase Científica: o século XIX trouxe o 
avanço de inúmeras ciências, sendo que a 
Psicologia, então, para acompanhar seus 
estudos sobre o homem, teve também 
de se tornar objetiva, a fim de mensurá-
-lo, classificá-lo e analisá-lo, prestando 
melhor suas contribuições de compreen-
são da espécie humana e social. Com a 
divisão do trabalho, adventos das revo-
luções francesa e industrial, a Psicologia 
ganha espaço cada vez maior, ao ficar pu-
ramente libertada das filosofias, soman-
do sistematizações nos procedimentos e 
padronizando os ajustamentos necessá-
rios para a sociedade capitalista, passan-
do a ser respeitada e utilizada por todos 
os setores da sociedade humana. Wundt 
trouxe a concepção de uma Psicologia 
apartada da alma, na qual o conhecimen-
to científico poderia ser obtido a partir 
de medição e observação em laborató-
rio, fator de extrema importância para o 
avanço dos estudos da mente e compor-
tamentos humanos. 
Saiba maisSaiba mais
A fase grega agregou inúmeros conhe-
cimentos à humanidade e de forma 
extremamente democrática; por isso, 
historicamente, houve um movimen-
to posterior de repressão por parte das 
conjecturas dominantes, conforme ve-
remos a seguir.
Márcia Lilla
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
A Psicologia como ciência vai se configuran-
do em diferentes concepções, com as seguintes 
abordagens:
ƒƒ o funcionalismo, de William James (1842-
1910): corrente americana para a qual im-
porta responder “o que fazem e por que 
fazem os homens”, na qual a consciência 
surge como centro das preocupações e 
da compreensão dos funcionamentos, de 
acordo com as necessidades humanas de 
adaptação ao meio ambiente (pragmatis-
mo americano a serviço do desenvolvi-
mento econômico da época);
ƒƒ o estruturalismo, de Edward Titchner 
(1867-1927): tal qual o funcionalismo, 
ocupou-se com a compreensão da cons-
ciência, porém com enfoque aos aspectos 
mais intrínsecos, ou seja, mais estruturais 
do sistema nervoso central, utilizando o 
método introspectivo para a observação 
experiencial em laboratório;
ƒƒ o associacionismo, de Edward L. Thorn-
dike (1874-1949): basicamente formulou 
a primeira abordagem da aprendizagem 
para a Psicologia, na qual o processo se 
daria das associações entre ideias simples 
até as mais complexas entre os conteú-
dos. Thorndike formulou uma lei com-
portamentalista em que a repetição do 
comportamento humano e animal dar-
-se-ia até o ponto do efeito (recompensa; 
exemplo: elogio para o bom feito infantil), 
o que permitia a observação da apren-
dizagem bem-sucedida; ou o contrário, 
como um efeito ativador da suspensão 
do comportamento (o castigo; exemplo: 
o olhar severo do pai em resposta ao ato 
inadequado da criança). Essa lei ficou co-
nhecida como: “Lei do Efeito”.
Todas essas abordagens anteriormente des-
critas vão dar estruturação e embasamento cientí-
fico preciosos para o que viria a ser as Psicologias 
mais contemporâneas (Behaviorismo, Gestalt e Psi-
canálise, abordagens que veremos com maior des-
taque no transcorrer da disciplina, portanto, nesta 
apostila).
1.5 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo estudamos as primeiras e essenciais fases históricas que foram ori-
ginando os primeiros estudos psicológicos; vimos cada fase, com suas diferentes facetas, compondo a 
trajetória da Psicologia Científica e, principalmente, posicionando-a como o principal objetivo de estudo 
desta disciplina. 
1.6 Atividades Propostas
1. Trata-se de um conhecimento popular, simplista, reducionista e jamais revelador de vicissitu-
des reais, nos campos das subjetividades e objetividades, as quais são necessariamente foca-
das pela Psicologia Científica. De qual tipo de conhecimento estamos tratando? 
2. Qual o nome do cientista que trouxe a concepção de uma Psicologia apartada da alma, na 
qual o conhecimento científico poderia ser obtido a partir de medição e observação em labo-
ratório, fator de extrema importância para o avanço dos estudos da mente e comportamentos 
humanos? 
3. Corrente americana para a qual importa responder “o que fazem e por que fazem os homens”, 
na qual a consciência surge como centro das preocupações e da compreensão dos funciona-
mentos, de acordo com as necessidades humanas de adaptação ao meio ambiente (pragma-
tismo americano a serviço do desenvolvimento econômico da época). 
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
Caro(a) aluno(a), neste capítulo trataremos 
de explicar os métodos e as técnicas psicológicas, 
para que você possa compreender a Psicologia 
como uma ciência de atitudes científicas. Vamos 
iniciar a discussão?
A Psicologia estuda o comportamento, os 
processos mentais, a experiência humana e, de um 
modo especial, a personalidade. Com técnicas me-
tódicas próprias, a Psicologia procura não só des-
cobrir novos fatos, nessas áreas, mas tenta também 
medi-los. 
A ciência é um instrumento de conhecimen-
to, de controle e de medida dos fatos. É, a um tem-
po, conhecimento e poder, por dar a explicação 
adequada e permitir tanto previsão quanto contro-
le. Pelo fato de se poder aplicar, na prática, muitos 
de seus conhecimentos, confere poder a quem os 
aplica. 
O método científico é algo simples, mas não 
é uma atividade que se apresenta espontaneamen-
te. Para ser utilizado, é preciso que a pessoa esteja 
predisposta ou treinada. Por exemplo, as experiên-
cias de Galileu estudando a queda dos corpos (que 
está na origem da Física tradicional) poderiam ter 
sido feitas no Egito Antigo, nas Muralhas de Creta 
ou em qualquer período da Grécia ou de Roma. O 
espírito da época, contudo, não predispunha as 
pessoas para essa atividade mais rigorosa do saber. 
O método científico pode ser empregado 
para a descoberta tanto de grandes quanto de 
simples fatos da vida ou da ciência. A maneira mais 
eficiente de se chegar às causas de um fenômeno 
é utilizar o método científico. São os seguintes os 
passos desse método:
ƒƒ identificação do problema (observação 
do fenômeno a pesquisar);
ƒƒ antecedentes históricos;
ƒƒ formulação de uma hipótese que expli-
que o fenômeno. Esta serve para orien-
tar o trabalho da pesquisa e é, ao mesmo 
tempo, uma garantia de objetividade. 
Toda experimentação tem como objeti-
vo ver como a hipótese se manifesta;
ƒƒ experimentação da hipótese;
ƒƒ comprovação da hipótese;
ƒƒ comunicação dos resultados para conhe-
cimento do mundo científico;
ƒƒ análise estatística;
ƒƒ conclusões;
ƒƒ sugestões para nova pesquisa;
ƒƒ crítica. 
AtençãoAtenção
O psicólogo Claparède imaginou um 
método que chamou de reflexão falada: 
deu um problema a um jovem e pediu a 
este que o resolvesse e fosse, ao mesmo 
tempo, descrevendo em voz alta o seu 
pensamento.
