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AULA Nº18geologia ambiental

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MÓDULO III
AULA Nº. 18 
3. ACÇÃO ANTRÓPICA E MEIO AMBIENTE
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Introdução
São grandes os desafios a enfrentar quando se procura direccionar as acções para a melhoria das condições de vida no mundo. Um deles é relativo à mudança de atitudes na interação com o patrimônio básico para a vida humana: o meio ambiente.
A problematica e o entendimento das conseqüências de alterações no ambiente permitem compreendê-las como algo produzido pela mão humana, em determinados contextos históricos, e comportam diferentes caminhos de superação. Dessa forma, o debate nas escolas, pode incluir a dimensão política e a perspectiva da busca de soluções para situações como a sobrevivência de pescadores na época da desova dos peixes, a falta de saneamento básico adequado ou as enchentes que tantos danos trazem à população.
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A solução dos problemas ambientais tem sido considerada cada vez mais urgente para garantir o futuro da humanidade e depende da relação que se estabelece entre sociedade/natureza, tanto na dimensão colectiva quanto na individual.
A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo no qual se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutençãoda vida. À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos.
Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, alicerçado na industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, a mecanização da agricultura, o uso intenso de agrotóxicos e a concentração populacional nas cidades.
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Os rápidos avanços tecnológicos viabilizaram formas de produção de bens com conseqüências indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa, a ponto de pôr em risco a sua renovabilidade. Sabe-se agora da necessidade de entender mais sobre os limites da renovabilidade de recursos tão básicos como a água, por exemplo.
Nas regiões mais industrializadas, passou-se a constatar uma deterioração na qualidade de vida, o que afeta tanto a saúde física quanto a saúde psicológica das pessoas, especialmente das que habitam as grandes cidades. Por outro lado, os estudos ecológicos começaram a tornar evidente que a destruição e até a simples alteração de um único elemento pode ser nociva e mesmo fatal para todo o ecossistema.
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3.1. POLUIÇÃO DA ÁGUA, AR, SONORA E VISUAL
A palavra poluição, pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas ou químicas ou biológicas desse meio, afectando, ou podendo afectar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou que têm contacto com ele, ou que nele venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais presentes.
Tendo como base a espécie humana, tal definição, aplicada às acções praticadas pela espécie humana, levaria à conclusão de que todos os actos originários desta espécie são actos poluidores; o simples acto de respirar, por exemplo.
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A fim de que se estabelecessem limites para considerar o que, dentro do razoável, fosse considerado como poluição, foram estabelecidos parâmetros e padrões. Os parâmetros para indicar o que está poluindo e os padrões para quantificar o máximo permitido em cada parâmetro.
Por exemplo: uma determinada indústria lança nas águas de um rio, águas com temperatura de 40ºC, acima da média da temperatura normal dessas águas. Isso será uma forma de poluição aceite para aquele rio no parâmetro temperatura, se o padrão (máximo) de lançamento for 44ºC.
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Dizemos que ocorreu uma poluição ambiental quando acontecer a adição ou o lançamento de qualquer substância ou forma de energia (luz, calor, som) ao meio ambiente, em quantidades que resultem em concentrações maiores que as naturalmente encontradas.
Os tipos de poluição são, em geral, classificados em relação ao componente ambiental afetado (poluição do ar, da água, do solo), pela natureza do oluente lançado (poluição química, térmica, sonora, radioativa, etc) ou pelo tipo de atividade poluidora (poluição industrial, agrícola, comercial, etc).
Encontramos diversas definições do termo poluição e de seus tipos, tanto acadêmicas quanto legais:
1) Introdução, num ciclo biológico, de elementos cuja qualidade e quantidade são de natureza a bloquear os circuitos normais. (Dansereau, 1978)
2) É a adição, tanto por fonte natural ou humana, de qualquer substância estranha ao ar, à água ou ao solo, em tais quantidades que tornem esse recurso impróprio para uso específico ou estabelecido (The World Bank, 1978).
3) A degradação ambiental é resultante de atividades que direta ou indiretamente:
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a) Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) Afectem desfavoravelmente a biota;
d) Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e
e) Lancem materiais ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. (Lei Federal nº: 6.938, de 31 de agosto de 1981).
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TIPOS DE POLUIÇÃO:
POLUIÇÃO DA ÁGUA
POLUIÇÃO DO AR OU ATMOSFÉRICA
POLUIÇÃO SONORA
POLUIÇÃO VISUAL
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POLUIÇÃO DA ÁGUA
As águas subterrâneas, os rios, lagos e mares são o destino final de todo poluente solúvel lançado no ar e no solo..
A poluição da água tem causado sérios problemas ecológicos, a nível do mundo, em rios, nascentes, etc.. A maior responsabilidade pela devastação da fauna e pela deterioração da água nas vias fluviais cabe às indústrias químicas instaladas em suas margens.
Os resíduos fecais constituem os principais poluentes presentes nos esgotos domésticos. Eles contêm principalmente restos orgânicos e
bactérias coliformes. Tais poluentes causam distúrbios intestinais, diarréia e intoxicações.
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O grande acúmulo de restos orgânicos facilita a proliferação de bactérias aeróbias, que são consumidoras de oxigênio. Com o consumo do oxigênio, desenvolvem -se bactérias anaeróbias, produtos dos gases de putrefação, responsáveis pelo cheiro da água, e tóxicas para os seres vivos. Assim, a vida aquática se extingue.
Os fertilizantes usados na lavoura, quando arrastados pela água da chuva, podem poluir rios e lagos. Os nitratos e fosfato, principalmente, favorecem uma proliferação exagerada de algas, que podem cobrir completamente a superfície da água. Esse processo, denominado eutrofização, limita e inibe o desenvolvimento de outros organismos. Os agrotóxicos usados na lavoura, principalmente os organoclorados e os organofosforados, são muitos tóxicos.
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Os organismos aquáticos, desde os microscópios até as formas maiores, são afectados pelos inseticidas. Os que não morrem acumulam tais materiais; quando são comidos por outros, os efeitos tóxicos é transferido para organismos maiores. Peixes, aves e mamíferos sofrem os efeitos tóxicos dos inseticidas. No homem, a intoxicação provoca dores de cabeça, diarréias, sudorese, vômitos, dificuldades respiratórias, choque e morte.
Os detergentes impedem a decantação e a deposição de sedimentos e, como reduzem a tensão superficial, permitem a formação de espuma na superfície da água. Tal facto impede o desenvolvimento da vida aquática.
