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Viroses Entéricas

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5- Morfogênese , 6- Liberação 
ROTEIRO AULA VIROSES ENTÉRICAS:
Diarreia infecciosa: uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Seu impacto é maior em países em desenvolvimento. Pode ser causada por vírus, bactérias ou parasitas. 
Agentes virais:
- Rotavírus :Classificação: Família: Reoviridae, Gênero: Rotavírus. Morfologia: 75nm de diâmetro, sem envelope, simetria icosaédrica, genoma: 11 segmentos RNAfd (6 codificam proteínas estruturais: VP1-VP4, VP6-VP7, demais codificam não estruturais: NSP1-NSP6). * NSP4: não se complexa com o RNA viral. Tem função de receptor para partículas incompletas (DLP) para formar a partícula completa (TLP). - Classificação sorológica: Determinada pela proteína VP6: 7 grupos (A-G), Em humanos: A, B, C, Mais comum: A (com subgrupos SGI, SGII, SG I+II, SG não I/II)
- Classificação fenotípica: determinada pela migração de segmentos genômicos em PAGE: Classe I (genes 1, 2, 3, 4), Classe II (genes 5, 6), Classe III (genes 7, 8, 9), Classe IV (genes 10, 11), Grupo A: 11º segmento (NSP5): 3 perfis: Longo (L), Curto (S), Supercurto (SS). - Classificação genômica e sorológica: Baseados na VP7: “G” (por ser uma proteína glicosilada), 15 sorotipos (G1-G15) e 16 genótipos (G1-G16), Baseados na VP4: “P” (por ser sensível à proteólise), 14 sorotipos (P1-P14) e 28 genótipos (P[1]-P[28]). Ex: P1A[8], 1= sorotipo ,A= subtipo [8]= genótipo. - Classificação em genogrupos (grupo de vírus que pode ser classificado num mesmo grupo genético com base na homologia dos segmentos genômicos): Rotavirus grupo A, Wa-like: humanos DS1-like humanos AU1-like humanos e felinos, K9-like humanos, felinos e caninos (capacidade aglutinante), - Classificação em genótipos baseados na NSP4: Baseado na análise das sequências do gene que codifica para NSP4: NSP4-A ou genótipo A, NSP4-B ou genótipo B, NSP4-C ou genótipo C, NSP4-D ou genótipo D, NSP4-E ou genótipo E, NSP4-F ou genótipo F.
INATIVAÇÃO DA INFECCIOSIDADE: fenol, cloro, formol, etanol 95%.
ESTABILIDADE DAS PARTÍCULAS: ph 3-9, éter, clorofórmio, fluorocarbonos, temperatura (entre 4 e -20C estabilizadas com CaCl2).
Biossíntese viral:
PATOGÊNESE: Transmissão fecal-oral, Período de incubação: 2-4 dias, Tropismo: enterócitos do instestino delgado.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Vomito, diarreia, febre, dor abdominal, desidratação (podendo levar à morte).
Neonatos: branda/assintomática. Crianças (6-24 meses): mais susceptíveis. Adultos: subclínica. Desnutridos: mais grave. Reinfecções: mais brandas. Autolimitada. Excreção do vírus: fezes em até 57 dias.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: - diagnóstico da partícula viral nas fezes por ME, - detecção de Ag´s virais nas fezes (ELISA), - imunofluorescência, - aglutinação (látex), - detecção do genoma (RT-PCR + PAGE), - hibridização, propagação em cultura, - caracterização dos genótipos/sorotipos: ELISA, RT-PCR, hibridização, PCR-ELISA, sequenciamento. 
EPIDEMIOLOGIA: Países em desenvolvimento
PREVENÇÃO E CONTROLE: - Rotarix, - RotaTeq, - Vacina UK-Recombinante
TRATAMENTO: Sintomático: reposição de fluidos, Leite materno: Ac´s para imunodeprimidos.
Adenovírus
Classificação: Família: Adenovirida, Gênero: Mastadenovirus, 6 espécies (A-F), 51 sorotipos (1-51)
 Morfologia: 90nm de diâmetro, sem envelope, simetria icosaédrica, genoma: DNAfd, linear não segmentado.