2.1 Método - Ciência e Atitude Científica em Psicologia
NÍVEIS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO2
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12
Portanto,a tarefa dos cientistas consiste em 
criar teorias que viabilizem níveis comprovada-
mente válidos, para garantir rigor aos aspectos e 
variáveis analisados, conforme dita o método cien-
tífico. Assim, podemos pensar em formas de análi-
se do comportamento humano.
2.2 Os Métodos da Psicologia Científica
Os autores costumam dividir os métodos 
usados pelos psicólogos em três grandes grupos:
ƒƒ introspecção ou método de observação 
interna;
ƒƒ extrospecção ou método de observação 
externa;
ƒƒ experimentação.
A introspecção é um método subjetivo de ob-
servação interior. A pessoa observa suas próprias 
experiências e as relata (a pessoa relata suas emo-
ções, percepções, interesses, recordações etc.). Um 
exemplo: aumentamos nosso conhecimento da 
mente humana lendo diários íntimos, autobiogra-
fias ou memórias. Imaginamos que as pessoas fo-
ram sinceras ao descrever seus sentimentos, emo-
ções, recordações etc., mas não o podemos provar. 
Para estudar certos traços de personalidade, os psi-
cólogos têm pedido às pessoas que respondam a 
um questionário. Para esse fim, os indivíduos terão 
que observar seu íntimo e dar suas respostas – as 
quais irão revelar aos psicólogos seus interesses, 
emoções, preferências etc.
Para estudar o raciocínio, o psicólogo Cla-
parède imaginou um método que chamou de refle-
xão falada: deu um problema a um jovem e pediu 
a este que o resolvesse e fosse, ao mesmo tempo, 
descrevendo em voz alta o seu pensamento.
Embora seja impossível verificar se as pes-
soas foram corretas ao relatarem seus fenômenos 
íntimos, a introspecção tem sido usada para co-
lher informações que não possam ser obtidas de 
nenhuma outra maneira. Porém, a introspecção 
não pode ser empregada no estudo de animais, de 
crianças muito novas, de débeis mentais etc.
Já a extrospecção é um método objetivo de 
observação externa. O psicólogo procura conhecer 
as reações externas dos organismos. Ao observar, 
por exemplo, uma pessoa, procura conhecer seu 
modo de agir, seus gestos, suas expressões fisionô-
micas, suas realizações etc.
Sempre que possível, os psicólogos dão pre-
ferência à extrospecção e procuram torná-la mais 
exata, usando aparelhos para melhor documentar 
suas observações: máquinas fotográficas e de fil-
mar, cronômetros, gravadores de som etc.
A experimentação consiste em um observa-
dor controlando a situação e verificando os dife-
rentes níveis de reações do sujeito.
Saiba maisSaiba mais
Em processos seletivos, no caso particu-
lar das Dinâmicas Grupais, os psicólogos 
utilizam-se, bem mais, da metodologia 
da experimentação. 
Psicologia Geral
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As técnicas psicológicas mais utilizadas são:
ƒƒ animais em laboratório: a observação 
de animais em situações controladas fa-
cilita a compreensão do comportamento 
das aprendizagens. Os animais mais uti-
lizados são: cães, ratos, pombos, gatos e 
macacos;
ƒƒ técnica da medida do tempo de rea-
ção: esse tempo é medido em frações de 
segundo, por cronômetros. Esse tempo 
varia de pessoa para pessoa e é de gran-
de importância para provas de aptidão 
para determinadas profissões como: mo-
toristas, profissionais de mídia, aviação, 
entre outros;
ƒƒ técnica das associações determinadas: 
essa técnica foi introduzida pelo psicólo-
go suíço Carl Gustav Jung. Consiste em 
ler para o paciente, uma a uma, as pala-
vras de uma lista, pedindo-lhe que a cada 
palavra ouvida diga tudo que lhe venha à 
mente, mesmo que lhe pareça estranho 
e absurdo. Essa técnica possibilita traçar 
um tipo psicológico do paciente;
ƒƒ técnica da associação livre: utilizada 
por Sigmund Freud, que foi o fundador 
da Psicanálise. O psicanalista sugere um 
assunto e deixa que o pensamento flua, 
na livre associação de ideias que o pa-
ciente faz, de acordo com o seu histórico 
pessoal;
ƒƒ técnica de grupos de controle: essa 
técnica consiste na comparação de dois 
ou mais grupos semelhantes, tratados de 
modo igual, em todos os aspectos da ati-
vidade, com exceção de um – o aspecto 
que está sendo estudado. Imagine que 
todas as crianças de uma creche passa-
ram por uma experiência de ataque de 
cachorros e desenvolveram medo. Essa 
técnica poderia ser aplicada de modo a 
controlar esse medo, apresentando um 
filme no qual aparecessem crianças aca-
riciando cachorros dóceis e, assim, fazen-
do paulatinamente diminuir o medo de 
cachorros;
ƒƒ técnica de comparação de gêmeos: 
consiste em comparar dois gêmeos idên-
ticos ou univitelinos. Essa técnica tem 
sido muito empregada para prever a in-
fluência da hereditariedade e do ambien-
te no desenvolvimento da inteligência e 
da personalidade, de modo geral;
ƒƒ técnicas projetivas: são atividades pro-
postas pelos psicólogos nas quais as pes-
soas são convidadas a expressarem seus 
íntimos.
a) Hermann Rorschach elaborou um 
teste de borrões, com dez cartões, 
revelando traços significativos da 
personalidade, como nível de inteli-
gência, extroversão ou introversão, 
conflitos emocionais etc.; 
b) Henry D. Murray criou o TAT, conhe-
cido como teste de apercepção te-
mática, em que existem 20 quadros 
que remontam a contos, nos quais a 
criança pode elaborar a sua própria 
história, baseada em fatores de sua 
psicodinâmica pessoal e familiar; 
c) análise do brinquedo: Melanie Klein 
encontrou muita dificuldade para 
estudar a causa dos problemas emo-
cionais apresentados pelas crianças 
e resolveu observar o modo como 
as crianças brincavam, por meio de 
brinquedos, baseando-se na com-
preensão de seus vocabulários ao 
expressarem o que vinha pelas 
mentes e formas de construções de 
brincadeiras, assim como no tipo de 
brinquedos escolhidos, mais comu-
mente; a ludoterapia passou a ser 
2.3 Técnicas Psicológicas
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14
uma forma terapêutica para auxiliar 
a cura da criança pelo brinquedo; 
d) análise do desenho: o desenho da 
figura humana, da casa e da árvo-
re, são os mais utilizados, revelando 
interesses, autoimagem, conflitos 
emocionais, nível intelectual, entre 
outros fatores, muito utilizados em 
empresas; 
e) testes psicológicos: de inteligência, 
de conhecimentos gerais e/ou espe-
cíficos, nos quais se observa o tipo de 
resposta dada e o desempenho, me-
dindo aptidões dos indivíduos (mui-
to utilizados em seleção de pessoal).