Os ácidos, principalmente o sulfúrico e o nítrico, acidificam a água de rios e lagos, comprometendo toda a vida aquática. Eles chegam até os rios e lagos com as chuvas ácidas, em conseqüência da poluição atmosférica por dióxidos de enxofre e óxido de nitrogênio.
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O petróleo polui a água do mar durante o transportes, pois ocorrem vazamentos e a limpeza dos
petroleiros é feita no mar. Ele se espalha sobre a água, formando uma camada que impedi as trocas gasosas e a passagem da luz. Com isso, ocorrem os organismos componentes do plâncton; muitos peixes ficam com as brânquias obstruídas, o que os impedem de respirar; e as aves marinhas, com as penas lambuzando de petróleo, podem a capacidade de voar e de boiar, o que as condena à marte.
Os metais pesados, principalmente chumbo, mercúrio e cádmio, quando ingeridos com a água, causam problemas semelhantes ao que provoca quando inalados. O mercúrio, entretanto, torna-se mais tóxicos na água porque é convertido em dimetil-mercúrio é mais facilmente assimilável e fica depositado nos tecidos gordurosos dos animais. Tem, portanto, efeito cumulativo ao longo das cadeias alimentares.
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A água pode ser contaminada de muitas maneiras:
- pela acumulação de lixos e detritos junto de fontes, poços e cursos de água;  
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-  Pelos esgotos domésticos de aldeias, vilas e cidades lançam nos rios ou nos mares; 
 Pelos resíduos tóxicos que algumas fábricas lançam nos rios; 
 Pelos produtos químicos que os agricultores utilizam para combater as doenças das suas plantas, e que as águas das chuvas arrastam para os rios e para os lençóis de água existentes no subsolo; 
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 - pela lavagem clandestina, ou seja, não autorizada, de barcos no alto mar, que largam combustível;
 - pelos resíduos nucleares radioactivos, depositados no fundo do mar;
 - pelos naufrágios dos petroleiros, ou seja, acidentes que causam o derrame de milhares de toneladas de petróleo, sujando as águas e a costa e matam toda a vida marinha – as chamadas marés negras.
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A água, tal como o ar, constitui um elemento vital para os seres vivos, pois permite a existência e a preservação dos ecossistemas. Sem ela, a vida no Planeta seria impossível.
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Indústria: É o sector de actividade que mais polui a água, uma vez que produz resíduos industrias tóxicos, que são lançados directamente nos rios.
Agricultura: É uma fonte de poluição devido à utilização generalizada de fertilizantes químicas azotados e de pesticidas na agricultura moderna.
Pecuária: Dejectos, substâncias químicas componentes das rações (nomeadamente hormonas), sangue e pedaços de vísceras oriundos dos matadouros.
Esgotos Domésticos: Provocados pelas populações, geram enormes quantidades de efluentes, em especial nas áreas de forte concentração urbana. 
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- A água torna-se imprópria ou não potável para os seres humanos;
- As águas marítimas ficam afectadas pela poluição destas águas.
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Causas:
Esgotos das cidades e regiões agrícolas;
Marés negras (derrame de petróleo);
Compostos orgânicos;
Fertilizantes;
Pesticidas e herbicidas.
Consequências:
Os compostos orgânicos lançados nas águas provocam um aumento de microrganismos decompositores. Esses microrganismos consomem todo o oxigénio dissolvido na água; com isso, os peixes que ali vivem podem morrer, não por envenenamento, mas por asfixia;
Doenças (malária, a cólera, entre outras);
Malefícios na fauna e na flora marítima.
A poluição marítima resulta da introdução de substâncias nocivas à vida marinha, assim como, a modificação de determinados elementos físicos.
A poluição marítima resulta sobretudo da acção humana, que faz dos oceanos a sua lixeira.
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A poluição atmosférica OU DO AR:
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são as eliminações de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, de automóveis e sistemas de aquecimento doméstico.
O ar poluído penetra nos pulmões, ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar. Esses efeitos são reforçados ainda pelo consumo de cigarros.
Nos grandes centros urbanos, tornam – se frequêntes, os dias em que a poluição do ar atinge níveis críticos, seja pela ausência de ventos, seja pelas inversões térmicas, que são períodos nos quais cessam as correntes ascendentes do ar, importantes para a limpeza dos: poluentes acumulados nas camadas próximas à superfície.
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Existem exemplos famosos de casos em que os níveis críticos foram ultrapassados. Em 1948, na cidade de Donora, perto de Pittsburg, Estados Unidos, a poluição atmosférica acarretou centenas de mortes e obrigou algumas fábricas a ficarem vários dias paralisadas. Em 1952, Londres conheceu seu pior smog. Em conseqüência desse fenômeno morreram cerca de 4 000 pessoas.
A maioria dos países capitalistas desenvolvidos, já possui uma rigorosa legislação antipoluição, que obriga certas fábricas a terem equipamentos especiais (filtros, tratamento de resíduos, etc.) ou a usarem processos menos poluidores.
 Nesses países, também é intenso o controle sobre o aquecimento doméstico a carvão, o escarpamento dos automóveis, etc. Tais procedimentos alcançam resultados consideráveis, embora não eliminem completamente o problema da poluição do ar
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Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre 1830 e 1930. Hoje em dia esse aumento é de aproximadamente de 0,3% ao ano. Os desmatamentos contribuem bastante para isso, pois a queima das florestas produz grande quantidade de gás carbônico.
Como o gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo chamado "efeito estufa", um aumento da proporção desse gás na atmosfera pode ocasionar um aquecimento da superfície terrestre.
Baseado nesse fato, alguns cientistas estabeleceram a seguinte
hipótese: com a elevação da temperatura média na superfície terrestre, que no início do século XXI será 2º C mais alta do que hoje, o gelo existente nas zonas polares (calotas polares) irá se derreter.
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Conseqüentemente, o nível do mar subirá cerca de 60m, inundando a maioria das cidades litorâneas de todo o mundo. Alguns pesquisadores pensam inclusive que esse processo já começou a ocorrer a partir do final da década de 80. Os verões da Europa e até da América têm sido a cada ano mais quentes e algumas medições constatara um aumento pequeno, de centímetros, do nível do mar em algumas áreas litorâneas.
Todavia, esse fato não é ainda admitido por grande parte dos estudiosos do assunto. Outra importante conseqüência da poluição atmosférica é o surgimento e a expansão de um buraco na camada de ozônio, que se localiza na estratosfera — camada atmosférica situada entre 20 e 80km de altitude.
