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Projetos Empresariais

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2012
Projetos emPresariais
Prof.ª Isabele Domingues Schlossmacher
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof.ª Isabele Domingues Schlossmacher
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
 658.404
 Schlossmacher, Isabele Domingues
Projetos empresariais / Isabele Domingues Schlossmacher. Indaial: Uniasselvi, 
2012. 
 
 194 p. : il
 
 ISBN 978-85-7830-553-6
 1. Administração de projetos.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
 II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título
S345p
III
aPresentação
Caro acadêmico!
Você tem em suas mãos o Livro de estudoss da disciplina Projetos 
Empresariais.
Projetos, de uma maneira geral, é um assunto muito presente em 
nosso dia a dia. Quando fazemos aniversário, por exemplo, é de costume 
montarmos um projeto (mesmo que seja mental) para podermos lembrar de 
todos os detalhes necessários para uma festa comemorativa.
Os Projetos Empresariais, por se tratarem de projetos de maior porte, 
exigem um nível muito maior de detalhamento deste planejamento, e é este 
o foco da disciplina de Projetos Empresariais.
Na Unidade 1, intitulada Fundamentos Conceituais de Projetos 
Empresariais, faremos uma contextualização sobre Projetos Empresariais, 
abordando os conceitos fundamentais do tema. Também conheceremos o perfil 
do gestor, suas responsabilidades e competências, além de estudarmos o ciclo 
de vida, o que abrange o escopo e a administração de um projeto empresarial.
Na Unidade 2 estudaremos a Gestão de Projetos Empresariais. 
Aprofundaremos nossos estudos sobre o gerenciamento de um projeto, 
conhecendo sua viabilidade, seus riscos e custos envolvidos.
Por fim, na Unidade 3, intitulada Concluindo e Controlando o Projeto 
Empresarial, falaremos especificamente sobre todas as ferramentas pós-
projeto, tais como: os indicadores de controle, a administração dos resultados 
de um projeto e a importância da comunicação em todo o processo. Além 
disso, abordaremos as principais ferramentas e documentos disponíveis 
para o auxílio no planejamento e implementação de um projeto empresarial.
É importante destacar que em cada tópico de cada unidade há uma 
leitura complementar que deve ser feita e estudada com atenção, já que se 
trata de conteúdo que facilitará o entendimento e as explicações expostas em 
cada tópico.
Espero que este Livro de estudoss contribua na sua formação e que 
você tenha momentos agradáveis de estudo e crescimento.
Bons estudos!
 Prof.ª Isabele Domingues Schlossmacher
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS .............. 1
TÓPICO 1 – CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL .......... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 PROJETOS EMPRESARIAIS ............................................................................................................. 5
2.1 CONCEITOS ..................................................................................................................................... 6
2.2 BENEFÍCIOS ..................................................................................................................................... 7
2.3 CARACTERÍSTICAS ....................................................................................................................... 9
2.4 CLASSIFICAÇÕES DE PROJETOS EMPRESARIAIS ................................................................. 12
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 14
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 – OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL ......................... 21
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 21
2 FUNÇÕES DOS ENVOLVIDOS EM UM PROJETO EMPRESARIAL ...................................... 22
2.1 COMPETÊNCIAS DE UM GERENTE E DEMAIS ENVOLVIDOS EM UM 
 PROJETO EMPRESARIAL ............................................................................................................. 31
3 FORMANDO EQUIPES PARA DESENVOLVER PROJETOS EMPRESARIAIS .................... 32
4 IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NO DESENVOLVIMENTO DE 
 PROJETOS EMPRESARIAIS ............................................................................................................. 34
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 36
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 41
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 42
TÓPICO 3 – CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL ........................ 45
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 45
2 O CICLO DE VIDA DE UM PROJETO EMPRESARIAL E SUAS INFLUÊNCIAS 
 ORGANIZACIONAIS ......................................................................................................................... 45
2.1 CONCEITUAÇÃO/INICIAÇÃO ...................................................................................................de administração de projetos da organização.
- Contribuir para a criação de políticas e procedimentos de 
administração de projetos.
- Avaliar, registrar e disseminar informações sobre sucessos e 
insucessos na história dos projetos da empresa.
- Participar de decisões que envolvem a escolha de modelos e sistemas 
de administração de projetos. (MAXIMIANO, 2010, p. 250).
Desta forma, segundo Roldão (2007, p. 20), o gestor de um projeto é “a 
figura integradora do projeto, atuando como um centro vital de comunicações 
que liga todas as partes do projeto”, e a ele cabem decisões de vários tipos:
1. Decisões técnicas
- Direcionar a concepção.
- Selecionar os equipamentos que serão usados.
- Identificar o tipo e o âmbito dos testes.
2. Decisões comerciais
- Decidir entre “fazer ou subcontratar”.
- Selecionar subcontratantes ou vendedores.
3. Decisões administrativas e de planejamento
- Selecionar o pessoal.
- Programar recursos (pessoal, equipamentos,...).
- Controlar a sequência do planejamento e os desvios emergentes.
4. Decisões financeiras
- Determinar gastos dos fundos, orçamentados.
- Realizar despesas criteriosas.
- Evitar situações de ruptura financeira.
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
31
5. Decisões de recursos humanos.
- Manter a equipe dinâmica e engajada. (ROLDÃO, 2007, p. 20).
Com tantas responsabilidades em suas mãos, torna-se de suma importância 
conhecermos as competências necessárias a um gerente de projetos empresariais.
2.1 COMPETÊNCIAS DE UM GERENTE E DEMAIS 
ENVOLVIDOS EM UM PROJETO EMPRESARIAL
De acordo com o ICB – IPMA Competence Baseline (2007, apud 
MAXIMIANO, 2010, p. 233), as competências são divididas em três grupos 
principais, que são:
• As competências técnicas que são responsáveis pela iniciação, condução e 
encerramento do projeto.
• As competências comportamentais dos indivíduos envolvidos no projeto.
• As competências contextuais relacionadas à “organização (ou organizações) 
com as quais o projeto está envolvido”.
Veja no quadro a seguir os elementos de competências do ICB.
Competências Técnicas Competências 
Comportamentais Competências Contextuais
1. Sucesso no gerenciamento de 
projetos.
2. Partes interessadas.
3. Requisitos e objetivos do 
projeto.
4. Riscos e oportunidades.
5. Qualidade.
6. Organização e projeto.
7. Trabalho em equipe.
8. Resolução do projeto.
9. Estrutura do projeto.
10. Escopo e planos de entrega.
11. Tempo e fases do projeto.
12. Recursos.
13. Custos e finanças.
14. Contratos e obtenções.
15. Mudanças.
16. Controle e relatórios.
17. Informação e documentação.
18. Comunicação.
19. Iniciação.
20. Conclusão.
1. Liderança.
2. Engajamento e motivação.
3. Autocontrole.
4. Argumentação.
5. Relaxamento.
6. Abertura.
7. Criatividade.
8. Orientação e resultado.
9. Eficiência.
10. Conselho.
11. Negociação.
12. Conflitos e crises.
13. Confiabilidade.
14. Apreciação de valores.
15. Ética.
1. Orientação ao projeto.
2. Orientação ao programa.
3. Orientação ao portfólio.
4. Implementação de projeto, 
programa e portfólio.
5. Organização permanente.
6. Negócios.
7. Sistemas, produtos e 
tecnologia.
8. Gerenciamento de pessoal.
9. Saúde, segurança, proteção e 
meio ambiente.
10. Finanças.
11. Legislação.
QUADRO 2 – ELEMENTOS DE COMPETÊNCIAS DO ICB
FONTE: IPMA (2006, apud SIQUEIRA, 2010)
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
32
É importante salientar que as competências comportamentais se referem 
a um atributo intrínseco ao indivíduo, diferentemente de certos atributos que são 
delimitados pelo cargo que ele ocupa.
Durante um projeto empresarial é inevitável que conflitos ocorram em 
função das diferenças de opiniões, competências, emoções, expectativas e outros 
fatores presentes nos indivíduos pertencentes a uma equipe de trabalho. É preciso 
que estes conflitos sejam geridos da melhor forma em prol do bem maior, que é 
o sucesso do projeto.
Ter conhecimento das competências comportamentais irá auxiliar o 
gestor/gerente na gestão de conflitos que possam ocorrer no decorrer do projeto 
empresarial pelo qual é responsável.
3 FORMANDO EQUIPES PARA DESENVOLVER PROJETOS 
EMPRESARIAIS
A formação de equipes que desenvolverão os projetos empresariais é um 
passo importante na gestão de um projeto, fato este que exige muita atenção e 
cuidados especiais.
“As ações mais importantes neste momento são: a escolha do gerente de 
projetos, o fornecimento de recursos (como, por exemplo: recursos financeiros e 
de equipamentos) para que o projeto possa ser realizado e a seleção do tipo de 
estrutura organizacional”. (ROLDÃO, 2007, p. 31).
Devemos lembrar que as equipes também fazem parte dos recursos 
disponibilizados para que o projeto seja realizado. Para Maximiano (2010, p. 174), 
“equipe de projeto é um grupo de pessoas que se combinam e se sucedem ao 
longo do ciclo de vida” deste projeto, ou seja, o projeto se trata de uma “sucessão 
de equipes interligadas” (MAXIMIANO, 2010, p. 175).
As pessoas envolvidas diretamente no projeto passam por um processo 
de desenvolvimento que fará com que se tornem uma equipe.
“Geralmente a formação de equipes passa por cinco estágios, que 
são: formação, tempestade, normatização, desempenho e encerramento”. 
(TUCKMAN, 1977, apud MAXIMIANO, 2010, p. 175).
FIGURA 15 – ESTÁGIOS DA FORMAÇÃO DE EQUIPES
FONTE: . Acesso em: 29 fev. 2012.
Fase 1
Formação
Fase 5 
Desintegração
Fase 4 
Desempenho
Fase 3 
Normatização
Fase 2
Confusão/
Conflito
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
33
Vejamos cada um destes estágios:
●	 Formação: este estágio se trata do início da relação entre as pessoas que 
compõem a equipe. As pessoas ainda não se conhecem muito bem e, por isto, 
precisam identificar afinidades entre elas, bem como iniciar suas relações de 
interdependência no projeto.
● Tempestade: também conhecido como estágio de turbulência. Este estágio é 
representado por uma fase de conflitos entre os integrantes da equipe, onde 
é possível perceber as diferenças entre as personalidades, opiniões etc. entre 
todos os envolvidos. 
● Normatização: é o estágio em que se formalizam certas normas com o intuito de 
amenizar ou interromper os conflitos que surgiram no estágio da tempestade. 
Neste estágio a equipe cria sua identidade de grupo e consegue evoluir no 
desenvolvimento do projeto, caso contrário a equipe fica estagnada no estágio 
de turbulências, podendo, até mesmo, acabar.
● Desempenho: é o estágio de demonstração de maturidade da equipe. Caso 
o nível de desempenho fique em mediano ou baixo, pode ser sinal de que o 
estágio de normatização não foi bem desenvolvido.
● Encerramento: é o estágio final. Neste momento há dissolução da equipe e o 
encerramento das atividades da mesma.
“Existem, basicamente, três etapas para estruturar e gerir uma equipe de 
projetos empresariais, que são: identificação e busca das pessoas, desenvolvimento 
da equipe e gestão do desempenho da equipe”. (MAXIMIANO, 2010, p. 183).
1 Identificação	 e	 busca	 das	 pessoas: de acordo com Maximiano (2010, p.183), é 
preciso responder determinadas perguntas no momento de identificação das 
pessoas mais adequadas à composição da equipe de um projeto empresarial, como:
Que áreas do conhecimento ou competências são necessárias para 
realizar a missão e as atividades, operar os recursos e resolver todos 
os problemas do projeto? Onde se encontram as pessoas que têm essas 
competências – áreas funcionais, outras unidades de negócios ou 
outras organizações? (MAXIMIANO, 2010, p.183).
Após identificadas, as pessoas precisarão ser recrutadas e em seguida 
selecionadas para integrarem efetivamente a equipe. Neste momento, o gestor/
gerente deverá definir:
a. a participação das pessoas;
b. o tipo de trabalho que farão;
c. o tempo de dedicação de cada uma ao projeto; e
d. idealmente, um calendário de participação em reuniões e atividades 
específicas, como visitas a clientes e participaçãoem testes de campo. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 183).
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
34
O gestor/gerente precisa ter muito claro o número de pessoas necessário 
para que o projeto seja desenvolvido adequadamente, o número de pessoas que 
ele efetivamente possui disponíveis para desenvolver o projeto e a quantidade de 
pessoas que ele precisará selecionar para preencher sua equipe do projeto a ser 
desenvolvido.
2 Desenvolvimento da equipe: desenvolver a equipe para que ela atinja todos 
os atributos de um alto desempenho. Esta etapa é representada por cinco 
subetapas, que são: 
- Escolha dos integrantes.
- Criação de identidade para o grupo.
- Clima de abertura intelectual.
- Comunicação com o mundo externo.
- Treinamento. (MAXIMIANO, 2010, p. 186).
3 Gestão do desempenho: acompanhar o desempenho dos integrantes da equipe.
4 IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NO DESENVOLVIMENTO 
DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Segundo Roldão (2007, p. 59), a liderança pode ser considerada “como um 
processo de redução da incerteza do grupo que permite à organização caminhar 
em direção a seus objetivos”.
Já líderes, para Maximiano (2010, p. 266), “são as pessoas que, em um 
grupo, ocupam as posições de poder – são as pessoas que conduzem o grupo, seja 
por suas competências ou pelas próprias posições que ocupam”.
Sendo assim, o gerente, assumindo um papel de liderança, fará com que 
seus subordinados sejam influenciados e conduzidos a realizarem os 
objetivos propostos no projeto empresarial, mas para que isto aconteça 
é preciso atentar para alguns elementos específicos que influenciarão 
a efetividade da liderança, que, de acordo com McGregor (1960, apud 
MAXIMIANO, 2010, p. 267), são:
• A motivação da equipe: já que, conforme Maximiano (2010, p. 268), “o processo 
de liderança somente ocorre quando há correspondência entre os interesses ou 
motivações da equipe e a figura do líder ou a recompensa proporcionada pela 
missão do projeto”.
• A missão do projeto: existem dois tipos de missão do projeto: a de conteúdo 
moral, que segundo Maximiano (2010, p. 268) é quando “a adesão do liderado 
às propostas do líder é fruto de sua atração pelo desafio do projeto”, e a de 
conteúdo calculista, que é baseada “na expectativa de que o projeto trará 
recompensas como remunerações, promoções, liberalidade no uso do tempo e 
participação em programas de treinamento”.
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
35
• As competências do líder:
Além da iniciativa nas relações pessoais e da habilidade de 
comunicação, os líderes têm senso de identidade pessoal. Isso significa 
que os líderes reconhecem em si próprios a capacidade e motivação 
para liderar e as apreciam. A pessoa que tem interesse procura ocupar 
cargos gerenciais ou reage favoravelmente quando eles lhe são 
oferecidos. (MAXIMIANO, 2010, p. 270).
• A conjuntura: segundo Maximiano (2010, p. 270), a conjuntura “é representada 
pelos fatores históricos, organizacionais e culturais que afetam o projeto e a 
eficácia do processo de liderança”.
Uma forma para se definir o estilo de liderança é observar sua relação de 
troca com sua equipe. Desta forma, pode-se classificar um líder de duas formas: 
os carismáticos e os transacionais.
- Liderança carismática:
- Orienta os interesses da equipe para a missão do projeto.
- Cultiva alto desempenho por meio da motivação intrínseca.
- Apela ao desafio intelectual.
- Oferece recompensas psicológicas de fundo simbólico. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 275).
- Liderança transacional:
- Focaliza os interesses pessoais e calculistas da equipe.
- Cultiva o desempenho por meio de recompensas materiais.
- Apela às necessidades primárias dos membros da equipe. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 275).
DICAS
Conheça as características das lideranças 
carismática e transacional assistindo ao filme indicado a seguir:
FILME: A ÚLTIMA FORTALEZA
Sinopse: O General Irwin (Robert Redford) é um condecorado militar 
do exército americano, que perde sua patente e sua liberdade após 
ser culpado e condenado por uma corte militar. Lá ele conhece o 
Coronel Winter (James Gandolfini), que dirige a prisão com punho 
de ferro. De início, há um respeito recíproco entre eles, que logo se 
torna ressentimento após Irwin discordar de alguns dos métodos 
de Winter no comando da prisão. Disposto a calar Irwin de qualquer 
maneira, as táticas de Winter apenas o motivam a liderar uma 
rebelião de prisioneiros para conseguir tirá-lo do poder.
FONTE: . Acesso em: 29 fev. 2012.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
36
DICAS
Você encontrará o artigo na íntegra da leitura complementar a seguir, acessando 
o site: .
LEITURA COMPLEMENTAR
GESTÃO DE CONFLITOS EM PROJETOS CORPORATIVOS
Andrea Sousa Oliveira Nery Silva
[…]
Um dos grandes desafios das organizações de todo o mundo é garantir 
que suas estratégias se transformem nos resultados esperados. E os projetos têm 
papel fundamental neste processo, pois são eles que materializam as estratégias 
empresariais, integrando recursos e esforços rumo aos objetivos organizacionais. 
[...]
Pessoas e conflitos:
Conforme estudo de Ratner (1995), a respeito da psicologia sócio-histórica 
formulada por Vygotsky (1995), pessoas carregam consigo valores que vão se 
consolidando durante as fases da vida e que representam a absorção do meio em 
que vivem, somados às suas características naturais e biológicas. Estes valores, 
também denominados modelos mentais, frequentemente afetam a compreensão 
do indivíduo sobre as coisas que o cercam, fazendo com que as pessoas 
transformem os mesmos dados em diferentes informações. A proteção destes 
modelos mentais e sua existência subconsciente podem gerar um pré-conceito 
das pessoas sobre os dados a que são submetidas e impedir que elas reavaliem 
seu modo de pensar, fazendo-as incapazes de processarem novas ideias.
Assim sendo, os novos conhecimentos adquiridos pelas pessoas não 
chegam a ser colocados em prática porque conflitam com imagens internas 
profundamente enraizadas sobre o meio que as cercam, as limitando a formas 
bem conhecidas de pensar e agir (SENGE, 1990). Fato pelo qual os modelos 
mentais são os principais responsáveis pelos conflitos.
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
37
Pode-se dizer, portanto, que o conflito é uma característica inerente do ser 
humano. E o conhecimento da existência dos modelos mentais, fruto do meio em 
que o indivíduo está inserido e de suas experiências individuais, pode fazer com 
que o indivíduo esteja aberto para receber novas informações e transformá-las 
em novos conhecimentos. Quando se percebe o fator psicológico existente nos 
conflitos, fica mais fácil desenvolver a habilidade de identificá-los e tratá-los.
Conceito de gerenciamento de conflitos:
O gerenciamento de conflitos pode ser definido como a capacidade de 
se antever as tensões, identificando as fontes e impedindo o crescimento de 
desacordos, encontrando soluções satisfatórias para todas as partes envolvidas.
Conflitos em projetos:
“Conflito é um processo que se inicia com um desacordo, com uma frustração 
de interesses, ou atrito criado por diferenças entre pessoas ou grupos.” (ALVES 
& MORESCHI, 2006). Conflitos são inevitáveis no ambiente de projetos, inclusive 
corporativos, uma vez que pessoas com bagagens e habilidades diferentes tomam 
decisões e buscam alcançar os objetivos do projeto de maneira diferente. Além de 
possuírem diversas expectativas, emoções e pensamentos incompatíveis, somados 
à dinâmica de constante mudança dos projetos (VERMA, 1996). 
De acordo com Verma (1996), os conflitos podem ocorrer, no projeto, 
em quatro níveis diferentes: intrapessoal, interpessoal, dentro do grupo e entre 
grupos. Verma (1996) afirma que o conflito intrapessoal decorre de expectativas 
intrapessoais e profissionais não atendidas. O conflito interpessoal, paraVerma 
(1996), é frequentemente causado por diferenças em personalidades, estilos, 
habilidades de comunicação, ou ambições pessoais divergentes. Conflito dentro 
do grupo refere-se a um conflito e, segundo Verma (1996), pode ocorrer em um 
ambiente de união, quando o que uma pessoa deseja fazer é contra o que dita a 
norma do grupo. Conflito entre grupos, segundo Verma (1996), ocorre quando 
uma equipe ou grupo compete com outro e normalmente é causado por atritos 
interpessoais entre os membros do grupo ou entre líderes influentes.
[...]
Gerenciando conflitos em projetos corporativos:
Por que gerenciar conflitos? Se os conflitos são ignorados, eles tendem 
a se agravar. Porém, se eles são reconhecidos e são tomadas ações construtivas, 
então eles podem ser resolvidos ou tratados mais facilmente, podendo inclusive 
tornar-se uma força positiva para a mudança. Em projetos corporativos, o não 
gerenciamento dos conflitos pode comprometer os resultados do grupo e até 
mesmo os objetivos dos projetos, dificultando o alinhamento entre as unidades 
da organização.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
38
Para que os conflitos nas equipes de projetos sejam melhor gerenciados, 
é importante conhecer os tipos de comportamento dos envolvidos. Conforme 
Gillen (2001), são quatro os tipos de comportamento: passivo, agressivo, passivo/
agressivo, assertivo. É preciso também entender que o comportamento nada 
mais é que o resultado do somatório de vários fatores pessoais, tais como: medos, 
emoções vivenciadas, experiências adquiridas pelas pessoas no transcorrer de 
sua existência, crenças, culturas, preocupações, autoestima.
Um ponto potencialmente gerador de conflitos consiste na observação/
crítica do trabalho ou desempenho de um indivíduo. Bee (2000) desenvolveu 10 
ferramentas para se realizar uma consideração, ou a chamada crítica construtiva, 
com uma potencialidade menor de geração de um conflito: analisar a situação; 
determinar os efeitos e objetivos; ajustar-se à receptividade; criar o ambiente 
propício; comunicar-se efetivamente; descrever o comportamento que deseja 
mudar; descrever o comportamento desejado; procurar soluções conjuntamente; 
concentrar-se naquilo que se acha bom; chegar a um acordo.
Segundo Moscovici (1998), o conflito passa por cinco estágios, com 
crescente dificuldade para sua resolução: antecipação, conscientização, discussão, 
disputa aberta, conflito aberto. E possui três níveis de gravidade, denominados por 
Chiavenato (1999) como: conflito percebido ou latente; conflito experienciado ou 
velado; conflito manifestado ou aberto. Quanto antes os conflitos são identificados, 
maior a probabilidade de mais facilmente serem resolvidos, uma vez que no início 
de um conflito as partes envolvidas ainda não estão emocionalmente abaladas e 
ainda não se instalou a rivalidade entre elas.
Gerenciar conflitos é entender que as situações de conflito podem ser 
proveitosas e, com senso de oportunismo, conduzi-las para o benefício do projeto. 
Mas também é perceber quando essas situações não têm nada para contribuir e 
tratá-las com precisão. 
[...]
O gerente de projetos deverá manter sua equipe aberta ao desenvolvimento, 
ao diálogo, à criatividade, à inovação e à iniciativa em rumo ao alcance dos 
resultados esperados para o projeto, pois estes fatores irão auxiliá-lo a gerenciar 
os conflitos de forma assertiva. 
Conforme Robbins & Coulter (2007), existem cinco estilos de gestão de 
conflitos. O estilo “Evitar” caracteriza-se como não assertivo e não cooperativo. 
É o método menos eficiente e consiste em tentar evitar a existência do conflito. 
Desta forma, o conflito tende a reaparecer continuamente. Este estilo é positivo 
quando: os assuntos não são significantes; não se possui informações suficientes 
ou não se tem poder para solucionar os conflitos.
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
39
Segundo Robbins & Coulter (2007), o estilo “Calmo” é considerado não 
assertivo e cooperativo. Este não resolve o conflito em si, mas desarma o contexto 
emocional em que este conflito surge. Este estilo é positivo quando: existe grande 
carga emocional entre as partes; for necessário manter a harmonia; o conflito 
existente estiver pautado na personalidade dos envolvidos e na discordância de 
ideias e opiniões.
Conforme Robbins & Coulter (2007), no estilo “Ditador” o gerente do 
projeto apela para a imposição para solucionar o conflito, impondo sua opinião 
sobre a dos outros envolvidos. Este estilo geralmente não é efetivo, uma vez 
que ignora a causa raiz do conflito. Embora pareça ser um estilo totalmente 
indesejável, é positivo quando: a emergência da situação exige uma ação imediata; 
as consequências de uma “derrota” podem ser desastrosas.
Robbins & Coulter (2007) afirmam que o estilo “Compromisso” encontra-se 
no padrão médio de assertividade e cooperação. Este é um método de concessões 
mútuas, onde cada uma das partes em conflito faz concessões até se chegar a uma 
solução com a qual todos os envolvidos possam conviver. Este estilo é positivo 
quando: os pontos de vista são muito diferentes; a existência de um acordo é 
necessária.
Conforme Robbins & Coulter (2007), o estilo “Colaborativo” consiste 
em colaborar e contempla os interesses das partes envolvidas no conflito. Este 
estilo é positivo quando: o objetivo é comum, ocorrendo divergência apenas no 
modo como atingi-lo; há tempo disponível para amplos debates e discussões; não 
existem interesses pessoais envolvidos.
[...]
Segundo Verma (1996), existem algumas maneiras de se estimular a 
geração de conflitos: aceitar o conflito como desejável em certas ocasiões, trazer 
novos indivíduos para uma situação existente, reestruturar a organização, 
introduzir programas destinados a aumentar a concorrência, introduzir conflitos 
programados.
[...]
De acordo com Verma (1996), os gerentes de projetos podem utilizar as 
seguintes diretrizes para alcançarem uma solução ganha-ganha:
• Fazer o factível: o gerente de projeto deve ser capaz de avaliar e direcionar seus 
esforços para o que realmente for possível de ser feito.
• Desenvolver análises que antecedem o mercado: o gerente de projeto 
deve basear-se em análises que antecedem determinadas situações, para 
compreender sobre as condições que atendem aos critérios da outra parte.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
40
• Modelo assertivo: negociar utilizando os pontos fortes das partes envolvidas, 
minimizando suas fraquezas. Promover confiança e compreensão mútua.
• Visualizar a situação pelo ângulo correto: é errado supor que a pessoa é o 
problema e não concentrar esforços no problema propriamente dito. Segundo 
ele, o gerente de projeto deve: isolar o problema das pessoas envolvidas; 
focar nos resultados; evitar o efeito catástrofe, composto por comentários 
e pensamentos negativos em relação ao projeto; identificar prioridades e 
verbalizá-las.
[...]
Segundo Verma (1996), existem alguns fatores que podem contribuir 
para o fortalecimento da cultura de um grupo e, portanto, servirem de anteparo, 
impedindo que o conflito progrida e se agrave: planejamento cuidadoso das 
ações, comunicação aberta e direta, feedback, liderança participativa e um processo 
compartilhado de tomada de decisão. 
[...]
FONTE: SILVA, Andrea Sousa Oliveira Nery. Gestão de conflitos em projetos empresariais. . Acesso em: 8 jul. 2011.
41
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos:
• A divisão de tarefas é feita de acordo com a responsabilidade que a tarefa 
demanda e a autoridade que o cargo ocupado pelo executor da tarefa apresenta.
 
• Estrutura organizacional é o padrão de interações da organização. Elas podem 
ser dos tipos: estrutura funcional, estrutura por projeto e estrutura matricial 
(forte, balanceada e fraca).
• Os profissionais envolvidos desde o começo do projeto são: o gerente geral, o 
gerente funcional, ogerente do projeto e especialistas.
• O gerente de projetos assume, principalmente, os seguintes papéis: planejador, 
organizador, administrador de pessoas e de interfaces, implementador e 
formulador de métodos.
• Cabe ao gerente de projetos decidir sobre questões técnicas, comerciais, 
administrativas e de planejamento, financeiras e de recursos humanos.
• As principais competências exigidas de um gerente de projetos são as 
competências: técnicas, comportamentais e contextuais.
• A formação de equipes é definida por cinco estágios: formação, tempestade, 
normatização, desempenho e encerramento. Além de serem necessárias três 
etapas principais, que são: identificar e buscar as pessoas adequadas para a 
equipe, o desenvolvimento da equipe e a gestão de seu desempenho.
• A liderança pode ser classificada de duas formas: carismática e transacional.
42
Exercite o conteúdo estudado, refletindo e respondendo às questões a 
seguir:
1 Na leitura complementar que você acabou de fazer, Silva cita Verma 
(1996), apontando as principais diretrizes para se alcançar a solução 
adequada na gestão de conflitos de uma empresa: fazer o possível, prever o 
comportamento do mercado em que a empresa está inserida, optar por um 
modelo assertivo de soluções e visualizar o problema de maneira a isolar o 
mesmo das pessoas envolvidas nele. 
Observe o dia a dia na empresa onde você trabalha e descreva um problema 
pelo qual você tenha passado e que o seu líder tenha colocado em prática 
pelo menos uma das diretrizes expostas neste conceito.
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2 Stakeholders são todas as pessoas que estão de alguma maneira envolvidas 
e que têm algum interesse nos negócios de uma empresa. Neste tópico 
foram abordados alguns envolvidos no projeto: o gerente geral, o gerente 
de projeto, o gerente funcional e os especialistas. 
Descreva com suas palavras algumas funções desempenhadas por cada um 
deles	no	que	se	refere	ao	projeto	empresarial,	especificamente.
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AUTOATIVIDADE
43
3 O papel de liderança assumido pelo gerente de projetos é de suma 
importância para o sucesso do projeto empresarial. Para que o líder possa 
executar seu papel adequadamente, no entanto, é preciso que se leve em 
consideração alguns elementos. 
Cite	e	explique,	com	suas	palavras,	cada	um	destes	elementos	que	influenciam	
para que uma liderança seja considerada como uma liderança de sucesso.
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4 As competências de um gerente de projetos podem ser, basicamente: as 
técnicas, as comportamentais e as contextuais. 
Conceitue competências comportamentais (pesquisando conceitos além do 
que você observou no Livro de estudoss) e cite seus principais elementos.
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45
TÓPICO 3
CICLO DE VIDA E 
ESCOPO DE UM 
PROJETO EMPRESARIAL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Como já vimos, os projetos empresariais têm começo, meio e fim. No 
entanto, o seu ciclo de vida irá variar de acordo com tudo aquilo que está e com 
o que não está envolvido no projeto, ou seja, no seu escopo. É sobre este assunto 
que falaremos neste tópico.
2 O CICLO DE VIDA DE UM PROJETO EMPRESARIAL E 
SUAS INFLUÊNCIAS ORGANIZACIONAIS
Pensar sobre o ciclo de vida de um projeto empresarial permite ao 
gestor uma noção do que deve ser produzido em cada etapa do projeto. Estas 
informações pensadas no âmbito temporal e de ciclo de vida são de grande valor, 
já que poderão orientar as ideias que poderão surgir no decorrer do projeto.
De acordo com Menezes (2009, p. 46), os processos “iniciam-se com poucos 
esforços em sua estruturação; esses esforços crescem à medida que as ideias são 
amadurecidas e as ações passam a ser mais efetivas, diminuindo à medida que os 
objetivos do projeto começam a ser atingidos”.
Todo este processo citado por Menezes (2009), ao ser colocado em uma 
linha de tempo, gerará o ciclo de vida do projeto, que é formado, basicamente, 
por fases dinâmicas, ou seja, não há como definir exatamente quando cada fase 
será iniciada, finalizada ou, até mesmo, retomada.
Maximiano (2010, p. 16) “aborda cinco fases principais para o ciclo de vida 
do projeto, que são: a descoberta, a concepção, o desenho, o desenvolvimento e 
a entrega”.
Vamos observar o que representa cada uma destas fases no transcorrer de 
um projeto empresarial:
46
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
• A descoberta (também conhecida como etapa de surgimento da ideia ou da visão 
do produto) se trata do momento em que surge a ideia do que deverá resultar o 
projeto empresarial. Esta ideia pode surgir a partir do planejamento estratégico 
da empresa, de uma encomenda específica de um determinado cliente, de um 
problema a ser resolvido, de uma necessidade latente percebida etc.
• Concepção é a etapa onde a ideia se transforma em uma representação do 
entregável, ou seja, do produto final resultante do projeto empresarial.
• Desenho (também conhecida como etapa de projeto do produto) é a etapa onde 
a representação se transforma em um desenho com detalhes do entregável. 
Nesta etapa podem ser feitas maquetesou protótipos do entregável.
• Desenvolvimento é a etapa onde o produto é desenvolvido gradativamente.
• Entrega é a etapa final do projeto, onde o produto é entregue ao cliente ou a 
quem o solicitou inicialmente.
Já Menezes (2009, p. 47) aborda quatro fases, que são: conceituação, 
planejamento, execução e conclusão. Cada uma destas fases pode ser melhor 
entendida se conhecermos as atividades que devem ser executadas nas mesmas. 
Vejamos na figura a seguir:
FONTE: PMI, 2004. . Acesso em: 29 fev. 2012
FIGURA 16 – FASES DE UM PROJETO EMPRESARIAL INTER-RELACIONADAS
Execução
Planejamento
Iniciação Encerramento
Controle
TÓPICO 3 | CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
47
2.1 CONCEITUAÇÃO/INICIAÇÃO
É a fase que antecede a aprovação do projeto, ou seja, é a fase onde a ideia 
do projeto é gerada. Suas principais atividades são:
- identificação de necessidades e/ou oportunidades;
- tradução dessas necessidades e/ou oportunidades em um problema;
- equacionamento e definição do problema;
- determinação dos objetivos e metas a serem alcançados;
- análise do ambiente do problema;
- análise das potencialidades ou recursos disponíveis;
- avaliação da viabilidade de atingimento dos objetivos;
- estimativa dos recursos necessários;
- elaboração da proposta do projeto;
- apresentação da proposta e venda da ideia;
- avaliação e seleção com base na proposta submetida;
- decisão quanto à execução do projeto. (MENEZES, 2009, p. 48).
2.2 PLANEJAMENTO
Nesta fase do ciclo de vida do projeto já ocorreu a aprovação da proposta, 
ou seja, há a necessidade de estruturar a viabilidade operacional do projeto, por 
meio de detalhamento de um plano que defina como o projeto será executado. 
Suas principais atividades são:
- detalhamento das metas e objetivos a serem alcançados, com base na 
proposta aprovada;
- definição do gerente do projeto;
- detalhamento das atividades e estruturação analítica do projeto;
- programação das atividades no tempo disponível e/ou necessário;
- determinação dos resultados tangíveis (marcos ou “milestones”) a 
serem alcançados durante a execução do projeto;
- programação da utilização e aprovisionamento dos recursos 
humanos e materiais necessários ao gerenciamento e à execução do 
projeto;
- delineamento dos procedimentos de acompanhamento e controle a 
serem utilizados na implantação do projeto;
- estabelecimento da estrutura orgânica formal a ser utilizada para o 
projeto;
- estruturação do sistema de comunicação e de decisão a ser adotado;
- designação e comprometimento dos técnicos que participarão do 
projeto;
- treinamento dos envolvidos com o projeto. (MENEZES, 2009, p. 49).
2.3 IMPLEMENTAÇÃO/EXECUÇÃO
A fase de implementação ou execução irá variar de acordo com cada 
projeto, já que se trata da execução das atividades específicas do mesmo. No 
entanto, pode-se citar de maneira genérica as seguintes atividades:
48
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
- ativar a comunicação entre os membros da equipe do projeto;
- executar as etapas previstas e programadas;
- utilizar os recursos humanos e materiais, sempre que possível, dentro 
do que foi programado (quantidades e períodos de utilização);
- efetuar reprogramações no projeto segundo seu status quo e adotando 
os planos e programas iniciais como diretrizes, eventualmente, 
mutáveis. (MENEZES, 2009, p. 49).
NOTA
Status quo = estado atual do projeto empresarial.
2.4 CONCLUSÃO/ENCERRAMENTO
A última fase do ciclo de vida de um projeto está relacionada ao término 
do mesmo. As principais atividades a serem executadas neste momento são:
- aceleração das atividades que, eventualmente, não tenham sido concluídas;
- realocação dos recursos humanos do projeto para outras atividades 
ou projetos;
- elaboração da memória técnica do projeto;
- elaboração de relatórios e transferências dos resultados finais do projeto;
- emissão de avaliações globais sobre o desempenho da equipe do 
projeto e os resultados alcançados;
- acompanhamento ex-post. (MENEZES, 2009, p. 50).
NOTA
Acompanhamento ex-post = acompanhamento após a execução do projeto 
empresarial.
Agora, vamos entender o que envolve o escopo do projeto que irá 
transcorrer por este ciclo de vida que acabamos de conhecer.
3 O ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
Segundo Maximiano (2010, p. 44), “o escopo do projeto é o produto ou 
conjunto de produtos que o projeto deve entregar – a um cliente, patrocinador 
ou usuário”. Tudo aquilo que o projeto entrega é chamado de entregável ou 
fornecível e compõe o escopo de um projeto empresarial.
TÓPICO 3 | CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
49
Administrar o escopo do projeto significa: planejar, executar e controlar 
os entregáveis do projeto, ou seja, delimitar a abrangência do produto resultante 
do projeto.
A administração do escopo de um projeto busca garantir o sucesso de um 
projeto, bem como a utilização adequada e sem desperdícios de todos os recursos 
aplicados no mesmo. (MAXIMIANO, 2010, p. 45).
Para definir qual será o escopo do projeto é necessário que se tenha claro 
qual é a necessidade que o produto irá suprir e quais os seus objetivos imediatos 
e	finais, ou seja, de que forma o produto resultante do projeto irá contribuir para 
suprir tal necessidade percebida. É importante salientar que necessidades claras 
geram objetivos bem definidos e com foco em resultado. 
Vejamos o exemplo citado por Maximiano (2010, p. 48):
Produto: curso de formação de supervisores de telemarketing.
- Necessidade ou justificativa: o volume de dados com os quais os 
supervisores têm que lidar é muito grande e está em crescimento. 
Os supervisores precisam dominar ferramentas que lhes permitam 
tratar e interpretar esses dados, para tomar decisões rapidamente e 
orientar os operadores.
- Objetivo imediato: capacitar 25 pessoas para desempenhar a função 
de supervisão de operadores de telemarketing com o uso de técnicas 
analíticas de decisão.
- Objetivo final: aprimorar a capacidade de análise de dados e 
tomada de decisão, contribuindo para aprimorar o desempenho do 
departamento de marketing. (MAXIMIANO, 2010, p. 48).
Com esta noção de necessidade a ser suprida e objetivos bem claros, pode-
se dar início ao planejamento do escopo do projeto, que é feito em duas partes: 
declaração e detalhamento.
3.1 DECLARAÇÃO E DETALHAMENTO DO ESCOPO DO 
PROJETO EMPRESARIAL
A declaração do escopo se trata de uma descrição sucinta de quais serão 
os produtos que serão entregues. Já o detalhamento do escopo é uma descrição 
minuciosa de cada um destes entregáveis. Segundo Menezes (2009, p.110), “a 
definição do que deve ser feito num projeto é crucial. Ela está ligada à definição 
de seu objetivo e seu desdobramento impacta profundamente a duração e o 
orçamento do projeto”.
50
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
De acordo com Maximiano (2010, p. 50), “a declaração do escopo é um 
enunciado resumido do leque de produtos ou serviços a serem fornecidos ao 
cliente. É o primeiro passo no processo de estabelecer entregáveis do projeto”. E 
complementa afirmando que “a declaração do escopo também pode incluir uma 
exclusão de escopo, explicando o que o projeto não vai fazer ou o que o produto 
não vai ser”.
O detalhamento do escopo do projeto também é conhecido como definição 
do escopo. Esse detalhamento faz a subdivisão do produto em partes que podem 
ser administradas de maneira mais efetiva.
Para se desenvolver o detalhamento, desenvolve-se uma estrutura gráfica 
chamada de estrutura analítica do projeto (EAP), ou lista de entregáveis, ou WBS 
(work breakdown structure). Esta estrutura tem por objetivo evidenciar tudo o 
que compõe o projeto, bem como as atividades que serão necessárias para que o 
projeto seja concluído.
Lista de itens ou um organograma são duas formas possíveis que 
representam uma EAP. Vejamos um exemplo de lista de EAP proposto porKroner (apud MAXIMIANO, 2010, p. 52):
(1) CONJUNTO MOTOR – título do projeto
(1.1) Conjunto bloco – entregável – 1o nível
- Bloco – pacote de trabalho.
- Cabeçote – pacote de trabalho.
- Comando de válvula – pacote de trabalho.
- Virabrequim – pacote de trabalho.
- Bielas e pistões – pacote de trabalho.
(1.2) Conjunto sistema de injeção de combustível – entregável – 1o nível
- Bombas injetoras – pacote de trabalho.
- Tubulações e bicos injetores – pacote de trabalho.
- Comando eletrônico – pacote de trabalho.
(1.3) Equipamentos periféricos – entregável – 1o nível
- Compressor – pacote de trabalho.
- Alternador – pacote de trabalho.
- Tubulação de admissão de ar – pacote de trabalho.
- Tubulação de gases de escape – pacote de trabalho. (KRONER, apud 
MAXIMIANO, 2010, p. 52).
Neste exemplo, temos a EAP apenas do produto principal do projeto: 
o motor. No entanto, a EAP deve abordar todos os entregáveis, como: “o 
fornecimento de peças por terceiros, a fabricação própria e a comercialização”. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 53). Perceba que os pacotes de serviços são os entregáveis 
menores, ou seja, os subprodutos que o projeto entrega.
TÓPICO 3 | CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
51
Maximiano cita outro exemplo bastante claro de desenho de EAP, que você 
pode conferir na leitura complementar ao final deste tópico.
ATENCAO
Segundo Menezes (2009, p. 110), o detalhamento do escopo do projeto 
tem por desdobramento as seguintes etapas:
- a simples elaboração de uma “lista de coisas a fazer”;
- a realização de um brainstorming – tempestade de ideias – com 
profissionais envolvidos com o tema do projeto;
- a condução de um benchmarking – visitas estruturadas a empresas 
que sejam referência em projetos semelhantes – que abra alternativas 
para explicitação do projeto;
- a consulta a especialistas, mesmo que não participem diretamente da 
equipe do projeto;
- análise e desdobramento do produto do projeto;
- análise de stakeholders, pessoas e organizações envolvidas no projeto;
- análise de dados históricos sobre outros projetos semelhantes; e
- ferramentas eletrônicas e métodos de orientação a objetos mais 
complexos. (MENEZES, 2009, p.110).
Perceba que a utilização da EAP traz inúmeras vantagens para o 
desenvolvimento de um projeto. Entre estas vantagens podemos citar:
• Percepção a respeito do nível de detalhamento que um projeto precisa ter.
• Facilidades para a comunicação.
• Noção para estimar o tempo de duração de cada atividade.
• Noção de atribuição de responsabilidades.
• Identificação de interfaces e eventos.
• Verificação de recursos necessários.
• Melhor controle do projeto.
• Melhoria no fluxo de informação.
• Identificação de riscos.
• Noção de custos, entre outros.
52
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
DESENHANDO UMA EAP
Antonio Cesar Amuru Maximiano.
Trabalhando novamente com exemplos, estudemos a entrega de um serviço:
• Você é o/a gerente do projeto MARATONA, a se realizar num domingo de 
julho na próspera e progressista cidade de Pindaíba, no Estado de Lonjura.
• Sua responsabilidade primária é entregar a Maratona.
• O produto Maratona tem três entregáveis principais no primeiro nível: a 
competição, o público e a infraestrutura (pista e outros elementos, tais como 
sinalização, arquibancadas etc.). Com essas informações, você pode desenhar 
uma estrutura analítica do projeto, com o título e o primeiro nível.
Neste momento é importante que se faça um documento escrito, chamado 
de Descrição do Escopo do Produto. Este documento servirá para formalizar quais 
os detalhes e características que o produto resultante do projeto empresarial terá.
3.2 VERIFICAÇÃO DOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA O 
PROJETO
O detalhamento do escopo de um projeto empresarial tem como uma das 
suas principais vantagens o fato de facilitar a verificação dos recursos necessários 
para o projeto.
É neste momento que se faz a verificação dos fatores ambientais da 
empresa para a qual o projeto se destina, que, segundo o PMI (2004, p. 107), são: 
“cultura organizacional da organização, infraestrutura, ferramentas, recursos 
humanos, políticas de pessoal e condições de mercado, que poderiam afetar a 
forma como o escopo do projeto é gerenciado”.
Com estes fatores analisados é possível fazer uma listagem de número 
de indivíduos que integrarão a equipe do projeto, de matérias-primas que serão 
necessárias, do recurso financeiro a ser disponibilizado para o projeto etc.
Após determinado o escopo e verificados todos os recursos necessários 
para o projeto, poderemos passar a conhecer a etapa de desenvolvimento do 
projeto empresarial propriamente dito. Assunto que discutiremos no Tópico 4 
desta unidade.
TÓPICO 3 | CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
53
FIGURA 3.5 – A ESTRUTURA FICOU COM TRÊS NÍVEIS, MAIS O TÍTULO. O ÚLTIMO NÍVEL, NESSE 
CASO, COMO EM QUALQUER OUTRO, É O NÍVEL DOS PACOTES DE TRABALHO. A ESTRUTURA 
ANALÍTICA DO PROJETO SEMPRE É UMA RELAÇÃO DE PRODUTOS, NÃO DE TAREFAS OU 
ATIVIDADES. SEMPRE USE SUBSTANTIVOS PARA FAZER A ESTRUTURA ANALÍTICA, NÃO VERBOS
PROJETO MARATONA
COMPETIÇÃO
Apoio para 
transporte e 
alojamento
IdentificaçãoOrientação 
para o trajetoInscrição
ATLETAS
Título do projeto
Vamos fazer, em seguida, o detalhamento do entregável competição dentro 
do projeto maratona. Dentro do entregável competição, façamos o detalhamento 
do entregável atletas. A estrutura analítica agora tem quatro níveis. O último nível 
sempre é chamado de pacotes de trabalho. A estrutura analítica do projeto sempre 
é uma relação de produtos, não de tarefas ou atividades. Sempre use substantivos 
para fazer a estrutura analítica, não verbos. 
Veja como ficou a EAP na Figura 3.5.
1O NÍVEL – ENTREGÁVEL
2O NÍVEL – ENTREGÁVEL
3O NÍVEL – PACOTE DE TRABALHO
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
54
Critérios para montar a estrutura analítica
 