Em Psicologia Clínica, estuda-se o compor-
tamento de uma única pessoa, visando ajudá-la 
em seu ajustamento. É feito um estudo do caso, 
procurando compreender as principais forças e 
influências que orientaram o desenvolvimento 
dessa pessoa. Esse estudo consiste em várias fases, 
entre as quais: investigar o tipo de vida da pessoa; 
as condições sociais em que ela vive; aplicar testes 
de interesses, de aptidões, de inteligência geral, de 
maturidade emocional, de sociabilidade, de traços 
de personalidade; e fazer seu levantamento bio-
gráfico. Após esse estudo, surge o diagnóstico do 
problema dessa pessoa, é recomendada uma tera-
pêutica e o caso é “acompanhado” por um supervi-
sor, por algum tempo. A observação de casos par-
ticulares permite descobrir algumas características 
comuns a muitas pessoas.
2.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo estudamos as três metodologias aplicadas em Psicologia Científica; 
as técnicas mais utilizadas para o conhecimento do humano, cada uma delas, focando aspectos peculia-
res e tornando possível o levantamento de um vasto número de informações sobre a pessoa, animal ou 
grupo analisado. 
2.5 Atividades Propostas
1. Trata-se de um método subjetivo de observação interior. A pessoa observa suas próprias ex-
periências e as relata (a pessoa relata suas emoções, percepções, interesses, recordações etc.). 
De qual método estamos tratando? 
2. São atividades propostas pelospsicólogos nas quais as pessoas são convidadas a expressarem 
seus íntimos. 
3. Trata-se de uma forma terapêutica, criada por Melanie Klein, para auxiliar a cura da criança 
pelo brinquedo. 
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Caro(a) aluno(a), neste capítulo, trataremos 
de compreender o estudo da Fórmula Fundamen-
tal do Comportamento. Vamos iniciar a discussão?
O comportamento tem sido definido como 
sendo o conjunto das reações ou respostas que um 
organismo apresenta às estimulações do ambien-
te. Todo o organismo está continuamente receben-
do estimulações do ambiente e reagindo a elas. Por 
isso é que os cientistas afirmam que o organismo 
vive em um constante processo de interação com 
seu ambiente. As relações que mantemos com o 
mundo que nos rodeia são de dar e receber. Rece-
bemos inúmeras estimulações e damos respostas 
a elas.
Para simbolizar a dependência entre reação 
e estimulação, muitas vezes tem sido empregado 
esse pequeno esquema, no qual E significa estímu-
lo ou conjunto de estímulos (situação) e R significa 
reação ou resposta. Os estudiosos do comporta-
mento preferem empregar o verbo ‘eliciar’ no lugar 
de ‘provocar’ ou ‘causar’. 
Por exemplo: o sumo da cebola elicia a secre-
ção de lágrimas, pelas glândulas lacrimais. 
Estímulo é qualquer modificação do ambien-
te que provoque a atividade do organismo. Assim, 
a luz é um estímulo aos olhos, o som, aos ouvidos.
Reação ou resposta é qualquer alteração do 
organismo (movimentos musculares ou secreções 
glandulares), eliciada por um estímulo.
AtençãoAtenção
Para simbolizar a dependência entre reação 
e estimulação, muitas vezes tem sido 
empregado esse pequeno esquema, no 
qual E significa estímulo ou conjunto de 
estímulos (situação) e R significa reação ou 
resposta. Os estudiosos do comportamento 
preferem empregar o verbo eliciar no lugar 
de provocar ou causar. 
3.2 Classificação do Comportamento
ƒƒ Comportamento inato: também co-
nhecido como comportamento natural. 
Há reações que todos os seres da mesma 
espécie apresentam todas as vezes que 
recebem determinada estimulação, sen-
do invariáveis. Um exemplo: nossas pupi-
las se contraem sempre que aumenta a 
intensidade da luz no ambiente em que 
estamos e se dilatam quando a lumino-
sidade diminui (reflexo pupilar). Outro 
exemplo: nossas pálpebras se cerram 
fortemente sempre que um objeto se 
aproxima bruscamente de nossos olhos 
e sempre que ouvimos um som muito 
FÓRMULA FUNDAMENTAL DO 
COMPORTAMENTO3
3.1 E-R= Fórmula ou Esquema do Comportamento
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16
alto (reflexo palpebral). Essas reações 
não precisam ser aprendidas. Todos os 
seres humanos, em estado normal, as 
apresentam. São chamadas reações ina-
tas e, também, reações não variáveis;
ƒƒ Comportamento adquirido ou apren-
dido: é um comportamento variável. Há 
reações que alguns seres apresentam e 
outros, embora da mesma espécie, não 
apresentam ao receberem determinada 
estimulação. São reações que necessi-
tam de aprendizagem para se processa-
rem, quando o organismo recebe a es-
timulação. Um exemplo: o gato de uma 
determinada casa entra na cozinha todas 
as manhãs ao ouvir o ruído da porta da 
geladeira. Outros gatos, ao ouvirem esse 
mesmo som, não reagem desse modo. 
Outro exemplo: o cão de uma certa fa-
mília aproxima-se prontamente, ao ouvir 
alguém dizer “Totó”. Outros cães, ao ouvi-
rem esse mesmo som, não reagem desse 
modo. Essas reações foram aprendidas. 
Constituem o comportamento variável 
ou adquirido, portanto, aprendido.
O estudo do desenvolvimento do comporta-
mento durante o decorrer de nossa vida tem sido 
realizado pela Psicologia genética ou evolutiva. 
Observou-se que, no início de nossa vida, apresen-
tamos aos estímulos reações que, em sua maioria, 
são inatas. À medida que amadurecemos, vai au-
mentando o número de nossas reações adquiridas 
ou aprendidas. 
A Psicologia comparativa realiza o estudo 
do comportamento animal, comparando-o com 
o comportamento humano. Ela tem demonstrado 
que, nos animais inferiores, predominam as rea-
ções inatas, invariáveis, ao passo que, no ser hu-
mano, predomina o comportamento variável ou 
aprendido.
3.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo estudamos a Fórmula Fundamental do Comportamento, no qual 
vimos que E = estímulo e R = resposta; sendo que existem os comportamentos inatos e os comporta-
mentos adquiridos ou aprendidos; sendo que esses últimos estão estreitamente ligados à quantidade e 
qualidade das estimulações do meio ambiente.
3.4 Atividades Propostas
1. Qual é a definição de comportamento? 
2. Qualquer modificação do ambiente que provoque a atividade do organismo é chamada de...
3. Trata-se de um comportamento variável, com reações que necessitam de aprendizagem para 
se processarem, quando o organismo recebe a estimulação. De qual comportamento estamos 
tratando? 
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Caro(a) aluno(a), neste capítulo, trataremos 
da Abordagem do Behaviorismo de Watson e de 
Skinner. Vamos iniciar a discussão?