- biossíntese:
 
TRANSMISSÃO: Adenovírus: contato direto ou indireto por aerosóis, secreções oculares e respiratórias
* Adenovírus entérico: fecal-oral, água e alimentos contaminados. Período de incubação: 3-10 dias.
Sorotipos 40 e 41: lesões no trato gastrointestinal levam a atrofia das vilosidades e hiperplasia das criptas, gerando malabsorção e perda de fluidos. Alguns sorotipos: infecção assintomática.
Manifestações clinicas: Adenovírus entérico: gastroenterites.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Propagação em cultura celular, identificação (IF, EIA, TN), detecção direta do Ag na amostra (IF, EIA), isolamento (secreções respiratórias, oculares, sangue, fezes, urina, swab de uretra, baço, fígado, rins, liquor, cérebro, miocárdio). Genotipagem: PCR + eletroforese, RFLP. Avaliação do efeito citopatico (células aglomeradas com formato de cachos de uva).
EPIDEMIOLOGIA: Em crianças no mundo: 1,1 a 12%. População: 4-6%.
PREVENÇÃO E CONTROLE: Boas condições de higiene. Não há vacina.
TRATAMENTO: reidratação (oral ou intravenosa casos graves). 
Astrovírus
Classificação: Família: Astroviridae, Gênero: Mamastrovirus (mamíferos) 8 sorotipos humanos(HAstV-1 a HAstV-8), Avastrovirus (aves).
morfologia: 28-30nm de diâmetro, sem envelope, simetria icosaédrica, podem ter forma de estrela de 5 ou 6 pontas, genoma: RNAfs+, linear, poliadenilada
Biossíntese: não foi descrito, mas presume-se que seja no citoplasma por ser RNAfs+.
Patogênese: transmissão: fecal-oral, Período de incubação: 2-4 dias, Grupo mais afetado: crianças menores que 2 anos, Pode ser assintomática.
Replicação: células epiteliais do intestino delgado. Indução da diarreia: destruição do epitélio intestinal, modulação dos canais iônicos causando mal absorção ou alteração da permeabilidade seletiva do epitélio intestinal.
Manifestações clinicas: diarreia aquosa (principal), vômitos, desidratação branda, dores abdominais. Quadro clínico se resolve espontaneamente. É mais branda do que o Rotavirus.
Diagnóstico laboratorial: - Microscopia eletrônica, isolamento viral e propagação em cultura de células. - sorológico: ELISA, - molecular: RT-PCR + ELETROFORESE
Epidemiologia: presente no mundo todo. Transmissão espécie-específica. Picos de incidência: inverno (regiões temperadas) e estações chuvosas (regiões temperadas). Associados a 4-10% das diarreias em crianças.
Genótipo HAstV-1: mais frequente.
Prevenção e tratamento: higiene pessoal, cuidado de manipuladores de alimentos, saneamento básico, evitar mariscos.
Norovírus
Classificação: Família: Calciviridae, Gênero: Norovirus (antigo Norwalk-like), Sapovirus (antigo Sapporo-like), 	 Lagovirus, Vesivirus. Morfologia: 26-37nm de diâmetro, sem envelope, simetria icosaédrica, genoma: RNAfs+, linear, poliadenilada
Biossíntese:
Não há sistema biológico para cultivo, portanto há dificuldades sobre sua expressão gênica. Como é RNAfs+, acredita-se que seu genoma seja automaticamente traduzido em proteínas quando este entra na célula.
Patogênese: Transmissão: fecal-oral, aerossóis, água e alimentos contaminados (é estável em água clorada, pH ácido, aquecimento e congelamento). Período de incubação: 16-36h. Duração dos sintomas: 24-48 h (pode ser assintomático). Fase aguda: mucosa intestinal com anormalidades, desorganização de células epiteliais e infiltração da lâmina própria. Decréscimo da atividade intestinal.
Manifestações clinicas: Em geral é branda. Sintomas específicos: náusea, vômito (mais comum em crianças), diarreia (mais comum em adultos), dor abdominal. Sintomas inespecíficos: dor de cabeça, febre, mialgia.
Diagnóstico laboratorial: Por não ter possibilidade em propagar em cultura, usou-se, por muito tempo, o microscópio eletrônico. Como alternativa: radioimunoensaio. Kits de ELISA: detecção de Ag virais nas fezes (não muito sensível). + sensível: técnicas moleculares (RT-PCR); Kaplan e cols (1982): método para diferenciar surtos de norovirus de bacterianos Critérios: vômito em + de 50% dos afetados, período de incubação 24-48h, duração da doença: 12-60h,não identificação de patógenos bacterianos na coprocultura.