Há dois critérios principais para montar a estrutura analítica de um 
projeto: produto e fase do ciclo de vida (ou processo).
Estrutura analítica por produto
A Figura 3.6 apresenta a estrutura analítica dos Jogos Olímpicos de 
Sydney, que segue o princípio da entrega de produtos (CLELAND et al., 1998). 
Observe que os jogos propriamente ditos, competições que duram duas semanas, 
correspondem a apenas um item da estrutura analítica. A estrutura da Maratona e 
do desenvolvimento do motor seguem o mesmo princípio. São listas de produtos 
a serem fornecidos pelo projeto ou das entregas do projeto.
JOGOS OLÍMPICOS DE SYDNEY
- Eventos
- Locais de realização e instalações, inclusive acomodações
- Transportes
- Instalações e coordenação da imprensa
- Telecomunicações
- Segurança
- Assistência técnica
- Recursos humanos, inclusive voluntários
- Olimpíada cultural
- Treinamento pré-jogos
- Projetos de Tecnologia da Informação
- Cerimônias de abertura e encerramento
- Relações públicas
- Financiamento
- Jogos e eventos de testes e ensaios
- Gerenciamento dos patrocínios e controle do marketing pirata (uso ilegal 
de símbolos)
FIGURA 3.6 – ESTRUTURA ANALÍTICA DOS JOGOS OLÍMPICOS
FONTE: Cleland et al. (1998)
TÓPICO 3 | CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
55
As estruturas analíticas de projeto que usam o critério dos produtos 
são parecidas. Sempre há pelo menos três entregáveis: o produto propriamente 
dito, a infraestrutura e as pessoas (usuários ou funcionários). Nos projetos de 
desenvolvimento de produtos, como é o caso de um novo veículo, sempre há 
pelo menos dois entregáveis: o produto e o processo produtivo para fabricá-lo. 
Outros entregáveis, como o desenvolvimento de fornecedores e o treinamento de 
usuários, podem ser acrescentados.
Veja mais um exemplo de estrutura analítica que segue o critério do produto 
na Figura 3.7.
FIGURA 3.7 – NESTE EXEMPLO, O PROJETO GARAGEM ESTÁ DIVIDIDO EM PARTES DO 
PRODUTO PRINCIPAL
PROJETO 
GARAGEM
Subcontratações
Inspeções
Licença da 
prefeitura
Planejamento da 
construçãoEquipamento
Teto
Paredes
Fundações
MateriaisPista de acesso
Jardim
Jardim
AcessoGaragem
Estrutura analítica por fase do projeto
A Figura 3.8 apresenta a estrutura analítica do projeto de desenvolvimento 
e implantação de um novo produto em uma organização. Observe agora que, no 
primeiro nível, logo abaixo do título do projeto, aparecem as fases do projeto, desde 
o projeto (design) do produto, até sua pós-implantação. Em certos casos, as fases do 
ciclo de vida podem compreender, no final, um período experimental de operação. 
Uma estrutura analítica que divide o projeto em fases é conhecida também como 
PBS (Process Breakdown Structure = estrutura analítica por processo).
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
56
FIGURA 3.8 – ESTRUTURA ANALÍTICA POR FASE DO PROJETO OU PBS – PROCESS 
BREAKDOWN STRUCTURE
CALL CENTER
Módulo 
atendimento
Suporte 
técnico
Expansão
Piloto
Pré-piloto
Suporte
Operação
Aprovação 
homologação
Homologação
Teste 
integrado
Teste 
unitário
Rede de 
comunicação
Hardware
Local 
físico
Desenvolvi-
mento
Projeto 
físico
Módulo de 
monitoração
Módulo 
gerencial
Pós im-
plantação
Implan-
tação
Treina-
mentoTestesInfraes-
trutura
Projeto 
lógico
Projeto 
físico
Veja agora como ficou a estrutura analítica por fase do projeto no caso da 
construção da garagem, na Figura 3.9.
FIGURA 3.9 - ESTRUTURA ANALÍTICA POR FASE DO PROJETO NO CASO DA CONSTRUÇÃO 
DA GARAGEM
Neste exemplo, o projeto GARAGEM está dividido em partes de uma sequência: desenho e 
construção. Outros processos ou funções poderiam ser acrescentados. Este critério é usado 
com frequência em projetos que envolvem construção ou desenvolvimento de produtos.
PROJETO 
GARAGEM
Subcontratações
Inspeções
Licença da 
prefeitura
Planejamento da 
construção
JardimJardim
Desenho Construção Administração 
do projeto
Garagem
Acesso Acesso
Garagem
TÓPICO 3 | CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
57
As estruturas analíticas de projeto que usam o critério das fases do 
projeto também são semelhantes. Repetindo: de forma geral, as fases estão no 
primeiro nível e, no segundo, sempre há pelo menos três entregáveis: o produto 
propriamente dito, a infraestrutura e as pessoas (usuários ou funcionários). Nos 
projetos de desenvolvimento de produtos, como é o caso de um novo veículo, 
sempre há pelo menos dois entregáveis: o produto e o processo produtivo para 
fabricá-lo. Outros entregáveis, como o desenvolvimento de fornecedores e o 
treinamento de usuários, podem ser acrescentados.
DIRETRIZES PARA FAZER A ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO
- Escolha um critério – produto ou fase do projeto.
- Use quantos níveis quiser. O último será sempre o dos PACOTES DE TRABALHO.
- Use SUBSTANTIVOS – não use VERBOS. A estrutura analítica é uma lista de 
PRODUTOS, não de ATIVIDADES.
-	Raciocine	sistematicamente	para	identificar	todos	os	entregáveis.	Pense	no	projeto,	
não apenas no produto principal.
-	Defina	com	clareza	os	produtos	esperados.
- Esclareça para si próprio e para outras partes interessadas os produtos que não serão entregues.
- Ouça todas as partes interessadas.
- Faça primeiro uma relação aleatória de entregáveis – por meio de brainstorming –, 
depois	organize	a	estrutura	analítica.
-	Pense	em	casos	de	sucesso	e	fracasso	para	identificar	os	entregáveis.
FONTE: MAXIMIANO, Antonio Cesar Amuru. Administração de projetos: como transformar 
ideias em resultados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 53.
58
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que: 
• Maximiano (2010, p. 16) aborda cinco fases principais para o ciclo de vida do 
projeto: descoberta, concepção, desenho, desenvolvimento e entrega.
• Já Menezes (2009, p. 47) aborda quatro fases, que são: conceituação, 
planejamento, execução e conclusão. Esta abordagem é a mais utilizada na 
teoria de projetos empresariais.
- Conceituação é a fase que antecede a aprovação do projeto.
- Planejamento é a estruturação do projeto.
- Implementação é a fase de execução do projeto, ou seja, colocá-lo em prática.
- Conclusão é a fase de finalização do projeto.
• Escopo é o conjunto de resultados e de produtos que será entregue após o 
projeto ter sido executado.
• O escopo do projeto é definido pela identificação de necessidades e objetivos 
imediatos e finais.
• Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é a estrutura que mostra graficamente os 
entregáveis do projeto.
59
Responda às questões a seguir:
1 Neste tópico você viu a importância quanto à determinação do escopo do 
projeto empresarial. Determinar questões como: qual será o produto final do 
projeto, quais as necessidades que este produto irá suprir, quais as justificativas 
destas necessidades e quais os objetivos imediatos e finais para se executar 
este projeto. Com base no exemplo citado, referente a estes aspectos, crie o seu 
próprio exemplo de escopo, preenchendo o quadro a seguir:
AUTOATIVIDADE
Produto
______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Necessidade 
ou justificativa
______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Objetivo 
imediato
______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Objetivo final
______________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
60
2 Agora que você já tem uma ideia quanto aos entregáveis de seu projeto 
empresarial fictício, chegou o momento de desenhar sua EAP. Defina a 
estrutura analítica de seu projeto empresarial, determinando: o título de seu 
projeto empresarial, os entregáveis e o pacote de trabalho do mesmo. Use 
quantos níveis desejar. Veja orientações para a solução deste exercício na 
leitura complementar que você acabou de ler e debata com seus colegas de 
classe a sua EAP.
61
TÓPICO 4
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA 
ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Agora que já conhecemos os objetivos do projeto empresarial e seu escopo, 
verificando quais os recursos necessários para sua execução, chegou a hora de 
alocarmos tais recursos e darmos início à administração do projeto empresarial.
 Segundo Archibald (2005, apud MAXIMIANO, 2010, p. 26):
A administração de projetos é um construto operacional e normativo, 
orientado para o desempenho eficiente dos projetos individuais – cada 
projeto considerado como empreendimento isolado. É um conjunto de 
modelos, técnicas e ferramentas, com uma abordagem de “tamanho 
único”, [...] a administração de projetos é mais do que a eficiência 
dos projetos considerados individualmente. É, também, estratégia e 
organização. 
Segundo Maximiano (2010, p. 26), “a administração de um projeto é o 
processo de tomar decisões para realizar atividades temporárias, com o objetivo 
de fornecer um resultado”. Este resultado é uma “combinação de produto físico, 
informações e eventos”.
2 NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Existem três níveis de administração de projetos, que são: estratégico, 
organizacional e operacional.
- O nível estratégico tem por propósito definir qual projetodeve ser 
executado e qual rumo deve ser seguido pela empresa.
- O nível organizacional busca definir como a empresa deverá estar 
estruturada para que se execute o projeto.
- Já o nível operacional executa o projeto. (ARCHIBALD, 2005 apud 
MAXIMIANO, 2010, p. 27).
62
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Nível estratégico:
O nível estratégico verifica as necessidades e define os objetivos do projeto 
empresarial.
As principais decisões estratégicas relacionadas aos projetos são:
- Escolher quais tipos de projetos realizar, para oferecer aos clientes e 
mercados ou para aprimorar os sistemas internos.
- Escolher quais recursos empregar para executar esses projetos. 
(ARCHIBALD, 2005 apud MAXIMIANO, 2010, p. 27).
Estas decisões são tomadas com base em dois pontos imprescindíveis, 
que são: 
(1) levando em conta ameaças e oportunidade no ambiente, assim 
como pontos fortes e fracos dos sistemas internos da organização e (2) 
com base em decisões estratégicas prévias, como a escolha do ramo 
de negócios ou missão e a definição de objetivos estratégicos, como 
o retorno desejado sobre o investimento, a penetração no mercado, 
a taxa de crescimento ou a posição em relação à concorrência. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 27).
Nível organizacional:
O nível organizacional se preocupa em organizar todos os recursos da 
empresa, de maneira a deixá-los preparados para a execução do que foi planejado 
pelo nível estratégico.
As principais tarefas executadas neste nível de administração de projeto são:
- Criação de sistemas de apoio e controle dos projetos.
- Adaptação da estrutura e dos recursos da empresa em função das 
necessidades dos projetos.
- Orientação e treinamento dos gerentes e equipes de projetos.
- Participação ou apoio à participação em processos de comercialização 
de projetos.
- Comunicação entre os níveis estratégico e operacional.
- Definição de critérios e sistemas de gerenciamento de programas 
e portfólios.
- Criação e operação de escritórios de gerenciamento de projetos. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 28).
Nível operacional:
O nível operacional é formado pelo gerente de projetos e demais 
integrantes de sua equipe, e todos devem ter conhecimento sobre as decisões dos 
níveis estratégico e organizacional.
Segundo Maximiano (2010, p. 28), “o nível operacional compreende os 
elementos clássicos do processo de gerenciamento do projeto individual, como 
as ferramentas e técnicas para iniciação, planejamento, execução, controle e 
encerramento de projetos”, passos estes que compõem a administração de um 
projeto empresarial.
TÓPICO 4 | PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO
63
3 PASSO A PASSO DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO 
EMPRESARIAL
Administrar um projeto empresarial pressupõe, basicamente, planejar, 
executar (e controlar) e encerrar as fases de seu ciclo de vida tanto no micro, 
ou seja, em cada uma das fases do ciclo de vida, quanto no macro, ou seja, no 
contexto geral do projeto.
Maximiano (2010, p. 39) apresenta um roteiro prático para a administração 
de um projeto, veja na figura a seguir: 
FIGURA 17 – ROTEIRO PRÁTICO PARA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO
FONTE: Maximiano (2010, p. 39)
ENCERRAMENTOEXECUÇÃOPLANEJAMENTO
- Justificativas
- Definição dos resultados
- Decisões sobre tempo, 
 custo, risco etc.
- Previsão de recursos
- Aquisição, organização e 
mobilização dos recursos
- Realização das atividades 
planejadas
- Controle do desempenho
- Entrega do produto e 
transição para operação
- Desmobilização da 
equipe
- Encerramento 
administrativo
Planejar o projeto:
Planejar o projeto pressupõe definir o escopo, os prazos e custos do projeto.
O planejamento deve ser realizado desenvolvendo-se um plano básico, 
que é conhecido como termo de abertura, project charter ou ideia do projeto. Este 
plano se trata de um entrante do projeto, ou seja, um elemento que dará suporte e 
boa informação a todos os envolvidos na execução do projeto empresarial.
Para Heldman (2005, p. 67), “o termo de abertura de um projeto é um 
documento escrito oficial que reconhece a existência do projeto” e “dá ao gerente 
de projetos a autoridade para prosseguir e captar recursos para o projeto”.
Para Menezes (2009, p. 181), o plano do projeto “é portador de informações 
básicas e orientações que foram acordadas durante a concepção e o planejamento 
do projeto”.
Desta forma, o termo de abertura do projeto serve para: anunciar que o 
projeto foi aprovado, autorizar a consignação e captação de recursos necessários 
ao projeto, garantir que todos os envolvidos conheçam os objetivos do projeto e 
notificar oficialmente o responsável pelo cargo de gerente de projeto.
O ideal, segundo Heldman (2005, p. 69), é que o termo de abertura seja 
feito com base em três documentos muito importantes, que são:
64
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
• A Declaração do Trabalho (DT): que vai definir qual produto será resultado do 
projeto.
• A Descrição do Escopo do Produto (já comentado anteriormente): que dará 
maiores detalhes sobre o produto a ser gerado pelo projeto.
• O Plano Estratégico da Empresa: que apresenta informações cruciais a respeito 
do posicionamento, visão, missão, entre outros, da empresa. O Plano Estratégico 
apresenta as metas de longo prazo da mesma.
Segundo Maximiano (2010, p. 39), o plano básico (termo de abertura do 
projeto) deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
- Justificativas do projeto (business case). Nesta seção do plano básico descreve-
se o problema (necessidade ou oportunidade), bem como os benefícios de 
resolvê-lo. Pode-se analisar diferentes soluções, com os pontos fortes e fracos 
de cada uma, e a superioridade de uma delas. A função das justificativas é 
mostrar a necessidade e as vantagens de realizar o projeto e, assim, convencer 
o leitor do plano, que pode ser um membro da administração superior, 
patrocinador ou cliente, a aprová-lo.
- Descrição do projeto: nesta seção do plano descreve-se a solução proposta 
para o problema. “O projeto consiste em desenvolver e implementar o 
sistema XYZ” é um típico enunciado para a descrição do projeto.
- Entregáveis: nesta seção do plano descreve-se sucintamente o escopo do 
projeto. Os produtos do projeto são a implementação do sistema, o treinamento 
de operadores e usuários, os manuais de instruções e manutenção, o teste de 
funcionamento e a operação assistida durante o período de seis meses.
- Estimativas de custo e tempo, com grande margem de variações: o projeto 
terá duração de seis a oito meses, com custo entre 80.000 e 100.000 dólares. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 39).
Menezes (2005, p. 181) complementa afirmando que o plano do projeto é 
portador:
- do Project Charter;
- da Estrutura Analítica de Projeto (EAP);
- de sua rede de atividades;
- do cronograma;
- das estimativas de custo;
- das datas de início planejadas;
- das estratégias de gerenciamento do projeto;
- da matriz de responsabilidades;
- dos métodos que serão utilizados no gerenciamento dos custos, prazos, 
qualidade, riscos e escopo;
TÓPICO 4 | PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO
65
- das formas de medição de performance;
- de um diretório com os principais envolvidos com o projeto (executantes ou não);
- dos riscos, limitações e restrições e de como lidar com eles; e
- das questões pendentes sobre o projeto. (MENEZES, 2009, p. 181).
Conheça o modelo de plano básico ou termo de abertura do projeto, 
proposto por Heldman (2005, p. 73):
QUADRO 3 – TERMO DE ABERTURA DE UM PROJETO
FONTE: Heldman (2005, p. 73)
TERMO DE ABERTURA DO PROJETO
I. Informações Gerais
Nome do projeto: ____________ Número do projeto: ____________
Nome do patrocinador: ____________ Data: ____________
II. Visão geral do projeto Descreva o produto ou serviço do projeto, o motivo 
que levou à sua criação e o seu propósito do projeto.
IV. Requisitos Descreva as expectativas e os requisitos do cliente, 
do patrocinador e dos stakeholders.V. Justificativa empresarial
Especifique	por	que	esse	projeto	se	faz	necessário	e	
quais problemas ou questões se propõe a solucionar. 
Descreva	os	impactos	que	a	organização	sofrerá	se	o	
projeto não for aprovado.
VI. Custos dos recursos e estimativas
Forneça estimativas de custos, se souber, inclusive de 
capital já gasto, como estudo de viabilidade e tempo 
de consultoria.
VII. Funções e Responsabilidades Faça uma lista dos stakeholders e de suas 
responsabilidades.
VIII. Assinaturas
Inclua linhas para assinaturas dos patrocinadores de 
projeto, gerente de projeto, principais stakeholders, 
clientes e fornecedores.
IX. Anexos Enumere aqui os anexos do termo de abertura.
Executar o projeto:
Executar o projeto se trata de colocar em prática tudo o que foi previsto em seu 
planejamento, bem como controlá-lo. É fazer acontecer o planejamento do projeto.
Para Maximiano (2010, p. 40), “o processo de execução consiste em 
realizar atividades planejadas” utilizando os recursos mobilizados, adquiridos e 
organizados no planejamento, sendo que as principais atividades a serem realizadas 
na execução do projeto são: “liderar pessoas, determinar a realização dos serviços 
contratados com fornecedores e acompanhar a realização de suas atividades”.
66
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
No momento da execução é importante ter em mente os importantes 
processos auxiliares citados por Menezes (2009, p. 179), que são: a verificação 
do escopo, a garantia da qualidade (avaliando constantemente a performance 
do projeto), a distribuição eficiente da informação, as solicitações de materiais 
necessários, a seleção adequada dos fornecedores, a administração de todos os 
contratos etc.
O acompanhamento das atividades, também chamado de controle, é 
de suma importância para o projeto empresarial. Segundo Maximiano (2010, 
p. 40), “o processo de controle compreende avaliar o desempenho das pessoas, 
acompanhar os prazos e custos da realização das atividades, verificar se as 
entregas dos fornecedores correspondem aos contratos e avaliar a qualidade dos 
produtos etc.”.
Encerrar o projeto:
Encerrar o projeto é entregar o produto proposto pelo projeto, bem como 
finalizar todos os procedimentos de execução do projeto.
Para Maximiano (2010, p. 41):
alguns projetos terminam com a entrega do produto ou serviço, 
outros incluem uma fase de testes do produto e podem incluir um 
período de manutenção, e o projeto só será considerado finalizado 
com o encerramento das atividades de natureza administrativa, como 
o fechamento das contas e dos contratos, a desmobilização da equipe 
e o registro das lições aprendidas.
UNI
Veremos mais adiante e de forma mais aprofundada a questão de formas de 
controle e seus indicadores.
TÓPICO 4 | PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO
67
LEITURA COMPLEMENTAR
O QUE É UM PMO – ESCRITÓRIO DE PROJETOS
Luís César de Moura Menezes.
Existem inúmeras formas de apoiar a gestão de projetos nas empresas. O 
conceito de PMO – Project	Management	Office – ou, simplesmente, EP – Escritório 
de Projetos surgiu, segundo Kerzner, entre o final da década de 50 e o começo 
da década de 60 do século passado. O Escritório de Projetos é uma estrutura 
que tem como foco a aplicação de conceitos e ferramentas da gestão de projetos 
dentro de uma organização. Uma das definições para ele é a de ser uma entidade 
organizacional estabelecida para auxiliar os gestores de projeto e os times da 
organização na implementação dos princípios, das práticas, de metodologias, 
ferramentas e técnicas da gestão de projetos.
Se uma empresa conduz projetos apenas ocasionalmente, não há a 
necessidade de implantar um Escritório de Projetos formal. Porém, se a empresa 
é focada e gasta energia implementando projetos, é necessário e aconselhado a 
implantação de um PMO ou EP. Uma administração de projetos ineficiente seria 
muito perigosa, podendo causar danos. Assim, quanto mais projetos e maior a 
frequência deles, maior a necessidade de termos um Escritório de Projetos.
Quando o Escritório de Projetos é implantado, a empresa pode mais 
facilmente implementar projetos, pois, além de facilitar, a administração de projetos 
é uma importante peça de integração organizacional e funcional, proporcionando 
a coordenação de informações e de recursos, especialmente quando estiver 
configurada para atender a empresa inteira.
Devemos trabalhar forte para que o Escritório de Projetos seja um organismo 
aceito pelo restante da organização e que queira, no mínimo, utilizar seus serviços 
para um melhor cumprimento de prazos e orçamentos dos projetos. Assim, envolver 
a alta administração e os gerentes funcionais neste processo de aceitação será 
bastante importante. Caso ainda não exista e o EP vá desenvolver ou empregar 
uma metodologia para gerir projetos, garantir o compromisso da organização com 
essa metodologia é um fator importante.
O zelo que devemos ter é o de não transformar o EP num organismo 
acumulador e distribuidor de regras e papéis.
Tipos de PMO – Escritório de Projetos
Existem diversos tipos de Escritório de Projetos, dependendo de suas 
funções mais intrínsecas. Agregando algumas informações às que Dinsmore nos 
trouxe, podemos indicar cinco modelos distintos de Escritórios de Projetos:
68
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
1. EP para um único projeto.
2. EP de apoio a projetos.
3. EP para monitoramento e controle de projetos.
4. Centro de Excelência.
5. EP para Gestão de Programas.
O primeiro deles é dedicado a um único projeto. Profissionais, estrutura, 
software, documentação são voltados ao planejamento, ao monitoramento e ao 
controle de um único projeto. O EP segue as orientações dadas pelo gestor do 
projeto e atende às suas demandas. Todos os recursos do EP pertencem à equipe 
do projeto e, dedicada que é ao projeto, em plenitude, é responsável pelo seu êxito.
Já o EP que fornece apoio ao desenvolvimento de projetos existe na 
organização e fornece suporte a diversos projetos simultaneamente. Esse suporte 
pode ser, inclusive, muito variado. Alguns projetos demandam ações apenas 
pontuais no preenchimento de um documento, numa análise de riscos, ou em um 
plano de comunicação. Outros podem demandar ações conjuntas e integradas. 
Tendo a variedade de atuações, o EP não tem a condição de se responsabilizar 
pelos resultados de cada projeto, o que ficará para cada gestor de projeto. O EP 
deve, isso sim, zelar pela posse de boas metodologias, técnicas e ferramentas que 
o permitam suportar o desenvolvimento dos diversos projetos da organização.
O Escritório de Projetos que faz monitoramento e controle de projetos 
atua, como o próprio nome já diz, monitorando diversos projetos da organização 
simultaneamente. Deve ser dotado de mecanismo de reporting adequados e com 
dinâmicas compatíveis com o desenvolvimento dos projetos na empresa. Uma 
estrutura de indicadores de desempenho deve ser estabelecida previamente 
para que os controles sejam facilmente e factualmente obteníveis e para que os 
tomadores de decisão possam ser mais pronta e rapidamente informados sobre o 
progresso dos projetos.
Estes dois últimos tipos de EP – de suporte e de monitoramento e controle 
– não podem assumir a responsabilidade pelo sucesso dos projetos, uma vez que 
são demandados pelos projetos e não atuam sobre os mesmos.
O Escritório de Projetos que funciona como Centro de Excelência atua 
como um intermediário entre a organização e o mercado. Dentro da organização, 
o EP conhece o negócio da empresa e reconhece as demandas sobre os seus 
projetos. Relacionando-se com o mercado, o EP tem a oportunidade de contatar 
geradores de conhecimento, empresas que comercializam serviços e soluções que 
lhes sejam úteis. Assim, em contato com instituições de pesquisa, com empresas 
de consultoria, com desenvolvedores e fornecedores de softwares, com associações 
profissionais e com agências do governo, o EP pode identificar soluções que se 
apliquemna sua organização. O papel que desempenha, então, é o de intermediar 
as partes, colocando-as em contato, mantendo estes canais de comunicação e 
disseminando ideias. 
TÓPICO 4 | PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO
69
O EP para gestão de programas assim é denominado, dada a sua aplicação 
vital para o sucesso dos projetos em sua organização. Via de regra, estes EP 
possuem um elenco de profissionais de gestão de projetos que assumem a função 
de gestores de projeto tão logo um projeto necessite ser desenvolvido, e puxam 
para si toda a responsabilidade pelo êxito do projeto. É óbvio que um EP só terá 
este tipo de funcionamento quando projetos forem prioritários na organização 
e lhes forem conferidos a prioridade corporativa, a autoridade e os recursos 
necessários a projetos desta natureza.
Os Escritórios de Projeto de suporte e de monitoramento e controle – que 
são os mais flexíveis – são os mais frequentemente encontrados nas organizações. 
Alguns são formalmente definidos como tal, mas, muitas vezes, eles existem e 
estão com uma determinada conformação obtida naturalmente, em função das 
necessidades da organização.
FONTE: MENEZES, Luís César de Moura. Gestão de projetos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 220.
70
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você aprendeu que:
• Administração de projetos é uma estratégia de organização de projetos.
• A administração de projetos se dá em três níveis organizacionais, que são: 
estratégico, organizacional e operacional.
• Administração de um projeto requer: planejamento, execução e encerramento.
• Termo de abertura, project charter ou ideia do projeto é o plano básico que 
fornece informações e suporte a todos os envolvidos no projeto.
71
AUTOATIVIDADE
Caro acadêmico, exercite o conteúdo estudado, respondendo à questão 
a seguir:
1 Nos tópicos anteriores você deu início a um projeto empresarial fictício. 
Dê continuidade a ele desenvolvendo seu Termo de Abertura de Projeto, 
preenchendo o quadro a seguir:
TERMO DE ABERTURA DO PROJETO
I. Informações Gerais
Nome do projeto: ____________ Número do projeto: ____________
Nome do patrocinador: ____________ Data: ____________
II. Visão geral do projeto
IV. Requisitos
V. Justificativa empresarial
VI. Custos dos recursos e estimativas
VII. Funções e Responsabilidades
VIII. Assinaturas
IX. Anexos
72
73
UNIDADE 2
GESTÃO DE PROJETOS 
EMPRESARIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade você estará apto a:
• compreender como funciona o gerenciamento de um projeto empresarial;
• conhecer as restrições de um projeto;
• reconhecer e indicar ferramentas de análises de riscos de projetos 
empresariais;
• identificar contingências que poderão surgir em um projeto;
• definir o orçamento de um projeto.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos que o/a levarão à compreensão 
dos aspectos ligados ao gerenciamento e às análises de viabilidade, riscos e 
custos de um projeto empresarial. Além disso, em cada um dos tópicos você 
encontrará atividades que o/a ajudarão a consolidar os aprendizados sobre 
estes assuntos.
TÓPICO 1 – GERENCIANDO O PROJETO
TÓPICO 2 – A VIABILIDADE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
TÓPICO 3 – OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
TÓPICO 4 – OS CUSTOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
74
75
TÓPICO 1
GERENCIANDO O PROJETO
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Como já vimos na Unidade 1, a construção do alicerce de um projeto 
empresarial, que se trata do momento de planejá-lo e estruturá-lo adequadamente, 
é seguida do momento de executá-lo, ou seja, acompanhar sua implementação, 
de maneira a fazer com que tudo o que antes estava no plano das ideias e no papel 
seja colocado em prática de acordo com os objetivos propostos e esperados. Desta 
forma, o projeto poderá ser finalizado com o atingimento de suas metas. Sendo 
assim, um projeto é composto por, basicamente, quatro etapas: conceituação, 
planejamento, execução/controle e encerramento. Gerenciar um projeto pressupõe 
um acompanhamento de cada uma destas etapas.
Para Heldman (2005, p. 12), “gerenciamento de projetos significa aplicar 
habilidades, conhecimentos, bem como ferramentas e técnicas consagradas 
de gerenciamento de projetos, aos métodos de realização do projeto, a fim de 
produzir os melhores resultados possíveis”. 
O acompanhamento de cada uma de suas etapas possivelmente reduzirá 
acontecimentos inesperados, resultando na economia de tempo e verba, além de 
diversos outros resultados positivos para a empresa.
Gerenciar um projeto se trata de acompanhar a progressão de um projeto 
empresarial, etapa a etapa e, até mesmo, decidir nos pontos de transferência, ou 
seja, nos pontos de transição entre as etapas de seu ciclo de vida, se o projeto deve 
ou não evoluir para a etapa seguinte deste ciclo.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
76
2 RESTRIÇÕES E DEMAIS FATORES INFLUENCIADORES 
NO GERENCIAMENTO DE UM PROJETO
Todo projeto empresarial é composto por restrições, ou seja, por fatores que 
irão delinear ou guiar as atividades a serem executadas pela equipe responsável 
pelo mesmo. Heldman (2005, p. 21) afirma que “as principais restrições, 
chamadas de “restrições tríplices”, são: tempo, recursos (custos) e qualidade, e 
ainda acrescenta a satisfação do cliente como um fator-guia imprescindível para 
o acompanhamento do bom andamento do projeto”.
2.1 RESTRIÇÕES TRÍPLICES
As restrições tríplices se tratam das principais restrições que podem ocorrer 
no andamento de um projeto empresarial. São elas: o tempo, os recursos disponíveis 
e a qualidade do projeto.
Agora, vamos conhecer cada uma destas restrições e suas peculiaridades:
2.1.1 O tempo do projeto
Para Dinsmore, os principais pontos a serem observados para elaborar e 
gerenciar da melhor forma o cronograma de um projeto são:
- Definição das atividades – identificação das atividades específicas do 
cronograma que devem ser executadas para que se atinja os vários 
resultados principais do projeto.
- Sequenciamento das atividades – identificação e documentação das 
dependências existentes entre as atividades.
- Estimativa dos recursos da atividade – estimativa do tipo e das 
quantidades de recursos exigidos para cada atividade.
- Estimativa da duração das atividades – estimativa do número de 
períodos de trabalho que serão necessários para que se conclua as 
atividades individuais.
- Desenvolvimento do cronograma – análise das sequências das 
atividades, suas durações e os recursos necessários para criar o 
cronograma do projeto.
- Controle do cronograma – controle das mudanças no cronograma do 
projeto. (DINSMORE, 2005, p. 67).
Sendo assim, podemos perceber que o fator tempo está relacionado a todo este 
processo.
Restrições temporais são todas aquelas relacionadas aos prazos impostos 
pelo cliente que solicitou o projeto. Estas restrições exigem do gerente de projetos 
uma especial atenção com o cronograma do projeto empresarial, para que seja 
possível delimitar as datas limites de entrega de cada etapa do projeto.
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
77
Como já vimos na Unidade 1, o cronograma é parte do plano básico do projeto 
empresarial. É com base no cronograma que se pode ter uma noção maior dos recursos 
necessários, bem como do orçamento do mesmo.
ATENCAO
Segundo Heldman (2005, p. 160), “o cronograma detalha as atividades e o 
trabalho do projeto num formato que lista o trabalho do início ao fim”, e ele pode 
ser representado de diversos formatos, como: diagramas ou gráficos.
O cronograma, então, começa a ser elaborado, a partir do conhecimento da 
lista de tarefas e atividades a serem executadas, com suas respectivas expectativas 
de duração, além da descrição dos recursos necessários a serem utilizados. É 
preciso, neste momento, levar em consideração que muitas atividades podem 
ocorrer simultaneamente, o que impactará no tempo total da execução do projeto.
Caderno de anotações, agenda, lista de tarefas47
2.2 PLANEJAMENTO ........................................................................................................................... 47
2.3 IMPLEMENTAÇÃO/EXECUÇÃO ................................................................................................ 47
2.4 CONCLUSÃO/ENCERRAMENTO .............................................................................................. 48
3 O ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL ............................................................................ 48
3.1 DECLARAÇÃO E DETALHAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO EMPRESARIAL ......... 49
3.2 VERIFICAÇÃO DOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA O PROJETO .................................. 52
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 52
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 58
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 59
sumário
VIII
TÓPICO 4 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO ......61
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................61
2 NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS ........................................61
3 PASSO A PASSO DA ADMINISTRAÇÃO DE UM PROJETO EMPRESARIAL ..................63
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................67
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................70
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................71
UNIDADE 2 – GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS ..........................................................73
TÓPICO 1 – GERENCIANDO O PROJETO ....................................................................................75
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................75
2 RESTRIÇÕES E DEMAIS FATORES INFLUENCIADORES NO GERENCIAMENTO 
 DE UM PROJETO ...............................................................................................................................76
2.1 RESTRIÇÕES TRÍPLICES .............................................................................................................76
2.1.1 O tempo do projeto ...............................................................................................................76
2.1.2 Os recursos do projeto .........................................................................................................83
2.1.3 A qualidade do projeto ........................................................................................................84
2.2 A SATISFAÇÃO DO CLIENTE DO PROJETO ..........................................................................85
2.2.1 A comunicação do projeto ...................................................................................................85
2.2.2 A inovação .............................................................................................................................89
3 FERRAMENTAS E MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO E ACOMPANHAMENTO 
 DOS PROJETOS EMPRESARIAIS .................................................................................................90
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................94
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................96
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................97
TÓPICO 2 – A VIABILIDADE DE UM PROJETO EMPRESARIAL ...........................................99
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................99
2 VIABILIDADE ....................................................................................................................................99
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................105
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................106
TÓPICO 3 – OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL .....................................................107
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................107
2 IDENTIFICANDO O RISCO ...........................................................................................................108
3 AVALIANDO E ANALISANDO O RISCO ...................................................................................112
4 ADMINISTRANDO O RISCO ........................................................................................................114
5 RESPONDENDO AO RISCO ...........................................................................................................115
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................116
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................120
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................121
TÓPICO 4 – OS CUSTOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL ....................................................123
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................123
2 ESTIMATIVA DE CUSTOS ..............................................................................................................125
3 ORÇAMENTOS ..................................................................................................................................127
4 GERENCIANDO CUSTOS ...............................................................................................................128
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................129
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................131
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................132
IX
UNIDADE 3 – CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL ..............133
TÓPICO 1 – A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS ................135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135
2 OS STAKEHOLDERS ..........................................................................................................................135
3 COMUNICAÇÃO ...............................................................................................................................137
4 FERRAMENTAS PARA A TROCA DE INFORMAÇÃO ............................................................140
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................143
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................148e um cronograma bem 
planejado e definido são algumas ferramentas que devem ser utilizadas para um 
melhor gerenciamento do tempo de um projeto empresarial. O grande diferencial 
será a determinação das prioridades.
Segundo Heldman (2005, p. 30), “gerenciamento do tempo é um processo 
usado para controlar as prioridades do seu tempo”.
A sequência de atividades a serem listadas no cronograma pode ser definida 
com a aplicação de outra ferramenta muito conhecida: a ferramenta GUT.
Segundo Meireles (2001, p. 51), “a GUT é uma ferramenta usada para 
definir prioridades, dadas diversas alternativas de ação. Esta ferramenta responde 
racionalmente às questões: - O que devemos fazer primeiro? Por onde devemos 
começar?” 
Com o intuito de responder tais questões, a ferramenta de análise GUT 
leva em consideração as seguintes variáveis: gravidade, urgência e tendência do 
fenômeno. Assim:
• Gravidade está relacionada à intensidade do dano que o resultado do problema 
poderá causar caso não haja uma interferência sobre ele.
• Urgência se refere ao tempo disponível até que haja a ocorrência do dano.
• Tendência do fenômeno está relacionada ao desenvolvimento que se dará caso 
não haja qualquer ação sobre o problema percebido.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
78
Para cada uma das variáveis da análise GUT deve ser respondida uma 
escala de cinco pontos.
A escala da análise da gravidade é representada da seguinte forma:
1- Dano mínimo.
2- Dano leve.
3- Dano regular.
4- Grande dano.
5- Dano gravíssimo.
A escala da análise da urgência é representada da seguinte forma:
1- Longuíssimo prazo (dois ou mais meses).
2- Longo prazo (um mês).
3- Prazo médio (uma quinzena).
4- Curto prazo (uma semana).
5- Imediatamente (está ocorrendo).
A escala da análise da tendência é representada da seguinte forma:
1- Desaparece.
2- Reduz-se ligeiramente.
3- Permanece.
4- Aumenta.
5- Piora muito.
NOTA
GUT – Método para Priorização de Problemas.
A utilização desta ferramenta se dá da seguinte forma:
1 Listam-se as atividades que devem ser realizadas de acordo com o quadro 
modelo a seguir:
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
79
Problemas
G U T
G.U.T.
Gravidade Urgência Tendência
QUADRO 4 – FERRAMENTA DE ANÁLISE GUT
FONTE: Meireles (2001, p. 54)
2 Dá-se notas (de 1 até 5) a cada uma das atividades, de acordo com a escala 
GUT.
3 Multiplica-se uma variável pela outra.
4 Define-se a listagem de prioridades de acordo com o produto G.U.T.
Esta análise é de grande ajuda para que se possa gerenciar a restrição 
temporal, de maneira a poder listar a ordem de prioridades das atividades a 
serem executadas.
Com a listagem de atividades prioritárias em mãos é possível, então, 
calcular a estimativa de tempo necessário para a execução de cada uma delas.
Outra ferramenta muito interessante para análise das atividades de um 
projeto empresarial surgiu com o intuito de colaborar na definição de estimativas 
de duração da atividade para um projeto, denominado Programa de Mísseis 
Polaris, quando na época a Marinha americana desenvolveu uma técnica que 
hoje é muito utilizada em projetos empresariais de grande complexidade, mas 
que também pode ser aplicada a projetos mais simples. Esta técnica se chama 
Técnica de Avaliação e Análise de Programas (PERT).
A técnica PERT aborda três estimativas de duração das atividades, que 
são: estimativa otimista, estimativa pessimista e estimativa mais provável.
• Estimativa otimista: assume que as atividades irão transcorrer de acordo com 
o que foi previamente planejado.
• Estimativa pessimista: assume que problemas irão ocorrer no andamento do 
projeto e representarão o pior dos cenários possíveis de serem previstos.
• Estimativa mais provável: assume um equilíbrio entre as estimativas pessimista 
e otimista, de forma a representar a duração mais provável de cada atividade.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
80
A média ponderada destas três estimativas irá gerar o chamado “valor 
esperado”, que se trata do tempo previsto para a realização de cada atividade do 
projeto empresarial.
Para calcular o valor esperado deve-se utilizar a seguinte fórmula:
VALOR ESPERADO = OTIMISTA + PESSIMISTA + [4 X MAIS PROVÁVEL])
 6
Aplicando a fórmula:
Vamos supor que você seja o gerente de um projeto onde uma das 
atividades previstas se trata do desenvolvimento de um novo sistema de controle 
de estoques da empresa/cliente. Você entra em contato com o programador 
responsável pela atividade e solicita as três estimativas, e ele afirma que a otimista 
é de 45 dias, a pessimista é de 120 dias e a mais provável é de 90 dias.
Assim teremos:
VALOR ESPERADO = 45 + 120 + [4 X 90]) = 87,5
 6
A fórmula PERT deve ser aplicada a cada uma das atividades previstas, 
no entanto, apenas àquelas que tenham datas de início e fim definidas, já que as 
atividades que não possuem prazos não influenciarão no cronograma do projeto.
A soma do valor esperado de todas as atividades previstas lhe dará o 
tempo de duração total do projeto empresarial.
Além do tempo de duração de cada atividade, é importante ter o 
conhecimento do caminho que cada atividade deverá percorrer. Ao caminho 
mais longo que as atividades percorrerão no decorrer do projeto se dá o nome 
de Caminho Crítico. O caminho crítico poderá ser determinado por gráficos e 
diagramas. 
Veja o gráfico elaborado por Heldman (2005, p. 165).
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
81
FIGURA 18 – CAMINHO CRÍTICO
FONTE: Heldman (2005, p. 165)
ATIV.2
24 Testar 
equipamentos
ATIV.3
60 Instalar 
equipamentos
ATIV.7
15 Aceitação
ATIV.6
10 Treinar 
usuários
ATIV.5 
30 Testar e 
depurar
ATIV.4 
88 Escrever 
programas
ATIV.1
1 Entregar 
equipamentos
Perceba que neste quadro existem dois caminhos em que as atividades 
poderão transcorrer. O caminho superior, composto pelas atividades de número 
1-2-3-7, durará cem dias (soma com base nos números que correspondem à 
quantidade de dias da atividade dentro de cada círculo). Já o trajeto inferior 1-4-
5-6-7 é o caminho crítico, porque soma 144 dias para seu trajeto completo.
Outro aspecto importante, quando falamos na restrição tempo, é a 
determinação das datas de início e fim de cada atividade. Assim, temos:
PDI – Primeira Data de Início (conhecida como early start).
PDT – Primeira Data de Término (conhecida como early	finish).
UDI – Última Data de Início (conhecida como late start).
UDT – Última Data de Término (conhecida como late	 finish). 
(MENEZES, 2009, p. 138).
A PDI está relacionada à primeira chance que determinada atividade 
possui para ser iniciada.
A PDT se trata da PDI acrescida da duração que a atividade terá.
A UDI se trata do último momento possível para se iniciar a atividade.
A UDT se trata da UDI somada ao tempo de duração que a atividade 
exigirá.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
82
Conhecer as atividades e ter noção de seu caminho crítico acarretarão, 
segundo Menezes, os seguintes benefícios:
1. Visão de conjunto: podemos enxergar o todo do projeto, suas partes, suas inter-
relações, flancos de atividades, marcar períodos e atividades importantes. 
Ter melhor noção de conjunto.
2. Flexibilidade para replanejamento: por ser facilmente montada, podem-
se estabelecer outras ligações entre as atividades e com isso obter-se 
configurações de redes para um mesmo projeto completamente distintas, que 
atendam a restrições ou facilidades criadas para o projeto em determinados 
momentos.
3. Possibilidade	 de	 fixar	 responsabilidades	 de	 projeto: por tornar claros o início e 
o término das atividades, suas predecessoras e sucessoras, resultados 
esperados, fica mais fácil encontrar quem possa ou queira responsabilizar-se 
por elas.
4. Facilidade de comunicação entre os diversos grupos de execução, auxiliando 
a coordenação: por melhorar a visibilidade sobre o projeto todo e as inter-
relações entre as atividades eblocos de atividades, fica mais fácil e prático 
mostrar aos entrantes num projeto qual deve ser sua participação, o que 
herdarão do passado e o que deixarão como legado para as outras atividades 
que virão.
5. Facilidade para avaliar alternativas e tomar decisões: é fácil estabelecer um 
conjunto diferente de precedências e tipos de ligações entre as atividades de 
um projeto e com isso identificar formas distintas para atingir um mesmo 
resultado ou semelhante.
6. Identificação	dos	elementos	críticos: pelas razões explicitadas, por meio da rede 
das atividades críticas podemos estabelecer, com clareza, quais serão os 
elementos – atividades, prazos e recursos – sobre os quais deteremos mais 
nossa atenção durante a execução do projeto. Os gargalos também passam a 
ser elementos importantes para nossa programação.
7. Rápido retorno de investimento em planejamento: todo investimento feito em 
planejamento retorna em menos retrabalho, maior e mais rápida resposta 
aos desafios num projeto, melhores resultados parciais e, consequentemente, 
melhores resultados globais no projeto. (MENEZES, 2009, p. 145).
Ou seja, com as atividades bem definidas, seu sequenciamento 
determinado em ordem de prioridades e tendo conhecimento das estimativas de 
duração de cada etapa, é possível agora, então, montar o cronograma do projeto 
empresarial, por meio dos Gráficos de Gantt.
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
83
O Gráfico de Gantt, ou Diagrama de Gantt, ou ainda Mapa de Gantt, foi 
criado por Charles Gantt no início do século XX e é utilizado para representar o 
avanço das atividades de um projeto empresarial na linha do tempo decorrido. 
O início, transcorrer e fim de cada etapa são preenchidos por barras e é possível 
verificar o tempo que cada atividade terá disponível para sua realização.
Veja um exemplo simples de um Diagrama de Gantt, no quadro a seguir.
Atividade Mês:
Jan
Mês: 
Fev
Mês: 
Mar
Mês:
Abril
Mês:
Maio
Aplicar pesquisa.
Tabular questões.
Analisar dados.
Entregar pesquisa analisada ao cliente.
QUADRO 5 – DIAGRAMA DE GANTT
FONTE: A autora
2.1.2 Os recursos do projeto
Os Projetos Empresariais são compostos por quatro recursos básicos, que 
são: gente (pessoal, mão de obra), equipamentos (material permanente), material 
de consumo e serviços de terceiros.
• Gente: são todas as pessoas que estarão envolvidas no projeto. Coordenadores, 
gerentes, grupo técnico, grupo administrativo, entre outros, fazem parte deste 
recurso.
• Equipamentos ou materiais permanentes: se referem a todos os bens que 
serão adquiridos e se tornarão patrimônios da empresa.
• Material de consumo: se refere a todos os materiais transitórios, como material 
para escritório, peças de reposição, combustível, entre outros.
• Serviços de terceiros: se referem aos serviços contratados por terceiros, 
como hospedagens em um hotel, programação de algum sistema específico, 
alimentação, entre outros.
As restrições de dinheiro (ou verba) costumam refletir nas restrições dos 
demais recursos. Por exemplo, com a existência das restrições de verbas haverá 
a necessidade de limitar a contratação de pessoas, ou mesmo da compra de 
equipamentos e materiais necessários para a execução do projeto.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
84
Restrições de verba, segundo Heldman (2005, p. 21), referem-se “à 
capacidade de custear os recursos adicionais necessários para concluir tais 
objetivos, ou seja, os objetivos almejados pelo projeto empresarial”.
O planejamento de recursos é de suma importância, principalmente no 
que se refere à elaboração do orçamento e análise de custos do projeto empresarial. 
2.1.3 A qualidade do projeto
Para Heldman (2005, p. 21), “a qualidade garante que o produto final esteja 
em conformidade com os requisitos e a descrição do produto definido durante o 
processo de planejamento”.
A restrição quanto à qualidade do projeto empresarial é muito importante 
no gerenciamento do mesmo, já que ela vai verificar se todas as expectativas 
geradas pelos stakeholders foram atendidas corretamente.
A restrição na qualidade deve ser guiada por um plano de qualidade que 
deverá descrever em detalhes quais os critérios de qualidade a serem utilizados. 
Tais critérios deverão estar de acordo com os requisitos de cada projeto.
Dentre os critérios de qualidade, destacam-se: a política de qualidade, os 
padrões e os regulamentos.
• Política de qualidade: este critério é desenvolvido pela própria empresa que irá 
gerenciar o projeto empresarial e nele constam, segundo Heldman (2005, p. 174), 
“as instruções preestabelecidas a respeito dos padrões de qualidade dos projetos”.
• Padrões: os padrões são as regras a serem seguidas, determinadas por cada 
setor específico envolvido do projeto empresarial.
• Regulamentos: segundo Heldman (2005, p. 175), “os regulamentos são 
compulsórios e geralmente partem de órgãos do governo, instituições ou empresas 
com o poder de estabelecer regulamentos dentro do próprio setor”. Ou seja, por 
serem obrigatórios, os regulamentos podem gerar multas ou penalidades caso a 
empresa não implemente o que estiver estabelecido nos mesmos.
Por exemplo, a construção de uma fábrica deverá seguir padrões de 
qualidade quanto à edificação de sua estrutura, para que a mesma ofereça 
segurança em suas instalações, bem como, deverá seguir normas impostas 
por regulamentos estaduais e municipais quanto à sua localização, impactos 
ambientais, entre outros.
Além destas restrições, existem outros fatores que influenciam no 
gerenciamento de um projeto empresarial e o atingimento da satisfação do cliente 
do projeto empresarial. A seguir você poderá conhecer dois destes fatores, que 
são: a comunicação e a busca pela inovação.
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
85
2.2 A SATISFAÇÃO DO CLIENTE DO PROJETO
Mesmo que os fatores que compõem a tríplice restrição estejam de acordo 
com os objetivos do projeto empresarial, sem a satisfação dos clientes o projeto 
não terá atingido sua meta maior.
Um resultado final de qualidade, que respeitou o prazo estipulado e utilizou 
de forma adequada todos os recursos disponíveis para sua execução, poderá não 
trazer satisfação para o cliente caso a comunicação, por exemplo, entre a equipe do 
projeto e o cliente, não estiver em sintonia, ou ainda, caso a equipe do projeto não 
tenha contribuído com ideias inovadoras para a criação do mesmo.
Desta forma, comunicação e inovação merecem uma abordagem especial 
como fatores influenciadores no gerenciamento de um projeto empresarial.
2.2.1 A comunicação do projeto
Vimos, no Tópico 2 da Unidade 1 deste Livro Didático, que a 
comunicação é uma competência imprescindível para um gerente de projetos 
empresariais. A comunicação está presente nas relações existentes no ambiente 
de trabalho de forma geral, já que este ambiente demanda interações entre 
quem encomenda um produto, quem delega a tarefa necessária para que haja 
o desenvolvimento desta encomenda e quem irá executar a atividade prevista 
para o desenvolvimento deste produto.
O entendimento entre os envolvidos nas interações existentes no decorrer 
de um projeto empresarial poderá refletir diretamente no grau de qualidade 
percebido sobre o projeto.
De acordo com o dicionário eletrônico Houaiss (2001), comunicação 
é o ato ou efeito de comunicar(-se); 1. ação de transmitir uma mensagem e, 
eventualmente, receber outra mensagem como resposta; 1.1. processo que 
envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte emissora e 
um destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por intermédio 
de recursos físicos (fala, audição, visão etc.) ou de aparelhos e dispositivos 
técnicos, são codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de 
sistemas convencionados de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, 
gestuais etc. 
Dentro de um grupo ou de uma organização a comunicação apresenta 
quatro funções básicas, que você pode conhecer no quadro que segue:
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS86
Funções básicas da 
comunicação em um 
ambiente organizacional
Exemplos
Controle
A comunicação possui, entre outros, o papel de controle de 
comportamentos entre os colegas de trabalho (controle informal), 
bem como o controle proveniente da hierarquia, em busca de 
proporcionar aos funcionários da organização as orientações 
formais necessárias que devam ser seguidas por eles (controle 
formal).
Motivação
A comunicação facilita a conquista do sentimento de motivação dos 
funcionários de uma organização, por proporcionar melhores meios 
de relacionamentos do homem com seu trabalho, esclarecendo sobre 
o que fazer para melhorá-lo e trazendo o retorno do rendimento do 
funcionário (por meio do feedback). O esforço pelo comportamento 
desejável estimula a motivação e requer a comunicação.
Expressão emocional
A comunicação pode adquirir o papel de expressar as frustrações 
ou sentimentos de insatisfação dos funcionários da organização, 
sendo um meio de expressão de sentimentos e podendo ser usada 
como expressão para que suas necessidades sociais sejam atendidas.
Informações
Tratando-se do papel da comunicação como facilitadora de tomadas 
de decisões, transmitindo os dados para que se identifiquem e 
avaliem alternativas.
QUADRO 6 – FUNÇÕES BÁSICAS DA COMUNICAÇÃO EM UM AMBIENTE ORGANIZACIONAL
FONTE: Leal (apud SCHLOSSMACHER, 2005, p. 39)
Nos projetos empresariais, bem como em qualquer outra atividade 
executada em uma organização, tanto a comunicação voltada para a realização 
das tarefas propostas quanto a comunicação voltada para o bom relacionamento 
interpessoal entre os indivíduos que executarão as atividades devem ser levadas 
em consideração. Desta forma, é importante conhecer a composição de um 
processo comunicativo.
O processo comunicativo é composto pelos seguintes elementos: emissor, 
receptor, mensagem, canal de comunicação, código, contexto e ruído.
• Emissor: (fonte, transmissor ou remetente) é aquele que envia a mensagem.
• Receptor: (destino ou destinatário) é quem receberá a mensagem.
• Mensagem: (informação ou sinal) é o conteúdo da informação.
• Canal de comunicação: (contato) é o meio por onde a mensagem será 
transmitida. Por exemplo: e-mail.
• Código: é o idioma, formas, cores, movimentos etc. que são transmitidos. Para 
que a comunicação seja eficaz é preciso que emissor e receptor dominem os 
mesmos códigos.
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
87
• Contexto (ou referente): é o ambiente ou situação a que a mensagem se refere.
• Ruído (ou interferência): é tudo o que modifica ou distorce uma mensagem, 
gerando uma barreira para que a comunicação seja efetiva.
A relação entre estes elementos se dá da seguinte forma:
FIGURA 19 – PROCESSO COMUNICATIVO
FONTE: Adaptado de Infante (apud SCHLOSSMACHER, 2005, p. 42)
Código
Canal
Referente
Emissor ou 
Remetente
Ruído
Mensagem Receptor ou 
Destinatário
Neste processo, a mensagem pode ser expressa de duas maneiras: 
verbalmente e não verbalmente. A comunicação verbal é representada pelas 
palavras, podendo ser transmitidas de forma escrita ou oral. Já a comunicação 
não verbal envolve expressões faciais, gestos, posturas corporais, entre outros.
Os ambientes profissionais ainda apresentam outro componente que irá 
influenciar no processo de comunicação e que deve ser respeitado: a hierarquia. 
A hierarquia irá definir como o contexto será representado e como ocorrerá o 
fluxo da comunicação.
Existem três tipos de fluxos da comunicação organizacional, que são: o 
fluxo descendente, o fluxo ascendente e o fluxo lateral.
• O fluxo descendente é quando a informação parte dos níveis superiores da 
hierarquia em direção à base da mesma. Por exemplo, quando é informado aos 
executores do projeto quais serão as atividades que deverão ser desenvolvidas.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
88
FIGURA 20 – FLUXO DESCENDENTE DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
FONTE: A autora
Direção
Gerência Gerência
Operacional Operacional Operacional
F
L
U
X
O
D
E
S
C
E
N
D
E
N
T
E
Direção
Gerência Gerência
Operacional Operacional Operacional
F
L
U
X
O
A
S
C
E
N
D
E
N
T
E
O fluxo ascendente faz o movimento inverso, ou seja, as informações 
partem da base da hierarquia rumo aos níveis superiores. Por exemplo, 
quando os executores do projeto dão um feedback das atividades que vêm sendo 
desenvolvidas.
FIGURA 21 – FLUXO ASCENDENTE DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
FONTE: A autora
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
89
Direção
Gerência Gerência
Operacional Operacional OperacionalFLUXO LATERAL OU HORIZONTAL
O fluxo lateral ou horizontal é quando a informação é trocada entre 
indivíduos que estão no mesmo nível hierárquico. Representado pelas trocas de 
informações nos trabalhos em equipe, por exemplo.
FIGURA 22 – FLUXO LATERAL OU HORIZONTAL DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
FONTE: A autora
Conhecer os elementos da comunicação, seus fluxos em uma organização e 
demais fatores que tangem o tema é de grande valia para que se possa estabelecer, 
entre os integrantes de um projeto, as melhores formas de transmissão das inúmeras 
informações necessárias para um resultado satisfatório no gerenciamento de um 
projeto empresarial. 
Na Unidade 3 aprofundaremos nosso conhecimento a respeito do tema 
comunicação.
2.2.2 A inovação
A inovação é um requisito fundamental para qualquer projeto empresarial. 
É ela que dará o diferencial e agregará vantagem competitiva ao projeto empresarial 
perante os stakeholders. 
Segundo Menezes (2009, p. 7), as vantagens competitivas são compostas 
por diversos fatores. Vejamos alguns deles a seguir.
• Vantagem competitiva de diferenciação: estabelecer estratégias que 
mantenham as empresas no mercado de forma a oferecer produtos 
(bens ou serviços) com algum grau superior de diferenciação de 
seus concorrentes.
• Vantagem competitiva da qualidade: traduzir a capacidade que 
a empresa possui de fazer as coisas de maneira correta, evitando 
retrabalhos.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
90
• Vantagem competitiva da velocidade: atingir a melhoria de 
processos a fim de otimizar quanto à velocidade de sua produção.
• Vantagem	competitiva	da	confiabilidade: atingir a confiabilidade 
dos stakeholders por meio do atendimento pontual de suas 
necessidades.
• Vantagem	 competitiva	 da	 flexibilidade: atingir um grau de 
flexibilidade que permita à empresa mudar de maneira rápida e 
eficaz.
Vantagem competitiva do custo: ter a possibilidade de tornar seus produtos 
mais baratos.
3 FERRAMENTAS E MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO E 
ACOMPANHAMENTO DOS PROJETOS EMPRESARIAIS
Conhecendo os fatores que influenciam o sucesso ou fracasso de 
implementação de um projeto empresarial, torna-se importante fazer uso 
de algumas ferramentas e metodologias de acompanhamento de projetos 
empresariais. Além disto, a documentação (formalização) e posterior comunicação 
(socialização) a todos os envolvidos no projeto são fundamentais neste momento 
de gerenciamento.
ESTUDOS FU
TUROS
Você verá mais sobre documentações no Tópico 4 da Unidade 3.
Quanto à documentação, cada empresa pode criar o seu próprio método 
de formalização de gerenciamento, ou fazer uso de alguns métodos disponíveis, 
adaptando-os às necessidades e especificidades de cada projeto.
Dentre os métodos mais utilizados é possível citar o PMI – Project 
Management Institute (já abordado na Unidade 1), que se trata de um padrão 
internacional de gerenciamento de projetos.
Existem também inúmeros softwares de gerenciamento de projetos disponíveis 
na internet. Dentre os mais conhecidos, podemos citar o Microsoft Project.
Um método muito simples, mas longe de ser simplista, é a Lista de 
Verificação de Processos do Projeto, proposta por Heldman (2005). Nestas listas, 
o autor cita pontos imprescindíveis que resumem de maneira muito clara e 
objetiva os principais fatores que precisam de especial atenção ao se executar o 
gerenciamento de um projeto. Conheça esta lista:
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
91
• Lista	de	Verificação	deProcessos	do	Projeto:
Esta lista elaborada por Heldman (2005) mostra os documentos a serem 
criados e os respectivos processos a serem executados no decorrer do ciclo de 
vida de um projeto empresarial. Veja no quadro a seguir.
QUADRO 7 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE PROCESSOS DO PROJETO EMPRESARIAL 
Nome do projeto:
Número do projeto:
Nome do gerente do projeto:
Concluído
Nome do 
Processo ou 
Documento
Responsabilidade Observações Ciclo de Vida 
do Projeto
 Termo de abertura. Patrocinador do 
projeto.
Descreve os propósitos 
do projeto, as justifica-
tivas do negócio e os 
resultados.
Iniciação.