O Behaviorismo nasce com Watson e tem 
um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, 
em função de suas aplicações práticas. Tornou-se 
importante por ter definido o fato psicológico, de 
modo concreto, a partir da noção do comporta-
mento (behavior, do inglês). Essa abordagem surge 
com John B. Watson, em 1913, e basicamente traz 
a ideia de que todo estímulo elicia uma resposta, 
com a fórmula comportamental básica: E – R (sen-
do que E = estímulo e R = resposta do indivíduo). 
Essa abordagem traz para a Psicologia da época a 
serventia da quantificação (mensuração) do com-
portamento humano, já que o capitalismo institui 
a necessidade de um parâmetro mais prático para 
a análise humana e suas relações com o trabalho. 
Os primeiros experimentos foram feitos com ra-
tos brancos em laboratórios, assim como outros 
animais, tais como: pombos e sapos, por questões 
éticas e determinantes das ciências biológicas e 
humanas. 
Temos com B. F. Skinner um importante ex-
perimento com ratos, o que possibilitou o avanço 
da compreensão dos condicionamentos e apren-
dizagens humanas. Para os behavioristas, todos os 
comportamentos podem ser controláveis e contro-
lados, uma vez que reconhecem como sendo pas-
sível de observação o que emite uma resposta con-
creta, visível e mensurável no meio ambiente onde 
está atrelado o indivíduo. O Behaviorismo é muito 
utilizado em empresas, escolas, organizações de 
diferentes segmentos, por ser eficaz na especifica-
ção das características humanas.
AtençãoAtenção
Para os behavioristas, todos os 
comportamentos podem ser controláveis 
e controlados, uma vez que reconhecem 
como sendo passível de observação o 
que emite uma resposta concreta, visível 
e mensurável no meio ambiente onde 
está atrelado o indivíduo. 
ƒƒ Comportamento reflexo ou respon-
dente: são todos os comportamentos/
respostas do organismo vivo/indivíduo 
que não dependem diretamente dos 
fatores de aprendizagens (piscar o olho 
mediante a incidência da luz e afastar a 
mão do calor do fogo, por exemplo); 
ƒƒ Comportamento instrumental ou ope-
rante: diferentemente dos comporta-
mentos reflexos/respondentes, estes de-
pendem da habilidade de aprendizagem 
e apenas ocorrem mediante condiciona-
mentos. Esses condicionamentos podem 
ser primários, secundários ou terciários, 
sendo os primeiros ligados às necessi-
dades de primeira ordem (básicas) e os 
outros associados a elas. Ou seja, para os 
behavioristas, toda a aprendizagem está 
O BEHAVIORISMO DE WATSON E SKINNER4
4.1 Principais Conceitos do Behaviorismo
Márcia Lilla
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18
diretamente vinculada às habilidades vo-
luntárias de um organismo responderàs 
suas urgências, mediante os estímulos 
provenientes do meio ambiente, tornan-
do assim o esquema E – R condicionável, 
controlável (exemplo: ao pressionar uma 
barra, o rato observa a ocorrência do 
surgimento da água, e isso apenas acon-
tece após inúmeras tentativas de obter 
sucesso – recompensa). Assim, para os 
comportamentalistas, o comportamento 
e a aprendizagem estão diretamente vin-
culados aos sucessivos erros, até que se 
possa alcançar o acerto; 
ƒƒ Teoria dos reforçamentos: podem ser 
positivos ou negativos, dependendo 
dos objetivos do meio ou do indivíduo. 
No caso do reforço positivo, o indivíduo 
ao ser premiado aprende que para obter 
satisfação de sua necessidade ou dese-
jo, terá de repetir o mesmo mecanismo 
da experiência passada, aprendida; já no 
reforço negativo é o inverso, ele é deses-
timulado a repetir o padrão aprendido, 
pois não encontra no meio ambiente o 
atributo que atende à sua necessidade/
desejo, sendo esse fator fundamental 
para que interrompa o padrão e apren-
da a extinguir o comportamento inde-
sejado (para os behavioristas, o simples 
fato de não se reforçar positivamente 
um comportamento já é suficiente para 
remover uma resposta de um indivíduo/
organismo).
4.2 O Experimento da “Caixa de Skinner”
Vamos relembrar um conhecido experimen-
to feito com ratos em laboratório. Vale informar 
que animais como ratos, pombos e macacos – para 
citar alguns – foram utilizados pelos analistas ex-
perimentais do comportamento (inclusive Skinner) 
para verificar como as variações no ambiente inter-
feriam nos comportamentos. Tais experimentos 
permitiram-lhes fazer afirmações sobre o que cha-
maram de leis comportamentais. 
Um ratinho, ao sentir sede em seu habitat, 
certamente manifesta algum comporta-
mento que lhe permita satisfazer a sua ne-
cessidade orgânica. Esse comportamento 
foi aprendido por ele e se mantém pelo 
efeito proporcionado: saciar a sede. Assim, 
se deixarmos um ratinho privado de água 
durante 24 horas, ele certamente apresen-
tará o comportamento de beber água no 
momento em que tiver sede. Sabendo dis-
so, os pesquisadores da época decidiram 
simular esta situação em laboratório sob 
condições especiais de controle, o que os 
levou à formulação de uma lei comporta-
mental. Um ratinho foi colocado na ‘caixa 
de Skinner’ – um recipiente fechado no 
qual encontrava apenas uma barra. Esta 
barra, ao ser pressionada por ele, aciona-
va um mecanismo (camuflado) que lhe 
permitia obter uma gotinha de água, que 
chegava à caixa por meio de uma pequena 
haste. Durante a exploração da caixa, o ra-
tinho pressionou a barra acidentalmente, 
o que lhe trouxe, pela primeira vez, uma 
gotinha de água, que, devido à sede, fora 
rapidamente consumida. E, por ter obtido 
água ao encostar na barra quando sentia 
sede, constatou-se a alta probabilidade de 
que, estando em situação semelhante, o 
ratinho a pressionasse novamente. (BOCK, 
1996, p. 48-49).
Saiba maisSaiba mais
Quando um bebê começa a conseguir 
se sustentar por suas próprias perninhas 
e a mãe vai, paulatinamente, encora-
jando-o a dar passinhos para frente, ao 
mesmo tempo em que oferece suas 
mãos, para suportá-lo, caso ele se de-
sequilibre, é um exemplo de comporta-
mento instrumental ou operante. 
Psicologia Geral
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19
Skinner denominou esse comportamento de 
operante, em que o que propicia a aprendizagem 
dos comportamentos é a ação do organismo sobre 
o meio e o efeito dela, seus resultados, ou seja, a 
satisfação de uma necessidade, sendo que a apren-
dizagem fica atrelada nessa relação entre ação e 
efeito.
Em suma, os behavioristas contribuíram 
enormemente para a sistematização dos compor-
tamentos aprendidos, desde esses estudos feitos 
em laboratórios, deixando claras as questões dos 
condicionamentos para as aprendizagens huma-
nas, em diversas áreas do conhecimento e aplica-
ções (escolas, indústrias, serviços em gerais, entre 
outras tantas atividades ocupacionais do mercado 
de trabalho).