Epidemiologia: Ocorre nos meses mais frios do ano, países: EUA, Canadá, Peru, países da Europa, países da Asia, Austrália. Não muito comum no Brasil. Genogrupo II: mais predominante no mundo.
Prevenção e controle: Não há vacinas ou anti-virais. Lavar as mãos, descarte adequado de material contaminado. Higiene de alimentos.
Tratamento: Normalmente é autolimitada. Reidratar.
Roteiro aula viroses dermotrópicas
Família Herpesviridae: DNAfd, simetria icosaédrica, possui envelope, causa lise aosair da célula, produção do DNA viral ocorre no núcleo. Classificação: Baseada no gene que codifica a glicoproteína H do envelope: α, β, . Todos os vírus permanecem por toda a vida podendo ser reativados em estados de imunossupressão.
Herpes simplex 1 e 2 (HSV1 e HSV2) Classificação: Família: Herpesviridae Subfamília: Alphaherpesvirinae Gênero: Simplexvirus. Tipos: 1 Herpesvirus humano 1 (HHV-1) ou Vírus Herpes Simples 1 (HSV-1). 2 Herpesvirus humano 2 (HHV-2) ou Vírus Herpes Simples 2 (HSV-2). 
Terminologia oficial: HHV - Morfologia: 186nm de diâmetro, com envelope e tegumento, simetria icosaédrica, genoma: DNAfd, linear. 
Genoma:
	Divisão
	Sequências “a” 
	Importantes para circularização do DNA e empacotamento.
	Sequência longa repetida (RL) 
	Codifica a proteína regulatória inicial (α0), o promotor, a maioria dos genes LAT.
	Região Longa Única (UL)
	Codifica 56 proteínas. Contém genes para enzimas que participam da replicação do DNA e para proteínas do capsídeo.
	Região de Repetições Curtas (RS)
	Codifica a proteína + importante imediatamente inicial (α). Atua com α0 e α27 na UL para estimular genes da replicação.
	Origem de Replicação (OriL/OriS)
	Gera complexo de replicação semelhante aos fagos T4
	Região Curta Única (US)
	Codifica 12 ORFs, algumas importantes na formação do vírus e mecanismos de defesa do organismo.
Glicoproteína g (gG): importante porque diferencia HSV1 do HSV2 (é maior no 2).
Biossíntese:
Infecção lítica: vírus ataca cels epiteliais, o DNA é linear. Infecção latente: vírus ataca neurônios, o DNA é circular. Reativação ocorre por: estresse, radiação, menstruação ou alterações hormonais, febre, danos aos neurônios onde os vírus estão.
Explicação para infeção latente nos neurônios: Repressão da expressão do gene lítico viral; Neurônios não possuírem fatores circulantes essenciais para a expressão dos genes α; Inibição da expressão dos genes líticos pelos LATs; Inibição da replicação viral pela resposta imune do hospedeiro. 
Patogênese: Infecção latente persistente em neurônios dos gânglios sensoriais. Transmissão: fluidos corporais (saliva, sêmen, muco cervical). Herpes orofacial (principalmente pelo HSV1): beijo. Herpes genital (principalmente pelo HSV2): relações sexuais.
Tipos de infecção: Primária: ocorre em indivíduos susceptíveis sem Ac´s preexistentes. Duração: 2-3 semanas. Costuma ser mais invasiva do que a recorrente. Importante identificação inicial para evitar estabelecimento da infecção latente. Sintomas: danos SNC, hepatite, pneumonia. Reativação/Recorrente/Recidivante: ocorre em indivíduos que tiveram episódio primário de HSV após estresse e possuem Ac´s detectáveis. Duração: aproximadamente 12 dias. Aparecimento das lesões cutâneas.
Manifestações clínicas: Infecção primária: gengivoestomatite herpética, infecção da orofaringe, infecção genital, disúria, linfadenopatia.
Infecção de reativação: 
+ febre, linfadenopatia, dor de cabeça. Outras complicações: - ceratoconjuntivite herpética, - nódulo herpético, - lesões na pele, - infecção congênita ou neonatal, - Herpes gladiatorum, - alterações neurológicas, - malignidade (HSV2). 
