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INTRODUÇÃO A felicidade “A maior parte da nossa felicidade depende de nossa atitude e não das circunstâncias.” Martha Washington Muita gente, em situações críticas, consegue ter paz no coração e atravessar o oceano de angústia com um sorriso no olhar. Por outro lado, indivíduos com todo tipo de conforto não encontram nenhum estímulo para se sentirem felizes. ma das maiores batalhas que tenho enfrentado em minha vida tem sido mostrar às pessoas que não é o tamanho dos problemas que as impede de serem felizes. É uma luta sangrenta, querem me convencer de que problemas grandes são sinônimo de infelicidade. Mentira! U Muita gente, em situações críticas, consegue ter paz no coração e atravessar o oceano de angústia com um sorriso no olhar. Por outro lado, indivíduos com todo tipo de conforto não encontram nenhum estímulo para sair da cama e partirem em busca da realização de seus sonhos. Se a falta de problemas fosse sinônimo de felicidade, os países nórdicos, devido ao avançado estágio de evolução econômica, não teriam a maior taxa de suicídio do mundo. E os Estados Unidos, com todo seu desenvolvimento econômico, não seriam a nação com o número mais elevado de depressivos. Há pessoas que, mesmo diante das piores tragédias, não desistem de serem felizes. Lembro- me do iatista Lars Grael que, no auge da sua forma, precisou amputar a perna depois de ser atingido por uma lancha dirigida por um sujeito acusado de estar embriagado. E o que aconteceu depois? Lars Grael ressurgiu das cinzas como uma fênix moderna.Lembro também o caso daquele menino que ficou cego por causa de uma infecção oftalmológica, que poderia ter sido evitada se o pai tivesse dinheiro para comprar uma injeção de penicilina. Seu nome: Ray Charles. Ou daquele outro menino que estava brincando quando perdeu o pé num atropelamento em sua cidade, Cachoeira do Itapemirim, e se transformou em nosso Rei: Roberto Carlos. São pessoas que poderiam, com razão, ficar amarguradas e revoltadas por causa do que aconteceu, mas decidiram tocar a vida o melhor possível e se converteram em exemplos de fé e determinação. Minha mãe, quando eu era criança e começava a reclamar da vida, costumava contar a seguinte história: havia um homem que estava muito infeliz com sua cruz. Um dia ele pediu a Deus para trocar de cruz, e o Criador, em sua suprema bondade, o autorizou a procurar uma nova. O rapaz foi até o depósito de cruzes para ver se encontrava uma de seu agrado, mas ficou angustiado com o tamanho delas. Todas eram imensas e, para piorar, algumas eram de mármore ou de chumbo. Já frustrado, estava se preparando para ir embora, quando olhou um dos cantos e viu uma cruz tão pequena que parecia um crucifixo. Olhou para Deus e, quase envergonhado, pediu a ele se podia levar aquela. O Mestre, com um sorriso, fez sinal positivo. Quando ele examinou atrás da cruz, viu seu nome escrito. Nossa tendência é sempre pensar que nosso problema é o pior do mundo. Certamente isso acontece com a maioria das pessoas. Mas, ao analisar seus problemas com minúcia, você percebe que eles não são dos mais pesados para se carregar. O tamanho das nossas dificuldades não está relacionado com o tamanho dos nossos problemas, e sim com a nossa capacidade de criar soluções. Portanto, logo depois de entrar na dor de uma adversidade, saia atrás de uma solução, porque esse é o caminho indicado para tornar sua existência mais leve. Chorar num momento de infortúnio é normal, mas ficar chorando a vida inteira é masoquismo. Neste último fascículo, vamos falar sobre a felicidade e suas várias facetas: a felicidade na empresa, na família e na vida pessoal. Eu acredito na possibilidade de sermos felizes e sei que Deus diz sim para aquilo em que acreditamos. Acredite também você nessa possibilidade e, se sua vida não está do modo como você gostaria, dê um jeito de transformá-la. Este é o maior presente que você pode dar a si mesmo. Bom trabalho, Roberto Shinyashiki PARTE 1 A felicidade é a grande vantagem competitiva Na minha opinião, a maior vantagem competitiva está em agregar a felicidade ao seu trabalho, serviço ou produto. ada vez mais, os produtos e serviços estão parecidos. O cliente olha para o lado, percebe que existe um mundo de lojas muito semelhantes e fica procurando algo que o atraia. Todas as empresas têm buscado uma forma de se diferenciar. Na minha opinião, a maior vantagem competitiva está em agregar felicidade ao seu trabalho, serviço ou produto. C Invente um jeito de seu cliente sair feliz depois de fechar um negócio com você. Esse é o melhor parâmetro da boa parceria: ver a alegria do cliente em comprar de você. Alguns exemplos: - Livros existem em muitas livrarias, mas são poucas as que conseguem dar a seus clientes o prazer de um atendimento especial. - Todos os médicos sabem receitar remédios, mas são poucos, muito poucos, os que transmitem confiança e afeto ao paciente.- É importante que uma loja de roupas saiba vender mais do que roupas, levando beleza e elegância aos clientes. - Um restaurante não pode simplesmente vender comida, do contrário, as pessoas não pagarão, em uma coxinha, o preço de 1 quilo de frango. O restaurante deve vender sabor, qualidade, ambiente agradável, informação etc. Sob essa nova ótica, fica claro que apenas dinheiro ou tecnologia não são mais suficientes. As empresas campeãs vendem produtos e serviços, mas também entregam a felicidade como bônus. Junto com o serviço, oferecem confiança, prazer em servir e certeza de qualidade. - Mas, Roberto, como eu crio felicidade em meus negócios? A primeira medida é promover a felicidade de seus colaboradores, que vão tratar seus clientes da mesma maneira como são tratados. Certamente, em meio a muita pressão por resultados, pode parecer quase impossível que as pessoas sejam felizes. Mas você pode ver profissionais felizes em lugares de alta pressão, como um pronto- socorro ou um Corpo de Bombeiros. A chave para isso é envolvê-los em projetos e decisões, ajudando cada um a se sentir importante para a organização. A segunda medida é atrair os clientes para sua empresa. Convide-os para participar de seus projetos, estimule-os a opinar, escute suas sugestões e você vai saber o que realmente importa para eles. Mas, principalmente, seja você um exemplo de profissional que trabalha com amor, que tem prazer de estar na empresa. Sua energia de líder vai contaminar os outros. Afinal, ter sucesso é não perder a oportunidade de fazer alguém feliz. E, por incrível que pareça, hoje essa é a melhor forma de ganhar dinheiro. PARTE 2 Os pilares da felicidade A felicidade não é um presente divino, mas sim uma conquista diária, que tem solidez quando se realiza sobre pilares resistentes. felicidade é como uma casa: primeiro você deseja - é um sonho; depois, você projeta - é um plano; e, finalmente, você a constrói – torna-se uma ação.A Quando alguém pensa que ganhou a felicidade de presente, logo vem um pesadelo. É como aquele homem que encontra uma mulher adorável e imagina que ela vai resolver todos os seus problemas. Os