4.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno, neste capítulo estudamos a Abordagem ou Escola Behaviorista de Watson e de Skin-
ner, onde você tomou conhecimento do importante experimento feito com ratos, de Skinner, o qual 
serviu de base para explicar muitas das aprendizagens condicionáveis do humano. Vimos a diferença do 
comportamento reflexo ou respondente para o comportamento instrumental ou operante; assim como 
a importância do reforço positivo, para garantir a manutenção do comportamento desejável, na apren-
dizagem.
4.4 Atividades Propostas
1. Qual o nome da abordagem que surgiu com John B. Watson, em 1913, e basicamente trouxe 
a ideia de que todo estímulo elicia uma resposta, com a fórmula comportamental básica: E – R 
(sendo que E = estímulo e R = resposta do indivíduo)? 
2. O que vem a ser o Comportamento reflexo ou respondente? 
3. São comportamentos que dependem da habilidade de aprendizagem e apenas ocorrem me-
diante condicionamentos. Esses condicionamentos podem ser primários, secundários ou ter-
ciários, sendo os primeiros ligados às necessidades de primeira ordem (básicas) e os outros 
associados a elas. De qual tipo de comportamento estamos tratando? 
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21
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, trataremos 
da Psicologia da Aprendizagem e das Inteligências. 
Vamos iniciar a discussão?
AtençãoAtenção
Quando um bebê começa a conseguir se 
sustentar por suas próprias perninhas e a 
mãe vai, paulatinamente, encorajando-o 
a dar passinhos para frente, ao mesmo 
tempo em que oferece suas mãos, para 
suportá-lo, caso ele se desequilibre, 
é um exemplo de comportamento 
instrumental ou operante. 
O Processo das Aprendizagens 
Todas as correntes filosóficas e científicas das 
Psicologias, de forma geral, enfocam a questão da 
predisposição humana para o crescimento ajustati-
vo para com o seu meio ambiente. Existe uma forte 
tendência a acreditar na força criadora das capaci-
dades neurais para suplantar as dificuldades mais 
variadas, pois a inteligência humana, até hoje, ain-
da não foi totalmente disponibilizada, para atingir 
todo o seu cume e capacidade total de funciona-
mento, conforme comprovam os neurocientistas 
mais debruçados em análises humanas/sociais.
Um famoso psicólogo, Jean Piaget (1896-
1980), desenvolveu uma importante teoria para 
compreender o desenvolvimento cognitivo, por 
meio do trabalho que acompanhava crianças, e 
classificou a aprendizagem a partir de estágios, tais 
como: a) sensório-motor (ênfase na importância 
da estimulação ambiental, até os 18 meses); b) pré-
-operacional (ênfase na intuição, em que o sentido 
é o desenvolvimento das capacidades mais simbó-
licas das crianças, dos 18 meses até os seis anos de 
idade); c) operações concretas (ênfase nas opera-
ções mentais e no uso do pensamento lógico es-
truturado com as ações e situações reais, dos sete 
aos 11 anos); d) operações formais (ênfase no pen-
samento complexo, articulado e hipotético-dedu-
tivo, envolvendo a imaginação mais rica e intuição, 
após os 12 anos de idade). 
Piaget fomentou inúmeras pesquisas, con-
tribuindo vastamente para posteriores investiga-
ções de seus inúmeros seguidores. Possibilitou a 
compreensão dos processos atrelados às aprendi-
zagens no mundo do trabalho, uma vez que po-
demos observar que as dificuldades do indivíduo 
sempre se reportam às fases anteriores, caso estas 
tenham sido vivenciadas com lacunas e falhas, de-
pendendo tanto da maturação cognitiva quanto 
da qualidade e quantidade das estimulações do 
meio ambiente. 
A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM E 
INTELIGÊNCIA5
5.1 A Aprendizagem e Inteligência (QI-QE-QA)
Márcia Lilla
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22
Os Diferentes Enfoques para as Aprendizagens
Os comportamentalistasacreditam na apren-
dizagem condicionada; os gestaltistas nas relações 
dinâmicas dos contatos humanos internos e exter-
nos; já os psicanalistas acreditam na viabilização de 
um maximizado acesso ao inconsciente, sendo que 
este armazena o manancial criativo e faz com que a 
consciência emancipe o seu dispositivo maior para 
aprender o mundo tanto interior quanto exterior. 
Com Piaget, assim como com outros importantes 
psicoterapeutas, as Psicologias foram angariando 
novas vertentes e constatando em testes, pesqui-
sas e experimentos, os inúmeros atributos das ca-
pacidades individuais e grupais para as aprendiza-
gens, tanto específicas quanto generalizadas, do 
potencial humano. 
A Inteligência Humana
Fatores hereditários e adquiridos formam e 
transformam a inteligência humana sob e sobre 
toda a interatividade que já estamos acostumados 
a verificar em nossas relações humanas. Para os psi-
cólogos contemporâneos, fatores racionais e emo-
cionais são determinantes da evoluída inteligência, 
assim como fatores atitudinais e inter-relacionais.
Inteligência Racional (QI)
Binet, Simon e Stern, em 1912, pesquisaram 
o quociente de inteligência mediante uma esca-
la que media a capacidade do conhecimento de 
crianças comparando as idades cronológicas. As-
sim sendo, catalogaram diferentes medidas para as 
inteligências (até a atualidade são muito utilizadas 
essas escalas para medição de QI). Consideram o 
QI saudável dentro dos parâmetros 90-120, sendo 
que variações para baixo ou para cima estariam re-
lacionadas com defasagens/incapacidades e, por 
outro lado, genialidades/alta capacitação de ex-
pansão pessoal. 
Pesquisas e testes de QI em muito facilitam 
a seleção de pessoal para as organizações, desde a 
era industrial até a atualidade, pois vivemos em um 
mundo globalizado e de forte tendência competi-
tiva, fazendo-se necessários os instrumentos práti-
cos de medição de recursos para os conhecimen-
tos específicos e gerais da inteligência humana.
Inteligência Emocional (QE)
Daniel Goleman (1995) traz o conceito de 
sincronia emocional e nos atenta para as questões 
das deficiências “das conscientizações dos sentires”, 
tão vastamente ignoradas por outras correntes das 
Psicologias. Por meio de experimentos ricos e com-
plexos, tal ideia nos remonta para a integração de 
uma inteligência emocional e racional, na qual haja 
o contínuo alinhamento da rede neural com todos 
os âmbitos emocionais. 
Goleman foi o criador do termo ‘QE’ e revo-
lucionou a visão fragmentada da inteligência, tra-
zendo uma concepção de ampliada e inquietante 
constatação de que o controle emocional depen-
derá sempre de uma profunda e intensa capacida-
de de se dar conta do que se sente, sem que isso 
implique em atuar o sentimento concomitante-
mente no meio, na situação vivida. 
