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ARRITMIAS CARDÍACAS
ANATOMIA DO CORAÇÃO
FORMAÇÃO E CONDUÇÃO DO IMPULSO 
ELÉTRICO
FUNCIONAMENTO ELÉTRICO DO 
MÚSCULO CARDÍACO
 DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO:
QUANDO O CORAÇÃO ESTÁ EM REPOUSO,
AS CÉLULAS CARDÍACAS ESTÃO
REPOLARIZADAS(TÊM CARGAS NEGATIVAS
EM SE INTERIOR). QUANDO OCORRE O
ESTÍMULO ELÉTRICO, ELAS SE CONTRAEM E SE
DESPOLARIZAM, TORNANDO-SE
CARREGADAS POSITIVAMENTE, COMO
MOSTRA O ESQUEMA ABAIXO:
TRAÇADO 
ELETROCARDIOGRÁFICO
REGISTROS NO ECG
A despolarização e a repolarização constituem
fenômenos elétricos e, captados por eletrodos
colocados sobre a pele do indivíduo, são
representados no ECG da seguinte maneira:
CICLO CARDÍACO NO ECG
Representado pela onda:
 P: Contração Atrial (despolarização)
 Complexo QRS: Contração ventricular 
(despolarização)
 Onda T: Repolarização ventricular
CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS
AMPLITUDE OU VOLTAGEM:
Reflete a força elétrica da onda e, portanto,
não tem relação com a força muscular da
contração ventricular.
No registro do ECG a amplitude pode ser
medida tomando-se por base as linhas
verticais do papel milimetrado. A distância
entre essas linhas é de 1mm e representa
1/10mV (Milivolt é a unidade que mede a
intensidade da atividade elétrica
cardíaca).
CARACTERÍSTICAS DAS 
ONDAS
 DURAÇÃO:
A medida da duração da onda é feita
tomando-se por base a série de linhas
horizontais do papel milimetrado do ECG.
A distância entre as linhas é de 1mm e
representa um período de tempo igual a
0,04s(quatro centésimos de segundos).
FACILTANDO A LEITURA
A cada 5 linhas do papel, tanto na vertical como 
na horizontal, uma vem impressa em destaque:
 Na vertical: 
0,5mV
 Na horizontal: 
0,20s. 
RITMO SINUSAL
ONDA P
Representa a atividade elétrica do impulso gerado 
no nódulo SA e sua progressão através dos Átrios, 
promovendo a despolarização atrial. 
Características normais:
 Tamanho não deve exceder: 0,25mm;
 Duração Máxima: 0,10s;
 Forma: arredondada (pode ser pontiaguda na 
presença de taquicardia ou em crianças, 
principalmente nas pré-cordiais) 
INTERVALO PR
Representa o tempo que o impulso elétrico 
leva para atingir os ventrículos a partir de 
sua origem no Nódulo SA.
Características normais: 
 Varia de 0,12s a 0,20s 
 Podem ser registrados valores maiores
em idosos e/ou nas bradicardias, e 
valores menores em crianças e/ou nas 
taquicardias. 
COMPLEXO 
QRS
COMPLEXO QRS
Representa a atividade de estimulação
dos ventrículos, isto é, a contração
ventricular. Registra o percurso do
impulso elétrico desde o Nódulo AV
até as células miocárdicas, através do
feixe de His e das fibras de Purkinge.
CARACTERÍSTICAS DO QRS
A onda Q é a primeira deflexão para
baixo(-);
A onda R é a primeira deflexão para
cima(+);
Onda S é uma deflexão negativa(-)
Duração do QRS: varia entre 0,06 e 0,012s.
Sua duração é maior nas derivações
precordiais do que nas periféricas.
ONDA T
Representa a maior parte da
fase de repolarização ou
recuperação ventricular,
período sem atividade
elétrica.Qualquer condição
que interfira com a
repolarização normal pode
provocar inversão nos
registros da onda T.
SEGMENTO ST
Compreende o período entre o término da
despolarização e o início da repolarização
dos músculos ventriculares
Características: traço isoelétrico. Elevação
ou depressão indicam anormalidades,
principalmente IAM.
INTERVALO QT
Define a duração total das fases
sucessivas de despolarização e
repolarização dos ventrículos.
Sua duração raramente ultrapassa
0,40s(quatro décimos de segundos).