Análise de Custo/
Benefício.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders.
Determina se o projeto 
é ou não financeira-
mente benéfico para a 
empresa. Incluída no 
termo de abertura e na 
declaração de escopo 
do projeto.
Planejamento.

Premissas e restri-
ções.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders.
Descreve as premissas 
e quaisquer restrições 
que possam limitar a 
equipe do projeto. In-
cluídas na declaração 
de escopo do projeto.
Planejamento.

Declaração do es-
copo do projeto.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders.
Descreve as metas do 
projeto, contém uma 
lista completa das 
entregas e descreve os 
requisitos específicos 
do produto ou serviço 
do projeto. Assinada 
pelo patrocinador, ge-
rente e stakeholders do 
projeto.
Planejamento.

Fatores críticos do 
sucesso.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders.
Descrevem os itens que 
devem ser concluídos 
para que o projeto 
seja considerado um 
sucesso. Podem incluir 
entregas e requisitos. 
Podem ser incluídos na 
declaração de escopo 
do projeto.
Planejamento.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
92

Plano de comuni-
cações. Gerente do projeto.
Descreve as necessida-
des de informação dos 
stakeholders e da equipe 
do projeto e como essa 
informação deve ser 
distribuída.
Planejamento.

Estrutura Ana-
lítica do Projeto 
(EAP).
Gerente do projeto.
Formatada como uma 
hierarquia orientada a 
entregas que define o 
trabalho do projeto.
Planejamento.

Matriz de funções 
e responsabilida-
des.
Gerente do projeto.
Associa as funções e 
responsabilidades dos 
integrantes da equipe 
aos elementos da EAP.
Planejamento.
 Plano de recursos. Gerente do projeto.
Descreve os recursos 
físicos e humanos 
necessários para a con-
clusão do projeto.
Planejamento.

Plano de aquisi-
ções.
Gerente do projeto 
e/ou departamento 
de compras.
Descreve os recursos 
ou serviços a serem 
adquiridos de um for-
necedor externo.
Planejamento.

Plano de gerencia-
mento de riscos.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders, da 
equipe de análise 
de riscos e da equi-
pe do projeto. 
Identifica, descreve 
e classifica os planos 
de gerenciamento de 
riscos.
Planejamento.

Plano de quali-
dade.
Gerente do projeto 
e/ou equipe de qua-
lidade.
Descreve como a qua-
lidade será garantida e 
avaliada.
Planejamento.

Cronograma do 
projeto. Gerente do projeto.
Apresenta as depen-
dências e a duração 
das tarefas e os mar-
cos. Utilizado para 
determinar o caminho 
crítico.
Planejamento.

Orçamento do 
projeto.
Gerente do projeto 
e/ou departamento 
financeiro.
Determina os custos 
pretendidos do projeto. Planejamento.

Reunião inicial 
com a equipe do 
projeto.
Gerente do projeto.
Aloca todos os inte-
grantes da equipe às 
suas responsabilida-
des.
Execução.

Reuniões de 
acompanhamento 
e relatórios de 
status.
Gerente do projeto. Execução e Monitora-
ção e Controle.

Plano de geren-
ciamento de mu-
danças.
Gerente do projeto 
e comitê de contro-
le de mudanças.
Descreve como as 
mudanças no plano do 
projeto serão identifi-
cadas e gerenciadas.
Planejamento 
utilizado no 
processo de 
Monitoração 
e Controle.
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
93

Monitorando o de-
sempenho do pro-
jeto e executando 
ações corretivas.
Gerente do projeto.
Supervisiona o desem-
penho do projeto. Pode 
demandar atualizações 
nos documentos de pla-
nejamento do projeto.
Monitoração 
e Controle.

Fechar os registros 
das contas e finali-
zar os contratos.
Gerente do projeto 
e gerente finan-
ceiro.
O gerente do projeto 
solicita ao gerente fi-
nanceiro o encerramen-
to das contas do projeto 
para que nenhum outro 
custo incorra no orça-
mento do projeto.
Fechamento.

Lista de verifica-
ção de implemen-
tação.
Gerente do projeto.
Descreve os problemas 
tratados ou as informa-
ções sobre o produto 
ou serviço do projeto a 
serem submetidas aos 
departamentos inter-
nos ou ao cliente.
Fechamento.

Documento de 
lições aprendidas.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders e 
dos integrantes da 
equipe do projeto.
Documenta os processos, 
comunicações etc. que fun-
cionaram bem. Também 
documenta as coisas que 
não funcionaram bem, 
para que elas não sejam 
repetidas em projetos fu-
turos e, se for conveniente, 
as inclui nos processos 
ou modelos-padrão da 
empresa para o gerencia-
mento de projetos.
Monitoração, 
Controle e 
Fechamento.

Obter aprovação 
e enviar uma no-
tificação formal 
de fechamento do 
projeto.
Gerente do projeto.
Garante a aceitação do 
produto ou serviço do 
projeto e notifica todas as 
partes de que o projeto está 
oficialmente encerrado.
Fechamento.

Feedback do pro-
jeto.
Gerente do projeto, 
com participação 
dos stakeholders e 
dos integrantes da 
equipe do projeto.
Fornece informações 
para a melhoria do de-
sempenho em projetos 
futuros. Pode ser inclu-
ído no documento de 
lições aprendidas.
Fechamento.

Arquivar docu-
mentos do projeto. Gerente do projeto. Arquiva os registros do pro-
jeto para referência futura. Fechamento.

Comemorar o seu 
sucesso.
Gerente do projeto 
e equipe do projeto.
É uma forma de agra-
decer publicamente à 
equipe do projeto pelo 
trabalho árduo e reconhe-
cer o sucesso alcançado. 
Conclui o projeto e ajuda 
os integrantes da equipe a 
fazerem a transição para 
novas atribuições.
Fechamento.
FONTE: Heldman (2005, p. 291)
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
94
LEITURA COMPLEMENTAR
GERÊNCIA: FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO
Iria Luppi
Pode-se chamar de bem-sucedido aquele projeto que foi desenvolvido 
dentro das expectativas de tempo, custo e qualidade, além de o cliente ter ficado 
satisfeito e o moral da equipe ter se mantido alto. 
Durante o ciclo de vida de um projeto o gerente e seus assessores se 
envolvem com a confecção e execução de planos, com o gerenciamento de pessoas 
e com o gerenciamento da qualidade do produto e do serviço em desenvolvimento. 
É adequado perguntar: quais são os principais fatores que podem levar um projeto 
ao sucesso?
 
