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ORGANIZADOR
CLAUDIA FACINI DOS REIS
DIONEI ALVES DOS SANTOS
SARA CRISTIANE BARAUNA
ANATOMORFOFISIOLOGIA 
DO SISTEMA 
TEGUMENTAR, 
LOCOMOTOR, NERVOSO E 
CARDIORRESPIRATÓRIO
Coordenador(a) de Conteúdo 
Daiany Darlly Bello Redivo, Laura de 
Oliveira Carmona, Liliani Carolini Thiesen 
Marcelo Silva Barth, Mirian Quadros de 
Oliveira, Roseane Leandra da Rosa
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Ellen Jeane da Silva
Design Educacional
Agnaldo Ventura
Curadoria
Maira Vanessa da Rocha
Revisão Textual
Harry Wiese
Ilustração
Andre Luis Azevedo da Silva
Fotos
Shutterstock
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. REIS, Claudia Facini dos; SANTOS, 
Dionei Alves dos; BARAUNA, Sara Cristiane.
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar, Locomotor, 
Nervoso e Cardiorrespiratório. Dionei Alves dos Santos, Sara Cristiane 
Barauna; organizador: Claudia Facini dos Reis. - Indaial, SC: Arqué, 2023.
312p.
ISBN papel 978-85-459-2371-8
ISBN digital 978-85-459-2372-5
“Graduação - EaD”. 
1. Sistema 2. Locomotor 3. EaD. I. Título. 
CDD - 612 
EXPEDIENTE
Centro Universitário Leonardo da Vinci.C397
FICHA CATALOGRÁFICA
RECURSOS DE IMERSÃO
Utilizado para temas, assuntos 
ou conceitos avançados, levando 
ao aprofundamento do que 
está sendo trabalhado naquele 
momento do texto. 
APROFUNDANDO
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma 
linguagem audiovisual. 
Disponibilizado por meio de QR-
code. 
Professores especialistas e 
convidados, ampliando as 
discussões sobre os temas 
por meio de fantásticos 
podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
Utilizado para agregar 
um conteúdo externo. 
Utilizando o QR-code você 
poderá acessar links de 
vídeos, artigos, sites, etc. 
Acrescentando muito 
aprendizado em toda a sua trajetória.
EU INDICO
Este item corresponde a uma 
proposta de reflexão que pode 
ser apresentada por meio de uma 
frase, um trecho breve ou uma 
pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para desmistificar 
pontos que possam gerar 
confusão sobre o tema. Após o 
texto trazer a explicação, essa 
interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para 
que o estudante não fique com 
dúvidas sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você terá 
indicações de filmes que se 
conectam com o tema do 
conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você terá 
indicações de livros que 
agregarão muito na sua vida 
profissional.
INDICAÇÃO DE LIVROEM FOCO
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205
7
4
113
205
U N I D A D E 2
SISTEMA LOCOMOTOR - ARTICULAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114
SISTEMA CARDIOVASCULAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .140
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .172
U N I D A D E 3
SISTEMA RESPIRATÓRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .206
SISTEMA NERVOSO CENTRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .236
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .268
7U N I D A D E 1
SISTEMA TEGUMENTAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
SISTEMA LOCOMOTOR – OSSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
SISTEMA LOCOMOTOR - MÚSCULOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
SISTEMA TEGUMENTAR
Incentivar o conhecimento.
Apresentar o sistema tegumentar.
Introduzir o aluno aos estudos dos sistemas humanos.
Desenvolver a capacidade analítica.
Propagar o senso crítico e análise dos sistemas humanos.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
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INICIE SUA JORNADA
O sistema tegumentar é um conjunto de estruturas que envolve e protege o corpo 
humano. A sua principal função é proteger o organismo contra agentes exter-
nos, como bactérias, vírus, fungos, produtos químicos e raios UV. Além disso, 
desempenha funções importantes como a regulação da temperatura do corpo, a 
sensação de toque, pressão, dor e temperatura; e síntese da vitamina D. 
O sistema tegumentar é composto pela pele, pelos, unhas, glândulas sudorípa-
ras e sebáceas, apresentando uma estrutura complexa e altamente especializada. 
Então, nessa nossa jornada, iremos abordar questões referentes às funções do 
Sistema Tegumentar, identificando sua composição e formação, além de olhar-
mos para sua fisiologia, expondo como ocorre o processo fisiológico do sistema 
tegumentar e suas variantes em decorrência de eventuais processos patológicos. 
E para concluir este tema, iremos entender o perfil histológico do tegumento e 
suas classificações. 
Desta forma, imagine que uma pessoa sofreu um ferimento após uma queda 
brusca, em se tratando de sua recuperação, estamos falando de qual processo 
biológico e qual é o tecido envolvido?
Estamos, nesse caso, falando do processo de regeneração ou reparo celular, 
que vai ocorrer, juntamente com outros processos, dependente de mitose celular 
do tecido epitelial e conjuntivo. Durante nossa vida, os indivíduos assistidos por 
nós, ou nós mesmos, podemos enfrentar situações de injúria como essa relatada. 
Dessa forma, o entendimento destes processos fisiológicos nos auxiliarão no 
melhor manejo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS
Vamos, agora, começar a entender melhor o Sistema Tegumentar, o que ele é, para 
qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos.
VOCÊ SABE RESPONDER?
O que preciso saber sobre a anatomia do sistema tegumentar (pele) para ser 
capaz de sanar uma situação-problema existente? Do ponto de vista estru-
tural, como é formada a rede de tecidos do corpo humano?
O Sistema Tegumentar refere-se a um conjunto de estruturas que forma e pro-
picia o maior revestimento externo protetivo de todos os seres vivos, inclusive 
humano. Esse revestimento externo pode ser nominado ou identificado de tegu-
mento e para os seres vivos vertebrados “humanos” chamado de pele. 
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As estruturas que compõem o sistema tegumentar de uma forma geral para 
todos os seres vivos, estão subdividas em: estrutura celular, tecido conjuntivo, 
pelos, escamas, penas, unhas, chifres, entre outros. 
Dentre essas composições, encontram-se os seres unicelulares como: bacté-
rias, protozoários, fungos e algas marinhas, dos quais o seu revestimento externo 
é formado pela própria membrana celular e parede celular. 
Quanto aos animais invertebrados (aqueles que não possuem coluna verte-
bral e crânio – ausência de endoesqueleto), seu revestimento externo é formado 
apenas por uma camada de células (epitélio simples). E quanto aos seres vivos 
vertebrados, estes possuem no seu revestimento externo um pigmento nominado 
de pele, que é formada ou subdividida por duas camadas: a primeira e mais super-
ficial, visível de forma macroscópica, é conhecida como epiderme. Esta estrutura 
é formada por várias camadas de células (epitélio estratificado) e alguns anexos. 
Já a segunda camada (mais profunda), é chamada ou reconhecida como derme, 
formada principalmente por tecido conjuntivo, junto a várias estruturas. 
Ambas as camadas estão representadas esquematicamente atravése espessura.
O crescimento ósseo em termos do seu comprimento está diretamente re-
lacionado à atividade da lâmina epifisial. No interior na lâmina epifisial há um 
grupo de condrócitos jovens que estão em constante divisão, na medida em que 
o osso cresce em comprimento, novos condrócitos são formados no lado epifisial 
da placa (face mais calibrosa do osso – distal), enquanto os condrócitos velhos são 
substituídos por osso, no lado da placa voltado para a diáfise (face mais estreita 
do osso – extensão).
Nesta etapa relacionada ao comprimento, podemos observar na imagem a 
seguir (Figura 6) que a espessura da lâmina epifisial permanece relativamente 
constante, mas o osso no lado da diáfise aumenta de comprimento. 
O osso é composto por fibras de colágeno, nas quais é depositado fosfato 
de cálcio na forma de nanocristais. Quando uma pessoa atinge a adolescência, 
a formação de novas células e de matriz extracelular diminui, geralmente cessa 
por completo entre os 18 e 25 anos. 
Após o osso ter substituído toda a cartilagem, observa-se a presença de uma 
estrutura chamada de linha epifisial, a qual sinaliza que o crescimento ósseo 
relacionado ao seu comprimento não ocorrerá mais. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Osso esponjoso 
Medula 
Periósteo
Epí�se 
Diá�se
Epí�se 
Cartilagem 
Cartilagem 
Figura 6 - Estrutura óssea
Fonte: a autora. 
Descrição da Imagem: temos um corte histológico de um osso, apresentando sua região de epífise, diáfise, 
cartilagem e cobertura e periósteo.
Yanaguizawa et al. (2008) descrevem que tal estrutura, “linha epifisial”, também 
é reconhecida como placa de crescimento.
Segundo Yanaguizawa et al. (2008), diversas condições patológicas que aco-
metem pacientes com o esqueleto imaturo podem envolver a fise (cartilagem de 
crescimento) e a epífise, causando complicações, como parada do crescimento, 
encurtamento dos membros, formação de pontes ósseas e deformidades angu-
lares.
Dessa forma, se uma fratura óssea danificar a lâmina epifisial, o osso fraturado 
poderá ser menor do que o osso normal, uma vez que a estatura adulta tenha sido 
alcançada. Isso ocorre porque a lesão (dano) na cartilagem, a qual é avascular, 
acelera o fechamento da lâmina epifisial, justificando, assim, o crescimento lon-
gitudinal do osso.
Quando comparada com a pele, a estrutura óssea passa pelo mesmo processo 
de desenvolvimento e renovação contínua. 
Quanto ao remodelamento ósseo, para que este evento fisiológico ocorra na 
sua totalidade, algumas etapas acontecem como: a reabsorção óssea, referindo-se 
à remoção de sais minerais e de fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos, e 
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a deposição óssea, significando a adição de minerais e fibras colágenas ao osso 
pelos osteoblastos. 
Dessa forma, a reabsorção óssea resulta em destruição da matriz extracelular 
óssea, ao passo que a deposição óssea resulta na formação da matriz extracelular 
óssea (SHERWOOD, 2011).
Segundo Sherwood (2011), o remodelamento ósseo acontece em proporções 
diferentes, pois mesmo o osso tendo atingido formas e tamanhos de uma pessoa 
adulta, conforme determinada região do corpo, o osso velho ainda é continua-
mente destruído e o novo é formado e adaptado em seu lugar. 
O remodelamento pode ser acionado por fatores, como exercício físico, estilo 
de vida e dieta, porém, cabe destacar que havendo alteração em alguma dessas 
etapas o remodelamento pode sofrer influências desfavoráveis. Deve haver sem-
pre um equilíbrio entre as ações dos osteoclastos e dos osteoblastos para que o 
tecido ósseo e sua formação não fiquem susceptíveis a fraturas. 
Uma perda excessiva de cálcio ou de tecido ósseo enfraquece os ossos, poden-
do deixá-los muito flexíveis, como no raquitismo e na osteomalácia, patologias 
que afetam a estrutura óssea.
FRATURAS
Para Dalmolin et al. (2013), uma fratura é qualquer tipo de ruptura que possa 
estar presente ou identificada no osso. Conforme observado na Figura 7, os tipos 
de fraturas incluem as seguintes:
 ■ Parcial: uma ruptura incompleta através do osso, como uma fissura.
 ■ Completa: ruptura completa do osso. Significando que o osso está que-
brado em dois ou mais fragmentos.
 ■ Fechada (simples): o osso fraturado não rompeu a pele.
 ■ Aberta (composta): as extremidades fraturadas do osso projetam-se atra-
vés da pele.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Quanto ao processo de reparação do osso lesionado (fraturado), Dalmolin et 
al. (2013) descrevem que existem dois passos a serem percorridos. Primeiro, as 
células de defesa, chamadas de fagócitos, iniciam a remoção do tecido morto. 
Então os condroblastos formam fibrocartilagem no local da fratura e isso liga as 
extremidades fraturadas do osso. 
Segundo, a fibrocartilagem é convertida em tecido ósseo esponjoso pelos os-
teoblastos, ocorrendo após o remodelamento ósseo. No entanto, as células mortas 
ou porções mortas do osso são absorvidas pelos osteoclastos e o osso esponjoso 
é convertido em osso compacto.
Fechada Aberta Transversa Espiral Triturada Impacto Greenstick Oblíqua
(a) (b) (c) (d) (e) (f ) (g) (h)
Figura 7 - Tipos de fraturas
Fonte: Dr. Pradeep Aggarwal (2023, on-line).
Descrição da Imagem: temos nessa imagem, uma série de tipos de fraturas passíveis de ocorrer nos ossos.
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FATORES QUE PODEM AFETAR O CRESCIMENTO E A 
REMODELAÇÃO ÓSSEA
Quando feita uma comparação do crescimento ósseo entre jovens, adultos e o 
reparo de uma determinada fratura óssea, o seu crescimento e sua remodelação 
dependem de alguns fatores bem específicos, conforme Guyton e Hall (2017):
 ■ O organismo humano conta com a disponibilidade de minerais ade-
quados, dentre eles o cálcio, podendo ser considerado como o mais im-
portante. Entretanto, o fósforo e o magnésio também participam de tal 
atribuição.
 ■ Possui uma reserva de vitaminas, como A, C e D.
 ■ Hormônios (antes da puberdade o principal hormônio que participa do 
crescimento ósseo é o hormônio do crescimento – GH).
 ■ Praticar exercícios regularmente, principalmente aqueles que motivam a 
sustentação de peso corpóreo (exercício que se aplica ao estresse do osso).
Os estrogênios são hormônios sexuais produzidos pelos ovários e os androgênios 
são hormônios sexuais produzidos pelos testículos. Ambos são também produ-
zidos pelas glândulas suprarrenais. 
Na puberdade começam a ser liberados em grande quantidade, tornando-se 
responsáveis por picos repentinos de crescimento, sendo comumente observados 
na adolescência. Os estrogênios também provocam mudanças no esqueleto das 
mulheres, por esse motivo é observado o alargamento da pelve no referido gênero 
(GUYTON; HALL, 2017).
O PAPEL DO OSSO NA HOMEOSTASE DO CÁLCIO E SUA 
FISIOLOGIA
Para Rinaldi e Frankenberg (2016), o osso é o principal reservatório de cálcio do 
corpo humano, armazenando 99% da sua quantidade total. Sua importância para 
o organismo é inquestionável, uma vez que esse eletrólito ou elemento químico 
atua na formação dos ossos e dentes, auxilia na regulação da coagulação e parti-
cipa ativamente de funções neuromusculares e protetivas, bem como cardíacas.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
O cálcio (Ca2+) torna-se disponível para os tecidos somente quando a es-
trutura óssea ou o osso é destruído durante o seu processo de remodelação. Sua 
impregnação, quando em excesso, (Hipercalcemia = Hiper – aumento / calcemia 
– cálcio) pode se tornar fatal, por exemplo, para o coração pode levar a arritmias 
cardíacas e deixar a pessoa susceptível a uma parada cardiopulmonar. 
Quando o cálcio se encontrar em taxas menores do que o habitual/fisiológico 
(Hipocalcemia= Hipo – diminuição / calcemia – cálcio), pode levar a pessoa a 
apresentar problemas de ordem respiratória e distúrbios respiratórios acentuados, 
bem como uma parada respiratória (RINALDI; FRANKENBERG, 2016).
Ashmawi e Freire (2016) descrevem que o aumento do Ca2+ intracelular, a 
partir de certa concentração, representa ser o principal gatilho para o desenca-
deamento da sensibilização neuralcentral. 
A maioria das células nervosas depende do nível correto de cálcio para manter 
seu metabolismo fisiológico, ou seja, propiciar que os estímulos elétricos neurais 
se mantenham ativos para que o estado de alerta não seja comprometido. Outra 
atividade importante do cálcio está relacionada com a cascata de coagulação.
Sherwood (2011) cita que o hormônio que regula a troca de Ca2+ entre o 
osso e o sangue é o hormônio paratireoideo (PTH), secretado pelas glândulas 
paratireoides (Figura 8).
A secreção de PTH opera por meio de retroalimentação negativa, ou seja, se 
algum estímulo causar a hipocalcemia as células da glândula paratireoide (seus 
receptores) detecta essa alteração e interpreta a necessidade de se produzir algu-
ma resposta compensatória, desencadeando a geração de alguns eventos com a 
finalidade de se evitar maiores danos ao organismo. São elas:
 ■ A primeira delas é a geração de uma molécula chamada de monofosfato 
de adenosina de cálcio (AMP cíclico), que é liberada na corrente sanguí-
nea como sinal de alerta quanto à existência de uma alteração.
 ■ Segunda, o gene do PTH (que está localizado dentro do núcleo da célula 
da glândula paratireoide) possui como função controlar e detectar pos-
síveis alterações (elevação ou diminuição) de cálcio.
 ■ Terceira, quando esse gene detecta a produção aumentada de AMP cí-
clico na corrente sanguínea, como resultado ocorre a síntese (formação) 
acelerada de PTH, e mais PTH é liberado no sangue como mecanismo 
compensatório.
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 ■ Quarta, a presença de níveis mais altos de PTH acelera o ritmo e a ati-
vidade dos osteoclastos (efetores), os quais intensificam a reabsorção de 
cálcio ósseo.
A resultante liberação de cálcio ósseo para o sangue ocorre até que aconteça a 
estabilização do Ca2+ em nível sanguíneo.
 ■ Quinta, o PTH também diminui a perda de Ca2+ na urina, assim, mais 
cálcio é retido no sangue e estimula a formação de calcitriol, um hor-
mônio que promove e estimula a absorção de cálcio a partir do sistema 
gastrointestinal, contribuindo para a elevação dos níveis de cálcio san-
guíneo circulante.
Figura 8 - Hipertireoidismo e Hipotireoidismo
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/hormonio3_2.php
Descrição da Imagem: temos a face de um homem vista de frente, com sinalização da cartilagem cricóide, 
glândula tiróide e glândulas paratireoides.
Em linhas gerais, podemos dizer:
 ■ A estrutura óssea é constituída por diversos tipos de tecido conjuntivo, 
sendo estes nominados de denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguí-
neo, além do tecido nervoso. É a mais externa membrana fina e fibrosa 
(tecido conjuntivo denso) que envolve o osso, exceto regiões onde con-
templem a presença de articulações (epífises).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
 ■ Existem inúmeras funções existentes para a estrutura óssea, entretan-
to, destacam-se seis funções consideradas como as mais importantes 
(primordiais), são elas: sustentação; proteção; auxílio ao movimento; 
homeostase mineral; produção de células do sangue; armazenamento 
de triglicerídeos.
 ■ Os ossos do corpo humano, podem ser classificados em quatro tipos prin-
cipais com base na sua forma, são eles: longos, curtos, planos e irregulares.
 ■ Em uma unidade óssea encontradas até sete partes, sendo elas: diáfise; epí-
fise; metáfise; cartilagem epifisial; periósteo; cavidade medular; endósteo.
 ■ O processo pelo qual o osso é formado é chamado de “ossificação” (ossi 
= osso; ficação = fabricação), a qual ocorre em quatro etapas principais: 
formação inicial de ossos no embrião e feto; crescimento dos ossos 
durante a infância e a adolescência até atingir a fase adulta; remodela-
mento ósseo (substituição do tecido ósseo por tecido jovem); reparo de 
fraturas durante a vida.
 ■ Existem dois métodos de formação óssea, ossificação intramembranosa 
e ossificação endocondral.
 ■ Sobre o crescimento ósseo quanto ao seu comprimento, está diretamente 
relacionado à atividade da lâmina epifisial. A medida que o osso cresce em 
comprimento, novos condrócitos são formados no lado epifisial da placa 
(face mais calibrosa do osso – distal), enquanto os condrócitos velhos são 
substituídos por osso, no lado da placa voltado para a diáfise (face mais 
estreita do osso – extensão).
 ■ Quanto ao crescimento ósseo referente a sua espessura, a estrutura óssea 
passa pelo mesmo processo de desenvolvimento e renovação contínua. 
Quanto ao remodelamento ósseo, um processo fisiológico contínuo, 
ocorrem etapas como a reabsorção óssea, promovida pelos osteoclas-
tos, que removem sais minerais e fibras colágenas da matriz óssea, e a 
deposição óssea, realizada pelos osteoblastos, que adicionam minerais 
e fibras colágenas ao osso.
 ■ A fratura do tecido ósseo é qualquer tipo de ruptura que possa estar pre-
sente no osso. Existem basicamente quatro tipos de fraturas, são elas: 
parcial: uma ruptura incompleta; completa: ruptura completa do osso; 
fechada (simples): o osso fraturado não rompeu a pele; aberta (composta): 
as extremidades fraturadas do osso projetam-se através da pele.
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 ■ O seu crescimento e remodelação dependem de alguns fatores bem es-
pecíficos, são eles: contar com a disponibilidade de minerais adequados, 
dentre eles o “cálcio, o fósforo e o magnésio”; contar com reservas de vi-
taminas como A, C e D; contar com a disponibilidade de Hormônio do 
crescimento (hGH); praticar exercícios regularmente, principalmente 
aqueles que motivam a sustentação de peso corpóreo (exercício que se 
aplica ao stress do osso).
 ■ O osso é o principal reservatório de cálcio do corpo humano, armazenan-
do 99% da sua quantidade total no corpo. Sua importância para o orga-
nismo é inquestionável, uma vez que esse eletrólito ou elemento químico 
atua na formação dos ossos e dentes, auxilia na regulação da coagulação e 
participa ativamente de funções neuromusculares e protetivas, bem como 
cardíacas.
 ■ O hormônio que regula a troca de Ca2+ entre o osso e o sangue é o 
hormônio paratireóideo (PTH), secretado pelas glândulas paratireoides.
DIVISÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO
Tortora e Derrickson (2012) descrevem que o esqueleto humano adulto consiste 
em 206 ossos agrupados em duas divisões principais: 80 ossos no esqueleto axial 
e 126 no esqueleto apendicular.
O esqueleto axial representa o eixo mediano do corpo, formado por ossos do 
crânio (cabeça), pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, 
vértebras e sacro). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Já o esqueleto apendicular representa os ossos localizados nos membros su-
periores e inferiores, com os ossos que formam a cintura escapular e pélvica. O 
esqueleto de bebês e crianças possui uma quantidade superior a 206 ossos, pois 
alguns de seus ossos, como os do quadril e vértebras, fundem-se mais tarde com 
o seu crescimento (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
O crânio possui, segundo Tortora e Derrickson (2012), um total de 22 ossos, 
os quais repousam no topo da coluna vertebral com dois grupos distintos de 
ossos, que se combinam e se complementam: os ossos do crânio e os ossos da 
face. Referente aos ossos do crânio, estes somam-se a um total de oito ossos, os 
quais formam a chamada cavidade do crânio, que protege o encéfalo: osso frontal 
(01); ossos parietais (02); ossos temporais (02); osso occipital (01); osso esfenoide 
(01); e osso etmoide (01).
Referente aos ossos do crânio, segundo Porth e Kunert (2004), possuem basi-
camente, não menos importante, a função de proteger o encéfalo. Suas superfícies 
internas possibilitam a fixação das membranas (meninges), as quais estabilizam 
o encéfalo, os ramos venosos (veias) e nervos (pares cranianos). 
O osso frontal forma a face anterior do crânio, o teto das órbitas (maior ori-
fício ou abertura na face anterior do crânio), onde fica localizado o globo ocular. 
Quanto aos ossos temporais, formam a parte inferior dos dois lados do crânio 
e o assoalho craniano (parte de baixo – base). 
Os ossos temporais e zigomáticounem-se para formar uma nova estrutura 
chamada de arco zigomático. 
Os seios frontais situam se profundamente no osso frontal. Essas cavidades 
são revestidas de túnica mucosa, exercendo a função que simboliza caixas de 
som, dando ressonância à voz.
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Figura 9 - Detalhes do crânio
Fonte: Paresque (2023, on-line).
Descrição da Imagem: apresentamos na imagem os detalhes do ossos do crânio humano.
Cabe destacar que, referente ao bulbo, esta estrutura é responsável pelos mo-
vimentos cardiopneumoentéricos (cardíacos, respiratórios e gastrointestinais), 
considerados como atividades vitais para a manutenção da vida. 
Quanto aos ossos da face são: quatorze ossos, os quais formam a face do 
ser humano e modificam-se significativamente nos primeiros dois anos após 
o nascimento, são eles: ossos nasais (02); ossos maxilares ou maxila (02); ossos 
zigomáticos (02); osso mandibular ou mandíbula (01); ossos lacrimais (02); ossos 
palatinos (02); conchas nasais inferiores (02); e o vômer (01). 
Quanto ao osso esfenoide (formato de asas de borboleta), encontra-se situado 
anteriormente aos processos jugular e basilar do osso occipital na parte mediana 
da base do crânio. 
Esse osso é chamado de pedra fundamental do assoalho craniano, porque se 
articula com os ossos cranianos (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
Conforme apontam Guyton e Hall (2017), quanto à função de comunicação 
das suturas, elas estão distribuídas da seguinte forma:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
 ■ a sutura coronal: une o osso frontal e os dois ossos parietais;
 ■ a sutura sagital: une os dois ossos parietais;
 ■ a sutura lambdoide: une os ossos parietais ao osso occipital;
 ■ a sutura escamosa: une os ossos parietais aos ossos temporais.
Sobre os seios paranasais, estas estruturas encontram-se localizadas em certos 
ossos do crânio próximos à cavidade nasal. Estes são revestidos por túnicas mu-
cosas (uma espécie de lâmina de epitélio, a qual é suportada por outra lâmina de 
tecido conectivo). 
Os ossos do crânio que possuem os seios paranasais são o frontal (seio fron-
tal), o esfenoide (seio esfenoide), o etmoide (seios etmoidais) e as maxilas (seios 
maxilares). Estas estruturas nominadas como seios paranasais, servem como 
câmeras de ressonância (eco), auxiliando na produção de sons como a fala, ali-
viando o peso do crânio. 
Nesta região se formam mucos, os quais dão origem a patologias como a 
sinusite, devido ao acúmulo de patógenos. 
OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL (ESQUELETO AXIAL)
O osso hioide (forma de U) é uma particularidade especial dessa categoria de 
estrutura óssea axial por não se articular e nem se conectar com nenhum outro 
osso, que fica suspenso nos processos estiloides dos ossos temporais por meio de 
ligamentos e músculos. Esta estrutura está localizada no pescoço, entre a man-
díbula e a laringe.
 Sustenta a língua e fornece locais de fixação para alguns músculos da língua, 
músculos do pescoço e da faringe. É uma estrutura frágil, pela sua susceptibili-
dade de fratura por estrangulamento (GUYTON; HALL, 2017)
Segundo Tortora e Derrickson (2012), a coluna vertebral, também conhe-
cida como coluna espinhosa ou coluna espinhal, é composta basicamente por 
vértebras. A coluna vertebral funciona como uma haste forte e flexível, a qual 
permite a ocorrência de movimentos, como o giro, a movimentação para frente, 
para trás e para os lados. Esta estrutura possui também como atribuição envolver 
e proteger a medula espinhal, sustentar a cabeça e servir como ponto de fixação 
para as costelas.
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Quanto ao número de vértebras, somam um total de 33, formadas precoce-
mente ao nascimento, porém, na fase adulta, constituem 26 vértebras, distribuídas 
na seguinte proporção:
 ■ 7 vértebras cervicais – localizadas na região do pescoço;
 ■ 12 vértebras torácicas – posteriores à cavidade torácica;
 ■ 5 vértebras lombares – sustentam a parte inferior do dorso;
 ■ 1 sacro (osso sagrado) – constituído em uma subdivisão de cinco vérte-
bras sacrais fundidas;
 ■ 1 cóccix – constituído em uma subdivisão de quatro vértebras coccígeas
 ■ fundidas.
Para melhor identificação clínica de cada segmento vertebral, este recebe uma 
abreviação com a primeira letra da sua inicial, por exemplo, C, dando significado 
de que está sendo estudado o segmento vertebral “Cervical”, seguida de numeral 
em ordem decrescente, por exemplo 1, justificando que estamos nos referindo à 
primeira vértebra cervical (C1). 
Essa identificação é comumente aplicada a todos os segmentos vertebrais, 
conforme é possível visualizarmos nos parágrafos seguintes. Identificação dos 
segmentos vertebrais:
 ■ vértebras cervicais = totalidade 07 = C1 – C7;
 ■ vértebras torácicas = totalidade 12 = T1 – T12;
 ■ vértebras lombares = totalidade 05 = L1 – L5.
O termo tronco ou tórax, refere-se a todo o peito (TORTORA; DERRICKSON, 
2012). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A porção esquelética do tórax (caixa torácica) é formada pelo esterno, car-
tilagens costais, costelas e corpo das vértebras torácicas. O esterno é um osso 
plano e estreito, localizado no centro da parede torácica anterior e é composto 
ou subdividido em três partes: o manúbrio, o corpo do esterno e a apófise xifoide 
ou processo xifoide. 
O manúbrio articula-se com as clavículas, o corpo do esterno articula-se di-
reta ou indiretamente com parte da segunda costela e com a terceira até a décima 
costela. Já a apófise xifoide ou processo xifoide, sua composição é basicamente de 
cartilagem hialina durante a infância e não ossifica completamente até os 40 anos. 
Não possui costela ligada e fornece fixações para alguns músculos abdominais.
Conforme descrevem Guyton e Hall (2017), as estruturas das costelas somam 
em um total de doze pares compondo ambos os lados do tórax. Dentre as particu-
laridades das costelas, destaca-se o seu crescimento, o qual aumenta da primeira à 
sétima costela, depois decrescem em comprimento até a décima segunda e, ainda, 
cada costela ou arco costal articula-se posteriormente com as vértebras torácicas. 
Do primeiro até o sétimo par de costelas, são consideradas costelas verdadei-
ras e estão presentes, junto a essas estruturas, uma camada de cartilagem hialina, 
formando a chamada cartilagem costal. 
Os cinco pares de costelas restantes são denominados de costelas falsas, por-
que suas cartilagens não se fixam ao esterno. 
A décima primeira e a décima segunda costelas são denominadas costelas 
flutuantes. 
Os espaços entre as costelas são chamados de espaços intercostais, os quais 
são preenchidos por músculos, vasos sanguíneos e nervos intercostais.
As estruturas que fazem parte de cada membro superior (bilateralmente) são: 
um úmero no braço, uma ulna e um rádio no antebraço, oito ossos carpais (ossos 
do punho), cinco ossos metacarpais (ossos da palma da mão) e quatorze falanges 
(ossos dos dedos) na mão (GUYTON; HALL, 2017).
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NOVOS DESAFIOS
Para quem se interessa em trabalhar com o sistema ósseo, existem diversas pers-
pectivas no mundo do trabalho, que variam de acordo com a formação acadê-
mica e as habilidades específicas adquiridas.
Uma das áreas mais comuns é a de ortopedia, que se concentra no tratamento 
de doenças e lesões ósseas. Os profissionais que estão nessa área podem incluir 
médicos ortopedistas, fisioterapeutas, quiropráticos e técnicos em próteses e ór-
teses. Eles podem trabalhar em hospitais, clínicas, associações privadas, centros 
de reabilitação e outras instituições de saúde.
Outra área relacionada é a de biomateriais, que se concentra no desenvol-
vimento de materiais para implantes ortopédicos, próteses e outras aplicações 
médicas. Esses profissionais podem trabalhar em empresas que fabricam esses 
materiais, em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, ou em universidades.
Também existem perspectivas no mundo do trabalho para aqueles que se in-
teressam em trabalhar com a anatomia e a fisiologia óssea, seja como professores 
em escolas e universidades, ou como pesquisador em laboratórios einstituições 
de pesquisa.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Além disso, com o envelhecimento da população e o aumento da incidência 
de doenças como a osteoporose, uma demanda por profissionais especializados 
em prevenção e tratamento dessas condições deve aumentar. Isso significa que há 
oportunidades de trabalho em áreas como educação em saúde, treinamento de 
exercícios específicos para o fortalecimento ósseo e desenvolvimento de terapias 
farmacológicas.
Em resumo, para quem se interessa em trabalhar com o sistema ósseo, as 
perspectivas de emprego são variadas e promissoras, e incluem áreas como orto-
pedia, biomateriais, pesquisa, educação em saúde e prevenção de doenças ósseas.
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VAMOS PRATICAR
1. A formação do tecido ósseo durante o desenvolvimento humano ocorre por meio de 
dois processos principais: a ossificação intramembranosa e a ossificação endocondral. 
Ambos são responsáveis pelo crescimento e reparação dos ossos, mas diferem em 
relação à origem das células envolvidas e ao local onde ocorre a ossificação (SOBOTTA; 
WELSCH, 2019).
Diferencie ossificação intramembranosa e ossificação endocondral, explicando suas ca-
racterísticas e diferenças fundamentais.
2. O crescimento ósseo é um processo dinâmico e complexo que ocorre durante o de-
senvolvimento humano. Envolve a formação de novo tecido ósseo, o aumento do 
comprimento e da largura dos ossos, bem como a remodelação constante do tecido 
existente. Compreender como ocorre esse processo é fundamental para compreender 
o desenvolvimento e a manutenção do esqueleto humano (SOBOTTA; WELSCH, 2019). 
Explique como acontece o processo de crescimento ósseo, abordando os principais me-
canismos envolvidos e sua importância para o desenvolvimento e a manutenção do 
esqueleto humano.
3. Uma fratura óssea é uma lesão em que ocorre uma quebra parcial ou completa de um 
osso. O processo de reparação óssea é essencial para a recuperação desse tipo de 
lesão, envolvendo uma série de etapas coordenadas pelo organismo. Compreender 
como ocorre esse processo é fundamental para entender a regeneração do tecido 
ósseo após uma fratura ((SOBOTTA; WELSCH, 2019). 
Sobre a definição de fratura e do processo de reparação óssea, considerando as etapas 
envolvidas, assinale a alternativa correta:
a) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há uma ruptura completa 
do osso. O processo de reparação óssea envolve quatro etapas: hematoma, formação 
de calo fibrocartilaginoso, formação de calo ósseo e remodelação óssea.
b) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há uma ruptura parcial do 
osso. O processo de reparação óssea envolve três etapas: hematoma, formação de 
calo fibroso e remodelação óssea.
c) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há um deslocamento dos 
ossos adjacentes. O processo de reparação óssea envolve cinco etapas: hematoma, 
formação de calo ósseo, formação de calo fibroso, neoformação óssea e remodelação 
óssea.
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VAMOS PRATICAR
d) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há um enfraquecimento 
dos ossos. O processo de reparação óssea envolve duas etapas: inflamação e neo-
formação óssea.
e) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há uma compressão exces-
siva nos ossos. O processo de reparação óssea envolve quatro etapas: inflamação, 
formação de calo ósseo, formação de calo fibrocartilaginoso e remodelação óssea.
4. O sistema locomotor é responsável pelo movimento e sustentação do corpo humano, 
sendo constituído pelos ossos, articulações, músculos e tecidos associados. Os ossos 
desempenham um papel fundamental nesse sistema, fornecendo suporte estrutural, 
proteção de órgãos vitais e servindo como locais de ancoragem para os músculos 
(SOBOTTA; WELSCH, 2019).
Sobre o sistema locomotor e sua relação com os ossos, considerando uma função dos 
ossos no corpo humano, assinale a alternativa correta:
a) Os ossos são responsáveis pela produção de células sanguíneas na medula óssea.
b) Os ossos são responsáveis pela produção de hormônios reguladores do metabolismo.
c) Os ossos são responsáveis pela absorção de nutrientes essenciais para o corpo hu-
mano.
d) Os ossos são responsáveis pela condução dos impulsos nervosos por todo o corpo.
e) Os ossos são responsáveis pela sustentação e movimentação do corpo humano.
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VAMOS PRATICAR
5. Os osteócitos são células especializadas encontradas no tecido ósseo. Essas células 
desempenham diversas funções importantes no sistema esquelético, contribuindo 
para a manutenção e o funcionamento adequado dos ossos (SOBOTTA; WELSCH, 2019).
Sobre a função dos osteócitos, analise as afirmativas a seguir:
I - Os osteócitos são responsáveis pela produção e secreção de colágeno, uma proteína 
essencial para a resistência e flexibilidade do tecido ósseo.
II - Os osteócitos desempenham um papel vital na regulação do metabolismo ósseo, 
controlando o equilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea.
III - Os osteócitos participam da comunicação celular no tecido ósseo por meio de pro-
jeções chamadas de canalículos, permitindo a troca de nutrientes e sinais químicos.
IV - Os osteócitos estão envolvidos na detecção e resposta a estímulos mecânicos, como 
a carga e a tensão exercidas sobre o tecido ósseo.
É correto o que se afirma em:
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
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REFERÊNCIAS
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v. 17, p. 31-34, 2016.
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PETTERSEN, B. Sistema endocrino 1. SlideShare. Setembro, 2018. Disponível em: 
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PORTH, C. M.; KUNERT, M. P. Alterações na regulação da temperatura. In: PORTH, C. M.; KU-
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SHERWOOD, L. Fisiologia Humana das Células aos Sistemas. 7. ed. São Paulo: Cengage 
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TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. 
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YANAGUIZAWA, M. et al. Avaliação por imagem das lesões da placa de crescimento. Radio-
logia Brasileira, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 199-204, jun. 2008.