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Existem diferentes causas de contaminação do ar:
- O fumo que sai pelas chaminés das fábricas;
- O fumo que sai pelos tubos de escape dos meios de transporte;
- A incineração dos lixos a céu aberto ( quer dizer, queimar lixos); 
O uso, em demasia, de insecticidas e outros sprays (desodorizantes, desinfectantes do ambiente, etc); 
A poluição do ar pode fazer com que o ar que tu respires te torne doente. Quando respiras ar poluído com frequência, as partículas presentes podem depositar-  -se nos teus pulmões. A poluição do ar pode provocar dor de cabeça ou irritar a tua garganta e pode também fazer os teus olhos lacrimejarem e irritá-los.
A poluição do ar causa prejuízo às plantações e os animais também podem ficar doentes por causa dela.
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As principais fontes de poluição do ar são os produtos resultantes das combustões industriais ou domésticas, dos motores de automóveis e aviões e ainda das partículas radioactivas originadas nas explosões atómicas ou libertadas nas centrais nucleares.
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Os gases mais frequentemente libertados para a atmosfera são o monóxido de carbono (CO), o dióxido de enxofre (SO2), o dióxido de carbono (CO2) e compostos de azoto (N), que a partir de
certa quantidade provocam no Homem graves doenças e danos irreparáveis no planeta Terra.
Alguns dos efeitos mais visíveis deste tipo de poluição são as chuvas ácidas, a destruição da camada de ozono e o efeito de estufa, referidos anteriormente.
As chuvas ácidas são provocadas essencialmente pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural para a obtenção de energia, e através das indústrias que utilizam o minério de cobre, zinco e chumbo, as quais emitem predominantemente dióxido de enxofre.
 Por sua vez, os escapes dos veículos motorizados são os responsáveis pela emissão de dióxido de azoto. Estas substâncias poluentes ao serem lançadas para a atmosfera entram em contacto com o vapor de água, originando ácidos. Estes ácidos transportados pelas, chuvas provocam a destruição de grandesáreas florestais, a degradação de monumentos, edifícios e de outras construções.
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- POLUIÇÃO DOS SOLOS
O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico.
Tem como componentes principais a fase sólida, e a água e o ar na designada componente "não sólida". O solo deve ser encarado como uma interface entre o ar e a água, sendo imprescindível à produção de biomassa.
Sempre que lhe adicionamos qualquer substância estranha, estamos a poluir o solo e, directa ou indirectamente, a água e o ar.
O uso da terra para centros urbanos, tem tido como consequência elevados níveis de contaminação. Aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ ou aterros sanitários não controlados, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais.
A contaminação tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, a contaminação interfere no ambiente global da área afectada, podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
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A poluição dos solos, é causada principalmente pela acumulação de resíduos sólidos – lixos – e de poluentes químicos resultantes da utilização de pesticidas e fertilizantes na agricultura.
A acumulação de lixos, resíduos sólidos, urbanos ou industriais, é feita em locais vulgarmente designados por aterros sanitários e lixeiras. As lixeiras, além de desagradáveis do ponto de vista estético, exalam odores pestilentos devido à decomposição dos lixos orgânicos (ver fig.abaixo). 
Fig. Poluição dos solos através da acumulação de lixos –
lixeiras (Lutgens et al., 1999).
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É usual utilizarem-se os termos “solo contaminado” e “solo poluído” indiscriminadamente, no entanto, alguns autores fazem a distinção entre estes termos. Assim, o termo “solo contaminado” aplica-se para designar um solo que representa actualmente, ou potencialmente, um risco para a saúde pública ou para o ambiente, como resultado do uso corrente ou passado, dado a esse solo. 
Por outro lado, o termo “solo poluído” aplica-se a solos que apresentam substâncias antropogénicas na sua constituição que já causaram danos óbvios.
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A composição de um solo contaminado deve ser determinada de modo a se conhecer em que concentrações se encontram presentes os contaminantes e se estas obedecem às concentrações críticas estipuladas para os vários usos do solo, baseadas no risco estimado que apresentam. 
Os riscos conhecidos para os humanos dizem respeito a doenças e perturbações respiratórias causadas pela inalação de fumos tóxicos ou partículas, ingestão directa de compostos tóxicos por consumo de água contaminada, doenças de pele devido ao contacto com substâncias químicas antropogénicas presentes no solo e consumo de vegetais que acumularam quantidades significativas de substâncias nocivas.
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Quando não se procede à sua cobertura, são locais que reúnem todas as condições para a proliferação de moscas, ratos e lixos são queimados, contribuem para a poluição atmosférica. Se ficarem acumulados, a água das chuvas que os atravessa fica altamente contaminada, indo por infiltração contaminar as águas subterrâneas, que, por sua vez, estão em contacto com as águas de abastecimento. Este problema é minimizado nos aterros sanitários, onde o terreno é impermeabilizado e o lixo é compactado e coberto por terra. 
Através da incineração, queima de lixos em fornos próprios, é possível resolver o problema dos seres transmissores de doenças e do aspecto estético, mas não se resolvem problemas como os fumos poluentes e as cinzas tóxicas daí resultantes.
Se pode definir a poluição dos solos, como sendo a contaminação do solo por qualquer um dos inúmeros poluentes derivados da agricultura, da mineração, das atividades urbanas e industriais, dos dejetos animais, etc.
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Um dos principais fenómenos de degradação dos solos é a contaminação, nomeadamente por:
1) Resíduos sólidos e líquidos provenientes de aglomerados urbanos, na medida em que a maioria são ainda depositados no solo sem qualquer controlo, levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro lado, a que o metano produzido pela degradação anaeróbia da fracção orgânica dos resíduos, possa acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão;
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2) Águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos lançados directamente sobre os solos e/ou deposição de partículas sólidas, cujas descargas, continuam a ser maioritariamente não controladas, provenientes da indústria, de onde se pode destacar a indústria química, destilarias e lagares, indústria de celulose, indústria de curtumes, indústria cimenteira, centrais termoeléctricas e actividades mineira e siderúrgica, assim como aquelas cujas actividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo;
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3) Efluentes provenientes de actividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agropecuárias intensivas (suiniculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contributos de pesticidas e adubos, podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais pesados, e os sistemas de rega, por incorrecta implantação e uso, podem originar a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes;
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4) Uso desmedido das lamas de depuração e de águas residuais na agricultura, por serem materiais com elevado teor de matéria orgânica e conterem elementos biocidas que deverão ser controlados para reduzir os riscos de acumulação
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O processo de contaminação, pode então definir-se como a adição no solo de compostos, que qualitativa e/ou quantitativamente podem modificar as suas características naturais e utilizações, produzindo então efeitos negativos, constituindo poluição. 