Dá-se o nome de Fatores Críticos de Sucesso (FCS) a uma lista de itens que 
devem ser observados durante o planejamento e execução de um projeto para que 
o sucesso possa ser alcançado. Não existe uma unanimidade entre os autores na 
composição desta lista para projetos de informática, mas os itens abaixo aparecem 
com muita frequência:
• Gerência competente.
• Equipe competente.
• Planejamento e controle adequados.
• Inexistência ou neutralização antecipada de itens de alto risco.
• Atenção especial às ferramentas gerenciais mais estratégicas.
O gerente do projeto, ou equivalente, é o principal responsável pelo projeto. 
Esta responsabilidade não deve ser repartida com nenhum outro profissional e 
o gerente do projeto deve ter a competência, habilidade para “tocar” projetos, 
experiência, treinamento e tempo disponível. Geralmente este item é considerado 
o mais importante, tendo os restantes o mesmo nível de importância, mas em um 
patamar inferior.
Uma equipe competente, experiente, treinada e com tempo disponível dará 
ao gerente do projeto a segurança de que o produto/serviço será desenvolvido 
dentro dos parâmetros da qualidade e ele não necessitará dedicar muito do seu 
precioso tempo à gerência do produtoe, sim, à gerência do trabalho. Particularmente 
em grandes projetos, este aspecto é crucial, visto existir aqui uma maior necessidade 
de o gerente consumir o seu tempo com aspectos de gerência do trabalho (prazos, 
custos, compras, recebimento de material e problemas relacionados com pessoal).
Um projeto necessita de planos, sem os quais ficará à deriva e, pelo mesmo 
motivo, deve existir um controle da execução. Parece óbvio, mas muitas empresas 
do Brasil nunca fizeram um único plano sequer. Além disso, o planejamento deve 
TÓPICO 1 | GERENCIANDO O PROJETO
95
ser adequado às proporções do projeto. Para o desenvolvimento de um pequeno 
aplicativo, baseado em uma planilha eletrônica, de duração menor que um mês e 
envolvendo uma única pessoa executora e um único cliente, certamente um plano 
ultrassimplificado é suficiente. Já o desenvolvimento de um aplicativo complexo, 
sem similar no mercado, e que envolva diversos clientes, necessitará de um 
planejamento e de um controle bastante sofisticados.
Não se pode continuar um projeto para o qual não existe a possibilidade 
de se eliminar um item de alto risco. Alto risco significa a possibilidade de atrasos 
e aumento de custos inaceitáveis. Um dos fatores para o sucesso do projeto é a 
inexistência de itens de alto risco ou, caso existam, que sejam estabelecidas as 
contramedidas para anulá-los e que isso ocorra em prazos que não comprometam 
o projeto. Portanto, aqueles itens de alto risco e suas contramedidas exigem uma 
atenção muito especial.
Finalmente, projetos diferentes necessitam de estratégias gerenciais 
diferentes. As estratégias gerenciais são muitas, tais como: “em projetos de alta 
tecnologia uma consultoria externa é bem-vinda” ou “em projetos nos quais o 
cliente não sabe explicitar claramente o que deseja, é muito conveniente uma forte 
interação com o cliente”.
FONTE: LUPPI, Iria. Gerência: fatores críticos de sucesso. Oficina da Net. Rio Grande do Sul, 8 
ago. 2009. . Acesso em: 10 ago. 2011.
96
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou:
• Gerenciamento de projetos: seus pontos de transição e as tríplices restrições: 
tempo, recursos e qualidade.
Sendo que:
• Sobre restrições temporais: abordamos os principais pontos de gerenciamento 
e de que forma o tempo e as estratégias de controle do mesmo influenciam 
em um projeto empresarial. Desta forma, abordaram-se diversas estratégias, 
como: cronogramas, ferramenta GUT de prioridades e a técnica PERT (Técnica 
de Avaliação e Análise de Programas).
• Sobre as restrições de recursos, falou-se sobre seus principais componentes, 
que são: gente, equipamentos, materiais e verba.
• Já sobre as restrições de qualidade, abordamos seus principais critérios, que 
são: política de qualidade, padrões e regulamentos.
• Conversamos, brevemente, sobre a satisfação do cliente e de que forma a 
comunicação e a inovação interferem na mesma.
• Quanto à comunicação, deu-se uma introdução ao assunto, que será 
aprofundado na próxima unidade deste caderno.
• Destacamos sobre o tema comunicação até o momento:
- As funções básicas da comunicação organizacional, sendo elas: controle, 
motivação, expressão emocional e informações.
- A descrição detalhada de um processo comunicativo composto pelos 
elementos: emissor, receptor, mensagem, canal, código, contexto e ruído.
- Os fluxos da comunicação organizacional, que são: descendente, ascendente 
e lateral.
• Quanto à inovação, focamos as vantagens competitivas que a mesma resulta ao 
ser aplicada em um projeto, compondo a vantagem competitiva que o mercado 
exige de uma empresa na atual conjuntura.
• Finalmente, abordamos algumas ferramentas e métodos de verificação e 
acompanhamento mais conhecidos e utilizados em projetos empresariais, 
destacando-se a Lista de Verificação de Processos do Projeto, criada por 
Heldman (2005).
97
AUTOATIVIDADE
Exercite o conteúdo estudado, refletindo e respondendo às questões 
a seguir.
1 GUT é uma ferramenta muito utilizada para definir prioridades entre 
diversas atividades que precisam ser executadas. Exercite a ferramenta 
GUT, respondendo as questões a seguir:
a) Explique o que as variáveis Gravidade, Urgência e Tendência levam em 
consideração.
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
b) Explique a escala de cada uma das variáveis.
 _________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
98
c) Liste as atividades que você pretende realizar nos próximos seis meses e 
aplique a ferramenta de análise GUT.
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Problemas
G U T
G.U.T.
Gravidade Urgência Tendência
99
TÓPICO 2
A VIABILIDADE DE UM PROJETO 
EMPRESARIAL
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Uma pergunta que pode estar em sua mente a essa altura de seus estudos 
é: como avaliar se um determinado projeto empresarial é, realmente, possível de 
ser realizado?
É sobre este tema que falaremos neste tópico.
2 VIABILIDADE
O estudo da viabilidade de um projeto empresarial busca investigar 
a exequidade, ou seja, a possibilidade de execução do mesmo. É uma etapa 
que precede o planejamento do projeto empresarial e é, geralmente, colocada 
em prática apenas nos casos onde são necessárias maiores informações antes 
de efetivamente aprovar o projetoou não. Sendo assim, este estudo deve ser 
realizado por pessoas que não irão trabalhar no projeto, a fim de evitar resultados 
tendenciosos.
De acordo com Heldman (2005, p. 62):
o estudo de viabilidade se torna necessário quando os projetos são 
complexos por natureza, maiores do que os projetos que a organização 
geralmente executa, requerem somas enormes de dinheiro para serem 
executados ou buscam fazer algo que a organização jamais tenha se 
aventurado.
Aspectos como o tempo, as técnicas conhecidas e a verba disponível para 
execução do projeto são analisados no estudo da viabilidade. É nesta análise que 
será necessário prever as formas de se atingir os objetivos propostos, inicialmente, 
por quem encomendou o projeto, além de definir as estratégias e as metodologias 
a serem aplicadas rumo à realização satisfatória destes objetivos.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
100
O estudo da viabilidade, muitas vezes, acaba por se tornar o objeto fundamental 
de referência para justificar a razão de um projeto empresarial, assim como servirá de 
base para a avaliação dos riscos, a ser desenvolvida pelo administrador financeiro. 
Por este motivo torna-se necessária uma abordagem aprofundada, com pesquisas 
consistentes acerca de todos os principais aspectos do projeto.
Segundo Heldman (2005, p. 62), o estudo da viabilidade se trata do estudo 
prévio que “analisa a rentabilidade do projeto, a eficiência ou a viabilidade do 
produto do projeto, a possibilidade de comercialização do produto ou serviço, 
soluções alternativas e as demandas da empresa que geraram a solicitação”.
Dentre os principais aspectos de um projeto empresarial que devem ser 
abordados na análise da viabilidade, destacamos alguns, abordados por Keeling 
(2006, p. 48):
• Dados existentes: que são aqueles disponíveis de operações semelhantes e 
que já foram anteriormente realizadas.
• Escopo, objetivo e premissas: que se tratam dos fatores abordados na 
proposta inicial do projeto empresarial.
• Esboço de estratégia: respondendo questões como: o que, quando, onde, 
como e por quem serão realizadas estas estratégias.
• Análise financeira dos fatores externos: abordando questões referentes à 
situação econômica do país ou da região onde o projeto será executado, com 
suas respectivas tendências e análises.
• Análise financeira de base do projeto: abordando as estimativas de custos 
necessários para a execução do projeto.
• Avaliação do retorno sobre o investimento e o esforço: avaliando-se o RSI 
(Retorno sobre o Investimento) do projeto.
• Avaliação de riscos: identificando-se os possíveis riscos do projeto e suas 
formas de avaliação e eliminação.
• Fontes de apoio do projeto: relacionando-se os apoiadores do projeto.
• Viabilidade tecnológica: analisando os riscos tecnológicos, o orçamento 
disponível e as novas tecnologias que possam surgir no decorrer do projeto.
• Oportunidades para aquisição de know-how: ou seja, as possíveis parcerias 
em busca do saber-fazer, como: fusões ou joint ventures.
• Avaliação política (quando necessária): observando-se as implicações que o 
apoio ou a oposição poderão acarretar ao projeto, o nível de estabilidade 
política da região, os requisitos relativos a licenças, entre outros.
TÓPICO 2 | A VIABILIDADE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
101
• Avaliação do impacto ambiental (AIA): observando as séries ISO, por 
exemplo.
• Avaliação de impacto sociológico e identificação de interessados: destacando-
se os stakeholders a serem envolvidos no projeto.
• Estrutura gerencial e administração do projeto: esboçando-se a estrutura 
organizacional da empresa com seu pessoal, qualificações etc.
• Recursos do projeto: listando-se os recursos mais importantes necessários à 
execução do projeto.
O estudo de viabilidade deve ter o maior número possível de informações 
acerca do projeto. Tais informações devem ser comprovadas e testadas antes de 
serem colocadas neste estudo.
NOTA
Know-how = saber fazer.
Joint ventures = associação de empresas que visam o lucro sem que qualquer uma delas 
perca sua identidade jurídica.
 Conheceremos a estrutura de um estudo de viabilidade de projetos, 
elaborado por Keeling (2006, p. 60). Observe no quadro a seguir.
QUADRO 8 – ESTUDO DE VIABILIDADE
1.	Informações	de	identificação:
- Título:
- Lugar e data do estudo.
- Composição da equipe do estudo.
- Termos de referência e objetivos dos estudos.
2. Resumo executivo:
- Breve descrição das atividades do estudo.
- Resumo das conclusões.
- Resumo das recomendações.
3. Corpo do relatório:
- Sumário.
- Lista de anexos e demonstrativos.
- Termos de referência.
- Relato detalhado de investigações para cada aspecto do estudo.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
102
4. Conclusões:
- Conclusões relativas à viabilidade, consequência, benefícios, custos prováveis, problemas 
previstos, perigos e possibilidades de fracasso em alguma área, avaliação de probabilidades de 
sucesso e alternativas possíveis.
5. Recomendações:
- Recomendações para prosseguir.
- Duração proposta do projeto.
- Como prosseguir.
- Esboço dos objetivos para cada área do projeto.
- Recursos que serão requeridos.
- Financiamento do projeto.
- Administração e pessoal.
- Estrutura para o controle e revisão do projeto.
- Propósito e objetivos dos cargos-chave.
6. Anexos e demonstrativos:
- Principais diagramas dos eventos propostos no projeto.
- Cópias de dados relevantes.
- Mapas, diagramas, tabelas etc.
- Esboço de descrições de função para pessoal-chave.
- Estimativas financeiras e previsão de fluxo de caixa.
- Avaliação de ameaças e riscos.
FONTE: Keeling (2006, p. 60)
TÓPICO 2 | A VIABILIDADE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
103
LEITURA COMPLEMENTAR
CICLO DE VIDA DE PROJETOS DE TERCEIRO SETOR
Alexandre Centini
O ciclo de vida de um projeto, segundo o PMBOK 4ª Edição, “consiste nas 
fases do mesmo que geralmente são sequenciais e que às vezes se sobrepõem, 
cujo nome e número são determinados pelas necessidades de gerenciamento e 
controle da(s) organização(ões) envolvidas, a natureza do projeto em si e sua área 
de aplicação”.
Partindo do pressuposto de que a natureza de um projeto do Terceiro Setor, 
em si, é diferente da do Segundo Setor, podemos entender que o ciclo de vida 
de um projeto do Terceiro Setor, em sua estrutura genérica, terá características 
diferentes dos projetos empresariais, como, por exemplo, um maior esforço na 
fase de iniciação, pois nessa fase há uma discussão mais ampla sobre o escopo e 
as finalidades do projeto entre as várias entidades patrocinadoras e executoras, 
exigindo uma negociação prévia quanto ao(s) “entregável(is)” do projeto a ser 
desenvolvido.
Como todos os projetos têm um início e fim definidos, o que diferencia os 
projetos sociais, de sustentabilidade e de responsabilidade social (Terceiro Setor) 
dos empresariais (Segundo Setor) é a variação dos “entregáveis” e as atividades 
que os compõem, conforme as comparações abaixo. (MARINO; CACELLIER, 2003):
• Nos projetos sociais não há um produto ou serviço a ser vendido para clientes 
e consumidores dispostos a pagar um preço pelo benefício oferecido. O 
“entregáveis” normalmente é um produto ou serviço que atingirá uma população 
ou comunidade específica que possui necessidades sociais, como saneamento 
básico ou educação, para citar dois exemplos. Nos projetos empresariais o 
resultado é um produto a ser oferecido a um mercado consumidor disposto a 
desembolsar uma determinada quantia para adquiri-lo.
• A viabilidade e o retorno obtido com projetos sociais não podem ser expressos 
em valores econômico-financeiros através de índices de payback ou ROI, como 
nos projetos empresariais. O que determina sua viabilidade é a possibilidade 
de satisfazer uma necessidade social específica de certa parcela da população.
• Nos projetos empresariais é muito comum a entidade executora ser também a 
patrocinadora ou responsável pela inversão dos investimentos necessários para 
a execução do projeto. Nos projetos sociais a executoranormalmente busca 
uma entidade patrocinadora para angariar os recursos necessários à execução 
do projeto.
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
104
• Os projetos empresariais possuem um tempo de vida mais curto, pois após 
seu encerramento, o produto ou serviço é transferido para a operação, 
comercialização ou utilização, o que constitui uma atividade de gerenciamento 
empresarial típica. Já nos projetos sociais, as atividades posteriores ao 
desenvolvimento do produto ou serviço passam a integrar um portfólio de 
serviços da instituição ou disseminadas como tecnologia de intervenção social 
para outras instituições públicas ou privadas.
FONTE: CENTINI, Alexandre. Ciclo de vida de projetos de terceiro setor. O gerente. . Acesso em: 10 ago. 2011.
105
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou:
• A importância do estudo da viabilidade de projetos empresariais.
• Os principais aspectos a serem abordados em um estudo de viabilidade, que 
são: dados existentes; escopo, objetivo e premissas; esboço da estratégia; análise 
financeira de fatores externos; análise financeira de base do projeto; avaliação 
do retorno sobre o investimento; avaliação de riscos; fontes de apoio do projeto; 
viabilidade tecnológica; oportunidade para aquisição de know-how; avaliação 
política; avaliação de impacto ambiental; avaliação de impacto sociológico; 
estrutura gerencial e administração do projeto e recursos do projeto.
106
AUTOATIVIDADE
Responda às questões a seguir:
1 O que é o estudo de viabilidade de um projeto empresarial?
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2 Em que situações o estudo da viabilidade se torna necessário quando falamos 
em projetos empresariais?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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__________________________________________________________________
3 Quais os principais aspectos a serem abordados na análise de viabilidade de 
um projeto empresarial? Explique cada um deles.
 __________________________________________________________________
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107
TÓPICO 3
OS RISCOS DE UM PROJETO 
EMPRESARIAL
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Todo e qualquer projeto está sujeito a se deparar com uma infinidade 
de perturbações provenientes de diversos pontos, como: o mercado, as políticas 
organizacionais, as tecnologias emergentes etc. Tais perturbações são classificadas 
como riscos ou incertezas.
Diferenciar riscos de incertezas requer conhecimento sobre a real 
possibilidade de determinada perturbação efetivamente ocorrer. Quando a 
perturbação é difícil de ser estimada ou até mesmo é desconhecida, ela é chamada 
de incerteza. Já quando ela é conhecida é chamada de risco.
Nem sempre o resultado de um risco ou de uma incerteza é negativo a uma 
organização. Muitas oportunidades, ou perturbações positivas, podem surgir 
no decorrer da execução de um projeto empresarial, mas o foco principal, neste 
momento, serão as perturbações negativas, ou seja, aquelas que poderão impactar 
negativamente o transcorrer ou os resultados de um projeto empresarial, gerando 
resultados negativos ao projeto, atrasos, custos elevados, lacunas na qualidade, 
entre outros.
Desta forma, Heldman (2005, p. 135) conceitua risco como sendo “um 
evento que representa uma ameaça potencial ou uma oportunidade potencial”.
Segundo Roldão (2007, p. 71), para que exista uma boa gestão de projetos 
torna-se necessário:
1. Identificar riscos e fontes de risco.
2. Determinar seu impacto.
3. Escolher os riscos de maior impacto e medir seu impacto global.
4. Determinar a possibilidade de reduzir o impacto.
5. Desenvolver um plano de controle do risco (evitá-lo, realizar 
seguros, negociar contratos cuidadosamente).
6. Controlar os vários riscos identificados. (ROLDÃO, 2007, p. 71).
Vamos então conhecer este processo. 
108
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
2 IDENTIFICANDO O RISCO
Identificar um risco e verificar os impactos que o mesmo poderá causar 
ao projeto empresarial é de extrema importância, fazendo com que toda a 
equipe envolvida na execução do projeto esteja preparada para enfrentá-lo, 
agindo adequadamente e no momento certo.
Os riscos podem ser classificados como de origem interna ao projeto, ou 
seja, aqueles que estão sob o domínio do gestor de projetos e que comumente 
estão associados a possíveis erros cometidos no transcorrer da execução do 
projeto; ou de origem externa, que são os riscos que não estão sob o controle do 
gestor, que são imprevisíveis ou incertos, como, por exemplo, riscos quanto a 
questões ambientais, legais, políticas ou sociais.
Conhecendo os erros mais frequentes na gestão de projetos, é possível ficar 
atento aos riscos a que os projetos estão sujeitos. Por este motivo, conheceremos 
agora os erros mais cometidos na gestão de projetos e que são abordados por 
Roldão (2007).
• Quanto ao planejamento e controle de um projeto empresarial:
- Mau dimensionamento temporal.
- Domínio insuficiente das técnicas de controle de avanço e de controle 
de custo.
- Domínio insuficiente do software de apoio.
- Atrasos nas entregas de fornecedores.
- Má ou insuficiente estimativa de custos.
- Estimativa de mão de obra não adaptada à produtividade (curvas de 
aprendizagem e rendimento de equipes).
- Distorção intencional de informação.
- Cálculo incorreto do financiamento necessário.
- Domínio insuficiente do controle financeiro. (ROLDÃO, 2007, p. 73).
• Quanto à organização e liderança de um projeto empresarial:
- Má definição de objetivos.
- Utilização de uma estrutura organizativa inadaptada.
- Não utilização de técnicas de Work Breakdown.
- Falta de pessoal com formação necessária.
- Abdicação de gestão.
- Motivação deficiente.
- Autoridade insuficiente.
- Falta de visão de conjunto.
- Suporte insuficiente de consultores especializados. (ROLDÃO, 2007, 
p. 74).
TÓPICO 3 | OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
109
NOTA
Você já estudou sobre a EAP no Tópico 3 da Unidade 1 deste Livro de estudoss.
Work Breakdown Structure (WBS) = Estrutura Analíticade Projetos (EAP).
• Quanto às especificações e tecnologias de um projeto empresarial:
- Especificações técnicas inadequadas.
- Má concepção do detalhe.
- Mau dimensionamento.
- Não previsão de todos os itens necessários ao empreendimento 
(instalações auxiliares...).
- Má escolha de processo.
- Prevenção e inspeção insuficientes.
- Domínio de tecnologia insuficiente. (ROLDÃO, 2007, p. 74).
• Quanto às contratações e negociações de um projeto empresarial:
- Especificações inadequadas (omissões, requisitos nebulosos e falta 
de rigor).
- Contratos mal estruturados.
- Má avaliação de riscos.
- Má ligação com o cliente.
- Incapacidade de procura de soluções do tipo ‘ganhar-ganhar’ 
quando surgem os problemas. (ROLDÃO, 2007, p. 75).
• Quanto aos sistemas de informação de um projeto empresarial:
- Escolha de um sistema de informação ruim.
- Coleta insuficiente de informação.
- Má comunicação. (ROLDÃO, 2007, p. 75).
Outra forma de classificar os riscos é quanto ao conhecimento que se 
tem sobre eles. Heldman (2005, p. 137) classifica-os da seguinte forma: riscos 
“conhecidos, riscos conhecidos com consequências desconhecidas e riscos 
desconhecidos”. Por este motivo, é já no planejamento do projeto que se passa a 
observar quais os possíveis riscos a que o projeto empresarial estará sujeito.
Agora, vamos conhecer os riscos mais comuns em projetos empresariais:
• Riscos relacionados à tríplice restrição: tempo, recursos e qualidade. Já 
comentados anteriormente nesta unidade de seu Livro de estudoss.
110
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
• Riscos relacionados aos Fatores Críticos de Sucesso: de acordo com Heldman 
(2005, p. 85), fatores críticos de sucesso são todas “as entregas ou requisitos 
do projeto que devem ser obrigatórios e corretamente concluídos para que o 
projeto seja considerado um sucesso”. No entanto, nem todas as entregas são 
efetivamente fatores críticos de sucesso. Tais fatores devem ser determinados 
em conjunto pelos envolvidos no projeto empresarial.
Dentre os fatores críticos de sucesso considerados por Heldman (2005, 
p. 140), aqueles que estão presentes em todos os projetos empresariais e os 
respectivos riscos associados a eles, podemos citar:
- Compreensão e consenso a respeito das metas do projeto por parte dos 
principais stakeholders, equipe de projeto, equipe de gerenciamento e gerente 
de projetos. Risco: se a compreensão e o consenso não forem atingidos, o projeto 
não vai produzir os resultados esperados pelos stakeholders e, por isso, não vai 
ser bem-sucedido. Isso pode resultar na perda do negócio para a sua empresa ou 
em questões contratuais que requerem intervenção legal. Como resultado, seu 
próprio emprego ou sua reputação pessoal podem ser afetados.
- Declaração	 do	 escopo	 bem	 definida. Risco: um escopo mal definido vai 
resultar num mau direcionamento da equipe do projeto, levando a prazos não 
cumpridos, mudanças contínuas no escopo, revisões, resultados imprecisos e/
ou aumento dos custos.
- Plano	de	projeto	bem	definido. Risco: aqui, os riscos são semelhantes aos 
que foram enumerados no risco da declaração de escopo, incluindo revisões, 
resultados incorretos, baixa qualidade, aumento dos custos e prazos não 
cumpridos.
- Uso de práticas convencionais de gerenciamento de projetos. Risco: não utilizar 
um processo-padrão de gerenciamento de projetos pode gerar uma falta de 
comunicação e organização com respeito às atividades do projeto, resultando, 
em última instância, num projeto malsucedido. (HELDMAN, 2005, p. 140).
• Riscos comerciais do projeto empresarial: facilidade de venda, timing, 
questões de gerenciamento e atrasos dos fornecedores são alguns riscos que 
poderão ocorrer em um projeto.
- Quanto à facilidade de venda: os clientes percebem o valor que o produto 
resultante do projeto tem? Irão, realmente, pagar por este produto?
- Quanto ao timing: o produto de seu projeto estará disponível para venda aos 
clientes no momento certo? Exemplo: um projeto relacionado a um produto 
a ser disponibilizado ao mercado na época de verão, caso incorram os riscos 
quanto ao seu timing, se for colocado à venda em qualquer outra época do ano, 
terá grande tendência ao fracasso.
TÓPICO 3 | OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
111
- Quanto às questões de gerenciamento: como, por exemplo, as citadas por 
Heldman (2005, p. 141), “mudanças nas diretivas estratégicas corporativas, 
reorganização das unidades de negócios, demissões e cortes e restrições de 
orçamento”, podem interferir no projeto empresarial.
- Quanto aos atrasos dos fornecedores: caso os fornecedores não cumpram os 
prazos estipulados no cronograma, tal fato afetará o projeto empresarial, seja 
quanto ao seu orçamento ou ao seu resultado final.
• Riscos externos ao projeto: tais riscos fogem do controle da equipe do projeto. 
Questões como incêndios, enchentes, clima, o envelhecimento da tecnologia 
aplicada em seu projeto, entre outros, poderão trazer riscos ao projeto 
empresarial.
• Demais riscos: a complexidade do projeto, as habilidades do gerente do 
projeto e dos demais integrantes também compõem riscos que devem ser 
acompanhados.
Uma ferramenta muito interessante para a identificação de riscos em 
projetos empresariais é a Lista de Verificação dos Riscos Comuns nos Projetos. 
Esta lista de verificação foi elaborada por Heldman (2005) e aborda os principais 
riscos associados às restrições triplas: tempo, recursos e qualidade. 
Na primeira coluna são abordados os tipos de riscos, na segunda coluna 
são apresentados os impactos que tal risco poderá causar ao projeto, e a terceira 
e última coluna serve para que o gerente do projeto indique se avaliou o risco e o 
documentou adequadamente.
Por se tratar de uma lista-guia, os riscos nela listados, bem como seus 
impactos, deverão ser descritos na forma mais específica possível. Além disto, há 
a possibilidade de acrescentar novos riscos que porventura não estejam listados 
na mesma.
QUADRO 9 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DOS RISCOS COMUNS NOS PROJETOS 
Nome do projeto:
Número do projeto:
Nome do gerente do projeto:
Tipo de risco Descreva o impacto ou as características Avaliado
Cronograma do projeto. Aumento no tempo do projeto. 
Orçamentos/ Financiamentos. Aumento de custo. 
Questões de pessoal. Perda de integrantes-chave da equipe, número 
insuficiente de integrantes na equipe do projeto. 
Qualidade. Não atende aos padrões. 
Consenso entre os principais 
stakeholders. Conflitos e atrasos no projeto. 
112
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Mudanças de escopo. Aumento do tempo e dos custos do projeto. 
Planos do projeto.
Aumento do tempo e dos custos do projeto, 
impacto na qualidade, diretivas e comunicações 
ruins.

Metodologia de gerência de 
projeto. Aumento do tempo e dos custos do projeto. 
Risco comercial Imagem pública ruim. 
Risco gerencial. Reorganização resultando na perda de integrantes 
da equipe. 
Problemas com fornecedores. Atrasos nas entregas. 
Riscos do contrato. Atrasos no projeto, aumento dos custos. 
Problemas com a lei. Aumento dos custos, imagem pública ruim. 
Problemas políticos. Imagem pública ruim. 
Risco ambiental. Aumento dos custos, atrasos no cronograma, 
imagem pública ruim. 
Clima ou desastres da 
natureza.
Atrasos no cronograma, atrasos nas entregas, 
aumento dos custos. 
Riscos de tecnologia. Indisponível quando necessária. 
Complexidade do projeto. Inexperiência dos integrantes da equipe. 
Habilidades do gerente do 
projeto. Inexperiência do gerente do projeto. 
Habilidades dos integrantes da 
equipe.
Inexperiência dos integrantes da equipe e falta de 
treinamento. 
FONTE: Heldman (2005, p. 289)
Com o risco identificado, vamos agora verificar como fazer para avaliá-lo 
e analisá-lo.
3 AVALIANDO E ANALISANDO O RISCO
De acordo com Keeling, a avaliação de um risco deve levar em conta 
diversos fatores, que são:
- a natureza do(s) possível(is) risco(s);
- a probabilidade do risco (fatores da probabilidadedo risco);
- as consequências do risco;
- recursos, custos e consequências de se minimizar ou subscrever 
riscos (underwritting	risks). (KEELING, 2006, p. 105).
Avaliar e analisar um risco traz muitos benefícios para um projeto 
empresarial. Dentre estes benefícios, podemos citar uma maior sistematização 
de seu planejamento, uma maior confiança aos executores do projeto e demais 
envolvidos e uma noção quanto à quantificação e consequências que estes riscos 
poderão acarretar ao projeto.
TÓPICO 3 | OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
113
Para Heldman (2005, p. 147), “a análise do risco leva em consideração a 
probabilidade de um risco ocorrer e o impacto que ele pode causar”.
 
Probabilidade se trata da chance que um determinado risco tem de ocorrer. 
Já o impacto se trata do resultado que tal risco trará ao projeto.
Para determinar a probabilidade e seu respectivo impacto é possível 
utilizar uma escala classificando cada evento, atribuindo-lhes os indicadores: 
alta, média ou baixa. Ou ainda, atribuir valores a estas classificações, conforme 
quadro a seguir:
Pontuação Valor
Muito baixo 0,05
Baixo 0,20
Médio 0,40
Grande 0,60
Muito grande 0,80
QUADRO 10 – TABELA DE PONTUAÇÃO DO RISCO
FONTE: Heldman (2005, p.149)
Depois de atribuídos os valores para a probabilidade e para o impacto, os 
mesmos devem ser multiplicados um pelo outro.
ER = PROBABILIDADE X IMPACTO
Veja um exemplo, onde o projeto se trata de uma festa de confraternização 
de fim de ano em uma determinada empresa:
Número do 
Risco Evento Probabilidade Impacto Pontuação do 
Risco
1 Enchente. 0,20 0,80 0,16
2 Ausência de funcionários. 0,40 0,40 0,16
3 Local reservado para dois 
eventos simultaneamente. 0,05 0,80 0,04
4 Chuva no dia do evento. 0,80 0,05 0,04
QUADRO 11 – TABELA DE ANÁLISE DO RISCO
FONTE: Elaborada pela autora com base em Heldman (2005, p.148)
114
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
4 ADMINISTRANDO O RISCO
Administrar o risco acarreta em inúmeros benefícios para um projeto 
empresarial. Heldman (2005, p. 137) aborda alguns destes benefícios, a seguir.
- Ele o ajuda a identificar no início do processo as possíveis interrupções 
e desenvolve planos e estratégias para reduzir ou evitar o impacto 
causado por essas interrupções.
- Ele o ajuda a identificar as oportunidades potenciais e a tirar 
vantagens delas, talvez até mesmo criando projetos totalmente 
novos a partir das oportunidades surgidas ao longo do processo de 
gerenciamento de riscos.
- Ele lhe permite reduzir as revisões e manter o orçamento do projeto 
sob controle.
- Ele lhe permite ser proativo, em vez de reativo, o que aumenta a sua 
credibilidade e a sua reputação entre os stakeholders.
- Ele aumenta a probabilidade de sucesso do projeto.
Administrar o risco de um projeto requer alguma postura frente ao 
mesmo, seja minimizando-o, evitando-o ou mesmo elaborando planos para lidar 
com eles.
As principais estratégias para controlar os riscos são: aceitação, prevenção, 
transferência, mitigação.
• Aceitação: esta estratégia não requer qualquer tipo de planejamento, porque 
ela indica que, caso o risco venha a acontecer, o projeto se manterá em seu 
curso sem nenhum tipo de alteração.
• Prevenção: esta estratégia requer um plano contingencial que evite o impacto 
do risco sobre o projeto ou, mesmo, que o elimine.
• Transferência: esta estratégia não elimina o risco, nem mesmo seu impacto 
sobre o projeto, ela apenas terceiriza a responsabilidade do mesmo para 
outros, contratando fornecedores especializados na resolução daqueles 
riscos, como, por exemplo: uma seguradora é responsável pelo risco de um 
acidente de carro.
• Mitigação: esta estratégia procura diminuir a probabilidade de um risco ou 
de seu impacto a um nível tolerável, como, por exemplo: antecipar o horário 
de chegada dos convidados de um evento para que todos estejam no local a 
tempo de iniciá-lo no horário previsto. (HELDMAN, 2005, p.154).
 
Com o intuito de minimizar os erros e seus respectivos riscos de ocorrência, 
Roldão (2007, p. 76) lista os “princípios em gestão de projetos”, que são:
TÓPICO 3 | OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
115
1. Integração
- alinhar o projeto com os objetivos da organização, criando uma visão 
comum.
2. Focar nos resultados e motivar
- definir objetivos a serem atingidos;
- empenho.
3. Gerir por meio do Breakdown
- delegando responsabilidades;
- definindo tarefas;
- equilibrando objetivos entre áreas.
4. Planejamento e controle
- utilizar instrumentos simples;
- estimar com realismo.
5. Equilibrar objetivos com o exterior
- entre o cliente e o contratante.
6. Adotar uma gestão e um sistema de informação simples
- visibilidade;
- clareza;
- integrar planos e relatórios. (ROLDÃO, 2007, p. 76).
5 RESPONDENDO AO RISCO
Conhecendo os riscos, é preciso desenvolver um plano de respostas, também 
chamado de planejamento para contingências, a eles, ou seja, determinar qual será 
a postura e as ações a serem tomadas caso algum risco aconteça efetivamente. Neste 
plano de respostas é importante destacar quem serão os indivíduos responsáveis 
pela administração do risco e suas responsabilidades perante o mesmo.
Planejamento para contingências, segundo Heldman (2005, p. 154), “é um 
processo de planejamento para riscos conhecidos que ajuda a garantir o sucesso 
do projeto se um evento de risco acontecer”. Neste planejamento devem ser 
definidas estratégias para lidar com os riscos e seus respectivos impactos caso os 
mesmos se realizem.
É importante que o orçamento quanto ao plano de contingências seja 
abordado no orçamento do projeto.
 