Para o autor, o sequestro emocional seria 
uma ação inadequada do indivíduo, comprovando 
a sua incapacidade de lidar com a emoção perce-
bida, ou seja, a inconsciência de um sentimento 
levando a uma ação inadequada ao contexto. Essa 
visão da inteligência explicou o porquê de pessoas 
com QI elevados não serem as mais bem-sucedidas 
profissionalmente, por possuírem genialidades ou-
tras e não emocionais e relacionais. Suponhamos 
que um profissional de criação, em uma reunião 
em que esteja apresentando a sua campanha seja 
tomado por um forte sentimento de ira e resolva 
agir de forma grosseira e agressiva, ocasionando 
a perda da conta de um importante cliente para 
a sua agência. Com certeza, esse episódio dramá-
tico seria um típico sequestro emocional, típico 
de quem não lida bem com as próprias emoções, 
mantendo-as sob controle consciente e ajustativo, 
conforme exige cada situação das vivências que se 
apresentam no dia a dia. 
 
Psicologia Geral
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23
 
Inteligências Múltiplas e Atitudinais
Howard Gardner, nos anos 60, foi um impor-
tante pesquisador e trouxe a contribuição de uma 
teoria que identificou diferentes inteligências: a) 
lógico-matemática: símbolos numéricos e lineares; 
b) linguística: símbolos ligados às letras, palavras, 
assim como expressões da mesma pela palavra e 
suas manifestações; c) espacial: ligada aos aspectos 
mais físicos de contextualizações; d) musical: liga-
da aos sons, desde a emissão até elaborações mais 
avançadas; e) intrapessoal: que diz respeito às ca-
pacidades de autoconhecimento e controle emo-
cional; e f ) interpessoal: que dita as habilidades de 
relacionamentos com as outras pessoas, de forma 
madura, responsável, ética e assertiva. 
Para Gardner, quanto mais as pessoas pu-
derem investir não somente em maximizar suas 
potencialidades, como também em potencializar 
suas limitações, mais e mais estarão aptas para de-
senvolverem em plenitude suas totais e genéricas 
aptidões cognitivas/emocionais. Em outras pa-
lavras, o ser inteligente atual e contemporâneo é 
aquele que vive a sua inteligência de maneira múl-
tipla, de acordo com os sistemas em que se insere, 
uma vez que o mundo está cada vez mais criativo, 
diferenciado e solicitando inúmeras capacidades 
de ajustamentos variados e crescentes.
Para os cognitivistas, 
[...] o processo de organização das informa-
ções e de integração do material à estru-
tura do pensar e refletir, armazenar e pro-
cessar, integrar aos processos conscientes 
é o que melhor conceitua a aprendizagem. 
Esta abordagem diferencia a aprendiza-
gem mecânica da aprendizagem significa-
tiva: a) aprendizagem mecânica refere-se à 
aprendizagem de novas informações com 
pouca ou nenhuma associação com con-
ceitos já existentes na estrutura cognitiva. 
O conhecimento assim adquirido fica arbi-
trariamente distribuído na estrutura cogni-
tiva, sem se ligar a conceitos específicos (ex: 
decorar um texto); b) aprendizagem signi-
ficativa: processa-se quando um novo con-
teúdo (idéias ou informações) relaciona-se 
com conceitos relevantes, claros e dispo-
níveis na estrutura cognitiva, sendo assim 
assimilado por ela. Estes conceitos dispo-
níveis são os pontos de ancoragem para a 
aprendizagem. (BOCK, 1996, p. 117-118).
Um exemplo dessa última forma de apren-
dizagem: você integra e aprende o conceito que 
pode viver na vida real e não se esquece mais do 
valor significativo da teoria, graças à experiência 
cognitiva aprendida. E isso se aplica em diversas 
áreas, com diferentes pessoas, dos pequenos até 
grandes grupos. 
A inteligência é, sem dúvida, uma das qua-
lidades humanas mais desejáveis. Cada cientista, 
ao longo da história e de suas pesquisas, revelam 
a inteligência, sob e entre diferenciados aspectos. 
Desde Platão, pensar a inteligência, por si só, já é 
uma representação bastante satisfatória dela, pois 
o exercício é um indicativo de capacidade reflexiva 
e pensante. 
O que mais caracteriza o ato inteligente é o 
fato de utilizar vários elementos da situação de ma-
neira original ou criativamente nova. No fundo, em 
todo ato inteligente há uma pequena descoberta, 
a estrutura da inteligência: 
a) cognição: na solução de um problema 
ou situação difícil, é preciso, em primeiro 
lugar, reconhecer os elementos dispo-
níveis e constitutivos da situação (essa 
operação é a cognição = conhecer, do 
latim); 
b) memória: além de levantar os dados do 
problema, é preciso retê-los na memória 
ou evocar outros elementos para o pro-
Saiba maisSaiba mais
Goleman desvelou em suas pesquisas 
que indivíduos com Inteligência Emo-
cional bem desenvolvida eram mais ap-
tos para ocuparem cargos de liderança 
do que os que tinham o “QI” elevado; 
essas pesquisas serviram de “quebra de 
paradigmas” e mudaram diametralmen-
te a visão de muitos empresários, inclu-
sive. 
Márcia Lilla
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24
cessamento da solução (reter e evocar 
são funções da memória);c) produção convergente: é uma forma 
de atividade intelectual que processa 
os elementos mentais de conformidade 
com os padrões convencionais (exemplo: 
seguir manuais de orientações nas orga-
nizações, criteriosamente); 
d) produção divergente: é uma forma de 
atividade intelectual que processa os ele-
mentos mentais de modo não conven-
cional; as descobertas e invenções são 
produtos divergentes, não convencio-
nais da mente, são originalidades expres-
sivas do ato singular de se criar, dando 
um salto qualitativo nas dimensões que 
convergem; 
e) avaliação: é uma forma de atividade 
mental em que a mente elabora pesos 
e valores diferentes, julgando a respeito 
da correção, adequação, desejabilidade, 
melhor conveniência. Quando um su-
pervisor ou coordenador está avaliando 
mentalmente, está processando elemen-
tos mentais que são valores, pesos, rea-
ções comportamentais adequadas etc. 
Em todo processo decisório, cada infor-
mação tem uma relevância e um peso 
próprios. Nem todos os elementos se 
apresentam com o mesmo valor; é um 
ato típico de avaliação. 
As atividades da mente só existem sobre de-
terminados conteúdos; ninguém pensa a respeito 
de nada. O pensamento consiste em elaborar, pro-
cessar mentalmente algum conteúdo. É claro que 
podemos raciocinar sobre inúmeras coisas. Há um 
número infinito de assuntos sobre os quais pode-
mos pensar. Contudo, Guilford, psicólogo america-
no, reduziu-os a quatro categorias: 
a) conteúdos figurativos: elementos con-
cretos num espaço limitado (inteligência 
espacial, concreta e mecânica); 
b) conteúdos simbólicos: inteligência nu-
mérica, musical ou de qualquer outro 
elemento simbólico; 
c) conteúdos semânticos: inteligência 
mais verbal (oradores, professores, escri-
tores, filósofos); 
d) conteúdos comportamentais: inteli-
gência social baseada em atitudes, for-
mas de proceder, ação, padrão de ações 
das pessoas, formas altamente criativas 
para lidar com elementos comporta-
mentais (exemplo: profissionais das pu-
blicidades e marketing necessitam des-
sas qualificações para melhor exercerem 
suas funções).