Relação HSVXHIV: A infecção lítica do HSV na mucosa genital atrai células de defesa para o local, tornando-o mais susceptível à infecção pelo HIV. 
Diagnóstico laboratorial: - CPE (fusão, refringência, alargamento e arredondamento celular), - teste de Tzanck,- ELISA (detecção da gG), - Western Blotting, - IF, - PCR, - RFLP. 
Epidemiologia: HSV 1 e 2: todo o mundo. HSV 2: mais mulheres.
Prevenção: Medidas de prevenção a DST´s e higiene. Não há vacinas.
Tratamento: Não cura, ameniza os sintomas. Drogas: Aciclovir, valaciclovir, fanciclovir.
VIRUS DA VARICELA ZÓSTER
Classificação: Família: Herpesviridae, subfamília: Alphaherpesvirinae, Gênero: Varicellovirus, Espécie: Herpesvirus humano tipo 3 (HHV3) ou Vírus da Varicela Zóster. Morfologia: 80-120nm de diâmetro, com envelope e tegumento, simetria icosaédrica, genoma: DNAfd, linear
Biossíntese: semelhante a outros HSV´s. 
Mecanismo de latência: ocorre após a catapora, traduz e transcreve múltiplos genes, sempre é sintomático. Patogênese:
Manifestações clínicas: - Varicela: Período prodrômico: febre, mal estar, dor de cabeça e abdominal. Após 24-48h: aparecimento das lesões. Pode ocorrer co-infecção por S. aureus ou S. pyogenes leva ao impetigo. Em adultos: pneumonia. - Herpes zoster: lesões na pele, neuralgia pós herpética, conjuntivite, cerative, uveíte, glaucoma. Várias reativações: indicativo de infecção pelo HIV.
Diagnóstico laboratorial: Isolamento em cultura de células, Demorado. Portanto, só usado para confirmação do diagnóstico. Detecção do ácido nucléico viral: * Hibridização “in situ”. * Southern blotting. * PCR. Sorologia: * Detecção de IgG (para saber o estado do paciente). * ELISA. * FAMA (fluorescent-antibody membrane antigen assay).
Epidemiologia: Distribuição mundial. Varicela primária: maior incidência em crianças. Herpes zoster: maior incidência em adultos e idosos.
Prevenção e controle: Isolamento hospitalar, vacina atenuada, administração passiva de Ig humana (VZIG).
Tratamento: Drogas: Aciclovir, valaciclovir, fanciclovir. Banhos com soluções de cânfora, óxido de zinco ou mentol e compressas frias (diminuem o prurido). Quando há co-infecção com bactéria: antibióticos. Contra-indicação: aspirina. 
MOLUSCO CONTAGIOSO
Classificação: Família: Poxviridae, Subfamília: Chordopoxvirinae, Gênero: Molluscipoxvirus, Espécie: Molluscum contagiosum (único membro da família com 3 variantes: MCVI, MCVII, MCVIII). Morfologia: 300nm de diâmetro (maior vírus de animais, pode ser visto ao M.O.), membrana com subunidades cilíndricas arranjadas de forma irregular, core em forma de halteres envolvidos por membrana interna, simetria complexa, com envelope, genoma: DNAfd, linear com transcriptase associada.
Biossíntese:
Patogênese: Induz pouca imunidade (a principal é a celular). A lesão pode persistir de 2 semanas a 2 anos sem sinal de inflamação.
Manifestações clínicas: Lesões: * Nódulos piriformes umbilicados na superfície da pele (2-5 mm de diâmetro), * Podem ocorrer em qualquer parte do corpo, * São agrupadas em áreas localizadas, * Indolores.
Diagnóstico laboratorial: biópsia da lesão, microscopia eletrônica. 
Epidemiologia: Distribuição mundial (mais presente nas Ilhas Fiji, Nova Guiné e Zaire). Em adultos: mais frequente em homens. Mais comum: MCVI MCVII MCVIII. 
Transmissão: contato direto (é considerada DST) ou fomitês. 
Prevenção: higiene, não compartilhar objetos, não raspar áreas afetadas ao barbear, não tocar as pápulas, contato sexual com preservativo. 