Agora então podemos conhecer a lista de verificação proposta por 
Heldman (2005, p. 155), disposta no plano de gerenciamento de riscos. O plano 
de gerenciamento de riscos deve conter:
• Identificação dos riscos.
• Análise dos riscos a fim de determinar a probabilidade de ocorrência 
do mesmo.
• Análise dos riscos a fim de determinar o seu impacto no projeto.
• Cálculo de sua pontuação para determinar os riscos mais 
emergenciais e que necessitam de respostas detalhadas.
• Planos de respostas detalhados e alocação de recursos caso o risco 
se realize.
• Plano de contingências com seus respectivos responsáveis e 
responsabilidades.
• Documentação de todos estes fatores no plano do projeto.
116
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
A (in) GESTÃO DE RISCOS
Wilson A. de Freitas 
Como diz o bom conselho: “Uma grama de prevenção vale um quilo de 
cura”. Nos projetos existe uma série de incertezas quanto ao cronograma, ao 
custo e à qualidade do produto final. Como estas incertezas, que a partir daqui 
podemos nominar de riscos, podem ser gerenciadas?
O gerenciamento de risco é o meio pelo qual estas incertezas são 
sistematicamente gerenciadas para garantir que os objetivos (prazo, custo e 
qualidade) do projeto sejam alcançados. É importante ressaltar que os objetivos do 
projeto não se limitam apenas à tríplice restrição, mas esta é uma outra discussão.
A ação sistemática de trabalhar nos riscos do projeto é o grande diferencial, 
pois o enfoque e a continuidade aumentam a capacidade de identificação, controle 
e redução dos riscos.
Os princípios de gerenciamento do risco podem ser aplicados a todos os 
aspectos do negócio e a todos os ramos de atividade, não ficando limitados ao 
mundo dos projetos ou mesmo da área de engenharia ou tecnologia. A gestão 
de risco já está inserida há muito tempo no mundo dos negócios, em setores 
como seguros, energia atômica, petrolífera, entre outros. Estas empresas criaram 
ao longo do tempo uma cultura de gestão do risco e praticam esta cultura, pois 
entendem que esta é fundamental para o seu negócio.
A importância do gerenciamento de risco agora é evidente no mundo 
todo. Uma gestão mais eficiente dos riscos, por exemplo, poderia ter evitado 
grandes prejuízos a acionistas e investidores nestes tempos de crise financeira.
Muitos gerentes de projetos já chegaram à conclusão de que a gestão 
de risco éa ferramenta que lhes permite se sobressair perante outros, pois 
proporciona capacidade de tomar ações sobre circunstâncias que levariam o 
projeto a comprometer seus objetivos.
Em uma visão mais abrangente, poderíamos dizer que o papel principal 
do gerente de projetos é gerenciar riscos. O gerente de projetos trabalha para 
evitar o risco de o cronograma atrasar, risco de o custo ficar além do esperado, 
risco de o produto ser entregue com falhas.
Mesmo com a responsabilidade maior sobre o gerente de projeto, o 
gerenciamento do risco é uma atividade da equipe, pois permeia todos os outros 
planos e ações do projeto. Entretanto, é de sua responsabilidade liderar e manter 
a gestão de risco como cultura operacional do projeto e levar à alta administração 
a importância de se gerir riscos.
TÓPICO 3 | OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
117
O gerenciamento de risco, mais do que estabelecer margens de risco, 
deve influenciar as decisões e planejamento do projeto. Podemos entender que, 
metodologicamente, os planos do projeto são as entradas para o processo de 
gestão do risco, mas o gerenciamento do risco é bem mais complexo do que isso.
Na gestão moderna de projetos, os gerentes de projeto têm tratado o 
gerenciamento de risco de forma burocrática e procedimental, onde a gestão de 
risco se reduz a (1) identificar o risco, (2) desenvolver respostas ao risco e (3) 
controlar os riscos. O gerente de projeto deve entender que gerir risco é estar além 
de uma lista de possíveis problemas com suas probabilidades e impactos.
O gerenciamento dos riscos analisa os resultados do planejamento, as 
pessoas e as condições do projeto e, de forma crítica, trabalha para encontrar os 
pontos fracos que possam comprometer a entrega do projeto.
O processo de gerenciamento de riscos deve ser contínuo e recorrente 
durante todo o projeto, tendo como resultado a atualização do plano de 
gerenciamento de risco no final de cada fase. Assim será possível a avaliação dos 
riscos de cada fase e as suas consequências no projeto, bem como garantir que 
novos problemas sejam rapidamente identificados e avaliados.
Sempre que o planejamento do gerenciamento de riscos é iniciado, é 
importante ter em mente algumas questões e considerações que o tornarão mais 
consistente e eficaz. Mais do que seguir a clássica abordagem de gestão de risco, 
é importante pensar que, apesar de existir um padrão mínimo, como questões 
contratuais ou legais, o gerenciamento de risco deve ser personalizado a cada 
projeto. O processo de gerenciamento do risco é cíclico, é repetitível durante todo 
o projeto. Sempre que um novo ciclo do projeto for iniciado, o gerente de projetos 
deve considerar:
- Todos os passos e processos estão presentes?
- Os passos estão na ordem correta?
- Os passos têm igual importância?
- O processo está bem estruturado?
- O processo é interativo?
- O processo é contínuo?
- O processo começa logo na fase inicial do projeto?
- O processo é atualizado a cada fase do projeto?
118
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
É incrível como muitas empresas, com suas metodologias próprias ou 
não, deixam de contemplar todos os passos fundamentais na gestão de risco, 
ou, quando estes existem, são tratados de forma displicente, ao ponto de não 
serem tratados com a mesma importância e formalidade; assim, deixam de 
ser alternativas consistentes de mitigação e contingenciamento dos riscos. Por 
exemplo, quando a gestão de risco é tratada como sendo a identificação do risco 
propriamente dito.
O nome de cada etapa do processo de gerenciamento de risco não é 
importante e são eventualmente diferentes de uma metodologia para outra, mas 
o fundamental é que os passos elementares apresentados acima sejam de fato 
executados.
A prática da gestão de risco tem demonstrado que a ausência de alguma 
etapa no processo ou até mesmo a priorização de uma etapa em detrimento de 
outra tem levado a uma menor eficácia, o que muitas vezes induz a equipe e até 
mesmo os executivos da companhia a não darem o devido valor à gestão de riscos.
Segundo o professor Edmund H. Conrow, em seu livro Effective Risk 
Management: Some Keys to Success, “Um processo bem estruturado inclui dados 
iniciais, ferramentas e técnicas claramente definidos, assim como o resultado de 
cada etapa. Também abrange um conjunto de procedimentos para cada processo, 
documentação adequada e orientação para a comunicação de resultados”.
Outro ponto que tem desvalorizado a gestão de risco é o comprometimento 
da liderança do projeto com a gestão dos riscos. A implementação de cima para 
baixo, onde os processos de gerenciamento de risco são considerados durante 
o processo de decisão, assim toda a equipe se sentirá motivada e a cultura de 
gestão de risco irá permear por todo o grupo de trabalho do projeto. Sem um 
compromisso formal e efetivo da gestão do projeto, nos seus diversos níveis, 
a equipe não sentirá a especial importância em uma prática diária à gestão de 
risco. Em se falando de gestão de risco, o exemplo do time de liderança do 
projeto é fundamental.
Por último, a melhor e mais eficiente maneira de gerenciar os possíveis 
riscos do projeto é através da experiência adquirida. Nenhuma metodologia ou 
processo irá substituir a lições aprendidas em projetos anteriores. O conhecimento 
adquirido com projetos anteriores tem se demonstrado uma excelente ferramenta 
de gestão de risco e deve ser aproveitada pelo gerente de projetos e sua equipe.
A gestão dos riscos deve buscar a crítica constante, considerar todas as 
perspectivas possíveis, valer-se das lições aprendidas e, por mais pessimista 
que possa parecer, levar em conta que se algo pode dar errado, vai dar. A lei de 
Murphy deve ser o mantra da gestão de risco.
TÓPICO 3 | OS RISCOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
119
Hoje, os gerentes de projetos possuem qualificação e ferramentas para 
uma gestão de riscos efetiva. Eles têm uma visão mais ampla do projeto e 
conseguem vislumbrar tanto questões de negócio quanto questões técnicas, e o 
mais importante: A alta administração da organização tem dado poderes para tal.
Não podemos deixar que a alta administração entenda a gestão de risco 
como um custo adicional, mas sim como investimento na prevenção e no sucesso 
do projeto.
Durante a execução de um projeto, novos riscos, pequenos ou grandes, 
aparecerão. O sucesso do projeto virá através de gerenciamento constante dos 
riscos e deve ser feito durante toda a vida do projeto.
Então, o que é um bom gerenciamento de riscos? Esta é uma pergunta 
difícil de responder [...]. Por enquanto fica o entendimento de que não gerenciar 
os riscos é o maior risco do projeto. Gerir riscos é gestão de projeto de alto nível.
FONTE: FREITAS, Wilson A. de. A (in)gestão de riscos. O gerente. . Acesso em: 19 set. 2011.
120
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você estudou:
• As diferenças entre riscos e incertezas.
• As formas de se identificar os riscos e analisar seus impactos em um projeto 
empresarial.
• As principais classificações dos riscos: quanto à sua origem e quanto ao 
conhecimento que se tem sobre ele.
• Os erros mais frequentes em projetos empresariais: quanto ao planejamento 
e controle; à sua organização e liderança; às especificações e tecnologias, às 
contratações e negociações e aos sistemas de informação.
• Os riscos mais comuns de um projeto empresarial, que são aqueles relacionados 
à tríplice restrição, aos Fatores Críticos de Sucesso; à comercialização do 
produto resultante do projeto; ao ambiente externo e demais riscos.
• A importância de se conhecer a probabilidade e o impacto do risco.
• As principais estratégias de controle de riscos, que são: aceitação, prevenção, 
transferência e mitigação.
• Além da importância do plano de contingência e do plano de gerenciamento 
de riscos para um projeto empresarial.
121
Exercite o conteúdo estudado, refletindo e respondendo às questõesAUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................149
TÓPICO 2 – OS INDICADORES DE CONTROLE EM PROJETOS EMPRESARIAIS ...........151
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................151
2 INSPEÇÃO E AVALIAÇÃO ..............................................................................................................154
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................157
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................160
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................161
TÓPICO 3 – ADMINISTRANDO OS RESULTADOS E ENCERRANDO O 
 PROJETO EMPRESARIAL ...........................................................................................163
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................163
2 CONTORNANDO MUDANÇAS E AVALIANDO IMPACTOS ..............................................164
3 ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL ............................................................................168
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................171
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................174
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................175
TÓPICO 4 – PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS PARA 
 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE UM PROJETO EMPRESARIAL ..............177
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................177
2 DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS ..........................................................177
2.1 PLANEJAMENTO .........................................................................................................................177
2.2 CONTROLE ....................................................................................................................................181
2.3 ENCERRAMENTO ........................................................................................................................182
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................185
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................188
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................189
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................191
X
1
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE 
PROJETOS EMPRESARIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade você estará apto a:
• diferenciar uma atividade de cunho rotineiro de um projeto empresarial;
• classificar e caracterizar um projeto empresarial;
• identificar os principais envolvidos no planejamento, execução 
e implementação de um projeto empresarial, conhecendo suas 
responsabilidades e competências;
• entender o ciclo de vida de um projeto;
• entender e desenvolver o escopo de um projeto empresarial;
• conhecer todos os passos do planejamento de um projeto empresarial.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos que buscam fazê-lo(a) 
compreender os fundamentos de Projetos Empresariais, tão importantes 
à gestão de uma organização. Em cada um dos tópicos você encontrará 
atividades e leituras complementares que o/a ajudarão a consolidar os 
aprendizados sobre seus respectivos temas, que são:
TÓPICO 1 – CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO 
EMPRESARIAL
TÓPICO 2 – O GESTOR E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
TÓPICO 3 – CICLO DE VIDA E ESCOPO DE UM PROJETO EMPRESARIAL
TÓPICO 4 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE 
UM PROJETO EMPRESARIAL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO 
UM PROJETO EMPRESARIAL
1 INTRODUÇÃO
“Projeto” é uma palavra que costuma estar nas rodas de muitas conversas. 
Perguntas como “Quais são os seus projetos para o próximo ano? Em que projeto 
você está envolvido atualmente? Qual é o seu projeto de vida?” são comuns, não 
é verdade? No entanto, projetos empresariais são compostos por características 
e etapas peculiares, ou seja, que só estão relacionados a eles e que os fazem ser 
diferentes de outras atividades executadas em uma empresa.
Projetos existem há séculos e temos ótimos exemplos de suas realizações, 
se observarmos, por exemplo:
FIGURA 1 – O COLISEU DE ROMA (CONSTRUÍDO ENTRE OS ANOS 68 E 79)
FONTE: . Acesso em: 29 fev. 2012.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
4
FIGURA 2 – A MURALHA DA CHINA (CUJAS OBRAS FORAM INICIADAS EM 221 a.C)
FONTE: . Acesso em: 29 fev. 2012.
FIGURA 3 – A TORRE DE PISA (CONSTRUÍDA DURANTE 177 ANOS NA ITÁLIA E QUE FOI 
CONCLUÍDA POR VOLTA DO ANO DE 1350)
FONTE: . 
Acesso em: 29 fev. 2012.
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL
5
FIGURA 4 – O TAJ MAHAL (LOCALIZADO NA ÍNDIA, TENDO SIDO CONSTRUÍDO ENTRE OS 
ANOS DE 1630 E 1652), ENTRE TANTOS OUTROS
FONTE: . Acesso em: 29 fev. 2012.
Tais projetos não tinham, todavia, algumas das principais características 
que um projeto, como percebido atualmente, possui, como, por exemplo, a 
preocupação com questões como prazos de execução e seus respectivos custos.
Desta forma, neste primeiro tópico nós iremos conhecer os projetos 
empresariais, suas características e conceituações no mundo contemporâneo.
2 PROJETOS EMPRESARIAIS
O primeiro passo a ser dado em busca do aprendizado a respeito de 
projetos empresariais é conseguir distingui-los de uma atividade rotineira de 
uma empresa.
Sabemos que as empresas desenvolvem inúmeras atividades. Algumas 
destas atividades são de cunho rotineiro, também chamadas de process driven 
(dirigidas por processos), atividades funcionais ou programas. Estas atividades 
são caracterizadas por serem de curta duração, desenvolvidas por um indivíduo 
e por ele bem conhecidas, além de não apresentarem uma cronologia muito 
específica e determinada, ou seja, são atividades do cotidiano da empresa. 
Como exemplo de uma atividade de cunho rotineiro, pode-se citar o 
controle dos estoques de uma empresa.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
6
Existem também as atividades inovadoras, chamadas project driven 
(dirigidas por projetos), que são determinadas pelo fato de não serem rotineiras 
e necessitarem de uma mobilização específica com o intuito de realizá-las. Como 
exemplo, podemos citar a implantação de um novo sistema de controle de 
estoques em uma empresa.
As atividades inovadoras são dirigidas por projetos porque necessitam de 
um plano bem formulado, ou seja, um projeto, para que seja possível observar e 
controlar todas as suas etapas. Caso este fato não ocorra, é possível que o projeto 
tenha sua data de término prorrogada ou até mesmo possa ser interrompido e, 
por fim, suspenso. Desta forma, torna-se imprescindível a atenção toda especial 
na estimativa dea seguir:
1 O aniversário de seu grande amigo se aproxima e você foi incumbido de 
organizar sua festa surpresa. Preencha a tabela de análise dos riscos com 
itens diferentes dos apontados na apostila e sugira soluções, ou seja, crie 
um plano contingente, para evitar que os riscos ocorram efetivamente. 
Siga como referência a Tabela de Pontuação do Risco, a seguir:
Plano Contingente:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
AUTOATIVIDADE
Pontuação Valor
Muito baixo. 0,05
Baixo. 0,20
Médio. 0,40
Grande. 0,60
Muito grande. 0,80
Número 
do Risco Evento Probabilidade Impacto Pontuação 
do Risco
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
122
2 Diferencie riscos de incertezas.
 __________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3 Cite os erros mais comuns quanto ao planejamento e controle de um projeto 
empresarial.
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4 Existem, basicamente, duas formas de se classificar os riscos de um projeto 
empresarial. Quais são?
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__________________________________________________________________
5 Em sua opinião, quais são os benefícios que a administração de riscos traz 
ao projeto empresarial?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
123
TÓPICO 4
OS CUSTOS DE UM PROJETO 
EMPRESARIAL
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A análise de custos de um projeto empresarial tem por objetivo manter o 
projeto de acordo com os valores previstos no orçamento aprovado previamente, 
acompanhando e controlando todas as suas despesas.
Sabemos que todo e qualquer projeto demanda uma lista de atividades 
a serem realizadas. Tais atividades demandam recursos, e entre eles está a 
verba necessária ao bom desenvolvimento do projeto empresarial. Sendo assim, 
Maximiano (2010, p. 104) afirma que o “custo envolve três etapas interdependentes: 
planejamento de recursos, estimativa de custos e elaboração do orçamento”. Este 
tripé determina a gestão financeira de um projeto empresarial.
Já falamos, no Tópico 1 desta unidade, sobre os principais recursos 
necessários para o bom andamento de um projeto empresarial, que são: gente 
(pessoal, mão de obra), equipamentos (material permanente), material de 
consumo e serviços de terceiros.
Heldman (2005, p. 180) classifica os custos de um projeto, como sendo: 
“custos de recursos humanos, custos administrativos ou custos dos recursos”.
- Os custos de recursos humanos, como já vimos, estão relacionados a todas as 
pessoas envolvidas no projeto empresarial, e envolverão salários, encargos e 
benefícios (quando existirem). 
- Os custos administrativos são aqueles que dão o suporte ao trabalho executado 
no projeto empresarial. Os custos com instalações, contas telefônicas, papel 
para copiadora, entre outros, se encaixam neste grupo.
- Os custos dos recursos estão relacionados às atividades específicas de um 
projeto, como, por exemplo, viagens, o aluguel de algum equipamento 
específico, entre outros.
124
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Além desta forma de classificação específica para projetos, de maneira 
geral, os custos podem ser classificados como: diretos e indiretos.
• Custos diretos: todo e qualquer custo relacionado diretamente ao projeto é um 
custo direto. Exemplos: salários, treinamentos, aluguel de equipamentos etc.
• Custos indiretos: custos que não estão relacionados apenas ao projeto. 
Exemplos: gerentes da empresa que auxiliarão em alguma atividade, mas que 
não compõem a equipe do projeto empresarial.
Duffy (2006, p. 54) faz uma listagem de categorias que devem ser levadas 
em conta para se determinar o custo real de um projeto empresarial, que são:
• Pessoal – Em geral, este item engloba a maior parte do orçamento. Verifique 
se você incluiu tanto o custo de seus atuais funcionários quanto o custo de 
quaisquer elementos temporariamente contratados.
• Deslocamento – Todos são funcionários “da casa” ou será necessário trazer 
gente de outras localidades?
• Treinamento – Todo mundo sabe como utilizar todos os equipamentos 
necessários para a conclusão do projeto? Os membros de sua equipe têm 
todas as qualificações necessárias? O eventual treinamento será realizado 
“em casa” ou implicará deslocamento?
• Suprimentos – Será necessário algum equipamento especial ou inusitado, 
além dos computadores, do software e dos materiais de consumo como papel 
e lápis, já existentes na empresa?
• Espaço – As pessoas terão que ser transferidas de local? Qual será o espaço 
necessário e quanto custará a redistribuição do pessoal?
• Pesquisa – Você terá de comprar estudos ou dados que embasem esse 
projeto? Quantas pesquisas sua equipe terá de realizar por conta própria? 
Quanto isso vai custar?
• Despesas de capital – Quais serão as necessidades em matéria de outros 
equipamentos ou as atualizações técnicas onerosas? Parte do gasto de capital 
será autofinanciado? De que forma?
• Despesas indiretas – Quais serão os custos fixos projetados? Certifique-se de 
que eles se enquadram nos percentuais de custos fixos normais da empresa. 
(DUFFY, 2006, p. 54).
Existem ainda os custos da qualidade que, segundo Heldman (2005, p. 
176), se referem ao “custo para produzir o produto ou serviço do projeto, de 
acordo com os padrões de qualidade definidos no plano”.
TÓPICO 4 | OS CUSTOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
125
Existem três custos que estão associados aos custos da qualidade, veja:
Custos de avaliação – Incluem os custos para avaliar o produto ou 
o processo para garantir que os requisitos estão sendo atendidos. Os 
custos de inspeção e teste são os custos de avaliação típicos.
Custos de prevenção – Estão associados à eliminação de defeitos 
no produto final. Esses custos geralmente estão presentes no início 
do processo e incluem fatores como planejamento de qualidade, 
treinamento e revisão de produto.
Custos de falhas – Esses são os custos nos quais você irá incorrer 
quando as coisas não saírem conforme o plano. Quando os requisitos 
dos clientes não são satisfeitos enquanto o projeto ainda está sob 
controleda empresa, as despesas decorrentes são consideradas custos 
de falha internos. Os custos de falha externos ocorrem quando o 
produto chegou ao consumidor e ele informa a você que os requisitos 
não foram atendidos. (HELDMAN, 2005, p. 177).
Agora, verificaremos as formas de estimar os custos com base nas 
especificidades destes recursos.
2 ESTIMATIVA DE CUSTOS
As estimativas de custos para se desenvolver o orçamento de um projeto 
mais utilizadas são: a estimativa análoga, a estimativa “bottom-up” e a estimativa 
paramétrica, que podem ser usadas simultaneamente.
• Estimativa análoga: segundo Heldman (2005, p. 185), “estabelece uma 
estimativa para o projeto com base nos custos reais de projetos anteriores 
semelhantes em tamanho e escopo ao projeto que está sendo estimado”, e não 
é uma técnica muito precisa.
• Estimativa “bottom-up”: que, segundo Heldman (2005, p. 185), “estabelece 
estimativas individuais para cada tarefa e as totaliza para definir a estimativa 
total do projeto”.
• Estimativa paramétrica: para Heldman (2005, p. 285), “é de base quantitativa e 
multiplica o número de unidades pelo custo para definir a estimativa”.
Segundo Maximiano (2010, p. 107): 
cada um dos recursos tem custo unitário. Por exemplo, a hora de 
trabalho de um funcionário da produção é igual ao custo total mensal 
do funcionário (incluindo encargos sociais, benefícios e outros 
custos) dividido pelo número médio de horas de trabalho por mês. 
(MAXIMIANO, 2010, p.107).
Em um projeto empresarial, a estimativa de custos de cada uma das 
atividades também pode ser calculada desta forma, ou seja, multiplicar o custo 
unitário de cada recurso pela quantidade necessária de unidades do mesmo 
(estimativa paramétrica).
126
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Vejamos um exemplo:
Para a realização do projeto X a empresa Y necessita contratar dois 
programadores de sistemas que trabalhem 300 horas.
Inicialmente, será necessário determinar o salário deste profissional 
acrescido dos valores referentes aos encargos e benefícios. Digamos que esta 
análise gere o valor de R$ 8.000,00. 
O custo da hora da mão de obra desta atividade será calculado da 
seguinte forma:
1 Valor do salário (com encargos e benefícios) dividido pelo número de horas 
trabalhadas ao mês (que seriam 176 horas, onde o programador trabalhará 22 
dias ao mês, sendo oito horas por semana). Então: 8.000 / 176 = R$ 45,45 (custo 
da hora de cada programador).
2 Custo da hora de cada programador multiplicado pelo número de horas 
necessárias para a execução da atividade prevista. Então: 45,45 x 300 = R$ 
13.635,00 (custo total de cada programador).
3 Custo total de cada programador multiplicado pelo número de programadores 
necessários ao projeto. Então: 13.635 x 2 = R$ 27.270,00 (custo total da mão de 
obra desta atividade).
A cada atividade deverá ser feita esta estimativa de custos. Assim:
Projeto X – Custos 
Mão de obra R$ 27.270,00
Equipamentos (material permanente) R$ 10.000,00
Material de consumo R$ 1.500,00
Produtos e serviços de terceiros R$ 2.000,00
TOTAL R$ 40.770,00
QUADRO 12 – TABELA DE ESTIMATIVA DE CUSTOS 
FONTE: Elaborada pela autora com base em Heldman (2005, p.107)
Após definir todos os custos individuais e somá-los, teremos o custo direto 
do projeto. 
Vejamos a tabela proposta por Heldman, onde o autor demonstra os 
custos desdobrando-os em categorias e atividades (com a respectiva descrição da 
atividade) de um projeto empresarial.
TÓPICO 4 | OS CUSTOS DE UM PROJETO EMPRESARIAL
127
Define os 
recursos 
materiais
Define os 
recursos 
humanos
Define 
necessidades 
de viagens
Atividades Descrição Duração 
(semanas)
Custo dos 
recursos 
materiais 
($)
Custo dos 
recursos 
humanos 
($)
Despesas de 
viagem ($)
Custo total 
dos recursos 
por atividades 
($)
A Selecionar 3 500 1.000 600 2.100
B Criar 5 2.000 2.000 1.000 5.000
C Determinar 3 200 800 800 1.800
D Projetar 4 1.000 2.000 1.800 4.800
E Reformar 8 15.000 7.000 10.000 32.000
F Selecionar 2 200 600 200 1.000
G Contratar 4 2.000 500 300 2.800
H Mudar 2 3.000 2.000 2.000 7.000
I Abrir 5 1.000 2.000 1.000 4.000
J Treinar 3 10.000 5.000 15.000 30.000
K Comprar 3 800 200 500 1.500
TOTAL 35.700 23.100 33.200 92.000
 QUADRO 13 – TABELA DE CUSTOS POR ATIVIDADES
FONTE: Heldman (2005, p.108)
3 ORÇAMENTOS
Segundo Heldman (2005, p. 179), orçamento é “uma lista itemizada dos 
gastos estimados necessários para a conclusão do trabalho do projeto”, ou seja, 
no orçamento deverão estar listados todos os recursos e materiais necessários ao 
projeto, com seus respectivos custos estimados.
Para a realização e definição do orçamento é necessário que se siga os 
seguintes passos:
1. Revise os documentos do planejamento.
2. Defina estimativas de custos e integre-as ao cronograma do projeto.
3. Submeta o orçamento à aprovação do patrocinador e do comitê do 
projeto.
4. Comunique a aprovação do orçamento aos integrantes da equipe e 
aos stakeholders apropriados.
5. Atribua o código de contas aos elementos da EAP, se isso não tiver sido 
feito.
6. Arquive o orçamento no caderno do projeto. (HELDMAN, 2005, p. 182).
É importante considerar no orçamento um valor reserva para as 
contingências, ou seja, um valor que cubra eventualidades inesperadas, bem 
como a análise de custos quanto à qualidade do projeto. Então, ao elaborar o 
orçamento, considere a listagem de riscos que já conhecemos anteriormente, além 
das estratégias referentes à qualidade.
O orçamento se trata da linha de base dos custos, ou seja, é com base no 
orçamento que se fará um comparativo do que realmente foi gasto no projeto e o 
que o orçamento previa.
128
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Sendo assim, o gerenciamento de custos do projeto se fará também com 
base no orçamento que foi proposto.
4 GERENCIANDO CUSTOS
Existem basicamente três processos que auxiliam no gerenciamento dos 
custos, são eles:
- Estimativa dos custos – elaboração de uma aproximação (estimativas) 
dos custos dos recursos necessários para a conclusão das atividades do 
projeto.
- Orçamentação – agregação dos custos estimados de atividades 
individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base 
dos custos.
- Controle dos custos – controle das mudanças do orçamento do 
projeto e dos fatores que criam as variações de custos. (DINSMORE, 
2005, p. 114).
É necessário que se acompanhe os custos no decorrer do projeto, a fim de 
evitar o descontrole dos mesmos, além de realizar os ajustes necessários em seu 
planejamento.
Segundo Dinsmore (2005, p. 116), “ultrapassar a previsão de custo de 
uma determinada atividade pode requerer ajustes nos recursos humanos, na 
necessidade ou não de horas extras, ou no balanceamento entre o orçamento e os 
objetivos de prazo do projeto”. 
Além disso, é possível, por meio deste controle, antecipar-se aos problemas 
tomando ações corretivas no projeto.
Duffy (2006, p. 65) cita algumas contingências para as quais o gerente de 
projetos deve ficar atento, para que o projeto empresarial não estoure o orçamento 
previsto. São elas:
- inflação inesperada durante um projeto de longo prazo;
- deixar de ponderar as taxas de câmbio ou de prever inesperada 
flutuação nas taxas de câmbio;
- não exigir preços firmes, junto aos fornecedores e subempreiteiros;
- previsões baseadas em diferentes métodos de avaliação de custos, 
como, por exemplo, horas versus dólares;
- despesas imprevistas com pessoal, inclusive horas extras, para 
manter o projeto dentro do cronograma;
- necessidades de espaço inesperadas;
- custos de treinamento inesperados;
- honorários de consultores, para resolver problemas não previstos. 
(DUFFY, 2006, p. 65).
No entanto, há ainda a possibilidade do surgimento de algumas 
contingências que farão com que o custo real seja inferior ao previsto no orçamento, 
são elas: “dispêndio de capital abaixo do previsto; taxas de juros inferiores àquelas 
previstas; número de funcionários aquém do esperado”. (DUFFY, 2006, p. 67).
TÓPICO 4 | OS CUSTOSDE UM PROJETO EMPRESARIAL
129
LEITURA COMPLEMENTAR
CONSÓRCIO MODULAR DA VW EM RESENDE
Armando Terribili Filho 
A gestão de custos em projetos é tarefa árdua e árida para os gerentes de 
projetos, incluindo variáveis que devem ser consideradas: (1) nem sempre quem fez 
a estimativa dos custos no passado é o mesmo profissional que gerencia o projeto 
no momento; (2) nem sempre as estimativas são realistas, ou seja, muitas vezes, 
para viabilizar uma aprovação interna, subestimam-se intencionalmente alguns 
custos do projeto, ou, no caso de projeto vendido por empresa de consultoria a 
cliente, a mesma “infração” ocorre com vistas a ganhar o negócio; (3) por vezes, 
os sistemas de informação disponíveis como instrumental de apoio ao gerente de 
projetos são precários, obsoletos e pouco confiáveis; e, (4) falta de cultura interna 
(inclusive, dos sponsors de projetos) para utilização de indicadores de desempenho 
de custos em projetos.
A lista ainda poderia ser estendida. Um dos itens que causa preocupação é 
a questão do valor de contingência para o projeto. O tema está associado a riscos, 
que representam algo que pode ou não ocorrer em um projeto. Dado importante: 
um risco é algo que ainda não ocorreu (se tivesse ocorrido seria realidade e não 
risco) e que tem alguma chance de acontecer (se a probabilidade fosse zero, o risco 
não existiria mais).
O que não se pode negligenciar é que, se um risco ocorre, com certeza, 
trará uma série de prejuízos ao projeto em termos de tempo, qualidade e custos. 
Os riscos podem ter sua origem na área de Recursos Humanos, como: perda de 
profissionais-chave no projeto, atrasos no processo de contratação de mão de obra, 
verba para treinamento e capacitação não aprovada, subcontratação planejada no 
desenho do projeto não autorizada pela corporação devido à crise atual etc. Os 
riscos podem também ter sua origem em alterações de preços (passagens aéreas, 
hotéis, aluguéis de veículos etc.), na variação cambial, no custo emergencial para 
adequar a voltagem elétrica em um estande em uma feira internacional etc.
Por outro lado, os riscos previstos podem ser gerenciados através de 
abordagens já conhecidas, como: evitar o risco (avoidance), reduzindo o impacto ou a 
probabilidade de ocorrência (mitigation), contratar um seguro para o risco (transference) 
e elaborar plano de contingência, o qual é disparado caso o risco se torne realidade 
(acceptance). Todo risco, diante de suas características, do impacto que pode causar 
no projeto e da probabilidade de ocorrência, deve ter uma abordagem específica. 
Estes dois fatores (impacto e probabilidade) determinam o grau de severidade 
de um risco. Nas best practices do PMI (Project Management Institute) ainda há a 
abordagem do acceptance passive, ou seja, mesmo sabendo que o risco existe, opta-se 
intencionalmente por nada fazer... (talvez orar, para os crédulos).
130
UNIDADE 2 | GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
Mas, o que chama atenção na questão de riscos em projetos é como eles são 
“orçados”, ou seja, como é calculado o valor da contingência. Vê-se que empresas 
adotam como padrão determinados percentuais com base em suas experiências 
passadas, tais como: 5%, 8% ou 10%. Não há metodologia alguma que defina 
estes patamares, apenas a experiência prévia e vivência profissional de gerentes e 
diretores de projetos. Aí, resta “ficar na torcida” para que os riscos não ocorram, 
ou, caso ocorram, que haja contingência financeira suficiente para suportá-los.
O cálculo do valor da contingência deveria ser apurado através do somatório 
dos produtos entre probabilidade do risco ocorrer pelo impacto financeiro que 
pode causar ao projeto — para cada um dos riscos identificados. Por exemplo: se 
há risco de atraso na contratação de um profissional de comunicação, trazendo 
um impacto de 40 mil reais ao projeto em função do não cumprimento pontual 
do processo de divulgação — com probabilidade de 15% de isso acontecer, então 
a contingência deveria ser de 6 mil reais. Evidentemente que o impacto financeiro 
(os 40 mil reais) pode ser calculado com razoável nível de precisão, entretanto, 
a probabilidade (os 15%) é algo mais intuitivo, com base na experiência dos 
profissionais que identificaram o risco, o qualificaram e o quantificaram.
O montante final de contingência, que é o somatório da verba estimada 
para cada risco, suporta os custos (ou parte) dos riscos que se tornam realidade 
no transcorrer do projeto. O maior problema é relativo aos riscos não identificados 
ou não previstos, que surgem de repente, sem prévio aviso e que causam danos 
consideráveis ao projeto.
Assim, gerenciar riscos não é tarefa fácil para o gerente de projetos, 
sobretudo porque é algo dinâmico, ou seja, novos riscos podem ser identificados 
em tempo de execução do projeto, bem como deixar de existir. Porém, há uma 
certeza: trabalhar com quantificação financeira de riscos e seu gerenciamento é 
mais profissional, seguro e preciso que trabalhar com os convencionais 5%, 8% 
ou 10%, propiciando ao gerente de projetos uma gestão financeira mais sólida e 
mais realista. Só assim a gestão de custos do projeto terá uma integração efetiva 
com a gestão de riscos.
FONTE: TERRIBILI FILHO, Armando. Gestão de custos e riscos em projetos. Artigonal, São Paulo. 
2009. . Acesso em: 19 set. 2011.
131
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você estudou:
• Classificações de custos: custos de recursos humanos, custos administrativos e 
custos dos recursos e custos diretos e indiretos.
• As categorias a serem consideradas na determinação dos custos de um projeto 
empresarial, que são: pessoal, deslocamento, treinamento, suprimentos, 
espaço, pesquisa, despesas de capital e despesas indiretas.
• Os custos referentes à qualidade do projeto empresarial, que são: de avaliação, 
de prevenção e de falhas.
• As estimativas de custos: análoga, bottom-up e paramétrica.
• O cálculo básico de estimativa de custos por atividade e por projeto.
• Os passos para realização e definição de um orçamento de projeto empresarial.
• Os processos básicos que auxiliam o gerenciamento de custos de um projeto 
empresarial: estimativa de custos, orçamentação e controle de custos.
• As contingências positivas e negativas que podem interferir nos custos de um 
projeto empresarial.
132
Responda às questões a seguir:
1 Cite e explique as classificações abordadas neste tópico acerca dos custos de 
um projeto empresarial.
 __________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2 Quais são os passos que devem ser seguidos para a definição de um 
orçamento de um projeto empresarial?
 __________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3 Cite as contingências positivas e negativas que podem interferir nos custos 
de um projeto empresarial.
 ____________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
AUTOATIVIDADE
133
UNIDADE 3
CONTROLANDO E CONCLUINDO 
O PROJETO EMPRESARIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade você estará apto a:
• identificar os stakeholders de um projeto empresarial;
• conhecer a importância da comunicação, bem como suas principais 
ferramentas para aplicação em um projeto empresarial;
• conhecer os controles proativo ou reativo e seus indicadores para o 
sucesso do projeto empresarial;
• observar os tipos de inspeções para projetos de pequeno e grande portes;
• diferenciar a etapa de controle da etapa de avaliação;
• conhecer algumas possíveis mudanças que um projeto empresarial é capaz 
de enfrentar e avaliar os impactos decorrentes de eventuais mudanças e 
contorná-los.
• executar o encerramento de um projeto empresarial de maneira adequada 
e conhecendo os principais documentos, instrumentos e ferramentas para 
planejamento, implementação e controle de um projeto empresarial.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos que o/a levarão à compreensão 
dos aspectos ligados ao acompanhamento e à conclusão de um projeto 
empresarial, demonstrando a importância da comunicação nestas fases, 
bem como as ferramentas, indicadores e documentos que auxiliam um 
gestor neste processo. Além disso, em cada um dos tópicos você encontrará 
atividades que o ajudarão a consolidar os aprendizados sobre estes assuntos.
TÓPICO 1 – A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS 
EMPRESARIAIS
TÓPICO 2 – OS INDICADORES DE CONTROLE EM PROJETOS 
EMPRESARIAIS
TÓPICO 3 – ADMINISTRANDO OS RESULTADOS
TÓPICO 4 – PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E 
FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE 
DE UM PROJETO EMPRESARIAL
134
135
TÓPICO 1
A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE 
PROJETOS EMPRESARIAIS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Como já vimos na Unidade 1 deste Livro de estudoss, comunicação se 
trata de um intercâmbio de informações entre um emissor e um receptor, tendo 
como centro desta relação uma mensagem específica a ser transmitida. Para que 
essa troca de mensagens seja feita eficientemente, é preciso que se dê especial 
atenção aos métodos de transmiti-la, ou seja, por meio da comunicação verbal 
ou escrita, bem como da hierarquia que irá definir como o fluxo de comunicação 
acontecerá, ou seja, fluxo descendente, ascendente ou horizontal (lateral).
Para aprofundarmos estas questões referentes à comunicação, a fim de 
potencializarmos os resultados positivos de um projeto empresarial, vamos 
conhecer os stakeholders, que, por serem os interessados e envolvidos do projeto, 
incorporarão os papéis de emissores e receptores de mensagens de um projeto 
empresarial. Em seguida, ampliaremos nossos conhecimentos acerca dos 
fluxos de comunicação e outros aspectos, além de conhecermos as ferramentas 
comunicacionais disponíveis nos ambientes de trabalho.
2 OS STAKEHOLDERS
Segundo Heldman (2005, p. 63), “os stakeholders são as pessoas ou 
organizações que investem em seu projeto. Elas têm algo a perder ou ganhar 
com o resultado do projeto, [...] podem vir de todas as áreas da organização e 
também podem ser pessoas de fora da organização”.
Dentre os stakeholders de um projeto empresarial, destacam-se: o 
gerente do projeto, o patrocinador, os gerentes funcionais, a equipe do projeto, 
o cliente, os fornecedores, entre outros atores que, eventualmente, participam 
e/ou tenham interesse nos resultados do mesmo. 
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
136
Entre os participantes internos incluem-se os gerentes de projeto, 
membros da equipe e empregados, que geralmente precisam e também geram 
grande parte do detalhe e o maior volume da comunicação. São fáceis de 
identificar e suas necessidades requerem cuidadosa consideração.
Participantes externos, como, por exemplo, órgãos governamentais 
diretamente interessados no projeto, avalistas, financiadores, banqueiros ou 
empreiteiros, também estarão diretamente envolvidos, mas seus interesses 
podem ser mais seletivos e, em alguns casos, a natureza e a extensão de seu 
interesse podem ser menos óbvias para o gerente.
Às vezes, é difícil identificar participantes que se encontram em 
atividades de apoio ao projeto. É importante descobrir, logo de início, quem são 
essas pessoas, porque, se os seus interesses forem ignorados, alguns poderão 
emergir mais tarde, com resultados desagradáveis. (KEELING, 2006, p. 276).
Percebe-se de grande importância conhecer os stakeholders de um projeto 
empresarial e identificar o tipo de informação que cada um deverá receber 
ao longo da execução do mesmo. Questões culturais e de linguagem também 
precisam ser observadas com atenção, para que não se crie ruídos na comunicação 
entre os interessados. Uma forma de melhor verificar as especificidades que a 
interação com cada um dos diversos stakeholders demandará é segmentando estes 
interessados.
Keeling (2006, p. 271) segmenta os stakeholders em três grandes grupos: o 
periférico externo, os periféricos ao projeto e os interessados internos. Segundo 
este autor, cada grupo de segmento é composto pelos seguintes interessados:
O periférico externo pode incluir:
- Representantes do público em geral.
- Governo municipal, estadual e federal.
- Residentes locais.
- Ambientalistas.
- Órgãos de consultoria ou bem-estar social.
- Companhias de transporte e comunicações.
- Sociólogos, tecnólogos etc.
- Interesses industriais ou comerciais de alguma forma relacionados aos 
resultados do projeto.
- Pessoas físicas com interesses adquiridos relacionados aos resultados do 
projeto.
- Sindicatos de trabalhadores ou organizações patronais.
- Grupos étnicos ou nacionalistas.
- Forças de segurança, defesa ou agências de aplicação da lei.
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
137
O periférico ao projeto pode incluir:
- Fiadores.
- Missões diplomáticas, embaixadas, PNUD etc.
- Departamentos governamentais envolvidos.
- Banqueiros ou financiadores do projeto.
- Empreiteiros e fornecedores.
- Gerentes de projetos associados.
- Alfândegas, impostos sobre consumo, imposto de renda, agência de 
corretagem.
- Diretores e funcionários da empresa (particularmente no caso de projetos 
internos relacionados a mudanças).
Os interessados internos podem ser:
- Líderes de equipes.
- Gerentes.
- Consultores, especialistas e conselheiros.
- Pessoal de produção e de outras áreas.
- Pessoal administrativo e de apoio.
- Empreiteiros em tempo integral ou BOT. (KEELING, 2006, p. 271).
Agora, vamos ver de que forma as organizações poderão interagir e se 
comunicar com estes diversos segmentos de interessados.
3 COMUNICAÇÃO
São chamadas de comunicação organizacional integrada as comunicações 
relacionadas às diferentes modalidades de comunicação que uma organização 
pratica. Veja o diagrama a seguir, proposto por Kunsch.
FIGURA 23 – COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL INTEGRADA
FONTE: Kunsch (2008, p.114)
Venda pessoal
Marketing direito
Merchandising
Publicidade
Promoção de vendas
Feiras e exposições
RELAÇÕES PÚBLICAS 
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
O MIX DA 
COMUNICAÇÃO 
NAS ORGANIZAÇÕES
MARKETING 
COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA
COMUNICAÇÃO INTERNA
COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA
Processo comunicativo
Fluxo informativos
Redes Formais e informais 
Barreiras
Mídias internas
Marketing social
Marketing cultural
Jornalismo empresarial
Assessoria de imprensa
Identidade corporativa
Editoração multimídia
Publicidade institucional
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
138
Analisando o diagrama de Kunsch (2008), podemos observar a 
necessidadeda integração entre os tipos de comunicação propostos pela autora. 
As comunicações internas, institucional e mercadológica devem estar em 
sintonia, na busca por resultados positivos para a organização. Quando tratamos 
dos Projetos Empresariais, este fato não deve ser esquecido e, por este motivo, 
explicaremos agora cada um dos tipos de comunicação propostos por Kunsch.
• A Comunicação Institucional tem por objetivo a criação de uma boa reputação 
da organização perante todos os interessados em seus projetos e demais 
integrantes da sociedade.
• A Comunicação Mercadológica tem por principal objetivo convencer seu 
público-alvo a consumir todos os produtos resultantes de seus projetos, ou 
seja, conversar com o mercado consumidor de forma geral.
• A Comunicação Administrativa ou Interna tem por objetivo fazer com que 
todos os setores e departamentos de uma organização consigam aplicar com 
eficiência as estratégias de comunicação para que seus projetos evoluam 
adequadamente.
As interações no que se refere às relações humanas, sejam estas no campo 
pessoal ou no meio profissional, exigem comunicação e diálogo. Quanto mais 
abertas, claras e objetivas forem estas interações, menor será a distância entre os 
indivíduos participantes destas relações e melhor será o fluxo das informações. Este 
fato gera inúmeros resultados positivos a uma organização, refletindo diretamente 
no que se refere aos projetos empresariais. Aspectos como: 
- melhoria da eficiência nas tarefas;
- aumento no alinhamento entre os indivíduos da organização;
- aumento da agilidade dos processos;
- geração de sentimentos de motivação e pertinência;
- melhoria no clima organizacional, entre outros, são alguns dos benefícios 
citados em diversas pesquisas já aplicadas nesta área.
Já a omissão de informações ou até mesmo a incompreensão de algumas 
delas são aspectos que podem acarretar inúmeros problemas no gerenciamento 
de um projeto empresarial, como, por exemplo: 
- falhas nos treinamentos dos envolvidos;
- negociações malsucedidas;
- reuniões ineficientes e mal conduzidas;
- conflitos entre os integrantes do projeto, entre outros.
Gestos, palavras expressas oralmente, palavras escritas e a utilização 
de diversos suportes técnicos acrescidos de muita tecnologia, determinam a 
capacidade de comunicação do homem atual, bem como sua conectividade com 
o mundo em constante mudança.
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
139
As organizações onde diversos indivíduos cumprem suas atividades 
profissionais fazem uso de inúmeras ferramentas com o intuito de formalizar 
o fluxo de informações entre setores e departamentos. Regulamentos, direitos 
e deveres, normas, procedimentos, missões, visões, entre outros, precisam ser 
informados e entendidos por todos aqueles que integram, participam ou têm 
qualquer tipo de interesse ou envolvimento no projeto empresarial, ou demais 
atividades existentes em uma empresa. Sendo assim, é de grande importância 
focarmos na comunicação interna e entendermos suas características específicas, 
diminuindo assim a criação de ruídos no processo comunicativo.
Silva Neto (2010, p. 57) lista algumas sugestões que buscam evitar a 
ocorrência de ruídos pela própria empresa, veja:
- mapear e conhecer as audiências internas;
- monitorar a eficiência dos canais e o nível de retenção de mensagem 
que eles proporcionam;
- segmentar os veículos conforme seu conteúdo, periodicidade e 
formato, direcionando-os adequadamente às diversas audiências;
- utilizar uma linguagem acessível, evitando o uso de termos e siglas 
que não sejam de domínio dos colaboradores;
- exercer a repetição das informações de maneira inteligente para que 
não haja desgaste do canal ou do conteúdo;
- fazer monitoramento periódico – formal e informal – do ambiente 
interno em relação à comunicação interna.
As organizações são compostas por redes formais e informais de 
comunicação. As redes formais são compostas pelas transmissões de questões 
oficiais e regulamentadas da empresa. Já as redes informais incluem “a famosa 
rede de boatos, estruturada a partir da cadeia sociológica dos grupinhos”. 
(TORQUATO, 1986, p. 63).
Quanto aos fluxos de comunicação, já conhecemos os tipos: descendente, 
ascendente e horizontal (lateral). É importante, neste momento, conhecermos os 
fluxos transversal e circular que podem se fazer presentes nos fluxos descendente, 
ascendente e horizontal. Vamos a uma breve revisão destes fluxos:
Os fluxos	de	comunicação são classificados em: descendente, ascendente, 
lateral, transversal e circular. O descendente carrega as informações do 
comando hierárquico para a base da organização; frequentemente 
essas informações sofrem modificações em cada nível hierárquico, por 
razões culturais e de poder. O ascendente faz o caminho inverso e leva 
informações geradas dos níveis hierárquicos inferiores para o topo 
diretivo da organização. O lateral	ou	horizontal se dá entre pessoas, áreas 
e departamentos situados no mesmo nível hierárquico. O transversal se 
caracteriza por não respeitar limites hierárquicos e se dar em todas 
as direções; ele se faz presente em organizações menos burocráticas e 
com programas participativos e interdepartamentais. O circular, por 
fim, acontece com mais frequência em organizações informais e, nas 
redes de relacionamentos digitais, segue praticamente em todas as 
direções. (NASSAR, 2008, p. 65).
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
140
Qualquer que seja o tipo de fluxo da comunicação, é preciso gerenciá-lo. 
Para isto, o gerenciamento da comunicação de um projeto empresarial envolve os 
seguintes processos:
1. Planejar o que será comunicado.
2. Distribuir as informações.
3. Criar os relatórios de desempenho do projeto empresarial.
4. Gerenciar as comunicações das partes interessadas.
Desenvolver o plano de comunicação é um passo importante no 
desenvolvimento de um projeto empresarial. Neste plano é necessário constar 
as pessoas (definição dos interessados) que deverão receber as informações, o 
detalhamento da mensagem a ser transmitida, bem como o momento em que 
estas interações deverão ocorrer.
O plano de comunicações descreve quem recebe qual informação e 
quando. Quem inclui stakeholders, integrantes da equipe do projeto, 
clientes, pessoal de gerenciamento e outros que tenham interesse ou 
função específica em seu projeto. O qual inclui a documentação e os 
planos do projeto, os relatórios e as reuniões de revisão do andamento, 
a declaração do escopo e as suas revisões, medidas de desempenho, 
critérios de aceitação, solicitações de mudanças e outras coisas. E, é 
claro, o quando descreve a frequência com a qual as comunicações 
são produzidas, quando as reuniões de revisão do andamento são 
agendadas e coisas do gênero. (HELDMAN, 2005, p. 95).
Desta forma, torna-se importante que os indivíduos conheçam os meios 
que estão à sua disposição para que as interações ocorram adequadamente e 
todos os processos possam fluir corretamente.
4 FERRAMENTAS PARA A TROCA DE INFORMAÇÃO
As empresas têm à sua disposição uma infinidade de ferramentas para 
que a informação transcorra entre os indivíduos participantes de todas as etapas 
de um projeto empresarial, de maneira a trazer resultados positivos ao mesmo.
No que tange à comunicação verbal, os projetos empresariais demandarão 
reuniões que podem ser tanto conversas informais, quanto reuniões de projeto 
formais com pautas a serem abordadas no decorrer das mesmas. Estas reuniões 
também poderão ser feitas à distância, com a utilização de ferramentas como: 
a webconferência, a teleconferência, ou ainda com a utilização de telefones ou 
celulares. Outra possibilidade é a gravação de orientações em vídeos que os 
indivíduos poderão assistir no momento que acharem mais adequado e que, 
além da comunicação verbal, terá o auxílio da comunicação visual.
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
141
Já a comunicação escrita costuma ser mais formaldo que a verbal, já que 
acaba por se tornar um documento que oficializa a fala. Entre as ferramentas mais 
utilizadas neste tipo de troca de informação encontram-se: os e-mails, os contratos, 
os organogramas, as cartas, os comunicados, as notas ficais, os planos do projeto, 
os relatórios de projeto, entre outros. Existe ainda, nestes casos, a possibilidade 
de transmitir mensagens visuais por meio de fotos, gráficos, tabelas etc.
Sabendo que a comunicação é imprescindível para o sucesso de um 
projeto empresarial, vamos conhecer as “Dez maneiras de comunicação eficiente” 
propostas por Heldman (2005, p. 46):
1. Transmita a informação certa às pessoas certas, na hora certa. Informações 
desnecessárias distraem a pessoa e, se o destinatário não precisar delas, passam a 
ser simplesmente lixo eletrônico ou ruído, que só serve para atrapalhar. Direcione 
sua comunicação ao público certo.
2. Use etiqueta adequada de e-mail. Redija mensagens breves e vá direto 
ao assunto, envie e-mail apenas para aqueles que precisam saber de seu 
conteúdo. Ver dica 1.
3. Repita o que acha ter ouvido a pessoa dizer, com fins de esclarecimento. 
Assim, mostrará à pessoa que está falando que está realmente escutando e 
interessado em entender corretamente a informação.
4. Faça perguntas diretas. Assim, a pessoa vai saber que você ouviu o que 
foi dito, mas precisa de mais informações para realmente compreender o 
significado. Também é útil para esclarecer o que foi dito.
5. Use etiqueta adequada para deixar recados na secretária eletrônica. Deixe 
recados curtos e descritivos. Fale claramente e diga seu número de telefone 
duas vezes, para que o ouvinte não tenha de ouvir novamente a mensagem 
só para anotar o número.
6. Elimine ruídos. Os ruídos distraem e podem atrapalhar o que está sendo 
comunicado. Concentre-se na pessoa com quem está tendo uma reunião e 
dê-lhe total atenção.
7. Pratique a escuta ativa, a qual envolve comportamentos como manter contato 
visual, balançar a cabeça para demonstrar interesse e atenção; faça perguntas 
e fique atento às mensagens não verbais.
8. Envie mensagens claras e vá direto ao assunto. Evite usar jargão técnico e 
específico do ramo nas mensagens, sempre que puder. Use a seguinte técnica 
de oratória para ajudar a passar uma mensagem clara e ir direto ao seu 
objetivo: antes de falar com o seu público, adiante o assunto e só então fale, 
mas restrinja-se àquilo que disse que ia falar.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
142
9. Combine métodos de comunicação. Use algum apoio visual quando estiver 
falando, inclua gráficos e tabelas em seu material escrito. Utilizar dois ou três 
métodos de comunicação é muito eficiente para conseguir que as pessoas se 
lembrem do que acabou de comunicar.
10. Seja paciente ao comunicar ideias complexas ou informações técnicas. Às 
vezes, você precisa comentar os aspectos técnicos da situação. Quando isso 
acontecer, seja paciente com seus ouvintes e faça um esforço para explicar 
o que quer dizer. Você sabe exatamente o que quer dizer, mas o ouvinte 
pode ter pouca ou nenhuma experiência em assuntos técnicos. Isso requer 
muita paciência de sua parte. (HELDMAN, 2005, p. 46).
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
143
LEITURA COMPLEMENTAR
GERÊNCIA DA COMUNICAÇÃO EM PROJETOS
 Daniele da Silva Blanco 
[...]
6.3 - DISTRIBUIÇÕES DAS INFORMAÇÕES
O processo de distribuição das informações tem como objetivo capturar, 
organizar e disponibilizar a informação para os interessados do projeto, conforme 
o determinado pelo plano de comunicações. Responder às solicitações inesperadas 
também é parte deste processo.
Este processo faz uso intensivo das habilidades de comunicação, tais como 
tipo, estilos e canais de comunicação, incluindo suas diferentes direções.
O Guia PMBOK destaca a importância das reuniões como veículo para 
ampliar o comprometimento de todos os envolvidos no projeto e, dentre as muitas 
reuniões, uma delas merece destaque especial, a reunião de kick-off.
6.3.1 - A Reunião de kick-off
As práticas do PMBOK (PMI, 2004) incentivam e acreditam na importância 
das reuniões de kick-off ou de lançamento do projeto, e certamente haverá 
perguntas sobre o projeto.
A reunião de lançamento de projeto não marca o início do projeto, mas 
sim a fase de execução do projeto. Deve ser o primeiro evento e é considerada 
crítica para o processo de construção da equipe do projeto. O propósito principal é 
iniciar o projeto, os participantes se conhecerem e apresentarem suas expectativas 
com relação ao projeto. O papel de cada um e o que se espera dos demais.
6.3.2 - Quem deverá participar
A participação de todos é sempre importante. O essencial é a presença do 
patrocinador e do cliente sempre em nível mais executivo para “abençoarem” o 
projeto, mostrando o sentido de sua utilidade e como ele contribuirá para os resultados 
de ambas as organizações. Os objetivos, tanto do cliente quanto da organização 
executora, devem ser declarados e de entendimento comum de cada participante.
6.3.3 - Objetivos da reunião de kick-off
São eles:
a) Dar a oportunidade de todos os participantes se conhecerem de forma mais 
informal.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
144
b) Estabelecer canais de comunicação e favorecer relacionamentos de trabalho.
c) Definir metas e objetivos do time no que diz respeito ao projeto.
d) Revisar o plano de projeto e as atividades necessárias para a construção do 
projeto.
e) Validar as premissas e restrições com os participantes responsáveis.
f) Identificar possíveis problemas potenciais que poderão afetar o projeto e definir 
quais planos de ação serão aplicados.
g) Avaliar riscos documentados durante o processo de planejamento e fazer 
análise da situação atual.
h) Estabelecer responsabilidades individuais e do grupo, principalmente as dos 
participantes que estão fora do controle da gerência do projeto.
6.3.4 - A agenda de uma reunião de lançamento
Uma reunião de lançamento geralmente é aberta pelo patrocinador do 
projeto, que dá as boas-vindas a todos os participantes. Após isso convida o 
cliente, que dirá aos participantes por que este projeto é tão importante para a 
organização e qual é sua expectativa com relação aos resultados e a contribuição 
que cada um poderá trazer ao projeto.
O patrocinador apresenta o gerente de projetos, e este, a partir desse 
momento, conduz a reunião, começando por apresentar os principais participantes, 
citando de que forma cada um irá contribuir para o projeto. Se houver tempo, 
cada participante pode falar brevemente sobre suas qualificações em relação ao 
projeto. Em seguida, o gerente, tendo como base a EAP, apresenta os principais 
produtos a serem desenvolvidos.
6.4 - RELATÓRIO DE DESEMPENHO
Relatório de desempenho inclui a coleta e a distribuição da informação 
sobre o desempenho do projeto, fornecendo aos interessados informações sobre 
como os recursos estão sendo aplicados para a consecução dos objetivos do 
projeto. Informações sobre escopo, prazos, custos e qualidade normalmente estão 
incluídas em relatórios do tipo:
a) Informações sobre andamento – situação atual, descrevendo em que estágio o 
projeto se encontra em relação ao cronograma, custos ou trabalho realizado, e 
quais as pendências que estão afetando o desempenho.
b) Informações sobre o progresso – refletem o que já foi feito até o momento, 
tratam dos percentuais de atividades concluídas e das que estão em andamento.
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
145
c) Informações relativas à previsão – preveem o andamento e o progresso futuro 
do projeto baseado nas informações do presente, aplicando algum mecanismo 
de análise matemática, tal como análise de regressão.
d) Ferramentas e técnicas – muitas ferramentas e técnicas são usadas para 
comunicar o desempenho. A análise do valor do trabalho realizado é um métodode medição de desempenho. Esse tipo de análise integra medidas (Técnica do 
Valor Agregado) de escopo, de custo e de prazo, auxiliando a equipe do projeto 
na avaliação de desempenho do mesmo. As medidas mais utilizadas são os 
desvios de custo e de cronograma. Estes dois valores podem ser convertidos 
em fatores de eficiência que refletem o desempenho do custo e da programação 
do projeto, pois muitas vezes o desvio não reflete a real eficiência do projeto. O 
índice de desempenho tanto de custo quanto de cronograma é mais utilizado, 
porque reflete melhor a eficiência dos resultados.
Existem outras ferramentas e técnicas para o relatório de desempenho, 
são elas:
a) Revisão do desempenho – reuniões com a equipe do projeto para avaliar o 
andamento e o progresso do mesmo. São usadas em conjunto com outras 
técnicas de relatório do desempenho.
b) Análise dos desvios – compara os resultados reais do projeto com os resultados 
planejados ou esperados. Observe que, embora os desvios de custos e de 
cronograma sejam os mais frequentemente analisados, os desvios de plano nas 
áreas de escopo, recurso, qualidade e risco também são importantes.
c) Análise das tendências – consiste na avaliação dos resultados do projeto 
durante todo o tempo, e determina se o seu desempenho está melhorando ou 
piorando.
O resultado desse processo são os relatórios de desempenho que 
organizam e resumem as informações coletadas e apresentam os resultados de 
todas as análises. A distribuição, o formato e o nível de detalhe dos relatórios 
seguirão o que foi estabelecido pelo Plano de Gerenciamento de Comunicação.
Em função dos resultados alcançados ou previstos, poderão ser solicitadas 
mudanças em algum aspecto do projeto. Estas serão tratadas conforme o 
estabelecido pelo processo de controle das mudanças. É importante reconhecer 
que este processo não produzirá as mudanças, mas apenas a solicitação.
6.5 - GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS (STAKEHOLDERS)
Trata do gerenciamento dos interessados no que diz respeito à comunicação 
do projeto; a ação proativa aumenta a probabilidade do projeto não se desviar 
dos seus objetivos, mantendo as pessoas motivadas e focadas.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
146
O gerenciamento das partes interessadas é uma busca contínua de solução 
para os problemas existentes entre as mesmas, de forma a manter a harmonia 
da equipe e evitar interrupções indesejáveis durante o projeto. Os problemas de 
comunicação em geral, quando não resolvidos, são fontes constantes de conflitos.
Devem ser considerados quais os métodos e tecnologias que serão 
adequados para fornecer as informações necessárias para os interessados, 
assegurando que os recursos não sejam desperdiçados com informações ou 
tecnologias inadequadas.
O plano de gerenciamento de comunicação é o produto do processo de 
planejamento das comunicações, sendo um componente subsidiário do plano de 
gerenciamento do projeto. Deve fornecer informações sobre:
- Como os dados serão coletados, organizados e arquivados.
- Os métodos a serem usados para distribuir as informações.
- O tipo de informação a ser distribuído.
- Quando cada tipo de informação será produzido.
- Métodos de acessar informações entre as comunicações programadas.
- O método usado para atualizar e refinar o plano durante o projeto.
6.5.1 - Criando comunicações bem-sucedidas com a equipe do projeto
O PMI recomenda que os gerentes de projeto façam uso de seis ações para 
garantir que as comunicações com a equipe de projeto sejam bem-sucedidas e 
produzam resultados positivos para o projeto.
a) Ser um comunicador efetivo – o gerente do projeto deve reconhecer a 
importância de uma rede interpessoal de comunicações entre os membros 
da equipe, e deve estimular a comunicação informal entre eles. Os gerentes 
de projeto também devem reconhecer que a comunicação é uma via de duas 
mãos, devem encorajar o feedback e a criação de consenso.
b) Ser um facilitador de comunicações – o gerente de projeto deve reunir as 
pessoas e iniciar os relacionamentos que se tornarão vínculos de comunicação; 
deve estabelecer os canais de comunicação tanto formais quanto informais.
c) Evitar bloqueadores de comunicação – os bloqueadores de comunicação são 
respostas negativas que arruínam ou inibem ideias inovadoras. Os gerentes do 
projeto devem criar clima que seja aberto ao desenvolvimento de novas ideias, 
muitas vezes uma ideia maluca e sem propósito pode inspirar o surgimento de 
outras. Adote um brainstorming sadio em seu time, recompense atitudes positivas.
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PROJETOS EMPRESARIAIS
147
d) Manter a equipe de projeto o mais próximo possível – o gerente do projeto 
deve procurar, na medida do possível, alocar todos os participantes da equipe 
em um único espaço no escritório de seus departamentos funcionais. O uso da 
matriz estreita evita que o esforço seja diluído e facilita a integração e absorção 
do conhecimento do projeto, minimiza as distrações externas e concentra os 
esforços da equipe inteira nos mesmos problemas.
e) Ter sala de comando para o projeto – o gerente do projeto deve conseguir local 
exclusivo onde a equipe do projeto possa se reunir para qualquer finalidade. 
Uma sala de uso exclusivo do projeto deverá proporcionar um depósito para 
os artefatos, os registros e as informações atualizadas do cronograma e do 
andamento do projeto. A sala de comando é também chamada de “sala de 
guerra”, “sala de controle”, “sala de informação do projeto” ou project cockpit.
f) Conduzir reuniões eficazes – as reuniões são um dos mecanismos mais eficazes 
para a comunicação em projetos e também essenciais para criar times. Mas, se 
mal conduzidas e sem propósito, podem ser uma arma de destruição do projeto.
Algumas diretrizes para reunião de sucesso:
1. Defina pauta, comunique-a previamente e siga-a.
2. Estabeleça regras básicas de comportamento, tais como falar um de cada vez, 
não utilizar celulares, evitar comentários em voz baixa e dar oportunidade a 
todos para manifestar sua opinião.
3. Reuniões não podem demorar muito, devem ser específicas e raramente devem 
ultrapassar uma hora.
4. Estabeleça uma política de reuniões. 
5. Convoque uma reunião só quando existir uma necessidade real. 
6. Determine quem realmente deve estar presente.
7. Clareza no objetivo da reunião.
8. Incentive a participação.
9. Documente com atas, identificando as ações tomadas, responsáveis, prazos e 
acompanhe todas as atribuições.
10. Distribua as atas aos participantes o mais breve possível.
FONTE: BLANCO, Daniele da Silva. A comunicação na gerência de projetos. Monografia apresentada 
no Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos, da Escola Politécnica, da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Maio, 2007. . Acesso em: 10 ago. 2011.
148
Neste tópico você estudou:
●	 Stakeholders são todos os indivíduos que possuem algum interesse no projeto 
empresarial.
● Os stakeholders são segmentados em três grandes grupos: periférico externo, 
periférico ao projeto e interessados.
● Comunicação Organizacional Integrada apresenta os diversos tipos de 
comunicações que a organização pratica com seus diversos stakeholders.
● Comunicação Institucional: objetiva atingir uma boa reputação da organização.
● Comunicação Mercadológica: objetiva consumo de seus produtos pelo 
mercado em geral.
● Comunicação Administrativa ou Interna: objetiva potencializar as interações 
entre os seus funcionários, setores e departamentos internos.
● Plano de comunicação: definição de quem receberá a informação, qual 
informação e quando será distribuída.
RESUMO DO TÓPICO 1
149
Responda às questões a seguir:
1 Exemplifique os três grandes grupos de segmentos de stakeholders.
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2 Faça um resumo com os principais pontos acerca das reuniões de kick	off 
(conteúdo da leitura complementar deste tópico).
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AUTOATIVIDADE
150
151
TÓPICO 2
OS INDICADORES DE CONTROLE EM 
PROJETOS EMPRESARIAIS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Já vimos que os resultados de um projeto empresarial são chamados de 
entregáveis, ou seja, O QUE É ENTREGUE, NA BUSCA POR ATINGIR O QUE 
FOI PROPOSTO INICIALMENTE PELO PROJETO EMPRESARIAL. 
No entanto, é importante lembrarmos que inúmeras mudanças poderão 
ocorrer durante a execução de um projeto empresarial e, por este motivo, é preciso 
gerenciar adequadamente estas mudanças, de forma a controlar sua execução 
para que o resultado final chegue o mais próximo possível ao resultado esperado. 
Na etapa controle é necessário criar uma maneira de identificar os pontos 
mais importantes do projeto empresarial, de forma a monitorá-lo e, caso se 
perceba necessário, corrigir seu andamento.
O controle pode ser de natureza proativa ou de natureza reativa. Fala-
se em ação proativa quando já existe um planejamento que prevê as possíveis 
mudanças, e em ação reativa quando se planeja mediante determinada mudança, 
ou seja, toma-se conhecimento da necessidade de novas estratégias após a 
ocorrência de uma mudança específica.
As ações de controle devem garantir:
Proativamente:
- que os eventos planejados aconteçam como planejados;
- que eventos não planejados possam ser avaliados e introduzidos se 
necessário for;
- que eventos indesejáveis não apareçam durante o desenvolvimento 
do projeto.
Reativamente:
- que as variações em relação ao que foi planejado possam ser 
identificadas, analisadas e corrigidas. (MENEZES, 2009, p.186).
152
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
Para que se obtenha melhor controle de um projeto empresarial é possível 
criar um padrão de controle na organização. Esta padronização colabora no 
sentido do controle poder ser reaplicado a outros projetos, como uma forma de 
referência para os mesmos. A padronização do controle pode ocorrer de diversas 
formas. São elas:
• Na monitoração periódica:
- estabelecendo os parâmetros a serem usados: duração das atividades 
– prevista e realizada -; percentual de evolução dos trabalhos gastos – 
incorridos versus programados -; gastos de recursos – materiais e humanos 
-; previsões de gastos para o futuro; estimativas de resultados;
- criando sistemáticas-padrão para seu registro: documentos-padrão, mídias 
já existentes na empresa (quadros de aviso, correios internos, intranet etc.) 
para registro do desempenho na execução das atividades;
- propiciando análise gráfica pela compilação automática de dados e informações 
sobre as atividades realizadas e sua comparação com as previstas.
• Controlando as atividades críticas:
- criando indicadores internos a cada atividade do caminho crítico que 
permitam medir sua evolução;
- gerando feedback automático sobre seu desempenho endereçado aos 
responsáveis pela atividade – que, muitas vezes, envolvidos que estão em 
sua execução, perdem a visão do todo da atividade ou mesmo de sua inserção 
dentro do projeto;
- fazendo análise prévia de distorções por meio do registro das distorções 
mais frequentemente encontradas em determinado tipo de atividade ou pela 
consulta de um banco de soluções, obtido quando do planejamento do projeto;
• Controlando as atividades não críticas:
- definindo parâmetros e resultados desejados que permitam medir o progresso 
na condução da atividade ou a obtenção de determinados subprodutos 
importantes ao desenvolvimento do projeto;
- criando, a priori, parâmetros para autocontrole disponíveis aos responsáveis 
por atividades para que possam monitorar o atingimento de seus resultados 
no desenvolvimento do projeto;
• Controlando o resultado da atividade, se:
- produto, por meio de especificações funcionais ou de desempenho;
- desenhos, mediante padrões de detalhamento e documentação internos da 
empresa ou padronizados por alguma entidade normatizadora;
- materiais, por meio de ensaios e especificações que respeitem padrões 
internacionais de desempenho e comportamento;
- sistemas, mediante especificações lógicas e funcionais e mesmo testes de 
validação que possam ser conduzidos;
- processos, pela verificação de sua consonância com normas ISO 9000, QS 
9000 ou mesmo internas à empresa. (MENEZES, 2009, p. 190).
TÓPICO 2 | OS INDICADORES DE CONTROLE EM PROJETOS EMPRESARIAIS
153
A atividade de controle é formada por diversas atividades e agentes que 
compõem o chamado sistema de controle.
FIGURA 24 – SISTEMA DE CONTROLE EM PROJETOS E SUAS FUNÇÕES
FONTE: Menezes (2009, p. 192)
Planejamento e 
controle centralizado
Planejamento e 
programação Contingências
Execução Acompanhamento 
do desempenho
Gráfico e relatórios 
de controle
Comunicações Resumos para a 
gestão do projeto
Resumos para um 
direcionamento geral
●	 Planejamento	 e	 controle	 centralizado: geralmente, este papel é executado 
pelo patrocinador do projeto, pelo gerente do projeto ou por algum indivíduo 
pertencente à alta administração da empresa. O agente responsável por 
conduzir este papel deve ficar antenado a todas as mudanças nos ambientes 
que envolvem o projeto, bem como aos rumos que o mesmo está tomando. 
Responsabilizando-se, desta forma, pela visão de futuro do projeto e mudanças 
como, por exemplo, uma interrupção temporária.
●	 Planejamento	e	programação: este papel é executado pelo gerente do projeto. 
A ele é incumbida a tarefa de motivar a equipe envolvida no projeto, além de 
reprogramar eventuais atividades nos casos em que falhas se percebam presentes.
● Execução: este papel é assumido pelos responsáveis na condução das atividades 
do projeto. A forma como serão avaliados, bem como o conhecimento a respeito 
das atividades a serem executadas, são de fundamental importância para o 
sucesso do projeto.
154
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
● Acompanhamento do desempenho: este papel deve caminhar paralelamente à 
execução do projeto empresarial. Este papel é assumido pelo gerente do projeto 
e o indivíduo que executa a tarefa (em caso de pequenos projetos) ou equipes 
específicas (em caso de projetos de grande porte). Qualquer necessidade de 
mudança deverá ser notificada formalmente ou informalmente ao responsável.
●Gráficos	 e	 relatórios	 de	 controle: este papel geralmente é desempenhado 
pela equipe ou pelos responsáveis pelo papel de “acompanhamento do 
desempenho”. Neste papel são elaborados instrumentos que irão descrever 
o que vem sendo desenvolvido na execução do projeto, para que se possa 
comparar com o esperado, inicialmente, pelo mesmo.
● Comunicações: este papel deve ser desempenhado por todos os agentes 
envolvidos e de maneira rotineira e periódica, para que haja a possibilidade de 
corrigir eventuais desvios do projeto empresarial.
● Resumos para a gestão do projeto: se refere aos relatórios elaborados pelo 
gerente do projeto.
● Resumos para um direcionamento geral: são os documentos que apresentam 
a evolução do projeto empresarial como um todo.
● Contingências: papel executado por um consultor externo ao projeto, com o 
objetivo de trazer uma visão diferente ao projeto.
2 INSPEÇÃO E AVALIAÇÃO
Como visto no sistema de controle de projetos, é na fase de controle que 
se compara o que vem sendo obtido no projeto empresarial com o que havia sido 
planejado inicialmente. As diferenças desta relação são chamadas de gaps, que deverão 
ser corrigidas em busca do resultado esperado. Para que isto ocorra de maneira 
adequada é preciso que se realizem inspeções, avaliações e revisões regularmente.
Os projetos de pequeno porte podem sofrer inspeções bastante simples, 
chamadas de checagem, ou seja, uma simples verificação para verificar se tudo está 
caminhando de acordo com o que foi planejado. Frente a qualquer dificuldade, 
ajustes podem ser feitos sem maiores problemas, desde que comunicados 
adequadamente a todos os interessados.
Já os projetos de grande porte possuem à sua disposição programas 
estruturados de inspeção e avaliação, compostos pelos seguintes tipos de 
inspeções:
• Inspeções iniciais e relatórios de implantação: inspeções preliminares 
importantes no estabelecimento de um projeto complexo ou remoto.
TÓPICO 2 | OS INDICADORES DE CONTROLE EM PROJETOS EMPRESARIAIS
155
• Inspeções periódicas: de acordo com um programa a intervalos, digamos, 
de três meses. Essas inspeções, aparentadas a um exame médico de rotina, 
fornecem uma oportunidade para avaliar a saúde geral e o progresso do projeto, 
sintomas, problemas e a experiência adquirida, e avaliar as lições que foram 
aprendidas. Pode ocorrer discussão em torno do melhor modo de prosseguir e 
podem ser feitos ajustes ou melhorias para promover um progresso adicional.
• Inspeções de progresso por “marcos”: essas inspeções são realizadas quando 
da consecução de objetivos acordados ou estágios do projeto.
• Inspeções especiais: requeridas em decorrência de um pedido de revisão do 
projeto por parte do proprietário, uma mudança no seu ritmo, escopo ou 
receptíveis, porque conseguiu mais do que o esperado ou encontrou problemas 
inesperados.
• Inspeções de conclusão: procedimentos de validação abrangente, avaliação e 
inspeção, adotados na fase de conclusão e normalmente constituídos à base de 
um relatório final. Eles confirmam a justificativa do projeto; fornecem detalhes 
de custos e resultados das atividades e necessidades de acompanhamento; 
resumem contas, desembolsos e liquidação de ativos; fazem agradecimentos, e 
assim por diante.
• Inspeções de programas e de grupos de projetos: organizações de múltiplos 
projetos, realizam ou encomendam inspeções de grupos ou projetos setoriais. 
(KEELING, 2006, p. 225).
Inspeções devem ser realizadas buscando a segurança necessária para 
tomada de decisões quanto à continuidade do projeto empresarial. Indicação de 
novas soluções, retificações, confirmações ou qualquer outra ação pertinente pode 
ser tomada a partir de uma inspeção eficiente. Desta forma, a inspeção colabora 
na administração e no controle do projeto empresarial.
Segundo Keeling (2006, p. 225), as inspeções devem atentar para os 
seguintes tópicos:
- visão geral do progresso e eventos significativos;
- inspeção estratégica e progresso rumo aos objetivos e marcos;
- situação política (se for o caso);
- impacto sobre o meio ambiente;
- situação técnica;
- recursos humanos e situação do quadro de pessoal (incluindo 
segurança e previdência social);
- situação das contribuições dos empreiteiros;
- situação dos recursos;
- atualização nas finanças do projeto, orçamentos e justificativas para 
aumento de fundos;
- falhas, problemas e ação paliativa para superar obstáculos; e
- visão geral da atividade futura e propostas para revisão do projeto.
156
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
Depois de realizada a inspeção é necessário que se façam avaliações dos 
resultados parciais, caso a inspeção tenha sido feita no decorrer de um projeto 
empresarial, ou finais, quando a inspeção foi feita ao término do projeto. Uma das 
formas de se fazer uma avaliação é comparando o que foi planejado com o que foi 
realizado até o momento da inspeção, ou comparando com:
outros projetos da mesma organização;
a operação de processos similares em outros campos de trabalho, ou 
em outro lugar do mundo;
o trabalho e os resultados de concorrentes; e
a conveniência do equipamento, condições operacionais, 
confiabilidade, desempenho e valor. (KEELING, 2006, p. 238).
Uma técnica muito utilizada para realizar este comparativo entre os 
processos, métodos e produtos entre organizações se chama Benchmarking.
O benchmarking é conhecido como um processo que visa comparar uma 
empresa com outra que realize funções semelhantes às suas, a fim de alcançar 
a melhoria. Este processo não está relacionado apenas à busca de melhores 
processos, mas também de novas ideias e procedimentos que tragam resultados 
mais eficazes e que potencializem o desempenho da empresa, e deve ser feito de 
maneira contínua e sistemática.
TÓPICO 2 | OS INDICADORES DE CONTROLE EM PROJETOS EMPRESARIAIS
157
LEITURA COMPLEMENTAR
GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE
PMI.
O grupo de processos de monitoramento e controle é constituído pelos 
processos realizados para observar a execução do projeto, de forma que possíveis 
problemas possam ser identificados no momento adequado e que possam ser 
tomadas ações corretivas, quando necessário, para controlar a execução do projeto. 
A equipe do projeto deve determinar quais são os processos necessários para o 
projeto específico da equipe. O principal benefício deste grupo de processos é que 
o desempenho do projeto é observado e medido regularmente para identificar 
variações em relação ao plano de gerenciamento do projeto. O grupo de 
processos de monitoramento e controle também inclui o controle de mudanças e 
a recomendação de ações preventivas, antecipando possíveis problemas. O grupo 
de processos de monitoramento e controle inclui, por exemplo:
• O monitoramento das atividades em andamento do projeto em relação ao plano 
de gerenciamento do projeto e à linha de base do desempenho do projeto.
• O controle dos fatores que poderiam dificultar o controle integrado de 
mudanças, de forma que somente mudanças aprovadas sejam implementadas.
Esse monitoramento contínuo permite que a equipe do projeto tenha uma 
visão clara da saúde do projeto e destaca as áreas que exigem atenção adicional. O 
grupo de processos de monitoramento e controle, além de monitorar e controlar 
o trabalho que está sendo realizado dentro de um grupo de processos, também 
monitora e controla todo o esforço do projeto. Em projetos com várias fases, o 
grupo de processos de monitoramento e controle também fornece feedback entre 
as fases do projeto, a fim de implementar ações corretivas ou preventivas para 
assegurar a conformidade do projeto com o plano de gerenciamento do projeto. 
Quando as variações comprometerem os objetivos do projeto, os processos 
de gerenciamento de projetos adequados dentro do grupo de processos de 
planejamento serão reexaminados, como parte do ciclo PDCA modificado. Essa 
revisão pode resultar em atualizações recomendáveis no plano de gerenciamento 
do projeto. Por exemplo, umadata de término de atividade não cumprida pode 
exigir um aumento na equipe atual, dependência de horas extras ou compensações 
entre os objetivos de orçamento e de cronograma.
[...]
O Grupo de processos de monitoramento e controle inclui os seguintes 
processos de gerenciamento de projetos:
• Monitorar e controlar o trabalho do projeto.
158
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
Este é o processo necessário para coletar, medir e disseminar informações 
sobre o desempenho e avaliar as medições e as tendências para efetuar melhorias 
no processo. Este processo inclui o monitoramento de riscos para garantir que os 
riscos sejam identificados no início, que o andamento seja relatado e que planos 
de risco adequados estejam sendo executados. O monitoramento inclui emissão 
de relatórios de andamento, medição de progresso e previsão. Os relatórios de 
desempenho fornecem informações sobre o desempenho do projeto em relação a 
escopo, cronograma, custo, recursos, qualidade e risco.
• Controle integrado de mudanças.
Este é o processo necessário para controlar os fatores que criam mudanças 
para garantir que essas mudanças sejam benéficas, determinar se ocorreu uma 
mudança e gerenciar as mudanças aprovadas, inclusive o momento em que 
ocorrem. Esse processo é realizado durante todo o projeto, desde a iniciação até o 
encerramento do projeto.
• Verificação do escopo.
Este é o processo necessário para formalizar a aceitação das entregas do 
projeto terminadas.
• Controle do escopo.
Este é o processo necessário para controlar as mudanças feitas no escopo 
do projeto.
• Controle do cronograma.
Este é o processo necessário para controlar as mudanças feitas no 
cronograma do projeto.
• Controle de custos.
O processo de influenciar os fatores que criam as variações e controlar as 
mudanças no orçamento do projeto.
• Realizar o controle da qualidade.
Este é o processo necessário para monitorar resultados específicos do 
projeto a fim de determinar se eles estão de acordo com os padrões relevantes 
de qualidade e identificar maneiras de eliminar as causas de um desempenho 
insatisfatório.
TÓPICO 2 | OS INDICADORES DE CONTROLE EM PROJETOS EMPRESARIAIS
159
• Gerenciar a equipe do projeto.
Este é o processo necessário para acompanhar o desempenho de membros 
da equipe, fornecer feedback, resolver problemas e coordenar mudanças para 
melhorar o desempenho do projeto.
• Relatório de desempenho.
Este é o processo necessário para coletar e distribuir informações sobre 
o desempenho. Isso inclui relatório de andamento, medição do progresso e 
previsão.
• Gerenciar as partes interessadas.
Este é o processo necessário para gerenciar a comunicação a fim de 
satisfazer os requisitos das partes interessadas no projeto e resolver problemas 
com elas.
• Monitoramento e controle de riscos.
Este é o processo necessário para acompanhar os riscos identificados, 
monitorar os riscos residuais, identificar novos riscos, executar planos de 
respostas a riscos e avaliar sua eficiência durante todo o ciclo de vida do projeto.
• Administração de contrato.
Este é o processo necessário para gerenciar o contrato e a relação entre 
o comprador e o fornecedor, analisar e documentar o desempenho atual ou 
passado de um fornecedor e, quando adequado, gerenciar a relação contratual 
com o comprador externo do projeto.
FONTE: PMI. Guia PMBOK (2004). . Acesso em: 2 abr. 2012.
160
Neste tópico você viu que: 
	O controle de um projeto empresarial pode ser de natureza proativa ou 
reativa.
	A padronização deste controle pode ocorrer na monitoração periódica, no 
controle de atividades críticas, no controle de atividades não críticas, no 
controle do resultado das atividades.
	A atividade de controle é composta pelas seguintes atividades principais 
que compõem o sistema de controle: planejamento e controle centralizado, 
planejamento e programação, contingências, execução, acompanhamento do 
desempenho, gráficos e relatórios de controle, comunicações, resumos para 
gestão do projeto e resumos para direcionamento geral.
	As inspeções e avaliações pelas quais um projeto é submetido podem ser: 
iniciais, periódicas, de progresso, especiais, de conclusão e de grupos de 
projetos.
	Benchmarking é um processo comparativo entre organizações. Uma ótima 
ferramenta de avaliação em busca da melhoria de um projeto.
RESUMO DO TÓPICO 2
161
AUTOATIVIDADE
Responda às questões a seguir.
1 O que deve ser levado em consideração ao se fazer a inspeção de um projeto 
empresarial?
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__________________________________________________________________
2 Quais os tipos de inspeções que podem ser feitas em projetos de pequeno 
porte? E nos de grande porte? Explique-as.
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_________________________________________________________________
__________________________________________________________________
162
3 Explique com suas palavras o Sistema de Controle em Projetos e suas 
Funções.
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_________________________________________________________________
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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________um prazo adequado, nos eventos não esperados e nos recursos 
dispostos para executá-lo.
Existem outros pontos que caracterizam e podem explicar melhor o que 
é um projeto empresarial. Vamos, então, conhecer como alguns pesquisadores/
autores da área conceituam este termo?
2.1 CONCEITOS
Para compreender melhor o que é um projeto, é preciso que tenhamos 
contato com os conceitos de alguns dos mais renomados pesquisadores da área. 
Veja o quadro a seguir:
QUADRO 1 - CONCEITOS DE PROJETOS
CONCEITO AUTOR
“Empreendimento intencionalmente orientado para um objetivo”. Maximiano (2010, p. 4).
“Projeto é sequência de atividade programada, com compromisso de 
fornecer um resultado que produz mudança”. Maximiano (2010, p. 4).
“Um projeto pode ser entendido como um conjunto de informações 
coletadas e processadas, de modo que simulem uma dada alternativa 
de investimento para testar sua viabilidade”.
Woiler (2008, p. 15).
“Projeto é uma organização designada a cumprir um objetivo, criada 
com esse intuito e dissolvida após sua conclusão”. Roldão (2004, p. 7).
“Projeto é um trabalho a ser executado, com um objetivo final bem definido. 
Nas empresas, em geral, projeto se refere a um conjunto de atividades 
relacionadas umas às outras, envolvendo habitualmente um grupo de 
pessoas que trabalham em conjunto em alguma coisa que será realizada 
uma única vez, durante um período”.
Duffy (2006, p. 8).
“Os projetos destinam-se a dar origem a um serviço ou produto único, 
que não foi produzido antes. Têm prazo limitado e sua natureza é 
temporária. Isso quer dizer que os projetos têm início e fim definidos. 
É possível decidir se o projeto está concluído ao compará-lo com os 
objetivos e as entregas definidas no plano do projeto”. 
Kim (2005, p. 2).
“Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um 
produto, serviço ou resultado exclusivo”. PMI (2004, p. 5).
FONTE: A autora
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL
7
NOTA
O que é o PMI (que você viu na Tabela de Conceitos de Projetos) e seu Guia PMBOK?
É o chamado: Guia dos conhecimentos sobre a administração de projetos (Guide to 
the project management body of knowledge: PMBOK), desenvolvido pelo PMI (Project 
Management Institute).
 