Estando a contaminação do solo directamente relacionado com os efluentes líquidos e sólidos neste lançados e com a deposição de partículas sólidas (lixeiras), independentemente da sua origem, salienta-se a imediata necessidade de controlo destes poluentes, preservando e conservando a integridade natural dos meios receptores, como sendo os recursos hídricos, solos e atmosfera.
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A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afectada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
Os contaminantes do solo provêm de uma enorme variedade de fontes, tais como:
 Poeiras radioactivas atmosféricas, provenientes de: - Chumbo, dioxinas, etc. resultantes da emissão de partículas poluentes dos automóveis;
Combustão de
combustíveis fósseis;
Indústria metalúrgica (As, Cd, Cu, Cr, Ni, Pb, Sb, Tl, Zn);
Indústria química (micropoluentes orgânicos, Hg);
Produtos finais da incineração
Radioisótopos provenientes de acidentes nucleares (exemplos: Windscale, UK, 1957 e Chernobyl, USSR, 1986) e de testes de armamento nuclear;
- Incêndios de grandes proporções em refinarias.
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A polição dos solos pode acontecer quando:na agricultura são utilizados agrotóxicos.
Acontece quando: na agricultura são utilizados excesso de fertilizantes.
Acontece quando: os resíduos sólidos de hospitais e clínicas são colocados em lixões.
Acontece quando: os produtos provenientes da ensilagem não são tratados e se deslocam para o solo.
Acontece quando: os resíduos sólidos das residências, comércios e indústrias são colocados em lixões.
Acontece quando: os óleos usados nos postos de abastecimento de combustíveis são lançados em terrenos baldios.
Acontece quando: o chorume (líquido) produzido nos lixões penetra no solo.
Acontece quando: os metais pesados das pilhas e baterias se acumulam no solo, bem como o cádmio, cloreto de amônia e o negro de acetileno
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A contaminação do solo torna-se problema quando:
• Há uma fonte de contaminação;
• Transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área contaminada; • Há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação.
O problema pode ser resolvido por:
• Remoção dos indivíduos e/ ou bens ameaçados; • Remoção da fonte de poluição; 
• Bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área).
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Medidas de recuperação do solo
Se o estudo de solos contaminados é recente, a investigação e desenvolvimento de processos e tecnologias de tratamento é-o ainda mais. Na abordagem das áreas contaminadas consideram-se, normalmente, três fases fundamentais:
1. Identificação das áreas contaminadas (inventários);
2. Diagnóstico-avaliação das áreas contaminadas;
3. Tratamento das áreas contaminadas.
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Actualmente consideram-se três grandes grupos de métodos de descontaminação do solo:
 Descontaminação no local ("in-situ");
Descontaminação fora do local ("on/off-site");
 Confinamento/isolamento da área contaminada.
Quanto à 3ª opção, ela não se trata verdadeiramente de um processo de descontaminação, mas sim de uma solução provisória para o problema.
O tratamento do solo como metodologia de recuperação de áreas contaminadas é uma alternativa cada vez mais significativa relativamente à sua deposição em aterros sanitários, devido, essencialmente, ao aumento dos custos envolvidos.
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Tecnologias de Tratamento
Existem métodos e técnicas disponíveis para tratamento de solos contaminados. As técnicas "on/off site" exigem a extracção, por escavação, do solo contaminado. O solo extraído pode ser tratado no local ("on-site") ou em estações de tratamento ("off site"), sendo depois reposto no local de origem ou noutro para outros fins, uma vez descontaminado.
Com a tecnologia disponível actualmente, a descontaminação de uma parte dos solos contaminados ainda é problemática descontaminável, devido a vários problemas tais como as emissões gasosas de alto risco, as concentrações residuais inaceitavelmente elevadas e/ou aprodução de grandes quantidades de resíduos contaminados. Isto é particularmente verdade para solos poluídos com hidrocarbonetos aromáticos halogenados e/ou com metais pesados, bem como para solos contendo elevada percentagem de finos.
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Para além destes aspectos, algumas das técnicas utilizadas envolvem elevados custos de tratamento. Dos diferentes métodos de descontaminação do solo (biológicos ou não biológicos), apenas os biológicos e a incineração permitem a eliminação ambiental dos poluentes orgânicos,através da sua mineralização.
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Tratamento Térmico
As necessidades energéticas das técnicas térmicas são, normalmente, bastante elevadas e são possíveis emissões de contaminantes perigosos. Contudo, em determinados casos, podem ser utilizadas temperaturas substancialmente baixas, levando a consumos de energia relativamente diminutos. 
O processo é ainda passível de minimizar outros tipos de poluição ambiental se as emissões gasosas libertadas forem tratadas. As instalações para este método de tratamento podem ser semi-móveis e os custos dependem, não só do processo em si, como também do teor de humidade, tipo de solo e concentração de poluentes, bem como de medidas de segurança e das regulamentações ambientais em vigor.
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Tratamento Físico-Químico
Dos processos físico-químicos, os métodos actualmente mais usados baseiam-se na lavagem do solo. Estes métodos fundamentam-se no princípio tecnológico da transferência de um contaminante do solo para um aceitador de fase líquida ou gasosa. Os principais produtos a obter são o solo tratado e os contaminantes concentrados. O processo específico de tratamento depende do tipo(s) de contaminante(s), nomeadamente no que se refere ao tipo de ligação que estabelece com as partículas do solo.
Normalmente as argilas têm uma elevada afinidade para a maior parte das substâncias contaminantes (por mecanismos físicos e químicos). Assim, para separar os contaminantes do solo, há que remover as ligações entre estes e partículas do solo, ou extrair as partículas do solo contaminadas. A fase seguinte consiste na separação do fluido, enriquecido em contaminantes das partículas de solo limpas.
Adicionalmente pode ser necessário considerar um circuito de exaustão e tratamento do ar, se for provável a libertação de compostos voláteis. A aplicação desta técnica pode não ser viável (técnica e economicamente), especialmente quando a fracção em argila do solo é superior a 30%, devido à quantidade de resíduo contaminado gerada.
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Tratamento Biológico
Os métodos biológicos baseiam-se no facto de que os microorganismos têm possibilidades praticamente ilimitadas para metabolizar compostos químicos. Tanto o solo como as águas subterrâneas contêm elevado número de microorganismos que, gradualmente, se vão adaptando às fontes de energia e carbono disponíveis, quer sejam açucares facilmente metabolizáveis, quer sejam compostos orgânicos complexos. No tratamento biológico, os microorganismos naturais, ou indígenas, presentes na matriz, são estimulados para uma degradação controlada dos contaminantes (dando às bactérias um ambiente propício, ou seja, oxigénio, nutrientes, temperatura, pH, humidade, mistura, etc. convenientes). 