Essência da Aprendizagem e da Inteligência
O que está no cerne do comportamento in-
teligente? Para alguns psicólogos, a ênfase está no 
pensamento abstrato e no raciocínio, e, para ou-
tros, o foco está nas capacidades que possibilitam a 
aprendizagem e a acumulação de conhecimentos. 
Existem correntes que enfatizam a competência 
social: se as pessoas conseguem resolver os pro-
blemas apresentados por sua cultura. E na época 
atual, os psicólogos não sabem sequer se há um 
único fator geral (normalmente chamado de ‘G’, ini-
cial de ‘geral’) do qual dependam todas as habilida-
des cognitivas.
Medindo a Inteligência – os Famosos Testes de 
Inteligência
Alfred Binet (1857-1911), destacado psicólo-
go francês, foi quem criou a primeira medição prá-
tica da inteligência. De início, juntamente com seus 
colaboradores, mediu habilidades sensoriais e mo-
toras, da mesma forma que o fez Galton. Logo, eles 
perceberam que tais avaliações não funcionariam 
e começaram a observar as habilidades cognitivas 
– duração da atenção, memória, julgamentos esté-
ticos e morais, pensamento lógico e compreensão 
de sentenças – bem como medidas de inteligência. 
O projeto de Binet teve significativa arranca-
da em 1904, ano em que foi nomeado para integrar 
uma comissão do governo para estudar os proble-
mas do ensino de crianças retardadas. O grupo 
concluiu que se deveria identificar as crianças men-
Psicologia Geral
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talmente incapazes e dirigi-las a escolas especiais. 
Esse evento possibilitou estudos avançados de dis-
tinção de níveis intelectuais para a diferenciação 
de aprendizagens, para crianças com dificuldades 
cognitivas. O teste de Binet foi importado pelos Es-
tados Unidos e por outros países. 
Lewis Terman, um psicólogo que trabalhava 
na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, 
fez uma revisão amplamente aceita do teste de 
Binet, em 1916. Esse teste ficou conhecido como 
Stanford-Binet e trouxe o padrão mundialmente 
conhecido para os testes de inteligências QI (quo-
ciente de inteligência, termo criado por psicólo-
gos alemães). Esse teste compara os resultados 
obtidos por um indivíduo com aqueles de outros 
indivíduos da mesma idade, dentro de uma esca-
la de probabilidades e expectativas para cada fase 
do desenvolvimento (conforme vimos com Piaget, 
para as cognições), o que também foi um forte cri-
tério para que tal escala pudesse ser configurada.
Os testes de inteligência atuais ainda seguem 
as tendências citadas anteriormente, e somam-
-se a estas as da Escala de Inteligência Adulta de 
Wechsler, revisada em 1981, em que a preocupa-
ção é medir diferentes recursos individuais para 
lidar com os correspondentes desafios (subtestes 
verbais e de desempenho avaliam capacidades 
que exigem a manipulação de objetos ou outros 
tipos de resposta com as mãos, baseando-se no 
pensamento sem palavras e nas habilidades de re-
solução de problemas práticos, também).
5.2 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo estudamos o processo das aprendizagens e você conheceu a teoria 
do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget em seus diferentes estágios de desenvolvimento. Vimos 
que os diferentes enfoques de aprendizagens estão diretamente ligados ao aprimoramento da inteligên-
cia humana. Estudamos os diferentes posicionamentos sobre a Inteligência: a racional, de Binet, Simon e 
Stern; a emocional, de Daniel Goleman; e a Múltipla e Atitudinal, de Howard Gardner. Discorremos sobre 
as diferenças entre a produção convergente e a divergente; aprendemos diversificadas visões sobre o 
pensamento inteligente e práticas usuais avaliativas de Aprendizagens e Inteligências, conforme Alfred 
Binet e seus colaboradores. 
5.3 Atividades Propostas
1. Qual o nome do famoso psicólogo que desenvolveu uma importante teoria para compreen-
der o desenvolvimento cognitivo, por meio do trabalho que acompanhava crianças, classifi-
cando a aprendizagem a partir de estágios? 
2. Conceito de Inteligência que trata da sincronia emocional e nos atenta para as questões das 
deficiências “das conscientizações dos sentires”, tão vastamente ignoradas por outras corren-
tes das Psicologias. De qual conceito estamos tratando? 
3. Trata-se de um tipo específico de aprendizagem que se processa quando um novo conteúdo 
(ideias ou informações) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estru-
tura cognitiva, sendo assim assimilado por ela. Esses conceitos disponíveis são os pontos de 
ancoragem para a aprendizagem. De qual tipo de aprendizagem estamos nos referindo? 
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Caro(a) aluno(a), neste capítulo, trataremos 
da Abordagem da Gestalt e seus principais concei-
tos. Vamos iniciar a discussão?
AtençãoAtenção
Um bom exemplo da visão de Lewin des-
carta completamente a visão fragmen-
tada do humano nas relações sociais, ou 
seja, não devemos “julgar” com a nossa 
visão de mundo a forma de vida de um 
indivíduo e/ou um grupo, pois cada um 
se relaciona com coerência dentro de 
seu campo interno e externo (objetiva e 
subjetivamente), como em se tratando 
da compreensão dos modos de vida de 
uma tribo específica. 
6.1 Gestalt
Tendo seu berço na Europa, surge como uma 
negação da fragmentação das ações e processos 
humanos, realizada pelas tendências da Psicologia 
Científica do século XIX, postulando a necessidade 
de se compreender o homem como uma totalidade 
dinâmica e processual, sendo, assim, uma aborda-
gem de cunho existencial, humanística e sistêmica 
de fundamental importância para a compreensão 
da complexidade humana.
A palavra ‘Gestalt’ não possui tradução exa-
ta, mas representa configuração, forma e em umprimeiro momento, na Alemanha, mais especifica-
mente com os psicólogos Max Wertheimer, Chris-
tian von Ehrenfels, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka 
adquire importância em uma sociedade pautada, 
naquela época, por concepções puramente racio-
nais, cognitivas ou com ênfase em aspectos pura-
mente inconscientes. Com esses pesquisadores, 
volta a promover a importância de uma visão de 
homem e de mundo mais fenomênica, integrada 
e contextualizada, tal como as exigências mais cor-
rentes demandavam. 
Basicamente, a Psicologia da Gestalt tratou a 
princípio dos fatores atrelados às percepções hu-
manas e suas manifestações tanto internas quan-
to externas, trazendo a contribuição de enfatizar 
que a relação do indivíduo com o meio era o fator 
de maior impacto, o que mereceria análise e com-
preensão e que também traria a constatação da 
unicidade e da universalidade, fatores fundamen-
tais dessa abordagem.
Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou 10 anos 
com os gestaltistas e elaborou a sua famosa teoria 
de campo, sendo que esta se reporta às crenças de 
que todo indivíduo somente pode ser compreen-
dido se estivermos focando todo o ambiente onde 
ele está envolvido e, principalmente, como ele está 
se relacionando em seu campo (as suas crenças, 
valores, necessidades e limitações). Para Lewin, o 
indivíduo não pode ser compreendido de forma 
A PSICOLOGIA DA GESTALT6
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linear, rígida, fixa, mas, sim, dinâmica, processual e 
contextual.
Os gestaltistas foram ampliando as pesquisas 
relacionadas às percepções e organizações huma-
nas, percebendo que os elementos biopsicosso-
ciais estavam sempre atuando de forma sistêmica 
e variando de acordo com a singularidade de cada 
pessoa e ambiência envolvida.
Outro psicólogo surgiu desse movimento, 
Fritz Perls, tendo sido um marco para o que viria 
a ser a Gestalt-terapia que conhecemos na atuali-
dade. Para Perls, todo comportamento é a melhor 
resposta que um indivíduo pode dar num deter-
minado momento e apenas o presente é capaz 
de fazê-lo atualizar-se e promover o ajustamento 
criativo que lhe dará a satisfação imediata, para 
que uma nova necessidade ressurja no campo 
interno e externo, sucessivamente. Para Perls, so-
mente existia o presente e como o indivíduo agia 
era o fator mais fundamental para a compreensão 
de seu modo de estar sendo transformado, proces-
sualmente. Essa visão traz uma maior positividade 
e liberdade na perspectiva que o mundo da época 
tinha do caráter humano e social, o que sem dúvi-
da agregou inúmeros desenvolvimentos e pesqui-
sas para as Ciências Humanas e Sociais da época.
6.2 Principais Conceitos da Gestalt
Os principais conceitos da Gestalt são: 
a) figura-fundo: sendo que a figura é a par-
te central e mais importante da percep-
ção, e o fundo, todo o contexto que lhe 
dá destaque; 
b) a busca pela boa forma: a percepção se 
organiza por meio da intencionalidade 
de buscar a harmonia e a integração, as-
sim como um sentido satisfatório para a 
compreensão do que o indivíduo perce-
be; 
c) insight: existe a habilidade natural do 
indivíduo para a busca do fechamento 
do que compreende, buscando em seu 
repertório individual parâmetros para 
as soluções criativas dos problemas/per-
cepções; 
d) espaço vital: o indivíduo se atualiza no 
campo situacional onde vive, de acordo 
com solicitações externas e recursos in-
ternos; 
e) leis da percepção para a Gestalt (simetria, 
regularidade, proximidade, semelhança 
e fechamento): condições fundamentais 
para o processo autorregulativo da boa 
forma, para a percepção; 
f ) o todo é maior do que a soma das par-
tes: cada elemento possui uma função 
e contribui de formas correlacionais ao 
todo em que está inserido, sendo que o 
significado das partes apenas reflete exa-
tamente a função do contexto presente. 
Porém, a dinâmica processual é sempre 
reajustativa, circular e processual, levan-
do à totalidade e, ao mesmo tempo, al-
cançando novos rumos e sentidos; 
g) o como é mais importante do que os por-
quês; 
h) o presente, o aqui e agora, é o foco princi-
pal para a compreensão da percepção e 
atualização do indivíduo no seu meio (o 
passado e o futuro se condensam quan-
do existe centragem de percepção e to-
mada de decisão, propriamente ditas).
Saiba maisSaiba mais
Para os gestaltistas, toda vez que um indivíduo expande suas fronteiras de contato e corre o risco 
de viver algo novo/inusitado, ocorre um ajustamento criativo; em outras palavras, a coragem de se 
recriar continuamente está diretamente vinculada às nossas relações de contato com o outro. Na 
linha divisória de encontrar o outro é que eu descubro quem é o outro e quem sou eu; cada vez 
mais e melhor, num crescente contínuo, se o ajustamento criativo for funcional.
Psicologia Geral
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 Os pesquisadores da Psicologia da Gestalt, 
escola que antecipou a corrente da Gestalt-terapia, 
trouxeram inúmeras contribuições para que pudés-
semos entender como se estrutura todo o campo 
fenomênico interior que forma o que chamamos 
de ‘percepção’ – e seu processo ocorre entre as-
pectações de ordens variadas e dentro do que Kurt 
Lewin denominou como Campo Psicológico. Este é 
entendido como um campo de força que nos leva 
a procurar a boa forma; funciona figurativamente 
como um campo eletromagnético criado por um 
ímã (a força de atração e repulsão). Esse campo de 
força psicológico tem uma tendência que garante 
a busca da melhor forma possível em situações que 
não estão muito estruturadas. Esse processo ocor-
re de acordo com os princípios de proximidade, se-
melhança e fechamento. 
A proximidade garantiria a melhor percep-
ção para os elementos dispostos, de acordo com a 
distância mais curta, sendo notados devidamente 
agrupados. Já na semelhança, os elementos seriam 
percebidos como sendo similares/ parecidos ou de 
um mesmo grupo de referência (exemplo: perce-
ber formas circulares agrupadas mais nitidamen-
te do que outras, após o sujeito ter ficado horas e 
horas analisando pneus, uma vez que trabalha na 
indústria de fabricação dos mesmos). E, finalmente, 
fechamento, quando o sujeito é capaz de comple-
tar a figura que falta, mediante caracteres armaze-
nados na sua consciência, a fim de garantir a boa 
forma perceptiva e fechar o seu ciclo de contato de 
maneira satisfatória. 
6.3 A Abordagem da Boa Forma da Gestalt
6.4 A Teoria de Campo de Kurt Lewin
O psicólogo Lewin (1890-1947) trabalhou du-
rante 10 anos com Wertheimer, Koffka e Kohler na 
Universidade de Berlin, e dessa colaboração com os 
pioneiros da Gestalt foi que germinou o que viria a 
se tornar essa importante teoria da percepção, vista 
de uma maneira mais holística e sistêmica. Entre-
tanto, sendo ele um pesquisador, mais do que um 
gestaltista, parte da teoria da Gestalt é para cons-
truir um conhecimento novo e genuíno. Ele aban-
dona a preocupação psicofisiológica (limiares de 
percepção) da Gestalt, para buscar na Física as ba-
ses metodológicas de sua psicologia. 
O principal conceito de Lewin é o do espaço 
vital, que ele define como “a totalidade dos fatos 
coexistentes e mutuamente interdependentes que 
determinam o comportamento do indivíduo num 
certo momento.” (LEWIN, 2005, p. 45). O que Lewin 
concebeu como campo psicológico foi o espaço de 
vida considerado dinamicamente, em que se levam 
em conta não somente o indivíduo e o meio, mas 
o todo circunstancial vivido dentro de um espaço 
e um tempo. Um bom exemplo da visão de Lewin 
descarta completamente a visão fragmentada do 
humano nas relações sociais, ou seja, não deve-
mos “julgar” com a nossa visão de mundo a forma 
de vida de um indivíduo e/ou um grupo, pois cada 
um se relaciona com coerência dentro de seu cam-
po interno e externo (objetiva

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