“O Guia do PMBOK é o documento que sistematiza os conceitos e as ferramentas da 
administração de projetos, que as pessoas envolvidas ou interessadas nesse tema devem 
dominar.” (MAXIMIANO, 2010, p. 31).
Existe ainda o IPMA Competence Baseline (ICB), publicado pela International Project 
Management Association (IPMA).
Neste sentido, podemos dizer que um projeto empresarial trata de planejar, 
programar e controlar todas as atividades relacionadas a um determinado objetivo.
2.2 BENEFÍCIOS
Os principais benefícios esperados por uma empresa que desenvolve 
um projeto empresarial estão relacionados a retornos financeiros, aumento da 
produtividade, mediante a satisfação de seus funcionários, inovação e satisfação 
de seus clientes. Todavia, existem outros benefícios que devem ser observados ao 
desenvolver um projeto empresarial, que são os benefícios gerados pelo fato de se 
ter domínio dos aspectos, etapas e ferramentas que envolvem um projeto, ou seja, 
o que o fato de conhecer todos os aspectos que envolvem um projeto empresarial a 
fundo e aplicá-los de maneira efetiva ao se deparar com uma atividade inovadora 
poderá gerar de benefícios à empresa.
Dentre estes benefícios, podemos citar: 
- a simplicidade e clareza do propósito e do escopo; 
- a independência do controle existente em um projeto empresarial; 
- a facilidade para se fazer as medições de um projeto; 
- a flexibilidade proporcionada aos cargos envolvidos no projeto; 
- a motivação gerada na equipe envolvida; 
- a sensibilidade ao estilo de administração e liderança; 
- o desenvolvimento individual; 
- a segurança e discrição exigidas para este tipo de trabalho; 
- e a mobilidade e a facilidade de distribuição de tarefas necessárias à 
sua execução. (KEELING, 2006, p. 7).
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
8
Vamos analisar, brevemente, alguns destes benefícios:
 Simplicidade e clareza do propósito e do escopo: um projeto apresentando 
de maneira clara e de fácil compreensão suas metas e objetivos só terá como 
beneficiar a empresa ao fazer uso de tal ferramenta.
 Controle independente de um projeto empresarial: é um benefício existente 
pelo fato de um projeto empresarial não estar presente em uma atividade 
rotineira, acabando por se tornar mais protegido das possíveis reações do 
mercado. Por este motivo, caso o projeto não atinja os resultados previstos, 
a imagem da empresa dificilmente ficará arranhada.
 Facilidade para se fazer as medições de um projeto: é um benefício que 
pode ser efetuado durante o andamento do projeto, comparando-se metas e 
até mesmo os padrões no decorrer do processo.
 Flexibilidade proporcionada aos cargos envolvidos no projeto: a 
flexibilidade de emprego e cargos envolvidos é um benefício relacionado 
por se tratar de uma ferramenta com tempo determinado de início e fim. 
Sendo assim, é possível que a empresa faça uso de especialistas sem que tal 
fato altere a estrutura organizacional da mesma, não havendo a necessidade 
de geração de novos cargos para implementá-lo.
 Motivação gerada na equipe envolvida: a motivação e moral da equipe que 
estará envolvida em uma atividade inovadora faz com que estas pessoas se 
sintam entusiasmadas e que se possa formar ótimas equipes de trabalho.
 Sensibilidade ao estilo de administração e liderança.
 Desenvolvimento individual: o envolvimento em um projeto empresarial 
poderá tornar os funcionários de uma empresa mais capacitados para 
resolver problemas de uma maneira geral.
 Segurança e discrição: por se tratarem de duas características imprescindíveis 
para a participação em um projeto, principalmente naqueles que resultarão 
em desenvolvimento de um novo produto, por exemplo, o envolvimento em 
um projeto empresarial aumenta a relação de confiança entre os integrantes 
do projeto.
 Mobilidade e a facilidade de distribuição: por se tratarem de projetos, não 
há necessidade de serem desenvolvidos dentro da empresa, mas podem ser 
desenvolvidos a partir de regiões remotas.
FONTE: Adaptado de: . 
Acesso em: 28 mar. 2012.
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL
9
2.3 CARACTERÍSTICAS
Como você pôde perceber, um projeto empresarial possui características 
muito peculiares.
Primeiramente, é “um empreendimento ou esforço planejado, que deve 
entregar um resultado singular” (MAXIMIANO, 2010, p. 5), ou seja, atividades 
que ao serem executadas resultem em questões cotidianas de uma empresa não 
devem ser classificadas como um projeto.
 Por exemplo, uma doceira não desenvolve um projeto para cada bolo que 
ela cozinha diariamente, no entanto, se ela vai criar uma receita nova, ela poderá 
fazê-lo utilizando um projeto como ferramenta inicial.
De acordo com o Guia PMBOK (PMI, 2004, p. 5), “A presença de elementos 
repetitivos não muda a singularidade fundamental do trabalho do projeto”, ou 
seja, mesmo que um arquiteto tenha vários projetos de escritórios, cada escritório 
será único, pois terá local, proprietário etc. únicos e específicos. Este resultado 
singular também pode ser conhecido por entregável (ou deliverable).
NOTA
Entregável é todo o resultado singular resultante de um projeto empresarial.
Segundo Maximiano (2010, p. 7), os entregáveis (resultados) de um projeto 
podem ser:
	“Um produto físico: como, por exemplo, o desenvolvimento de um aparelho 
celular”.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
10
FIGURA 5 – ENTREGÁVEL – BEM FÍSICO
FONTE: . Acesso em: 29 fev. 2012.
	Um conceito ou informação: como, por exemplo, um roteiro de uma novela ou 
uma consultoria em uma empresa._________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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_________________________________________________________________
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163
TÓPICO 3
ADMINISTRANDO OS RESULTADOS 
E ENCERRANDO O PROJETO 
EMPRESARIAL
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico trataremos do encerramento e da administração dos 
resultados gerados a partir do projeto empresarial. O resultado de um projeto 
dependerá do que foi solicitado inicialmente, ou seja, pode ser um produto 
acabado ou não. Esta etapa, segundo Maximiano (2010, p. 41), “compreende 
atividades de natureza administrativa, como o fechamento das contas e dos 
contratos, a desmobilização da equipe e o registro das lições aprendidas”.
É importante destacar que a etapa de avaliação de resultados é um 
processo distinto da etapa controle, embora sejam coincidentes em alguns 
aspectos. Avaliar os resultados de um projeto vai além de simplesmente controlar 
seu resultado final.
Veja a diferenciação destas duas etapas, de acordo com Maximiano:
• O processo de controle procura determinar se o resultado 
corresponde aos objetivos.
• O processo de avaliação procura determinar se o problema original 
foi resolvido, se novos projetos são necessários e quais lições foram 
aprendidas, além de outras finalidades. (MAXIMIANO, 2010, 
p.167).
Ao longo do ciclo de vida de um projeto empresarial, o mesmo passa por 
diversas avaliações. Entre elas, Maximiano (2010, p. 167) destaca: “a avaliação 
prévia da ideia, exames de qualificação e avaliação da proposta” e a avaliação 
terminal, ou seja, aquela que fornecerá o feedback à administração.
Com base no processo de avaliação serão listados os resultados, além de 
definido o status do projeto, ou seja, se o mesmo atingiu o sucesso ou o insucesso. 
Para que se atinja o sucesso, o projeto empresarial deve ter superado os impactos 
e contornado eventuais mudanças a que tenha sido exposto, e é sobre isto que 
falaremos a seguir.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
164
2 CONTORNANDO MUDANÇAS E AVALIANDO IMPACTOS
É na fase de controle que as mudanças são gerenciadas. Estas mudanças 
podem acarretar resultados positivos ou negativos ao projeto empresarial. E a 
comunicação será uma ferramenta imprescindível no gerenciamento das mesmas.
Mudanças podem ocorrer por diversas razões. Vamos conhecer as razões 
citadas por Heldman, (2005, p. 28-29).
• Solicitações dos stakeholders e do cliente: stakeholders e clientes podem 
solicitar mudanças nos requisitos do projeto, pedir que o cronograma seja 
encurtado, acrescentar novas entregas ou fazer outras solicitações que 
causam impacto no projeto. Parece que nunca faltam ideias aos stakeholders e 
clientes para solicitar mudanças no projeto.
• Solicitações dos integrantes da equipe do projeto: com o avançar do projeto, 
seus integrantes podem recomendar mudanças, conforme descobrirem 
maneiras mais eficazes de executar as tarefas. Eles podem recomendar 
maneiras de modificar o processo de modo a encurtar o cronograma ou 
formas de combinar as tarefas para obter uma melhor eficiência.
• Integrantes importantes deixam a equipe: os integrantes importantes que 
deixam a equipe podem causar problemas. A experiência que possuem pode 
ser tal que a sua saída irá atrasar o andamento do projeto, até que outro 
especialista possa ser contratado ou encontrado. Isso requer mudanças no 
cronograma do projeto.
• Cortes de orçamento: os cortes de orçamento indicam que escopo, 
cronograma, alocação de recursos ou aspectos de qualidade precisam ser 
modificados.
• Mudanças organizacionais: reorganizações e realinhamentos das unidades 
de negócios podem causar mudanças no projeto. Estes tipos de mudanças, 
normalmente, atrasam o cronograma. Novos profissionais seniores de 
gerenciamento também podem mudar a direção do projeto. Este evento é 
um assassino em potencial do projeto.
• Medição e inspeção: erros descobertos durante a inspeção no processo de 
monitoramento e controle demandarão mudanças para corrigir o processo e 
causarão impacto no projeto. Variações em medições, processos ou controles 
provavelmente também causarão mudanças.
TÓPICO 3 | ADMINISTRANDO OS RESULTADOS E ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL
165
• Mudanças indiretas: as mudanças indiretas podem ocorrer como resultado 
da implementação de planos para contingências e planos de resposta a riscos. 
Esteja atento também às mudanças que os integrantes da equipe fazem sem 
comunicar a você. Eles podem estar fazendo um favor para um stakeholder 
ou usuário final e o bom relacionamento entre a equipe e os stakeholders, 
você quer garantir que todos conheçam e sigam o processo de controle de 
mudanças estabelecido. As mudanças não documentadas podem estender e 
impactar o cronograma e o orçamento do projeto.
Toda e qualquer mudança em um projeto empresarial deve ser solicitada 
de maneira formal, ou seja, por meio de um e-mail ou qualquer documento que 
comprove a necessidade da mesma. Mudanças que não são formalizadas podem 
gerar inúmeros conflitos e problemas na gestão de um projeto.
Conhecer o impacto que uma mudança poderá gerar e comunicar toda 
e qualquer mudança e seu respectivo impacto de maneira franca a todos os 
envolvidos no projeto, são pontos que devem ser observados por um gestor. 
Desta forma, deve-se estabelecer um procedimento de controle de mudanças com 
o intuito de gerenciá-las adequadamente.
O plano de gerenciamento de mudanças serve para que haja a 
compreensão acerca do surgimento de uma mudança, de sua necessidade e de 
seu gerenciamento, e este plano deverá conter a forma como uma mudança será 
solicitada, revisada, aprovada ou recusada.
A maior parte das mudanças solicitadas em um projeto empresarial está 
relacionada ao cronograma, ao escopo ou ao orçamento. É preciso ter bem claro 
qual é a necessidade efetiva da mudança solicitada, qual o impacto que o projeto 
sofrerá, caso a mudança ocorra ou caso não ocorra, e quais as alternativas que 
existem para a mudança.
Heldman propõe um formulário de solicitação de mudanças, veja no 
quadro a seguir.
QUADRO 14 – FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE MUDANÇAS
FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE MUDANÇAS
1. Informações gerais
Nome do projeto: 
Número do projeto:
Nome do solicitante: 
Informação de contato do solicitante: 
Data de solicitação:
Número de controle: da solicitação de mudança:
Data da aprovação/recusa da solicitação:
Seção Um – Para ser preenchida pelo solicitante
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
166
SITUAÇÃO I - Planejamento Inicial
ATIVIDADES Status
PERÍODO
1 2 3 4 5
Atividade A
Previsto
Realizado
Atividade B
Previsto
Realizado
Atividade C
Previsto
Realizado
II. Descrição da Solicitação de Mudança: inclua uma descrição detalhada da solicitação de mudança 
no escopo.
III. Justificativa Comercial para a Mudança: descreva como os negócios, o projeto ou o produto 
serão beneficiados pela mudança solicitada.
IV. Impactos da não implementação da mudança: descreva como os negócios, o projeto ou o 
produto serão impactados se a mudança não for feita.V. Alternativas para a Mudança: descreva quaisquer alternativas conhecidas para as mudanças.
Seção Dois – Para ser preenchida pelo gerente de projetos
VI. Impactos da Mudança: descreva os impactos desta mudança no cronograma, no orçamento e 
na qualidade do projeto.
VII. Alternativas para a Mudança: descreva soluções alternativas para a mudança.
VIII. Recomendações para o Comitê de Controle de Mudanças: descreva as recomendações do 
gerente do projeto para aprovar ou recusar a mudança. Inclua a justificativa para a recomendação.
Seção Três – Para ser preenchida pelo comitê de controle de mudanças.
Recomendação: 
Data de Revisão:
Inclua uma discussão a respeito das metas do projeto. Esta mudança impacta as metas do projeto 
de modo que elas correm o risco de não serem concluídas? Esta mudança deve ser considerada 
um novo projeto ou a fase 2 do projeto atual? Etc.
Assinatura.
FONTE: Heldman (2005, p. 234)
FIGURA 25 – ENCURTAMENTO DE CRONOGRAMA – PARALELISMO (SITUAÇÃO 1)
FONTE: Daychoum (2005, p. 51)
TÓPICO 3 | ADMINISTRANDO OS RESULTADOS E ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL
167
FIGURA 26 – ENCURTAMENTO DE CRONOGRAMA – PARALELISMO (SITUAÇÃO 2)
FONTE: Daychoum (2005, p. 51)
SITUAÇÃO II- Redução de Prazo
ATIVIDADES Status
PERÍODO
1 2 3 4 5
Atividade A
Previsto
Realizado
Atividade B
Previsto
Realizado
Atividade C
Previsto
Realizado
Novo prazo final estabelecido 
pelo patrocinador do Projeto.
Já a técnica de compressão contempla o acréscimo de recursos nas tarefas 
do caminho crítico ou, ainda, limitar requisitos previstos no projeto para que o 
projeto caminhe mais rapidamente.
FIGURA 27 – ENCURTAMENTO DE CRONOGRAMA – COMPRESSÃO (SITUAÇÃO 1)
FONTE: Daychoum (2005, p. 51)
SITUAÇÃO I - Planejamento Inicial
ATIVIDADES Status
PERÍODO
1 2 3 4 5
Atividade A
Previsto
Realizado
Atividade B
Previsto
Realizado
Atividade C
Previsto
Realizado
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
168
FIGURA 28 – ENCURTAMENTO DE CRONOGRAMA – COMPRESSÃO (SITUAÇÃO 2)
FONTE: Daychoum (2005, p. 52)
SITUAÇÃO II- Redução de Prazo
ATIVIDADES Status
PERÍODO
1 2 3 4 5
Atividade A
Previsto
Realizado
Atividade B
Previsto
Realizado
Atividade C
Previsto
Realizado
Novo prazo final estabelecido 
pelo patrocinador do Projeto.
3 ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL
É no encerramento que se pode concluir se tudo o que estava previamente 
estabelecido no contrato foi efetivamente realizado no projeto. O projeto deve 
ser encerrado tanto interna quanto externamente, ou seja, existem dois pontos-
chave que devem ser observados ao se efetivar o encerramento de um projeto 
empresarial, são eles: o encerramento de contratos com terceiros e o encerramento 
administrativo.
O encerramento dos contratos com terceiros envolve a observação dos 
recursos, dos pagamentos e dos trabalhos realizados por envolvidos no projeto 
empresarial que pertençam ao ambiente externo à empresa.
Para facilitar o processo de encerramento de contratos com terceiros, 
Menezes apresenta um checklist de itens que devem ser levados em consideração 
neste processo. Veja no quadro a seguir.
QUADRO 15 – CHECKLIST PARA ENCERRAMENTO DE UM PROJETO EMPRESARIAL – 
CONTATO COM TERCEIROS
Projeto – Interno 
- Existem produtos pendentes?
- As certificações internas foram assinadas e respondidas?
- Existem comprometimentos internos pendentes?
- Todos os custos foram apropriadamente cobrados do projeto?
- Todas as unidades de trabalho e pedidos foram concluídos?
- As unidades de trabalho incompletas foram documentadas e justificadas?
- A gerência foi notificada quanto à disponibilidade do pessoal do projeto?
- A gerência foi notificada quanto à disponibilidade das instalações do projeto?
- O plano foi arquivado com todos os dados de suporte?
- Os excedentes de material do projeto foram administrados?
TÓPICO 3 | ADMINISTRANDO OS RESULTADOS E ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL
169
Projeto – Externo 
- Foi obtido acordo com o proprietário do projeto sobre a disposição dos 
produtos restantes?
- As certificações e autorizações externas foram assinadas e aprovadas?
- Os fornecedores foram notificados quanto a compromissos pendentes?
- Estão todas as partes cientes do encerramento pendente?
- As instalações do projeto foram fechadas?
- Os procedimentos de auditoria e manutenção foram conduzidos?
FONTE: Menezes (2009, p. 205)
Outro checklist importante no que tange ao encerramento de contratos de 
terceiros está relacionado à equipe envolvida no projeto empresarial. Veja o que 
é preciso levar em consideração no momento de encerramento destas equipes.
QUADRO 16 – CHECKLIST PARA ENCERRAMENTO DE UM PROJETO EMPRESARIAL – 
EQUIPE ENVOLVIDA
Pessoal – Interno 
- As preocupações da equipe do projeto referentes a empregos futuros foram 
abordadas?
- A equipe está dedicada a manter os compromissos restantes do projeto?
- Ainda existem fatores de motivação presentes para as tarefas e obrigações 
restantes?
- As preocupações referentes à identidade da equipe foram abordadas?
- O pessoal foi recolocado ou notificado da metodologia de realocação?
Pessoal – Externo 
- Estão sendo feitos esforços para assegurar que as atitudes e percepções do 
contratante referentes ao projeto permaneçam estáveis?
- As questões de transferência de pessoal estão sendo abordadas com o 
contratante do projeto?
- O pessoal-chave e o contratante estão sendo notificados sobre o status do 
projeto?
- Existe uma metodologia de comunicação para manter as relações entre o 
contratante e os gerentes do projeto (seu e do contratado)?
FONTE: Menezes (2009, p. 206)
Já o encerramento administrativo se refere ao encerramento das atividades 
internas desenvolvidas pela própria empresa. Neste encerramento é importante 
que se elabore os Relatórios de Conclusão, que se trata de uma documentação 
que medirá o desempenho do projeto empresarial.
Segundo Menezes (2009, p. 209), os Relatórios de Conclusão permitem 
registrar os seguintes aspectos do projeto empresarial:
a) Os arquivos do projeto:
• técnico;
• financeiro;
• de desempenho.
Os arquivos do projeto mais utilizados estão na forma de:
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
170
• as built – mostra como ficou o “produto”, o executado, seja este “produto” 
uma planta industrial, um produto ou a especificação de um serviço;
• memórias – técnicas de desenvolvimento, técnicas de execução, da evolução 
de gastos e receitas, do ajuste das especificações;
• análise do sucesso (parâmetros claros e mensuráveis: prazos, recursos, 
qualidade) e de sua efetividade (atendimento às necessidades funcionais do 
cliente).
b) A aceitação formal: documento no qual o cliente ou patrocinador do projeto 
atesta a aceitação de seu “produto”. Em geral, é o documento que amarra 
o pagamento de parcela substancial do projeto. Como já mencionamos no 
aceite de contratos de terceiros, vale a pena ressaltar aqui a importância do 
desdobramento do aceite em elementos parciais, aceites parciais. Podemos 
decompor um produto final do projeto em subprodutos – que sejam 
facilmente identificáveis e mensuráveis – que permitam ao cliente avaliar 
e ir, se necessário, fazendo ajustes com a equipe executora dos trabalhos. 
Dessa forma, o volume de informações e de material a ser analisado no final 
fica reduzido, facilitando a atividade de “aceitação”.
c) As lições aprendidas: registram as causas das variações, razões sob os 
planos de ação para eliminação de situações insatisfatórias, análise dos erros 
cometidos no gerenciamento de prazo, custo, qualidade, escopo e risco e 
acertos realizados durante o projeto. Existem reuniões durante a execução do 
projeto e durante o projeto. Existem reuniões durante a execução do projeto 
e durante seu encerramento, cujo objetivo é o de avaliar permanentemente 
esse aprendizado; essas reuniões são chamadas de learning meetings ou 
também de seções de “lições aprendidas”. (MENEZES, 2009, p. 210).
TÓPICO 3 | ADMINISTRANDO OS RESULTADOS E ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL
171
LEITURACOMPLEMENTAR
ENCERRAR O PROJETO
PMI.
O processo encerrar o projeto envolve a realização da parte de encerramento 
do projeto do plano de gerenciamento do projeto. Em projetos com várias fases, o 
processo encerrar o projeto encerra a parte do escopo do projeto e as atividades 
associadas, aplicáveis a uma determinada fase. Este processo inclui a finalização de 
todas as atividades terminadas em todos os grupos de processos de gerenciamento 
de projetos para encerrar formalmente o projeto ou uma fase do projeto e transferir o 
projeto terminado ou cancelado, conforme adequado. O processo encerrar o projeto 
também estabelece os procedimentos para coordenar as atividades necessárias 
para verificar e documentar as entregas do projeto, coordenar e interagir para 
formalizar a aceitação dessas entregas pelo cliente ou patrocinador e investigar 
e documentar as razões para as ações tomadas se um projeto for finalizado antes 
do término (abortado). Dois procedimentos são desenvolvidos para estabelecer 
as interações necessárias para realizar as atividades de encerramento em todo o 
projeto ou em uma fase do projeto:
• Procedimento de encerramento administrativo. Este procedimento detalha 
todas as atividades, interações, e funções e responsabilidades relacionadas 
dos membros da equipe do projeto e de outras partes interessadas envolvidas 
na execução do procedimento de encerramento administrativo do projeto. 
A realização do processo de encerramento administrativo também inclui as 
atividades integradas necessárias para coletar os registros do projeto, analisar 
o sucesso ou fracasso do projeto, reunir as lições aprendidas e arquivar as 
informações sobre o projeto para serem usadas futuramente pela organização.
• Procedimento de encerramento de contratos. Inclui todas as atividades e 
interações necessárias para resolver e encerrar qualquer contrato estabelecido 
para o projeto, além de definir as atividades relacionadas que dão suporte ao 
encerramento administrativo formal do projeto. Este procedimento envolve a 
verificação do produto (todo trabalho terminado correta e satisfatoriamente) 
e o encerramento administrativo (atualização dos registros de contratos para 
refletir os resultados finais e arquivar essas informações para uso futuro). Os 
termos e condições de contrato podem também definir especificações para o 
encerramento do contrato que precisam ser parte deste procedimento. A rescisão 
de um contrato é um caso especial de encerramento do contrato que pode 
envolver, por exemplo, a incapacidade de entregar um produto, um estouro 
do orçamento ou uma falta de recursos necessários. Este procedimento é uma 
entrada para o processo Encerrar um contrato.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
172
Encerrar o projeto: entradas
• Plano de gerenciamento do projeto.
• Documentação do contrato.
• Fatores ambientais da empresa.
• Ativos de processos organizacionais.
• Informações sobre o desempenho do trabalho.
• Entregas.
Encerrar o projeto: ferramentas e técnicas
• Metodologia de gerenciamento de projetos.
A metodologia de gerenciamento de projetos define um processo que auxilia 
uma equipe de gerenciamento de projetos na realização dos procedimentos de 
encerramento administrativo e de encerramento de contratos do projeto.
• Sistema de informações do gerenciamento de projetos.
A equipe de gerenciamento de projetos usa o sistema de informações 
do gerenciamento de projetos para realizar os procedimentos de encerramento 
administrativo e de encerramento de contratos em todo o projeto.
• Opinião especializada.
A opinião especializada é aplicada no desenvolvimento e realização dos 
procedimentos de encerramento administrativo e de encerramento de contratos.
Encerrar o projeto: saídas
• Procedimento de encerramento administrativo
 