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1. A resposta correta deve abordar as características e diferenças fundamentais entre a 
ossificação intramembranosa e a ossificação endocondral. A ossificação intramembranosa 
ocorre diretamente a partir de um tecido conjuntivo embrionário chamado membrana 
mesenquimal, no qual as células se diferenciam diretamente em osteoblastos, que formam 
o tecido ósseo. Esse tipo de ossificação é responsável pela formação de ossos planos, 
como os do crânio e clavícula. Por outro lado, a ossificação endocondral inicia-se a partir 
de um molde cartilaginoso,formado inicialmente por condrócitos. Durante o processo, os 
condrócitos começam a se calcificar, formando um esqueleto cartilaginoso, e posterior-
mente, células osteoprogenitoras invadem a região, substituindo o tecido cartilaginoso 
por osso. Esse tipo de ossificação é responsável pela formação da maior parte dos ossos 
do esqueleto, como fêmur, úmero e ossos da coluna vertebral. A resposta deve ressaltar 
as diferenças em relação à origem das células envolvidas (células mesenquimais para 
ossificação intramembranosa e condrócitos para ossificação endocondral) e ao local onde 
ocorre a ossificação (a partir de membrana mesenquimal para ossificação intramembra-
nosa e a partir de um molde cartilaginoso para ossificação endocondral).
2. A resposta correta deve abordar os principais mecanismos envolvidos no processo de 
crescimento ósseo e sua importância para o desenvolvimento e a manutenção do es-
queleto humano. O crescimento ósseo ocorre por meio de dois mecanismos principais: o 
crescimento em comprimento e o crescimento em largura. O crescimento em comprimento 
dos ossos longos ocorre nas regiões chamadas de discos de crescimento, localizadas 
nas extremidades dos ossos longos. Nesses discos, ocorre a proliferação de células car-
tilaginosas chamadas condrócitos, que se dividem e empurram as extremidades ósseas, 
permitindo o aumento do comprimento do osso. À medida que os condrócitos se dividem, 
também ocorre a formação de novo tecido ósseo na região, substituindo gradualmente 
a cartilagem. Já o crescimento em largura dos ossos ocorre por meio do processo de 
remodelação óssea. As células ósseas chamadas osteoclastos reabsorvem o tecido 
ósseo existente, enquanto as células osteoblastos depositam novo tecido ósseo. Esse 
processo de remodelação óssea ocorre continuamente ao longo da vida e é influenciado 
por fatores como a atividade física, hormônios e nutrientes adequados. A resposta deve 
destacar a importância do crescimento ósseo para o desenvolvimento e a manutenção 
do esqueleto humano, permitindo o aumento do tamanho e da resistência dos ossos, 
bem como a adaptação a estímulos mecânicos e a reparação de lesões.
GABARITO
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3. A. A alternativa A define corretamente o que é uma fratura (ruptura completa do osso) e 
descreve as etapas corretas do processo de reparação óssea. Após uma fratura, ocorre 
a formação de um hematoma na região lesionada, seguido pela formação de um calo 
fibrocartilaginoso, que estabiliza a área fraturada. Em seguida, ocorre a formação de um 
calo ósseo, no qual há a substituição do calo fibrocartilaginoso por tecido ósseo. Por fim, 
ocorre a remodelação óssea, na qual o osso é remodelado para recuperar sua forma e 
resistência originais.
4. E. Os ossos desempenham um papel fundamental na sustentação e movimentação do 
corpo humano. Eles fornecem a estrutura de suporte para o corpo, permitindo a postura 
ereta e a realização de atividades físicas. Além disso, os ossos funcionam como alavan-
cas para o movimento, quando articulados com os músculos, permitindo a realização de 
movimentos diversos, como caminhar, correr e realizar atividades motoras complexas. O 
texto base enfatiza a importância dos ossos no sistema locomotor, destacando sua função 
de suporte estrutural e ancoragem para os músculos. A resposta correta ressalta que os 
ossos são responsáveis pela sustentação e movimentação do corpo humano, refletindo 
a informação presente no texto base.
5. E. Todas as afirmativas sobre a função dos osteócitos são verdadeiras de acordo com o 
texto base. A afirmativa I está correta, pois os osteócitos estão envolvidos na produção 
e secreção de colágeno, uma proteína essencial para a resistência e flexibilidade do 
tecido ósseo. A afirmativa II está correta, pois os osteócitos desempenham um papel 
crucial na regulação do metabolismo ósseo, controlando o equilíbrio entre a formação e 
a reabsorção óssea. A afirmativa III está correta, pois os osteócitos participam da comu-
nicação celular no tecido ósseo por meio de canalículos, permitindo a troca de nutrientes 
e sinais químicos entre as células ósseas. A afirmativa IV está correta, pois os osteócitos 
são capazes de detectar e responder a estímulos mecânicos, como a carga e a tensão 
exercidas sobre o tecido ósseo, contribuindo para a adaptação e remodelação óssea. 
Portanto, todas as afirmações sobre a função dos osteócitos estão corretas, conforme 
apresentado no texto base.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
SISTEMA LOCOMOTOR - MÚSCULOS
Conhecer o sistema locomotor.
Entender a relação entre os músculos.
Sistematizar os principais músculos do corpo humano.
Conhecer os músculos por tipologia.
Entender sobre as inserções musculares.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3
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INICIE SUA JORNADA
A mobilidade ou o movimento, como jogar futebol, andar de bicicleta ou cami-
nhar, requerem a interação entre os sistemas ósseo, muscular e articular. Neste 
tema de aprendizagem, compreenderemos como o sistema muscular produz os 
diferentes movimentos, aprenderemos onde os músculos se fixam e os tipos de 
articulações que são acionadas e/ou recrutadas para que o movimento aconteça. 
Quando pensamos em mobilidade, devemos lembrar que ocorre uma intera-
ção entre estruturas ou sistemas; assim, a união dessas estruturas é identificada ou 
chamada de sistema musculoesquelético, ou sistema locomotor. A especialidade 
que estuda o músculo chama-se miologia (mio- = músculos/logia- = estudo 
de); já o ramo da ciência que envolve correções de possíveis danos a este sistema 
chama-se ortopedia. 
Dessa forma, será que, em uma pessoa que não possui hábitos de exercícios 
diários para auxiliar o organismo, haveria prejuízos ao tecido envolvido?
Nesse caso, estamos nos referindo ao processo de manutenção muscular, de-
pendente de exercícios físico e outros elementos, para recuperações. Durante 
nossa vida, enfrentaremos situações como essa e, desse modo, abordagens dessa 
temática nos auxiliarão a compreender os processos do dia a dia. 
Você sabia que o sistema muscular está diretamente relacionado com a nossa 
qualidade de vida? Para saber um pouco mais sobre como uma rotina de ex-
ercícios físicos auxilia na saúde muscular.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
VAMOS RECORDAR?
Cada vez que você dá um passo, 200 músculos trabalham em uníssono para 
levantar o pé, impulsioná-lo para a frente e colocá-lo no chão. É apenas uma 
das milhares de tarefas realizadas pelo sistema muscular: essa rede, de mais de 
650 músculos, que cobre o corpo e é a razão pela qual podemos piscar, sorrir, 
correr, pular e ficar de pé. 
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Então, é o momento de começarmos a entender melhor sobre o sistema muscular, 
o que ele é, para qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos. 
Quantos são os músculos do copo humano? Do ponto de vista estrutural, como 
é formado um músculo e para que serve?
PENSANDO JUNTOS
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS MÚSCULOS 
Segundo Sherwood (2011), a estrutura musculoesquelética, ao mover os com-
ponentes intracelulares especializados, contidos em suas fibras (suas células), irá 
gerar tensão e encurtar-se, devido à contração muscular exercida, respondendo 
a um estímulo cerebral, por exemplo, de andar. Devido a sua alta capacidade de-
senvolvida de contração, grupos de células musculares atuam em conjunto dentro 
de um músculo, podendo, assim, produzir movimento. A contração muscular, 
quando controlada, permite:
 ■ o movimento proposto de todo o corpo ou parte deste (por exemplo, 
andar ou abrir e/ou fechar a mão);
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 ■ manipular objetos externos (por exemplo, pegar uma caneta e/ou dirigir 
um veículo);
 ■ gerar propulsão de conteúdo entre os vários órgãos internos que são ocos 
(por exemplo, circulação sanguínea e/ou mobilização do bolo alimentar 
no intestino);
 ■ eliminação ou esvaziamento de conteúdo de determinados compartimen-
tos/órgãos do corpo para o meio externo (por exemplo, micção-diurese 
e/ouevacuação-fezes).
Sherwood (2011) menciona que os músculos formam o maior grupo de tecidos 
do corpo, sendo responsáveis por quase metade do peso corporal humano. De-
pendendo da percentagem de gordura corporal, gênero e regime de exercícios, o 
tecido muscular constitui cerca de 40 a 50% do peso corporal total, sendo com-
posto por células altamente especializadas. Existem três tipos de tecido muscular: 
músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e músculo liso. 
Porth e Kunert (2004) descrevem que o tecido muscular cardíaco, encon-
trado no coração, forma a maior parte do referido órgão, o qual possui, como 
responsabilidade, bombear o volume sanguíneo pela rede venosa para todas as 
partes do corpo. Assim como o tecido muscular esquelético, o tecido muscular 
cardíaco é estriado. Entretanto, ao contrário da atividade ou da movimentação 
voluntária do músculo esquelético, o tecido muscular cardíaco é involuntário, ou 
seja, sua contração não ocorre de forma consciente.
Com relação ao tecido muscular liso, segundo Porth e Kunert (2004), esse 
tipo de tecido está localizado nas paredes das estruturas ocas internas do cor-
po humano, como vasos sanguíneos, vias respiratórias, estômago e sistema gas-
trointestinal. Essa categoria de tecido participa de processos, como a digestão e a 
regulação da pressão sanguínea. O músculo liso não é estriado e é involuntário, 
possuindo uma capacidade limitada de regeneração.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Músculo cardíaco Músculo estriado Músculo liso
Figura 1 - Tipos de músculos 
Fonte: Tecido... ([201-?], on-line)
Descrição da Imagem: na figura, há três ilustrações do sistema muscular: o músculo cardíaco, o músculo estriado 
e o músculo liso.
FUNÇÕES DO TECIDO MUSCULAR
Devido à contração sustentada e ao relaxamento, o tecido muscular possui quatro 
funções que se destacam, conforme apontam Porth e Kunert (2004), são elas:
 ■ Produzir movimentos do corpo: os movimentos, como caminhar, cor-
rer, escrever ou balançar a cabeça e os braços, dependem, basicamente, 
do movimento integrado entre o sistema musculoesquelético, a estrutura 
óssea e o sistema articular.
 ■ Estabilizar posições do corpo: as contrações do músculo esquelético 
estabilizam as articulações, auxiliando o corpo a manter determinadas 
posições, como ficar em pé, sentar-se ou deitar-se. Para que essa atividade 
ocorra, os músculos posturais se contraem.
 ■ Armazenar e mover substâncias: a referida atividade é sustentada em 
forma de anéis do músculo liso, chamados de esfíncteres, os quais impe-
dem a saída de conteúdo de um órgão oco. A exemplo de armazenamento, 
refere-se ao acúmulo temporário de conteúdo alimentar no interior do 
estômago e/ou sistema gastrointestinal, onde, simultaneamente, ocorre 
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a absorção de nutrientes importantes para a nutrição corporal e celular. 
Esse armazenamento somente é possível devido à presença dos esfíncteres 
de músculo liso, pois fecham as saídas desses órgãos. Outra importante 
atribuição dessas estruturas é que a contração e o relaxamento do mús-
culo liso nas paredes dos vasos sanguíneos auxiliam a ajustar o diâmetro 
dos vasos sanguíneos e, ainda, a regular o fluxo de sangue.
 ■ Produção de calor: quando o tecido muscular contrai, produz calor au-
tomaticamente. Muito do calor, produzido por ele, é usado como medida 
auxiliadora da estabilização da temperatura corporal. Quando a tempe-
ratura cai, o corpo responde com a presença de calafrios como sinal de 
alerta de que há certa desregulação.
TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
Cada músculo esquelético é um órgão separado, sendo composto por inúmeras 
estruturas celulares, as quais são chamadas de fibras musculares, em razão do 
seu formato alongado. Tecidos conjuntivos circundam as fibras musculares e 
os músculos inteiros, os vasos sanguíneos e os nervos penetram nos músculos 
(GUYTON; HALL, 2017).
Figura 2 - Miofibrila
Fonte: Fernandes ([201-?], on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há a representação de uma fibra muscular em corte transversal, em que são 
apontados, a partir de fios, o músculo e as fibras musculares.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO
O tecido conjuntivo circunda e protege o tecido muscular, e conta com a presença 
da tela subcutânea ou hipoderme, que separa o músculo da pele, composta por 
tecido conjuntivo areolar e tecido adiposo, fornecendo uma via para nervos, vasos 
sanguíneos e vasos linfáticos entrarem e saírem dos músculos. 
O tecido adiposo armazena uma importante quantidade de triglicerídeos no 
corpo, os quais, além de servirem como meio de reserva de energia, possibilitam 
a existência de uma camada isolante, a qual reduz a perda de calor e protege os 
músculos de trauma físico. Outra estrutura, inserida junto ao tecido conjuntivo, 
é a fáscia, popularmente conhecida como bandagem, uma estrutura que forma 
uma densa bainha ou uma faixa larga de tecido conjuntivo denso não modelado, 
a qual reveste a parede do corpo e os membros, sustentando e circundando os 
músculos, bem como outros órgãos do corpo (GUYTON; HALL, 2017).
Fáscia profunda
Fáscia muscular
Figura 3 – Fibra muscular representativa
Fonte: adaptado de: Merritt (2022).
Descrição da Imagem: a figura mostra a representação esquemática de um corte muscular transversal, em 
vermelho, com destaque aumentado da miofibrila, apontando, também, as regiões da fáscia profunda e da fáscia 
muscular.
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Segundo Guyton e Hall (2017), outro importante papel da fáscia é que esta estru-
tura permite livre movimento dos músculos, transporta nervos, vasos sanguíneos, 
vasos linfáticos e preenche os espaços musculares. Existem três tipos de tecido 
conjuntivo que se estendem sobre a fáscia, com o intuito de proteger e fortalecer 
o músculo esquelético: o epimísio, o perimísio e o endomísio.
A localização do epimísio reveste todo o sistema muscular. Com relação 
ao perimísio (“peri”: ao redor), este circunda feixes de 10 a 100 ou mais fibras 
musculares, chamados de fascículos (pequenos feixes). Já o endomísio (“endo”: 
dentro) envolve, individualmente, cada fibra muscular. Essas três camadas de 
tecido conjuntivo, que envolvem a fáscia, também protegem toda a área tendi-
nosa, estrutura similar a um cordão conjuntivo denso modelado, composto por 
feixes paralelos de fibras de colágenos, que possui, como função, fixar o músculo 
a um osso.
SUPRIMENTO NERVOSO E SANGUÍNEO
Os músculos esqueléticos, segundo Porth e Kunert (2004), são muito bem supri-
dos com nervos e vasos sanguíneos, os quais estão diretamente relacionados à 
contração, a principal característica do sistema muscular. A contração muscular 
também requer uma quantidade significativa de adenosina trifosfato (ATP) e, 
portanto, grandes quantidades de nutrientes e oxigênio para a síntese de ATP. 
Assim, a ação muscular prolongada depende de um rico suprimento sanguí-
neo para fornecer nutrientes e oxigênio e remover os resíduos. Geralmente, uma 
artéria e uma ou duas veias acompanham cada nervo que penetra no músculo 
esquelético. 
Dentro do endomísio, existem vasos sanguíneos com formato de calibres 
inferiores, chamados de vasos capilares, distribuídos em cada fibra muscular em 
estreito contato com os demais vasos sanguíneos, o que permite a nutrição mus-
cular (PORTH; KUNERT, 2004).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
O movimento é uma função essencial do corpo, resultante de contrações e relaxa-
mento musculares. A contração do sistema musculoesquelético está intimamente 
relacionada com a interação entre as proteínas miosina e actina. Os músculos são 
estruturas formadas por tecido muscular, os quais desempenham importante 
papel na locomoção e na contração de órgãos. 
Como já vimos, existem três tipos de tecido muscular no organismo humano: 
músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e músculo não estriado 
e/ou liso. O músculo estriado esquelético é caracterizado por permitir contração 
voluntária,ou seja, que ocorre de acordo com a nossa vontade. Os músculos não 
estriados ou liso e cardíacos, por sua vez, apresentam contração involuntária.
A contração muscular é um processo resultante do encurtamento das fibras 
musculares e das estruturas alongadas que apresentam duas proteínas contráteis: 
a miosina e a actina. A miosina é responsável por formar os filamentos grossos, 
enquanto a actina forma os filamentos finos. Esses dois filamentos juntos são 
chamados de miofibrilas. Já as miofibrilas estão organizadas em bandas claras e 
escuras, que formam o padrão característico dos músculos estriados.
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
Segundo Krueger-Beck et al. (2011), antes que um músculo esquelético possa se 
contrair, ele deve ser estimulado por um sinal elétrico, chamado de potencial de 
ação muscular (PAM), transmitido por seu neurônio motor. 
Um neurônio motor, com todas as fibras musculares que ele estimula, é de-
nominado de unidade motora, tornando a comunicação entre os neurônios (si-
milares) a formação de uma rede de circuitos. O PAM ocorre a todo momento 
no tecido muscular do corpo humano, coordenando e apoiando a realização de 
suas funções, seja no estado de vigília, em repouso e em outros estados compor-
tamentais, como os de compensação (por exemplo, momento de fuga).
Músculos que controlam pequenos movimentos precisos, como aqueles que 
movem os olhos, possuem cerca de 10 a 20 fibras musculares por unidade motora. 
8
1
Já os músculos responsáveis por grandes movimentos poderosos, como o bíceps 
braquial, no braço, e o gastrocnêmio, na perna, possuem cerca de 2.000 a 3.000 
fibras musculares em algumas unidades motoras. A referida diferença, em termos 
do número de fibras, está intimamente relacionada pela função exercida, ou seja, 
movimentos mínimos e movimentos mais ampliados. 
Quando o corpo do axônio (processo longo) de um neurônio motor entra 
em um músculo esquelético, divide-se em ramificações chamadas de terminais 
axônicos, que se aproximam, porém não tocam o sarcolema de fibra muscular 
(KRUEGER-BECK et al., 2011).
Vesícula sináptica
Bainha de mielina
Neurônio pré-sináptico
Vesícula sináptiva (Contendo ACh)
Membrana muscular
Canal
de Ca++
Exorcitose
AChR
Canal de Na+
ACh
Sinaptobrevina
Sinaptotagmina
Sintaxina 1
MUNC-18
SNAP-25
Ca++
Exocitose
(ACh liberada)
Figura 4 – Junção neuromuscular
Fonte: Amato e Salajegheh (2019, on-line).
Descrição da Imagem: a figura mostra uma ilustração didática da junção neuromuscular, contendo substâncias 
exocitadas. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
As extremidades dos axônios terminais alargam-se em dilatações conhecidas 
como bulbos sinápticos terminais, estruturas que possuem vesículas sinápticas 
preenchidas com um neurotransmissor químico. 
A região sarcolema, próxima ao terminal axônico, é chamada de placa mo-
tora terminal. O espaço entre o terminal axônico e o sarcolema chama-se fenda 
sináptica. A sinapse formada entre os terminais axônicos de um neurônio motor 
e a placa motora terminal de uma fibra muscular é conhecida como junção neu-
romuscular (JNM). Especificamente na JNM, um neurônio motor possibilita a 
ativação da fibra muscular esquelética, excitando o músculo por meio de quatro 
importantes etapas e mecanismos: liberação de acetilcolina (ACh); ativação dos 
receptores de ACh; geração do potencial de ação muscular; e degradação de ACh.
Tortora e Derrickson (2012) afirmam que as etapas de ativação e/ou excita-
ção muscular iniciam-se pela liberação de ACh (etapa 1), em que a chegada do 
impulso nervoso ou estímulo (por exemplo, levar a perna) aos bulbos sinápticos 
terminais desencadeia a liberação de ACh, que, então, se difunde através da fenda 
sináptica entre o neurônio motor e a placa motora terminal. 
Já a ativação dos receptores de ACh (etapa 2), etapa em que ocorre a ligação 
da ACh ao seu receptor na placa motora terminal, estimula a abertura dos canais 
de cálcio, os quais permitem que pequenos cátions (em especial o Na+) possam 
fluir pela membrana. Acerca da geração de potencial e ação muscular (etapa 
3), o influxo de Na+ (baixando o gradiente de concentração) desencadeia um 
potencial de ação muscular. Esse potencial de ação (estímulo) viaja ao longo do 
sarcolema e através dos túbulos T. 
Normalmente, cada impulso nervoso provoca um potencial de ação muscu-
lar, se, porventura, outro impulso nervoso libera mais acetilcolina, as etapas 1 e 
2 se repetem. Com relação à degradação da ACh (etapa 4), o efeito da ACh dura 
apenas momentaneamente, porque o neurotransmissor é rapidamente degradado 
na fenda sináptica por uma enzima chamada de acetilcolinesterase (AChE).
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4
FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO
O Ca2+ e a energia, na forma de ATP, são imprescindíveis para que a contração 
muscular aconteça na sua totalidade. Quando uma fibra muscular se encontra 
relaxada (não contraída), existe uma baixa concentração de Ca2+ no sarcoplas-
ma. Entretanto, quando um potencial de ação muscular se propaga ao longo do 
sarcolema e no interior do sistema de túbulos transversais, os canais de liberação 
de Ca2+ se abrem, possibilitando que o Ca2+ escape para o sarcoplasma. 
Dessa forma, o Ca2+ liga-se à molécula de troponina, nos filamentos delga-
dos, fazendo com que a troponina modifique sua forma. 
Essa modificação move a tropomiosina para longe dos sítios de ligação de 
miosina na actina (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
As cabeças de miosina
hidrolisam o ATP, passando
a �car reorientadas e
energizadas
1
Conforme as cabeças
de miosina �xam o ATP,
as pontes cruzadas
se soltam da actina
4
As cabeças de miosina
giram em direção ao
centro do sarcômero
(movimento de força)
3
As cabeças da miosina se
�xam à actina, formando
pontes cruzadas
2
O ciclo de contração continua se
o ATP estiver disponível e o teor
de Ca2+ no sarcoplasma
pemanecer alto
ADP
ADP
ADP
P
P
ATP
ATP
Figura 5 - Contração muscular
Fonte: Tecido... (2018, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, temos a exemplificação da contração muscular, baseada no deslizamento da 
actina e da miosina.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
RELAXAMENTO
Guyton e Hall (2017) destacam que existem dois mecanismos que permitem que 
a fibra muscular relaxe. O primeiro, o neurotransmissor de ACh, é rapidamente 
degradado pela enzima de AChE. Quando o potencial de ação nervoso cessa sua 
atividade, a ACh também cessa e a AChE rapidamente degrada a ACh já presente 
na fenda sináptica, impedindo a contração. Isso finaliza a geração de potenciais 
de ação musculares e os canais de liberação de Ca2+ na membrana do retículo 
sarcoplasmático se fecham. 
No segundo mecanismo, os íons cálcio são, rapidamente, transportados do 
sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático. 
À medida que o nível de Ca2+ no sarcoplasma cai, a tropomiosina desliza 
de volta sobre os sítios de ligação de miosina na actina. Uma vez que o sítio de 
ligação de miosina esteja coberto, os filamentos delgados deslizam de volta para 
suas posições relaxadas. 
Para compreender e se familiarizar com essas etapas, a seguir, estão descritos 
todos os passos do processo de relaxamento muscular:
1. O impulso nervoso chega ao terminal axônico do neurônio motor e de-
sencadeia a liberação de ACh.
2. A ACh difunde-se através da fenda sináptica, liga-se aos seus receptores 
na placa motora terminal e desencadeia um PAM. 
3. A AChE destrói a ACh na fenda sináptica, de modo que outro potencial 
de ação surge, a menos que mais ACh seja liberada do neurônio motor. 
4. O PAM, viajando ao longo do túbulo transversal, abre os canais de libera-
ção de Ca2+ na membrana do retículo sarcoplasmático (RS), permitindo 
que o íon cálcio inunde o sarcoplasma.
5. O Ca2+ liga-se à troponina no filamento delgado, expondo os sítios de 
ligação para a miosina.
6. Contração: os picos de força usam ATP; as cabeças de miosina ligam-se 
à actina; os filamentos delgados são puxados em direção ao centro do 
sarcômero. 
7. Os canais de liberação de Ca2+ no RS se fecham e as bombas de trans-
porteativo de Ca2+ usam o ATP para restaurar o baixo nível de Ca2+ 
no sarcoplasma. 
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1
8. O complexo troponina-tropomiosina desliza de volta à posição, onde 
bloqueia os sítios de ligação de miosina e actina.
9. O músculo relaxa.
TÔNUS MUSCULAR
Segundo Sherwood (2011), quando um músculo não contrai, um pequeno nú-
mero de suas unidades motoras é involuntariamente ativado, para que, posterior-
mente, seja possível a realização de uma contração sustentada de suas fibras mus-
culares. Esse processo é reconhecido como tônus muscular (“tonos”: tensão). 
Para manter o tônus muscular, pequenos grupos de unidades motoras (fibras) 
são ativados e inativados, de forma alternada, em um padrão de variação cons-
tante. O tônus muscular mantém o músculo esquelético firme, mas não resulta 
em contração efetiva sem que seja desejável pelo sistema neurológico.
O músculo contrai e
se encurta
O músculo contrai mas
não se encurta
Movimento
Sem movimento
Figura 6 – Contração e relaxamento
Fonte: adaptada de Muscle... (2014).
Descrição da Imagem: na figura, temos duas ilustrações sobre o processo de contração e relaxamento, em que se 
observa, primeiramente, que o músculo contrai e se encurta durante o movimento; e contrai, mas não se encurta 
quando não há movimento.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
METABOLISMO DO TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
É sabido que o movimento e/ou a mobilidade, produzir força e causar movimento 
são algumas das principais atribuições do tecido muscular, sendo uma especifi-
cidade funcional. São primariamente responsáveis pela manutenção e pela mu-
dança na postura, pela locomoção do organismo, assim como pela movimentação 
dos órgãos internos, como a contração do coração e os movimentos peristálticos, 
que permitem a passagem dos alimentos pelo sistema digestivo. 
Os músculos são, particularmente, sustentados pela oxidação de gorduras e 
de carboidratos. Tais reações produzem ATP, a qual fornece energia para a mo-
vimentação da cabeça de miosina.
ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO
Diferentemente da maioria das células do corpo, as fibras musculares esqueléticas 
se alternam, com frequência, entre a inatividade (relaxamento) e a atividade (con-
tração). Quando em repouso, essas estruturas utilizam uma modesta quantidade 
de ATP na forma de manutenção. 
Nesse sentido, a ATP presente dentro das fibras musculares é suficiente para 
acionar contrações por somente poucos segundos. Se a atividade física ou o re-
crutamento muscular se tornar contínuo, a ATP adicional deverá ser sintetizada. 
Cabe destacar que a fibra muscular conta com a produção de ATP por meio de 
três fontes: fosfato de creatina, respiração celular anaeróbica e respiração celular 
aeróbica (SHERWOOD, 2011).
Segundo Sherwood (2011), quando as fibras musculares se encontram em 
repouso, elas produzem mais ATP do que necessitam, sendo que parte do excesso 
de ATP é usada para fabricar fosfato de creatinina, uma molécula rica em energia 
e exclusiva das fibras musculares.
Um dos grupos fosfato de alta energia de ATP é transferido para a creatinina, 
dando origem ao fosfato de creatina e ao difosfato de adenosina (ADP). 
A creatina é uma molécula de pequena proporção, que se assemelha a um 
aminoácido, sintetizada no fígado, nos rins e no pâncreas. A creatina é derivada 
de certos alimentos, em especial daqueles que contêm leite, carne vermelha e 
peixe, sendo transportada para as fibras musculares após ter sido metabolizada.
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Respiração Celular
Mitocôndria
Citosol
Glicose
1.Glicólise
Piruvato
NSDH
Dióxido
de
carbono
Água
Fosforilação
oxidativa
ATP
ATP
ATP
Ciclo
de Krebs
Oxigênio
Glicose
NADH
Figura 7 - Respiração celular
Fonte: Santos ([201-?], on-line).
Descrição da Imagem: a figura representa os processos da respiração celular.
FADIGA MUSCULAR
A presença de deficiência ou incapacidade de contratilidade muscular, após o seu 
recrutamento, pode ser denominada de fadiga muscular. Um importante fator 
que possibilita a existência de fadiga muscular está relacionado com a liberação 
reduzida de íon cálcio, proveniente do retículo sarcoplasmático, o que resulta em 
declínio significativo de Ca2+ no sarcoplasma. 
Existem outros fatores que podem contribuir para esse declínio: depleção de 
fosfato de creatina; suprimento insuficiente de oxigênio; depleção de glicogênio 
e outras fontes de energia; acúmulo de ácido láctico e ADP; e falhas dos impulsos 
nervosos do neurônio motor para liberar ACh, de forma a satisfazer as necessi-
dades das fibras musculares (GUYTON; HALL, 2017).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS
Tortora e Derrickson (2012) mencionam que as fibras musculares esqueléticas 
possuem três subunidades distintas, mas que interagem e estão presentes em 
proporções variáveis em diferentes músculos do corpo: fibras oxidativas lentas; 
fibras oxidativo-glicolíticas rápidas; e fibras glicolíticas rápidas. 
Para que possamos compreender a função de cada uma dessas subunidades, 
a seguir, são descritas suas características e as particularidades:
 ■ Fibras oxidativas lentas (OL) ou fibras vermelhas: essas estruturas são pe-
quenas em diâmetro, apresentando uma aparência vermelho-escuro por 
possuírem grande quantidade de mioglobina. As fibras OL, por conterem 
grandes quantidades de mitocôndrias, conseguem produzir uma elevada 
proporção de ATP, principalmente por respiração aeróbia, o que justifica 
o fato de serem chamadas de fibras oxidativas.
 ■ Fibras oxidativo-glicolíticas rápidas (OGR): estruturas que são considera-
das unidades intermediárias, em decorrência do seu tamanho (não muito 
pequenas e não muito grandes). Elas possuem as mesmas características 
das fibras OL, mas se sobressaem quanto a manter maior resistência à 
fibra muscular, para que a fadiga não aconteça de imediato. Outra carac-
terística interessante dessas fibras está relacionada a sua rapidez quanto 
à contração e ao relaxamento das fibras musculares.
 ■ Fibras glicolíticas rápidas (GR) ou fibras brancas: essas estruturas são pro-
porcionalmente maiores, quando comparadas aos demais tipos de fibras. 
No seu interior, contêm miofibrilas; geram contrações mais vigorosas e 
respondem rapidamente ao comando neural. Essas unidades possuem 
poucas mitocôndrias, contam com uma grande quantidade de glicogênio 
e geram ATP por glicólise anaeróbia. Como ponto negativo, está o fato de 
que fadigam rapidamente quando são estimuladas atividades contráteis 
de repetição por longo período.
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1
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS E A PRODUÇÃO DE MOVIMENTO
Com base na descrição do tecido muscular, podemos compreender que o mús-
culo esquelético é um órgão composto por vários tipos de tecidos, os quais são 
integrados por tecido muscular esquelético, tecido vascular (vasos sanguíneos e 
sangue), tecido nervoso (neurônios motores) e demais tipos de tecidos conjun-
tivos. 
Os músculos esqueléticos não estão fixados diretamente na estrutura óssea, 
como se imagina; eles produzem movimento, puxando os tendões e puxando os 
ossos. A maioria dos músculos esqueléticos atravessa pelo menos uma articula-
ção e está fixada aos ossos articulantes, que formam as articulações (GUYTON; 
HALL, 2017).
A mecânica de contração versus movimento é, teoricamente, supersimples 
e funciona da seguinte forma: quando um músculo se contrai, ele traciona um 
osso em direção ao outro e o movimento é gerado. 
A fixação de um músculo (por meio de um tendão) ao osso estacionário é 
chamada de origem. 
A estrutura muscular está quase sempre fixa a, pelo menos, duas diferentes 
estruturas ósseas, porém há exceções, como os músculos cutâneos e aqueles re-
lacionados ao controle esfincteriano (PORTH; KUNERT, 2004).
ORIGEM
Tendão
Ventre
Tendão
INSERÇÃO
Bíceps braquial
Figura 8 – Origens e inserções 
Fonte: Paresque (2018, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há 
a ilustração de um músculo do braço e 
do antebraço mostrando as origens e as 
inserções, desenhados na cor vermelha, 
além dos tendões e doventre do bíceps 
braquial.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
PRINCIPAIS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS DO CORPO HUMANO
O corpo humano conta com cerca de 700 músculos esqueléticos, os quais apre-
sentam características específicas. A estrutura muscular é dividida em grupos, de 
acordo com a parte do corpo sobre a qual eles atuam. 
MÚSCULOS DA CABEÇA
Os músculos da cabeça são aqueles que permitem a realização da expressão facial 
e de emoções, incluindo o desprazer, a surpresa, o medo e a felicidade. Esse grupo 
de músculos encontra-se na tela subcutânea e, como regra, suas origens estão na 
fáscia ou nos ossos do crânio, com inserções na pele. 
Orbicular das pálpebras
Orbicular dos lábios
Grande peitoral
Bíceps braquial
Reto do abdome
Flexor radial
do corpo
Grande oblíquo
Grande psoas
Costureiro
Adutor longo
Tibial anterior
Gêmeo interno
Frontal
Esternoclidomastóideo Trapézio
Deltóide
Grande dorsal
Tríceps
braquial
Serrátil anterior
Ancôneo
Ilíaco
Interósseo
dorsal da
mão
Grande glúteo
Sartório ou costureiro Reto femoral
Vasto interno da coxa
Semitendinoso
Semimembranoso
Ligamento anular Solear
Personeal anterior
Tendão de Aquiles
Aponevrose
epicraniana
Occiptal
Infra-espinhal
Deltóide
Bíceps braquial
Grande supinador
Glúteo
médio
Cubital posterior
Ligamento anular
Poplíteo
Gêmeo externo
Gêmeo interno
Flexor longo do
dedo grande do pé
Ligamento anular
do tarso
SISTEMA MUSCULAR HUMANO
Figura 9 - Principais músculos do corpo humano
Fonte: Sistema... (c2009, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos que descrevem, a partir de fios, os 
principais músculos do corpo humano. 
9
1
Em razão disso, os músculos da expressão facial movem a pele, em vez de uma 
articulação, quando são contraídos. 
Um mesmo músculo pode ter várias origens e/ou várias inserções, e pode se 
fixar nos ossos de várias maneiras, seja por meio de uma lâmina tendinosa ou, 
ainda, de um tendão.
Aponeurose epicraniana
Músculo
occipitofrontal ou M.
occiptal
(Face Frontal)
Músculo
occipitofrontal
ou M. occiptal
Músculo levantador
do supercilio
Músculo
orbicular ocular
Músculo
orbicular da boca
Músculo
Bucinador
Músculos faciais - vista anterior Músculos faciais - vista lateral
Figura 10 – Principais músculos da cabeça
Fonte: adaptada de Openstax (2016a, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos, descrevendo os nomes dos prin-
cipais músculos da cabeça.
MÚSCULOS DO ABDOME
Com relação aos músculos do abdome, sua parede anterior e lateral é composta 
por pele, fáscia e quatro pares de músculos: músculo reto do abdome; músculo 
oblíquo externo do abdome; músculo oblíquo interno do abdome; e músculo 
transverso do abdome. Sua principal função é proteger as vísceras e promover 
uma pressão interna, que auxilia em diversas necessidades fisiológicas (GUY-
TON; HALL, 2017). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Figura 11 – Principais músculos do abdome
Fonte: adaptada de Openstax (2016b, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais 
músculos do abdome.
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MÚSCULOS DO TÓRAX
Os músculos do tórax alteram o tamanho da cavidade torácica, de modo que 
a respiração possa ocorrer sem limitações. O processo inspiratório (inalação) 
ocorre quando o tórax ou a cavidade torácica aumenta ou amplia de tamanho; 
já a expiração (exalação) é o período no qual a cavidade torácica diminui sua 
expansão ou amplitude. Junto a essa estrutura, encontra-se o diafragma ou o 
músculo diafragmático, sendo este o principal músculo que promove a respiração. 
Existem, também, estruturas musculares que auxiliam o diafragma a sustentar 
o processo respiratório, como os músculos intercostais externos e os músculos 
intercostais internos. 
Os músculos intercostais externos, quando contraídos, atuam na elevação das 
costelas, enquanto os músculos intercostais internos têm, como função, tracionar 
as costelas para baixo e em direção ao eixo, promovendo o movimento contrário 
à elevação das costelas (PORTH; KUNERT, 2004).