poucos, ele percebe que precisa evoluir muito para merecer estar com essa pessoa especial. O mesmo acontece com o jovem que se forma em uma faculdade e pensa que, agora, está tudo resolvido.Até ele descobrir que o diploma é somente o início de uma série de processos a serem enfrentados. Há também aquela pessoa que monta sua própria empresa e pensa que, por não existir patrão, não haverá mais riscos de ser mandada embora. Logo ela nota que existe um mundo de competências novas que ela vai precisar desenvolver se quiser que sua empresa sobreviva. Observe que as pessoas verdadeiramente felizes construíram suas vidas sobre bases sólidas, feitas com um mesmo concreto. É preciso aprender com elas. É assim que você perceberá que os fundamentos da conquista da felicidade são: Competência; Reciprocidade; Ação; Sentido. Competência Tudo o que uma pessoa faz bem é resultado do desenvolvimento de sua competência. Se você quiser ser um bom pai, vai ter que expandir sua competência em educar filhos. Se quiser ser um empresário, vai ter que expandir sua competência em gerenciar um negócio. Quando a pessoa pensa que as competências para enfrentar os futuros desafios são as mesmas que ela empregou para enfrentar os antigos obstáculos, está enganada. Com certeza, vai se frustrar, pois precisará de novas competências para seguir adiante. Toda competência é associada a três habilidades: estudo, treino e continuidade. O estudo é fundamental para que a gente não gaste tempo inventando a roda ou repetindo os erros dos outros. Muitos freqüentadores de minhas palestras me perguntam por que não conseguem estudar. Eu sempre digo: - Você não consegue porque, no fundo, é orgulhoso. Não acha quem possa lhe ensinar o que não saiba. As pessoas felizes têm a humildade de aprender com os outros, para ganhar tempo, evitando os erros que eles já cometeram. Quanto ao treino, tudo na vida é resultado de nossa capacidade de treinar. Só adquirimos uma competência assim. Se você é um grande cirurgião, você treinou arduamente para isso. Mas, cuidado, esse processo não se resume apenas às coisas positivas; as negativas também estão inclusas nele. As pessoas depressivas passaram muito tempo observando, comentando e valorizando fatos negativos Ou seja, treinando para serem deprimidas. Os hipocondríacos, por exemplo, dedicam a vida inteira à procura de sintomas desagradáveis em seu corpo até que se tornam especialistas no assunto. Vivem lendo bulas de remédio e tudo o mais que aparecer a respeito de doenças. Eles também conversam e pensam sobre enfermidades o tempo todo. Quando eu era menino, assistia aos treinos do time do Santos. Ficava espantado ao ver o Pelé treinando mais tempo do que os outros e pensava: - Para quê, se ele já é o melhor do mundo? Tempos depois, eu descobri que ele era o melhor do mundo porque treinava mais do que os outros. A competência também requer continuidade. Não adianta ser bom apenas por um dia. Tem que ser bom sempre. Não adianta começar milhares de cursos, é preciso completá-los. Não adianta atender maravilhosamente bem um cliente e ser desatento com os outros. Não adianta um único diálogo sensacional com o filho e distanciamento o resto do ano. Quem consegue ser bom todos os dias depois de um tempo fica ótimo. Muitos processos de educação não dão resultados por falta de continuidade. Lembre-se de tantos regimes alimentares que as pessoas interrompem e de todas as demais iniciativas que são suspensas: tratamentos médicos, cursos de inglês, de violão, projetos de vida etc. Não se esqueça de que as pessoas competentes concluem a trajetória que se propuseram cumprir. Reciprocidade Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. Mas, principalmente, faça aos outros o que gostaria que fizessem com você. O verdadeiro campeão tem muito prazer em proporcionar crescimento para todos. Ele tem em mente que pode realizar seus sonhos desde que ajude o maior número de pessoas a realizar os sonhos delas. Os campeões conseguem ver além de seus interesses pessoais. Eles abrem espaço para as pessoas a sua volta evoluírem e oferecem oportunidades para isso. Se você tem um restaurante e não dá chance de seu maître crescer, ele acaba montando um restaurante em frente ao seu. Tenha prazer em criar a felicidade para todos que convivem com você: seu cônjuge, seus filhos ou seus clientes. Quando você quiser agradá-los, imagine algo que eles gostariam muito de fazer e surpreenda-os. Abra um champanhe para sua esposa no meio da noite. Compre um ingresso especial para aquele show de heavy metal que seu filho tanto quer ver. Não entre numa luta de poder, como acontece entre muitos adolescentes e seus pais. O jovem pensa: - Vou agir como sapo até que meu pai me trate como príncipe. E o pai pensa: - Vou tratá-lo como sapo até que ele aja como príncipe. Nessa luta, os dois saem derrotados. Por isso, tome sempre a iniciativa de fazer as outras pessoas felizes e, com certeza, sua vida ficará mais gostosa. Ação Antigamente querer era poder. As pessoas que desejavam muito uma coisa conseguiam dar saltos em suas vidas. Hoje é preciso entender que o mundo mudou: fazer é poder. As pessoas de sucesso são aquelas que implantam o que desejam. São as que se propõe a um projeto e o realizam, prometem pedir desculpas a alguém e pedem, planejam construir um novo relacionamento com os filhos e fazem isso. Não adie as ações importantes de sua vida. Faça hoje. Faça agora! - Dê aquele abraço de reconciliação. - Peça aquelas desculpas para o colega de trabalho. - Faça aquela declaração de amor. Na verdade, a maior parte das pessoas sabe o que tem que fazer e fica esperando o dia ideal, que nunca chega, e a vida passa. Como disse John Lennon, “vida é aquilo que acontece enquanto você faz planos”. Por isso, continue sonhando e fazendo planos mas, principalmente, saia para a ação. Sentido As grandes vitórias são criadas por quem vê significado em suas lutas. A guerra do Vietnã é um exemplo. De um lado, o exército norte- americano todo aparelhado, sendo derrotado por um grupo de pessoas famintas. De outro, os vietcongues, que tinham clareza do sentido daquela guerra para eles e para seus filhos. A força motriz para superar as dificuldades do dia-a-dia é a certeza de que existe um motivo pelo qual batalhamos. Para que as dificuldades tornem- se menores, a disposição deve ser maior e o brilho nos olhos deve estar presente. Quem cumpre o simples ato de pegar o carro e ir para o trabalho, como um gesto vazio, não olha para além do cotidiano. Se você sabe porque está fazendo seu trabalho, se tem clareza sobre sua função no mundo, será um vencedor. Os resultados mais gratificantes são aqueles que aparecem como conseqüência natural de uma jornada que a gente vem cumprindo, e não como pagamento por uma estratégia de carreira bem montada, mas vazia de significados. Quem opta apenas por construir uma carreira, sem se preocupar com o significado do que faz, pode até conseguir ter uma carreira aparentemente brilhante mas não verásentido naquilo que faz, correndo o o risco de desenvolver uma depressão e de ser muito infeliz. Claro