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IMUNOPATOLOGIA Hipersensibilidade do tipo I

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Hipersensibilidade do tipo I - Alergias
- Reação de hipersensibilidade do tipo I pode também receber o nome de reação anafilática ou reação imediata. É imediata pois o mal-estar acontece no momento da exposição ao alergeno.
- Só há crise alérgica em indivíduos que apresentam memória imunológica ao alergeno, não quando há o primeiro contato.
- Reações de hipersensibilidade do tipo I se caracterizam pela geração resposta imunológica exarcebada prejudicial ao organismo do indivíduo, a qual geralmente não afeta o alergeno causador da resposta imune. Hipersensibilidade é diferente de autoimunidade.
- A periculosidade de determinada substância não influencia a geração de hipersensibilidade. 
- Reação de hipersensibilidade do tipo I é mediada por anticorpos.
- Antígenos são substâncias estranhas ao organismo reconhecidas por linfócitos. Para ser antígeno a substância deve ter natureza biológica. Chumbo não é antígeno, porém é capaz de gerar granuloma (formação de granuloma é uma estratégia primitiva do sistema imune).
~ pontuei a definição acima porque o professor disse que é uma boa pergunta para prova de concurso ~ 
- A primeira definição para alergia se referia à reação de hipersensibilidade como uma imunidade específica, capaz de gerar qualquer mudança de comportamento do organismo contra substâncias que antes o organismo não reagiria, mas que de repente passou a reagir (naquela época, pensando desta forma, um indivíduo que após imunização contra o vírus da dengue, por exemplo, passou a ser imune ao patógeno graças à presença de anticorpos em seu soro, poderia ser chamado de alérgico ao vírus da dengue, pois antes de entrar em contato com o vírus não era capaz de combate-lo, mas que depois da vacina apresentou mudança no perfil de sua resposta imunológica. Atualmente, a definição de alergia tornou-se mais específica, denominando somente as reações imunes que são prejudiciais ao próprio organismo e não ao patógeno/antígeno como alergia). Uma definição que englobava qualquer tipo de imunidade adquirida.
- Para se desenvolver alergia é necessária memória imunológica.
- Reação de hipersensibilidade do tipo I é mediada por anticorpos. Não há participação do sistema imune inato. 
- O Príncipe de Monaco foi um dos pesquisadores pioneiros na descoberta dessa reação de hipersensibilidade em seu barco-laboratório caríssimo há séculos atrás. Ele observou que uma toxina de determinada alga marinha matava em poucas horas cachorros de seu laboratório flutuante. Testou diferentes concentrações da toxina nos cachorros, em uma tentativa de imunização, depois desafiou um grupo com uma dose letal e outro com uma dose subletal. Todos os cachorros morreram. O que aconteceu foi que aqueles cachorros que foram expostos à toxina durante a etapa de imunização tornaram-se hipersensíveis à substância e, posteriormente, quando foram desafiados com concetrações mais altas da toxina e com a dose letal, desenvolveram reação alérgica severa letal. Concluíndo, pré-imunização para alergenos só piora futuras reações; além disso, reações alérgicas tendem a ser generalizadas gravíssimas em determinados casos; a morte dos cães foi uma reação alérgica severa que resultou em choque anafilático.
- Choque anafilático é uma reação sistêmica severa causada pela entrada do alergeno na corrente sanguínea.
- Manifestações alérgicas localizadas são mais brandas, mais numerosas e mais comuns na população; geralmente causam edema, coceira (liberação de histamina por granulócitos) e vermelhidão. Rinite e asma são exemplos de alergias localizadas "organizadas". Já o choque anafilático é disseminado pelo corpo; gravíssimo. 
- Profilaxia: Choque anafilático é tratado com adrenalina (vaso constritor). Alergias localizadas são tratadas com anti-histamínicos.
- Dois pesquisadores realizaram um ensaio para observar a ocorrência de hipersensibilidades do tipo I. A imunização passiva com o soro de um indivíduo alérgico em um indivíduo não alérgico, quando injetada na pele, tornava este indivíduo temporariamente alérgico aos mesmos alergenos do doador, apresentando reações alérgicas nas vias respiratórias, geralmente (asma). Outra observação importante foi que o indivíduo não alérgico imunizado passivamente passou a apresentar reações anafiláticas duradouras no local da injeção do soro. A anafilaxia foi gerada porque anticorpos especiais contra determinados alergenos se ligaram a mastócitos residentes do tecido. Os anticorpos em questão são IgE. Mastócitos apresentam receptores em sua superfície para a porção Fc de IgE, capaz de gerar um complexo célula-antígeno forte e estável, logo o mastócito residente passa a reconhecer antígenos/alergenos a partir dos anticorpos IgE aderidos em membrana celular. Basófilos também apresentam receptores para a porção Fc de IgE, porém são circulantes. Quando este complexo célula-anticorpo reconhece um alergeno, induz a uma rápida degranulação celular.