Figura 12 – Principais músculos do tórax
Fonte: Openstax (2016c, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais 
músculos do tórax.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
MÚSCULOS DO OMBRO
Porth e Kunert (2004) pontuam que, dos nove músculos que cruzam a articula-
ção do ombro, somente dois deles (peitoral maior e latíssimo do dorso) não se 
originam da escápula. A força motora e a estabilidade articular do ombro são, 
basicamente, fornecidas por quatro músculos profundos do ombro e seus ten-
dões: subescapular; supraespinhal; infraespinhal; e redondo menor. 
Essas estruturas musculares unem a escápula ao úmero. Outra particularida-
de dessa estrutura é que os tendões dos músculos estão dispostos em um círculo 
quase completo ao redor da articulação, podendo ser identificado de manguito 
rotador.
Figura 13 - Principais músculos do ombro
Fonte: adaptada de: Openstax (2016d, on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais 
músculos do ombro. 
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MÚSCULOS DO BRAÇO
Segundo Porth e Kunert (2004), os músculos do braço são estruturas que permi-
tem movimentos na forma de dobradiça, ou seja, somente são capazes de manter 
mobilidade de flexão e extensão. 
Os músculos bíceps braquial, braquial e braquiorradial são flexores da arti-
culação do cotovelo; já o tríceps braquial é extensor. Os demais músculos que 
permitem a movimentação do rádio e da ulna estão relacionados à supinação e 
à pronação.
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO
Guyton e Hall (2017) descrevem que os músculos do antebraço movem o punho 
– no caso das mãos e dos dedos, os músculos são muito variados, tanto que seus 
nomes, para a maioria dessas estruturas, dão indicação de sua origem, inserção 
ou ação. 
Com base na localização e na função, os músculos são divididos em dois 
compartimentos: anterior (flexor) e posterior (extensor). 
Os músculos anteriores (flexores) originam-se do úmero e inserem-se nos os-
sos carpais, metacarpais e falanges. Os músculos posteriores (extensores) também 
se originam do úmero e inserem-se somente nos ossos metacarpais e nas falanges.
MÚSCULOS DO PESCOÇO – MOVIMENTAÇÃO DA ESPINHA 
DORSAL
Os músculos eretores da espinha, segundo Guyton e Hall (2017), são aqueles 
que formam a maior proporção de estrutura muscular do dorso, criando uma 
protuberância e/ou saliência em ambos os lados do pescoço e da coluna vertebral. 
Essa massa muscular é formada por três grupos que estão sobrepostos: grupo 
iliocostal, grupo longuíssimo e grupo espinhal.
Outros músculos que movem a cabeça, o pescoço e a coluna vertebral são: 
músculo esternocleidomastóideo, quadrado do lombo e reto do abdome.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Figura 14 – Principais músculos do pescoço
Fonte: adaptada de Openstax (2016e, 2016f).
Descrição da Imagem: na figura, há cinco ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos prin-
cipais músculos do pescoço.
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA E DOS MEMBROS 
INFERIORES
Conforme destacam Guyton e Hall (2017), os músculos dos membros inferio-
res são os maiores e mais poderosos, quando comparados às demais estruturas 
musculares do corpo humano. 
Entre os seus diferenciais, tais estruturas permitem a sustentabilidade e a 
estabilidade corporal, a locomoção e a manutenção da postura. 
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A maioria dos músculos que atuam no fêmur origina-se no cíngulo do mem-
bro inferior, mais popularmente conhecido como quadril, e insere-se no fêmur. 
Figura 15 - Principais músculos dos membros inferiores
Fonte: adaptada de: Parenteau (2017).
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais 
músculos dos membros inferiores. 
Segundo Guyton e Hall (2017), os demais músculos (exceto o pectíneo, os adu-
tores e otensor da fáscia lata) são identificados como músculos posteriores. Ter-
minologicamente, o pectíneo e os adutores são componentes do compartimento 
medial da coxa. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Os músculos que movem o fêmur, a tíbia e a fíbula têm origem no quadril e 
na coxa e estão intimamente separados em compartimentos pela fáscia profunda. 
Quanto ao significado de fáscia, trata-se de uma estrutura organizada em cama-
das, envolvendo e preenchendo toda a estrutura do corpo, dando condições e 
sustentação para que cada segmento (estrutura óssea, músculo e articulações) 
funcione de maneira adequada. Além disso, caracteriza-se por ter plasticidade, 
suportando os músculos e proporcionando adequada relação com as demais 
estruturas que realizam a mobilidade. 
O compartimento anterior (extensor) da coxa é assim denominado porque 
seu grupo de músculos atua com o propósito de possibilitar a extensão da perna 
na altura do joelho, e alguns também possibilitam a flexão da coxa na altura da 
articulação do quadril, sendo composto pelos músculos quadríceps femoral e 
sartório (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
Tortora e Derrickson (2012) ainda pontuam que o músculo quadríceps fe-
moral é o maior músculo do corpo humano, e que possui quatro subdivisões 
musculares: reto da coxa, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio. 
O músculo sartório é o mais longo do corpo, estendendo-se do ílio do osso do 
quadril ao lado medial da tíbia. Quanto ao compartimento posterior (flexor) da 
coxa, denominação que decorre de seus músculos permitirem a flexão da perna, 
também se estende na coxa. Junto a essa estrutura (compartimento), destacam-
-se os seguintes músculos: bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo, 
devido aos seus tendões serem longos e semelhantes às cordas na região poplítea.
Os músculos que realizam a movimentação do pé e seus segmentos, como os 
dedos do pé, são oriundos da perna. 
Tanto os músculos da perna como os da coxa encontram-se divididos em três 
compartimentos pela fáscia profunda: compartimento anterior, compartimento 
lateral e compartimento posterior (RIES et al., 2016). 
O compartimento anterior da perna consiste em músculos que propiciam 
a dorsiflexão do pé. O compartimento lateral da perna contém músculos que 
fazem flexão plantar e eversão do pé (movimentos de rotação tanto para a face 
medial quanto lateral).
Já o compartimento posterior da perna consiste em movimentos superficiais e 
profundos. Um exemplo desse tipo de estrutura é o tendão do calcâneo (Aquiles), 
o mais forte tendão do corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
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Figura 16 – Principais músculos do calcanhar
Fonte: adaptada de: Pazziani (2011).
Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração que descreve os nomes dos principais músculos do calcanhar.
RESUMO
A contração muscular, quando controlada, permite: movimento proposto de todo 
o corpo ou parte deste; manipulação de objetos externos; propulsão de conteúdo 
entre os vários órgãos internos que são ocos; eliminação ou esvaziamento de con-
teúdo de determinados compartimentos/órgãos do corpo para o meio externo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
 ■ Dependendo da percentagem de gordura corporal, do gênero e do regime 
de exercícios, o tecido muscular constitui cerca de 40 a 50% do peso cor-
poral total, sendo composto por células altamente especializadas. Existem 
três tipos de tecido muscular: o esquelético, o cardíaco e o liso.
 ■ A mobilidade do corpo, quando relacionada com o ato da contração e o 
relaxamento por controle consciente, recebe o nome de mobilização ou 
movimentação voluntária.
 ■ A contração muscular requer uma quantidade significativa de ATP. A 
ação muscular prolongada depende de um rico suprimento sanguíneo 
para fornecer nutrientes e oxigênio e remover os resíduos.
 ■ O Ca2+ e a energia, na forma de ATP, são imprescindíveis para que a 
contração muscular aconteça na sua totalidade.
O grau de contração muscular segue, a princípio, dois fatores: o primeiro relacio-
nado à intensidade do estímulo e o segundo, à quantidade de fibras estimuladas. 
Sherwood (2011) descreve que, no músculo, encontramos dois tipos de mem-
branas de revestimento: o endomísio, que envolve cada fibra muscular, que, em 
conjunto com outras fibras musculares, formará os fascículos, os quais, por sua 
vez, são envolvidos pelo perimísio. O conjunto de fascículos musculares formará 
o ventre muscular, que é envolvido pelo seu epimísio.
O tecido muscular é constituído por células alongadas, estruturadas em for-
ma de fibras, as quais estão dispostas agrupadamente em feixes. Essas células se 
caracterizam ou se destacam em decorrência do seu formato alongado. Uma 
especialização comum, e esperada por esse grupo, é a contração e a distensão 
das fibras musculares, formadas por numerosos filamentos proteicos de actina 
(miofilamentos finos) e miosina (miofilamentos grossos). Como sabemos, há 
três tipos de tecidos musculares: tecido muscular liso, tecido muscular estriado 
esquelético e tecido muscular estriado cardíaco. Sua caracterização histológica 
baseia-se na presença de estriações no citoplasma da célula, na quantidade de 
núcleos e na localização do núcleo dentro da célula, conforme será apontado, a 
seguir, nas respectivas estruturas.
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NOVOS DESAFIOS
Para aqueles que estudam o sistema muscular, a relação com o mundo do traba-
lho é bastante importante, porque o conhecimento sobre o funcionamento dos 
músculos e suas estruturas pode ser útil em diversas áreas profissionais.
Por exemplo, fisioterapeutas, quiropráticos e educadores físicos são alguns 
dos profissionais que podem se beneficiar do conhecimento sobre o sistema mus-
cular, uma vez que o usam para ajudar pessoas que sofrem de lesões ou doenças 
musculares, prescrevendo exercícios específicos para fortalecer e reabilitar os 
músculos.
Além disso, profissionais de áreas como medicina esportiva, nutrição e ciên-
cia do esporte também podem se beneficiar do conhecimento sobre o sistema 
muscular, ao ajudarem a melhorar o desempenho e a prevenir lesões em atletas.
Outra área em que o conhecimento sobre o sistema muscular é importante 
é a biomecânica, que estuda a mecânica do movimento humano e pode ser útil 
em áreas como o design de equipamentos de ginástica e próteses.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Além disso, o conhecimento sobre o sistema muscular pode ser útil para 
pessoas que trabalham em profissões que treinam esforço físico, como carrega-
dores de carga, operários de construção e atletas profissionais, uma vez que eles 
podem se beneficiar do conhecimento sobre como seus músculos funcionam e 
como protegê-los de lesões.
Em resumo, o estudo do sistema muscular pode ser aplicado em diversas 
áreas profissionais e é importante para aqueles que desejam trabalhar em áreas 
relacionadas à saúde, ao esporte e ao bem-estar físico.
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VAMOS PRATICAR
1. A mobilidade motora, quando desejada ao comando, é uma habilidade fundamental do 
sistema neuromotor humano. Trata-se da capacidade de iniciar, controlar e direcionar 
movimentos voluntários com precisão e fluidez, permitindo que o corpo execute ações 
específicas, de acordo com a intenção do indivíduo.
Qual denominação é atribuída à capacidade de realizar movimentos voluntários desejados 
e controlados pelo indivíduo?
2. Analise a pergunta do enunciado e discorra sobre ela. Referente aos músculos do ab-
dome, quais estruturas são pertencentes a essa região? Descreva sua principal função.
3. A fibra muscular requer energia para manter sua função e responder rapidamente 
quando recrutada. 
Quais são as fontes de energia que essas estruturas utilizam? Assinale a alternativa 
correta:
a) A fibra muscular utiliza apenas carboidratos como fonte de energia.
b) A fibra muscular utiliza apenas proteínas como fonte de energia.
c) A fibra muscular utiliza apenas gorduras como fonte de energia.
d) A fibra muscular utiliza carboidratos, gorduras e proteínas como fontes de energia,da Figura 
1, e serão melhor explicadas logo adiante. 
Figura 1 – Camadas da pele
Descrição da Imagem: apresentamos um novo corte transversal de pele, mostrando as camadas do tecido epi-
telial, coradas em violeta.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Historicamente, o termo tecido é equivocadamente interpretado como um sinô-
nimo de pele ou tegumento e o corpo humano é composto por uma variedade 
significativa de diferentes tipos de células, as quais possuem diferentes formas e 
funções específicas. 
Essas células encontram-se organizadas e distribuídas em grupos, atuando do 
ponto de vista fisiológico e de maneira integrada, desempenhando determinadas 
funções, desde que não haja algum evento (por exemplo, uma lesão ou trauma) 
que possa impedi-la de realizar sua atividade. Esses grupos de células especiais 
são nominados de tecidos.
As células compõem as menores unidades estruturais e funcionais dos seres 
vivos, agrupam-se no formato de tecidos e estes, por sua vez, devido a sua repli-
cação, transformam-se em órgãos. 
Segundo as características morfológicas dessas estruturas e suas proprieda-
des funcionais, há quatro tipos básicos de tecidos, os quais são identificadas ou 
classificados como: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido 
nervoso (GUYTON; HALL, 2017). Para melhor compreendermos o significado 
e função de cada grupo, a seguir estarão descritos alguns conceitos para facilitar 
o seu entendimento acerca de cada segmento.
A PELE
A pele, na visão de Sherwood (2011), é composta essencialmente de três grandes 
camadas de tecidos, são elas: a mais superior/externa (epiderme); a intermediária 
(derme); e a mais profunda (hipoderme ou tecido celular subcutâneo). 
A pele humana é o maior órgão do corpo humano e serve como barreira prote-
tora contra o ambiente externo. Ela é composta por três camadas principais: a 
epiderme, a derme e a hipoderme.
EU INDICO
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É o maior órgão do corpo humano, constituindo um aglomerado de células 
formando camadas sobrepostas de tecidos, as quais possibilitam a interação do 
nosso organismo entre si e com o meio externo. Segundo Sherwood (2011), essa 
estrutura representa cerca de mais de 16% do peso corpóreo. 
Toda sua superfície é constituída e revestida por sulcos e saliências, estando 
mais expressiva ou presente em determinadas partes do corpo, particularmente 
nas regiões palmoplantares e nas extremidades distais dos dedos, onde possuem 
representatividade individual e peculiar, permitindo não somente sua utilização 
na identificação dos indivíduos por meio da datiloscopia, como também auxi-
liando na diagnose de enfermidades genéticas pelas impressões palmoplantares, 
os chamados dermatóglifos. 
Os dermatóglifos compreendem padrões individuais de cada indivíduo, são 
os desenhos formados pelas papilas teciduais (elevações da pele), presentes nas 
polpas dos dedos das mãos identificadas popularmente como “impressões digi-
tais”.
Figura 2 – Impressões digitais
Descrição da Imagem: na figura temos cinco impressões digitais em preto, em uma folha de papel branco.
A superfície cutânea dos seres humanos apresenta uma variação expressiva de 
segmentos corpóreos, oscilações teciduais e pregas cutâneas, articulares e mus-
culares, orifícios pilossebáceos e orifícios sudoríparos, possuindo um campo 
anatômico bem variado e rico de informações. 
Dentre as variações existentes nestes segmentos relacionados ao tecido cutâ-
neo, encontra-se a cor da pele (GUYTON; HALL, 2017). A cor da pele é influen-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
ciada pela unificação e interação de vários fatores, alguns de ordem genético-
-racial, como a quantidade de pigmento, excesso ou pequenas proporções de 
melanina; associado a fatores de ordem individual, regional e até mesmo sexual, 
como a espessura anatômica de seus vários componentes; e, ainda, está correla-
cionada ao tipo sanguíneo de cada sujeito.
Figura 3 – Alguns tons de pele
Descrição da Imagem: temos nesta imagem algumas variações de tons de pele, apresentadas em figuras de 
rostos em variações diferentes. 
Papiloscopia é a ciência que estuda as impressões digitais humanas. É utiliza-
da na identificação de indivíduos por meio de suas impressões digitais únicas, 
que não se repetem em nenhuma outra pessoa. A papiloscopia é amplamente 
utilizada em investigações criminais, pois permite a identificação de suspeitos 
a partir de impressões digitais encontradas em locais de crime. Além disso, é 
utilizada para fins de identificação civil, como em documentos de identidade e 
passaportes. A técnica consiste em analisar minuciosamente as característi-
cas das impressões digitais, como arcos, curvas e cristas, para identificar o in-
divíduo. A papiloscopia é uma importante ferramenta de segurança pública e 
tem sido usada há mais de um século para solucionar crimes e identificar pes-
soas em todo o mundo. 
APROFUNDANDO
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CAMADAS DA PELE E SUAS FUNÇÕES 
Além da variação de tonalidade da sua cor, a pele possui algumas funções básicas 
e primordiais que contribuem para a sobrevivência humana. 
São elas: 
 ■ Proteção das estruturas internas: a pele por si só impede a agressão dos 
órgãos e tecidos por agentes físicos (radiações, agentes mecânicos, frio e 
calor) e, ainda, realiza proteção contra agentes biológicos (bactérias, vírus 
e fungos). 
 ■ Proteção imunológica: o tegumento cutâneo “a pele”, graças à presença 
de células imunologicamente ativas na sua superfície e nas suas camadas 
posteriores, torna-se um órgão de grande atividade imunológica, em que 
atuam intensamente os componentes da imunidade humoral e celular, 
protegendo-nos diariamente. 
 ■ Manutenção da homeostase (harmonia e normalidade das funções fisio-
lógicas): as glândulas sudoríparas regulam a temperatura e o equilíbrio 
hidroeletrolítico por meio das suas secreções, que contém água e eletró-
litos. Auxilia ainda na impermeabilidade da pele, ou seja, impede a saída 
de água do organismo humano. 
 ■ Percepção: na pele estão instalados os receptores neurais, estrategicamen-
te adaptados nessa região para perceberem sensações do meio externo 
(tato, pressão, calor, frio e dor). 
 ■ Secreção: a exemplo da função secretiva, encontra-se a liberação de se-
creção sebácea, importante para a manutenção eutrófica da própria pele, 
particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. Além disso, 
a secreção em forma de sebo, liberado por essas glândulas, possui proprie-
dades antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D. 
Quanto às glândulas sudoríparas, a eliminação de restos metabólicos não 
tem valor como função excretora.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
CAMADAS OU COMPARTIMENTOS
Histologicamente, segundo Guyton e Hall (2017), o sistema tegumentar evi-
dencia a presença de três compartimentos tegumentares distintos, a epiderme, a 
derme e a hipoderme que se comunicam e se completam. 
 ■ Epiderme: constituída predominantemente por células dispostas em ca-
madas (epitélio estratificado escamoso ceratinizado). Constituída por epi-
télio estratificado, cuja espessura apresenta variações topográficas desde 
0,04 mm nas pálpebras até 1,6 mm nas regiões palmo plantares. 
 ■ Derme: composta predominantemente por fibras de sustentação (coláge-
no e fibras elásticas) e por vasos sanguíneos. Compreende denso estroma 
fibroelástico, no qual situam-se as estruturas vasculares e nervosas, e os 
órgãos anexiais da pele, as glândulas sebáceas e sudoríparas e os folículos 
pilosos. 
 ■ Hipoderme ou tecido celular subcutâneo: é uma camada de tecido con-
juntivo frouxo, que está localizada logo abaixo da derme (camada mais 
profunda da pele), unindo-se de maneira pouco firme aos órgãos adja-
centes.
A pele também é capaz de sentir estímulos táteis, térmicos e dolorosos, per-
mitindo que o corpo responda a diferentes situações. É um órgão vital para a 
nossa saúde e bem-estar, por isso é importante cuidar dela através de hábitos 
saudáveis como proteção solar, hidrataçãodependendo da intensidade e da duração do exercício.
e) A fibra muscular não requer energia para manter sua função e responder rapidamente, 
quando recrutada.
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VAMOS PRATICAR
4. A fibra muscular, quando ativada, gera contração mediante a uma estimulação nervosa. 
Uma vez que esse estímulo se torna ausente, a mesma fibra muscular entrará em um 
processo chamado de relaxamento.
Sobre o processo de relaxamento da fibra muscular, assinale a alternativa correta:
a) No processo de relaxamento da fibra muscular, ocorre a liberação de íons de cálcio 
dos retículos sarcoplasmáticos para o citoplasma da fibra muscular, permitindo que 
as cabeças de miosina se liguem aos sítios ativos da actina e promovam a contração.
b) Durante o relaxamento da fibra muscular, os íons de potássio são bombeados ativa-
mente para o interior da célula, permitindo a liberação dos íons de cálcio do retículo 
sarcoplasmático e a desligação das cabeças de miosina da actina.
c) O relaxamento da fibra muscular ocorre devido à ação da enzima acetilcolinesterase, 
que quebra a acetilcolina, presente na fenda sináptica, interrompendo a transmissão 
do impulso nervoso e a liberação de cálcio das vesículas para o sarcoplasma.
d) Durante o processo de relaxamento da fibra muscular, ocorre a reabsorção ativa do 
cálcio para o retículo sarcoplasmático, reduzindo sua concentração no sarcoplasma 
e levando à descontração da fibra muscular.
e) No relaxamento da fibra muscular, ocorre uma despolarização da membrana muscu-
lar, resultando na liberação de íons de sódio para o sarcoplasma e na contração do 
retículo sarcoplasmático.
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VAMOS PRATICAR
5. A contração muscular é um processo resultante do encurtamento das fibras muscula-
res e das estruturas alongadas que apresentam duas proteínas contráteis.
Com relação às proteínas responsáveis pela contração muscular, analise as asserções.
I - Actina e mioglobina.
II - Miosina e troponina.
III - Tropomiosina e titina.
IV - Actina e miosina.
É correto o que se afirma em:
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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REFERÊNCIAS
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raivaatrajetoriadovirusrumoaosnc-elaineranierofernandes.pdf. Acesso em: 27 jun. 2023.
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tração. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1118_Muscles_that_Posi-
tion_the_Pectoral_Girdle.jpg. Acesso em: 26 jun. 2023.
OPENSTAX. Muscles that Move the Humerus. Wikimedia Commons, 2016d. 1 ilustração. Dis-
ponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1119_Muscles_that_Move_the_Hu-
merus.jpg. Acesso em: 26 jun. 2023.
OPENSTAX. Posterior and Side Views of the Neck. Wikimedia Commons, 2016e. 1 ilustração. 
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1111_Posterior_and_Side_Vie-
ws_of_the_Neck.jpg. Acesso em: 26 jun. 2023.
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TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 8. 
ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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1. A resposta correta é “coordenação motora”. A coordenação motora refere-se à habilidade 
de executar movimentos complexos e precisos, coordenando diferentes grupos muscu-
lares, de forma harmoniosa. A partir da coordenação motora, o sistema nervoso central 
recebe o comando e envia as informações necessárias para a realização de movimentos 
específicos com controle e fluidez.
No texto base, é mencionado que a mobilidade motora, quando desejada ao comando, 
é uma habilidade do sistema neuromotor humano, e a resposta correta, “coordenação 
motora”, descreve adequadamente a denominação dessa capacidade.
2. Os músculos do abdome são compostos por diversas estruturas, incluindo o reto abdomi-
nal, os músculos oblíquos (oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome) e o 
músculo quadrado lombar. Além disso, a região abdominal inclui os músculos do assoalho 
pélvico, como o músculo pubococcígeo.
A principal função dos músculos do abdome é proporcionar estabilidade e suporte para 
o tronco, contribuindo para a postura ereta e a sustentação dos órgãos internos. Esses 
músculos também desempenham um papel importante na respiração, auxiliando na ex-
piração e na contração dos músculos abdominais durante o esforço físico. Além disso, os 
músculos do abdome desempenham um papel na flexão e rotação do tronco, permitindo 
movimentos laterais e a flexão anterior da coluna vertebral.
3. D. A fibra muscular utiliza diferentes fontes de energia, dependendo das demandas 
metabólicas impostas pelo exercício. Em atividades de alta intensidade e curta duração, 
como sprints, a fibra muscular utiliza principalmente o glicogênio, forma armazenada 
de carboidratos nos músculos e no fígado. Já em atividades de longa duração e baixa 
intensidade, como corrida de longa distância, a fibramuscular recorre principalmente às 
gorduras como fonte de energia. Além disso, em situações de jejum prolongado, a fibra 
muscular também pode utilizar proteínas como fonte de energia, por processos catabó-
licos. Portanto, as fibras musculares têm a capacidade de utilizar diferentes substratos 
energéticos para atender às demandas metabólicas do exercício.
GABARITO
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4. D. Durante o processo de relaxamento da fibra muscular, ocorre a reabsorção ativa do 
cálcio para o retículo sarcoplasmático. A contração muscular é iniciada pela liberação de 
cálcio das cisternas do retículo sarcoplasmático, permitindo a interação das cabeças de 
miosina com os filamentos de actina. Quando o estímulo nervoso cessa, ocorre a ação 
da bomba de cálcio do retículo sarcoplasmático, que utiliza energia para ativamente 
bombear o cálcio de volta para as cisternas, reduzindo sua concentração no sarcoplas-
ma. Essa redução do cálcio intracelular desencadeia a descontração da fibra muscular, 
permitindo que os filamentos de actina se afastem dos filamentos de miosina e levando 
ao relaxamento muscular.
5. D. As proteínas responsáveis pela contração muscular são a actina e a miosina. A actina é 
uma proteína filamentosa que forma a estrutura dos filamentos finos, e a miosina é uma 
proteína filamentosa que forma a estrutura dos filamentos espessos. Durante a contração 
muscular, as cabeças de miosina interagem com os sítios ativos da actina, formando 
pontes cruzadas e gerando força para a contração muscular. Portanto, a actina e a mio-
sina desempenham papéis fundamentais no processo de contração muscular. As outras 
proteínas mencionadas nas demais asserções não são diretamente responsáveis pela 
contração muscular, mas desempenham funções relacionadas ao controle da interação 
entre a actina e a miosina, como é o caso da troponina e da tropomiosina; a mioglobina, 
por sua vez, é uma proteína que atua no armazenamento de oxigênio nos músculos, mas 
não está diretamente envolvida na contração muscular. 
GABARITO
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UNIDADE 2
MINHAS METAS
SISTEMA LOCOMOTOR - 
ARTICULAÇÕES
Conhecer o sistema locomotor — articulações.
Entender a relação entre as articulações.
Sistematizar as principais articulações do corpo humano.
Conhecer as articulações por tipologia.
Entender sobre as articulações e suas funções.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4
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INICIE SUA JORNADA
As articulações do corpo humano desempenham papel fundamental na capa-
cidade de movimento e realização de atividades diárias. Essas estruturas, com-
postas por tecidos conjuntivos flexíveis, são responsáveis por permitir a conexão 
entre os ossos, proporcionando estabilidade, mobilidade e suporte aos movi-
mentos (SMITH et al., 2022). Além disso, as articulações são essenciais para 
a deambulação e desempenham papel vital na sustentação do corpo durante a 
locomoção (JOHNSON; BROWN, 2021).
Movimentos simples ou mesmo aqueles mais complexos carecem de uma 
sincronia entre comando neurológico, ativação muscular, suporte, por meio das 
articulações, e sustentação, por meio da estrutura óssea, para que tal atividade 
ocorra. Para compreender como os músculos e o sistema articular produzem 
diferentes movimentos, você, por meio desta unidade, aprenderá onde e como os 
músculos se fixam e os tipos de articulações que são acionados pelos músculos 
de contração.
A estrutura óssea, os músculos e as articulações formam, em conjunto, um sis-
tema dinâmico e integrado, chamado musculoesquelético. Quando dizemos que 
um osso se articula com o outro, estes trazem o significado de que há formação 
de uma articulação. Artrologia (artro = articulação / logia = estudo de) é o termo 
científico aplicado para estudar articulações, e, com relação ao estudo dos movi-
mentos, tal especialidade recebe o nome de cinesiologia (cinesio = movimento). 
Com relação ao estudo dos músculos, para tal especialidade se aplica o termo 
miologia (mio = músculos / logia = estudo de). Se você, porventura, já sofreu al-
guma lesão traumática em algum desses componentes, sabe como torna-se difícil 
caminhar ou realizar mesmo que movimentos simples (GUYTON; HALL, 2017).
Os traumatismos articulares podem ser caracterizados como contusões, 
entorses, luxações, subluxações, fraturas articulares, distensões ou entorses. Na 
ocorrência de tais acometimentos, buscamos atendimento com a especialidade 
ou ciência médica, a qual é referência em orientações para prevenção, correção 
e/ou reparos dos distúrbios musculoesqueléticos, chamada ortopedia (orto = 
correto / pedi = criança) (GUYTON; HALL, 2017).
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Vamos, então, agora, começar a entender melhor sobre o sistema locomotor 
articular, o que ele é, para qual função se relaciona sua importância e demais 
aspectos. 
AS ARTICULAÇÕES
Guyton e Hall (2017) descrevem que a estrutura de uma articulação determina a 
combinação de força e flexibilidade, sendo que, em uma extremidade do espectro, 
encontram-se articulações que não permitem nenhum movimento e são, assim, 
mais fortes, resistentes e mais inflexíveis. Tal composição de resistência não se 
aplica a todas as articulações, por algumas possuírem e/ou permitirem movi-
mentos bastante livres e por serem flexíveis, porém não tão resistentes ou fortes.
Quando o sistema articular se encontra firmemente encaixado, a mobilidade 
e/ou o movimento encontra-se mais limitado (restrito), já, quando mais frouxo, 
maior é a possibilidade de mobilidade e movimento. Segundo os mesmos autores, 
os movimentos articulares são determinados por:
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(1) Formato do osso articulante (que se articula).
(2) Flexibilidade (tensão) dos ligamentos que mantêm os ossos 
unidos.
(3) Tensão dos músculos e tendões associados.
A flexibilidade da articulação pode ser afetada ou potencializada em decorrência 
da carência ou liberação hormonal excessiva. Tal irregularidade quando exa-
cerbada, pode, em alguns casos, ser considerada benéfica, principalmente, para 
aqueles relacionados ao processo gravídico (gravidez). 
O organismo da gestante, ao se aproximar do final da gravidez, de forma 
fisiológica e protetiva, libera, excessivamente, um hormônio chamado relaxina, 
o qual aumenta a flexibilidade da fibrocartilagem da sínfise púbica, afrouxando 
os ligamentos entre o sacro e os ossos do quadril, permitindo a exteriorização do 
feto durante o período expulsivo.
As articulações são classificadas, estruturalmente, com base nas suas caracte-
rísticas anatômicas e, funcionalmente, nos movimentos executados e permitidos 
por este sistema. Quanto à classificação estrutural das articulações, estas são rea-
lizadas com base em dois critérios, segundo Guyton e Hall (2017):
 ■ Presença ou ausência de um espaço entre os ossos que se articulam, cha-
mado cavidade articular.
 ■ Tipo de tecido que mantém os ossos unidos (próximos). 
Os mesmos autores pontuam, ainda, que as articulações, do ponto de vista 
estrutural, são classificadas conforme os seguintes tipos:
 ■ Articulações fibrosas: nessas estruturas, não há cavidade articular, a es-
trutura óssea se mantém unida (juntos) por tecido conjuntivo denso não 
modelado. São aquelas estruturas que ficam interpostas entre os ossos. 
Essas articulações são estruturas ricas em fibras de colágeno.
 ■ Articulações cartilagíneas ou cartilaginosas: nessas estruturas, também 
não há cavidade articular presente, porém a estrutura óssea encontra-se 
exclusivamente unida junto à cartilagem.
 ■ Articulações sinoviais: junto a essas articulações, os ossos que formam 
essa camada articular são unidos pelo tecido conjuntivo denso não mo-
delado. Entre essa união, existe uma cápsula articular e ligamentos aces-
sórios, os quais possibilitam a mobilidade esperada.
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A classificação funcional das articulações, na visão de Guyton e Hall (2017), está 
ligada, especificamente, ao movimento proposto e permitido por este sistema, 
sendo classificadas em:
 ■ Sinartrose(sin = junto): articulação imóvel.
 ■ Anfiartrose (anfi = em ambos os lados): articulação levemente móvel.
 ■ Diartrose (= articulação móvel): articulação sem restrições ao movimen-
to (móvel). Essa classe de estruturas é denominada articulação sinovial, 
que possui uma variedade de formas e permite vários tipos diferentes de 
movimentos.
VOCÊ SABE RESPONDER?
O que é osteoartrite (artrose)?
ARTICULAÇÕES FIBROSAS
As articulações fibrosas, também conhecidas como sinartroses ou articulações 
fixas, são um dos três principais tipos de articulações encontradas no corpo hu-
mano, junto às articulações cartilaginosas e sinoviais (TORTORA; DERRICK-
SON, 2017; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). Nessas articulações, os ossos são 
conectados por tecido conjuntivo fibroso denso, o que resulta em um movimento 
limitado ou nulo entre os ossos. Além disso, apresentam uma pequena separa-
ção entre o tecido conjuntivo fibroso e a estrutura óssea. Essas articulações são 
altamente estáveis e desempenham papel fundamental no suporte estrutural dos 
ossos envolvidos. Sua principal atribuição é proporcionar a absorção de impacto 
e choque durante atividades, como caminhar e correr, contribuindo para a pro-
teção das estruturas envolvidas.
Existem três tipos principais de articulações fibrosas, cada uma com carac-
terísticas e funções específicas:
 ■ Suturas: as suturas são articulações fibrosas encontradas principalmen-
te nos ossos do crânio. Elas são caracterizadas por uma conexão rígida 
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entre os ossos, em que as bordas ósseas se encaixam de forma precisa. O 
tecido conjuntivo fibroso das suturas, conhecido como sutura craniana, 
é constituído por feixes de fibras colágenas (TORTORA; DERRICKSON, 
2017). Essas articulações são imóveis na idade adulta, proporcionando 
proteção e resistência à compressão. Um exemplo de sutura é a sutura 
sagital, que liga os dois ossos parietais do crânio.
 ■ Sindesmoses: as sindesmoses são articulações fibrosas em que os ossos são 
conectados por tecido conjuntivo fibroso mais longo, como ligamentos ou 
membranas interósseas. Essas articulações permitem um pequeno grau 
de movimento, mas são geralmente menos móveis do que as articulações 
sinoviais. Os ligamentos fibrosos das sindesmoses são compostos por 
fibras colágenas densas que conferem resistência e estabilidade à articu-
lação (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Um exemplo de sindesmose é 
a articulação entre a tíbia e a fíbula na perna, em que os ossos são conec-
tados por ligamentos interósseos, permitindo um movimento limitado 
de rotação.
 ■ Gonfoses: as gonfoses são articulações fibrosas especializadas encontra-
das na região das raízes dos dentes (dentes e alvéolos dentários). Essas 
articulações são mantidas no lugar pelo ligamento periodontal, um te-
cido conjuntivo fibroso que une o dente ao osso alveolar. O ligamento 
periodontal é composto por fibras colágenas organizadas de forma pe-
culiar, proporcionando uma conexão segura e estável entre o dente e o 
osso (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Embora permitam um ligeiro 
movimento de amortecimento durante a mastigação, a principal função 
das gonfoses é a fixação segura dos dentes em suas respectivas cavidades. 
As articulações entre os dentes e os alvéolos são exemplos de gonfoses.
Em resumo, as articulações fibrosas fornecem estabilidade e resistência aos ossos 
envolvidos, mas têm um movimento limitado ou nulo. As suturas unem os ossos 
do crânio, as sindesmoses conectam ossos longos com ligamentos ou membranas 
interósseas, e as gonfoses fixam os dentes em seus alvéolos (TORTORA & DER-
RICKSON, 2017; MOORE et al., 2014). Essas articulações desempenham papéis 
importantes na proteção e sustentação estrutural do corpo humano.
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linha de sutura
sutura
tecido conjuntivo
�broso denso
rádio
membrana
interóssea
antebraquial
sindesmose
ulna
ligamento periodontal
gonfose
osso alveolar raiz do dente
Figura 1 - Articulações fibrosas
Fonte: Wimedia Commons (2013, on-line).
Descrição da Imagem: a figura apresenta os três tipos de articulações fibrosas, sendo a) sutura, b) sindesmose 
c) gonfose.
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ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS OU CARTILAGINOSAS
Não diferente de uma articulação fibrosa, Sherwood (2011) descreve que uma 
articulação cartilagínea, ou cartilaginosa, permite discreto ou nenhum movi-
mento. Essas estruturas ósseas articulantes são firmemente conectadas por fi-
brocartilagem, ou cartilagem hialina, existindo apenas dois tipos de articulações 
cartilagíneas: sincondroses e sínfises, os quais serão descritos a seguir:
 ■ Sincondrose (condro = cartilagem): é uma cartilagem cujo material de 
conexão é composto por cartilagem hialina. Bom exemplo dessa categoria 
de cartilagem é a lâmina epifisial (de crescimento), que conecta a epífise 
e a diáfise de um osso do crescimento.
 ■ Sínfise (= crescendo junto): é uma cartilagem do mesmo grupo, em que 
as extremidades dos ossos articulantes são recobertas com cartilagem 
hialina, porém os ossos são conectados por um disco largo e plano de 
fibrocartilagem. Dos exemplos de sínfise, encontra-se a sínfise púbica 
entre as superfícies anteriores dos ossos do quadril. Essa categoria de arti-
culação é encontrada nas articulações intervertebrais, entre os corpos das 
vértebras. Funcionalmente, a sínfise é uma anfiartrose, uma articulação 
levemente móvel.
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
As articulações sinoviais possuem particularidades que as diferenciam das de-
mais articulações. Dentre as suas diferenças, essas estruturas possuem um espa-
ço chamado cavidade articular (sinovial), o qual fica localizado entre os ossos 
articulantes. 