Tratamento: Não há específico. Nódulos são retirados por crioterapia ou cirurgicamente (estética).
ROTEIRO AULA VIROSES CONGÊNITAS
Infecções virais durante a gravidez apresentam um risco de transmissão intrauterina que pode resultar em danos ao feto.
Em geral, a infecção primária durante a gravidez é mais danosa do que a secundária ou reativação.
Vírus da Rubéola
Classificação: Família: Togaviridae, Gênero: Rubivirus, Espécie: Vírus da Rubéola (único deste gênero). Apenas 1 sorotipo com 7 genótipos divididos em 2 clades: RGI e RGII: RGI: predomínio nos EUA, América Latina, Europa e Japão. RGII: predomínio na Ásia e Europa (possui menor diversidade genética). 
É o único da família a não se replicar em artrópodes.
Morfologia: Partículas esféricas, 61 nm de diâmetro, simetria icosaédrica, com envelope com espículas, genoma: RNA fs+ com 2 ORF´s separadas por uma região não traduzível (regulação da síntese do RNA genômico). Propriedades do vírion: Inativado com 5-20 minutos a 56ºC e 48h a 37ºC, podendo ter alguma infecciosidade por 7 dias. Liofilizado: estável a 4ºC por anos (bom para vacinas). Sensível a solventes orgânicos, detergentes e luz UV. Mantém infecciosidade em pH 6,8-8,1. 
Biossíntese:
Patogênese: Rubéola pós natal: Transmissão: contato direto com indivíduos infectados por gotículasde secreções do trato respiratório. Porta de entrada: mucosa do trato respiratório superior, Período de incubação: aproximadamente 14 dias, quando ocorre a viremia e os vírus se disseminam para os tecidos alvo. Rubéola congênita: Transmissão transplacentária da mãe para o feto, Período de incubação: aproximadamente 14 dias, quando ocorre a viremia e os vírus se disseminam para os tecidos alvo. A reinfecção durante a gestação, normalmente, não acarreta dano ao embrião/feto.
 Raro: teratogenia. 
Manifestações Clínicas: Rubéola pós natal (sarampo dos 3 dias ou sarampo alemão): Na maioria das vezes, a infecção é subclínica. Exantema macular, linfadenopatia, febre baixa, conjuntivite, faringite, artralgia. Sintomas desaparecem rapidamente, mas artropatia, trombocitopenia, encefalopatia podem persitir. Encefalopatia (complicação mais séria): convulsões, vômito, rigidez na nuca, letargia. Síndrome da Rubéola Congênita (SRC): Infecção perto da concepção: pode ocorrer morte do feto, nascimento prematuro, criança com má formação, anomalias congênitas. Tríade da SRC: catarata, patologias cardíacas, surdez neurossensorial. Neurológico: retardo mental, meningoencefalite, etc. Outras manifestações: baixo peso ao nascer, lesões ósseas, diabetes mellitus, tireoidite, pneumonia, retardo de crescimento, púrpura trombocitopênica, etc.
Diagnóstico laboratorial: - Isolamento viral + CPE (Refringência celular, presença de restos celulares, arredondamento e deslocamento da monocamada de células aderidas ao suporte. Composição de lipídeos da membrana das células infectadas é ≠ das células não infectadas (infectadas tem + ácido linoléico e fosfatidilcolina e menos outros fosfolipídeos).Células infectadas crescem e dividem mais lentamente do que não infectadas). - Teste de interferência viral: Observa a capacidade do vírus de induzir a produção de IFN. Usa-se células AGMK (rim de macaco verde africano) pois esta é produtora de IFN. - Moleculares: Hibridização “in situ” e Amplificação do ácido nucléico. - Sorológicos Clássicos: Inibição da hemaglutinação e Imunofluorescência e ELISA (mais utilizado).
Epidemiologia: Endêmica em todo o mundo, Altamente transmissível em crianças de 5-9 anos, Atualmente, os homens são público mais susceptível porque não foram vacinados na infância. 