que, nesse caso, a pessoa tem sempre a alternativa de fazer uma mudança radical na vida e recomeçar, passando a construir uma vida cheia de significado. Há alguns anos, participei como bolsista de um programa no Japão com empresários de mais de 13 países. Bem, quando alguém visita uma empresa, normalmente recebe o histórico e o balanço financeiro, que demonstramsua forma de atuação. Ao analisarmos o balanço e o momento da empresa que visitávamos, um mexicano sugeriu ao administrador que demitisse 400 funcionários. Essa medida faria dobrar seus lucros. O administrador olhou para nosso companheiro e, calmamente, respondeu: - No Ocidente vocês costumam ver o dinheiro como a única forma de lucro. Mas, para mim, lucro é só recompensa financeira. A lealdade aos meus funcionários também é lucro. A sensação de estar construindo uma nação forte também representa um grande lucro. E a tranqüilidade de realizar minha missão de vida é a maior de todas as formas de lucro. Eu, que estava assistindo à cena, pensei: - A felicidade também é lucro! PARTE 3 Os mandamentos da felicidade Quem deixa para ser feliz no futuro pode se encontrar com a morte antes do tempo. A felicidade é construída todos os dias, nos pequenos detalhes, nos encontros e nas reflexões. Seja feliz todos os dias maior parte das pessoas deixa para ser feliz no futuro: quando se formar, quando tiver a casa própria, quando se casar, quando seus filhos crescerem, quando se aposentar etc. É desperdício trabalhar o mês inteiro para ser feliz só no dia de receber o cheque ou se torturar o ano todo para ser feliz apenas nas férias. Quem deixa para ser feliz no futuro se encontra com a morte antes do tempo. A A felicidade é construída todos os dias, nos pequenos detalhes, nos encontros e nas reflexões. Aquela xícara de chá que você toma em silêncio conversando com seus pensamentos. Aquele filme a que você assiste logo após o trabalho. Aquele pôr-do-sol que ilumina seu coração. Aquele chocolate que você dá para o menino no semáforo. Aquele sanduíche que você come com seus filhos. Aceite os outros do jeito que são Muita gente gasta uma energia preciosa querendo mudar os outros e deixa de aproveitar a beleza dessas pessoas. Deus nos criou únicos para que tivéssemos oportunidade de nos conhecer nos encontros das nossas diferenças. Procure admirar as peculiaridades de cada um. Não torture quem você ama sob o pretexto de ajudá-lo. Rosas são belas sendo rosas. Muita gente se torna infeliz querendo que o filho exerça outra profissão;tentando mudar o jeito rebelde da filha; imaginado que um dia o marido vai deixar de bater papo com os amigos depois do trabalho; forçando a mulher a se comportar do modo que o agrada etc. Pare de se irritar com bobagens e entenda, de uma vez por todas, que a vida das pessoas pertence a elas, e não a você. Quanto mais uma pessoa é infeliz, mais ela tenta mudar os outros. Quanto mais é incapaz de realizar suas metas, mais fica torturando as pessoas. Saiba que, se alguém muda, não é porque você ficou fazendo a cabeça dele. Mas é porque simplesmente chegou a hora. Em vez de gastar tempo tentando mudar as pessoas, é muito mais proveitoso conversar com elas, escutar suas histórias para conhecê-las melhor. Você vai se surpreender com a riqueza do universo dos outros. Mas, algumas vezes, aceitar o outro significa separar-se dele. Aceitar que seu marido é alcoólatra pode significar abandonar esse casamento. Aceitar que seu sócio queira tirar férias de quatro meses talvez signifique terminar a sociedade. Isso pode preservar a amizade de vocês. E, principalmente, vai tirar um peso de suas costas. Cuide de seu corpo A maioria das pessoas não cuida do corpo com o mínimo de carinho necessário. Quando somos jovens, o poder de recuperação de nosso corpo é maravilhoso, mas algumas pessoas aprendem nessa época a maltratá-lo e, à medida que o tempo passa, não mudam seus hábitos. Por isso, pare de ingerir comidas prejudiciais em quantidades exageradas, como carne e açúcar, que exigem um demasiado trabalho do organismo. Não beba em excesso, faça exercícios físicos regularmente e cuide de seu sono. Procure dormir num quarto arejado, com colchão macio. Nossa mente alimenta nossa psique. Portanto, antes de dormir, descarte a leitura da sessão de crimes no jornal e filmes violentos e baixo-astrais na TV. Mesmo que seu negócio esteja indo de vento e polpa, ao ler notícias de falências, sua tendência será se preocupar com problemas que não existem para você. Outra dica fundamental: aprenda a escutar seu corpo. É ele quem vai avisar que um amor terminou; que não é possível continuar fingindo orgasmos; que é chegada a hora de mudar o rumo da vida; que vai orientar a escolha do novo namorado... Aliás, você sabia que uma criança, quando está com anemia por deficiência de ferro, come terra? Intuitivamente, ela sabe o que seu organismo necessita. Essa consciência permite que encontre uma solução para uma dificuldade. Infelizmente, com o passar do tempo, as pessoas param de escutar o corpo e se afastaram de si mesmas. Por isso, é importante arranjar tempo, todos os dias, para sentir seu corpo, observar suas sensações. É o caminho mais fácil para fazer o que você precisa e deseja. Alimente bem sua alma “Diz-me com quem andas que te direi quem és”. Lembra desse ditado tão repetido em nossa infância? Ele continua válido. Conversar com pessoas motivadas faz nossa alma ficar mais feliz para enfrentar os desafios. Andar com gente negativista, que nos puxa para baixo, é um atraso de vida. Existem pessoas que secam plantas, como espada- de-são-jorge, arruda e comigo-ninguém-pode, só com o olhar. E, quando chegam perto de um grupo, fazem as pessoas começar a chorar por causa de tantas desgraças que contam. Na verdade, elas não querem amigos, mas testemunhas de seu martírio. Quanto mais você chorar, mais ficarão alegres. É uma gangorra: quando você desce, ela sobe; e vice-versa. Certamente, todos nós, em algum momento, vamos ter problemas, e desabafar com um amigo é o melhor remédio que existe. Mas uma coisa é falar sobre um problema para encontrar uma solução e outra é falar sobre um problema para encontrar mais problemas. Você já percebeu que, quando você e seu marido vão almoçar com um casal que está brigando, vocês saem de lá irritados um com o outro? Quando você escuta notícias de violência sexual, fica angustiado com os amigos de sua filha? Quando assiste a uma missa, tem a tendência de perdoar as pessoas que o magoaram? Leia livros inspiradores, assista filmes que alimentem sua alma e, principalmente, tenha amigos campeões. Escolha-os com o cuidado de quem seleciona o nome para um filho. Eles vão definir seu estado de espírito. Viva o presente O único momento para ser feliz é o presente. Quem vive no passado, em geral está cheio de culpa e ressentimentos. Passa o tempo todo se perguntando o que teria acontecido se tivesse feito diferente. A única resposta é ninguém sabe! É impossível saber. Nossas decisões do passado foram as melhores que tivemos condições de tomar. Se não deram certo, paciência, precisamos assumir