Este procedimento contém todas as atividades e as funções e 
responsabilidades relacionadas dos membros da equipe do projeto envolvidas 
na execução do procedimento de encerramento administrativo. São desenvolvidos 
e estabelecidos os procedimentos para transferir os serviços ou produtos do 
projeto para a produção e/ou para as operações. Este procedimento fornece uma 
metodologia passo a passo para o encerramento administrativo, que aborda:
• Ações e atividades para definir os requisitos de aprovação das partes interessadas 
em relação a mudanças e a todos os níveis de entregas.
• Ações e atividades necessárias para confirmar que o projeto atendeu a todos os 
requisitos do patrocinador, cliente e outras partes interessadas, verificar se todas 
as entregas foram fornecidas e aceitas e validar o atendimento dos critérios de 
saída e de término.
TÓPICO 3 | ADMINISTRANDO OS RESULTADOS E ENCERRANDO O PROJETO EMPRESARIAL
173
• Ações e atividades necessárias para satisfazer os critérios de saída ou de término 
do projeto.
• Procedimento de encerramento de contratos
Este procedimento é desenvolvido para fornecer uma metodologia passo a 
passo que aborda os termos e condições dos contratos e quaisquer critérios de saída 
ou de término necessários para o encerramento do contrato. Ele contém todas as 
atividades e responsabilidades relacionadas dos membros da equipe do projeto, 
clientes e outras partes interessadas envolvidos no processo de encerramento de 
contratos. As ações realizadas encerram formalmente todos os contratos associados 
ao projeto terminado.
• Produto,	serviço	ou	resultado	final
A aceitação formal e a entrega do produto, serviço ou resultado final que 
o projeto foi autorizado a produzir. A aceitação inclui o recebimento de uma 
declaração formal de que os termos do contrato foram atendidos.
• Ativos de processos organizacionais (atualizações)
O encerramento incluirá o desenvolvimento do índice e localização da 
documentação do projeto usando o sistema de gerenciamento de configuração.
• Documentação da aceitação formal. Foi recebida confirmação formal do 
cliente ou do patrocinador de que os requisitos do cliente e as especificações do 
produto, serviço ou resultado do projeto foram atendidos. Este documento indica 
formalmente que o cliente ou patrocinador aceitou oficialmente as entregas.
• Arquivos do projeto. A documentação resultante das atividades do projeto; 
por exemplo, plano de gerenciamento do projeto, escopo, custo, cronograma e 
linhas de base da qualidade, calendários de projeto, registro de riscos, ações de 
respostas a riscos planejadas e impacto do risco.
• Documentos de encerramento do projeto. Os documentos de encerramento do 
projeto consistem na documentação formal que indica o término do projeto e a 
transferência das entregas do projeto terminadas para outros, como um grupo 
de operações. Se o projeto foi finalizado antes do término, a documentação 
formal indicará porque o projeto foi finalizado e formalizará os procedimentos 
da transferência das entregas acabadas ou não acabadas do projeto cancelado 
para outros.
• Informações históricas. As informações históricas e as informações sobre 
as lições aprendidas são transferidas para a base de conhecimento de lições 
aprendidas, para serem usadas por futuros projetos.
FONTE: PMI. Guia PMBOK. (2004, p. 100)
174
Neste tópico você estudou:
• Diversas mudanças poderão ocorrer no andamento de um projeto empresarial. 
Entre elas podemos destacar: solicitações dos stakeholders, dos integrantes da 
equipe, cortes nos orçamentos, mudanças organizacionais, mudanças indiretas, 
entre outras.
• Os cronogramas podem ser encurtados de duas maneiras: por paralelismo e 
por compressão.
• O encerramento de um projeto empresarial deve atentar para o encerramento 
dos contratos com terceiros e o encerramento administrativo.
RESUMO DO TÓPICO 3
175
AUTOATIVIDADE
Responda às questões a seguir:
1 Explique com suas palavras as formas de encurtamento de cronograma 
(compressão e paralelismo):
 _________________________________________________________________
_________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2 Ao encerrar um projeto empresarial deve-se observar o encerramento de 
contratos com terceiros e o encerramento administrativo. Fale sobre estes 
encerramentos.
 _________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3 Quais são as ferramentas e técnicas sugeridas pelo PMI no encerramento de 
projetos empresariais?
 _________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
176
177
TÓPICO 4
PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E 
FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE DE 
UM PROJETO EMPRESARIAL
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
No último tópico da terceira unidade deste Livro de estudoss 
apresentaremos alguns documentos, instrumentos e ferramentas que poderão 
auxiliar na gestão de um projeto empresarial. Veja:
2 DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS
Em todo o Livro de estudoss da disciplina Projetos Empresariais você 
pôde conhecer diversas ferramentas que podem ser utilizadas para agilizar e 
organizar melhor um projeto. Neste tópico acrescentaremos algumas ferramentas 
que, porventura, ainda não tenham sido abordadas.
2.1 PLANEJAMENTO
A fase do planejamento é de fundamental importância na gestão de um 
projeto empresarial. É a partir dele que poderá se estimar questões como prazos 
e custos de um projeto. Desta forma, quanto mais detalhado for o planejamento, 
menor será a possibilidade de erros quanto à execução e a implementação 
do mesmo. Sendo assim, Maximiano propõe um roteiro bastante completo, 
contendo os itens que devem ser pensados no momento de se planejar um projeto 
empresarial. Este roteiro pode ser adaptado de acordo com o projeto para o qual 
o mesmo for aplicado.
Conheça o roteiro de Maximiano no quadro a seguir.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
178
Número 
do Item Item
0 PLANO DE PROJETO
0.1 Nome do projeto:
0.2
Problema	ou	oportunidade	(justificativa	do	projeto)
Problema a ser resolvido, ou necessidades a serem atendidas, ou oportunidade 
a ser aproveitada, ou objetivo a ser atingido. Por exemplo, o aprimoramento da 
competitividade da empresa, por meio do lançamento de um novo produto ou o 
aumento da capacidade produtiva, por meio da ampliação das instalações.
0.3
Objetivo
Identificação do produto que o projeto fornecerá. Por exemplo: o projeto consiste em 
ampliar e modernizar a linha de produção da empresa.
0.4
Descrição do produto
Descrição do produto, com especificações básicas de desempenho (o que o produto 
será capaz de fazer).
Comparação com produtos alternativos, similares ou concorrentes.
Esta parte da preparação do plano é difícil. O roteiro presume que você tenha realizado 
atividades anteriores que consomem tempo e recursos. A descrição do produto pode 
exigir levantamentos, elaboração de desenhos, construção de modelos ou exemplares 
para estudos e realização de testes, caracterizando um miniprojeto dentro de outro.
0.5 Custo estimado
Estimativa de custos.
0.6 Prazo estimado
Estimativa de duração do projeto.
0.7 Benefícios esperados
Vantagens que serão alcançadas com a realização do projeto.
1 PREMISSAS E RESTRIÇÕES
1.1
Descrição das principais premissas
Hipóteses que sustentam o projeto ou condições que o facilitam. Por exemplo, o sucesso 
do projeto está condicionado ao entendimento das especificações definidas pelo cliente.
1.2 Descrição das principais restrições
Principais dificuldades que o projeto enfrentará.
2 ANÁLISE DOS STAKEHOLDERS (OU PARTES INTERESSADAS)
2.1 Principais partes interessadas
Pessoas ou organizações que participarão do projeto ou serão por ele afetadas.
2.2 Natureza do interesse
De que forma essas pessoas ou organizações participarão ou serão afetadas pelo projeto?
2.3 Posição favorável ou desfavorável
Posição de cada parte interessada: a favor, contra ou neutra em relação ao projeto.
3 CICLO DE VIDA E ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO
3.1 Principais fases do projeto e resultados esperados em cada uma
Fases principais do projeto e resultado(s) em cada uma.
3.2
Como o projeto será colocado em prática?
Estratégia para fazer o projeto funcionar – por onde você pretende começar, com quem 
pretende contar, que recursos pretende mobilizar e assim por diante.
4 VIABILIDADE E IMPACTOS
TÓPICO 4 | PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE DE UM 
PROJETO EMPRESARIAL
179
4.1
Viabilidade de mercado:
- Há mercado para o produto/serviço do projeto?
- Identificação da concorrência.
- Competitividade do produto em comparação com os da concorrência.
- Previsão de vendas ou de utilização do produto/serviço.
- Potencial de geração de receitas.
- Retorno potencial do investimento. 
4.2
Viabilidade técnica
- Disponibilidade de fontes de fornecimento dos recursos materiais necessários para 
realizar o projeto e fornecer o produto/serviço.
- Garantia quanto ao fornecimento dos recursos materiais necessários, dentro dos prazos 
programados e do orçamento.
- Necessidade de construções.
- Necessidade de modificações nos processos produtivos.
4.3
Viabilidade social e ambiental
- Impactos sobre o ambiente.
- Impactos sobre as pessoas – saúde, segurança, bem-estar.
- Impactos sobre a sociedade – patrimônio cultural.
- Necessidade de estratégias de compensação dos impactos.
- Previsão no escopo para lidar com esses impactos.
- Disponibilidade de fundos para fazer estudos de impactos e lidar com eles.
4.4
Viabilidade de recursos humanos
- Disponibilidade de mão de obra
- Planejamento de processos de recrutamento, seleção, treinamento etc. da mão de obra.
- Disponibilidade de fundos para tratar das questões relativas à viabilidade de recursos 
humanos.
5 ESCOPO
5.1 Declaração de escopo do projeto
Repetir linha 0.3.
5.2 Detalhamento do escopo
Estrutura analítica detalhando os produtos fornecidos pelo projeto.
5.3
Plano de gerenciamento do escopo
Como serão administradas as mudanças que ocorrerem ao longo do projeto? Por 
exemplo: se o cliente desejar uma mudança no escopo, como será administrado o 
impacto sobre o orçamento? Quem pode autorizar as mudanças? Que documentos 
devem ser providenciados e assinados para que a mudança possa ser feita?
6 PRAZO
6.1 Lista de atividades
Lista das atividades necessárias para realizar os produtos, com base na EAP.
6.2 Duração das atividades
Definição do começo e do término das atividades, para calcular a duração do projeto.
6.3 Precedência
Ordem em que as atividades serão realizadas, bem como as interdependências entre elas.
6.4 Cronograma
Cronograma do projeto.
7 CUSTOS
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
180
7.1
Previsão de custos
Recursos necessários para realizar o projeto, tomando por base a estrutura analítica e 
o cronograma:
- Mão de obra – por categoria profissional.
- Instalações.
- Equipamentos.
- Material de consumo.
- Serviçosde terceiros.
- Outras despesas.
7.2 Estimativa dos custos
Custo unitário e o custo total de cada recurso.
7.3 Orçamento global
Por período do projeto.
7.4 Curva de custos
Custos acumulados ao longo do tempo total do projeto.
8 PESSOAS
8.1 Organograma
Organograma do projeto e sua alocação dentro da estrutura da empresa.
8.2
Matriz de responsabilidades
Organograma linear, especificando as responsabilidades e a autoridade dentro da 
equipe do projeto.
8.3
Recrutamento
Competências necessárias para os membros da equipe do projeto. Identificação das 
pessoas que têm essas competências e onde estão alocadas.
8.4
Plano de gerenciamento de equipe
Forma de gerenciamento da equipe – qual será a relação com os chefes funcionais, quais 
serão o modelo e os horários de trabalho, e assim por diante.
9 RISCOS
9.1
Identificação	dos	riscos
Principais problemas e eventos desfavoráveis que possam comprometer o andamento 
do projeto e a realização de seus objetivos.
9.2
Estimativa de impacto e probabilidade
Probabilidade de os riscos acontecerem e impacto sobre o projeto. Classificação dos 
riscos de acordo com esses dois critérios.
9.3 Plano de gerenciamento dos riscos
Estratégias de resposta aos riscos.
10 QUALIDADE
10.1 Especificações	funcionais	do	produto
Expectativas e “voz do cliente”, que definem as especificações funcionais do produto.
10.2 Indicadores de sucesso do projeto (o projeto será bem-sucedido se...)
Como o sucesso do projeto poderá ser medido?
10.3
Procedimentos e métodos para garantir a qualidade do produto e do projeto
Plano de garantia e gestão da qualidade, para assegurar que as especificações funcionais 
e os indicadores de sucesso serão atendidos.
10.4 Controle da qualidade
Definição dos procedimentos, técnicas e momentos de controle da qualidade.
11 COMUNICAÇÃO
TÓPICO 4 | PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE DE UM 
PROJETO EMPRESARIAL
181
11.1
Documentos a serem gerados ao longo do projeto
Lista dos documentos necessários para o gerenciamento do projeto: plano do projeto, 
lista dos nomes e endereços dos membros da equipe, orçamento, contratos, plantas e 
documentação técnica de produtos, notas fiscais, calendário de reuniões etc.
11.2
Necessidades de comunicação a serem atendidas
Lista das pessoas e organizações envolvidas no projeto e suas necessidades de 
informação: quem e quais são, de que tipo de informação necessitam e em que 
momentos.
11.3
Plano de distribuição de informações
Plano de distribuição da informação para as partes interessadas: quem receberá quais 
informações em que momento, e em que formato.
11.4 Programação de reuniões
Calendário de reuniões com a equipe, fornecedores e outros envolvidos.
12 FORNECEDORES
12.1
Lista de recursos
Lista de recursos a serem adquiridos para a execução do projeto: materiais, serviços de 
terceiros, máquinas e equipamentos, instalações etc.
12.2 Fornecedores potenciais
Potenciais fornecedores desses recursos.
12.3
Plano de aquisições
Plano de aquisição dos recursos: de quem e quando serão comprados, por qual 
modalidade de contratação, como será feito o controle das entregas e da qualidade 
dos materiais e serviços etc.
13 OUTROS ELEMENTOS
13.1 Acrescente em seu plano de projeto outros elementos que julgar necessários.
FONTE: Maximiano (2010, p.141)
2.2 CONTROLE
Na etapa de controle é feito o monitoramento dos resultados obtidos a 
partir do projeto empresarial. No entanto, a definição de quais aspectos serão 
medidos já deverá ser prevista no planejamento do projeto. Desta forma, o 
acompanhamento é feito com calma e maior precisão.
Vamos conhecer as ferramentas de análise de desempenho disponíveis 
para esta fase do projeto empresarial:
Reuniões de revisão do status. As reuniões de status do projeto lhe 
permitem coletar informações dos integrantes da equipe do projeto a respeito 
do andamento. […]. Não se esqueça de fazer visitas informais à sua equipe 
para se manter atualizado em relação ao desempenho do projeto.
Análise da variação. Esta técnica compara os resultados esperados do 
plano do projeto com os resultados reais para determinar se existem variações. 
Você vai utilizar esta técnica primeiramente para verificar as variações no 
cronograma, no orçamento e na qualidade. A análise da variação também pode 
ser utilizada para medição das especificações de riscos, escopo e desempenho.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
182
Análise das tendências. Esta análise envolve a análise periódica 
dos resultados do projeto para verificar se o desempenho do projeto está 
melhorando ou piorando. Fórmulas matemáticas são utilizadas nesta técnica 
para prever resultados do projeto com base em informações históricas.
Análise do valor agregado. Esta técnica é a mais frequentemente 
utilizada para determinar o desempenho do projeto. O valor agregado é 
único porque calcula as medidas de custo, cronograma e escopo para poder 
determinar vários índices, medidas de desempenho e variações. Diversas 
fórmulas e medidas são utilizadas nesta técnica para determinar os custos 
previstos do projeto na sua conclusão, os custos reais do projeto até a presente 
data em relação aos custos orçados, variações no cronograma, índices de 
desempenho etc. [...].
Inspeção. Esta técnica é utilizada com mais frequência no controle de 
qualidade. Ela envolve ver fisicamente os resultados e medi-los ou testá-los para 
verificar se atendem aos requisitos ou padrões de qualidade descritos no plano.
Gráfico	de	controle. Esses gráficos são utilizados para medir e traçar 
os resultados dos processos ao longo dos prazos. Você pode medir e mostrar 
variações, acompanhar medidas, comparar variáveis etc. Existem diversas 
formas de gráficos de controle, incluindo gráficos de controle de variação, 
fluxogramas, Diagrama de Pareto, diagramas de dispersão e inúmeros controles 
de diferentes setores. (HELDMAN, 2005, p. 238).
2.3 ENCERRAMENTO
O encerramento do projeto deve resultar em um documento final que, 
para Menezes, deve conter:
• avaliação dos documentos utilizados no acompanhamento do 
projeto;
• avaliação do processo de gerenciamento do projeto: reuniões, 
trabalhos interativos, sequência de ações;
• quantificação e atingimento dos objetivos;
• riscos: como foram geridos, investimentos realizados e benefícios 
colhidos;
• custos incorridos, maiores desvios (positivos ou negativos);
• equipe: formação, mudanças, relacionamentos, envolvimentos e 
comprometimentos;
• técnico: ações e documentos que contribuíram com o projeto, 
processos utilizados, desenvolvidos ou aperfeiçoados;
• tecnológicos: aquisição ou desenvolvimento de know how, outros 
desenvolvimentos, benchmarking realizado;
• documentos legais necessários. (MENEZES, 2009, p. 213).
TÓPICO 4 | PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE DE UM 
PROJETO EMPRESARIAL
183
Duffy (2006, p. 88) afirma que este relatório final deve conter:
• Status atual do projeto: quais eram os objetivos originais e o que foi 
realizado?
• Status futuro: o que acontecerá com o projeto, agora que foi 
concluído? Será incorporado a um processo de produção 
permanente, fará parte de um processo maior ou foi uma entidade 
isolada que atingiu seus objetivos?
• Status das atividades críticas permanente: qual é a atual situação 
das tarefas permanentes, que envolvem elevados níveis de risco 
técnico ou são executadas por fornecedores ou subempreiteiros 
externos sobre os quais o administrador do projeto tem controle 
apenas limitado?
• Avaliação dos riscos: existem ou existiram riscos que possam 
acarretar perdas financeiras, o fracasso de um projeto ou outros 
percalços?
• Informações relevantes para outros projetos: quais foram as 
lições aprendidas que poderão ser aplicadas a outros projetos em 
andamento ou na fase de planejamento?
• Limitações de auditoria: existem fatores que possam limitar 
a validade da auditoria? Existem pressupostos passíveis de 
modificação ou informaçõesinsuficientes ou duvidosas? Algum 
membro do grupo ou da equipe parece relutante em fornecer 
informações completas? (DUFFY, 2006, p. 88).
A ferramenta proposta por Duffy chamada de “Análise da Desmobilização 
e das Lições Aprendidas” é um documento interessante a ser aplicado nesta 
fase de encerramento do projeto. Vamos conhecê-la mantendo o exemplo 
desenvolvido pelo autor.
QUADRO 17 – ANÁLISE DE DESMOBILIZAÇÃO E DAS LIÇÕES APRENDIDAS
 Análise da Desmobilização e das Lições Aprendidas
Nome do projeto: Phoenix Data: 29/05/200x
Presentes à reunião: Rafael, Phil e Carmem
Fase / 
Tarefa do projeto O que deu certo O que não deu certo Formas de melhorar
Aquisição dos equipa-
mentos.
Servidores de rede ob-
tidos dentro do prazo 
e do orçamento.
Problemas de logística 
com a disponibilidade 
de servidores de base 
de dados: houve atra-
so. Emitido um pedido 
incluindo a despesa 
adicional.
Necessidade de ad-
quirir mais cedo os 
equipamentos.
Provisionamento e 
implementação dos 
equipamentos.
As iniciativas de Rafael 
e Carmem permitiram 
que recuperássemos 
dois dias durante a fase 
de provisionamento.
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
184
Testes dos equipamen-
tos
A fase de testes teve 
sucesso; foi descober-
to um bug na base de 
dados, devidamente 
corrigido antes da 
transposição.
Ativação dos equipa-
mentos
Transposição suave 
com um mínimo de 
inatividade.
Alguns usuários igno-
ravam a existência de 
um breve período de 
inatividade.
Divulgar mais agres-
sivamente a janela de 
trabalho, junto à base 
de usuários.
Testar novamente Os testes foram per-
feitos.
Desativação dos anti-
gos equipamentos
Sites desativados e con-
teúdos apagados rein-
tegrados ao estoque.
A l g u m a c o n f u s ã o 
quanto aos números 
de série e inventário; 
tudo acertado no fim.
Verificar os números 
de série numa fase an-
terior, a fim de mini-
mizar os problemas no 
fim do projeto.
Análise dos objetivos: como o projeto e a equipe se saíram...
Na consecução e no atendimento aos objetivos do projeto?
Sucesso: foram atingidos todos os objetivos.
No	atendimento	aos	prazos	intermediários	e	à	data	de	conclusão	final?
Sucesso: cumprimos o prazo final.
Na monitoração e no cumprimento dos valores orçados?
Sucesso: ficamos perfeitamente dentro dos parâmetros do projeto.
Na comunicação com os stakeholders?
Sucesso parcial: poderíamos ter nos saído melhor se houvéssemos comunicado mais cedo as ne-
cessidades aos indivíduos afetados pelas fases do projeto.
Avaliação	dos	recursos.	Os	recursos	foram	alocados,	a	utilização	deles	foi	suficiente	e	adequada?	
(tempo, pessoal, verbas)
FONTE: Duffy (2006, p. 88)
TÓPICO 4 | PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE DE UM 
PROJETO EMPRESARIAL
185
LEITURA COMPLEMENTAR
CONCLUSÃO DO PROJETO
 Victor Sequeira Roldão
A conclusão de um projeto deve ser planejada com todo o cuidado, pois 
seu encerramento súbito e desordenado pode causar grandes problemas, não só 
imediatamente, mas também no longo prazo, quando determinadas situações, ao 
emergirem, já não têm possibilidade de serem resolvidas.
Nessa fase interessa considerar fundamentalmente os seguintes aspectos:
• humanos e organizacionais;
• técnicos;
• orçamentais e financeiros.
Aspectos humanos e organizacionais
O projeto ainda não está concluído, mas sabe-se que é apenas uma questão 
de tempo. Surgem novas questões:
• Como evitar que o pessoal que ainda está ligado à equipe do projeto desmoralize?
• Como manter o mesmo nível de comunicação com o cliente agora que ele mudou 
os interlocutores (em vez dos engenheiros que acompanharam o projeto nessa 
fase, são os gestores que irão dirigir o empreendimento)?
O final de um projeto é uma fase de transição tão importante como outra 
qualquer. Requer outro estilo de gestão – o estilo diretivo anteriormente seguido 
já não interessa.
A primeira questão a ser resolvida é a dispensa do pessoal atrelado ao 
projeto. Como fazer:
• Dispensar primeiro as pessoas mais capazes, sobretudo porque são elas as 
mais descontentes e, portanto, as que poderão originar maiores conflitos 
nessa fase final?
• Ou, pelo contrário, dispensar os menos qualificados na base do argumento 
de que não estarão à altura de cumprir as funções necessárias em uma equipe 
menor?
• Ou, ainda, dispensar as pessoas segundo uma programação puramente técnica, 
liberando-as à medida que deixam de ser necessárias?
UNIDADE 3 | CONTROLANDO E CONCLUINDO O PROJETO EMPRESARIAL
186
Em qualquer dos casos, e, sendo certo que o projeto deve ser entregue com 
a maior rapidez possível, a experiência mostra que o melhor método é utilizar, 
na conclusão, pessoas que possam, mais tarde, ficar ligadas ao funcionamento, 
ou utilizar pessoas do projeto que mais tarde farão a formação daqueles que irão 
trabalhar na nova entidade criada.
Aspectos técnicos
É conveniente assegurar-se de que todos os testes que foram feitos nos 
equipamentos e instalações estejam documentados em relatórios; verificar se todos os 
desenhos e dados técnicos contêm as últimas modificações introduzidas; estabelecer 
procedimentos futuros (no interesse do cliente), principalmente de manutenção, 
controle de qualidade e formação de pessoal; e delinear o relatório final.
Por serem de maior relevância na transição entre a conclusão do projeto e 
o início da produção, devem-se salientar os seguintes aspectos técnicos:
• Aceitação e testes.
• Manutenção.
• Assistência técnica e formação.
• Informação de suporte.
Aceitação e testes
A aceitação só ocorre após a realização dos testes finais e eventual correção 
de erros, confirmando que as especificações foram cumpridas, que a obra está 
operacional e que as facilidades previstas estão instaladas.
Manutenção
Deve ser fornecida ao cliente toda a política de manutenção com diagnósticos 
de danos pré-preparados, listagem de peças de reserva necessárias, desenhos de 
equipamentos e cuidados especiais.
Assistência técnica e de formação
É um fator de eficiência futura a existência de um plano de assistência 
técnica e de formação, sustentado em bons registros, especialmente dirigido à fase 
de início da produção.
 