Prevenção e controle: 1969: vacina com vírus atenuado (EUA), 1972: tríplice viral (MMR) (measles, mumphs, rubella), (sarampo, caxumba, rubéola) imunidade duradoura em 95% da população. Embora seja atenuada, pode induzir linfadenopatia branda, exantema e febre baixa. Contra indicada na gravidez, apesar de não ter evidências de teratogenia. (Mulheres não imunes devem aguardar 60-90 dias para engravidar após vacinação e, se já estiverem grávidas, devem vacinar após o parto). Aplicação (no Brasil): 12 meses de idade e depois com 4-6 anos de idade. OBS: A aquisição natural do vírus da rubéola confere imunidade para reinfecção devido a produção de altos títulos de Ac´s. O vírus vacinal não confere imunidade duradoura. 
Tratamento: Não requer tratamento específico (casos pós natal). Complicações tratadas sintomaticamente. 
CITOMEGALOVIRUS HUMANO (HCMV ou HHV-5)
Classificação: Família: Herpesviridae, Subfamília: Betaherpesvirinae, Gênero: Citomegalovirus, Espécie: HHV-5 ou HCMV, Existe apenas 1 tipo antigênico do HCMV com variações genômicas em indivíduos diferentes. Morfologia: 120-250 nm de diâmetro, simetria icosaédrica, com envelope com espículas, com tegumento e core, genoma: DNA fd, linear, não segmentado com 25. Genoma com 2 segmentos: Longo (L) Curto (S). Propriedades do vírion: Inativado por aquecimento (56ºC por 30 minutos), pH baixo, éter, luz UV, ciclos de congelamento/ descongelamento.
Biossíntese:
 
Patogênese: Pode permanecer latente no hospedeiro, É o único herpesvirus que exibe infecção natural transplacentária (que ocorre menos frequente na infecção recorrente do que na primária).
Manifestações Clínicas: Infecção congênita: Sinais mais frequentes: * petéquias (76%), * icterícia (67%), * hepatoesplenomegalia (60%), * sinais neurológicos não específicos (microcefalia, dificuldade de sucção, hipotonia com sonolência, espasticidade, hemiparesia, convulsões), *surdez neurossensorial (sequela mais frequente: 57%), *oculares (coriorretinite, atrofia óptica, retinite pigmentar, estrabismo), *calcificações cerebrais, *achados laboratoriais (aumento de transaminases, trombocitopenia, hiperbilirrubinemia, anemia hemolítica, hiperproteinurraquia). A grande maioria dos infectados permanece assintomática no período neonatal e tem risco de 10-15% de manifestações tardias. Por isso, devem ser feitos exames audiométricos e avaliações de desenvolvimento independente de ter sintomas. Infecção Perinatal: Neonatos adquirem durante o parto normal, ou pelo leite, ou por transfusões sanguíneas. Lactentes: não causa doença clínica evidente, Transfusão: pneumonia e hepatite. Infecção em Imunocompetentes: Normalmente, assintomática, mas podem aparecer: mononucleose-like com faringite e linfadenopatia, febre (+ de 10 dias), mal estar, mialgia, dor de cabeça, fadiga, hepatoesplenomegalia e exantema (em alguns pacientes) 
Como diferenciar HHV-5 de EBV? Na HCMV não há produção de Ac´s heterófilos.
Infecção em Imunodeficientes: Pneumonia intersticial, hepatite, coriorretinite, artrite, cardite, infecção gastrointestinal crônica, doenças do SNC (encefalite, doença de Guillan-Barré, mielite transversa). Principal: retinite seguida de enterite. Infecção primária é mais grave do que a reativação ou reinfecção. Pacientes com doenças malignas também são alvo do HCMV.
Diagnóstico laboratorial: Histológico: Células aumentada com denso corpúsculo de inclusão intranuclear basófilo e central em “olho de coruja”. CPE: Presença de células grandes e arredondadas, dispostas em lesões focais ou por toda a monocamada e contendo numerosas granulações intranucleares e citoplamáticas. Sorológico: Útil para determinar se o paciente já apresentou infecção pelo HCMV (importante para doadores de sangue e pré-transplante); Infecção recente: teste de soroconversão e detecção de IgM; Não útil para infecção em imunocomprometidos (detecção é + precisa e preferida). Imunohistoquímica: Detecção precoce da fosfoproteína pp65 (indicadora de infecção ativa). Moleculares: PCR e Real time-PCR. Diagnóstico da infecção congênita: Isolamento do vírus da urina, saliva ou detecção do DNA viral por PCR nas primeiras 3 semanas de vida. Diagnóstico pré natal: Detecção do vírus no líquido amniótico, por isolamento em cultura de células ou amplificação do genoma por PCR. Diagnóstico em imunodeficientes: Testes importantes: aqueles que quantificam a carga viral no sangue: antigenemia para pp65; PCR quantitativo competitivo; Ensaio de captura híbrida; Real Time-PCR Diagnóstico diferencial: Diferencia de outras doenças congênitas – TORCH (Toxoplasmose, Rubéola, CMV, HSV, HIV).Feito pela quantificação da carga viral no sangue, detecção do HCMV no tecido afetado, avaliação da resposta à terapia antiviral dirigida ao HCMV.