as conseqüências e tocar a vida. O passado pertence à história. Já quem vive no futuro lota a cabeça de preocupações que, na maioria das vezes, são inúteis e servem apenas para encher o coração de medo. O futuro é uma miragem. Vou contar mais uma bela história do Jack Welch, ex-presidente da General Electric. Um dia ele convocou seus assistentes e perguntou: - Alguém de vocês previu a crise da Ásia? Todos se entreolharam e responderam: - Não, Jack! Ele, então, completou: - Eu também não! As encrencas, cada vez mais, vêm de lugares que não esperamos. Então. Por favor,tenham agilidade e flexibilidade para acertar o rumo do barco quando alguma crise exigir uma mudança de nossa empresa. Viva o presente aprendendo as lições do passado e observando o futuro, mas sabendo que a vida acontece neste exato instante. Muitos profissionais destroem suas vidas por não viver o momento. Quando estão com os filhos, pensam nos problemas do trabalho; quando estão na empresa, sente-se culpados por não estar com os filhos. O único momento para ser feliz é agora. O único lugar para ser feliz é aqui. Arrume tempo para a família Sem dúvida, a coisa mais importante para sermos felizes é nossa família. Quando a morte chegar, se você se arrepender de algo, tenho certeza de que não vai ser de nada ligado ao dinheiro. Vai ser de coisas muito simples, como amor, filhos, irmãos, pais, amigos etc. Alguém, certa vez, me disse que felicidade é algo que não se constrói em casa, o sucesso é feito na rua. Isso não é uma verdade absoluta, pois uma família saudável é um maravilhoso estímulo para o sucesso, e o trabalho, é claro, pode ser uma imensa fonte de felicidade. Mas brincar com os filhos, acompanhar seu crescimento, participar da conquista da nova casa com seu cônjuge e ter um amigo são fundamentais para a vida valer a pena. Por mais que esteja sobrecarregado de tarefas, arrume um tempo para a família. Não importa em que país do mundo você esteja, dê um jeito de entrar em contato com as pessoas que ama. É a melhor maneira de manter o coração aquecido. Espiritualize-se Eu respeito as pessoas que não acreditam em Deus e admiro sua capacidade de encontrar a paz interior, mas, para mim, o melhor alimento para o espírito é sempre criar um espaço para conversar com Deus. O mundo material é como a luz de néon: brilhante, porém vazio. Às vezes, estou sob pressão para escrever um artigo para uma revista, o prazo vencendo, o editor cobrando, e nada! Tudo o que faço para melhorar o texto só faz piorar. Em vez de lutar comigo mesmo, me dou conta de que é hora de acender um incenso, colocar uma música legal e ir para frente do oratório abrir o coração para receber uma idéia do Mestre. Naqueles momentos em que a vida está difícil, um problema acontecendo em seguida do outro, parece que não existe saída para seu drama. Se nem mesmo as conversas com os amigos estão ajudando, é hora de entrar numa igreja, sinagoga, seja qual for seu credo, e fazer algumas orações. Humildemente, ajoelhe-se e peça ajuda a um Ser superior. Eu ainda mantenho o hábito que desenvolvi no tempo de catecismo de orar pelas manhãs e ao deitar. Principalmente para agradecer tantas coisas boas que recebi durante o dia. Neste mundo de competição, em que as angústias se ampliam à velocidade da luz, precisamos ter um reservatório de luz para não sermos mais um na multidão dos desesperados. Seja generoso com você mesmo Ninguém é perfeito! Errar faz parte da vida. Enquanto estamos nessa viagem, a aprendizagem deve ser constante. Por isso, quando errar, seja generoso com você mesmo. Talvez seu resultado não tenha sido tão bom quanto poderia, você não tenha sido tão compreensivo quanto gostaria ou não tenha feito o trabalho à altura de sua capacidade. Mesmo assim, lembre-se: o amanhã vai ser melhor se parar de se torturar. Você é uma pessoa honesta e digna. Quando tiver feito uma bobagem, em vez de se culpar, vá tomar um sorvete, telefone para um amigo alto-astral, olhe o sol e deixe a tensão ir embora aos poucos. Aconteça o que acontecer, tenha em mente que você procurou fazer o melhor e que da próxima vez vai aceitar. Você é seu amigo mais importante. PARTE 4 Estar próximo de seus filhos deve ser uma de suas metas! Temos que pensar que ter pouco tempo não é igual a não ter tempo. Não podemos nos esquecer de que a qualidade do tempo destinado às crianças é mais importante do que a quantidade. oje em dia, a maioria dos executivos reclama que, devido ao excesso de trabalho, não acompanha o crescimento dos filhos. Muita gente faz hora extra e acaba chegando em casa somente depois que os filhos já foram dormir. Parece que o único tempo disponível é o final de semana. O pior é que, com o aumento da separação dos casais, o encontro entre os pais e as crianças ficou ainda mais escasso. Por tudo isso, os pais acabam carregando uma culpa enorme por não estarem presentes nos momentos em que os filhos mais precisam. H Temos que pensar que ter pouco tempo não é igual a não ter tempo. Se você utilizar bem suas horas livres, criará um relacionamento construtivo com seus filhos. Não podemos nos esquecer de que a qualidade do tempo destinado às crianças é mais importante do que a quantidade. De nada adianta ficar em casa se você dedicar seu tempo a assistir novela, jogo ou noticiário, e deixar seus filhos de lado, implorando por atenção. O importante é aproveitar o pouco tempo de que dispõe, de modo a tirar seu máximo proveito. No final da semana, por exemplo, separe pelo menos 3 horas para você e seus filhos saírem juntos e colocarem as fofocas em dia. Uma convivência prazerosa é o grande segredo para o crescimento do respeito mútuo. Outro fator essencial para o relacionamento é perceber que você precisa estar com seus filhos para ser mais competente. Não são só seus filhos que precisam de você. Você também precisa deles. O tempo que passam juntos serve para você respirar e recarregar as baterias. É um momento para semear dentro de você uma nova energia, uma nova maneira de enxergar a vida. O problema é que a preocupação em deixar uma boa herança material para os filhos transforma muitos pais em viciados em trabalho. Não é assim que deve funcionar. A melhor herança para os filhos é a certeza de que são amados ou foram amados pelos pais. Essa sensação não é transmitida com presentes, mas com olhares cúmplices, com um ombro amigo nos momentos de dor ou com frases do tipo: “filho, eu adoro ser seu pai”; “tenho orgulho de você”; “obrigado pelas coisas que você me ensina”. Sem dúvida, assim seus filhos vão se sentir especiais. Claro que expressar sentimentos não é tarefa das mais fáceis para muitas pessoas. Alguns pais têm muita dificuldade em dar carinho aos filhos, mas nunca é tarde para começar. Pode ser aos poucos, mas é preciso começar de alguma forma. É assim que as coisas tendem a acontecer, não se pode ser imediatista. As flores e os frutos desabrocham o tempo certo, não adianta querer pular etapas e processos. Você pode lançar mão de inúmeras artimanhas para incrementar o relacionamento com seus filhos, mas selecionei quatro dicas que considero essenciais: 1. Entenda que cada filho é um ser único Respeite as características e necessidades de cada filho. Se você tem dois filhos, procure sair com eles em dias distintos, reservando um espaço para cada um. É claro que alguns programas devem reunir a família inteira, mas é importante existir um momento em que seu filho se sinta especial. Para que ele possa reclamar da professora, se queixar da matéria que tem mais dificuldade, comentar sobre um amigo, contar uma façanha que ele tenha protagonizado etc. 2. Dedique tempo também para o filho que está se dando bem na vida A maior parte dos pais tem a tendência de dar toda a atenção para aquele filho que está com dificuldades na escola, para o que está doente, para o que terminou o namoro etc. De imediato, o outro, que está indo bem, percebe que não há vantagem nenhumaem ser um estudante ou uma pessoa responsável. Cedo ou tarde, ele começará a criar problemas em troca de sua atenção. 