A referida cavidade articular possibilita que a articulação seja livremente 
móvel, sendo funcionalmente classificada como diartrose. Outra particularida-
de nessas estruturas refere-se à presença de uma cobertura sobre a estrutura 
óssea, chamada cartilagem epifisial, também conhecida como cartilagem hialina 
(SHERWOOD, 2011).
Sherwood (2011) menciona que, junto a essas estruturas, existe uma cápsula 
articular, a qual se assemelha a uma luva que circunda a articulação sinovial 
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envolvendo a cavidade articular e unindo os ossos. Essa cápsula é formada por 
duas camadas, uma membrana fibrosa externa e uma membrana sinovial interna.
Figura 2 - Articulações do joelho
Fonte: Magalhães (2023, on-line).
Descrição da Imagem: a figura apresenta um joelho desenhado em tom de cor de pele, com detalhes amarelos 
que correspondem à medula óssea e com as articulações em tom claro.
Referente à camada mais externa, a membrana fibrosa, Sherwood (2011) pon-
tua que quanto a sua formação, esta consiste em tecido conjuntivo denso não 
modelado (principalmente fibras colágenas), as quais se fixam no periósteo dos 
ossos articulantes. Essas fibras, ou feixes, ficam dispostas em paralelo entre si, 
tornando-se ainda mais resistentes à tensão versus choque (impacto). 
Essas fibras recebem o nome de ligamentos (liga = ligado ou amarrado), sendo 
esta estrutura o principal componente mecânico que mantém a estrutura óssea 
em contínua comunicação em uma articulação sinovial. Na camada interna da 
cápsula articular, a membrana sinovial é composta, basicamente, por tecido con-
juntivo areolar com fibras elásticas.
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Sherwood (2011) descreve que a membrana sinovial secreta (libera) um lí-
quido chamado sinóvia (ov = ovo), que forma uma fina película que fica sobre a 
superfície interna da cápsula articular. Quanto às características desse líquido, 
sua textura é viscosa, translúcida ou discretamente amarelo-pálido e, ainda, pos-
sui hialurônico, um tipo de ácido (ácido hialurônico) que contém biopolímero, 
formado pelo ácido glucurônico, e N-acetilglicosamina. 
É comumente encontrado no líquido sinovial, no humor vítreo e no tecido 
conjuntivo colágeno, sendo uma importante substância na constituição e prote-
ção da articulação. Essa substância vem sendo muito utilizada na estética como 
meio de preenchimentode linhas de expressões, conhecidas como rugas, ocasio-
nadas pelo envelhecimento. Dentre as funções do ácido hialurônico, destacam-se:
 ■ Redução do atrito pela lubrificação da articulação.
 ■ Fornecimento de nutrientes.
 ■ Remoção de resíduos metabólicos dos condrócitos no interior da carti-
lagem epifisial. 
Figura 3 - Ligamentos do joelho
Fonte: Anatomia do Corpo (2023, on-line).
Descrição da Imagem: a figura apresenta um joelho desenhado em tom de cor de pele, com detalhes para os 
ligamentos em tom claro.
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Porth e Kunert (2004) mencionam que as características do líquido sinovial são 
influenciadas pela atividade e/ou exercício aplicado à articulação, ou seja, quando 
uma articulação sinovial fica imóvel por muito tempo, a sinóvia (líquido) fica 
mais viscosa ou espessa (assemelha-se a um gel), e, quando a atividade física ou 
a mobilidade é contínua (movimento articular aumentado), o líquido torna-se 
menos viscoso. 
Dessa forma, é possível compreender a importância da aplicação ou reali-
zação de pré-aquecimento antes da atividade física propriamente dita, pois, no 
aquecimento, o corpo reage de forma benéfica, estimulando a produção e a libe-
ração de secreção sinóvia. Quanto maior for à quantidade de sinóvia disponível, 
menor será o estresse articular e menores serão as chances de traumas esportivos. 
Muitas articulações sinoviais possuem ligamentos acessórios, os quais se si-
tuam dentro ou fora da cápsula articular, conforme sinalizam Porth e Kunert 
(2004). Fora da cápsula articular, encontram-se os ligamentos colaterais fibular 
(lateral) e tibial (medial) da articulação do joelho (Figuras 4 e 5). Dentro da 
cápsula articular, encontram-se os ligamentos cruzados anterior e posterior da 
articulação do joelho.
Figura 4 - Joelho — tendão
Fonte: Pereira (2012, on-line).
Descrição da Imagem: a figura apresenta 
um joelho desenhado em tom de cor de pele, 
com detalhes para os tendões.
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No interior de algumas articulações sinoviais, como a do joelho, Sherwood (2011) 
afirma que, nestas regiões, existem coxins de fibrocartilagens, os quais se situam 
entre as superfícies articulares da estrutura óssea e estão fixados à cápsula fibrosa. 
Esses coxins recebem o termo de discos, ou meniscos articulares, os quais con-
tribuem para o encaixe mais firmemente dessas estruturas e, ainda, auxiliam na 
estabilidade da articulação, direcionando o líquido da sinóvia para as áreas em 
que receberão maior atrito.
TIPOS DE MOVIMENTOS ARTICULARES NAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS
Segundo Sherwood (2011), o termo movimento, ou mobilidade, indica a forma 
de movimentação, a direção do movimento ou a relação de uma parte do corpo 
com outra durante o movimento. Para que essas atividades aconteçam (os mo-
vimentos), elas envolvem quatro categorias principais distintas, mas, ao mesmo 
tempo, integradas:
 ■ Deslizamento.
 ■ Movimentos angulares.
 ■ Rotação.
 ■ Movimentos especiais (somente ocorrem em algumas articulações es-
pecíficas).
DESLIZAMENTO
Esse tipo de movimento é considerado simples, em que superfícies ósseas, relati-
vamente planas, movem-se para trás e/ou para frente de um lado para o outro em 
relação a outra. Um exemplo desse tipo de movimento relaciona-se à mobilidade 
entre a clavícula e o acrômio da escápula, o qual posiciona seu membro superior 
na sua lateral, elevando-o acima da sua cabeça e abaixando-o novamente.
Uma particularidade desses movimentos é que são limitados apenas à am-
plitude, devido à estrutura de ajuste frouxo da cápsula articular, seus ligamentos 
e suas estruturas ósseas associadas (SHERWOOD, 2011).
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MOVIMENTOS ANGULARES
Porth e Kunert (2004) descrevem que, nos movimentos angulares relacionados 
a essa atividade, ocorrem dois eventos articulares importantes, tanto o aumento 
quanto a diminuição no ângulo entre os ossos que se articulam. Os principais 
movimentos angulares são:
 ■ Flexão (Figura 5).
 ■ Extensão (Figura 5).
 ■ Hiperextensão.
 ■ Abdução.
 ■ Adução.
 ■ Circundação.
Para que possamos melhor compreender os significados de cada movimento 
exposto, iremos descrevê-los a seguir. 
Quanto aos movimentos de flexão, na visão de Melo et al. (2011), estes se 
remetem ao termo popularmente conhecido como dobrar o membro, em que 
há uma diminuição no ângulo entre os ossos articulantes. Com relação à exten-
são, este movimento se remete à atividade de esticar o membro, em que há um 
aumento no ângulo entre os ossos articulantes. Tanto a flexão quanto a extensão 
ocorrem no plano sagital.
Figura 5 - Flexão e extensão
Fonte: Queiroz (2020, on-line).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma 
pessoa em posição anatômica representando 
uma flexão e extensão.
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Conforme pontuam Porth e Kunert (2004), podemos interpretar como movi-
mento de flexão e extensão o levantar e o flexionar dos braços, tanto para frente 
quanto para trás, pois esta atividade, por mais simples que seja, proporciona o 
deslocamento e recruta a mobilidade do úmero, mobiliza o ombro bem como 
ativa o antebraço (balanço) e ambas as mãos. 
Tais exemplos também podem ser perfeitamente aplicados aos membros infe-
riores. A continuação da extensão anatômica é chamada de hiperextensão (hiper 
= além ou excessivo), sendo que esta atividade se encontra presente na inclinação 
da cabeça, tanto para frente quanto para trás. 
O movimento de hiperextensão também pode ser observado junto a outras 
estruturas, como úmero, fêmur, movimentação da palma da mão e articulação 
do punho. Cabe destacar que, na hiperextensão de outras articulações, como 
cotovelo e articulações interfalângicas (dedos das mãos e dos pés), e, nas articu-
lações dos joelhos, estas estruturas são impedidas de realizar tal mobilidade em 
decorrência da presença de ligamentos. 
Na abdução, Porth e Kunert (2004) descrevem que esse movimento ocorre 
pelo afastamento de uma estrutura (membro superior, por exemplo) da linha 
mediana, e a adução refere-se à aproximação do membro afastado em direção à 
linha mediana.
 Quanto à circundação (circun = círculo), o referido movimento atribui-se 
na realização de um círculo ou rotação. Essa atividade não ocorre isoladamente, 
depende da ativação de outros movimentos em conjunto, como flexão, abdução, 
extensão e adução. 
Quanto às estruturas que realizam movimentos de circundação, encontra-se 
o úmero, na articulação do ombro, e o fêmur, na articulação do quadril. Cabe des-
tacar que há maior limitação na realização desse exercício por parte do quadril, 
em decorrência do elevado número de ligamentos, músculos, profundidade do 
acetábulo e tensão que é aplicada a essa articulação (PORTH; KUNERT, 2004).
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ROTAÇÃO
Na rotação (rota = rodar), segundo Guyton e Hall (2017), um osso gira em torno 
do seu próprio eixo longitudinal. Uma estrutura que pode ser perfeitamente ci-
tada como exemplo é a cabeça, a qual roda ou vira para ambos os lados e, ainda, 
para frente e para trás, trazendo o significado de informação positiva (sim) ou 
negativa (não).
A rotação é definida com relação à linha mediana, ou seja, se a superfície 
anterior da estrutura óssea de determinado membro é girada em direção à linha 
mediana, esse movimento é denominado rotação mediana (interna). Se a super-
fície anterior do osso de um membro for girada para longe da linha mediana, o 
movimento é denominado rotação lateral (externa) (Figura 7).
Figura 6 - Rotação
Fonte: adaptada de Fasafit (2016).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma pessoa em posição anatômica representando uma rotação.
MOVIMENTOS ESPECIAIS
Em relação aos movimentos especiais, segundo Chaves et al. (2004), eles ocorrem 
somente em certas articulações, possuindo como particularidades movimentos 
distintos dos demais, tais como: elevação, depressão, protração, retração, inver-
são, eversão, dorsiflexão, flexão plantar, supinação, pronação e oposição. Cada 
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um dos movimentos citados estádescrito a seguir para que possamos melhor 
compreender seus significados e sua importância, são eles:
 ■ Elevação (levantar): é considerado o movimento ascendente de alguma 
parte do corpo, como abrir e fechar a boca ou encolher os ombros para 
elevar a clavícula.
 ■ Depressão (pressionar para baixo): é o movimento descendente de uma 
parte do corpo, tal como abrir a boca para deprimir a mandíbula ou retor-
nar os ombros encolhidos para a posição anatômica, a qual irá deprimir 
a escápula.
 ■ Protração (mover para frente): é o movimento de uma parte do corpo 
para frente. Bom exemplo para esse movimento refere-se a empurrar a 
mandíbula para fora ou cruzar os braços, o qual irá protrair as clavículas.
 ■ Retração (mover para trás): é o movimento de uma parte do corpo pro-
traída de volta para a sua posição natural (anatômica).
 ■ Inversão (voltar-se para dentro): é a posição da planta dos pés medial-
mente, de modo que uma se volte para a outra.
 ■ Eversão (voltar-se para fora): é o movimento da planta dos pés lateral-
mente, de modo que uma se volte para longe da outra.
 ■ Dorsiflexão: é a flexão do pé em direção ao dorso.
 ■ Flexão plantar: envolve a flexão do pé na direção da superfície plantar. 
Bom exemplo é quando ficamos na ponta dos pés, afastando o calcanhar 
da superfície (chão).
 ■ Supinação: é o movimento do antebraço, de modo que a palma da mão 
seja virada para frente.
 ■ Pronação: é o movimento do antebraço, de modo que a palma da mão 
seja virada para trás.
 ■ Oposição: é o movimento do polegar na articulação carpometacarpal 
(entre o osso trapézio e o osso metacarpal do polegar), em que o polegar se 
move, pela palma da mão, para tocar as pontas dos dedos da mesma mão. 
Para que possamos ter uma ideia quanto às particularidades de uma articulação 
sinovial, ilustrarmos e examinaremos as características estruturais da articulação 
do joelho, uma articulação gínglimo modificada, sendo considerada a maior e 
mais complexa articulação do corpo humano (Figura 7).
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Sherwood (2011) menciona que a estrutura articular do joelho é compos-
ta pelas seguintes unidades: cápsula articular, ligamento patelar, ou da patela, 
ligamento poplíteo oblíquo, ligamento poplíteo arqueado, ligamento colateral 
tibial (medial), ligamento colateral fibular (lateral), ligamento cruzado anterior, 
ligamento cruzado posterior, meniscos articulares e bolsas sinoviais. As referidas 
estruturas estão descritas a seguir, para que possamos melhor identificar as suas 
funções e/ou particularidades.
 ■ Cápsula articular: é reforçada por tendões musculares, os quais circun-
dam a articulação.
 ■ Ligamento patelar, ou da patela: estende-se da patela até a tíbia, reforçando 
a superfície anterior da articulação.
 ■ Ligamento poplíteo oblíquo: reforça a superfície posterior da articulação.
 ■ Ligamento poplíteo arqueado: reforça a parte lateral inferior da superfície 
posterior da articulação.
 ■ Ligamento colateral tibial (medial): reforça a face medial da articulação.
 ■ Ligamento colateral fibular (lateral): reforça a face lateral da articulação.
 ■ Ligamento cruzado anterior (LCA): estende-se posterior e lateralmente 
da tíbia até o fêmur. O LCA limita a hiperextensão do joelho, impedindo 
o deslizamento anterior da tíbia sobre o fêmur.
 ■ Ligamento cruzado posterior (LCP): estende-se anterior e medialmente 
da tíbia até o fêmur. O LCP impede o deslizamento posterior da tíbia 
sobre o fêmur.
 ■ Meniscos articulares: essas estruturas são discos de fibrocartilagem entre 
os côndilos tibiais e o fêmur, os quais auxiliam a compensar as formas 
irregulares dos ossos articulantes e circundar a sinóvia. Essa estrutura 
conta com dois meniscos, sendo o menisco medial e o menisco lateral. 
Os meniscos são conectados um ao outro pelo ligamento transverso do 
joelho.
 ■ Bolsas sinoviais: similares a bolsas ou sacos, os quais contêm líquido no 
seu interior, auxiliando na diminuição do atrito.
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Figura 8 - Estrutura articular do joelho
Fonte: Fisioterapia para Todos (2023, on-line).
Descrição da Imagem: a figura apresenta um desenho de um joelho humano representando diversas articulações.
A estrutura óssea, os músculos e as articulações formam, em conjunto, um siste-
ma dinâmico e integrado, chamado musculoesquelético. 
 ■ Os movimentos articulares somente são possíveis graças a três atividades 
distintas, mas que se integram, são elas: (1) formato do osso articulante 
(que se articula); (2) flexibilidade (tensão) dos ligamentos que mantêm os 
ossos unidos; (3) e tensão dos músculos e tendões associados.
 ■ A flexibilidade articular pode ser afetada ou potencializada em decorrên-
cia da carência ou liberação hormonal excessiva.
 ■ Do ponto de vista estrutural, as articulações estão classificadas conforme 
os seguintes tipos: articulações fibrosas; articulações cartilagíneas, ou car-
tilaginosas; e articulações sinoviais.
 ■ As articulações sinoviais são divididas em seis subtipos: plana, gínglimo, 
trocóidea,elipsóidea, selar e esferóidea.
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NOVOS DESAFIOS
A relação entre o mundo do trabalho e o estudo das articulações do corpo hu-
mano é estreita e significativa, uma vez que as articulações desempenham papel 
fundamental na capacidade de movimento e na realização de diversas atividades 
diárias, incluindo aquelas relacionadas ao trabalho. Profissionais que se dedi-
cam a áreas específicas podem apresentar maior propensão a lesões e problemas 
articulares, especialmente, em trabalhos que envolvem atividades repetitivas, 
exercícios físicos intensos ou movimentos que exigem treinamento especializado. 
Esses tipos de trabalho podem aumentar o risco de lesões e exigir uma com-
preensão aprofundada da anatomia e fisiologia das articulações para prevenção, 
tratamento e reabilitação adequados
Por isso, o estudo das articulações do corpo humano é essencial para a pre-
venção e o tratamento de lesões e doenças ocupacionais. Profissionais da área da 
saúde, como fisioterapeutas, ortopedistas e ergonomistas, utilizam conhecimen-
tos sobre as articulações para elaborar medidas preventivas e tratamento para 
lesões relacionadas ao trabalho.
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Além disso, o estudo das articulações do corpo humano também é impor-
tante para o desenvolvimento de equipamentos e tecnologias que podem auxiliar 
na prevenção de lesões e na melhoria das condições de trabalho. Por exemplo, o 
design ergonômico de cadeiras, mesas e equipamentos específicos para determi-
nadas atividades laborais pode ajudar a reduzir o risco de lesões nas articulações.
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VAMOS PRATICAR
1. Descreva como estão distribuídas as classificações funcionais das articulações bem 
como seus significados e suas particularidades, se existirem.
2. Do ponto de vista estrutural (tipos), como as articulações estão classificadas? 
Descreva-as e pontue suas diferenças.
3. Qual é a função desse líquido?
4. Em relação ao termo discos, ou meniscos articulares, por que essas estruturas são 
importantes com relação ao movimento? Selecione a alternativa correta.
a) Os discos, ou meniscos articulares, atuam como amortecedores, absorvendo impactos 
e reduzindo o atrito entre as superfícies articulares.
b) Essas estruturas são responsáveis pela produção do líquido sinovial, que lubrifica as 
articulações durante o movimento.
c) Os discos, ou meniscos articulares, são responsáveis por promover a estabilidade das 
articulações, evitando luxações e instabilidades.
d) Essas estruturas são importantes para a produção de células sanguíneas que forne-
cem oxigênio e nutrientes para as articulações.
e) Os discos, ou meniscos articulares, têm a função de conectar ossos adjacentes, per-
mitindo a transmissão de forças e movimentos entre eles.
5. As articulações do corpo humano desempenham papel fundamental na locomoção, es-
tabilidade e função global do sistema musculoesquelético. O estudo dessas estruturas 
é importante por diversas razões (GUYTON; HALL,2011; SHERWOOD, 2011.). 
Analisemos as seguintes afirmativas relacionadas a esse tema:
I - O estudo das articulações permite compreender os diferentes tipos de movimentos 
realizados pelo corpo humano.
II - O conhecimento das articulações auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças e 
lesões articulares.
III - O estudo das articulações contribui para o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas 
mais precisas e eficazes.
IV - O conhecimento das articulações auxilia na preservação da saúde e no bem-estar 
físico, evitando o desgaste excessivo e as lesões articulares.
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VAMOS PRATICAR
É correto o que se afirma em:
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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REFERÊNCIAS
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ção. 2023. Disponível em: https://www.anatomiadocorpo.com/esqueleto-humano/ligamen-
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do cotovelo. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v. 10, n. 6, p. 505- 508, dez. 2004.
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GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
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tps://www.canaleducacao.tv/images/slides/38091_150db28c4461c1b217d07e5ac7a4fa32.
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SHERWOOD, L. Fisiologia Humana das Células aos Sistemas. 7. ed. São Paulo: Cengage 
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TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Principles of Anatomy and Physiology. New York: John Wiley 
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WIKIMEDIA COMMONS. [Sem título]. 2013. 1 fotografia. Disponível em: https://commons.wiki-
media.org/wiki/File:904_Fibrous_Joints.jpg. Acesso em: 23 jun. 2023.
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1. Existem três principais classificações funcionais das articulações: sinartroses, anfiartroses 
e diartroses. 1. Sinartroses: são articulações imóveis ou com movimentos extremamente 
limitados. Nesse tipo de articulação, as superfícies articulares são unidas por tecidos 
fibrosos ou cartilaginosos, proporcionando grande estabilidade. Exemplos de sinartroses 
são as suturas cranianas e as articulações entre os ossos do crânio. 2. Anfiartroses: são 
articulações com mobilidade limitada. Nesse tipo de articulação, as superfícies articulares 
são unidas por tecidos fibrocartilaginosos, permitindo certo grau de movimento. Exem-
plos de anfiartroses incluem as articulações entre as vértebras da coluna vertebral e as 
articulações púbicas. 3. Diartroses: também conhecidas como articulações sinoviais, são 
articulações móveis e permitem ampla gama de movimentos. Essas articulações possuem 
uma cavidade sinovial, que é preenchida com líquido sinovial, permitindo um movimento 
suave entre as superfícies articulares. As diartroses são as articulações mais comuns no 
corpo humano e incluem articulações, como ombro, cotovelo, joelho e quadril. É impor-
tante ressaltar que, embora exista essa classificação funcional das articulações, algumas 
articulações podem apresentar características mistas, ou seja, possuir características 
de mais de um tipo de articulação. Além disso, é possível que uma articulação possua 
estruturas acessórias, como meniscos, ligamentos e bolsas sinoviais, que contribuem 
para sua estabilidade e função.
2. As principais classificações estruturais das articulações são:
1. Articulações Fibrosas: nesse tipo de articulação, as superfícies articulares são unidas 
por tecido conjuntivo fibroso. Existem três subtipos de articulações fibrosas:
- Suturas: encontradas, principalmente, nos ossos do crânio. As suturas são articulações 
imóveis e apresentam pequenas fibras de tecido conjuntivo que unem as superfícies 
ósseas.
- Sindesmoses: são articulações em que as superfícies articulares são unidas por liga-
mentos fibrosos. As sindesmoses permitem grau limitado de movimento. Um exemplo é 
a articulação entre a tíbia e a fíbula na perna.
- Gonfoses: são articulações encontradas nos dentes e na mandíbula. Elas são imóveis, 
e os dentes são mantidos no lugar pelas fibras do ligamento periodontal.
2. Articulações Cartilaginosas: nesse tipo de articulação, as superfícies articulares são 
unidas por cartilagem. Existem dois subtipos de articulações cartilaginosas: a) Sincondro-
ses: são articulações imóveis em que as superfícies articulares são unidas por cartilagem 
hialina ou cartilagem fibrosa. Um exemplo de sincondrose é a articulação entre as costelas 
e o esterno; e b) Sínfises: são articulações que permitem grau limitado de movimento. As 
superfícies articulares são unidas por um disco de fibrocartilagem. A articulação entre as 
vértebras da coluna vertebral é um exemplo de sínfise.
GABARITO
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3. Articulações Sinoviais: são as articulações mais comuns no corpo humano. Nesse tipo de 
articulação, as superfícies articulares são separadas por uma cavidade sinovial preenchida 
com líquido sinovial. As articulações sinoviais permitem movimentos livres e variados. Elas 
possuem uma cápsula articular composta por tecido conjuntivo e estruturas acessórias, 
como ligamentos, tendões e bolsas sinoviais, que contribuem para a estabilidade e função 
da articulação. Exemplos de articulações sinoviais são ombro, cotovelo, quadril e joelho. 
Essas são as principais classificações estruturais das articulações. Cada tipo apresenta 
características específicas em relação aos tecidos envolvidos e ao grau de mobilidade 
permitido.
3. Sua função é lubrificar e nutrir as superfícies articulares, reduzindo o atrito entre elas 
durante o movimento. O líquido sinovial, também, atua como amortecedor, absorvendo 
choques e impactos nas articulações. Além disso, ele desempenha papel importante 
na remoção de resíduos metabólicos e no transporte de nutrientes para as células da 
cartilagem articular, contribuindo para a saúde e a função adequada das articulações.
4. A. Os discos, ou meniscos articulares, desempenham papel fundamental na absorção 
de choques e no amortecimento das articulações. Essas estruturas são encontradas em 
várias articulações do corpo, como o joelho e o ombro, e ajudam a distribuir as cargas e os 
impactos gerados durante o movimento. Além disso, os discos, ou meniscos articulares, 
também, auxiliam na estabilização das articulações, contribuindo para a manutenção 
da congruência articular e evitando o desgaste excessivo das superfícies articulares. As 
demais alternativas estão incorretas, pois não descrevem, corretamente, a função dos 
discos, ou meniscos articulares, em relação ao movimento das articulações.
5. E. O estudo das articulações do corpo humano é importante por várias razões.A afirmativa 
I está correta, pois o conhecimento das articulações permite compreender os diferen-
tes tipos de movimentos que o corpo humano é capaz de realizar, desde movimentos 
simples até movimentos complexos e coordenados. A afirmativa II está correta, pois o 
conhecimento das articulações auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças e lesões 
articulares. Compreender a estrutura e a função das articulações é essencial para iden-
tificar possíveis problemas e determinar a melhor abordagem terapêutica. A afirmativa III 
está correta, uma vez que o estudo das articulações contribui para o desenvolvimento de 
técnicas cirúrgicas mais precisas e eficazes. O conhecimento detalhado das articulações 
permite aos cirurgiões realizar intervenções com maior segurança e melhores resultados. 
GABARITO
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Por fim, a afirmativa IV está correta, pois o conhecimento das articulações auxilia na 
preservação da saúde e no bem-estar físico. Compreender a biomecânica e as demandas 
funcionais das articulações permite adotar medidas preventivas e evitar o desgaste ex-
cessivo e as lesões articulares. Portanto, todas as asserções são verdadeiras e justificam 
a importância do estudo das articulações do corpo humano.
GABARITO
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MINHAS METAS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Conhecer o sistema cardiovascular.
Entender a relação entre o sistema cardiovascular e demais sistemas.
Sistematizar os principais mecanismos de ação do sistema cardiovascular.
Conhecer as principais patologias associadas.
Entender sobre o funcionamento do sistema cardiovascular.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5
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INICIE SUA JORNADA
O sistema cardiovascular humano é responsável pelo transporte de sangue e 
nutrientes por todo o corpo, além de regular a temperatura corporal e proteger 
o corpo contra infecções. É composto por três partes principais: o coração, os 
vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e o sangue.
O coração é um órgão muscular que trabalha continuamente para bombear o 
sangue para todas as partes do corpo, recebendo-o através das veias e enviando-o 
através das artérias. Os vasos sanguíneos transportam o sangue e os nutrientes 
pelos tecidos do corpo, enquanto os capilares permitem a troca de nutrientes e 
oxigênio entre o sangue e os tecidos.
O sangue é composto por células sanguíneas, plasma e outras substâncias 
importantes, como hormônios e anticorpos. As células sanguíneas incluem gló-
bulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio, glóbulos brancos, 
responsáveis pela defesa do corpo contra infecções, e plaquetas, responsáveis 
pela coagulação do sangue.
O sistema cardiovascular humano é essencial para a sobrevivência e a saúde 
do corpo humano, e qualquer disfunção nesse sistema pode resultar em sérios 
problemas de saúde, como doenças cardíacas, hipertensão arterial e acidente 
vascular cerebral.
UNIASSELVI
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Vamos, então, agora começar a entender melhor sobre o sistema cardiovascular, 
o que ele é, para qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos. 
VOCÊ SABE RESPONDER?
É importante pensar sobre como o sistema cardiovascular trabalha, como fun-
cionam suas respostas e a quais processos ele se desenvolve. Assim, qual é a 
função do sistema cardiovascular no corpo humano e como ele se relaciona 
com outros sistemas e processos corporais? 
INTRODUÇÃO
O coração é o órgão central do sistema cardiovascular, responsável pelo bom-
beamento de todo o sangue pelo corpo. Pesa em média 250 g nas mulheres e 300 
g nos homens. O coração lembra o aspecto de um cone, sua porção pontiaguda 
está voltada inferiormente e à esquerda, sendo denominada de ápice. Do lado 
oposto ao ápice encontramos a base, onde chegam e saem os grandes vasos do 
coração, denominados vasos da base. O coração possui duas faces: a face esterno-
costal, localizada posteriormente ao esterno e às costelas; e a face diafragmática, 
representada pela parte do coração que repousa sobre o diafragma. Além disso, 
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o coração possui duas margens: a margem direita, voltada para o pulmão direito, 
e a margem esquerda, voltada para o pulmão esquerdo (TORTORA, 2007).
Figura 1 - O coração
Descrição da Imagem: representação do coração apresentando vasos.
LOCALIZAÇÃO E CAMADAS DO CORAÇÃO
O coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-
-propulsora, situado na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno, supe-
rior ao músculo diafragma, no espaço compreendido entre os dois pulmões e a 
pleura, denominado mediastino. Três camadas constituem o coração: o endocár-
dio, o miocárdio e o epicárdio (Figura 2). O endocárdio é a camada mais interna 
do coração, é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do 
coração. Ele é formado por uma camada de tecido epitelial apoiado sobre uma 
fina camada de tecido conjuntivo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
 A camada média do coração, o miocárdio, é formado por tecido muscular 
estriado cardíaco, o qual forma a massa principal do coração e é responsável 
por realizar a sua contração. O tecido muscular estriado cardíaco é formado por 
células cilíndricas alongadas, denominadas fibras. Essas células possuem um ou 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
dois núcleos centrais, suas fibras podem apresentar ramificações e estão presentes 
estrias transversas devido à presença de sarcômeros nestas células. Além disso, 
estão presentes os discos intercalares, estruturas celulares formadas por junções 
comunicantes, que permitem a propagação do estímulo nervoso através dessas 
células. Os discos intercalares também possuem estruturas que realizam a adesão 
entre as células musculares, mantendo-as unidas, de modo que não se separem. 
Externamente ao miocárdio encontramos a terceira camada, o epicárdio, que é 
a membrana serosa que reveste o coração (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
O pericárdio é um saco fibro-seroso que envolve o coração e o separa dos 
outros órgãos do mediastino e limita a sua expansão durante a diástole ventri-
cular. É formado por dois folhetos, um externo e fibroso, o pericárdio fibroso, e o 
outro interno e seroso, denominado pericárdio seroso. Duas camadas formam o 
pericárdio seroso, a lâmina parietal (externa) e a lâmina visceral (interna), tam-
bém denominada epicárdio. Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio 
seroso existe um espaço, a cavidade do pericárdio, que contém uma fina camada 
de líquido pericárdico que funciona como um fluido lubrificante, evitando o 
atrito entre as lâminas durante os movimentos do coração (TORTORA, 2007).
Figura 2 – As camadas do coração
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação das camadas correspondentes ao coração. Apresenta pericárdio e miocárdio, 
bem como os demais componentes do sistema cardiovascular.
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Quando ocorre a inflamação da membrana do pericárdio, temos uma pericardite, 
que pode levar a uma diminuição da quantidade de líquido pericárdico, gerando 
atrito entre as lâminas do pericárdio e dor. Algumas vezes pode ocorrer um acú-
mulo de líquido na cavidade pericárdica, comprimindo o coração. Esta condição 
é conhecida como tamponamento cardíaco e pode ser uma ameaça à vida, uma 
vez que reduz a quantidade de sangue do ventrículo e diminui o débito cardíaco 
(TORTORA, 2007).
CAVIDADES DO CORAÇÃO
O coração contém quatro câmaras e está dividido da seguinte forma: em duas 
câmaras superiores – átrio direito e esquerdo – e em duas câmaras inferiores 
– ventrículo direito e esquerdo. Separando os dois átrios, existe uma parede de-
nominada septo interatrial, onde encontramos o forame oval, resquício da fos-
sa oval, uma estrutura embrionária que desvia o sangue do átrio direito para o 
átrio esquerdo, uma vez que os pulmões fetais ainda não são funcionais. Entre 
os ventrículos, encontramos o septo interventricular, estruturas denominadas 
aurículas, estando localizadas na parede anterior de cada átrio, com a finalidade 
de aumentar a capacidadede armazenamento sanguíneo dos átrios. 
Os átrios formam as cavidades que recebem o sangue que chega no coração 
pelas veias, enquanto os ventrículos enviam o sangue para fora do coração atra-
vés de artérias. A parede posterior dos átrios é lisa, enquanto a parede anterior é 
rugosa, formada por cristas musculares denominadas músculos pectíneos. 
Formando a margem direita do coração, temos o átrio direito que recebe o 
sangue proveniente do corpo e da parede do coração pelas Veia Cava Superior 
(VCS) e Veia Cava Inferior (VCI) e pelo seio coronário, respectivamente. O san-
gue contido no átrio direito é lançado ao ventrículo direito através da valva atrio-
ventricular direita (valva tricúspide), sendo esta melhor descrita adiante. O átrio 
esquerdo forma a maior parte da base do coração e recebe o sangue dos pulmões 
através das quatro veias pulmonares. O sangue contido no átrio esquerdo passa 
através da valva atrioventricular esquerda (valva mitral) e segue até o ventrículo 
esquerdo. Os ventrículos possuem uma parede rugosa, formada pelas trabéculas 
cárneas. Algumas trabéculas cárneas emitem projeções denominadas músculos 
pectíneos, que fixam as valvas através das cordas tendíneas (explicado adiante). O 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
ventrículo direito recebe o sangue do átrio direito e envia para os pulmões através 
do tronco pulmonar. Já o sangue contido no ventrículo esquerdo é lançado para 
todo o corpo através da artéria aorta.
Figura 3 – Cavidades do coração
Fonte: adaptada de Netter (2011).
Descrição da Imagem: representação das cavidades do coração, apresentando ventrículo esquerdo, átrio es-
querdo e átrio direito.
A espessura do miocárdio varia de acordo com a função de cada uma das câma-
ras. Como os átrios recebem o sangue proveniente do corpo e dos pulmões, seu 
miocárdio não é tão espesso quanto nos ventrículos, uma vez que não precisa 
realizar a contração para ejetar o sangue do coração. Em contrapartida, nos ven-
trículos, o miocárdio é mais espesso. O ventrículo esquerdo, por precisar de uma 
força maior de contração para ejetar o sangue para todo o corpo, é a região do 
coração em que o miocárdio é mais espesso.
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VASOS DA BASE DO CORAÇÃO
A base do coração possui os grandes vasos que entram e saem do coração. Os 
vasos da base do coração são a veia cava superior, a veia cava inferior, o tronco 
pulmonar, as artérias pulmonares, as veias pulmonares e a aorta (Figura 5). 
A veia cava superior chega ao átrio direito do coração trazendo o sangue 
venoso das regiões superiores do corpo, localizadas acima do coração, enquanto 
a veia cava inferior leva o sangue proveniente das regiões inferiores do corpo 
para o átrio direito. 
As veias pulmonares são em número de quatro e transportam o sangue 
arterial, rico em oxigênio, proveniente dos pulmões para o átrio esquerdo do 
coração. Saindo do ventrículo direito, temos o tronco pulmonar, que se ramifica 
nas artérias pulmonares esquerda e direita. 
As artérias pulmonares levam o sangue venoso para os pulmões, onde ele 
será oxigenado. Por fim, a artéria aorta, o maior vaso sanguíneo do corpo, trans-
porta o sangue arterial do ventrículo esquerdo para todas as células do corpo. 
Lembrando que os vasos que chegam no coração são as veias, e as artérias são 
vasos de paredes mais calibrosas e saem do coração.
Artéria cariítica
comum esquerda
Tronco
braquiocefálico
Parte
ascendente
da aorta
Veia cava
superior
Aurícula
direita
Tecido
adiposo
no sulco
coronário
Artéria subclávia esquerda
Arco da aorta
Ligamento arterial
(ducto arterial)
Parte descendente
da aorta
Artéria pulmonar
esquerda
Tronco
pulmonar
Aurúcula
esquerda
Tecido
adiposo
no sulco
interven-
tricular
anterior
Parte ascendente
da aorta
Lâmina
parietal do
pericárdio
seroso
Veia cava
superior
Aurícula
direita
ÁTRIO DIREITO
Artéria coronária
direita
Sulco coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
Ramo marginal
direito
Lâmina parietal do
pericárdio seroso
Sulco
interventricular
anterior
VENTRÍ-
CULO ES-
QUERDO
Aurícula
esquerda
Tronco
pulmonar
Lâmina
parietal do
seroso
(a) Face anteior (esternocostal)
Artéria pulmonar esquerda
Veias pulmonares
esuquerdas
(superior e inferior)
Teciso
adiposo
no sulco
coronário
Seio
coronário
Arco da aorta
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Teciso adiposo no
sulco interventricular
posterior
(b) Face posterior (diafragmática)
Veias pulmonares
esquerdas (superior
e inferior)
Aurícula
esuquerda
Veia cardíaca
magna (azul) e
ramo circun�exo
da artéria coronária
esquerda (vermelho)
Artéria pulmonar
esquerda
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
ÁTRIO DIREITO
ÁTRIO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Seio coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Artéria cariítica
comum esquerda
Tronco
braquiocefálico
Parte
ascendente
da aorta
Veia cava
superior
Aurícula
direita
Tecido
adiposo
no sulco
coronário
Artéria subclávia esquerda
Arco da aorta
Ligamento arterial
(ducto arterial)
Parte descendente
da aorta
Artéria pulmonar
esquerda
Tronco
pulmonar
Aurúcula
esquerda
Tecido
adiposo
no sulco
interven-
tricular
anterior
Parte ascendente
da aorta
Lâmina
parietal do
pericárdio
seroso
Veia cava
superior
Aurícula
direita
ÁTRIO DIREITO
Artéria coronária
direita
Sulco coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
Ramo marginal
direito
Lâmina parietal do
pericárdio seroso
Sulco
interventricular
anterior
VENTRÍ-
CULO ES-
QUERDO
Aurícula
esquerda
Tronco
pulmonar
Lâmina
parietal do
seroso
(a) Face anteior (esternocostal)
Artéria pulmonar esquerda
Veias pulmonares
esuquerdas
(superior e inferior)
Teciso
adiposo
no sulco
coronário
Seio
coronário
Arco da aorta
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Teciso adiposo no
sulco interventricular
posterior
(b) Face posterior (diafragmática)
Veias pulmonares
esquerdas (superior
e inferior)
Aurícula
esuquerda
Veia cardíaca
magna (azul) e
ramo circun�exo
da artéria coronária
esquerda (vermelho)
Artéria pulmonar
esquerda
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
ÁTRIO DIREITO
ÁTRIO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Seio coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
Figura 4 – Vasos da base do coração
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 553).