DERIVAÇÕES 
ELETROCARDIOGRÁFICAS
O impulso gerado pelo coração cria uma
corrente elétrica que se espalha pelo corpo
em diversas direções. É possível registrar as
ondas cardíacas em diferentes pontos
através do ECG.
Os primeiros ECGs foram obtidos
historicamente por eletrodos colocados
sobre o BD, BE, e P, formando o triângulo de
Einthoven
ECG
Eletrocardiógrafo
Galvanômetro que registra variações de
voltagem, usualmente numa fita de
papel milimetrada. Foi criado por Wilhelm
Einthoven em 1906 (Prêmio Nobel)
Triângulo de Einthoven
Triângulo de Einthoven
ECG STANDART OU PADRÃO
É composto por doze derivações :
seis periféricas e seis pré-
cordiais:DI,DII,DIII,AVR, AVL, AVF
(periféricas)
 V1, V2, V3, V4, V5, V6 (pré-cordiais)
Em situações especiais pode-se registrar:
 V7, V8, V3R, V4R (pré-cordiais)
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS
(BIPOLARES)
DI: Capta o diferencial de potencial elétrico
entre os eletrodos BD-BE – parede lateral
DII: Capta o diferencial de potencial elétrico
entre os eletrodos BD-PE – parede inferior
DIII: Capta o diferencial de potencial elétrico
entre os eletrodos BE-PE – parede inferior
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS
(BIPOLARES)
AVR – sem visão específica (espelho de DII)
AVL – parede lateral
AVF – parede inferior.
Nelas permanecem colocados os eletrodos nos
mesmos lugares com voltagem aumentada,
portanto, em inglês significam: (descoberto
por Frank Wilson)
A (de aumentada)
 V (de voltagem)
 R (de right, braço direito)
 L (de left, braço esquerdo)
 F (de foot),pé)
Derivações Pré Cordiais 
(Unipolares)
V = Vetor
 V1 – 4º EIC à D na linha paraesternal –
parede ântero-septal
 V2 - 4º EIC à E na linha paraesternal – parede
ântero-septal
 V3 – Situa-se entre o V2 e V4 - parede
anterior e ântero-septal
 V4 – 5º EIC à E sobre a linha hemiclavicular -
parede anterior
 V5 – Linha axilar anterior E seguindo V4 –
parede lateral
 V6 – Linha axilar média E seguindo V5 –
parede lateral
DERIVAÇÕES ESPECIAIS
 V7 – Linha axilar E posterior seguindo V6
 V8 – Seguindo V7 (utilizar eletrodos V1 e V2)
– Visualiza o coração posterior
 V3R e V4R – Na direção do V3 e V4 do lado
Direito –Visualiza o coração Direito
DERIVAÇÕES PRÉ-CORDIAIS
ARRITMIAS
CAUSAS DAS ARRITMIAS
Distúrbios do automatismo
Distúrbios da condução
Combinações de distúrbios de automatismo
e condução
ARRITMIA DO NÓ 
SINUSIAL
BRADICARDIA SINUSAL
Caracteriza-se por frequência sinusal abaixo 
de 60 bpm e ritmo regular – sono/atleta.
.
BRADICARDIA SUNUSAL
TAQUICARDIA SINUSAL
Caracteriza-se por frequência sinusal 
acima de 100 bpm:
 Estados emocionais intensos;
 Exercício físico, hipovolemia;hemorragia
Dor e uso de algumas substâncias.
ARRITMIAS ATRIAIS
Arritmias identificadas pela ausência ou 
aparecimento normal da onda P.
FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA).
Ocorre em múltiplas áreas de reentradas 
dentro dos átrios ou de múltiplos focos 
ectópicos. Não há contração dos átrios, 
portanto não há formação da onda P.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
CAUSAS DA FIBRILAÇÃO:
Hipóxia;
Pericardite;
Doença cardíaca isquêmica;
Outras condições.
CRITÉRIOS DO ECG:
Freqüência: 100 a 160 bpm;
Ritmo: Irregular
Ondas P: não existem
Ondas F :(fibrilatórias) observadas 
como linha de base irregular.
TRATAMENTO
Controlar freqüência – Digoxina,
betabloqueador.
Cardioversão química - Quinidina ou
ancoron após anticoagulação.
Cardioversão elétrica – deve ser a 1ª opção
terapêutica em pacientes com fibrilação
atrial somática.