3. Mantenha presença marcante na vida de seus filhos Apesar da falta de tempo, não deixe tudo para o final de semana. Isso serve principalmente para os pais que são separados. Mesmo que, lá pelas 7 da noite, você ainda esteja trabalhando, telefone perguntando como foi o dia das crianças. Conte também sobre seu cotidiano. Seus filhos devem ter curiosidade em saber o que você faz quando está longe deles. Se estiver viajando, mande um cartão postal e escreva algo sobre uma lembrança específica de vocês. Não deixe de colocar na sua mesa uma foto da família. Outro lugar para uma foto só de vocês é o quarto deles, simbologia máxima do universo em que vivem. 4. Tenha uma boa equipe de trabalho Para que você tenha tempo para seus filhos, é importante mudar sua maneira de trabalhar, mantendo uma equipe boa abaixo de você, delegando tarefas e abrindo mão do controle. Há uns cinco anos, as pessoas ainda eram muito centralizadoras: não delegavam informações nem decisões de nenhum tipo. Por conta disso, muita gente acabava se sobrecarregando. Cada vez mais, sua carreira está ligada intrinsecamente à capacidade de ter uma equipe que assuma responsabilidades. Não contrate puxa-sacos e sim gente competente, que queira crescer e ser valorizada. Em troca, eles o ajudarão a chegar ao topo com menos trabalho e menos preocupação. Uma palavra final para os pais que tem filhos problemáticos. Talvez seu filho não queira estudar e você esteja aí enchendo a paciência dele. Lembre-se: seus filhos tomam você como modelo. É um constrangedor imaginar que pais que nunca abriram um livro e nunca fizeram um curso exijam isso dos filhos. O mesmo ocorre com as mães que estão acomodadas, morrendo de medo de sair do emprego em que são desvalorizadas, e buzinam o dia inteiro no ouvido de suas filhas que elas têm de ter autonomia e coragem de ousar. Seus filhos estão vendo você o tempo todo. Por isso, é interessante trazê-los para sua vida. Se você está se formando num curso, convide-os para assistir à cerimônia. Eles precisam notar que, mesmo aos 40, 50 anos, você continua estudando e ousando aprender coisas novas. Isso será um estímulo para eles. Quando era criança, eu e meus amigos tínhamos muito orgulho de nossos pais. E dizíamos aquela frase clássica: - Quando crescer, quero ser igual a eles. Hoje, a juventude não tem mais orgulho dos pais. A maioria vê dentro de casa pessoas acomodadas, paralisadas pelo medo de enfrentar novos desafios. O resultado é que figuras de caráter duvidoso acabam se transformando em ídolos. Para evitar que isso aconteça, esforce-se para ser o ídolo de seus filhos. Claro que você só vai construir essa façanha no dia-a-dia: mostrando que está disposto a aprender junto com seus filhos. É melhor você cuidar bem deles antes que eles saiam atrás de outros pais. CASO Irmã Dulce: o “anjo bom” da Bahia Uma vida toda dedicada ao bem-estar das comunidades carentes de Salvador, Bahia, fez dessa religiosa brasileira, indicada ao Prêmio Nobel da Paz, um exemplo de boa vontade, perseverança, humildade, luta e fidelidade a seus ideais. ostumo dizer que as pessoas são realmente felizes quando estão em perfeita sintonia com sua essência. Isso parece senso comum, todo mundo finge que realmente sabe do que se trata, mas são poucos os que buscam, nas ações do dia-a-dia, eco em seu coração. C No mundo globalizado, em que as palavras de ordem são competitividade e competência, temos que estar atentos para não perdermos o sentido de nossa viagem à Terra. Pessoas que mantém o amor em tudo o que fazem são estrelas que nos guiam nesse mar de desafios. Por isso, é importante sempre olhar para os exemplos que nos estimulam a ser pessoas melhores. Para mim, Irmã Dulce, um anjo que viveu em Salvador cuidando dos necessitados, é uma permanente força de inspiração. Sua dedicação a toda uma população nos lembra que viver é estar atento ao mundo. Mesmo quando seu corpo estava fragilizado pela doença, ela continuou trabalhando por causa do amor que sentia pelos mais pobres. Segundo Monsenhor Luna, seis pontos resumem suas ações ao longo de seus 77 anos de vida: persistência; eterna capacidade de sonhar; confiança ilimitada na Providência Divina; coragem de partir para a luta; humildade; e, por fim, fidelidade a Cristo, à Igreja e à vida religiosa. Crenças à parte, estamos falando aqui em respeitar vocações. Foi esse respeito que permeou toda a vida de Maria Rita de Sousa Brito Lopes, nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, Bahia, segunda filha de um casal que teve diversos filhos. Já aos 13 anos ela atendia pessoas carentes em sua casa, época em que manifestou a vontade de entrar para um convento. Depois de se diplomar professora pela Escola Normal da Bahia, ingressou, em 1933, na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Daí para tomar os votos de profissão de fé religiosa, que a fariam freira, foi pouco mais de um ano. Em homenagem à mãe, recebeu o nome de Irmã Dulce – e, desde então até a morte, mergulhou no que acreditava ser sua missão: ajudar o próximo. Às vezes, pode até parecer que nossos ídolos não tem dúvidas. Ledo engano. Em 1935, Irmã Dulce tentou lecionar Geografia no Colégio Santa Bernadete do Convento da Penha, em Salvador, mas concluiu que essa não era sua vocação. Estava aberto o caminho para ganhar as ruas e se dedicar ao trabalho social. No mesmo ano, a pequena mulher fundou a União Operária São Francisco, classificada como o primeiro movimento cristão operário de Salvador. A palavra união, aliás, esteve sempre presente em sua trajetória. Por meio de doações, ela fundou várias entidades voltadas para os menos favorecidos. Foi assim que, em 1937, criou o círculo operário da Bahia, mantido com a ajuda de três cinemas criados por ela, e também o Colégio Santo Antônio, escola pública para operários e seus filhos, no bairro da Massaranduba. No mesmo período, irmã Dulce começou a abrigar seus doentes em casas arrombadas no Mercado do Peixe, nos Arcos do Bonfim, até encontrar uma saída para o problema no Convento das Irmãs missionárias da Imaculada Conceição. Irmã Dulce transformou um velho galinheiro do convento num