Descrição da Imagem: representação dos vasos correspondentes à base do coração. Acima apresenta a face 
anterior (esternocostal) e abaixo apresenta a face posterior (diafragmática).
VALVAS CARDÍACAS
Para direcionar a circulação sanguínea no coração, existem dois pares de valvas 
ou válvulas situadas na entrada e saída dos ventrículos. Cada uma dessas estru-
turas ajuda assegurar o fluxo unidirecional do sangue, abrindo-se para deixar 
passar o sangue e fechando-se para evitar seu refluxo. As valvas cardíacas são 
lâminas de tecido conjuntivo recobertas em ambas as faces pelo endocárdio que 
apresentam subdivisões, as quais recebem o nome de válvulas ou cúspides (Figura 
5) (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
As valvas atrioventriculares direita e esquerda, como seu nome sugere, estão 
localizadas entre os átrios e os ventrículos. Enquanto os átrios e ventrículos estão 
relaxados (em diástole), essas valvas permanecem abertas e o sangue contido nos 
átrios flui em direção aos ventrículos. Quando os ventrículos se contraem (sístole 
ventricular), essas valvas se fecham e impedem que o sangue retorne aos átrios, 
direcionando, assim, o sangue contido nos ventrículos para o tronco pulmonar 
e a aorta. 
A valva atrioventricular direita é também chamada de valva tricúspide, pois 
apresenta três válvulas ou cúspides, enquanto a valva atrioventricular esquerda é 
chamada de mitral ou bicúspide por apresentar apenas duas válvulas (Figura 5).
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Esqueleto �broso
do coração
ValvaAV
esquerda
(mitral), aberta
VENTRÍCULO
DIREITO
Valva AV
direita
(tricúspide),
aberta
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Valva da aorta,
fechada
Valva do tronco
pulmonar
ANTERIOR
POSTERIOR
Secção transversal, vista superior,
átrios e vasos removidos
Valva AV
direita
(triscúspide), fechada
 
Esqueleto �broso
do coração
Valva AV
esquerda (mitral),
fechada
VENTRÍCULO
ESQUERDO
VENTRÍCULO
DIREITO Valva da aorta,
aberta
Valva do tronco
pulmonar, aberta
SECÇÃO TRANSVERSAL
(b) Ventrículos contraídos
(sístolemventricular)
Valva da aorta,
fechada
Veias
pulmonares
Valva AV
esquerda
(mitral),
aberta
Cordas
tendíneas
(frouxas)
Músculos
papilares
(relaxados)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
(dilatado)
(a) Ventrículos relaxados
(diástole ventricular)
Aorta
Seio da
aorta
Valva
da aorta,
aberta
Valva AV
esquerda
(bicúspide),
fechada
Cordas
tendíneas
(sob tensão)
Múscilos
papilares
(em con-
tração)
Ventrículo
esquerdo
(em con-
tração)
SECÇÃO FRONTAL
Secção fronta, átrio
e ventrículo esquerdo
Figura 5 – Valvas cardíacas
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 557).
Descrição da Imagem: representação das valvas cardíacas, apresentando ventrículos relaxados (acima) e ven-
trículos contraídos (abaixo).
Estruturas semelhantes a tendões – denominadas cordas tendíneas – se fixam 
na parte inferior das valvas atrioventriculares e, pela outra extremidade, estão 
presas a projeções musculares da parede dos ventrículos, os músculos papilares 
(Figura 6). No momento da contração ventricular, os músculos papilares também 
se contraem, encurtando seu comprimento e colocando em tensão as cordas 
tendíneas, o que impede a eversão (virar ao contrário) das válvulas das valvas 
(TORTORA, 2007).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Além das valvas atrioventriculares, outras duas valvas constituídas cada uma 
por três cúspides estão localizadas na entrada do tronco pulmonar, a valva do 
tronco pulmonar, e na entrada da aorta, a chamada valva da aorta. Essas valvas 
impedem o refluxo do sangue contido no tronco pulmonar e na aorta para os 
ventrículos direito e esquerdo, respectivamente, durante a contração (sístole) 
ventricular.
As valvas cardíacas podem apresentar problemas denominados estenose ou 
insuficiência valvar. A estenose (estreitamento) ocorre quando a valva não se 
abre completamente ou se apresenta com estreitamento, dificultando a passagem 
(fluxo) do sangue do átrio em direção ao ventrículo. Já a insuficiência é quando 
a valva não se fecha completamente, permitindo, assim, o refluxo de sangue do 
ventrículo para o átrio.
O prolapso da valva atrioventricular esquerda é a forma mais comum de 
insuficiência valvar, acometendo até 30% da população e sendo mais comum em 
indivíduos do sexo feminino. Nessa condição, uma ou as duas válvulas (folhetos) 
da valva atrioventricular esquerda são projetadas em direção ao átrio esquerdo 
durante a contração do ventrículo esquerdo, permitindo que ocorra um refluxo 
de parte do sangue contido no ventrículo esquerdo em direção ao átrio esquerdo. 
Essa condição pode ser decorrente de um dano na válvula ou devido ao rompi-
mento das cordas tendíneas.
A febre reumática é uma infecção sistêmica aguda, que geralmente ocorre 
após uma infecção estreptocócica da garganta. Os anticorpos produzidos para 
combater esta infecção chegam aos tecidos conjuntivos do coração e outros ór-
gãos causando uma inflamação, danificando as valvas cardíacas, sendo que as 
mais frequentemente acometidas são as valvas atrioventricular esquerda e da 
aorta (TORTORA, 2007).
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CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
A circulação sanguínea é a passagem do sangue através do coração e dos vasos 
e está dividida em dois grandes sistemas: circulação sistêmica e circulação pul-
monar.
Na circulação sistêmica, o ventrículo esquerdo funciona como uma bomba 
propulsora, permitindo que o sangue chegue a todas as células do corpo. Duran-
te a contração do ventrículo esquerdo, o sangue é lançado em direção à aorta, 
que sai do coração e se ramifica em artérias menores até chegar nas arteríolas 
presentes no interior dos tecidos. As arteríolas terminam nos capilares, local em 
que o oxigênio do sangue passa para as células e o gás carbônico produzido pelas 
células retorna ao sangue. O sangue dos capilares, agora venoso, segue em direção 
às vênulas e, destas, para as veias, até chegar às veias cavas superior e inferior, as 
quais desembocam no átrio direito do coração. 
O ventrículo direito é a bomba que vai lançar o sangue em direção aos pul-
mões, dando início à circulação pulmonar. Durante a contração do ventrículo 
direito, o sangue é lançado ao tronco pulmonar e deste segue para as artérias 
pulmonares direita e esquerda, as quais levam o sangue venoso, com pouca con-
centração de oxigênio, para os pulmões direito e esquerdo, respectivamente. No 
interior dos pulmões, ocorre a respiração pulmonar, na qual o oxigênio contido 
no interior dos alvéolos passa, por difusão, para o sangue e o gás carbônico do 
sangue segue para os alvéolos. Após isso, o sangue agora arterial, presente no 
interior dos capilares, é lançado para pequenas veias e destas para as veias pul-
monares, as quais saem dos pulmões e chegam ao átrio esquerdo do coração.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Leitos capilares
dos pulmões,
onde ocorrem as
trocas gasosas
Circuito pulmonar
Artérias
pulmonares Veias
pulmonares
Veias
cavas
Aortas e
seus ramos
Átrio
esquerdo
Átrio
direito
Ventrículo
esquerdo
CoraçãoVentrí-
culo
direito
Circuito sistêmico
Legenda:
= Sangue rico
em oxigênio,
pobre em CO2
= Sangue pobre
em oxigênio,
rico em CO2
Leitos
capilares de
todos os
tecidos, onde
ocorrem as
trocas gasosas
Figura 6 – Circulação sanguínea
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do funcionamento da circulação sanguínea, adentrando o círculo pulmonar 
e o circuito sistêmico.
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Nem todas as veias transportam sangue venoso e nem todas as artérias contêm 
sangue arterial. As artérias pulmonares saem do coração levando o sangue venoso 
para os pulmões, onde, após ser oxigenado, o sangue, agora arterial, retorna para 
o coração através das veias pulmonares. Além destes vasos, no cordão umbilical, 
as artérias umbilicais também transportam o sangue venoso do feto para a mãe, 
enquanto a veia umbilical retorna para o feto trazendo sangue arterial.
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DO CORAÇÃO
As artérias coronárias direita e esquerda são ramos da parte ascendente da artéria 
aorta que enviam sangue oxigenado para irrigar a parede do coração. Após se 
originar, a artéria coronária direita segue pela direita no interior do sulco co-
ronário. Seus ramos suprem o átrio direito, parte do átrio esquerdo, o septo in-
teratrial, todo o ventrículo direito, uma parte do ventrículo esquerdo e o terço 
póstero-inferior do septo interventricular. Seus ramos estão ilustrados na Figura 
7 (TORTORA, 2007).
A artéria coronária esquerda supre grande parte do ventrículo esquerdo, uma 
pequena região do ventrículo direito, a maior parte do átrio esquerdo e dois 
terços anteriores do septo interventricular. Quando chega à face esternocostal 
do coração, dá origem aos ramos circunflexo e interventricular anterior. O ramo 
circunflexo curva à esquerda e segue no interior do sulco coronário, enquanto 
o ramo atrioventricular anterior segue no sulco de mesmo nome (TORTORA, 
2007). 
Todo o sangue venoso, coletado das pequenas veias cardíacas, é drenado atra-
vés das veias cardíaca magna e cardíaca média, ao seio coronário, uma grande 
veia localizada na região posterior do sulco coronário. Inferiormente ao óstio 
da veia cava inferior, no átrio direito, o seio coronário se abre. Seus ramos estão 
ilustrados a seguir.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Figura 7 – Irrigação e drenagem do coração
Fonte: adaptada de Netter (2011).
Descrição da Imagem: representação do funcionamento de irrigação e drenagem do coração, apresentando a 
passagem do processo em face esternocostal e face diafragmática.
A obstruçãoparcial das artérias coronarianas pode ocasionar uma redução do 
fluxo de sangue para o músculo miocárdico (suas células), gerando um evento 
clínico conhecido como isquemia cardíaca, levando à diminuição do suprimento 
tanto de glicose quanto de oxigênio para as respectivas estruturas ligadas a estes 
segmentos arteriais. A isquemia pode ser acompanhada de angina pectoris, uma 
forte dor descrita como uma sensação de aperto no peito, frequentemente referi-
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da ao pescoço e irradiando-se para outras regiões do corpo, como cervical, dorso 
(nas costas), epigástrica (sobre o estômago), braço esquerdo e/ou cotovelo. Caso 
ocorra uma obstrução completa do fluxo de sangue em uma artéria coronária, 
pode ocorrer um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), conhecido como ataque 
cardíaco. Devido à falta de oxigênio para as regiões do miocárdio que ficaram sem 
sangue, ocorre morte das células e substituição por um tecido fibroso cicatricial, 
ocasionando a perda da função desta região do coração.
COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO 
 “ Durante o desenvolvimento embrionário, aproximadamente 1% 
das fibras musculares cardíacas se torna células auto-rítmicas, isto 
é, células que geram potenciais de ação rítmica e repetitivamente. 
As células auto-rítmicas atuam como um marcapasso, ajustando 
o ritmo para a contração e todo o coração, e formam o complexo 
estimulante do coração, a via de propagação dos potenciais de ação 
para todo o músculo do coração. O complexo estimulante do co-
ração assegura que as câmaras do coração sejam estimuladas a se 
contrair de forma coordenada, o que torna o coração uma bomba 
eficiente (TORTORA, 2007, p. 463). 
O tecido muscular cardíaco apresenta a característica de possuir atividade con-
trátil independente de estímulo nervoso ou hormonal. Isso é possível graças às 
células autoexcitáveis, denominadas células nodais e fibras condutoras (MAR-
TINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). O ritmo da contração cardíaca é dado 
pelas células nodais e as fibras condutoras distribuem o estímulo por todo o 
tecido cardíaco. Assim, os potenciais de ação das células cardíacas propagam-se 
da seguinte maneira (Figura 8):
10. Nó Sinoatrial (NSA): 
 ■ região especial do coração que controla a frequência cardíaca; 
 ■ localizado próximo à junção entre o átrio direito e a veia cava superior; 
 ■ inicia e controla os impulsos para contração, sendo considerado o mar-
capasso do coração ou marcapasso fisiológico; 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
 ■ os potenciais de ação gerados no nó sinoatrial propagam-se pelos dois 
átrios através das junções comunicantes presentes nos discos intercalares 
das fibras musculares cardíacas fazendo com que ocorra a contração dos 
átrios.
11. Nó Atrioventricular (NAV): 
 ■ localizado no septo entre os dois átrios;
 ■ recebe o estímulo proveniente das células dos átrios; 
 ■ diminui o potencial de ação permitindo que os átrios descarreguem san-
gue nos ventrículos. 
12. Fascículo Atrioventricular: 
 ■ localizado na porção inicial do septo interventricular, próximo aos átrios; 
 ■ momento no qual os potenciais de ação passam dos átrios para os ven-
trículos. 
13. Ramos direito e esquerdo do fascículo atrioventricular: 
 ■ são ramos do fascículo atrioventricular; 
 ■ seguem pelo septo interventricular conduzindo os potenciais de ação em 
direção ao ápice do coração. 
14. Fibras de Purkinje: 
 ■ são ramos subendocárdicos, calibrosos; 
 ■ conduzem o potencial de ação de maneira rápida, permitindo a contração 
dos ventrículos (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
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Figura 8 – Complexo estimulante do coração
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do funcionamento do complexo estimulante do coração, apresentando os 
átrios, veia cava superior, ramos e demais componentes. 
O ritmo para a contração do coração é definido pelo nó sinoatrial, que gera po-
tenciais de ação entre 90 a 100 vezes por minuto. Caso ocorra uma lesão e morte 
das células do nó sinoatrial, o nó atrioventricular assume a função de marcapasso 
fisiológico, porém sua frequência de contração é menor, gerando, em média, 40 a 
60 batimentos por minuto. Caso o nó atrioventricular também perca a sua capa-
cidade de gerar potenciais de ação, o fascículo atrioventricular assume a função, 
gerando potenciais mais lentamente, em torno de 20 a 35 vezes por minuto. To-
davia, nesse caso, como o batimento cardíaco fica muito lento, o ritmo deve ser 
restaurado através do implante de um marcapasso artificial. Este marcapasso é 
um dispositivo eletrônico que estimula as contrações do coração para manter o 
débito cardíaco adequado (TORTORA, 2007). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
A velocidade de disparo de potenciais de ação pelo nó sinoatrial, pode ser 
controlada por hormônios e alguns neurotransmissores. Quando estamos em 
repouso, a liberação de acetilcolina pelo sistema nervoso parassimpático geral-
mente leva a uma diminuição da frequência do nó sinoatrial para, aproximada-
mente, 75 batimentos por minuto (TORTORA, 2007). 
É possível detectar, através de um equipamento eletrônico, a transmissão dos 
potenciais de ação pelo complexo estimulante do coração, uma vez que estes 
geram uma corrente elétrica. O registro dessas correntes é chamado eletrocardio-
grama (ECG) e permite a identificação de três ondas em cada ciclo de contração 
do coração: a onda P, o complexo Q, R, S e a onda T. A onda P marca a propagação 
do potencial de ação do nó sinoatrial pelos dois átrios, e logo em seguida os átrios 
se contraem. O complexo QRS marca a propagação do estímulo pelos ventrículos, 
os quais se contraem em seguida. A última onda, denominada onda T, marca o 
momento de relaxamento dos ventrículos (Figura 9).
Registro rítmico do ECG
Onda T
O ventrículo retoma
ao estado de repouso
Onda P
O impulso
dissemina-se pelos
átrios, de�agrando
as contrações atriais
Complexo QRS
O impulso dissemina-se
pelos ventrículos,
de�agrando as
contrações ventriculares
P
R
Q
S
T
Figura 9 – Registro rítmico do ECG
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 567).
Descrição da Imagem: representação do registro rítmico do ECG, apresentando a Onda T, Onda P e Complexo QRS.
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O registro das ondas de um ECG é muito importante para acompanhar a evolu-
ção de pacientes que sofreram uma parada cardíaca e/ou que apresentaram algum 
sinal de injúria ou isquemia (diminuição de nutrição e oxigenação no músculo 
cardíaco). Variações no tamanho e na duração das ondas são úteis no diagnóstico 
de ritmos cardíacos e padrões de condução anormais.
 “ O ritmo habitual de batimentos cardíacos, estabelecido pelo nó si-
noatrial, é chamado de ritmo sinusal normal. O termo arritmia ou 
disritmia se refere a um ritmo anormal resultante de um defeito no 
complexo estimulante do coração. O coração pode bater irregu-
larmente, de forma muito acelerada ou muito lenta. São sintomas 
esperados dessa irregularidade: dor torácica, falta de ar, tontura, 
vertigem e síncopes (desmaios). As arritmias podem ser provoca-
das por fatores que estimulam o coração, como estresse, cafeína, 
álcool, nicotina, cocaína e determinadas substâncias que contenham 
cafeína ou outros estimulantes. As arritmias também podem ser 
provocadas por defeito congênito, doença arterial coronariana, in-
farto, hipertensão, valvas cardíacas defeituosas, doença reumática 
cardíaca, hipertireoidismo e deficiência de potássio (TORTORA; 
DERRICKSON, 2017, p. 386).
CICLO CARDÍACO 
É o período compreendido entre o início de dois batimentos cardíacos consecu-
tivos. Este ciclo, que envolve períodos de contração alternados por períodos de 
relaxamento do coração, ocorre, em média, 70 vezes por minuto (Figura 10). O 
ciclo cardíaco compreende três fases, de acordo com Tortora (2007):
1. Fase de relaxamento: período em que as quatro câmaras cardíacas estão 
em relaxamento. 
2. Sístole Atrial: ocorre a contração dos átrios e o sangue é enviado em 
direção aos ventrículos. 
3. Sístole Ventricular: os ventrículose alimentação balanceada. 
EU INDICO
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Três Camadas principais da Pele Humana
Epiderme
Derme
Hipoderme
Figura 4 – Camadas da pele
Descrição da Imagem: representação de cima para baixo: epiderme, derme e hipoderme. 
A pele é a primeira linha de defesa do organismo, e, encontra-se continuamente 
sujeita a agentes ambientais, potencialmente prejudiciais, o que inclui a matéria 
sólida, líquida, gases, luz solar e micro-organismos (GUYTON; HALL, 2017). 
Para Guyton e Hall (2017), ao nos referirmos que a pele atua como barreira 
protetiva, podemos relacionar e afirmar que ela atua como barreira ou campo 
imunológico, ou seja, por meio do auxílio das células de Langerhans, originárias 
da medula óssea. Esse grupo especial de células possuem um formato dendrítico 
e estão em uma quantidade abundante sobre a epiderme, contendo grandes grâ-
nulos chamados grânulos de Birbeck, que, por sua vez, encontram-se presentes 
no citoplasma das células de Langerhans. Sua função principal, na condição de 
proteção, é de captar, processar e apresentar os antígenos (agente agressor ou 
invasor) aos linfócitos T. 
Estes representam uma proporção de 3 a 6% de todas as células epidérmicas. 
Outra atribuição da pele se relaciona à regulação da temperatura, uma função 
somatossensorial, e à síntese de vitamina D. É rica e satisfatoriamente inervada 
com receptores para a captação da dor, temperatura e tato. 
Seus receptores emitem e transmitem numerosos estímulos ao tato, seja por 
pressão, aspereza, maciez e prazer ao sistema central, para que aconteça a iden-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
tificação de onde o estímulo está sendo gerado e ocorra uma discriminação mais 
precisa. Esse estímulo, dependendo da ocasião, pode ser percebido ou interpre-
tado como uma condição de alerta ao organismo humano sistêmico.
Além da pele, o sistema orgânico do corpo humano, conta com outras es-
truturas as quais dentro das suas particularidades, possuem responsabilidades 
primordiais para a manutenção e sustentação da vida humana. Essas estruturas 
também são nominadas como “anexos”, se destacando: pelos, unhas, glândulas 
sebáceas, sudoríparas e mamárias. 
Quanto aos pelos, são estruturas ricas em queratina, formam-se no folículo 
piloso, localizando-se através de uma invaginação da epiderme. As unhas são 
placas onde se concentra uma quantidade expressiva de queratina, localizadas 
nas pontas dos dedos. Elas ajudam na proteção dos dedos e na manipulação de 
objetos. Já as glândulas são responsáveis por produzir secreções que auxiliam 
no controle ou regulação da temperatura e outras que garantem a lubrificação 
da pele, minimizando a existência de possíveis lesões cutâneas provenientes de 
rachaduras, por exemplo. 
EMBRIOLOGIA DA PELE 
A pele é um conjunto de células isoladas ou de células e uma Matriz Extracelular 
(MEC). Sabemos que sua principal função é a proteção, porém, a pele desempe-
nha outras funções complementares, que são adicionais e essenciais, e depen-
dem também da MEC, algumas literaturas nomeiam esse grupo especializado 
de “rede”. Essas estruturas são formadas de polissacarídeos, proteínas fibrosas e 
proteínas adesivas segregadas pelas células. 
Com exceção do sangue, a MEC é formada por componentes solúveis e in-
solúveis. Na categoria dos componentes solúveis encontram-se os glicosamino-
glicanos, proteoglicanos e as glicoproteínas, e apenas um componente insolúvel, 
formado por proteínas fibrosas e adesivas – colágeno, elastina, fibronectina e 
laminina. Esta matriz serve de suporte estrutural em forma de malha, justifican-
do o termo rede em tecidos e pode afetar o desenvolvimento e o funcionamento 
bioquímico das células. 
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A MEC ajuda a ligar as células umas às outras e é um reservatório de vários 
hormônios que controlam a expressão genética destas, e assim, o seu crescimento 
celular e diferenciação (PORTH; KUNERT, 2004). 
Netter (2008) descreve que invariavelmente, tanto a pele ou qualquer outro 
tecido, a MEC possui também três componentes principais: proteoglicanos que, 
dada a sua viscosidade, amparam e sustentam as células; fibras de colágeno in-
solúveis, que dão resistência e resiliência a tais estruturas; e proteínas aderidas à 
matriz, que ligam estes componentes aos receptores na superfície da célula com 
a função de captar informações. Todos esses componentes formam uma rede 
complexa.
Como um revestimento exterior, a pele pode demonstrar externamente o que 
ocorre no interior do corpo. Inúmeras doenças sistêmicas podem manifestar-se 
por meio de distúrbios na pele, a exemplo disso, uma erupção cutânea associada 
ao lúpus eritematoso sistêmico e icterícia provocada por doença hepática. 
Esses são apenas dois exemplos do que a pele pode simbolizar enquanto 
achado clínico interpretativo, ou seja, em outras palavras, embora as erupções 
da pele representem com certa frequência doenças primárias, essas simplificam, 
na maioria das vezes, a existência de doenças que podem se manifestar sistemi-
camente. Como existem variações na estrutura da pele em diferentes partes do 
corpo, a pele dita normal, torna-se difícil descrevê-la. 
Essas variações relacionam-se a sua propriedade, como espessura das cama-
das e distribuição das glândulas sudoríparas, bem como o tamanho dos folículos 
pilosos. A pele é mais espessa na palma da mão (região palmar) e sola do pé (re-
gião plantar), cerca de 0,8 mm de espessura nessa região, sendo superior quando 
comparado as demais partes do corpo humano (de 0,5 a 6 mm de espessura). 
Seus folículos encontram-se densamente distribuídos no couro cabeludo, 
axilas e áreas genitais, porém são esparsos na face inferior do braço e abdome. 
Junto à pele existe outro grupo especial de estruturas nominadas de glândulas 
sudoríparas.
A pele de uma pessoa adulta pesa 4 kg em média e recobre uma área de 
1,95m2, aproximadamente. Sua camada mais profunda contém muitos vasos san-
guíneos que, se unidos ponta a ponta, iriam ultrapassar 17 km de distância. A 
seguir, estarão descritos de forma mais detalhada, os conceitos acerca das cama-
das da pele, como a epiderme ou tecido epitelial, derme e hipoderme ou tecido 
celular subcutâneo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Desta forma, entendemos que a pele (epitélio) pode ser chamada de tecido 
epitelial e a função deste tecido é especializada em revestir e proteger o corpo 
contra agressões do ambiente externo. 
A grosso modo, o termo epitélio também é identificado por inúmeras litera-
turas como epiderme, sendo esta a camada mais externa da pele. Revestimento 
é uma das principais funções do epitélio, cobrindo toda a superfície do corpo, 
protegendo-nos. Internamente, reveste órgãos e outras estruturas do corpo, tais 
como sistema digestório, respiratório e urogenital, concavidades corporais, vasos 
sanguíneos e sistema linfáticos. 
Conforme pontuam Consolaro e Consolaro (2010), muito além do que ape-
nas proteger, o referido sistema também realiza absorções de secreções para res-
ponder ao metabolismo necessário do corpo humano, em áreas como intestino 
(ex.: glicose e nutrientes); auxilia na excreção, por exemplo, através do sistema 
renal (ex.: diurese e impurezas); e secreção por meio de glândulas (ex.: insulina). 
Não obstante, realiza outra atividade primordial relacionada à condição de 
defesa do ser humano, auxiliando na captação de atividade sensorial frente a 
algum agravo (ex.: calor ou contato com algum material lesivo pontiagudo) e 
germinativa, como revestimento do epitélio testicular. Todas as nossas superfí-
cies epiteliais, como a pele e os seus revestimentos do trato digestório, dos tratos 
urogenitais (urinário e reprodutivo), das vias aéreas respiratórias e dos pulmões, 
são protegidas por peptídeos antimicrobianos chamados de defensinas. 
As células epiteliais dessa superfície secretam defensinas no ataque por um 
patógeno microbiano, eliminando, pelo rompimento de suas membranas, o as-
pirante ao invasor (SHERWOOD, 2011). 
Segundo Sherwood (2011), em média,contraem e encaminham o sangue 
para a artéria aorta e para o tronco pulmonar.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
(a) Início da sistole atrial:
A contração atrial força uma
pequena quantidade de sangue
adicional para o interior dos
vintrículos relaxados.
Todas as câmaras estão em
estado de relaxamento.
Preenchimento passivo
dos ventrículos.
(b) Término da sístole atrial e
 início da diástole atrial
(f) Diástole ventricular,
término:
(c) Sístole ventricular,
 primeira fase:
(d) Sístole ventricular,
 segunda fase:
A pressão ventricular se
eleva e ultrapassa a 
pressão nas artérias; e
da aorta se abrem e o
sangue é ejetado para
seu interior.
(e) Diástole ventricular,
início:
A contraçãoventricular
exerce pressão sobre
as valvas AV direita e
esquerda fechadas, mas
não é su�ciente para
abrir as valvas do tronco
pulmonar e da aorta
Conforme os ventrículos
retornam ao estado de
relaxamento, a pressão
ventricular diminui; o �uxo
retrógrado do sangue contra as
valvas do tronco pulmonar e da
aorta força seu fechamento. O
sangue �ui para os átrios relaxados.
INÍCIO
800
100
0
ms
ms
370
ms
ms
Di
ás
to
le
 v
en
tr
ic
ul
ar
Sistole atrial
Diástrole atrial
Sí
st
ol
e 
ve
nt
ri
cu
la
r
Ciclo
cardíaco
Figura 11 – Ciclo cardíaco
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (1119, p. 511).
Descrição da Imagem: representação do ciclo cardíaco, partindo do início (início da sístole atrial) até concluir-se 
no término, diástole ventricular.
BULHAS CARDÍACAS 
Bulhas cardíacas se referem aos sons provocados pelo coração, que podem ser 
ouvidos através de uma auscultação realizada com o auxílio de um estetoscópio. 
Em um coração saudável, existem quatro bulhas durante um ciclo cardíaco, po-
rém, podemos auscultar apenas duas bulhas cardíacas. A primeira bulha (B1) 
lembra o som de “tum”, ela é mais alta e longa do que a segunda bulha (B2). A B1 
é decorrente do fechamento das valvas atrioventriculares, que ocorre logo após 
o início da sístole ventricular. Já a segunda bulha (B2) é mais baixa e curta que 
a B1, lembra um som de “tac” e é produzida devido ao fechamento das valvas da 
aorta e do tronco pulmonar, no início da diástole ventricular.
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Muitas vezes, durante uma ausculta cardíaca, podem ser detectados sons 
anormais entre ou após as duas bulhas normais. Esses sons anormais são deno-
minados sopros cardíacos e indicam ou sugerem, na maioria das vezes, algum 
distúrbio das valvas, como uma estenose ou uma insuficiência.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO CORAÇÃO
O coração tem origem do mesoderma extraembrionário a partir da terceira 
semana de desenvolvimento e é o primeiro órgão a se tornar funcional. Isso é 
extremamente necessário, pois o embrião está em pleno crescimento e suas cé-
lulas apresentam uma alta taxa metabólica, necessitando de oxigênio e nutrientes 
provenientes do sangue. 
Na extremidade cefálica do embrião, um grupo de células do mesoderma ex-
traembrionário começa a se diferenciar, formando a área cardiogênica. As células 
desta região dão origem aos cordões angioblásticos, dois tubos alongados que 
mais tarde originarão os tubos endocárdicos. Logo depois, os dois tubos endo-
cárdicos se fundem em um tubo único, o tubo cardíaco primitivo. Por volta do 
22º dia após a fertilização, o tubo cardíaco primitivo se divide em cinco regiões 
e começa a bombear o sangue: 
1. Seio venoso: origina parte do átrio direito, do seio coronário e do nó 
sinoatrial. 
2. Átrio: origina parte dos átrios direito e esquerdo. 
3. Ventrículo: dará origem ao ventrículo esquerdo. 
4. Bulbo cardíaco: desenvolve-se em ventrículo direito. 
5. Tronco arterial: origina parte da aorta e o tronco pulmonar.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
RESUMO
O coração é um órgão muscular, constituído por três camadas: endocárdio, mio-
cárdio e epicárdio. 
 ■ Os átrios são as cavidades superiores do coração e recebem o sangue pro-
veniente do corpo e dos pulmões, enquanto os ventrículos se localizam 
inferiormente e bombeiam o sangue para as células do corpo e para os 
pulmões. 
 ■ Os vasos da base do coração são as veias pulmonares, as artérias pulmo-
nares, o tronco pulmonar, as veias cavas superior e inferior e a aorta. 
 ■ • Quatro valvas, dois atrioventriculares, uma da aorta e outra do tronco 
pulmonar tornam o fluxo do sangue unidirecional. 
 ■ A circulação sistêmica é aquela que o sangue circula entre o ventrículo 
esquerdo, corpo e átrio direito. 
 ■ A circulação pulmonar ocorre entre o ventrículo direito, os pulmões e o 
átrio esquerdo. 
 ■ As artérias coronárias direita e esquerda são ramos da parte ascendente 
da aorta e fazem a irrigação das células da parede do coração. 
 ■ Algumas células do miocárdio são autocontrateis e enviam sinais para a 
contração do coração. 
 ■ O complexo estimulante do coração é formado pelo nó sinoatrial, nó 
atrioventricular, fascículo atrioventricular, ramos direito e esquerdo e 
pelas fibras de Purkinje. 
 ■ Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de dois ba-
timentos cardíacos consecutivos e compreende as fases de relaxamento, 
sístole atrial e sístole ventricular. 
 ■ Bulhas cardíacas se referem aos sons provocados pelo coração, que podem 
ser ouvidos através de uma auscultação realizada com o auxílio de um 
estetoscópio. 
 ■ O coração tem origem embrionária do mesoderma extraembrionário a 
partir da terceira semana de desenvolvimento e é o primeiro órgão a se 
tornar funcional.
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para profissionais que se interessam pelo sistema cardio-
vascular é vasto e apresenta oportunidades em diversas áreas. Os profissionais 
que estudam o sistema cardiovascular têm uma grande demanda no mercado, 
pois as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mun-
do. Essas doenças incluem doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, an-
gina e infarto do miocárdio, além de acidente vascular cerebral (AVC) e doença 
arterial periférica.
Uma das áreas de trabalho mais conhecidas para profissionais interessados 
nesta área é a cardiologia. Nessa especialidade, os profissionais diagnosticam e 
tratam doenças do coração e dos vasos sanguíneos, utilizando técnicas como 
eletrocardiograma, ecocardiograma e cateterismo cardíaco. Os cardiologistas 
podem trabalhar em hospitais, clínicas ou consultórios particulares.
Outra área de trabalho para estes profissionais é a cirurgia cardíaca. Os ci-
rurgiões cardíacos realizam procedimentos como a cirurgia de ponte de safena, 
a troca de válvulas cardíacas e a correção de defeitos cardíacos congênitos. Esses 
profissionais trabalham em hospitais, geralmente em unidades de terapia inten-
siva (UTI) ou em centros cirúrgicos.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Além disso, os profissionais que estudam o sistema cardiovascular também 
podem trabalhar em outras áreas, como a medicina preventiva, a fisioterapia e a 
enfermagem. Na medicina preventiva, os profissionais trabalham na prevenção 
de doenças cardiovasculares, por meio da educação em saúde, da mudança de 
hábitos de vida e da prescrição de medicamentos preventivos. Na fisioterapia, os 
profissionais trabalham na reabilitação de pacientes que sofreram algum tipo 
de lesão ou cirurgia cardíaca. Já na enfermagem, os profissionais trabalham em 
hospitais, auxiliando médicos e enfermeiros na administração de medicamentos 
e no acompanhamento de pacientes com doenças cardiovasculares.
Por fim, o mercado de trabalho é amplo e diversificado, oferecendo diversas 
oportunidades em diferentes áreas da saúde. É importante destacar que a espe-
cialização e o aprimoramento contínuo são fundamentais para se destacar nesse 
mercado competitivo e em constante evolução.
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VAMOS PRATICAR
1. Atente-se ao texto abaixo:
Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de 
______________________ consecutivos e compreende as fases de 
________________, _______________ e ______________.
Justifique em sua resposta os termos que correspondem aopreenchimento correto das 
lacunas em branco.
2. Sabemos que o coração possui quatro cavidades.
Cite as quatro cavidades do coração e descreva sua função no processo de circulação 
sanguínea.
3. Leia o texto a seguir:
A contração da musculatura cardíaca é essencial para que o coração desempenhe sua 
função de bomba. A ativação elétrica ordenada do coração se dá pela propagação, em 
sequência, de potenciais de ação despolarizantes através das estruturas anatômicas 
deste órgão. O batimento cardíaco tem início no ___________, com um potencial 
de ação gerado de maneira espontânea. Em seguida, essa onda de ativação converge 
para uma conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o miocárdio ventricu-
lar:___________, diminuindo a frequência do potencial de ação entre ambos. Após 
isso, essa onda de ativação atinge o___________ e passa por ele até chegar às fibras 
de Purkinje, que são responsáveis por conduzir rapidamente o potencial de ação até o 
ápice do miocárdio ventricular. Deste modo, a onda de despolarização – o impulso car-
díaco – é distribuída a todo o miocárdio dos ventrículos direito e esquerdo, determinando 
a contração___________. 
Dentre as alternativas, qual é a correta que preenche as lacunas em branco? Justifique 
sua escolha ao fim da questão.
a) Nó atrioventricular, nó sinoatrial, fascículo atrioventricular, atrial. 
b) Nó sinoatrial, nó atrioventricular, fascículo atrioventricular, ventricular. 
c) Feixe de His, nó sinoatrial, nó atrioventricular, ventricular. 
d) Nó sinoatrial, nó atrioventricular, fibras de Purkinje, atrial. 
e) Nó atrioventricular, nó sinoatrial, fascículo atrioventricular, ventricular.