Em determinadas situações (presença de poluentes muito persistentes), pode ser necessário recorrer a microorganismos específicos ou a microorganismos geneticamente modificados, de modo a conseguir uma optimização da biodegradação.
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Actualmente as principais técnicas biológicas de tratamento incluem:
"Landfarming" (biorremediação)
Compostagem
Descontaminação no local
Reactores biológicos
Outras técnicas inovadoras (cometabolismo, desnitrificação, etc).
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A excepção do "landfarming", estas técnicas estão ainda numa fase de desenvolvimento. Recentemente, tem sido dada particular relevância aos métodos biológicos de descontaminação de solos, apresentando-se como uma tecnologia promissora que pode vir a ter um papel de importância crescente na recuperação de áreas contaminadas pelas actividades industrial e urbana. 
O tratamento biológico do solo diminui os riscos para a saúde pública, bem como para o ecossistema e, ao contrário da incineração ou dos métodos químicos, não interfere nas propriedades naturais do solo.
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Objectivos da Conservação do Solo
O objectivo da conservação do solo é, genericamente, o de manter e, se possível,aumentar o nível da produtividade das terras. Mais precisamente, pretende-se:
que a perda de material por erosão seja inferior ou pelo menos igual à formação de
novo material em igual período de tempo;
manter o nível óptimo de nutrientes para a planta e substituir
eventuais perdas;
conservar e mesmo melhorar a estrutura do solo;
 fazer o melhor uso possível da água disponível.
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Para a separação e definição das classes, consideram-se diversos níveis de exploração do solo:
 Uso agrícola:
Cultura intensiva
Cultura moderadamente intensiva
Cultura pouco intensiva
Uso não agrícola:
 Pastagem permanente
 Exploração de matos
- Exploração florestal com poucas restrições
- Exploração florestal com muitas restrições
- Vegetação natural ou de protecção
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Métodos de defesa contra a erosão
Os métodos de luta contra a erosão podem classificar-se, genericamente, como agrícolas e mecânicos ou hidráulicos. Os métodos agrícolas recorrem à acção da vegetação sobre o solo, assim como as práticas culturais que não modificam o relevo do terreno; os métodos mecânicos ou hidráulicos exigem mobilizações avultadas de terra e alteram o relevo inicial do terreno.
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1. Métodos Agrícolas
2. Métodos Mecânicos ou Hidráulicos
2.1. Métodos de Infiltração
3. Controlo de ravinas
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POLUIÇÃO SONORA 
É a introdução, pelo homem, direta ou indiretamente de energia no meio ambiente, que resulte em efeitos deletérios de tal natureza, pondo em risco a saúde humana, afetem os recursos bióticos e os cossistemas.
É ocasionada por: excesso de trânsito nas vias principais dos centros urbanos.
É ocasionada por: indústrias que não usam tecnologias limpas.
É ocasionada por: serviços de ALTO-FALANTES.
É ocasionada por: festas em geral que tenha som.
É ocasionada por: som proveniente dos fogos de artifícios.
É ocasionada por: deslocamento de avião de propulsão a jato.
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POLUIÇÃO VISUAL
É o excesso de informações em cartazes de rua, propagandas, letreiros, grafites de muros, e até mesmo as roupas com cores vibrantes e as camisetas com estampas exageradas.
É observada quando: existe excesso de sinais de trânsito.
É observada quando: existir muitas informações e cartaz de propaganda e excessodos mesmos.
É observada quando: prédios, muros e monumentos estão grafitados.
É observada quando: os transportes coletivos (ônibus) são multicoloridos.
É observada quando: são usadas roupas de cores vibrantes.
E observada quando: usamos camisetas com estampas exageradas.
É observada quando: ocorrer excesso de letreiros luminosos.
OBS: Só estamos considerando as poluições antropogênicas.
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RESÍDUOS SÓLIDOS – LIXO
Em nenhuma outra fase do desenvolvimento humano, como a actual, produziu-se tanto ‘lixo’ e consequentemente prejudicou-se tanto a saúde das populações humanas e o próprio ambiente. 
Em especial nesta era do consumismo unido ao forte preconceito em relação aos objectos usados - roupas, livros, brinquedos etc. – que desvaloriza o que não é novo, provoca o consumir-descartar-consumir, faz com que seja mais prático jogar no lixo coisas pelas quais não se tem mais interesse, do que reutilizá-las, reciclá-las, vendê-las, trocá-las ou doá-las.
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3.2. TECNOLOGIAS PARA TRATAMENTO DAS ÁGUAS, DOS ESGOTOS E DOS LIXOS SÓLIDOS
Vimos anteriormente, as várias formas de poluições produzidas/provocadas por agentes diversos.
Sabemos que com as novas tecnologias podemos acabar ou minimizar as agressões ao Meio Ambiente e em alguns casos nem são necessários o uso de tecnologia, basta um trabalho de conscientização para melhoria da qualidade de vida.
Veremos agora quais as tecnologias que podem ser utilizadas para o tratamento das águas, dos esgotos e do lixo sólido.
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1 - Tratamento das Águas.
Devido a destruição das matas no entorno das nascentes dos rios, da destruição da mata ciliar, dos despejos domiciliares e
industriais ( sem tratamento), dos insumos agrícolas, do lixo que é lançado, do aumento exagerado da população, etc. os mananciais apresentam-se comprometidos.Isso requer um grande investimento financeiro, pois temos que aumentar a capacidade das Estações de Tratamento de Àgua ou construir novas, para dar a mesma potabilidade necessária para o consumo do cidadão.
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2 - Tratamento dos Esgotos
Grandes problemas ocorrem quando o corpo d’água recebe sistematicamente esgotos sanitários não tratados. Pois um grande problema do excesso de material orgânico é a eutroficação, que devido aos nutrientes ocasiona o crescimento descontrolado de organismos aquáticos, sendo que além da diminuição do oxigênio da água alguns seres produzem substâncias tóxicas à vida aquática e a saúde da população.
Para resolver esse problema de degradação ambiental é necessária a construção de rede de esgoto e de novas Estações de Tratamento de Esgoto ou ampliação das existentes.
A água funciona como veículo de transmissão de doenças, diretamente ou indiretamente como por exemplo: malária, dengue, febre amarela, cólera, febre tifóide esquistossomose, diarréias, hepatite, disenteria amébica.
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3 - Tratamento dos Lixos Sólidos
O lixo sólido que é lançado em terrenos baldios e em lixões são responsáveis por diversas doenças. O lixo, em épocas de chuvas, é carreado para a rede pluvial , ocorrendo o entupimento da mesma, provocando as enchentes, que traz inúmeros estragos para a população, tanto material como de saúde.