albergue! Essa foi uma semente que fez surgir mais tarde o Albergue Santo Antônio, com 150 leitos. Já se podia verificar a envergadura de sua atuação com a criação, em 1959, da Associação Obras Sociais Irmã Dulce, fundação de caráter filantrópico que reunia um albergue, um asilo de velhos e um centro educacional para menores desamparados. Então com 45 anos, Irmã Dulce ainda teve fôlego para fazer o bem e servir de farol para os que não acreditavam, não lutavam e não sonhavam. Posteriormente, entre outras obras, foram criados o Centro de Reabilitação e Prevenção de Deficientes e a Unidade Médico-Social. O reconhecimento de seu trabalho foi inevitável. Em 1980, ela teve seu primeiro encontro com o Papa João Paulo II e, em 1988, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, que projetou seu trabalho internacionalmente. Em 1990, sua saúde começou a dar sinal de alerta e, depois de dezesseis meses de internação, alternadas por períodos de trabalho,em 13 de março de 1992, Irmã Dulce faleceu no Convento de Santo Antônio. Como lembra o cantor e compositor Padre Antônio Maria, Irmã Dulce não gostava quando diziam: “a sua obra...” Ela logo corrigia: - A obra não é minha, é de Deus. O povo de Salvador vai sentir saudade da incansável Irmã Dulce por toda a eternidade, embora o trabalho preconizado por ela continue a ser feito por seus seguidores. Desde sua morte, foram criados um laboratório, um centro de bioimagem e um centro de tratamento para alcoólatras. Na missa relativa ao sexto aniversário de sua morte, em 1998, foi entregue a Dom Lucas Moreira Neves uma justa petição para a abertura do processo de beatificação de Irmã Dulce, para sempre conhecida como o “anjo bom” da Bahia. Quando falamos dos campeões, é importante deixar claro que o verdadeiro campeão não é quem tem roupas caras, carros importados, apartamento na praia etc. O campeão é aquele que trabalha o dia inteiro na empresa, chega em casa e cuida da família e, quando coloca a cabeça no travesseiro, cansado, o Criador entra em seu quarto, põe a mão em sua testa e diz: - Obrigado, meu filho, por continuar minha criação. Irmã Dulce foi uma das maiores campeãs que nosso país já produziu. A riqueza que ela construiu ficará para sempre guardada nos corações dos milhares de pessoas que ela ajudou. ARTIGO A fórmula para ser feliz Ken é um amigo especial, porque tem como objetivo de vida fazer as pessoas desenvolverem a paz interior. Roberto Shinyashiki A felicidade e suas conseqüências em termos de sucesso prático são resultados do alinhamento do potencial do seres humanos com suas metas. Por Ken O'Donnell* o final das contas e, apesar dos acontecimentos, o que queremos da vida? Nas minhas muitas viagens pelo mundo, já fiz essa pergunta para grupos diversos –índios do planalto boliviano, cientistas gregos, donas de casa americanas, operários de uma fábrica de cimento no sul da Índia e um grupo de policiais de Soweto, na África do Sul, que acabara de perder um colega baleado num tiroteio. Quase todos, independentemente de raça, cultura, nação, religião, profissão e circunstâncias, responderam que queriam ser felizes. Essa é a meta mais consistente do ser humano. N Certa vez, em Washington, tive uma percepção profunda sobre a natureza da felicidade ao conduzir um programa sobre valores humanos numa das maiores empresas do setor farmacêutico. Passei três dias explorando os três valores previamente estabelecidos – cooperação, liderança e serviço –, junto com setenta pessoas da equipe principal de recursos humanos. Ficou claro, desde o início, que a compreensão sobre os mecanismos desse trio nobre estava num plano bastante superficial. Como é comum, um grupo pequeno havia se reunido com alguns consultores externos para definir esses valores. Produziram todo tipo de bugiganga com essas três virtudes impressas – pôsteres, camisetas, cadernos, canetas e até os copos usados para servir os refrigerantes. É incrível que a direção de uma empresa de tão grande porte esperasse que a mera definição e a impressão dos valores fariam com que as pessoas automaticamente fossem líderes cooperativos, servindo de forma consistente a seus clientes internos e externos. Em inglês, chamamos esse enômeno de spray and pray. Difundimos as idéias e rezamos para que dêem certo. Empresas e icebergs Fazer uma analogia entre uma empresa e um iceberg nos ajuda a entender o que acontece quando os planos são uma coisa e o resultado é outra. Em um iceberg, a parte visível corresponde a 10% e correspondem, na empresa, à sua missão, visão e metas. Os 90% que ficam debaixo d'água representam medos, hábitos, crenças, sentimentos e valores das pessoas. Se o vento que sopra na superfície vai para o norte e as correntes do mar se dirigem para o sul, o iceberg segue para o sul, apesar do esforço do vento. Esse exemplo vale tanto para uma organização como para o indivíduo. A felicidade e suas conseqüências em termos de sucesso prático são resultados do alinhamento da parte de cima, visível, com a parte de baixo, invisível. Num outro programa semelhante, realizado num grande banco brasileiro, um alto executivo me disse que estava com dificuldade em equilibrar a vida profissional e a familiar com seu desenvolvimento como ser humano. Para muitos, os malabarismos diários entre esses três fatores os deixam exaustos e sem preenchimento. No começo do dia, entramos num "carrossel" de pensamentos, palavras e ações que nos despeja na cama 18 horas depois zonzos e esgotados, para acordar no dia seguinte para mais uma rodada. A resposta das duas situações citadas acima está em entender dois aspectos fundamentais: a identidade profunda do ser e o senso claro de propósito. Se não identificamos quem somos, não sabemos o que fazemos. Se não sabemos o que queremos fazer, não faremos nada de substancial. Aquele que se identifica com os papéis que desempenha no trabalho, na rua ou em casa fatalmente acaba passando a vida num “carrossel” de cenas, situações e transações. Cresce, amadurece, definha e morre sem sair dele. Pior, nem percebe que a vida poderia ser diferente. Aquele que só se identifica com os sucessos externos – na vida ou no trabalho – se condena a passar pela tristeza dos fracassos também. Platão dizia que “a sabedoria é um exercício de constante autodefinição”. Assim, nos perguntamos, o que é o ator por trás dos papéis e ações que realiza no palco do mundo? O que é que dá vida à nossa vida? Como no iceberg, os papéis e seus resultados são a parte visível. O que nos move realmente é a parte interna e profunda. Se Kasparov conseguiu usar apenas 10% do seu potencial intelectual para tentar derrotar o computador no xadrez, quer dizer que 90% estavam num estado latente. Nós, que não somos nenhum Kasparov, utilizamos cerca de 3% a 4% de nosso potencial intelectual, deixando o resto no seu estado inato, sem falar dos potenciais emocional e espiritual. O desafio de qualquer ser humano é “dês”-cobrir ou “des”-envolver seu potencial latente. Por causa do rush das atividades na parte visível do iceberg, não damos a atenção devida à mina de qualidades e poderes