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VAMOS PRATICAR
4. O ciclo cardíaco é o ciclo completo de um batimento cardíaco; por definição são os 
eventos cardíacos que ocorrem desde o início de um batimento até o batimento se-
guinte. Esses eventos envolvem contração e relaxamento das cavidades cardíacas. 
Consiste nos movimentos de sístole e diástole.
Em relação a estes mecanismos, leia as alternativas a seguir com muita atenção e depois 
assinale a alternativa correta: 
a) O sangue passa dos átrios para os ventrículos durante o período denominado sístole 
ventricular.
b) A fase de relaxamento, quando os átrios e ventrículos estão em diástole, marca o início 
de um novo ciclo. As valvas atrioventriculares estão fechadas enquanto o sangue flui 
para os ventrículos.
c) Durante a sístole ventricular, as valvas atrioventriculares abrem-se, enquanto as val-
vas da aorta e do tronco pulmonar permanecem fechadas, permitindo que o sangue 
flua dos ventrículos para as artérias.
d) A primeira fase que marca o início de um novo ciclo é denominada sístole ventricular, 
quando o sangue flui dos átrios em direção aos ventrículos. 
e) No período da sístole atrial, as valvas atrioventriculares estão abertas para que o 
sangue flua dos átrios para os ventrículos.
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VAMOS PRATICAR
5. Atente-se ao enunciado a seguir.
Levando em consideração a anatomia interna do coração e sabendo que a circulação do 
sangue depende diretamente deste órgão central, o qual se conecta a inúmeros vasos 
sanguíneos, observe as alternativas a seguir e escolha aquela que contenha as respostas 
para as seguintes perguntas: 
1. Como se chama(m) a(s) estrutura(s) que traz(em) sangue para o átrio direito do coração? 
2. Como se chama(m) a(s) estrutura(s) que faz(em) a comunicação entre o átrio direito e 
o ventrículo direito? 
3. Por qual(is) vaso(s) o sangue proveniente dos pulmões retorna ao coração? 
a) 1- artérias pulmonares; 2- endocárdio; 3- veias cavas.
b) 1- veias cavas; 2- valva atrioventricular direita; 3- veias pulmonares.
c) 1- veias pulmonares; 2- valva bicúspide; 3- artéria aorta.
d) 1- artérias coronárias; 2- valva da aorta; 3- veias coronárias. 
e) 1- veias cavas; 2- valva mitral; 3- artérias pulmonares.
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REFERÊNCIAS
HALL, J. E. Tratado de fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2018.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 
2009.
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia Básica. Rio de Janeiro: Else-
vier, 2016.
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017.
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1. A resposta correta é:
“Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de dois batimentos cardíacos 
consecutivos e compreende as fases de sístole atrial, sístole ventricular e diástole.”
A resposta correta é justificada da seguinte forma:
- Um ciclo cardíaco é definido como o período que ocorre entre o início de dois batimen-
tos cardíacos consecutivos. Durante esse ciclo, o coração passa por uma sequência de 
eventos que envolvem a contração e relaxamento das câmaras cardíacas.
- O ciclo cardíaco é composto por três fases principais: sístole atrial, sístole ventricular 
e diástole.
- Durante a sístole atrial, os átrios se contraem, impulsionando o sangue para os ven-
trículos.
- Em seguida, ocorre a sístole ventricular, na qual os ventrículos se contraem, forçando 
o sangue para fora do coração e para as artérias.
- Por fim, temos a diástole, que é a fase de relaxamento das câmaras cardíacas, permitindo 
que o sangue retorne aos átrios e ventrículos para iniciar um novo ciclo.
Portanto, a justificativa para a resposta correta é baseada na descrição correta das fases 
do ciclo cardíaco e sua relação com os batimentos cardíacos consecutivos.
2. O coração possui quatro cavidades: dois átrios (átrio direito e átrio esquerdo) e dois ven-
trículos (ventrículo direito e ventrículo esquerdo). Cada cavidade desempenha um papel 
importante no processo de circulação sanguínea.
Os átrios recebem o sangue que retorna ao coração. O átrio direito recebe o sangue ve-
noso, pobre em oxigênio, proveniente das veias cavas e da circulação pulmonar. O átrio 
esquerdo recebe o sangue arterial, rico em oxigênio, vindo das veias pulmonares.
Os ventrículos são responsáveis por bombear o sangue para fora do coração. O ventrículo 
direito bombeia o sangue para os pulmões, onde ocorre a oxigenação. Ele impulsiona o 
sangue para as artérias pulmonares, que levam o sangue até os pulmões para a troca 
gasosa. Já o ventrículo esquerdo é responsável por bombear o sangue oxigenado para 
o restante do corpo. Ele impulsiona o sangue para a artéria aorta, que distribui o sangue 
oxigenado para todas as partes do organismo.
Portanto, os átrios são responsáveis por receber o sangue, enquanto os ventrículos são 
responsáveis por bombear o sangue para fora do coração. Essa divisão de tarefas entre 
as cavidades é essencial para garantir a eficiência do processo de circulação sanguínea, 
permitindo o suprimento adequado de oxigênio e nutrientes para os tecidos e a remoção 
de resíduos metabólicos.
GABARITO
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3. B.
- O batimento cardíaco tem início no nó sinoatrial (ou nó SA), onde é gerado um potencial 
de ação de maneira espontânea.
- Em seguida, a onda de ativação converge para o nó atrioventricular (ou nó AV), que 
representa a conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o miocárdio ventricular, 
diminuindo a frequência do potencial de ação entre ambos.
- Após passar pelo nó atrioventricular, a onda de ativação atinge o fascículo atrioventricular 
(ou feixe de His) e passa por ele até chegar às fibras de Purkinje, que são responsáveis por 
conduzir rapidamente o potencial de ação até o ápice do miocárdio ventricular.
- Dessa forma, a onda de despolarização (impulso cardíaco) é distribuída a todo o miocárdio 
dos ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular.
As demais alternativas estão incorretas, pois não seguem a sequência corretada ativação 
elétrica do coração.
4. C.
Durante a sístole ventricular, os ventrículos do coração se contraem, resultando na aber-
tura das valvas atrioventriculares (valva tricúspide e valva mitral) e no fechamento das 
valvas da aorta e do tronco pulmonar. Isso permite que o sangue seja bombeado dos 
ventrículos para as artérias. As demais alternativas estão incorretas, pois descrevem 
erroneamente os eventos do ciclo cardíaco.
5. B.
1- As veias cavas são as estruturas que trazem sangue para o átrio direito do coração, 
provenientes do corpo.
2- A valva atrioventricular direita (também conhecida como valva tricúspide) é a estru-
tura que faz a comunicação entre o átrio direito e o ventrículo direito, permitindo o fluxo 
unidirecional do sangue.
3- As veias pulmonares são responsáveis por transportar o sangue proveniente dos pul-
mões de volta ao coração, mais especificamente ao átrio esquerdo.
As demais alternativas estão incorretas, pois não correspondem às estruturas mencio-
nadas nas perguntas.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
Reforçar o pensamento crítico.
Dominar conceitos básicos do conteúdo.
Desenvolver competências práticas.
Explorar perspectivas multidisciplinares.
Estimular o conhecimento.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6
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INICIE SUA JORNADA
O sistema hematopoiético é responsável pela produção, desenvolvimento e ma-
turação das células sanguíneas que circulam em nosso corpo. Esse sistema inclui 
a medula óssea, órgão esponjoso encontrado no interior dos ossos, e o tecido 
linfático, composto pelo baço, linfonodos e tecidos linfoides difusos. A medula 
óssea é responsável pela produção das células sanguíneas, incluindo os eritrócitos 
(glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Já o tecido 
linfático é responsável por produzir e armazenar os linfócitos, um tipo de célula 
branca do sangue essencial para o sistema imunológico.
O processo de produção das células sanguíneas é conhecido como hema-
topoiese. As células-tronco hematopoiéticas presentes na medula óssea têm a 
capacidade de originar diferentes tipos de células sanguíneas, conforme as ne-
cessidades do organismo. Essas células são reguladas por fatores de crescimento e 
outras substâncias produzidas pelo próprio organismo. O processo de produção 
das células sanguíneas é contínuo e pode ser afetado por diversos fatores, incluin-
do doenças, medicamentos e deficiências nutricionais.
Distúrbios hematológicos, como anemia, leucemia e doenças do sistema 
imunológico, podem ocorrer quando há falhas no sistema hematopoiético. O 
diagnóstico dessas condições pode ser realizado através de exames de sangue e 
da medula óssea. O tratamento depende do tipo e da gravidade da doença, po-
dendo incluir transfusões sanguíneas, quimioterapia, radioterapia, terapias-alvo 
e transplante de medula óssea. Um sistema hematopoiético saudável é essencial 
para a manutenção da saúde e do bem-estar geral.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Agora vamos começar a entender melhor sobre a hematopoiese e o sistema he-
matopoiético, o que ele é, para qual função se relaciona, sua importância e demais 
aspectos. 
Para adentrar o assunto, você consegue responder qual é a importância do sis-
tema hematopoiético na produção de células sanguíneas e como ele funciona 
para manter a saúde do organismo?
Fonte: a autora. 
PENSANDO JUNTOS
SISTEMA CARDIOVASCULAR: SANGUE
O sistema cardiovascular é formado por vasos sanguíneos, sangue e coração. 
Funcionalmente, esses órgãos devem levar material nutritivo e oxigênio às células 
e transportar os produtos residuais do metabolismo celular desde os locais onde 
foram produzidos até os órgãos encarregados de eliminá-los. O sangue está conti-
do em um sistema fechado, nominado como “Sistema Circulatório”, que permite a 
sua circulação no interior dos vasos sanguíneos, os quais são representados pelas 
veias, capilares e artérias (Figura 1). O sistema circulatório tem função de trans-
porte de gases, nutrientes, produtos metabólicos e hormônios para todo o corpo.
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Figura 1 - Esquema da circulação do sangue
Fonte: Barauna (2019, p. 3).
Descrição da Imagem: a figura representa o sistema cardiovascular, apresentando margens e faces do coração. 
Temos três retângulos de fundo azul claro, no sentido vertical, ligados um ao outro por uma seta que aponta 
para baixo, em que, de cima para baixo, subsequentemente em cada retângulo está escrito: sistema fechado, 
sangue e vasos sanguíneos.
O sangue é um tecido conjuntivo viscoso e denso com uma temperatura aproxi-
mada de 38º C e um pH que varia entre 7,35 a 7,45. O sangue está constituído por 
uma parte líquida denominada plasma (55%) e uma parte celular, os elementos 
figurados (45%). O plasma é a parte acelular do sangue constituído por 90% de 
água, 8% de proteínas, 1% de sais inorgânicos e o restante formado por com-
postos orgânicos diversos. A parte celular do sangue, os elementos figurados, é 
formada por hemácias, leucócitos (neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos 
e basófilos) e plaquetas, que são restos celulares, os quais se encontram dispostos 
no quadro a seguir (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
PLASMA ELEMENTOS FIGURADOS
Água Eritrócitos
Proteínas (albumina, globulinas, fibrinogênio) Plaquetas
Sais Neutrófilos
Íons Eosinófilos
Bicarbonato Basófilos
Glicose Monócitos
Hormônios Linfócitos
Enzimas
Gases
Aminoácidos
Vitaminas
Quadro 1 – Constituição do sangue.
Fonte: a autora. 
Referente ao Hematócrito, esta é uma técnica na qual o sangue, após ser cen-
trifugado, separa-se em diversas camadas, sendo o plasma a porção fluida e de 
coloração amarelada que fica acima da camada celular (Figura 2). A parte celular 
forma duas regiões, uma inferior, de coloração avermelhada, composta pelos eri-
trócitos (35 a 50% do volume total) e uma fina camada acinzentada logo acima 
dos eritrócitos, a qual está constituída pelos leucócitos (1% do volume de sangue). 
As plaquetas formam uma camada delgada sobre os leucócitos, não sendo visível 
a olho nu (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
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Através do hematócrito é possível estabelecer o volume que os eritrócitos 
ocupam no sangue, o qual espera-se que este se encontre entre 30 a 49% nas 
mulheres e 40 a 54% nos homens. A redução do volume de eritrócitos no sangue 
é conhecida popularmente como anemia.
Figura 2 - Técnica de hematócrito
Fonte: Barauna (2019, p. 5).
Descrição da Imagem: procedimento de como ocorre a técnica de hematócrito, partindo do sangue coletado para 
o tubo, indo para centrifugação e finalizando nos elementos sanguíneos.
ERITRÓCITOS
Os eritrócitos – ou hemácias – caracterizam-se como a maior população de célu-
las do sangue, correspondendo a um total de 4,8 – 5,4 milhões/ µl, contém uma 
proteína que transporta gases denominada hemoglobina, está constituída por 
uma cadeia polipeptídica, a porção globina e um grupamento ligado ao ferro, 
denominado porção heme. 
É importante lembrar que a anemia é definida como uma diminuição na capaci-
dade do transporte de oxigênio pelo sangue e pode ter várias causas, sendo 
todas caracterizadas pela diminuição da hemoglobina no sangue ou pela con-
tagem reduzida de eritrócitos. 
EU INDICO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Estas células têm origem dos eritroblastos na medula óssea, os quais perdem 
suas organelas e passam a ser constituídos apenas por uma membrana plasmática, 
citosol e hemoglobina. Quando chegam ao sangue, originam os eritrócitos, que 
sobrevivem cerca de 120 dias e depois são fagocitados por macrófagos do fígado, 
baço e medula óssea. Durante a fagocitose, ocorre a separação das porções heme 
e globina da hemoglobina. 
O ferro é dissociado da porção heme e liga-se à transferrina, uma proteína 
transportadora de ferro que circula no sangue. O ferro ligado à transferrina chega 
até a medula óssea onde é utilizado parasíntese de hemoglobina. A região heme 
sem o ferro ligado é convertida em biliverdina, um pigmento esverdeado, e depois 
em bilirrubina, um pigmento amarelo-alaranjado, que é transportado até o fígado, 
onde é lançado na bile (Figura 3).
A bile é secretada no intestino delgado, chega ao intestino grosso, onde a 
bilirrubina é convertida em urobilinogênio, que em parte é reabsorvido pelo in-
testino grosso, volta ao sangue, onde origina um pigmento amarelo denominado 
urobilina, que é excretado pela urina. O restante do urobilinogênio origina um 
pigmento marrom, a estercobilina, que é eliminada pelas fezes e dá a elas a sua 
coloração característica. O referido evento metabólico está disposto a seguir, em 
forma de fluxo, para que você possa melhor compreender o seu processo (TOR-
TORA; DERRICKSON, 2017).
Figura 3 - Degradação dos eritrócitos
Fonte: Barauna (2019, p. 6).
Descrição da Imagem: representação do processo de degradação dos eritrócitos, partindo inicialmente dos 
macrófragos.
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Os eritrócitos (Figura 4) são células bicôncavas que se apresentam anucleadas 
com um halo no interior da célula. Sua membrana é constituída por uma quan-
tidade maior de lipídios que a necessária para envolver seu conteúdo, dando à 
hemácia fluidez ótima para penetrar e se distorcer em espaços menores que seu 
tamanho, levando assim nutrientes para todas as partes do corpo (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2018). 
Existem diferentes tipos sanguíneos, sendo classificados em A, B, AB e O, os 
quais são determinados por glicoproteínas presentes na membrana dos eritróci-
tos. Essas glicoproteínas são antígenos de superfície ou aglutinógenos, determi-
nados geneticamente. Assim, indivíduos com sangue tipo A apresentam antígeno 
A; com sangue tipo B, antígeno B; tipo AB apresentam os antígenos A e B e, ainda, 
tipo O, que é nulo, ou seja, não apresenta nenhum antígeno de superfície. 
 “ Ao fazer o registro do tipo sanguíneo, além de especificar o tipo de 
antígeno presente, deve-se fazer referência à presença ou ausência 
do antígeno D (fator Rh), sendo determinado como Rh-positivo 
ou Rh-negativo. Esta determinação deve-se à presença ou ausência 
do antígeno D no sangue. Os antígenos de superfície são ignorados 
pelo seu sistema imunológico. Entretanto, seu plasma contém an-
ticorpos (imunoglobulinas) programados para atacar antígenos de 
superfície “estranhos” ao corpo. Esses anticorpos são conhecidos 
como aglutininas. Indivíduos de sangue tipo A, tipo B ou tipo O 
sempre contêm anticorpos que reagirão a antígenos estranhos. Por 
exemplo, em um indivíduo de sangue tipo A, o plasma circulante 
contém anticorpos anti-B que atacarão eritrócitos tipo B. Já em um 
indivíduo de sangue tipo B, o plasma circulante contém anticorpos 
anti-A que atacarão eritrócitos tipo A. Indivíduos de sangue tipo 
O não apresentam antígenos A e B, e o plasma contém anticorpos 
anti-A e anti-B. No outro exemplo, o plasma de indivíduos tipo AB 
não contém anticorpos anti-A nem anti-B (MARTINI; TIMMONS; 
TALLITSCH, 2009, p. 537).
 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Figura 4 - Elementos figurados do sangue: Eritrócito; 2. Plaquetas; 3. Neutrófilo; 4. Eosinófilo; 5. Basófilo; 
6. Linfócito; 7. Monócito
Fonte: Barauna (2019, p. 7).
Descrição da Imagem: representação dos elementos figurados do sangue, partindo sequencialmente: 1. Eritró-
cito; 2. Plaquetas; 3. Neutrófilo; 4. Eosinófilo; 5. Basófilo; 6. Linfócito; 7. Monócito.
 
LEUCÓCITOS 
Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células responsáveis pela defesa do 
organismo. Essas células não desempenham sua função no sangue, sendo este 
apenas um meio pelo qual elas podem se locomover. Por um processo deno-
minado diapedese, essas células migram por entre as células endoteliais que re-
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vestem a parede dos vasos sanguíneos e chegam ao tecido-alvo (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2018). 
Diferente dos eritrócitos, os leucócitos são nucleados e podem ou não apre-
sentar grânulos, sendo classificados em granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos) e agranulócitos (monócitos e linfócitos). Os granulócitos possuem 
grânulos contendo substâncias químicas específicas que podem ser visualizados 
pelo microscópio óptico quando realizada a técnica de esfregaço sanguíneo. Esta 
é uma técnica utilizada para visualizar as células sanguíneas através do micros-
cópio. Para realizar o esfregaço (Figura 5), uma gota de sangue deve ser colocada 
na extremidade de uma lâmina de vidro limpa e seca e, então, com o auxílio de 
uma lâmina extensora, a gota deve ser espalhada sobre a lâmina e, então, corada 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
Figura 5 - Técnica do esfregaço sanguíneo
Fonte: Barauna (2019, p. 8).
Descrição da Imagem: representação do processo que ocorre ao realizar a técnica do esfregaço sanguíneo. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Os neutrófilos são polimorfos nucleares, com núcleo lobulado com dois a cinco 
lóbulos unidos por um filamento de cromatina (Figura 4 – célula 3). São os mais 
numerosos dos leucócitos. Pertencem à classe dos granulócitos e seus grânulos 
específicos possuem coloração salmão. Essas células são rapidamente recrutadas 
para sítios de inflamação, em que sua principal função é combater bactérias e 
certos fungos por meio de fagocitose e liberação dos grânulos para o meio extra-
celular. Em alguns momentos, a liberação dos grânulos pelos neutrófilos também 
pode ser prejudicial para o hospedeiro, quando danifica tecidos saudáveis (JUN-
QUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
Outro tipo de granulócitos são os eosinófilos, que possuem grânulos especí-
ficos maiores que os dos neutrófilos, dispostos por todo o citoplasma. O núcleo 
possui dois lóbulos em forma de “fone de ouvido”, por isso são também chama-
dos de polimorfonucleados (Figura 4 – célula 4). Realizam defesa seletiva, estão 
associados a infecções parasitárias e alergias. Podem fazer fagocitose, mas seu 
principal modo de agir é através da degranulação e da liberação de mediadores 
químicos presentes em seus grânulos. 
Em menor quantidade entre os leucócitos encontramos os basófilos, que são 
células granulócitas, arredondadas, podendo ser pleomórficas, com núcleo em 
forma de “S”, frequentemente mascarados pelos grânulos específicos de seu ci-
toplasma que são negros ou roxos, metacromáticos (Figura 4 – célula 5). Tais 
grânulos possuem histamina e heparina. Sua membrana plasmática é rica em 
receptores para IgE, responsáveis pela ativação celular em casos de alergia (JUN-
QUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
O segundo tipo mais comum de leucócito no sangue é o linfócito, células que 
fazem parte da resposta imune adaptativa. São células arredondadas com núcleo 
denso, também arredondado, que ocupa praticamente toda a célula (Figura 4 – 
célula 6). 
Os linfócitos B – agranulócitos – realizam defesa em nível humoral dife-
renciando-se em plasmócitos, enquanto os linfócitos T realizam defesa em nível 
celular. São muito importantes na defesa contra vírus. No esfregaço sanguíneo co-
rado pelo Giemsa, não é possível diferenciar os tipos de linfócitos. Os monócitos 
são as maiores células circulantes com núcleo em forma de rim e excêntrico. São 
agranulócitos e seu citoplasma é levemente basófilo. A cromatina dos monócitos 
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apresenta-se vacuolizada (Figura 4 – célula 7). Fazem parte do sistema mononu-
clear fagocitário, se diferenciando em macrófagos quando migram para o tecido 
conjuntivo, onde podem permanecer durante meses. Eles são umas das principais 
células da resposta imune inata, onde atuam modulando o processo inflamatório 
e combatendo patógenos. Uma função muito importante dos macrófagos é in-
terligar a resposta inata com a adquirida, isso porque são células especializadas 
em apresentar antígenos para os linfócitos T (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
Em condições normais, o volume de leucócitos no sangue é de 5.000 a 10.000/
µL, sendo que sua duração é de poucos dias e em casos de infecções por vírus ou 
bactérias, seu tempo de vida pode reduzir para apenas algumas horas. Um au-mento na contagem de leucócitos no sangue, a leucocitose, pode ocorrer como 
uma resposta a certos micróbios invasores, anestesia ou ainda cirurgia, indicando 
uma inflamação ou infecção. Por outro lado, uma redução na contagem de leucó-
citos no sangue, a leucopenia, pode ser provocada por exposição à radiação ou 
agentes quimioterápicos ou um quadro de choque hipovolêmico (TORTORA; 
DERRICKSON, 2017).
PLAQUETAS 
As plaquetas ou trombócitos ajudam a parar o sangramento proveniente de va-
sos sanguíneos danificados, unindo-se para formar um tampão de plaquetas que 
preenche o espaço na parede do vaso sanguíneo, onde sobrevivem cerca de cinco 
a nove dias. São pequenos fragmentos de células anucleadas em forma de disco 
que se originam dos megacariócitos presentes na medula óssea (Figura 4 – nú-
mero 2). Possuem funções na hemostasia, envolvendo a coagulação sanguínea e 
manutenção do endotélio vascular. Possuem sistemas de túbulos e vesículas, bem 
como grânulos de glicogênio no seu interior (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
A hemostasia é uma sequência de respostas que tem como função parar 
o sangramento após lesão da parede de um vaso sanguíneo e, quando bem su-
cedida, impede a hemorragia (grande perda de sangue). O espasmo vascular, a 
formação do tampão plaquetário e a coagulação do sangue são os mecanismos 
que atuam para impedir a perda de sangue, ou seja, agem como mecanismo de 
compensação (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
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Logo após a lesão de um vaso sanguíneo, ocorre a ativação e consequente 
contração da musculatura lisa da parede do vaso, reduzindo a perda de sangue 
durante minutos ou horas, tempo suficiente para que os outros mecanismos he-
mostáticos comecem a atuar. Quando um vaso sanguíneo é lesado, as plaquetas 
mudam suas características e se associam para formar um tampão. O tampão pla-
quetário ajuda a fechar a parede do vaso lesionado, temporariamente (Figura 6).
Figura 6 - Formação do tampão plaquetário
Fonte: Barauna (2019, p. 10).
Descrição da Imagem: representação de como ocorre a formação do tampão plaquetário, partindo da lesão da 
parede vascular até o tampão plaquetário.
Caso a lesão vascular seja acentuada, ocorre um processo mais demorado deno-
minado coagulação sanguínea. É o processo de formação de um coágulo, o qual 
é dependente da ativação dos fatores de coagulação (cálcio, enzimas e substâncias 
associadas a plaquetas). Existem duas vias de coagulação sanguínea: a via extrín-
seca e a via intrínseca. Na via extrínseca, considerada como a mais rápida, ocorre 
a liberação no sangue de uma substância denominada fator tissular, que é con-
vertido em protrombinase, uma enzima que converte a protrombina (proteína 
plasmática formada no fígado) em trombina (Figura 7). Após formada, a trom-
bina converte o fibrinogênio (outra proteína plasmática sintetizada no fígado) 
em fibrina, a qual “amarra” o tampão plaquetário, formando o coágulo sanguíneo. 
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Quanto à via intrínseca, esta é mais complexa e, consequentemente, ocorre de ma-
neira mais demorada. Essa via é ativada quando as células que revestem a parede 
dos vasos (células endoteliais) são danificadas (Figura 8). Nesse caso, o contato 
do sangue com o tecido conjuntivo abaixo das células endoteliais ativa os fatores 
de coagulação que, na presença de Ca++, levam a formação da protrombinase e 
então a trombina é formada (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Figura 7 - Via extrínseca da coagulação
Fonte: Barauna (2019, p. 11).
Descrição da Imagem: representação dos processos que ocorrem a partir da via extrínseca da coagulação.
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Figura 8 - Via intrínseca da coagulação
Fonte: Barauna (2019, p. 11).
Descrição da Imagem: representação dos processos que ocorrem a partir da via intrínseca da coagulação.
Alguns coágulos sanguíneos podem se formar na parede de um vaso sanguíneo 
que não possui lesão, nesse caso, se tem uma trombose, e o coágulo é chamado 
de trombo. Muito comum em pacientes hospitalizados, a Trombose Venosa Pro-
funda (TVP), como o próprio nome já se refere, caracteriza-se pela formação de 
trombos no interior de veias localizadas profundamente. Uma outra complica-
ção grave relacionada a essa coagulação excessiva refere-se à embolia pulmonar, 
quando há o desprendimento do trombo da parede do vaso, agora chamado 
de êmbolo, o qual chega até os pulmões realizando a obstrução da passagem 
do sangue para o referido órgão, podendo resultar em Insuficiência Respirató-
ria Aguda (IRA), Insuficiência Ventricular Direita (IVD) e morte (TORTORA; 
DERRICKSON, 2017). 
Nesses casos, a administração de substâncias denominadas anticoagulantes é 
essencial. Anticoagulantes são substâncias que retardam ou evitam a coagulação 
sanguínea. Um exemplo clássico de anticoagulante é a heparina. Essa substância 
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inibe a conversão da protrombina em trombina. Já os agentes trombolíticos (es-
treptoquinase) são substâncias injetadas na circulação sanguínea para destruir 
um coágulo já formado.
HEMOCITOPOESE 
Hemocitopoese é o nome dado ao processo de formação das células sanguíneas, 
as quais devem ser renovadas constantemente, pois possuem um curto tempo de 
vida. Este processo se inicia durante o período embrionário, por volta do 19° dia 
de gestação, em uma estrutura denominada saco vitelino. Após, o fígado assume a 
função de formação das células sanguíneas, bem como o baço, timo e linfonodos. 
Nos últimos três meses antes do nascimento e por toda a vida pós-natal, essa 
função é realizada pela medula óssea vermelha. 
Na medula óssea vermelha, através da participação de vários fatores de cres-
cimento e diferenciação, células tronco dão origem aos eritrócitos (eritropoese), 
os granulócitos (granulocitopoese), os linfócitos (linfocitopoese), os monócitos 
(monocitopoese) e as plaquetas (megacariocitopoese) (JUNQUEIRA; CARNEI-
RO, 2018). A medula óssea é um tecido conjuntivo localizado no canal medular 
dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Nos recém-nascidos, toda 
a medula óssea é do tipo vermelha. Já em adultos, a maior parte da medula óssea 
vermelha é convertida em medula óssea amarela, rica em adipócitos e inativa na 
produção de células sanguíneas.
ERITROPOESE 
Os eritrócitos se originam a partir de um processo de maturação de células eritro-
cíticas. Conforme amadurecem, essas células são chamadas de proeritroblastos, 
eritroblastos basófilos, eritroblastos policromáticos, eritroblastos ortocromáticos, 
reticulócitos e eritrócitos. As mudanças são a diminuição do volume e do núcleo 
da célula, sua cromatina torna-se altamente condensada até que o núcleo é expul-
so da célula. Os polirribossomos, as mitocôndrias e outras organelas diminuem, e 
aumenta a quantidade de hemoglobina no citoplasma (Figura 9) (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2018).
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Figura 9 - Eritropoese
Fonte: Barauna (2019, p. 13).
Descrição da Imagem: representação da eritropoese, apresentando os estágios ocorridos durante o processo. 
GRANULOCITOPOESE
Os granulócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos se formam a partir de 
um processo chamado granulocitopoese. Durante a maturação dessas células 
ocorre a produção de grânulos que se acumulam no citoplasma. Esses grânulos 
armazenam proteínas, que são sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso 
e empacotadas no complexo de Golgi. Os três tipos de granulócitos têm sua ori-
gem proveniente de uma célula comum, o mieloblasto. Conforme amadurece, 
o mieloblasto se diferencia em promielócito neutrófilo, eosinófilo ou basófilo, 
mielócito, metamielócito, granulócito com núcleo em bastão e, por fim, granuló-
cito maduro (neutrófilo, eosinófilo e basófilo) (Figura 10) (JUNQUEIRA; CAR-
NEIRO, 2018).
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Figura 10 - Granulocitopoese, monocitopoese e linfocitopoese
Fonte: Barauna (2019, p. 14).
Descrição da Imagem: representação do sistema cardiovascular, apresentando margens e faces do coração.
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LINFOCITOPOESE 
A célula precursora dos linfócitos é o linfoblasto que, conforme vai amadurecen-
do, origina o prolinfócito, que dará origem aos linfócitos (Figura 10). Os linfócitos 
B já saem maduros da medula óssea, enquanto os linfócitos T adquirem sua imu-
nocompetência no timo, onde se tornam maduros e então chegam à circulação 
sistêmica. Ao atingir os tecidos, os linfócitos B se diferenciam em plasmócitos. 
MONOCITOPOESE 
O promonócito, originário do mieloblasto, é a célula mais jovem que dará origem 
aos monócitos. Os monócitos, ao atingirem os tecidos, amadurecem em macró-
fagos (Figura 10). 
MEGACARIOCITOPOESE 
As plaquetas são fragmentos de grandes células da medula óssea vermelha de-
nominadas megacariócitos, os quais amadurecem de uma célula precursora, o 
megacarioblasto (Figura 11). Os megacariócitos são células grandes, com cito-
plasma repleto de granulações (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
Figura 11 - Megacariocitopoese
Fonte: Barauna (2019, p. 15).
Descrição da Imagem: representação do sistema cardiovascular, apresentando margens e faces do coração.
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O sangue é um tecido formado por uma parte líquida, denominada plasma 
e os elementos figurados que são os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas. 
O sangue é um tecido essencial para a vida, formado por uma parte líquida 
chamada plasma e pelos elementos figurados, que incluem os eritrócitos, leu-
cócitos e plaquetas. O plasma é composto principalmente por água, proteínas, 
hormônios, eletrólitos e nutrientes, sendo responsável pelo transporte desses 
elementos pelo corpo. Os eritrócitos, por sua vez, são as células mais abundantes 
no sangue e têm a função de transportar oxigênio e dióxido de carbono. Já os 
leucócitos atuam no sistema imunológico, defendendo o organismo contra infec-
ções e doenças. As plaquetas, por sua vez, têm a importante função de participar 
na coagulação sanguínea. Todos esses elementos trabalham juntos para manter 
a homeostase do corpo e garantir a sobrevivência do indivíduo.
O hematócrito é uma técnica utilizada para separar o plasma dos elemen-
tos figurados do sangue. 
Ela consiste em centrifugar uma amostra de sangue em um tubo capilar, 
fazendo com que os elementos figurados sejam empurrados para o fundo do 
tubo, separando-se do plasma. Esse processo é útil para o diagnóstico de diversas 
doenças, como anemia e policitemia, que apresentam alterações no volume de 
eritrócitos. Além disso, o hematócrito também pode ser utilizado para monitorar 
o progresso de doenças crônicas e para avaliar o efeito de tratamentos médicos, 
como quimioterapia e transfusões sanguíneas. Apesar de ser uma técnica sim-
ples, o hematócrito é fundamental para o diagnóstico e tratamento de diversas 
doenças.
Os eritrócitos são as células mais abundantes no sangue, têm formato de 
disco bicôncavo, são anucleadas e responsáveis pelo transporte de gases. 
Os eritrócitos, também conhecidos como hemácias ou glóbulos vermelhos, 
são as células mais abundantes no sangue. Essas células apresentam formato de 
disco bicôncavo, o que aumenta a superfície disponível para o transporte de ga-
ses, como oxigênio e dióxido de carbono. Além disso, os eritrócitos não possuem 
núcleo, o que permite que haja mais espaço para a hemoglobina, a proteína res-
ponsável pelo transporte de gases no sangue. Essas células são produzidas no 
processo de hematopoiese, que ocorre na medula óssea. Alterações na quantidade 
e qualidade dos eritrócitos podem indicar a presença de doenças, como anemia 
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e policitemia. Em geral, os eritrócitos desempenham uma função vital no trans-
porte de oxigênio e dióxido de carbono no corpo humano.
Os tipos sanguíneos A, B, AB e O são determinados por glicoproteínas 
presentes na membrana dos eritrócitos. 
Essas glicoproteínas, conhecidas como antígenos, podem desencadear uma 
resposta imune do organismo caso sejam reconhecidas como estranhas. O tipo 
sanguíneo A possui antígenos do tipo A na membrana dos eritrócitos, o tipo B 
possui antígenos do tipo B, o tipo AB possui ambos os tipos de antígenos e o 
tipo O não apresenta nenhum tipo de antígeno. Essas diferenças entre os tipos 
sanguíneos são importantes para a doação e transfusão de sangue, uma vez que 
uma pessoa só pode receber sangue de doadores que possuam tipos sanguíneos 
compatíveis. Além disso, o tipo sanguíneo também pode estar associado a carac-
terísticas como a suscetibilidade a doenças e à personalidade. O estudo dos tipos 
sanguíneos é uma área importante da medicina e pode ajudar a prevenir reações 
imunes indesejadas em pacientes transfundidos ou transplantados.
As células de defesa do sangue são os leucócitos, que compreendem um 
grande grupo formado por granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basó-
filos) e agranulócitos (monócitos e linfócitos). 
As células de defesa do sangue são os leucócitos, também conhecidos como 
glóbulos brancos. Eles compreendem um grande grupo formado por granuló-
citos e agranulócitos. Os granulócitos são os neutrófilos, eosinófilos e basófi-
los, que possuem grânulos específicos em seu citoplasma e atuam na resposta 
imune do organismo contra micro-organismos e substâncias estranhas. Já os 
agranulócitos são os monócitos e linfócitos, que não possuem grânulos e têm 
funções específicas na resposta imune, como a fagocitose de microrganismos e a 
produção de anticorpos. A contagem dos leucócitos no sangue é um importante 
indicador da saúde do sistema imunológico, e sua alteração pode indicar uma 
infecção ou doença imunológica. O estudo dos leucócitos é fundamental para 
o entendimento do sistema imunológico e para o diagnóstico e tratamento de 
doenças relacionadas a ele.
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Os neutrófilos são os leucócitos mais numerosos e formam a primeira linha 
de defesa, combatendo bactérias e certos fungos por meio de fagocitose. 
Os neutrófilos são os leucócitos mais abundantes no sangue, compreenden-
do cerca de 50 a 70% do total de leucócitos. Eles desempenham um papel fun-
damental na resposta imunológica, atuando como a primeira linha de defesa 
contra bactérias e certos tipos de fungos. Os neutrófilos são capazes de se mover 
rapidamente para o local de uma infecção, aderir à superfície de bactérias e ou-
tras partículas estranhas, e engolfá-las por fagocitose. Além disso, os neutrófilos 
também liberam enzimas e substâncias tóxicas para destruir os invasores cap-
turados. A contagem de neutrófilos é um importante indicador no diagnóstico 
de infecções bacterianas e inflamações, e sua alteração pode indicar problemas 
no sistema imunológico ou doenças hematológicas. O estudo dos neutrófilos é 
fundamental para o entendimento da resposta imunológica e para o desenvol-
vimento de terapias imunomoduladoras.
Os eosinófilos atuam na defesa seletiva contra parasitas e alergias. 