TAQUICADIA 
SUPRAVENTRICULAR
Ocorre no átrio ou no sistema de condução 
do Feixe de His.(ectópico). Pode ser 
paroxística (intermitente) ou contínua.
Pode determinar um bloqueio de 2:1
CAUSAS:
Wolff- Parkinson – White
 Intoxicação digitálica
Cicatriz cirúrgica
CRITÉRIOS DO ECG
Ritmo: regular
Frequencia: > 200 bpm
Onda P oculta na onda T
Onda T invertida
TAQUICARDIA 
SUPRAVENTRICULAR
.
TRATAMENTO
 Se baixo débito cardíaco (DC) e ausência
de pulso – Choque
Massagem do seio carotídeo ou manobra
de Valsalva
Medicamentoso:adenosina, amiodarona,
verapamil
EXTRASSÍSTOLE 
SUPRAVENTRICULAR
• É um foco ectópico acima do ventrículo e
prematuro. Batimento com QRS normal
porém sem onda P ou encurtada.
.
.
EXTRASSÍSTOLE
CAUSAS:
 Hipóxia;
 Hipopotassemia ou hipocalemia
CRITÉRIO DO ECG:
 Fequencia atrial e ventricular irregulares,
Onda P prematura com configuraçãoanormal, pode estar oculta na onda T
anterior.
EXTRASSÍSTOLE 
VENTRICULAR
TRATAMENTO
Necessário em pacientes sintomáticos ou 
quando os complexos prematuros precipitam 
taquicardias.
Medicamentoso: Digitálicos, 
betabloqueadores e antagonista do cálcio.
BLOQUEIOS 
ATRIOVENTRICULARES (BAV)
Retardo ou interrupção da condução entre o átrio e o 
ventrículo.
CLASSIFICAÇÃO
DE ACORDO COM O GRAU DE BLOQUEIO:
Bloqueios parciais – BAV de 1º grau
BAV de 2º grau (tipos I e II)
BAV de 3º grau ou BAV completo (BAVT)
➢DE ACORDO COM O SÍTIO DO 
BLOQUEIO:
Nó AV
Infranodal
Feixe de His
Ramos
CAUSAS
❖Bloqueio temporário:
IAM, intoxicação, miocardite, cirurgia 
cardíaca
❖Bloqueio permanente:
Alterações relacionadas ao envelhecimento;
Anormalidades congênitas;
IAM;
Miocardiopatia; 
Cirurgia cardíaca
BLOQUEIO AV 1º GRAU
É o retardo na passagem do impulso do átrio 
para os ventrículos, ou interrupção.
TRATAMENTO
CRITÉRIO DO ECG
QRS tem aparência normal;
 Ritmo: Regular;
Ondas P: cada onda é seguida de um 
complexo QRS
 Intervalo PR: é maior que 0,20 seg. 
Geralmente desnecessário, quando ocorre 
sem sintomas. Suspender medicamentos
TAQUICARDIA VENTRICULAR(TV)
Ritmo que se origina nos ventriculos, em foco
ectópico e prematuramente. Como o
batimento é de origem ventricular, não
percorrerá o sistema de condução.
CAUSAS
Cardiopatias;
Miocardiopatias;
Cardiopatias congênitas;
Isquemia; Irritação Mecânica
Hipocalemia;
DO ECG
Complexo QRS: Alargado
Frequência: maior que 100
Ondas P : não são vistas
Ritmo curto ou longo
Ritmo contínuo ou não contínuo.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV)
Despolarização descoordenada dos ventrículos, 
resultando em interrupção abrupta do débito 
cardíaco. O paciente apresenta-se sem pulso e 
sem débito cardíaco.
CAUSAS
Hipóxia; Choque elétrico;
Trauma; Cardiopatia isquêmica;
Manipulação do cateter em ventrículos.
TRATAMENTO
TV com pulso: lidocaína, procainamida e 
amiodarona.
TV sem pulso: desfibrilação.(RCP)
CRITÉRIOS DO ECG
Apenas oscilações irregulares da linha 
básica são videntes, que podem ser de 
aspecto grosseiro ou fino.
TRATAMENTO
Desfibrilação com 200J e 360J, 
respectivamente;
Manobras de ressuscitação;
Administração de antiarritmicos.
ISQUEMIA MIOCÁRDICA

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