que carregamos dentro de nós. Quem se identifica com seu lado mais profundo encontra lastro para agüentar os mares altos. As ondas podem ser fortes, mas esse indivíduo não afunda. Minha decalcomania para este ano de tantas crises é “Apesar de...” Apesar dos obstáculos e problemas, eu tenho dentro de mim tudo o que preciso para vence-Ias. Não tenho de equilibrar ou conciliar nada com nada, porque eu sou a mesma pessoa de dentro para fora – apesar dos diversos papéis e atividades profissionais, familiares e sociais. Essa autenticidade me poupa de muitos pensamentos inúteis e negativos que acabam sendo os verdadeiros ladrões da minha felicidade. Uma vez me pediram para ajudar 300 pessoas da área de compras de uma grande fabricante de automóveis no Brasil a lidar com seu estresse. Nessa indústria específica, há muitas pressões que tendem a se intensificar com a chegada dos novos fabricantes no mercado. Eu disse que, embora as pressões reais fossem piorar, a única saída seria aprender a diminuir as pressões irreais que criamos internamente com o excesso de pensamentos inúteis e negativos. Estes geram tal estado de confusão e peso que não temos a clareza suficiente para tomar decisõescorretas. “Por que ele fez isso comigo?” “Como vou sair desta?” “Onde tudo vai terminar?” A lista enorme de perguntas e possíveis respostas nos rouba a energia que deveríamos estar usando para resolver os problemas. A felicidade é o prêmio para aquele que tem a clareza de saber quem é e o que quer. Sem um propósito pessoal, a vida roda como uma mangueira solta. O indivíduo tem grande vontade e potencial para fazer algo, mas não sabe o quê, e a vida passa numa espécie de hemorragia existencial. Saber o que quer e querer o que reconhece como correto e verdadeiro é a fórmula para ser feliz. A felicidade tem exatamente o mesmo tamanho do potencial interno realizado na vida prática. *Ken O'Donnell, australiano radicado no Brasil, é consultor de empresas nas áreas de planejamento estratégico, desenvolvimento organizacional e pessoal. Autor de livros publicados em diversas línguas. Coordenador para a América do Sul da Organização Brahma Kumaris, uma ONG com status consultivo geral na ONU e no Unicef. PERFIL DO AUTOR Tudo ao mesmo tempo agora oberto Shinyashiki é uma figura ímpar. Além de ser um dos palestrantes mais requisitados do país, ocupa uma posição privilegiada no competitivo mercado editorial brasileiro. Hoje, é um dos autores de maior sucesso, batendo a marca dos 6,5 milhões de exemplares vendidos. Preside duas empresas: a Editora Gente e o Instituto Gente. R Em 1998, 1999, 2000 e 2001 a editora marcou pontos preciosos conquistando quatro vezes o cobiçado prêmio Top of Mind, concedido aos melhores profissionais de Recursos Humanos, na categoria de livros de gestão empresarial. Assim como a editora, que visa o aprimoramento do conhecimento humano, o Instituto Gente também tem uma missão bastante desafiadora. O próprio Roberto o define como um “centro de estudos voltado para a realização de palestras e seminários para criar um Brasil mais forte, por meio de empresas campeãs”. Todos os dias, ele recebe dezenas de solicitações de entrevistas e artigos para diversos veículos de comunicação. Tudo isso já seria suficiente para lotar sua agenda, mas Roberto ainda encontra tempo para correr 8 quilômetros três vezes por semana, namorar sua esposa, Cláudia, e “corujar” as peripécias de seus cinco filhos. Uns, ele busca na escola, outros passam o dia com ele na empresa, outros o seqüestram no final de semana para alguns passeios. Assim, vai ganhando forma na prática e teoria da felicidade que tanto divulga em seus livros. Agitação é, com certeza, o substantivo mais adequado para definir a vida de Roberto. Está sempre delegando tarefas, resolvendo problemas e correndo de um lugar para o outro, coordenando seus horários entre um aeroporto e uma palestra. Viajar não é empecilho para realizar suas tarefas rotineiras. Munido com seu laptop e celular, ele telefona, manda e-mails, apodera-se do fax do hotel, tudo o que for preciso para checar se suas empresas estão caminhando bem. Como não gosta de esperar, não deixa nada para amanhã. É a polivalência que tanto prega em exemplo máximo. Depois das palestras, é capaz ainda de dar entrevistas e ler, ler muito, os mais variados assuntos fazem parte de seu menu literário. E lembra de praticamente tudo. Além disso, tem imenso prazer em estudar e fazer cursos. “Seu diferencial é entender de temas que vão desde meditação até economia”, diz Anderson, seu assessor direto. Para muitos, o segredo de seu sucesso está na maneira clara e simples com que expõe suas idéias sobre a vida pessoal e profissional. Assim como suas palestras, seus textos primam pela leveza e informalidade, como se fossem uma conversa com o leitor, característica que preserva desde a época em que atuava como psiquiatra. Perfeccionista crônico, não chega a ser um workaholic. Mas, para estar junto dele, é preciso entrar no seu ritmo. Veloz e inquieto, contagia todos ao seu redor. Certa vez, disse que a única coisa que fazia devagar era voar. Brincadeiras à parte, Roberto sabe que a velocidade imprime uma marca muito especial a seu trabalho: a capacidade de realizar. Mesmo que custe tempo ou que tenha de passar noites em claro. Roberto tem uma percepção aguçada em relação ao público de suas palestras. Sabe exatamente o que as pessoas querem ouvir e sempre encontra a melhor maneira de passar suas mensagens. Consegue mesurar, num relance, como está a aceitação da platéia em suas colocações e o que ela espera daquele encontro. Para Lúcia Speretta, amiga de Roberto e ex- gerente de produção da Editora Gente, Roberto sabe como incentivar sua equipe de trabalho primeiro porque conseguiu conquistar a admiração de seus funcionários, que o tomam como modelo. “Roberto faz a gente desenvolver nosso lado profissional. Eu o tenho como exemplo. Tanto no âmbito profissional como pessoal, sua visão acrescentou muito à minha vida”, completa. Segundo porque não deixa ninguém dentro da empresas sem retorno de seu trabalho. “Se gostou de sua atuação, ele elogia. Se achou que você não cumpriu seu papel, não hesita em dizer”, afirma Cláudia. Mas visão de longo alcance não se restringe ao trabalho. Ele consegue ver de longe quando algo não vai bem com alguém na vida pessoal também. E quando pergunta, não precisa de muitas explicações, já captou no ar o que está acontecendo. Suas análises geralmente se confirmam. Alguns amigos o admiram, mas, ao mesmo tempo, não o compreendem muito bem. “Para mim ele tem alguma coisa especial, inexplicável... Senão, como é que ele consegue tanta energia!?”, questiona Antônio de Pádua. Se você quiser conhecer melhor Roberto Shinyashiki, leia seus livros. O primeiro, A Carícia Essencial, foi lançado em 1985. Sucesso instantâneo, o livro analisa os caminhos que as pessoas utilizam para demonstrar amor e outros sentimentos e aborda a necessidade que o ser humano tem de dar e receber carícias. Está em sua 162a edição e foi incluído na bibliografia de cursos de pós- graduação