Os eosinófilos são um tipo de leucócito que compõe cerca de 2 a 4% do total 
de leucócitos no sangue. Eles desempenham um papel importante na respos-
ta imunológica, atuando na defesa seletiva contra parasitas e alergias. Quando 
há uma infecção por parasitas, os eosinófilos são ativados e liberam enzimas e 
proteínas que destroem os parasitas. Já em caso de alergias, os eosinófilos são 
recrutados para o local onde a reação alérgica está ocorrendo, liberando substân-
cias que causam inflamação e ajudando a destruir as células que estão reagindo 
de forma inadequada. A contagem de eosinófilos no sangue é um importante 
indicador no diagnóstico de doenças parasitárias e alérgicas, além de ser útil no 
acompanhamento do tratamento dessas condições. O estudo dos eosinófilos é 
fundamental para o entendimento da resposta imunológica e para o desenvol-
vimento de terapias mais eficazes contra parasitas e alergias.
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Os leucócitos menos numerosos no sangue são os basófilos, responsáveis 
pela ativação celular em casos de alergias. 
Os basófilos são um tipo de leucócito pouco comum no sangue, represen-
tando menos de 1% do total de célulasbrancas. Essas células são caracterizadas 
pela presença de grânulos que contêm substâncias como a heparina e a histamina, 
que são importantes na resposta alérgica. Quando ocorre uma reação alérgica, os 
basófilos liberam a histamina, o que causa inflamação e aumento do fluxo sanguí-
neo na área afetada. Além disso, eles também podem ser ativados em resposta a 
infecções parasitárias. Apesar de serem menos abundantes no sangue, os basófilos 
desempenham um papel importante na defesa do organismo.
Os linfócitos são células que participam da defesa imune, são arredonda-
dos com núcleo grande e citoplasma escasso. 
Os linfócitos são um tipo de leucócito que atuam na defesa imune do orga-
nismo, desempenhando um papel fundamental na resposta a infecções e doen-
ças. Essas células possuem uma forma arredondada, núcleo grande e citoplasma 
escasso. São divididos em três tipos: os linfócitos B, responsáveis pela produção 
de anticorpos, os linfócitos T, que têm ação direta sobre as células infectadas e os 
linfócitos NK, que agem contra células infectadas ou cancerígenas.
Os linfócitos B são produzidos na medula óssea e se diferenciam em plasmó-
citos, que produzem anticorpos contra antígenos específicos. Já os linfócitos T 
são produzidos no timo e se diferenciam em várias subpopulações, incluindo os 
linfócitos T auxiliares, que ajudam a coordenar a resposta imune, e os linfócitos 
T citotóxicos, que reconhecem e destroem as células infectadas.
Os linfócitos NK são uma população de células da imunidade inata, que são 
capazes de destruir células infectadas ou cancerígenas sem a necessidade de re-
conhecimento prévio de antígenos específicos. Essas células desempenham um 
papel importante na proteção contra tumores e infecções virais.
As maiores células circulantes no sangue são os monócitos, que ao migra-
rem para o tecido conjuntivo originam os macrófagos. 
Os monócitos são células sanguíneas que desempenham um papel impor-
tante no sistema imunológico. São consideradas as maiores células circulantes no 
sangue e, quando migram para o tecido conjuntivo, se transformam em macró-
fagos. Essas células são capazes de fagocitar bactérias, vírus, células cancerígenas 
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e outros materiais estranhos ao organismo. Além disso, os macrófagos podem 
secretar citocinas e apresentar antígenos para ativar o sistema imunológico. Por-
tanto, os monócitos desempenham um papel fundamental na defesa do organis-
mo contra agentes infecciosos e na manutenção da homeostase.
As plaquetas são fragmentos de megacariócitos e participam do processo 
de coagulação sanguínea. 
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são fragmentos celula-
res produzidos pela fragmentação dos megacariócitos presentes na medula óssea. 
Embora sejam anucleadas, as plaquetas contêm várias enzimas e proteínas que 
auxiliam na coagulação sanguínea. Quando há lesão em um vaso sanguíneo, as 
plaquetas são ativadas e agregam-se no local, formando um tampão que ajuda 
a estancar a hemorragia. Além disso, as plaquetas também liberam fatores de 
coagulação que estimulam a formação do coágulo de fibrina, garantindo a cica-
trização do tecido danificado.
A quantidade de plaquetas no sangue varia de indivíduo para indivíduo, mas 
normalmente encontra-se entre 150.000 a 450.000 plaquetas por microlitro de 
sangue. Quando o número de plaquetas está abaixo do normal, o indivíduo pode 
apresentar um distúrbio conhecido como trombocitopenia, o que pode levar a 
um aumento do risco de sangramentos. Por outro lado, quando há um aumen-
to significativo no número de plaquetas, pode ocorrer uma condição chamada 
trombocitose, que pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos.
Para diagnosticar condições relacionadas às plaquetas, é necessário 
realizar exames de sangue que avaliam a contagem e a morfologia das pla-
quetas. O tratamento para alterações na contagem de plaquetas depende da 
causa subjacente da condição, podendo envolver desde mudanças na dieta 
até a administração de medicamentos específicos, como corticosteroides ou 
imunoglobulinas. É importante lembrar que apenas um profissional de saúde 
pode avaliar e orientar o tratamento adequado para cada caso específico.
Quando a parede de um vaso sanguíneo é lesionada, ocorre uma série de 
eventos para estancar o sangramento, impedindo assim uma hemorra-
gia. Os elementos figurados do sangue se originam de células tronco da 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
medula óssea vermelha, através de um processo denominado hemocito-
poese. 
Quando ocorre uma lesão na parede de um vaso sanguíneo, o organismo 
inicia uma série de eventos para impedir uma hemorragia. As plaquetas são os 
primeiros elementos a chegar no local, aderindo-se à parede do vaso e liberando 
substâncias que atraem mais plaquetas e estimulam a coagulação. O processo de 
coagulação envolve a ativação de diversas proteínas no plasma, formando uma 
rede de fibrina que prende as plaquetas e sela o local da lesão.
Os elementos figurados do sangue são produzidos pela medula óssea verme-
lha, através de um processo chamado hemocitopoese. Nesse processo, as células 
tronco da medula óssea dão origem a todas as células sanguíneas, incluindo os 
eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Esse processo é regulado por diversas subs-
tâncias, como hormônios e fatores de crescimento, que estimulam a produção e 
diferenciação das células tronco.
Em resumo, o sistema de coagulação sanguínea é uma resposta vital do orga-
nismo para evitar a perda excessiva de sangue em caso de lesão vascular. E a pro-
dução de células sanguíneas é um processo complexo que ocorre na medula óssea 
vermelha, e que é essencial para a manutenção da homeostase do organismo.
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para profissionais que desejam atuar na área aqui estu-
dada é bastante amplo e diversificado, abrangendo diversas possibilidades de 
atuação e especialização. Esses profissionais podem atuar em laboratórios de 
análises clínicas, realizando exames hematológicos e diagnósticos de doenças 
sanguíneas. Também há possibilidade de atuação em bancos de sangue e de me-
dula óssea, que são responsáveis pela coleta, processamento e distribuição de 
hemocomponentes e células tronco hematopoiéticas para transplantes e trata-
mentos de diversas patologias.
Além disso, há a possibilidade de atuação em hospitais e clínicas, na assistên-
cia a pacientes com doenças sanguíneas e com procedimentos terapêuticos como 
transfusões de sangue, quimioterapia e transplantes de medula óssea.
Também há espaço para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias na 
área da hematopoiese e sistema hematopoiético, com possibilidades de atuação 
em universidades, institutos de pesquisa e indústrias farmacêuticas.
Para atuar nessa área, é necessário possuir formação no ensino superior em 
áreas como biomedicina, biologia, medicina, enfermagem ou demais áreas da 
saúde, sendo um mercado em potencial e necessário à sociedade.
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VAMOS PRATICAR
1. Quais são os leucócitos agranulócitos? Justifique sua resposta, explicando-os.
2. Os tipos sanguíneos A, B, AB e O são determinados por antígenos (proteínas ou carboi-
dratos) presentes na membrana dos glóbulos vermelhos (HALL, 2017).
Discorra acerca das determinações. 
3. Os glóbulos brancos do sangue, tidos como primeira linha de defesa, ou seja, aquelas 
células que primeiro entram em combate com agentes agressores e que representam 
mais da metade de todos os glóbulos brancos são os: 
a) Eosinófilos.
b) Basófilos.
c) Neutrófilos.
d) Linfócitos.
e) Fibrócitos.
4. As células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio, fagocitose de micror-
ganismos e liberação de substâncias relacionadas a reações alérgicas são:
I - Eritrócitos, basófilos, neutrófilos. 
II - Basófilos, neutrófilos, monócitos. 
III - Eritrócitos, neutrófilos, basófilos. 
IV - Eosinófilos, monócitos, linfócitos. 
V - Eritrócitos, linfócitos, eosinófilos.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c)I e III, apenas.
d) II e V, apenas.
e) I, II e III, IV.
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VAMOS PRATICAR
5. No plasma sanguíneo podemos encontrar: 
a) Água.
b) Hormônios. 
c) Proteínas.
d) Bicarbonato.
e) Todos os elementos mencionados.
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REFERÊNCIAS
BARAUNA, S. C. Anatomorfofisiologia do sistema cardiorrespiratóro e nervoso. Indaial: 
Uniasselvi, 2019.
HALL, J. E. Tratado de fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2018.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 
2009.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2017.
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1. Linfócitos e monócitos. Os leucócitos agranulócitos são um tipo de glóbulos brancos 
que não possuem grânulos citoplasmáticos visíveis quando observados sob um micros-
cópio óptico. Eles são caracterizados por sua aparência homogênea e não granular. Os 
linfócitos são um tipo de leucócito agranulócito e desempenham um papel fundamental 
na resposta imune adaptativa. Eles estão envolvidos na produção de anticorpos e na 
coordenação de outras células do sistema imunológico. Os monócitos também são um 
tipo de leucócito agranulócito. Eles são fagócitos de longa duração que se originam na 
medula óssea e, quando se infiltram em tecidos, se diferenciam em células chamadas 
macrófagos. Os macrófagos têm a capacidade de fagocitar micro-organismos e detritos 
celulares, além de desempenhar um papel importante na apresentação de antígenos e 
na modulação da resposta imune.
2. Os tipos sanguíneos são determinados por antígenos específicos encontrados nas mem-
branas dos glóbulos vermelhos (eritrócitos). Existem dois tipos principais de antígenos 
envolvidos na determinação dos tipos sanguíneos: antígeno A e antígeno B. Tipo A: os 
indivíduos com o tipo sanguíneo A possuem o antígeno A na superfície de suas células 
sanguíneas. Tipo B: os indivíduos com o tipo sanguíneo B possuem o antígeno B na 
superfície de suas células sanguíneas. Tipo AB: os indivíduos com o tipo sanguíneo AB 
possuem tanto o antígeno A quanto o antígeno B em suas células sanguíneas. Tipo O: 
os indivíduos com o tipo sanguíneo O não possuem nem o antígeno A nem o antígeno 
B em suas células sanguíneas. O sistema de grupos sanguíneos ABO é determinado 
geneticamente pelos alelos herdados dos pais. A presença ou ausência dos antígenos A 
e B na membrana dos glóbulos vermelhos afeta a compatibilidade do sangue em trans-
fusões e é importante na determinação de possíveis reações imunológicas em caso de 
incompatibilidade sanguínea. É importante mencionar que, além dos antígenos ABO, o 
fator Rh também é importante na classificação sanguínea, e indivíduos podem ser Rh 
positivo (Rh+) ou Rh negativo (Rh-).
3. C. Os neutrófilos são o tipo mais comum de glóbulos brancos, representando cerca de 
50 a 70% de todos os glóbulos brancos circulantes no sangue. Eles desempenham um 
papel crucial na resposta imunológica inicial, sendo considerados a primeira linha de 
defesa contra agentes agressores, como bactérias e fungos. Os neutrófilos são células 
fagocíticas, o que significa que eles são capazes de englobar e destruir micro-organismos 
invasores. Eles são atraídos para áreas de inflamação ou infecção, onde liberam enzimas 
e substâncias químicas que ajudam a combater os patógenos. Portanto, os neutrófilos 
desempenham um papel importante na resposta imunológica inicial e são considerados 
células efetoras da imunidade inata.
GABARITO
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4. A. Os eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos, são responsáveis pelo 
transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. Eles contêm uma proteína 
chamada hemoglobina, que se liga ao oxigênio e o transporta pelo sangue. Os basófilos 
são células sanguíneas que desempenham um papel na resposta alérgica. Eles liberam 
substâncias, como histamina, que estão envolvidas na resposta inflamatória e alérgica. 
Os neutrófilos são células fagocíticas e são considerados a primeira linha de defesa do 
sistema imunológico. Eles são capazes de englobar e destruir microrganismos invasores, 
sendo cruciais na resposta imune inicial contra infecções bacterianas e fúngicas. Portanto, 
a opção a) é a resposta correta, pois os eritrócitos transportam oxigênio, os basófilos estão 
relacionados à liberação de substâncias alérgicas, e os neutrófilos realizam a fagocitose 
de micro-organismos.
5. E. No plasma sanguíneo, podemos encontrar água, hormônios, proteínas e bicarbonato, 
além de muitos outros componentes. O plasma é a porção líquida do sangue e repre-
senta cerca de 55% do volume sanguíneo total. A água é o componente principal do 
plasma, constituindo aproximadamente 90% do seu volume. Ela atua como solvente 
para os outros componentes presentes no plasma. Hormônios são substâncias químicas 
produzidas por diversas glândulas do corpo e são liberados na corrente sanguínea. Eles 
desempenham papéis importantes na regulação e coordenação de diversas funções 
fisiológicas. As proteínas são abundantes no plasma sanguíneo e desempenham várias 
funções. Algumas proteínas, como a albumina, ajudam a manter a pressão osmótica do 
plasma e transportam substâncias como hormônios e íons. Outras proteínas, como as 
globulinas, estão envolvidas na defesa imunológica, enquanto as proteínas de coagulação 
são essenciais para a coagulação sanguínea. O bicarbonato é um íon presente no plasma 
sanguíneo e desempenha um papel importante no equilíbrio ácido-base do organismo, 
ajudando a manter o pH dentro de uma faixa adequada. Portanto, todas as alternativas 
estão corretas, uma vez que a água, os hormônios, as proteínas e o bicarbonato estão 
presentes no plasma sanguíneo.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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UNIDADE 3
MINHAS METAS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Compreender a anatomia respiratória.
Identificar as principais funções respiratórias.
Conhecer os processos de respiração.
Reconhecer doenças respiratórias comuns.
Praticar técnicas de respiração saudável.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7
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INICIE SUA JORNADA
O sistema respiratório é responsável por fornecer oxigênio ao corpo humano 
e remover dióxido de carbono, um produto residual do metabolismo celular. É 
composto por vários órgãos, incluindo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios 
e pulmões.
O processo de respiração começa com a inalação, onde o ar é puxado para 
dentro do corpo através do nariz ou da boca. O ar entra, então, na faringe, é 
direcionado para a laringe e, posteriormente, para a traqueia. Esta se divide em 
dois brônquios principais que levam o ar para os pulmões, que são os principais 
órgãos do sistema respiratório e estão localizados no peito, um de cada lado do 
coração. Eles são compostos por pequenos sacos de ar chamados alvéolos, que 
são cercados por vasos sanguíneos. 
Quando o ar chega aos alvéolos, o oxigênio passa através das paredes dos 
alvéolos e entra nos capilares sanguíneos, onde é transportado para as células do 
corpo. Ao mesmo tempo, o dióxido de carbono é transportado do corpo para os 
pulmões, onde é liberado pelo ar expirado. A expiração é o processo pelo qual 
o ar é expelido dos pulmões e do corpo através da traqueia, dos brônquios, da 
laringe e, finalmente, pela boca ou nariz. 
Além de seu papel na respiração, o sistema respiratório também desempenha 
outras funções importantes, como aquecer e umidificar o ar, filtrar partículas e 
proteger o corpo contra infecções. Algumas doenças podem afetar o sistema 
respiratório, como asma, bronquite, enfisema e pneumonia. O tabagismo e a po-
luição do ar também podem afetar a saúde do sistema respiratório, causando 
danos aos pulmões e aumentando o risco de doenças respiratórias.
Em resumo, o sistema respiratório é essencial para a sobrevivência do corpo 
humano, fornecendo oxigênio e removendo dióxido de carbono. É um sistema 
complexo que envolve vários órgãos e processos. Cuidarda saúde respiratória é 
fundamental para uma vida saudável e plena.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Vamos, agora, começar a entender melhor o sistema respiratório, o que ele é, para 
qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos. 
Para iniciarmos o nosso conteúdo, você sabe como o sistema respiratório for-
nece oxigênio ao corpo humano e remove dióxido de carbono? E quais são as 
outras funções importantes desse sistema?
PENSANDO JUNTOS
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório é formado por um conjunto de órgãos responsáveis pela 
absorção de oxigênio e a eliminação do gás carbônico ou dióxido de carbono, 
resultante de oxidações celulares. Ele pode ser dividido em duas partes, a pri-
meira é formada pelos órgãos que conduzem o ar até os alvéolos pulmonares, 
realizando o aquecimento, a filtração e a umidificação do ar inspirado. A segunda 
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parte é representada pelos locais de trocas gasosas, especificamente, os alvéolos 
pulmonares. 
PORÇÃO DE CONDUÇÃO E PORÇÃO DE RESPIRAÇÃO 
A porção de condução está formada por órgãos tubulares cuja função é levar o ar 
inspirado até a porção respiratória e conduzir o ar expirado eliminando o CO2. 
Além disso, esta região realiza a limpeza (filtração), a umidificação e o aqueci-
mento do ar. A porção de condução é formada pelos seguintes órgãos: nariz, 
faringe, laringe, traqueia e brônquios. Já a porção de respiração, representada 
pelos pulmões, é o local onde ocorrem as trocas gasosas (hematose).
Figura 1 - Sistema respiratório
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do sistema respiratório humano, apresentando desde a cavidade nasal 
até o diafragma.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Os órgãos que compõem o sistema respiratório são revestidos por um tecido epi-
telial pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes e, também, 
pode ser conhecido por epitélio respiratório (Figura 2). Entretanto, cabe destacar 
que algumas regiões não possuem o mesmo revestimento. Podemos distinguir, 
neste epitélio, cinco tipos de células: as colunares ciliadas, as caliciformes, as cé-
lulas em escova, as basais e as células do sistema neuroendócrino difuso (DNES). 
A célula colunar ciliada, em sua superfície apical, apresenta cílios apoiados em 
numerosas mitocôndrias, que fornecem ATP para o seu batimento. 
As caliciformes são células produtoras de muco composto de glicoproteínas. 
As células em escova possuem, em seu ápice, numerosas microvilosidades e são 
consideradas receptores sensoriais, pois, em sua base, estão presentes terminações 
nervosas. As células basais, que estão na base do epitélio, são pequenas, indiferen-
ciadas, pluripotentes e sofrem mitose. As células do DNES possuem numerosos 
grânulos de secreção contendo hormônios de ação parácrina e endócrina. Esses 
grânulos localizam-se na região basal das células (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
2018).
Figura 2 - Epitélio respiratório
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do epitélio respiratório, mostrando seus processos e funcionamento.
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NARIZ 
No estudo do nariz, incluem-se: nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais. 
Estas estruturas permitem a passagem do ar e trabalham em conjunto com o ob-
jetivo de aquecer, umidificar e filtrar o ar inspirado, além de receber as lágrimas, as 
secreções da mucosa nasal e paranasal. O nariz também é um órgão importante, 
pois apresenta células especializadas que participam do sentido da olfação. 
A cavidade nasal inicia nas narinas e vai até as coanas, local em que inicia a 
parte nasal da faringe. Essa cavidade está dividida em direita e esquerda por uma 
peça formada de cartilagem e osso (vômer e lâmina perpendicular do etmoide), 
o septo nasal.
O vestíbulo, a parte respiratória e a parte olfatória são as regiões da cavidade 
nasal (Figura 3). O vestíbulo é o local próximo das narinas e apresenta pelos 
responsáveis pela filtração do ar inspirado. Na parte respiratória, encontramos 
três prateleiras (camadas) formadas por osso, as conchas nasais superior, média e 
inferior. Nesta região, o ar é aquecido e umidificado. Na concha nasal superior, en-
contramos um neuroepitélio denominado epitélio olfatório, onde existem células 
que participam na percepção do odor. Esta região é denominada área olfatória. O 
espaço presente entre as conchas nasais é denominado meato nasal (MARTINI; 
TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Você sabia que o cigarro está relacionado com a destruição dos cílios das cé-
lulas do sistema respiratório? As substâncias presentes no cigarro promovem 
uma metaplasia, ou seja, uma mudança no epitélio das vias respiratórias. Ocorre 
o aumento no número e no tamanho das células caliciformes, levando a uma 
maior produção de muco. Além disso, ocorre morte das células ciliadas. Estas 
alterações promovem um acúmulo de muco nas vias respiratórias de fumantes, 
favorecendo a proliferação de bactérias e vírus, o que torna estes indivíduos 
mais susceptíveis a problemas respiratórios.
EU INDICO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Figura 3 - Cavidade nasal
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação da cavidade nasal, parte do sistema respiratório. 
FARINGE 
É um tubo localizado posteriormente à cavidade nasal e à cavidade oral, que 
inicia nas coanas e continua, inferiormente, com o esôfago. A faringe, conhecida 
popularmente como garganta, permite a passagem de ar até a laringe e de alimen-
tos sólidos e líquidos até o esôfago. Está dividida, anatomicamente, em três partes: 
 ■ Parte Nasal da Faringe: esta porção se inicia nas coanas e segue até 
o palato mole. Nesta região, encontramos as tonsilas faríngeas e duas 
aberturas, os ostios faríngeos da tuba auditiva, que permitem uma co-
municação da tuba auditiva com a faringe a fim de igualar as pressões 
interna e externa. 
 ■ Parte Oral da Faringe: segue do palato mole até o nível do osso hioide 
e se comunica com a cavidade oral pelas fauces (local de comunicação 
entre a boca e a garganta). Nesta região, observamos a tonsila palatina, 
na fossa tonsilar, localizada entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo.
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 ■ Parte Laríngea da Faringe: é a região que se comunica com a laringe 
e está situada desde o osso hioide até a porção inicial do esôfago (TOR-
TORA, 2007).
Figura 4 - Regiões da faringe
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação das regiões da laringe, mostrando desde cavidade nasal até a traqueia. 
LARINGE 
É um cilindro formado por nove anéis cartilaginosos, que conduzem a passagem 
do ar inalado até a traqueia. Tem início em nível de C IV (quarta vértebra cervical) 
e se estende até C VII (sétima vértebra cervical), sendo uma estrutura pequena 
localizada entre a boca e a traqueia (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
Suas cartilagens se apresentam em três pares (aritenoidea, corniculada e cunei-
forme) e três ímpares (epligótica, cricoidea e tireoidea).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A laringe apresenta um par de pregas, denominadas pregas vocais, que são 
as estruturas responsáveis pela produção do som. Essas pregas são formadas por 
um ligamento elástico, o ligamento vocal, que está revestido pela túnica mucosa. 
Superiormente às pregas vocais, encontramos outro par de pregas, as vestibulares, 
que não participam durante a produção do som e são constituídas pelas pregas 
vestibulares e a túnica mucosa (Figura 4) (TORTORA, 2007). 
TRAQUEIA
Localizada anteriormente ao esôfago, desde a laringe até a quinta vértebra torá-
cica, onde se divide para originar os dois brônquios principais direito e esquerdo 
(Figura 4). É formada por 16 a 20 anéis de cartilagem hialina em forma de “C” e 
é responsável pela condução do ar.
O epitélio ciliado que reveste a luz da traqueia fornece proteção contra partí-
culas de poeira presentes no ar. Os cílios movem o muco e as partículas de poeira 
aprisionadas em direçãoà faringe, de onde podem ser removidas (deglutidas ou 
expelidas) do trato respiratório.
BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS
Originam-se a partir da ramificação da traqueia em brônquio principal direito 
e esquerdo, que segue em direção ao pulmão direito e esquerdo. Ao penetrar no 
pulmão, o brônquio principal direito se ramifica em três brônquios lobares, um 
para cada lobo pulmonar, e o brônquio principal esquerdo origina dois brôn-
quios lobares, uma vez que o pulmão esquerdo apresenta apenas dois lobos. Os 
brônquios lobares se ramificam conforme penetram nos pulmões, originando 
os brônquios segmentares, que originam os bronquíolos terminais (Figura 5). 
Estes, ao se ramificarem, dão origem aos bronquíolos respiratórios que, enfim, 
chegam até os alvéolos pulmonares (unidades funcionais dos pulmões) através 
dos ductos alveolares. Os alvéolos são pequenas bolsas de células epiteliais acha-
tadas que possuem capilares sanguíneos. É o local onde ocorre o encontro entre 
o ar atmosférico e o sangue circulante. 
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 “ Durante uma crise de asma, o músculo liso bronquiolar entra em 
espasmo. Como não há cartilagem de sustentação, os espasmos fe-
cham as vias respiratórias. O movimento do ar pelos bronquíolos 
contraídos torna a respiração mais difícil. A parte parassimpática 
da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) e os mediadores 
de reações alérgicas, como a histamina, também provocam estrei-
tamento dos bronquíolos (broncoconstrição), em virtude da con-
tração do músculo liso bronquiolar (TORTORA; DERRICKSON, 
2017, p. 454). 
PULMÕES 
Os pulmões são órgãos esponjosos, localizados na cavidade torácica, lateralmente 
ao coração (Figura 6). Eles se estendem desde a região superior das clavículas até 
o diafragma. Cada pulmão se encontra envolvido por uma dupla membrana, a 
pleura. O folheto externo, aderido à parede da cavidade torácica, é denominado 
pleura parietal, e o outro folheto aderido ao pulmão chama-se pleura visceral. 
Entre a pleura parietal e a visceral existe a cavidade pleural, que está preenchida 
pelo líquido pleural. Este líquido permite os movimentos dos pulmões durante 
a inspiração e a expiração e impede que as duas pleuras entrem em contato (co-
lapso).
Os dois pulmões apresentam um ápice, que é a parte superior em forma de 
cone e uma base localizada inferiormente.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Figura 5 - Ramificação da árvore brônquica
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação da ramificação pertencente à árvore brônquica, apresentando os brônquios 
do corpo humano. 
Em cada pulmão, identificamos uma face costal que está em contato com as 
costelas na sua região anterior e com os corpos vertebrais, posteriormente. Uma 
face mediastinal (região medial) está voltada para o mediastino, contendo o hilo 
(local onde chegam e saem os vasos sanguíneos e os brônquios) e, por fim, uma 
face diafragmática côncava, que forma a base do pulmão. 
O pulmão direito é maior e mais pesado que o esquerdo, porém é mais curto, 
devido à presença do fígado inferiormente. O pulmão esquerdo, apesar de ser 
menor que o direito, é mais longo, porém é mais estreito, uma vez que o ápice do 
coração está voltado à esquerda. No pulmão direito identificamos três lobos, se-
parados por duas fissuras, sendo a fissura oblíqua e a fissura horizontal. O pulmão 
esquerdo apresenta apenas dois lobos separados pela fissura oblíqua.
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Figura 6 - Pulmões
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação dos pulmões, adentrando a cavidade torácica, as faces costais e as faces 
mediastinais.
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ALVÉOLOS E SEPTO INTERALVEOLAR 
Os alvéolos são estruturas que se assemelham a bolsas repletas de ar. Um conjunto 
de alvéolos recebe o nome de saco alveolar. As paredes dos alvéolos são revestidas 
por uma única camada de células pavimentosas, denominadas pneumócito I, ou 
célula alveolar tipo I. Entre os pneumócitos I, encontramos células arredondadas, 
os pneumócitos II, ou célula alveolar tipo II, que são responsáveis pela produção 
do surfactante, um fluido tenso ativo constituído por fosfolipídeos e lipoproteínas 
que diminui a tendência dos alvéolos sofrerem colapso (se fecharem). Na parede, 
ou, muitas vezes, localizados no interior dos alvéolos, encontramos macrófagos, 
denominados células de poeira, devido à sua função de fagocitar e eliminar pos-
síveis partículas sólidas presentes no ar que chega aos alvéolos (Figura 7). Esti-
ma-se que os pulmões sejam formados por um total de 300 milhões de alvéolos 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
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Figura 7 - Alvéolos e a Membrana Respiratória
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação dos alvéolos e a membrana respiratória, abrangendo a organização alveolar, 
MEV dos alvéolos pulmonares, a vista de uma secção e a membrana respiratória.
Entre a parede de um alvéolo e outro, encontramos o septo interalveolar. Esta 
região está constituída por um tecido conjuntivo frouxo, delicado e rico em fi-
bras reticulares e elásticas, que permitem o pulmão expandir durante os movi-
mentos respiratórios. O septo interalveolar possui grande quantidade de vasos 
sanguíneos, sendo o tecido conjuntivo mais vascularizado do corpo. Esta grande 
quantidade de vasos é extremamente importante para que ocorra a respiração 
pulmonar, que é a troca de gases entre o sangue e os alvéolos. 
Entre o sangue e a luz dos alvéolos, existe uma membrana que mede cerca 
de 0,5 µm de espessura, a membrana respiratória, que é formada por quatro ca-
madas:
 ■ Pneumócito I: forma a parede do alvéolo.
 ■ Membrana basal do pneumócito I: uma camada de proteínas localizada 
abaixo do pneumócito I. 
 ■ Membrana basal da célula endotelial: camada adjacente à membrana 
basal do pneumócito I e de igual constituição. 
 ■ Célula endotelial: célula epitelial pavimentosa, que forma a parede de 
revestimento dos capilares sanguíneos. 
Esta membrana permite a difusão dos gases. O O2, ao se difundir do interior dos 
alvéolos em direção ao sangue, atravessa o pneumócito I, a membrana basal do 
pneumócito I, a membrana basal da célula endotelial e, por fim, a célula endo-
telial. Já o CO2 fará o caminho contrário, pois se difunde do sangue em direção 
aos alvéolos. 
MECÂNICA DA VENTILAÇÃO PULMONAR 
Respiração é a troca de gases entre a atmosfera, o sangue e as células do corpo, 
ocorrendo em três estágios: 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
6. Ventilação Pulmonar: é a entrada (inspiração) e a saída do ar (expira-
ção). 
7. Respiração Pulmonar: é a troca de gases entre os alvéolos e o sangue 
nos capilares pulmonares. O sangue recebe O2 conforme flui através dos 
capilares pulmonares e elimina CO2. Uma doença, como o enfisema pul-
monar, no qual a área para troca gasosa está alterada (diminuída) dificulta 
a respiração pulmonar. A pressão e O2 (PO2), no interior dos alvéolos 
pulmonares, é de 105 mmHg, enquanto, nos capilares pulmonares, é de 
40 mmHg. Como a pressão de oxigênio alveolar é maior, o oxigênio flui 
através da membrana respiratória em direção aos capilares sanguíneos 
até que as duas pressões sejam igualadas. 
8. Respiração Tecidual: é a troca gasosa entre o sangue dos capilares sistê-
micos e as células teciduais. O sangue perde O2 e recebe CO2.
A ventilação ocorre devido a uma diferença na pressão do ar. Quando a pressão 
interna (dentro dos pulmões) é menor que a pressão externa (do ar atmosféri-
co), nós inspiramos, e, quando a pressão interna é maior que a externa, ocorre a 
expiração. Esta diferença nas pressões do ar dentro e fora dos pulmões é criada 
pela contração dos músculos da respiração. 
A contração do músculo diafragma e intercostais externos promovem uma 
expansão da cavidade torácica, tornando a pressão interna menor que a externa e 
promovendo a entrada do ar nos pulmões, a inspiração. Uma inspiração forçada 
depende da contração de músculos respiratórios acessórios: esternocleidomas-
toideo, escalenosa cada dois meses, a epiderme subs-
titui a si mesma. As camadas internas epidérmicas são compostas de células em 
formato de cubo, as quais vivem e se dividem rapidamente, enquanto as células 
das camadas externas são mortas e achatadas. 
A epiderme não possui suprimento sanguíneo direto, suas células são espe-
cialmente nutridas pela difusão e compartilhamento de nutrientes por uma rica 
rede vascular da derme subjacente. 
Balogh et al. (2011) descrevem que a epiderme é basicamente formada por 
cinco subcamadas de células chamadas queratinócitos. São células produzidas na 
camada basal mais interna que migram em direção à superfície da pele, passando 
por um processo de amadurecimento e experimentando uma série de mudanças. 
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Essas alterações fisiológicas, conhecidas como queratinização ou cornificação, 
fazem com que cada uma das suas subcamadas seja distinta (eliminada). 
Quanto às subcamadas existentes na epiderme, a seguir, estão descritas cada 
uma delas com seus respectivos conceitos ou finalidades, dispostas em uma po-
sição do sentido interno para a periferia (externo). 
ESTRUTURA DA PELE HUMANA
Poro de suor
Receptor sensorial
Glândula sebácea
Folículo capilar
Bulbo Capilar
Glândula sudorípara
Nervo
Artéria
Veia 
Tecido adiposo
Cabelo
Epiderme
Derme
Hipoderme
Camada muscular
Figura 5 – Especificações da pele
Fonte: o autor. 
Descrição da Imagem: representação das especificações da derme, epiderme e hipoderme.
 ■ Camada basal ou stratum basale: é a face mais interna do tecido, na qual 
os queratinócitos são formados. É também onde contém uma camada de 
matrizes intercelulares e extracelulares, funcionando como uma interface 
entre a derme e a epiderme. 
Proporciona a aderência entre a derme e a epiderme, funcionando como filtro 
seletivo de moléculas que se movem entre as duas camadas. É um local impor-
tantíssimo, pois se depositam imunoglobulinas criando barreira e impedindo a 
migração de corpos estranhos (ex.: bactérias). 
Uma característica especial desse grupo de células é que ela está em constante 
renovação, representada pelos queratinócitos jovens. 
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Os principais componentes relacionados à formação da lâmina basal são 
colágenos do tipo IV (promovem suporte mecânico para células adjacentes e fun-
cionam como barreira de filtração semipermeável para macromoléculas em ór-
gãos como rim e pulmão); glicoproteínas (laminina, entactina e proteoglicanos), 
possuindo como função estrutural, lubrificante e agente protetor; e colágeno do 
tipo VII, que é responsável por formar uma rede que adere ao tecido conjuntivo 
e ao epitelial, ligando os dois tecidos por meio das fibrilas de ancoragem. 
 ■ Camada espinhosa ou stratum spinosum: os queratinócitos produzem 
queratina (fibras de proteína) e se tornam fusiformes. 
Tal camada é mais espessa quando comparada às demais estruturas, possuindo 
uma trama intermediária em forma de rede, tornando-se resistente à tensão e 
ao atrito. 
Sua identificação como espinhosa se deve a sua formação irregular que lem-
bra espinhos, dando esta impressão (pois espinhos não existem no sistema celu-
lar) devido à presença de artefatos na sua formação em decorrência da reparação 
e preparação do tecido: as células murcham e seus desmossomos (junção celular 
constituída por duas partes – proteínas especiais) permanecem unidos. 
 ■ Camada granular ou stratum granulosum: a queratinização começa – as 
células produzem grânulos duros e à medida que eles empurram para 
cima, estes grânulos se transformam em queratina e lipídios epidérmicos. 
Consiste de três a quatro camadas, suas células permanecem achatadas 
e seus núcleos e organelas começam a se desintegrar, acumulando dois 
tipos de grânulos, ajudando a formar a queratina das camadas superficiais. 
Os grânulos de querato-hialina ajudam a formar a queratina das camadas su-
perficiais. Os grânulos lamelares, “discos”, contêm um glicolipídeo impermeável 
que é expelido para o espaço extracelular, tornando-se um dos principais fatores 
envolvidos na redução da perda de água através da epiderme. 
As membranas plasmáticas dessas células se tornam espessadas quando pro-
teínas citosólicas se ligam a sua face interna e os lipídios liberados pelos grânulos 
lamelares cobrem suas superfícies externas. Tornando-as mais resistentes à des-
truição, “reforçando-se” para tornar o extrato externo a região mais forte da pele. 
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 ■ Camada lúcida ou stratum lucidium: as células são bem comprimidas, 
aplainadas e não se distinguem umas das outras. Essa camada extra de 
células encontra-se presente nas regiões palmoplantares, locais onde a 
pele é mais espessa, já nos lábios (boca), situa-se entre a camada córnea e 
a granulosa (considerada mais fina). 
 ■ Camada córnea ou stratum basale: a camada mais externa da epiderme, 
com uma média de 20 subcamadas de células mortas aplainadas depen-
dendo de onde seja a pele do corpo. 
Estas células mortas se desprendem regularmente num processo conhecido por 
descamação. A camada córnea também abriga os poros das glândulas sudoríparas 
e as aberturas das glândulas sebáceas. É nas regiões que observamos a inflamação 
dos poros.
Figura 6 – Camadas do tecido tegumentar
Descrição da Imagem: corte didático da pele, mostrando as camadas desde a córnea até a camada basal, iden-
tificando os tipos de células em formato cuboide, com núcleos corados em rosa. 