- Imunização contra determinado antígeno leva a produção de IgG; já a exposição a alergenos que causarão uma alergia no indivíduo, estimulam a produção de IgE. O balanço das duas imunoglobulinas contra determinado antígeno pode influenciar com a manifestação de alergia; por exemplo, quanto mais IgE contra certa substância, ao invés de IgG, mais estimulada é a reação de hipersensibilidade do tipo I ao antígeno em questão. A competição das duas imunoglobulinas pelo antígeno influenciam a geração de resposta diferentes tipos de resposta imune. Quanto mais IgE específica a certo alergeno, mais fácil será o desenvolvimento de alergia.
- Alergeno é um antígeno que induz potente resposta Th2 e consequente liberação de IL-4. 
- Um indivíduo alérgico é mais susceptível à produção de IgE. Essa imunoglobulina é potente e não é necessário grandes quantidades para o desenvolvimento de reação alérgica.
- O mastócito de qualquer pessoa sempre estará coberto de IgE, sendo essa pessoa alérgica ou não. Essa é uma célula reservatório de IgE (lembrando, o reservatório é na superfície celular).
- Os mastócitos geralmente se localizam mais em mucosas, superfície de alvéolos e derme. Repetindo, são células tissulares residentes, são sentinelas.
- O mesmo antígeno deve ser reconhecido por mais de uma IgE para desenvolver reação alérgica, logo, o reconhecimento de um alergeno deve ser feito por mais de um mastócito (células policlonais) para causar reação de hipersensibilidade do tipo I.
- A sensibilização de um indivíduo se dá a partir da quantidade de antígeno, tipo de molécula do antígeno, via de introdução do antígeno e também com o ambiente imunológico do organismo no momento do contato, e aí entram os adjuvantes. Adjuvantes são substâncias que direcionam a resposta imune e produção de IgE; os vermes são adjuvantes importantes, pois têm a capacidade de transformar antígenos em alergenos. Contudo, vermes geram grande produção de IgE por apresentarem grande quantidade de antígenos em sua superfície; essa variedade de antígenos acarretará na produção de uma gama variada de IgEs. A diferença na especificidade das moléculas de IgE não induz a uma reação de hipersensibilidade do tipo I. A alergia é fruto da especificidade da IgE e da predominância desta no organismo. Durante uma verminose, não tem predominância de um tipo de IgE específica e sim uma grande variedade dessa classe de imunoglobulinas em altas quantidades.
- Uma pessoa alérgica não necessariamente significa uma pessoa que produz mais IgE e sim uma pessoa que possui IgEs específicas contra determinados alergenos em predominância no organismo.
Por que atualmente o índice de desenvolvimento de alergias tem aumentado na população?
Para isso, criaram uma hipótese:
Hipótese da Higiene: O mundo está ficando cada vez mais alérgico graças a abolição de doenças infecciosas e pela boa higiene da população. As células Th1 desempenham um balanço com as células Th2. Como a ação das células Th1 são dependentes de estimulos infecciosos e com a diminuição de funcionalidade dessas células pela ausência de determinadas infecçõespor campanhas de vacinação e educação sanitária da população, essas células não suprimem como deveriam a ação de células Th2, as quais passam a reagir contra "qualquer coisa" mais espontaneamente, desequílibrando o ambiente imunológico do indivíduo, tornando-o susceptível a sensibilizações mais facilmente.
Derrubando esta teoria, estudos em Nova York indicaram que na cama de todos os indivíduos alérgicos de uma amostra, foram encontrados compostos alergenos de baratas, cães, gatos, ácaros, dentre outros, que não necessariamente são relacionados com hábitos de higiene e sim com o padrão de vida atual, que tende a ser mais confinado em espaços pequenos. Outro fator importante é que grande parcela da população atual e de pessoas com quem temos contato vivem em grandes centros urbanos, zonas que possuem grandes indústrias e altos índices de poluição, o que propicía doenças respiratórias e outras doenças (alergias também) pela constante exposição a substâncias nocivas, o que não tem muita ligação com hábitos de higiene da população e sim com padrão de vida do homem moderno.
BÔNUS PROS MIGOS E MIGAS!
Seguem links interessantes de leitura rápida que podem ajudar em alguma coisa, ou não. Beijos! 
https://www.youtube.com/watch?v=vEKFXEYDQEc
http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter17.htm
http://www.asbai.org.br/revistas/Vol284/alergia_barata.pdf

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