na área de psicologia. É adotado como referência por diversos consultores empresariais. Bem, daí em diante Roberto não parou mais de escrever. O segundo livro, Amar Pode Dar Certo, de 1988, escrito em parceria com Eliana Bittencourt Dumêt, expõe uma visão altamente positiva do relacionamento a dois, defendendo a dissociação do binômio amor/dor, tão presente em nossa cultura. Está em sua 153 a edição. Em 1990, ele publicou Mistérios do Coração, escrito em forma de uma carta de um homem para sua ex-esposa, contando suas experiências e vivências do casamento. Mostra a busca do amor sob a ótica masculina, normalmente pouco explorada. Para compartilhar sua idéia de que a convivência familiar pode ser uma experiência maravilhosa, em 1992, lançou Pais e Filhos – Companheiros de Viagem. Já em Sem Medo de Vencer, de 1993, Roberto aborda pela primeira vez o tema sucesso, seja ele no amor, na espiritualidade ou no campo profissional. A partir de um trabalho comparativo entre o mito grego de Sísifo e os dias atuais, ele instiga o leitor a superar vícios e bloqueios que impedem sua realização pessoal. Em 1995, Roberto mostra as transformações do mundo dos negócios e propõe caminhos e opções em A Revolução dos Campeões. Para abordar a importância da felicidade na vida do ser humano e contestar a ambição desmedida, que elimina o que realmente é importante na vida, escreve O sucessoé Ser Feliz, publicado em 1997. Em 2000, Roberto lança Os Donos do Futuro, um livro direcionado à carreira, em que fala das atitudes que o profissional deve ter para atender às necessidades das empresas num mundo em constante evolução. Já em 2001, apresenta caminhos que ajudam o leitor a construir uma carreira de sucesso e uma vida plena em Você: a alma do negócio. Nesse caso, aborda questões como o verdadeiro valor do dinheiro, a diferença entre ambição e ganância, a vocação profissional, o perfil empreendedor, o entusiasmo, o amor ao próximo, a solidariedade e a espiritualidade. O 13o livro do autor, O Poder da Solução, chega às livrarias em 2003, com a missão de ajudar o leitor a identificar seus problemas, sugerindo estratégias para resolvê-los. Em 2005, Roberto lança Heróis de Verdade, criticando a cultura da imagem e das celebridades que prevalece nos dias de hoje e reforçando a força dos valores morais dos heróis anônimos. Em 2006, foi a vez de Tudo ou Nada, um livro para quem deseja construir sua história do jeito que sempre sonhou, mas nunca realizou... Walter Arruda PARA REFLETIR O diabo manda de volta erta vez, perguntei para um de meus mestres na Índia:C - Porque existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas muito pequenos e morrem afogadas num copo de água? Ele simplesmente sorriu e me contou essa história. Um sujeito viveu amorosamente toda sua vida. Quando morreu, todo mundo lhe falou para ir ao céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá. Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total. A recepção não funcionava muito bem. A moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, lhe orientou para ir ao Inferno. E o Inferno você sabe como é. Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando. Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro: - Você é um canalha. Nunca imaginei que fosse capaz de um baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo! Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava. O demônio, transtornado, desabafou: - Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça por lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O inferno está insuportável, parece um Paraíso! E fez um apelo: - Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e traga-o para cá! Quando o mestre terminou de contar essa história, olhou-me carinhosamente e disse: - Roberto, viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno, o próprio demônio lhe traga de volta ao Paraíso! É o amor que faz a gente compreender que os problemas fazem parte de nossa vida e não podemos deixar que eles nos transformem em pessoas amarguradas. Crises sempre vão acontecer e, às vezes, você não terá escolha a não ser enfrentá-las. Sua vida pode estar sensacional e, de repente, você descobre que sua mãe está com câncer; que a política econômica do governo mudou, enfim, infinitas possibilidades de encrencas aparecem. Ou seja, você não pode escolher as crises, mas pode escolher a maneira como enfrentá-las. E, no final, quando os problemas forem resolvidos, mais do que sentir orgulho por ter encontrado as soluções, você terá orgulho de si mesmo. Foi maravilhoso falar com você nestes dez fascículos. Espero encontrá-lo em breve em outro texto ou em uma palestra. Mande um e-mail para mim, vai ser muito bom saber como as coisas estão indo para você. Enquanto isso, lembre-se: o universo está esperando para comemorar suas vitórias. O verdadeiro sucesso é ser feliz! Torço por você. Com carinho Roberto Shinyashiki. AGRADECIMENTOS Uma conversa final* uando você olhou estes textos no site, viu o nome de Roberto Shinyashiki e decidiu lê-los, não imaginou quantas pessoas trabalharam para que o material tivesse essa qualidade. Quero agradecer a um grupo maravilhoso de profissionais de primeira linha que realizou este projeto, alguns até varando madrugadas. Q Professores universitários, pesquisadores, consultores, jornalistas, artistas gráficos, fotógrafos, revisores, a equipe de redação da Editora Gente, amigos fiéis que leram os textos e fizeram comentários oportunos, meus irmãos do Sebrae por nossa eterna parceria, a equipe do Instituto Gente, que coordena minhas atividades, o Renan, que resolve os problemas de meu computador e amigos que ajudaram a mandar os e-mails do exterior quando o sistema do hotel não funcionava. Citar todos os nomes seria correr um risco perigoso demais, mas é inevitável a lembrança dos companheiros que trabalharam diariamente nos últimos meses neste projeto: Walter Arruda, Silvyan Mifano, Ivana Traversim, Carolina, Goymar Dantas, Margarethe, Anderson, Rosely Boschini, Carlos Neves. Você não imagina a epopéia que foi produzir este trabalho num curto prazo. São tantas as partes deste quebra- cabeças, que algumas pessoas nem tiveram contato direto comigo, mas trabalharam com toda a dedicação. Quero compartilhar o sucesso com todos vocês e, do fundo do coração, agradecer pelas idéias, sugestões e críticas que tornaram esta experiência gratificante. Em muitos momentos, eu me senti pressionado, mas nunca sozinho. Quando, às vezes, escrevia os textos em outros países, sabia que vocês estavam aqui no Brasil dando a maior energia para que eu pudesse me concentrar. Obrigado por tudo, especialmente pela paciência e compreensão com meu jeito de ser. Quero também agradecer a vocês, que têm lido meus livros, participado de meus seminários e distribuído minhas idéias entre seus familiares e colegas de trabalho. Vocês são minha eterna fonte de inspiração. * Observação: Inicialmente, estes textos foram publicados em formato de fascículos e distribuídos em bancas de jornais em 2001.
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