Informação de suporte
É importante que sejam fornecidas as seguintes informações principais:
• Informação de suporte da produção e manutenção, e, no caso de haver vários 
fornecedores subcontratados, qual é o coordenador dessa informação.
TÓPICO 4 | PRINCIPAIS DOCUMENTOS, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE DE UM 
PROJETO EMPRESARIAL
187
• Manuais e desenhos do equipamento: manuais técnicos, com os procedimentos 
de operação, manutenção e instalação; lista de peças de reserva identificadas e 
ilustradas, com os nomes dos fabricantes associados.
• Programas de manutenção preestabelecidos.
FONTE: Roldão (2004)
188
Neste tópico você estudou:
• Na etapa planejamento, temos o roteiro para o planejamento de um projeto 
empresarial.
• Na etapa controle, temos à disposição ferramentas como: reuniões, análise da 
variação, análise de tendência, análise do valor agregado, inspeção e gráfico de 
controle.
• Na etapa encerramento, temos o relatório final e a análise de desmobilização e 
das lições aprendidas.
RESUMO DO TÓPICO 4
189
AUTOATIVIDADE
Exercite o conteúdo estudado, refletindo e respondendo às questões a 
seguir:
1 Descreva com suas palavras o roteiro proposto por Maximiano a respeito 
de cada um dos itens que devem ser observados no planejamento de um 
projeto empresarial.
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190
191
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194
ANOTAÇÕES
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____________________________________________________________
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________________________________________________________________________________________________________________________FIGURA 6 – ENTREGÁVEL – CONCEITO
FONTE: . 
Acesso em: 29 fev. 2012.
	Um evento ou serviço: como, por exemplo, uma corrida de Fórmula 1, um 
desfile de moda, um show etc.
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL
11
FIGURA 7 – ENTREGÁVEL – SERVIÇO OU EVENTO
FONTE: . 
Acesso em: 29 fev. 2012.
Outro ponto importante é que todo projeto deve ser “orientado para 
uma mudança benéfica” (MAXIMIANO, 2010, p. 5). Sendo assim, o projeto tem 
características de uma ferramenta que deve trazer soluções para um problema 
da empresa.
Destaca-se também o fato de um projeto ser “definido por recursos de 
ordem quantitativa e qualitativa” (MAXIMIANO, 2010, p. 5), já que dependerá 
de investimentos financeiros para ser executado, bem como, de informações para 
ser elaborado.
Outra característica importante de um projeto é a sua temporalidade. 
Projetos são temporários. Isso significa que para ser definido como projeto é 
preciso que exista um prazo para início, bem como um prazo para finalização 
do mesmo. Pode durar vários anos, mas sua duração de execução é finita. Veja 
que este prazo finito não está relacionado ao resultado do projeto. Por exemplo, 
escrever um livro pode ser um projeto. O autor tem um prazo finito para escrevê-
lo, mas este mesmo livro poderá permanecer nas estantes das livrarias e nas casas 
de seus leitores por período indeterminado.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
12
IMPORTANTE
As principais características percebidas em um projeto empresarial são:
• Esforço planejado.
• Resultado singular.
• Orientado para uma mudança benéfica.
• Gerado a partir de recursos quantitativos e qualitativos.
• Finito.
2.4 CLASSIFICAÇÕES DE PROJETOS EMPRESARIAIS
“Existem diversas formas de se classificar um projeto empresarial. Uma 
delas é quanto à sua categorização. Sendo assim, eles podem ser: estratégicos, 
operacionais, emergenciais ou compulsórios”. (GRAY; LARSON, 2003, apud 
MAXIMIANO, 2010, p. 20).
• Estratégicos: são os projetos que trarão soluções inovadoras para o negócio da 
empresa. Estão diretamente ligados aos objetivos de longo prazo da mesma 
e ao seu poder de competitividade frente a seus concorrentes. Ou seja, tais 
projetos influenciarão o desempenho da empresa e a sua sobrevivência no 
mercado.
• Operacionais: para Maximiano (2010, p. 20), “projetos de ampliação de 
instalações, campanhas de vendas e o processo de recrutamento de estagiários 
são exemplos de projetos operacionais”.
• Emergenciais: são os projetos que trarão soluções para situações inesperadas e 
de emergência, como, por exemplo, um incêndio, uma enchente etc.
• Compulsório: “são empreendidos para atender a obrigações criadas pela 
legislação – por exemplo, estudos de impacto ambiental, instalação de 
equipamentos de proteção” (MAXIMIANO, 2010, p. 20), entre outros.
Dentro das categorias citadas acima, os projetos ainda podem ser 
classificados por seu tamanho: grande, médio ou pequeno porte. Tal classificação 
dependerá do tamanho da empresa que está desenvolvendo o projeto. Perceba 
que um projeto de pequeno porte, para uma multinacional, pode ser um projeto 
de grande porte para uma microempresa.
Segundo Woiler (2008, p. 15), os projetos podem ser classificados:
• Em função do setor econômico, o projeto poderá ser classificado 
como: agrícola, industrial ou de serviços.
• Em função do impacto que o projeto causará na empresa, o mesmo 
poderá ser classificado como: de implantação, de expansão ou de 
ampliação, de modernização, de relocalização, de diversificação.
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL
13
• Em função do uso do mesmo a partir do processo decisório até sua 
implantação, poderá ser classificado como: de viabilidade (projeto 
que busca identificar a viabilidade interna da própria empresa), 
final (quando o projeto já existe é só há necessidade de uma 
documentação para formalizá-lo) ou de financiamento (projetos 
feitos para “atender às exigências e quesitos dos órgãos” que estão 
financiando o projeto). (WOILER, 2008, p. 16).
De maneira geral, fazer uso da abordagem de um projeto empresarial 
significa, em primeira instância, definir se a atividade que se propõe executar está 
enquadrada no perfil de um projeto, e em um segundo momento é importante que 
se defina quem será o gerente e a equipe responsável pela elaboração do projeto.
No próximo tópico falaremos sobre as pessoas envolvidas em cada etapa 
de um projeto empresarial.
NOTA
A leitura complementar que segue foi extraída do livro “Gerenciamento 
de projetos”, dos autores: João Ricardo Barroca Mendes, André Bittencourt do Valle, 
Marcantonio Fabra.
Os exemplos citados pelos autores fazem parte de um estudo de caso abordado em todo 
o livro. Este estudo de caso se trata de um projeto fictício, cujo foco é a construção de uma 
tumba do Faraó Ramsés XIII. O responsável por tal projeto se chama Imhotep, um experiente 
funcionário da empreiteira Nilo.
Conheça todo o estudo de caso lendo o livro completo. Isto o(a) ajudará a entender todo o 
processo que envolve um projeto empresarial.
Bibliografia recomendada: MENDES, João Ricardo Barroca. Gerenciamento de projetos. Rio 
de Janeiro: Editora FGV, 2009.
FIGURA 8 – LIVRO “GERENCIAMENTO DE PROJETOS”
FONTE: . 
Acesso em: 29 fev. 2012.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
14
O QUE É UM PROJETO?
João Ricardo Barroca Mendes
André Bittencourt do Valle
Marcantonio Fabra
Se vamos gerenciar um projeto, é bom sabermos o que isto significa. O 
Instituto de Gerenciamento de Projetos ou Project Management Institute – PMI 
(2004) define projeto como um esforço temporário empreendido para criar um 
produto, serviço ou resultado único.
Vemos logo que, para um esforço ser considerado um projeto, ele precisa 
ser temporário, isto é, precisa ter definidas as datas para seu início e seu término. 
Se alguém começa um esforço, mas não define uma data para terminá-lo, não pode 
chamar isso de projeto ou, pelo menos, não conseguirá usar a maioria das técnicas 
específicas de gerenciamento de projetos. Em nosso exemplo, o faraó combinou com 
o gerente do projeto que ele durará em torno de 28 meses a contar de seu início.
Um projeto também precisa gerar algo único. Se tivermos uma linha de 
produção, podemos ter produtos virtualmente indistinguíveis uns dos outros e, 
assim, é relativamente simples estabelecer uma rotina. Mas projetos se caracterizam 
precisamente pela falta de rotina, ou seja, pela presença do inesperado. Em parte, 
isso se deve ao fato de que nenhum projeto é igual a outro. Podemos ter construído 
dezenas de grandes tumbas semelhantes, sem nenhum problema grave, mas nada 
impede que, nesse projeto específico, aconteçam eventos inesperados que ajudem 
ou atrapalhem o gerente do projeto.
Outro motivo da presença da incerteza vem do fato de os projetos serem 
progressivamente elaborados, isto é, em seu início raramente temos especificações 
detalhadas no nível que precisamos. De fato, faz parte do trabalho no projeto 
aumentar progressivamente o conhecimento sobre ele mesmo. No início de nosso 
projeto podemos ter uma especificação básica com as dimensões aproximadas 
da tumba, bem como seu estilo arquitetônico. Mas somente quando tivermos 
terminado o trabalho de desenho de arquitetura e das plantas de engenharia é 
que poderemos ter informação suficiente para planejarmos a construção com os 
detalhes necessários.
Como os projetos surgem?
Com frequência, quando um gerente é envolvido em um projeto, este já 
existe. A decisão de executá-lo já foi tomada e, por isso, alguns gerentes de projetos 
não se preocupam com ela. Mas Imhotep é um gerente de projetos experiente e 
sabe que deve questionar as razões de criação dos projetos que executa, se quiser 
ter sucesso em cumpri-las.LEITURA COMPLEMENTAR
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO E IDENTIFICANDO UM PROJETO EMPRESARIAL
15
Segundo o PMI (2004), os projetos surgem quando uma organização 
demanda ações que não podem ser executadas dentro de seus limites operacionais 
normais. Essas ações são (ou deveriam ser) consequências de uma necessidade 
estratégica identificada. Dessa maneira, projetos surgem de considerações 
estratégicas, como:
• uma demanda legal – quando uma mudança na lei ambiental força a reforma 
de uma barragem em um afluente do rio Nilo;
• um avanço tecnológico – quando a descoberta do aço leva a um projeto de 
modernização das armas do exército do faraó;
• uma demanda de mercado – quando um aumento do consumo de papiro faz 
com que a Casa Real autorize um projeto de expansão da área irrigada para sua 
produção.
Em nosso caso, Imhotep identificou, na verdade, duas causas básicas para 
o projeto:
• Uma requisição do cliente – do ponto de vista da empreiteira Nilo, o projeto 
Tumba do Faraó surge em resposta a uma solicitação da Casa Real. Nesse caso, 
a motivação, tipicamente, é um ganho financeiro mais ou menos imediato.
• Uma necessidade organizacional – do ponto de vista da própria Casa Real, a 
construção da tumba permite atingir um objetivo estratégico de qualidade de 
além-vida para o faraó, além de representar um símbolo de poder e prestígio 
para a organização.
O gerente de projeto deve compartilhar esses dois pontos de vista, 
priorizando o ponto de vista do cliente, mesmo quando existirem pressões em 
contrário na sua própria organização.
Seleção do projeto
Tumba do Faraó não é o único projeto ativo, nem da Casa Real, nem da 
empreiteira Nilo. Isso é normal. O problema é que nenhuma organização tem 
recursos finitos. É inevitável que os interesses dos diversos executivos, sejam 
estratégicos ou não, façam surgir demandas por mais projetos do que ela tem 
condições de empreender dentro de seu horizonte de planejamento. Na verdade, 
Kendall (2003) afirma que a maioria das empresas cai na armadilha de ter bem 
mais projetos ativos do que seria adequado para a capacidade disponível de 
seus recursos. Isso faz com que elas acabem terminando menos projetos do que 
teriam se escolhessem um grupo menor e mais adequado de projetos ativos. Esse 
resultado pode não ser imediatamente intuitivo, mas fica evidente se analisarmos 
os efeitos negativos que o excesso de multitarefa e a falta de priorização podem 
ter na produtividade das equipes.
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
16
A expressão portfólio de projetos tem sido usada cada vez mais para definir 
o grupo de projetos que uma organização se propõe a executar. O PMI (2006) 
define portfólio de projetos como uma coleção de projetos e programas (grupo 
de projetos gerenciados de forma coordenada para obtenção de benefícios que 
não poderiam ser obtidos se gerenciados individualmente) que são agrupados de 
forma a facilitar seu gerenciamento e alinhamento com os objetivos estratégicos 
da empresa. O núcleo do gerenciamento de portfólio é composto pelas tarefas de 
avaliação e seleção dos projetos. Se feitas de forma correta, essas tarefas garantem o 
alinhamento do portfólio com a estratégia da empresa. Enquanto o gerenciamento 
de projetos se preocupa em executar o trabalho corretamente, o gerenciamento de 
portfólio se preocupa em definir qual é o trabalho correto a ser feito.
Meredith e Mantel (2000) têm uma abordagem interessante para a questão da 
seleção de projetos. Eles lembram que existe uma série de modelos (não numéricos, 
numéricos financeiros, numéricos não financeiros) que são fundamentais para 
auxiliar na seleção dos projetos, mas é importante lembrar que:
• Modelos não tomam decisões. Pessoas tomam decisões. É a gerência sênior que 
precisa assumir a responsabilidade e ela não pode ser delegada a uma mera 
planilha eletrônica.
• Não importa o quanto sejam sofisticados, todos os modelos são apenas 
representações parciais da realidade. O que, no fundo, é um dos motivos por 
que a decisão final precisa estar na mão dos gestores e não automatizada por 
um procedimento simplista.
Mesmo que façamos uma boa seleção de projetos, ainda temos uma questão 
adicional não menos importante. Podemos ter livrado os projetos selecionados da 
competição com projetos dispensáveis, mas eles ainda têm que competir entre si. 
Quando um membro da equipe recebe solicitações simultâneas de vários projetos, 
ele tem que decidir o que fazer primeiro. A grande questão é induzir que todas as 
pessoas tomem essas decisões de forma consistente ao longo da empresa. Quando 
os líderes não definem claramente as prioridades, por exemplo, quando definem 
tudo como prioritário, cada indivíduo, do técnico mais qualificado ao estagiário, 
usará seus próprios critérios para definir o que fará primeiro. Com todos remando 
em direções diferentes, é inevitável que a maior parte dos projetos sofra atrasos.
Nosso projeto em particular recebeu o nível máximo de prioridade para a 
Casa Real, mesmo competindo com outros projetos que geram retorno financeiro. 
Essa é uma boa notícia para Imhotep! Mas nosso gerente de projeto ainda precisa 
lidar com a possibilidade de que as outras organizações envolvidas não vejam 
esse projeto com o mesmo nível de importância. Também há a possibilidade de 
que a Casa Real não seja consistente em seguir a escala de prioridades definida 
pela alta gerência. Infelizmente, este é um fenômeno comum que só se resolve pela 
persistência e pelo exemplo dos líderes da organização.
FONTE: Mendes; Valle; Fabra (2009, p. 19-22)
17
Neste tópico apresentamos:
• Os principais conceitos acerca do termo Projetos Empresariais.
Os projetos existem para auxiliar no desenvolvimento de atividades 
inovadoras e que não sejam rotineiras. Eles têm datas de início e de finalização e 
criam um produto único.
• Benefícios
• É independente das atividades rotineiras.
• É simples em seu propósito e escopo.
• É facilmente mensurado (medido).
• É gerador de motivação entre os integrantes de sua equipe, por ser uma 
atividade que fuja da rotina dos mesmos.
• Busca o desenvolvimento individual dos integrantes da equipe.
• Busca resolver problemas com discrição e segurança.
• Tem facilidade de distribuição e mobilidade, podendo ser planejado a partir 
de qualquer local.
• Características
• É um esforço planejado.
• Tem resultado singular.
• É orientado para uma mudança benéfica.
• É gerado a partir de recursos quantitativos e qualitativos.
• É finito.
• Classificações
• Quanto à sua categorização, eles podem ser: estratégicos, operacionais, 
emergenciais ou compulsórios.
• Quanto ao seu tamanho, eles podem ser: grandes, médios ou de pequeno porte.
• Quanto ao seu tipo, eles podem ser:
• Em função do setor econômico: agrícola, industrial ou de serviços.
• Em função do impacto na empresa: de implantação, de expansão ou de 
ampliação, de modernização, de relocalização, de diversificação.
• Em função do uso do mesmo a partir do processo decisório até sua 
implantação: de viabilidade, final ou de financiamento.
• Surgimento de um projeto empresarial
Poderão surgir a partir de: uma demanda legal, um avanço tecnológico e/
ou uma demanda de mercado.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
Exercite o conteúdo estudado, refletindo e respondendo às questões 
a seguir:
1 No nosso dia a dia também temos atividades rotineiras e atividades 
inovadoras. Dê exemplos destas atividades que você já tenha vivenciado e 
descreva, com suas palavras, as diferenças que você percebeu entre elas.
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2 Na leitura complementar que acabou de ler, você percebeu que um projeto 
empresarial surge a partir de uma necessidade estratégica previamente 
identificada. Esta necessidade estratégica pode ser: uma demanda legal, 
um avanço tecnológico ou uma demanda de mercado. Explique, com suas 
palavras, cada uma destas três necessidades estratégicas.
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AUTOATIVIDADE
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3 Você conheceu, no Quadro 1 deste tópico da Unidade 1, conceitos de 
diversos pesquisadores renomados sobre Projetos Empresariais. Chegou a 
hora de você criar o seu próprio conceito sobre este termo. Então responda: 
Para você, o que é um projeto empresarial?
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4 Você já participou de um projeto empresarial? Se sim, responda: quais os 
benefícios que foram citados em seu Livro de estudoss que você percebeu 
presentes no projeto de que participou? E, caso tenha percebido outros 
benefícios, liste-os:
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TÓPICO 2
OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO 
EMPRESARIAL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Segundo Maximiano (2010, p. 174), “não há projetos estritamente 
individuais” [...]. Além disto, a equipe de cada projeto é formada por uma infinidade 
de grupos. Cada grupo está em busca da satisfação de interesses específicos. 
Todos esses grupos de pessoas envolvidas são chamados de stakeholders. 
Veja na figura a seguir alguns exemplos de grupos que compõem os 
stakeholders. 
 
Obs.: Veremos este assunto no Tópico 1 da Unidade 3 com maior 
profundidade.
FIGURA 9 – STAKEHOLDERS
FONTE: A autora
CLIENTES
STAKEHOLDERS
ACIONISTAS
CONCOR-
RENTES
PARCEIROS
GOVERNO
FINANCIA-
DORES
MÍDIA
FORNECE-
DORES
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
22
Com tantas pessoas envolvidas em um projeto, sabe-se que o resultado 
satisfatório do mesmo demanda um líder e uma equipe competentes e aptos a 
transpor os inúmeros obstáculos que possam surgir durante qualquer uma das 
etapas de um projeto.
Neste tópico vamos conversar sobre quais são as competências de um 
gerente de projetos, as funções dos envolvidos no projeto, as responsabilidades 
do gerente do projeto, além de outras questões pertinentes a este assunto.
2 FUNÇÕES DOS ENVOLVIDOS EM UM PROJETO 
EMPRESARIAL
Segundo Maximiano (2010, p. 192), “organizar é o processo de dividir 
tarefas, segundo algum critério, atribuí-las a pessoas e criar uma estrutura 
organizacional para coordenar os grupos que resultaram da divisão”.
Esta divisão de tarefas ocorrerá mediante dois pontos principais: a 
responsabilidade mediante a tarefa assumida e a autoridade, também chamada 
de poder de decisão, que o cargo ocupado pelo indivíduo exige. Tanto a 
responsabilidade quanto a autoridade são definidas, conforme os agrupamentos 
feitos nas empresas, na forma de cargos e departamentos, ou seja, de acordo com 
a organização proposta pela empresa.
O agrupamento de cargos e departamentos formará a estrutura 
organizacional da empresa de maneira a organizar a distribuição de tarefas e a 
coordenação dos grupos.
Estrutura organizacional é um padrão de interações, agrega os 
componentes tecnológicos e humanos da organização, de forma a 
assegurar que os objetivos próprios da organização sejam desenvolvidos 
e implementados em um dado contexto. Para atingir esses objetivos é 
preciso encontrar mecanismos eficientes de coordenação, integração e 
de fluxo de informação que permitam reduzir a incerteza na tomada 
de decisão. (ROLDÃO, 2007, p. 31).
As estruturas organizacionais citadas, de acordo com o PMI (2004, p. 28), 
são: “estrutura funcional, estrutura por projeto e estrutura matricial”.
Vejamos cada uma delas:
• Estrutura Funcional: de acordo com Menezes (2009, p. 92), nesta estrutura “são 
agrupadas na mesma unidade pessoas que realizam atividades dentro de uma 
mesma área técnica. Exemplo: departamento de marketing, departamento de 
planejamento etc.” Patah e Carvalho (2002, p. 2) complementam afirmando 
que “a estrutura funcional coloca o projeto a ser executado dentro de um dos 
departamentos técnicos da empresa. Com isso, o responsável pelo projeto 
passa a ser o gerente funcional deste departamento”. 
Veja na figura a seguir a representação gráfica de uma estrutura com 
organização funcional:
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
23
FIGURA 10 – ESTRUTURA FUNCIONAL
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
FONTE: PMI (2004, p. 29)
Coordenação 
do projeto
Executivo - 
chefe
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Equipe Equipe
Equipe
Equipe Equipe
Equipe
Equipe
Equipe
Equipe
Coordenação 
do projeto
Executivo - 
chefe
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Equipe Equipe
Equipe
Equipe Equipe
Equipe
Equipe
Equipe
Equipe• Estrutura por Projeto: nesta estrutura, segundo Menezes (2009, p.96), “é 
organizada uma task force para fazer com que o projeto aconteça. São vários 
profissionais oriundos de várias áreas do conhecimento que ficam lotados em 
tempo integral para o projeto”. 
NOTA
Entende-se por força-tarefa o termo “task force” citado pelo autor.
FIGURA 11 – ESTRUTURA POR PROJETO
FONTE: PMI (2004, p. 29)
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
24
• Estrutura Matricial: é uma combinação entre a estrutura funcional e a 
estrutura por projeto. Nesta estrutura, de acordo com (Menezes, 2009, p. 96), 
“é formada uma equipe para o projeto, com elementos oriundos de diversas 
áreas de especialização, que atua em regime de tempo parcial para elaboração 
do projeto”. Patah e Carvalho (2002, p. 4) complementam:
Em paralelo à estrutura funcional, sob a responsabilidade dos gerentes 
funcionais, são criados grupos de projeto, sob a responsabilidade de 
gerentes de projetos. Os grupos de projeto utilizam as mesmas pessoas 
que pertencem aos setores funcionais. Estes passam a ter dois tipos de 
trabalho, um relativo ao seu setor funcional e outro relativo ao projeto 
do qual estão participando; e dois “chefes” diferentes, o gerente 
funcional e o gerente do projeto. 
Existem três formas de estrutura matricial, que são: fraca, forte e 
balanceada.
A primeira delas é a estrutura matricial fraca. Ela é mais parecida 
com a estrutura funcional e os gerentes funcionais possuem um maior 
poder em comparação aos gerentes de projeto. Outro tipo é a estrutura 
matricial forte. Este tipo de estrutura aproxima-se mais da estrutura 
projetizada, onde os gerentes de projeto possuem uma maior influência 
sobre os funcionários da empresa do que os gerentes funcionais. Uma 
terceira estrutura matricial é a estrutura matricial equilibrada, onde os 
gerentes de projeto e os gerentes funcionais possuem o mesmo nível 
de influência sobre o trabalho e as pessoas que o executam. (PATAH; 
CARVALHO, 2002, p. 4). 
Então:
• Estrutura Matricial Fraca: nesta estrutura as pessoas, além de fazerem parte da 
equipe funcional, fazem também parte da equipe do projeto.
FIGURA 12 – ESTRUTURA MATRICIAL FRACA
FONTE: PMI (2004, p. 30)
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
Coordenação 
do projeto
Executivo - 
chefe
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Equipe Equipe
Equipe
Equipe Equipe
Equipe
Equipe
Equipe
Equipe
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
25
• Estrutura Matricial Forte: nesta estrutura o gerente de projeto assume maior 
poder sobre a estrutura, já que, nestes casos, o projeto tem maior importância 
no contexto da empresa, havendo a formalização de uma área específica para 
incorporar estes gerentes à estrutura.
FIGURA 13 – ESTRUTURA MATRICIAL FORTE
FONTE: PMI (2004, p. 31)
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas 
em atividades do projeto.)
Coordenação do projeto
Equipe Equipe Equipe Gerente de 
projetos
Gerente de 
projetos
Gerente de 
projetos
Equipe Equipe Equipe
Equipe Equipe Equipe
Executivo - 
chefe
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Chefe de gerentes 
de projetos
Gerente 
funcional
• Estrutura Matricial Balanceada: nesta estrutura há a participação, além 
do gerente funcional, de um gerente de projeto, ou seja, um novo membro é 
adicionado à estrutura. O gerente de projeto trabalha em tempo integral, mas a 
equipe do projeto permanece sendo capitaneada também pelo gerente funcional.
FIGURA 14 – ESTRUTURA MATRICIAL BALANCEADA
FONTE: PMI (2004, p. 30)
Coordenação 
do projeto
Executivo - 
chefe
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Gerente 
funcional
Equipe Equipe
Equipe
Equipe Equipe
Equipe
Equipe
Equipe
Gerente de 
projetos
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
26
Como vimos, ao definir a estrutura organizacional que a empresa 
irá utilizar para organizar os grupos que executarão o projeto empresarial, 
percebemos a presença de alguns profissionais que costumam estar envolvidos 
com o projeto desde o seu início. Menezes (2009, p. 89) cita quatro categorias 
destes profissionais, que são: “o gerente geral, o gerente de projeto, o gerente 
funcional e os especialistas”. Vamos conhecer as funções de cada um deles:
● O gerente geral – a ele cabe:
[...] estimular o envolvimento do gestor do projeto e dos gerentes 
funcionais no estabelecimento do norte do projeto e na formação do 
time, bem como arbitrar os conflitos que não puderem ser solucionados 
pelos gerentes (do projeto e funcionais) subordinados a ele. Como 
parte desse processo, o gerente geral passa a ser um estimulador de 
negociações entre as partes, incentivando o diálogo e a participação 
de todos na identificação do problema e na busca da solução. Cabe 
a ele também assegurar que as decisões acordadas sejam postas em 
prática. Dessa forma, apesar de não estar tão intimamente envolvido, 
seu papel principal é o de moderador dentro da estrutura matricial, 
observando e assegurando a manutenção do equilíbrio de poderes na 
gestão e na execução de todo o projeto. O gerente geral também pode 
assumir o papel de sponsor, de patrocinador do projeto. (MENEZES, 
2009, p. 89).
●	 O	gerente	do	projeto – a ele cabe:
[...] a responsabilidade única pela condução do projeto. É ele quem 
inicia o empreendimento, sendo o principal responsável por criar 
uma visão integrada sobre o mesmo. Procura assegurar, para tanto, 
que os recursos – tanto humanos e materiais quanto financeiros – 
estejam disponíveis nas áreas funcionais e de apoio que participarão 
de seu projeto. Seu poder de influência é limitado, reservado aos 
assuntos da coordenação, no que tange à integração das atividades, 
ao cumprimento de prazos e orçamentos. Mantendo contato com os 
principais envolvidos, será um fator de medida de seu desempenho – 
e até do projeto – sua capacidade de relacionamento interpessoal com 
todas essas pessoas. (MENEZES, 2009, p. 89).
● O gerente funcional – a ele cabe:
[...] equilibrar as necessidades e as prioridades de todos os projetos que 
passam por sua equipe. Como, em geral, acontecem várias solicitações 
dos vários gerentes de projeto, muitas delas simultâneas, seu papel 
é o de amortecer seu impacto sobre os executantes, procurando 
distribuir e compartilhar os recursos existentes. Ele serve como um 
transdutor que absorve parte das pressões que poderiam recair sobre 
seus subordinados, executantes das tarefas. [...] pode participar da 
execução e acompanha as atividades de sua especialidade. Uma vez 
alocados os recursos às equipes do projeto, o gerente funcional não 
pode se excluir das atividades de seu time. Ele deve ser corresponsável 
pela produtividade desses recursos nas atividades, bem como pela sua 
qualidade e aplicação das melhores práticas às atividades do projeto. 
(MENEZES, 2009, p. 89).
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
27
●	 Os	especialistas – a eles cabe:
[...] equilibrar interesses e solicitações que sejam conflitantes e que, 
porventura, não tenham sido absorvidos pelos gerentes funcionais 
nem compatibilizados pelos gerentes de projeto. Como sua atribuição 
principal está a execução das atividades do projeto na área de sua 
especialidade técnica. (MENEZES, 2009, p. 90).
Ao observarmos estas quatro categorias de profissionais, podemos 
concordar com Maximiano (2010, p. 236) quando o mesmo afirma que o “cargo de 
gerente de projeto é uma família com muitos membros, não um cargo singular”. 
No entanto, é importante salientar que alguns projetos podem ser executados por 
apenas uma pessoa. Esta pessoa assumirá as diversas categorias citadas acima.
Já o Guia PMBOK (PMI, 2004, p.17) classifica como “partes interessadas” 
os indivíduos que costumam estar presentes e que são atuantes em todos os 
projetos, que são:
• O gerente de projeto – tratando-se do responsável portodo o 
gerenciamento do projeto.
• O cliente/usuário – que se refere àquele que irá comprar/utilizar o 
produto resultante do projeto. 
• A organização executora – a empresa cujos funcionários executarão 
o projeto.
• Os membros da equipe do projeto – os indivíduos que executarão o 
projeto.
• A equipe de gerenciamento de projetos – os integrantes da equipe 
que gerenciarão o projeto.
• O patrocinador – aqueles que fornecerão os recursos financeiros 
para que o projeto seja planejado e executado.
• Os influenciadores – aqueles que não estão relacionados diretamente 
ao projeto, mas que influenciarão o mesmo em seu planejamento 
ou execução.
• O PMO – que se trata do escritório de gerenciamento de projetos, 
ou seja, “unidade organizacional que centraliza e coordena o 
gerenciamento de projetos sob seu domínio” (PMI, 2004, p. 17).
Pelo fato do gerente de projetos ser, segundo Maximiano (2010, p. 244), 
o grande responsável por “assegurar a realização do projeto dentro dos padrões 
esperados de desempenho da missão, do prazo e do custo”, é nele que focaremos 
a abordagem sobre suas responsabilidades. 
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
28
Esta responsabilidade acerca do gerente de projetos exige do mesmo um 
forte domínio das formas de comunicação com sua equipe e das tarefas a serem 
executadas, desde a concepção da ideia do projeto até a entrega do resultado 
esperado. Neste sentido, Maximiano (2010, p. 245) aborda os sete papéis mais 
importantes executados por um gerente, que são: “o planejador, o organizador, 
o administrador de pessoas, o administrador de interfaces, o administrador de 
tecnologias, o implementador e o formulador de métodos”.
Vamos então conhecer cada um dos papéis executados pelo gerente de 
projetos e suas respectivas responsabilidades:
• Planejador: são suas as seguintes responsabilidades:
- Esclarecer precisamente as necessidades do cliente, os produtos do 
projeto, suas especificações de desempenho, e outros objetivos.
- Traçar estratégias eficazes para a realização dos objetivos.
- Fazer projeções e estimativas de fatos, eventos e recursos.
- Analisar o contexto em que o projeto será iniciado e realizado.
- Enxergar o projeto como sistema, desde sua concepção básica até, se 
for o caso, seu ciclo de vida como produto comercial.
- Coordenar e participar da elaboração de propostas, cronogramas, 
orçamentos, estruturas analíticas e outras ferramentas de 
planejamento.
- Assegurar o acordo do cliente e que a equipe entenda as exigências 
do cliente em relação ao projeto.
- Garantir o planejamento e controle realista do projeto. (MAXIMIANO, 
2010, p. 246).
• Organizador: são suas as seguintes responsabilidades:
- Definir o perfil das aptidões necessárias para formar a equipe do 
projeto.
- Mobilizar as pessoas que tenham as aptidões relevantes para o 
projeto.
- Negociar participações e obter, dos gerentes funcionais, o 
compromisso do envolvimento de homens-hora ou de pessoas 
específicas.
- Estruturar a equipe, dando-lhe uma organização mediante a divisão 
de atribuições entre seus membros.
- Assegurar que cada um conheça não apenas suas próprias 
atribuições, como também as atribuições dos demais membros da 
equipe e de outras pessoas vinculadas ao projeto.
- Assegurar que todos os membros do projeto conheçam os objetivos 
e atividades do projeto.
- Avaliar e atender às necessidades de modificações na composição da 
equipe. (MAXIMIANO, 2010, p. 246).
• Administrador de pessoas: são suas as seguintes responsabilidades:
- Transformar a equipe num grupo de pessoas interessadas e 
empenhadas no sucesso do projeto, apresentando-lhes uma visão do 
desenvolvimento global do empreendimento e informações sobre 
seu andamento.
TÓPICO 2 | OS GESTORES E A EQUIPE DE UM PROJETO EMPRESARIAL
29
- Desenvolver uma atitude favorável em relação ao projeto (atitude 
de projeto) em outras pessoas envolvidas no empreendimento, mas 
que não estejam diretamente sob sua autoridade formal.
- Lidar com as frustrações decorrentes de decisões sobre alocação e 
movimentação de pessoal, que levam em conta as necessidades e 
limitações da empresa antes que os interesses pessoais.
- Tomar e explicar decisões que afetam o território emocional dos 
integrantes da equipe, como promoções, escolhas de pessoas e 
outras.
- Administrar e orientar as carreiras de seu pessoal.
- Prestar orientação técnica e gerencial à equipe.
- Avaliar e encaminhar o atendimento das necessidades de treinamento 
da equipe.
- Detectar e resolver os conflitos técnicos e humanos ao longo do 
projeto.
- Promover a integração da equipe e o intercâmbio entre as diferentes 
equipes de projetos.
- Detectar, analisar e encaminhar as reivindicações da equipe.
- Avaliar as potencialidades e o desempenho efetivo dos membros da 
equipe.
- Enfrentar situações de administrar e compatibilizar comportamentos 
pessoais excêntricos, harmonizar interesses de pessoas e grupos 
com a estratégia da organização e reduzir os riscos da obsolescência 
profissional da equipe. (MAXIMIANO, 2010, p. 247).
• Administrador de interfaces: são suas as seguintes responsabilidades:
- Articular a equipe do projeto com outras unidades da organização e 
destas entre si.
- Trazer para o projeto o ponto de vista de outras unidades e 
stakeholders.
- Responsabilizar-se pelos resultados do projeto, perante a 
administração superior e outras unidades.
- Assegurar que todos conheçam os objetivos e necessidades do 
projeto.
- Assegurar que a equipe entenda e atenda as necessidades e 
dificuldades das unidades funcionais envolvidas no projeto.
- Testar continuamente o consenso dentro da equipe e das unidades 
com as quais há interfaces. (MAXIMIANO, 2010, p. 248).
• Administrador de tecnologia: são suas as seguintes responsabilidades:
- Manter abertos os canais da atualização técnica da equipe.
- Fornecer conhecimentos técnicos para a realização do projeto e a 
capacitação da equipe.
- Orientar as atividades dos integrantes da equipe.
- Conhecer a relação entre o resultado final desejado e as tecnologias 
necessárias para alcançá-lo.
- Especificar o resultado final em termos de desempenho desejado 
e solicitar as contribuições da equipe para fazer as definições dos 
detalhes técnicos.
- Familiarizar-se com as pessoas e suas capacidades como especialistas.
- Manter-se atualizado nas áreas tecnológicas relevantes para o 
projeto.
- Conhecer a linguagem técnica básica dos integrantes da equipe. 
(MAXIMIANO, 2010, p. 248).
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS DE PROJETOS EMPRESARIAIS
30
• Implementador: são suas as seguintes responsabilidades:
- Iniciar e fazer andar o projeto.
- Identificar prontamente todos os desvios do planejamento e garantir 
sua correção.
- Garantir o recebimento dos pagamentos de acordo com o contrato.
- Manter controle sobre todos os contatos feitos com o cliente e 
promover contatos da equipe com o cliente.
- Arbitrar e solucionar conflitos e diferenças entre as diferentes 
unidades organizacionais envolvidas no projeto.
- Promover a qualidade da comunicação em todas as interfaces do projeto.
- Acompanhar operações de campo, envolvendo instalação de 
equipamentos, construções e experimentos, se for o caso.
- Manejar a política organizacional para obter o apoio necessário ao projeto.
- Carregar a bandeira do projeto e manter a equipe orientada para o 
resultado desejado, personificando o projeto e liderando a equipe.
- Redigir, negociar e defender propostas.
- Solicitar fundos e apoios para projetos.
- Redigir e apresentar relatórios.
- Controlar despesas e receitas.
- Preparar prestações de contas.
- Negociar participações de pessoas, complementações e 
remanejamentos de recursos e adiamentos de prazos.
- Concluir o que começou. (MAXIMIANO, 2010, p. 249).
• Formulador de métodos: são suas as seguintes responsabilidades:
- Fornecer subsídios para a elaboração de estruturas organizacionais, 
descrições de responsabilidades, manuais e outros elementos do 
sistema

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