Grande parte desses problemas podem ser resolvidos através de serviço de coleta, limpeza dos logradouros, coleta seletiva, reciclagem e instalação de aterros sanitários.
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Resíduos
- aquilo que resta de qualquer substância; resto. O resíduo que sofreu alteração de qualquer agente exterior, por processos químicos ou físicos.
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- Os conceitos de resíduo e lixo são bastante próximos e muitas vezes entende-se que ambos sejam sinónimos.
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Lixo
- aquilo que se varre de casa, do jardim, da rua e se joga fora, entulho.
 Tudo o que não presta e se joga fora. A semelhança esta clara, é quase impossível distingui-los segundo esses conceitos.
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COMO CLASSIFICAR O LIXO?
- Por sua natureza física: seco e molhado
- Por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica
- Pelos riscos potenciais ou meio ambiente: perigosos, não inertes.
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Normalmente, os resíduos são definidos segundo sua origem e classificados de acordo com o seu risco em relação ao homem e ao meio ambiente em resíduos urbanos e resíduos especiais.
Os resíduos urbanos, também conhecidos como lixo doméstico, são aqueles gerados nas residências, no comércio ou em outras actividades desenvolvidas nas cidades. 
Nestes resíduos encontram-se: papel, papelão, vidro, latas, plásticos, trapos, folhas, galhos e terra, restos de alimentos, madeira e todos os outros detritos apresentados à colecta nas portas das casas pelos habitantes das cidades ou lançados nas ruas.
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Os resíduos especiais são aqueles gerados em indústrias ou em serviços de saúde, como hospitais, ambulatórios, farmácias, clínicas que, pelo perigo que representam à saúde pública e ao meio ambiente, exigem maiores cuidados no seu acondicionamento, transporte, tratamento e destino final. 
Também se incluem nesta categoria os materiais radioactivos, alimentos ou medicamentos com data vencida ou deteriorados, resíduos de matadouros, inflamáveis, corrosivos, reactivos, tóxicos e dos restos de embalagem de insecticida e herbicida empregados na área rural.
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Do ponto de vista ambiental, existem três tipos diferentes de poluição:
 A poluição atmosférica
 A contaminação das águas 
 Resíduos sólidos. 
Uma outra classificação dos resíduos pela origem, pode ser também apresentada: 
O lixo domiciliar, comercial, feiras livres, serviços de saúde e hospitalares; portos, aeroportos e terminais ferro e rodoviários, industriais, agrícolas e entulhos.
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 Redução do Lixo
Como o lixo é gerado, a sua composição, a proporção de seu reaproveitamento e a sua disposição final indicam o desenvolvimento de uma sociedade assim como sua cultura.
Devemos
utilizar a teoria dos 3R:
1) Reduzir a quantidade de lixo:
Adotando um consumo mais racional;
Utilizar produtos mais duráveis e
Uso em comum de alguns materiais, como: jornais, revistas, livros, etc.
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2) Reutilizar Materiais:
Distribuir alguns materiais para outras pessoas, como: livros, brinquedos,
móveis, aparelhos domésticos, roupas, etc;
Reutilizar as embalagens, como: caixas, vidros de conservas, garrafas, etc. e
Recuperar ou conservar objetos diversos
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3) Reciclar Materiais:
Separar os materiais que serão jogados no lixo, como: metais, vidros, papeis,plástico e matéria orgânica;
Encaminhar para os diversos coletores os materiais separados e
 Que encaminharão para as indústrias de reprocessamento os materiais que possam ser reciclados.
OBS: Com a reciclagem há uma grande economia de energia e também a diminuição de matéria-prima.
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3.5. COMO PODEMOS CONTRIBUIR PARA A SAÚDE DO NOSSO PLANETA
(Dicas de atividades práticas)
1- Não tomar banhos demorados
2 - Usar a máquina de lavar roupa com a sua capacidade máxima
3 - Passar roupa uma vez por semana
4 - Desligar o condicionador de ar sempre que o ambiente estiver desocupado por períodos maiores que uma hora
5 - Não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes
6 - Lavar carro com água de um balde e uma esponja
7 - Regular as válvulas de descarga dos vasos sanitários
8 - Se verificar vazamentos de água na rua, avisar a empresa concessionária
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9- Ao notar esgoto a céu aberto, lançado na via pública, exigir providências dos órgãos competentes
10 - Levar sua própria bolsa de compras para o supermercado
11 - Procurar não comprar produtos com embalagens descartáveis
12 - Comprar produtos com embalagens recicláveis
13 - Diminuir o uso do plástico
14 - Procurar escrever em papel reciclado
15 - Usar papel higiênico feito de papel reciclado
16 - Reutilizar sacolas, sacos de papel, vidros, caixas de ovos, papel de embrulho
17 - Usar o verso de folhas de papel já utilizados para rascunho
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18 - Utilizar coador de café não descartável
19 - Doar roupas, móveis, aparelhos domésticos, brinquedos, etc. para serem reaproveitados
20 - Preferir fraldas de algodão laváveis às descartáveis
21 - Não jogar no lixo aparelhos quebrados e sim vendê-los ao ferro – velho
22 - Separar materiais recicláveis: papel, metal e plástico para entregar aos programas de coleta seletiva, doá-las a um catador profissional ou vendê-los a comerciantes de sucata
23 - Evitar o consumo de fígado e rins ( pois contém metais pesados)
24 - Ler cuidadosamente os rótulos das embalagens, para verificar quais são os ingredientes e os aditivos colocados nos alimentos
25 - Dê preferência a alimentos sem aditivos
26 - Não comprar batatas inglesas que já tenham a cor verde
27 - Use sabão em barra, pois é produzido a partir de óleos e gorduras vegetais, que são completamente biodegradáveis
28 - Evite comprar produtos alimentícios em caixas de isopor.