Epidemiologia: Ocorre, praticamente, em todo o mundo. A prevalência de Ac´s aumenta com a idade, atingindo níveis máximos aos 25 anos. Infecção aumentada: período peri-natal e na maturidade sexual. Não tem perfil sazonal definido. Transmissão: Horizontal:*contato direto com o material contaminado, contato com fluidos corporais durante a relação sexual, *contato com fluidos corporais entre crianças em idade escolar (urina, saliva), durante a inseminação artificial. Vertical: transmissão da mãe para o feto: *transplacentária (mulheres contaminadas antes da concepção), *intraparto, *leite materno (fonte + comum de infecção). Em imunodeficientes: receptores de transplantes de órgãos , em HIV + (quando TCD4+ está 50cels/mm3).
Prevenção: Uso de preservativos, Não compartilhamento de agulhas/alicates/etc, Lavagem de mãos, Não amamentar, Filtração de leucócitos para transfusão, Evitar contato com fluidos corporais de pacientes.
Tratamento: Ganciclovir, Foscarnet, Cidofovir, Valganciclovir (Inibem a síntese do DNA viral, atuando sobre a polimerase viral); Fomivirsen sódico (Tratamento da retinite por CMV, bloqueia a síntese das proteínas regulatórias). Apresentam toxicidade significativa. Como a infecção em imunocompetentes, geralmente, é limitada, o tratamento antiviral não é recomendado.
PARVOVÍRUS B19
Classificação: Família: Parvoviridade, Subfamília: Parvovirinae, Gênero: Erythrovirus (pelo tropismo por eritrócitos), Espécie: Parvovírus humano B19, 3 genótipos: Genótipo 1 amostras relacionadas ao B19 padrão, Genótipo 2 amostras relacionadas aos isolados A6 e LaLi, Genótipo 3 amostras relacionadas ao isolado V9. Morfologia: 23 nm de diâmetro, simetria icosaédrica, sem envelope, genoma: DNA fs
Biossíntese: 							Síntese do grampo tetrâmero do parvorívus B19 
Síntese do DNA genômico do Parvorívus B19 
Patogênese: Via de transmissão por condições naturais: desconhecida. Provavelmente: vias respiratórias, derivados sanguíneos) e transmissão vertical. Manifestações Clínicas: Sintomas comuns a outras viroses: alterações leves no sistema respiratório, febre, mialgia, mal estar. Sintomas específicos: eritema infeccioso (ou 5ª doença), artralgia, crise aplástica transitória (em indivíduos com anemia hemolítica crônica), anemia crônica (em imunodeprimidos), hidropisia fetal, pode ou não ocasionar aborto. 
Diagnóstico laboratorial: ELISA (mais utilizado). Pesquisa de IgM: casos de eritema infeccioso e artropatia. Outros: Radioimunoensaio, EIA para captura de Ag´s, Hibridização ou immunobloting (para detecção do genoma viral). PCR + eletroforese. Em caso de morte fetal: hibridização “in situ” do DNA viral em tecidos fetais (geralmente fígado).
Epidemiologia: Afeta todo o mundo, sendo o genótipo I, o mais frequente. No Brasil, são encontrados os 3 genótipos. Grupo mais afetado: crianças. Infecção gera imunidade duradoura. - Prevenção: não há vacinas. Tratamento: sintomático: antitérmicos e antiinflamatórios. Eritropoetina: em casos de anemia hemolítica crônica (em casos graves: transfusão). Imunodeficientes: tratamento com Ig´s. Como, normalmente, a cura é espontânea, há ausência de complicações em imunocompetentes e elevado custo do diagnóstico, não se faz pesquisa do Parvovírus B19 em bolsas de sangue.

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