29 - Ao usar o ar- condicionado, acionar primeiro a ventilação, e só depois o frio
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30 - Reduzir o uso de pilhas, comprando aparelhos que podem ser ligados à rede deenergia elétrica
31 - Não colocar pilhas usadas no lixo
32 - Evitar receitas de balcão de farmácia
33 - Verificar se o medicamento tem registro no Ministério da Saúde ( o registro está sempre na embalagem)
34 - Utilizar cosméticos à base de produtos vegetais
35 - Prefira brinquedos que são movidos à corda
36 - Se você possui quintal em sua casa poderá fazer uma horta orgânica
37 - Se você mora em apartamento pode produzir hortaliças, usando jardineiras ou vasos
38 - Utilize um automóvel bem regulado
39 - Economize a buzina do carro
40 - Use menos possível o carro
41 - Quando for à praia, levar sempre um saco para colocar lixo
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42 - Numa excursão à mata, nunca arrancar plantas e nem matar os animais
43 - Evitar usar produtos descartáveis tanto em sua residência, como no trabalho ou no local de estudo
44 - Não investir em empresas que não preservem o meio ambiente
45 - Quando houver dúvidas sobre algum produto, ligue para o S.A.C. (Serviço de Atendimento ao Consumidor)
46 - Lembrar que o conhecimento dos “Índios” antecede e fundamenta todo o questionamento sobre meio ambiente
47 - Planejar sua compras para que não ocorra desperdício
48 - Não jogar cigarros ou fósforos acesos no chão, em florestas ou nas estradas
49 - Não comprar óleo de tartaruga como cosmético
50 - Não usar jornais para embalar alimentos
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MÓDULO III
 3.2.1. GEOAMBIENTES
3.2.3. HUMIDADES OU TERRENOS HÚMIDOS, TERRENOS PANTANOSOS E SUA ASSIMILAÇÃO.
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INTRODUÇÃO
Chamam-se terrenos húmidos, aos secterores da superfície terrestre, que durante a maior parte do ano se observam humidades excessivas na qual se acumulam na superfícieou satura o subsolo ou horizonte do subsolo. Em regra, os terrenos húmidos estão cobertos por vegetação pantanosa hidrofílica.
As áreas onde devido o encharcamento se acumulam restos vegetais com formação de turfa, se chamam brejos ou pântanos.
 Nestes territórios desenvolvem-se biocenose muito características. Eles também, em regra geral, servem de controlo das condições hidrogeológicas das áreas limites ou vizinhas. A sua preservação é hoje uma necessidade e demanda de qualquer cidadão que pretenda defender o meio ambiente e a biodiversidade.
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Os deltas dos rios e os pântanos ao redor do mundo, são lugaares que em regra se encluem nesta definição. Esta formações estão amplamente desenvolvidas ao longo das costas e em alguns lugares pela terra adentro. 
Por exemplo, os pântanos são áreas que têm uma atenção internacional, muitas desenbocaduras dos rios são áreas protegidas das Nações Unidas como reservas da biosfera. Estas zonas sõa meios muito sensíveis que temos que saber como protegelos , sobretudo nos casos em que se queira resolver problemas de stocks de populações ou espécies de determinada envergadura ou tamanho.
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FORMAÇÃO DE ZONAS HÚMIDAS E PANTANOSAS
AS condições mais favoráveis para a formação de terrenos húmidos são: 
 Os climas húmidos
 Relevo plano
 Águas subterrânias próximas á supefície 
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A formação dos pântanos é acompanhada pela vegetação dos pântanos e pela acumulação de seus restos, quando eles se tornam atrofiados. A formação dos pântanos, pode relacionar- se bem com o encharcamento da terra firme, bem como o recubrimeto vegetal dos depósitos de água. O encharcamento produz-se nas zonas baixas e nas divisões das águas nas regiões planas. Aqui, a turfa forma-se por um processo degenerativo de floresta que se vai destruindo pelo incremento da humidade e o surgimento de pântano..
Se a humidade desenvolve-se nas partes altas ou praticamente dividindo a turfa, não contèm cinzas, pois carece de resídos minerais. Se a humidade formar-se nas partes baixas do relevo, geralmente apresenta lentse de argilas , produto dos arrastre das inundações.
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Os pântanos que surgem pelo recobrimento dos depósitos de água, formam-se atravéz da vegetação do território; ao avançar a borda para dentro do lago, ou pela vegetação flutuante que pouco á pouco vai recubrindo o lago.
Em geral, ao formarem-se os pântanos, neles se acumulam depósitos de um tipo determinado que consiste em restos vegetáis, sedimentos orgânicos e minerais ( limos, minerais e restos orgânicos). 
Estes pântanos são dificultados fundamentalmente pela turfa. A turfa é uma variedade de solo com propriedades físico- mecânicas muito pobre, aproximadamente perto dos solosarenosos e argilosos de baixa qualidade.
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ESTRUCTURAS DOS PÂNTANOS
As condições de assimiaçã e de construção nos terrenos pantanosos, estão determinadas pela estructura dos pântanos. A estructura dos pântanos se caracteriza por:
A potência dos depósitos pantanosos e sobre todo pelos pacotes e lentes na turfa
A composção, codições de
estratificação e consistência da turfa e outros sedimentos
O relevo do fundo do pântano 
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Segundo estas caracteristicas dos pântanos se dopem dividir em três grupos:
Os pântanos do grupo I, a potência dos sedimentos é pequena ( menos de 3 m), a turfa é de consistência estável e pode ser removida parcialmente ou completamente, o relevo do fundo é suave e tranquilo.
Os pântanos do tipo II, a sua potência tembém é pequena ( menos de 5- 6 m), mas a turfa é de consistência estável. São pântanos típicos . O relevo também é estável.
Os pântanos do tipo III, têm uma pot~encia de mais de 6 m. Os sedimentos pantanosos e a tirfa , apresentam uma consistência inestável e com frequencia estão cobertos por uma capa ou camada de água. Nestes pântanos, também podem existir uma massa vegeta flutuante debaixo da qual está a água. Em regra são pântanos que surgiram como resultado da estagnação dos depósitos de água. O relevo do fundo destes pântanos, geralmente são inrregulares.
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Fig.1. Variedade de textura de pântanos e padrões típicos de aterros em pântanos
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EDIFICAÇÃO DE OBRAS NOS PÂNTANOS E APROVEITAMENTO ECONÓMICO DOS MESMOS
Como foi dito anteriormente, na actualidade se trata de afectar o menos possível os terrenos húmidos e pântanosos, deixando estes lugares como reservas da biosfera. Não obstante, as vezes o desenvolvimento de uma região, obriga a eliminação de pântanos que são focos de saúde precária ou por necessidades económicas da região.
Para assimilar os pântanos, em primeiro lugar devem ser executadas obras ou trabalhos de melhoramento de terra e estudo das propriedades físico- mecânicas dos sedimetos que componhem os pântanos assim como:
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Obter dados das condições enginheiro – geológicas,
Estructura dos pântanos,
Recarga de água,
Condições climáticas,
Particularidades geomorfológicas,
Outras condições naturais
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A construção de edifícios se pode fazer apatir do preenchimento e compactação e ou pregando ou cravando estacas.As estradas e pavimentos, são traçados ou desenhados, segundo as caractrerísticas das vias e uso que se lhes serão dadas.
Na construção de taerros em áreas de pântanos, é de extrema importância a escolha das rochas a serem utilizadas na construção, assim como a dencidade da sua colocação nocorpodo aterro. Se recomenda aproveitar com preferência as rochas ou solos bem porosos: areias de grão médio e grosso, cascalho, seixos triturados e solos detriticos. 
Para isso, é necessário identificar-se áreas prestimo adequado. As rochas que se colocam no corpo dos aterros, devem ter a máxima densidade e óptima resistência a humidade a fim de assegurar a sua máxima estabilidade e resistência.
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Fig. 2. Esquema de esgotos dos pântanos e terrenos pantanosos mediante um sistema de valas de drenagem descobertas horizontalmente.
1- Turfa; 2- Terra argilosa; 3- Areias; 4- Nível das águas freáticas. 
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A drenagem constitui um procedimento importante de melhoramento dos terrenos pantanosos e dos terrenos ocupanos pelos pântanos, quando estes requerem ser assimilados para a produção agrícola e o aumento do rendimento dos cultivos. A drenagem realiza-se segundo o uso que se pretende dar ao território ou área. O objectivo principal da mesma, consiste em baixar o nível das águas freáticas na área drenando-o e protegendo-o contra o fluxo das águas superficiáis e subterrâneas.
Quando a drenagem é feita para construção, se trata de baixar o nível das águas. Se deve chegar o mais baixo possível a uma cota inferior á das fundações das construções.
A agricultra, eliminação do excesso da humidade na superfície.Aqui o esgoto se combina com a regulação da drenagem superficial, com a derivação das águas e excesso desde o estremo mais baixos e a retenção destas em partes elevadas.Nos sistemas agrícolas, a profundidade do manto friático se regula a fim de alcançar –se o nível das raízes das plantas que é o melhor regime de humidade.
Os tipos de drenagem que se utilizam é variável e dependerá das caracteristicas de cada lugar e uso que se lhe queira dar.
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CONCLUSÕES:
Os territórios enundados ou alagados, devem devem ser assimilados com base aos dados obtidos nas prospecções enginheiro – geológicas, as que devem aclarar entre outros aspectos os seguintes:
Condições climáticas da região,
Hidrogeologia,
Geoorfologia,
Estructura geológica,
Difusão das águas,
Composição das águas,
Propriedade dos depósitos de pãntanos
Estes dados de partida, que tonam em consideração o aproveitamento planificado dos terrenos, permitem projectar o complexo de medidas que ajudam a melhorar as condições enginheiro – geológicas da obra projectada.
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LITORAL
O litoral é um ambiente relativamente hostil, em continua mudança. Os factoes que condicionam o comportamento da costa ou litoral são: o estado do mar, a configuração costeira, as pendentes marinhas e continentais, a magnitude das correntes, a geologia local e o transporte de sedimentos pelos rios. A interacção destes factores cria características e padrões de comportamentos diferentes na faixa costeira.
A linha de costa pode permanecer invariável durante décadas dando uma falsa sensação de segurança aos seus habitantes. Repentinamente, porém, uma tempestade de magnitude desconhecida pode desvastar a costa, causando prejuízos ou perdas elevadas.
O desenvolvimento urbanistico de todo o litoral mediterrâneo, tem sido feito de forma errada sobre a anterior premissa de estabilidade da linha da costa. A acção humana e a reacção do mar, ocorreu em um periódo imferior á trinta anos. Temos sido testemunhas dos nossos próprios erros.
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PROCESSOS COSTASTEIROS
Os agentes costeiros responsáveis pela erosão, transporte e sedimentação são: As ondas, correntes e marés.
ONDAS: 
- São geradas no mar aberto, por fricção do vento sobre a água. As ondas de largo periódo, geradas em temporais, têm um efeito generalizado, embora tenham curta duração a fundos profundos. As ondas de periódo curto, geradas por ventos costeiros locais, afectam continuamenteo litoral, mas a profundidades muito pequenas.
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A pendente do fundo marinho tem uma influência decisiva sobre o efeito que as ondas realizam na parte inferior e a capacidade de transporte dos sedimentos.
 Quando uma onda se aproxima da costa, o seu nível de base alcança o fundo, o movimento oscilatório se converte em movimento de translação, apartir da zona de arrebatação, com arrasto de sedimentos. A corrente de retorno ou ressaca, devolve por sua vez os sedimentos para o mar. 
As ondas geradas por tempestades perto da costa, tendem a arrastar os sedimentos de práia para o fundo do mar, as ondas suáves e de longos periódos geradas por tempestades distantes da costa, tendem a transportar os sedimentos e reconstruir as práias. As práias são destruídas no inverno, com tempestades frequêntes e são reconstruidas no verão, durante os periódos de calma.
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DERIVA LITORÂNEA
Se as ondas incidem obliquamente sobre a costa, se produz uma deriva litorânea da massa de água com transporte de sedimentos. Esta deriva tem grande capacidade de transporte: Se o fornecimento de sedimentos não está interrompido, a práia será mantida, se pelo contrário o fornecimento de sedimento estiver interrompido por causas naturais ou artifíciáis, a deriva de sedimentação originará o progressivo desaparecimento da práia.
MARÉS: São variações periódicas do nível do mar, produzidas pela atracção do sol e da lua. Para apreciar o efeito, é necessário que a bacia marinha tenha ampla extenção e grande quantidade de água. Esa é a razão ela qual , mares pequenos como o Mediterrâneo ou mar Cáspio não tenham marés significativas.
As marés juntamente com as ondas, condiconam a morfologia costeira. No litoral macrotidal, com amplitudes de marés superior a quatro metros, são normalmente grandes estuários e planície
de marés; Nesta zonas dominadas pelas marés, são depositadas sobretudo argilas: ao baixo declive da zona intertidal, retarda a onda e decanta os sedimentos argilosos.
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As diferenças entre práias e planície de marés, são devidas a : inclinação da plataforma, a procedencia do sedimento e domíno das ondas ou das marés como agente de transporte.
ONDAS DE TEMPESTADE ( STORM SURGE ): A pressão do vento pode subir ou baixar o nível do mar. Um vento permanente do continente ao mar, baixa o nível ao longo da costa, se for em direcção contrária, o faz subir e recebe o nome de onda de tempestade.
As ondas quebradas ocupam um lugar mais elevado que em ocasiões normais, alcançando áreas continentais, inclusive por trás das Ilhas Barreiras. Foram registradas elevações do nível do mar, por este motivo, de mais de 5 m, é ua das causas das destruições causadas por furacões.
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 FIM DO MÓDULO III

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