As células epidérmicas são unidas firmemente por desmossomos, que se inter-
conectam com filamentos de queratina, visando estabelecer a formação de uma 
cobertura que seja forte e coesa. Durante a maturação de uma célula produtora 
de queratina, os filamentos dessas estruturas acumulam-se progressivamente, 
fazendo ligação cruzada entre si dentro do citosol. 
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À medida que as células vão envelhecendo e morrem, esse centro fibroso de 
queratina permanece formando escamas achatadas e endurecidas, que fornecem 
uma camada queratinizada dura e protetora (GUYTON; HALL, 2017). 
Cabe destacar que Mendonça e Rodrigues (2011) sinalizam, que, embora as 
escamas das camadas mais externas queratinizadas se soltem ou se esfarelem 
por abrasão, elas são continuamente substituídas por meio da divisão celular nas 
camadas epidérmicas mais profundas. Os autores ainda pontuam dizendo que 
essa taxa de divisão celular e a espessura dessa camada de queratina, varia nas 
diferentes partes do corpo, por exemplo, mais espessa nas áreas em que a pele 
está sujeita à maior pressão como a região plantar dos pés. No entanto, alguns 
materiais como as substâncias lipossolúveis, são capazes de penetrar na pele in-
tacta através das bicamadas lipídicas das membranas plasmáticas das células 
epidérmicas.
Sabendo disso, em meio a essa possibilidade de absorção e penetração de 
componentes na pele humana, algumas vezes são adaptados fármacos como 
nicotina e estrógenos com a finalidade terapêutica. É uma alternativa menos 
dolorosa e invasiva.
Os epitélios ou epiderme constituem um grupo distinto de tecidos que reco-
brem toda a superfície corporal, cavidades e tubos, agindo e funcionando como 
intercomunicação entre os compartimentos biológicos. Também formam outras 
estruturas – as glândulas –, compostas de uma ou mais células que possuem como 
função fabricar algumas formas de produtos e subprodutos conhecidos como 
hormônios, sucos digestivos, lágrima e suor (GUYTON; HALL, 2017).
DERME 
Logo abaixo da epiderme fica a derme, uma camada de tecido conectivo que 
contém muitas fibras de elastina “para alongamento” e de colágeno “para resis-
tência”, além de uma abundante rede de vasos sanguíneos e terminações nervosas 
especializadas. Mendonça e Rodrigues (2011) pontuam que os vasos sanguíneos 
dérmicos não apenas irrigam a derme e epiderme, mas também desempenham 
um papel importante na regulação da temperatura. 
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O calibre desses vasos e o volume de sangue que flui através deles, estão sujeitos 
ao controle para regular a quantidadee peitoral menor. Durante a expiração, ocorre o relaxamento 
do diafragma e dos músculos intercostais externos. Durante a expiração forçada 
ocorre a contração dos músculos intercostais internos, oblíquos internos e ex-
ternos do abdome, transverso do abdome e reto do abdome. 
A pressão na cavidade pleural, em condições normais, é em torno de 4 mmHg 
menor que a pressão atmosférica. Isto é vital, pois impede o colabamento (fecha-
mento) dos alvéolos pulmonares durante a expiração. Se, em decorrência de um 
acidente ou uma incisão cirúrgica, ocorre a entrada de ar na cavidade pleural, re-
sulta em uma condição denominada pneumotórax. Neste caso, a pressão interna 
se eleva e se iguala à pressão fora dos pulmões, o que desencadeia o colabamento 
dos alvéolos pulmonares. Esta perda de volume pulmonar é denominada atelec-
tasia (colabamento). 
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Durante uma inspiração e uma expiração, cerca de 500 ml de ar são movi-
mentados. Este volume de ar que entra e sai dos pulmões é denominado volume 
de ar corrente. Um adulto saudável respira, em média, doze vezes por minuto. 
Cerca de 30% (150 ml) do volume de ar corrente não chega até os pulmões. Este 
volume permanece nas vias aéreas superiores (espaço morto anatômico). 
O espirômetro é um aparelho que mede a frequência respiratória e a capaci-
dade (quantidade) de ar inspirado e expirado durante a respiração. Por meio do 
espirômetro, podemos definir os volumes de ar inspirado: 
 ■ Volume de Reserva Inspiratório: é o volume de ar inalado durante uma 
inspiração forçada. Pode chegar a até 3100 ml de ar. 
 ■ Volume de Reserva Expiratório: é o volume de ar expirado durante 
uma expiração forçada. São eliminados até 1200 ml de ar, além dos 500 
ml já eliminados durante a expiração normal. 
 ■ Volume Residual: é o volume de ar que não é eliminado dos pulmões, 
mesmo após uma expiração forçada. Corresponde a cerca de 1200 ml 
(TORTORA, 2007). A combinação de volumes de ar específicos é deno-
minada capacidades pulmonares: 
 ■ Capacidade Inspiratória: volume de ar corrente (500 ml) + volume de 
reserva inspiratório (3100 ml) = 3600 ml. 
 ■ Capacidade Residual Funcional: volume residual (1200 ml) + volume 
de reserva expiratório (1200 ml) = 2400 ml. 
 ■ Capacidade Vital: volume de reserva inspiratório (3100 ml) + volume 
corrente (500 ml) + volume de reserva expiratório (1200 ml) = 4800 ml. 
 ■ Capacidade Pulmonar Total: é a soma de todos os volumes = 6000 ml.
TRANSPORTE DE GASES 
O oxigênio é transportado no sangue ligado à hemoglobina das hemácias. A 
hemoglobina é uma proteína tetramérica que apresenta quatro grupos HEME, 
cada um contém um átomo de ferro, que se liga a uma molécula de oxigênio. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Alguns fatores, como o aumento da temperatura corporal, a diminuição do pH 
sanguíneo (produção de ácido lático) e o aumento da PCO2 estimulam a liberação 
do O2 pela hemoglobina. 
O gás carbônico é transportado através do sangue, por meio de três maneiras 
distintas: 
1. Dissolvido no plasma (9%). 
2. Ligado a aminoácidos (13%): o monóxido de carbono ligado a aminoáci-
dos é transportado associado à hemoglobina, formando a Carbaminohe-
moglobina. Quando a PCO2 é alta, a carbaminohemoglobina é formada. 
3. Na forma de bicarbonato (78%): o CO2 associa-se à água, no interior 
das hemácias, e origina o ácido carbônico (H2CO3) por meio da ação da 
enzima anidrase carbônica presente no citosol das hemácias. O ácido 
carbônico se decompõe em H+ e HCO3-. O bicarbonato é enviado para o 
plasma sanguíneo, maneira pela qual é transportado. No interior dos capi-
lares pulmonares, onde a PCO2 é mais baixa, os íons bicarbonato (HCO3-) 
entram novamente nas hemácias e se ligam ao H+ para formar H2 CO3, 
que se dissocia em H2 O e CO2. O CO2 sai das hemácias e se difunde até o 
interior dos alvéolos pulmonares, de onde é expirado (TORTORA, 2007).
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório não realiza suas funções durante o período embrionário 
e fetal, mas precisa se desenvolver para que, após o nascimento, possa desempe-
nhar sua função. O seu desenvolvimento inicia-se na quarta semana, a partir de 
uma projeção na região ventral do intestino primitivo, denominada divertículo 
respiratório (Figura 8). O endoderma do divertículo originará o revestimento 
epitelial e as glândulas da traqueia, dos brônquios e dos alvéolos. Os tecidos con-
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juntivo, cartilaginoso e muscular liso formam estas estruturas, as quais possuem 
sua origem proveniente do mesoderma esplânico que circunda o divertículo.
Conforme segue o desenvolvimento, o divertículo respiratório se alonga, 
dando origem ao divertículo laringotraqueal, o qual formará a traqueia. A ex-
tremidade do divertículo laringotraqueal se dilata e origina dois brotos bronco-
pulmonares, os quais sofrem sucessivas ramificações, originando os brônquios 
e bronquíolos. 
Os alvéolos, os bronquíolos respiratórios e os ductos alveolares se desen-
volvem a partir da 16a semana, sendo que a produção de surfactante tem início 
por volta da 20a semana. Alvéolos maduros só se desenvolvem a partir da 30ª 
semana, sendo que apenas 1/6 do total de alvéolos termina seu desenvolvimento 
até o nascimento. Grande parte dos alvéolos termina de se desenvolver após o 
nascimento (MOORE; PERSAUD, TORCHIA, 2016).
 “ Durante o desenvolvimento, os movimentos respiratórios do feto 
provocam a aspiração de líquido pelos pulmões, o qual é uma mis-
tura de líquido amniótico, muco proveniente das glândulas brôn-
quicas e surfactante. Ao nascimento, os pulmões estão parcialmente 
cheios de líquido, mas assim que a respiração começa grande parte 
dele é rapidamente reabsorvida pelo sangue e pelos capilares linfá-
ticos, e uma pequena quantidade é expelida pelo nariz e pela boca 
durante o parto (TORTORA, 2007, p. 803).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Figura 8 - Desenvolvimento do Sistema Respiratório
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do desenvolvimento do sistema respiratório.
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RESUMO
 ■ O sistema respiratório é formado pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela 
traqueia, pelos brônquios, pelos bronquíolos e pelos pulmões. 
 ■ Os órgãos do sistema respiratório são, em sua maioria, revestidos por um 
epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes, 
denominado epitélio respiratório. 
 ■ O nariz está constituído pelo nariz externo, cavidade nasal e seios para-
nasais. 
 ■ A faringe é dividida em três regiões: parte nasal da faringe, parte oral da 
faringe e parte laríngea da faringe. 
 ■ Um conjunto de nove cartilagens formam a laringe, que, além de conduzir 
o ar até a traqueia, tem uma importante função na produção do som. 
 ■ Localizada anteriormente ao esôfago, encontramos a traqueia, que se ra-
mifica em dois brônquios. 
 ■ Os pulmões, localizados um de cada lado do coração, são órgãos espon-
josos repletos de cavidades que contêm ar e realizam as trocas gasosas, 
denominadas alvéolos. 
 ■ Entre o sangue e a luz dos alvéolos existe a membrana respiratória, que 
permite a passagem dos gases durante a troca gasosa. 
 ■ A respiração é a troca de gases entre a atmosfera, o sangue e as células do 
corpo e ocorre em três estágios: ventilação pulmonar, respiração pulmo-
nar e respiração tecidual. 
É importante salientar que bebês que nascem antes da 28ª semana de de-
senvolvimento podem apresentar a Síndrome do Desconforto Respiratório 
(SDR). Nesta síndrome, ocorre um colabamento (fechamento) dos alvéolos na 
expiração, devido à falta de surfactante, que começa a ser produzido na 20ª 
semana, mas atinge seu pico por volta da 35ª semana. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
 ■ A frequência respiratória, bem como a quantidade de ar inspirado e expi-
rado podem ser medidos pelo aparelho denominado espirômetro. 
 ■ O oxigênio é transportado no plasma ligado à hemoglobina. 
 ■ O gás carbônico é transportado de três maneiras: dissolvidono plasma, 
ligado a aminoácidos e na forma de bicarbonato. 
 ■ O sistema respiratório tem origem a partir da quarta semana de desenvol-
vimento, a partir de uma projeção na região ventral do intestino primitivo, 
denominada divertículo respiratório.
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para quem quer trabalhar com o Sistema Respiratório 
é bastante amplo e diversificado, oferecendo uma série de oportunidades para 
profissionais qualificados e com interesse nesta área da saúde. Uma das áreas de 
atuação é a pneumologia, especialistas em doenças respiratórias podem atuar 
em hospitais, clínicas, consultórios particulares e instituições de pesquisa. Estes 
profissionais são responsáveis por diagnosticar e tratar condições, como asma, 
bronquite, pneumonia, tuberculose e outras doenças que afetam o sistema res-
piratório.
Outra opção é a carreira de enfermeiro respiratório, que envolve a assistência 
direta a pacientes com problemas respiratórios, em hospitais, unidades de terapia 
intensiva, clínicas e outros ambientes de cuidados de saúde. Estes profissionais são 
responsáveis por monitorar a função pulmonar, administrar medicações, auxiliar 
na ventilação mecânica e realizar outras intervenções necessárias para garantir a 
respiração adequada dos pacientes.
Além disso, existem outras áreas de atuação, como a fisioterapia respiratória, 
a pesquisa em doenças respiratórias, a fabricação de equipamentos médicos para 
o tratamento de problemas respiratórios, entre outras.
Em resumo, as oportunidades do mercado de trabalho para quem quer traba-
lhar com o sistema respiratório são vastas e abrangentes, exigindo uma formação 
sólida e contínua atualização profissional para se destacar nesta área.
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VAMOS PRATICAR
1. A faringe é um órgão tubular localizado na região posterior da boca e conecta a cavi-
dade nasal e a cavidade oral com a laringe e o esôfago. Ela desempenha um papel im-
portante tanto no sistema respiratório quanto no sistema digestivo. A faringe é dividida 
em três regiões de acordo com sua localização anatômica e função.
Cite as três regiões da faringe e descreva a sua estrutura e suas principais características. 
2. Alvéolos não pertencem à porção condutora do sistema respiratório.
Diante da afirmativa, explique o porquê.
3. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que crianças, filhas de mães fuman-
tes, têm, ao nascer, peso médio inferior ao de crianças filhas de mães não fumantes. 
Sobre este fato, um estudante fez as seguintes afirmações: 
I - O cigarro provoca maior concentração de monóxido de carbono (CO) no sangue e 
provoca constrição dos vasos sanguíneos da fumante. 
II - O CO associa-se à hemoglobina, formando a carboxihemoglobina, um composto qui-
micamente estável, que favorece a ligação da hemoglobina ao oxigênio.
III - O oxigênio, ligado à hemoglobina, fica indisponível para as células e, desse modo, o 
sangue materno chega à placenta com taxas reduzidas de oxigênio. 
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VAMOS PRATICAR
IV - A constrição dos vasos sanguíneos maternos diminui o aporte de sangue à placenta, 
desse modo, reduz-se a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam ao feto. 
V - Com menos oxigênio e menos nutrientes, o desenvolvimento do feto é mais lento, e 
a criança chegará ao final da gestação com peso abaixo do normal. 
Sabendo que a afirmação I está correta, então, podemos afirmar que: 
a) A afirmação II também está correta, mas esta não tem por consequência o contido 
na afirmação III.
b) As afirmações II e III também estão corretas, e ambas têm por consequência o contido 
na afirmação V.
c) A afirmação III também está correta, mas esta não tem por consequência o contido 
na afirmação V.
d) A afirmação IV também está correta e tem por consequência o contido na afirmação V.
e) As afirmações II, III e IV estão corretas e têm por consequência o contido na afirmação 
V.
4. A respiração é a troca de gases do organismo com o ambiente. Nela, o ar entra e sai 
dos pulmões graças à contração do diafragma.
Neste contexto, considere as seguintes etapas do processo respiratório no homem:
I - Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce, aumentando o volume da caixa 
torácica. 
II - Quando a pressão interna na caixa torácica diminui e se torna menor que a pressão 
do ar atmosférico, o ar penetra nos pulmões. 
III - Durante a expiração, o volume torácico aumenta, e a pressão interna se torna menor 
que a pressão do ar atmosférico. 
IV - Quando o diafragma relaxa, ele reduz o volume torácico e empurra o ar usado para 
fora dos pulmões. 
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VAMOS PRATICAR
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas. 
b) III, apenas.
c) I e III.
d) II e V.
e) I, II e IV.
5. Analise o enunciado a seguir:
Assinale a alternativa que contenha, respectivamente, o nome das estruturas respon-
sáveis por: 
1- Fechar a laringe para que não entrem alimentos no sistema respiratório. 
2- Contrair e relaxar para movimentar os pulmões. 
3- Armazenar O2 ou CO2. 
4- Conter as cordas vocais. 
Portanto:
a) 1- Epiglote; 2- músculo diafragma; 3- alvéolos; 4- laringe.
b) 1- Proeminência laríngea; 2- músculo cardíaco; 3- bronquíolos; 4- laringe.
c) 1- Laringofaringe; 2- músculo diafragma; 3- alvéolos; 4- faringe.
d) 1- Epiglote; 2- músculos peitorais; 3- brônquios; 4- faringe.
e) 1- Nasofaringe; 2- músculo diafragma; 3- bronquíolos; 4- faringe.
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REFERÊNCIAS
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plicação de alto risco no diabetes melito tipo 1. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 52, n. 2, p. 
398-406, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ abem/v52n2/28.pdf. Acesso em: 
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HALL, J. E. Tratado de fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
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Rev. Bras. Neurol., v. 50, n. 2, p. 33-35, 2014.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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SILVA, S. G. da. A gênese cerebral da imagem corporal: algumas considerações sobre o fe-
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TAMASHIRO, E. et al. Efeitos do cigarro sobre o epitélio respiratório e sua participação na 
rinossinusite crônica. Braz J. Otothinolaryngol, v. 75, 2009.
TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017.
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1. Parte nasal da faringe (nasofaringe): é a região mais superior da faringe, localizada atrás 
do nariz. Ela se comunica com as cavidades nasais e é responsável por conduzir o ar 
inspirado em direção à laringe.
Parte oral da faringe (orofaringe): é a região intermediária da faringe, localizada poste-
riormente à boca. Ela se comunica com a cavidade oral e é responsável por permitir a 
passagem do ar e dos alimentos.
Parte laringofaríngea (laringofaringe): é a região inferior da faringe, localizada posterior-
mente à laringe. Ela se comunica com a laringe e o esôfago e desempenha um papel 
na passagem de ar em direção aos pulmões e na condução de alimentos em direção ao 
esôfago.
Portanto, a faringe é dividida em parte nasal da faringe, parte oral da faringe e parte 
laringofaríngea.
2. As estruturas da porção condutora do sistema respiratório são responsáveis por conduzir 
o ar para dentro e para fora dos pulmões, sem realizar trocas gasosas significativas. Essas 
estruturas incluem traqueia, brônquios, bronquíolos e laringe.
No entanto os alvéolos não fazem parte da porção condutora, mas sim da porçãorespi-
ratória do sistema respiratório. Os alvéolos são pequenas estruturas em forma de saco 
localizadas nos pulmões, onde ocorre a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue. Nos 
alvéolos é que ocorre a difusão de oxigênio para o sangue e a eliminação de dióxido de 
carbono dos pulmões.
3. A resposta correta é a opção e) As afirmações II, III e IV estão corretas e têm por conse-
quência o contido na afirmação V.
Justificativa: Afirmação I: o cigarro provoca maior concentração de monóxido de carbono 
(CO) no sangue e provoca constrição dos vasos sanguíneos da fumante. Isso está cor-
reto, pois o monóxido de carbono presente na fumaça do cigarro se liga à hemoglobina, 
reduzindo sua capacidade de transportar oxigênio, e a constrição dos vasos sanguíneos 
diminui o fluxo sanguíneo.
Afirmação II: o CO se associa à hemoglobina, formando a carboxihemoglobina, um com-
posto quimicamente estável que favorece a ligação da hemoglobina ao oxigênio. Isso 
está correto, pois o monóxido de carbono tem uma afinidade maior com a hemoglobina 
do que o oxigênio, formando a carboxihemoglobina e diminuindo a capacidade de trans-
porte de oxigênio.
GABARITO
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Afirmação III: o oxigênio, ligado à hemoglobina, fica indisponível para as células, desse 
modo, o sangue materno chega à placenta com taxas reduzidas de oxigênio. Isso está 
correto, pois a presença de carboxihemoglobina reduz a disponibilidade de oxigênio 
para as células e, consequentemente, o sangue materno chega à placenta com níveis 
reduzidos de oxigênio.
Afirmação IV: a constrição dos vasos sanguíneos maternos diminui o aporte de sangue 
à placenta, desse modo, reduz-se a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam ao 
feto. Isso está correto, pois a constrição dos vasos sanguíneos reduz o fluxo sanguíneo 
para a placenta, limitando o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao feto.
Afirmação V: com menos oxigênio e menos nutrientes, o desenvolvimento do feto é mais 
lento, e a criança chegará ao final da gestação com peso abaixo do normal. Esta afirmação 
está correta, pois a restrição do fornecimento de oxigênio e nutrientes ao feto, devido ao 
tabagismo materno pode afetar, negativamente, seu desenvolvimento, resultando em 
um peso inferior ao normal ao final da gestação.
Portanto, as afirmações II, III e IV estão corretas e têm por consequência o contido na 
afirmação V, tornando a opção E a resposta correta.
4. A resposta correta é a opção d) I, II e IV estão corretas.
Justificativa: Sentença I: durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce, aumentando 
o volume da caixa torácica. Isso está correto, pois o diafragma é um músculo importante 
na respiração, e sua contração resulta na expansão dos pulmões.
Sentença II: quando a pressão interna na caixa torácica diminui e se torna menor que 
a pressão do ar atmosférico, o ar penetra nos pulmões. Isso está correto, pois, durante 
a inspiração, a expansão dos pulmões causa uma diminuição da pressão interna, o que 
permite que o ar entre nos pulmões, devido à diferença de pressão.
Sentença III: a sentença III está incorreta. Durante a expiração, o volume torácico diminui, 
e a pressão interna se torna maior que a pressão do ar atmosférico. Isso ocorre, devido 
ao relaxamento do diafragma e de outros músculos respiratórios, o que faz com que o 
ar seja expelido dos pulmões.
Sentença IV: quando o diafragma relaxa, ele reduz o volume torácico e empurra o ar usado 
para fora dos pulmões. Esta afirmação está correta, pois, durante a expiração, a redução 
do volume torácico causada pelo relaxamento do diafragma e dos músculos respiratórios 
leva ao aumento da pressão interna, expulsando o ar dos pulmões.
Portanto, as assertivas I, II e IV estão corretas.
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5. A resposta correta é a opção a) 1- epiglote; 2- músculo diafragma; 3- alvéolos; 4- laringe.
Justificativa:
1- Epiglote: a epiglote é uma estrutura localizada na base da língua, que se fecha du-
rante a deglutição para evitar que alimentos e líquidos entrem no sistema respiratório, 
direcionando-os para o esôfago.
2- Músculo diafragma: o músculo diafragma é o principal músculo envolvido na respiração. 
Ele se contrai e relaxa para movimentar os pulmões durante a inspiração (contração) e 
a expiração (relaxamento).
3- Alvéolos: os alvéolos são pequenas estruturas presentes nos pulmões, onde ocorre 
a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue. Eles são responsáveis por armazenar o 
oxigênio (O2) inspirado nos pulmões e, também, por liberar o dióxido de carbono (CO2) 
produzido pelo metabolismo celular para ser expirado.
4- Laringe: a laringe é uma estrutura do sistema respiratório que contém as cordas vo-
cais. Ela desempenha um papel importante na produção de sons e na articulação da fala.
Portanto, a opção a) é a resposta correta, pois contém os nomes das estruturas corretas 
que realizam as funções descritas.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Conhecer a constituição do tecido nervoso. 
Identificar e localizar as regiões que constituem o sistema nervoso central. 
Associar as funções de cada região do sistema nervoso central.
Compreender algumas patologias que acometem o sistema nervoso.
Desenvolver o conhecimento acerca dos sistemas humanos.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8
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INICIE SUA JORNADA
O sistema nervoso central (SNC) é um dos sistemas mais complexos do corpo 
humano, responsável por controlar e coordenar as funções do organismo. É com-
posto pelo cérebro e pela medula espinhal, que estão protegidos por estruturas 
ósseas, como o crânio e a coluna vertebral. O SNC é responsável por receber 
informações sensoriais, processá-las e enviar respostas motoras, além de regular 
funções autônomas, como a respiração e a frequência cardíaca. O cérebro, em 
particular, é responsável por diversas funções cognitivas, como memória, apren-
dizagem, emoções e linguagem. O estudo do sistema nervoso central é essencial 
para o entendimento de como o corpo humano funciona e como diversas pato-
logias podem afetar o seu funcionamento.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Então, agora, começaremos a entender melhor sobre o sistema nervoso central, 
o que ele é, a qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos. 
Como o sistema nervoso central é responsável por controlar e coordenar todas 
as funções do organismo, de que maneira as patologias que afetam o cérebro e 
a medula espinhal podem interferir na qualidade de vida dos pacientes?
PENSANDO JUNTOS
INTRODUÇÃO 
O sistema nervoso é constituído por bilhões de neurônios e possui inúmeras 
atribuições, dentre elas: capacitar o organismo a perceber as variações entre o 
meio (interno e externo); difundir as modificações que essas variações produzem 
e executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do 
corpo (homeostase). Está envolvido na coordenação e regulação das funções 
corporais. 
O sistema nervoso está organizado em Sistema Nervoso Central e Sistema 
Nervoso Periférico. O Sistema Nervoso Central (SNC) é aquele que se localiza 
dentro da cavidade craniana (que contém o encéfalo) e do canal vertebral (que 
contém a medula espinal). Essa estrutura recebe, analisa, integra informações 
e, além disso, é responsável pela tomada de decisões e o envio de comandos 
(ordens). Já o Sistema Nervoso Periférico (SNP) envolve todo o tecido nervoso 
localizado fora do SNC. Está constituído por nervos, gânglios e raízes nervosas. 
Os nervos são estruturas constituídas por axônios de neurônios e envoltórios 
de tecido conjuntivo, podendo ser cranianos ou espinhais. Os nervos cranianos 
são compostos de 12 pares conectados no tronco encefálico, enquanto 31 pares 
de nervos espinhais estão conectados na medula espinal e são responsáveis por 
fazer a conexão da periferia do corpo com o SNC. Os gânglios, por sua vez, são 
aglomerados de neurônios envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo, locali-
zados fora do SNC. As terminações nervosasmonitoram alterações no ambiente 
externo ou interno (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
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Figura 1 - Organização do sistema nervoso central
Fonte: Barauna (2019, p. 74).
Descrição da Imagem: representação de como ocorre a organização do sistema nervoso central humano.
HISTOLOGIA DO TECIDO NERVOSO 
O tecido nervoso (Figura 2) é formado por até um trilhão de neurônios e um 
grupo de células especializadas denominadas neuroglia (células da glia). Tanto 
os neurônios quanto a neuroglia possuem origem embrionária a partir do ecto-
derma (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
Figura 2 - Tecido nervoso
Fonte: Barauna (2019, p. 74).
Descrição da Imagem: representação do tecido nervoso, unindo Corpos de Nissl, neurônio e neuroglia.
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NEURÔNIOS 
Assim como as células musculares, os neurônios (células nervosas) possuem ex-
citabilidade elétrica, ou seja, a capacidade de responder a estímulos e convertê-los 
em um potencial de ação. Um estímulo é qualquer mudança no ambiente, forte 
o suficiente para iniciar um potencial de ação. Um potencial de ação ou impulso 
nervoso é um sinal elétrico que se propaga (viaja) ao longo da superfície da mem-
brana de um neurônio ou de uma fibra muscular (TORTORA; DERRICKSON, 
2017, p. 238).
Os neurônios (Figura 3) são as unidades básicas do processamento das infor-
mações, sendo responsáveis pela condução do estímulo nervoso. Estão constituí-
dos, na maioria das vezes, de um corpo celular (pericário), dendritos e um axônio. 
O corpo celular é a região que contém grande parte das organelas celulares. Ainda, 
encontramos o núcleo celular, que se apresenta grande e pouco corado. Uma 
característica do corpo celular é a presença de granulações basófilas, denomi-
nadas corpos de Nissl. Essas estruturas são porções do retículo endoplasmático 
rugoso associado a polirribossomos, importante local de síntese de proteínas 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
Do corpo celular parte um único e longo prolongamento, o axônio, estrutura 
especializada na transmissão dos estímulos nervosos para outro neurônio, célula 
muscular ou glândula. O axônio se une ao corpo celular em uma região que tem 
a forma de um cone e é denominado cone de implantação. A terminação axonal 
(telodendro) é porção terminal de um axônio e pode apresentar ramificações. 
Vários prolongamentos menores e ramificados também se originam do corpo 
celular, os dendritos, responsáveis por receber os estímulos.
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Figura 3 - Estrutura de um neurônio
Fonte: Barauna (2019, p. 75).
Descrição da Imagem: representação de como ocorre a estruturação de um neurônio.
Os neurônios podem ser classificados de acordo com suas funções na condução 
dos impulsos e de acordo com a sua morfologia. De acordo com Tortora (2007), 
funcionalmente, os neurônios podem ser: 
1. Neurônios sensitivos (aferentes): recebem estímulos sensoriais e con-
duzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central. 
2. Neurônios motores (eferentes): transmitem os impulsos ao órgão efe-
tuador – músculo ou glândula (respostas ao estímulo). 
3. Neurônios de associação ou interneurônios: estabelecem conexões 
entre os neurônios sensitivos e os neurônios motores. 
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Estruturalmente, conforme observamos na Figura 4, os neurônios são classifi-
cados em:
a) Neurônios multipolares: são formados por um corpo celular, um axô-
nio e vários dendritos. São encontrados na medula espinal e no encéfalo. 
b) Neurônios bipolares: possuem apenas dois prolongamentos, partindo 
do corpo celular, um axônio e um dendrito. Estão presentes na retina, na 
orelha e na área olfatória. 
c) Neurônios pseudounipolares: apresentam um corpo celular do qual 
parte um único prolongamento que se ramifica em dois, sendo um axô-
nio e um dendrito. Seu dendrito funciona como um receptor sensorial, 
recebendo estímulos como tato, dor, pressão e temperatura.
Figura 4 - Classificação estrutural dos neurônios
Fonte: Barauna (2019, p. 76).
Descrição da Imagem: representação da classificação estrutural dos neurônios, partindo do bipolar ao pseu-
dounipolar até o multipolar.
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NEURÓGLIA 
A neuróglia (Figura 5) constitui o conjunto de células do tecido nervoso, exceto os 
neurônios, representando aproximadamente metade do volume celular do SNC. 
Os primeiros histologistas acreditavam que a neuróglia funcionava como uma 
cola que mantinha o tecido nervoso coeso, daí o seu nome glia = cola (grego). 
Atualmente, sabe-se que a neuróglia é um conjunto de células que desempenha 
funções importantíssimas para o tecido nervoso, sendo menores, porém muito 
mais numerosas do que os neurônios. A neuróglia não conduz estímulos nervo-
sos e possui capacidade de se dividir após o nascimento. Em situações de dano ao 
tecido nervoso, o local antes ocupado por neurônios passa a ser substituído por 
células da glia, que se proliferam na região em que houve a lesão, uma maneira 
de “cicatrizar” o tecido. Além disso, dá suporte físico, nutricional aos neurônios e 
realiza a sua proteção (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Figura 5 - Neuróglia
Fonte: Barauna (2019, p. 77).
Descrição da Imagem: a neuróglia constitui o conjunto de células do tecido nervoso, exceto os neurônios, repre-
sentando aproximadamente metade do volume celular do SNC.
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O grupo de neuróglia está constituído pelas seguintes células, de acordo com 
Junqueira e Carneiro (2018):
 ■ Astrócitos: são as maiores células da neuróglia. Possuem um corpo celu-
lar que contém as organelas e do qual partem pequenos prolongamentos 
ramificados. Estão distribuídos pelo SNC e realizam o suporte físico e 
nutricional aos neurônios. Quando em contato com capilares sanguíneos, 
formam a barreira hematoencefálica (BHE), estrutura responsável por 
impedir a passagem de algumas substâncias para o tecido nervoso. 
 ■ Oligodendrócitos: são células menores que os astrócitos e possuem pou-
cos prolongamentos ligados ao seu corpo celular. São encontrados apenas 
no SNC. Lá, participam da formação da bainha de mielina dos neurônios 
(estudaremos adiante). 
 ■ Micróglia: são as menores células da glia, possuem um corpo celular do 
qual partem vários prolongamentos que se ramificam. Essas células são 
os macrófagos do tecido nervoso, responsáveis por realizar a fagocitose, 
promovendo a limpeza e defesa do tecido, protegendo contra bactérias, 
vírus e o desenvolvimento de tumores. 
 ■ Células Ependimárias (ependimócitos): são células cilíndricas alonga-
das com cílios na sua porção apical. Realizam o revestimento dos ventrí-
culos cerebrais e do canal central da medula espinal. Seus cílios auxiliam 
a movimentação do líquido cérebro-espinhal. Participam na formação 
dos plexos corioides, estruturas responsáveis pela formação do líquido 
cérebro-espinhal. 
 ■ Células de Schwann: localizadas apenas no SNP, são células achatadas, 
responsáveis por formar a bainha de mielina nos axônios do SNP.
Os oligodendrócitos e as células de Schwann são responsáveis por formar uma 
estrutura lipídica que envolve os axônios da maioria dos neurônios no SNC e SNP, 
respectivamente. Essa estrutura recebe o nome de bainha de mielina e é impor-
tante para aumentar a velocidade de condução do estímulo nervoso através dos 
axônios, funcionando como um isolante elétrico. Lacunas presentes na bainha 
de mielina recebem o nome de nódulos de Ranvier.
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O tecido do SNC está organizado de maneira a formar duas regiões distintas: 
a substância branca e a substância cinzenta. Quando observado a olho nu, o 
cérebro apresenta uma região periférica mais escura, a “substância cinzenta”, 
enquanto sua região central se apresenta esbranquiçada, por isso denominada 
“substância branca”. Na medula espinhal, a substância branca é periférica e a 
substância cinzenta se encontra no centro, formando uma estrutura que lembra 
a letra “H”, por isso chamada de H medular. A substância branca (Figura 6) é 
constituída por axônios mielínicos e células da neuroglia, que possuemmuitos 
prolongamentos e preenchem os espaços entre as células nervosas. A substância 
cinzenta é constituída por corpos neuronais, células da neuróglia e alguns axô-
nios amielínicos.
Figura 6 - Substância branca
Fonte: Barauna (2019, p. 79).
Descrição da Imagem: representação da região central, mostrando a substância branca cerebral.
Sabia que a bainha de mielina pode ser destruída? Na esclerose múltipla ocorre a 
desmielinização dos axônios dos neurônios, devido a uma resposta autoimune. 
Os pacientes apresentam perda da sensibilidade dos membros, disfunções de 
coordenação e equilíbrio, alteração no controle dos esfíncteres e disfunções 
cognitivo-comportamentais, eventos nominados de surtos agudos. A doença 
acomete mais mulheres na faixa dos 20 aos 40 anos de idade. 
EU INDICO
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POTENCIAL DE AÇÃO 
Os potenciais de ação são o meio de comunicação e transmissão da informação 
entre os neurônios. A membrana plasmática dos neurônios é polarizada, ou seja, 
ela apresenta uma diferença de carga do meio externo e interno. Em repouso, o 
lado interno da membrana apresenta um potencial de -70 mV, esse potencial é de-
nominado potencial de membrana de repouso e surge porque a concentração de 
íons sódio, que tem carga positiva, é maior no meio extracelular. A concentração 
de potássio (carga positiva), íons fosfato (carga negativa) e aminoácidos (carga 
negativa) é maior no meio intracelular (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 
2009).
Na membrana plasmática, existem canais que funcionam como poros para a 
passagem de íons, por isso são denominados canais iônicos. Esses canais podem 
estar abertos ou fechados, sendo que, quando abertos, permitem o fluxo de íons 
do local de maior concentração para o de menor. Existem canais específicos para 
o transporte de sódio e de potássio. Como a concentração de potássio é maior no 
meio interno da célula, esse íon tende a sair, enquanto o sódio, mais concentrado 
fora da célula, tende a entrar. A quantidade de sódio que entra é menor que a 
quantidade de potássio que sai da célula, pois a membrana plasmática apresenta 
uma maior densidade (quantidade) de canais de potássio. Para manter o potencial 
de membrana de repouso de -70 mV, os íons sódio e potássio são bombeados con-
tra o seu gradiente de concentração para fora e para dentro, respectivamente, da 
célula através da bomba de Na+ /K+ ATPase (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
 “ Um potencial de ação ou impulso nervoso é uma sequência de 
eventos ocorrendo rapidamente, que diminui e inverte o potencial 
de membrana e, em seguida, finalmente o restaura ao estado de 
repouso. Se um estímulo provoca a despolarização da membrana a 
um nível crítico, chamado limiar (em geral, em torno de -55 mV), 
em seguida surge um potencial de ação. Um potencial de ação tem 
duas fases principais: uma fase despolarizante (despolarização) e 
uma fase repolarizante (repolarização) (TORTORA; DERRICK-
SON, 2017, p. 245). 
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O potencial de ação é gerado pela alteração do potencial de repouso (Figura 7). 
Quando um estímulo tem força suficiente para despolarizar a membrana até -55 
mV, ocorrerá o potencial de ação. Quando o limiar é atingido ou ultrapassa -55 
mV, abrem-se canais de sódio dependentes de voltagem que permitem o influxo 
de grande quantidade de íons sódio, caracterizando a fase de despolarização do 
potencial de ação. Esse influxo de sódio leva o potencial de membrana para +30 
mV. Nesse momento, canais de potássio dependentes de voltagem se abrem e o 
potássio flui para o meio extracelular e ocorre o fechamento dos canais de sódio, 
levando a fase de repolarização do potencial de ação. O efluxo de potássio causa 
uma diminuição do potencial de membrana, causando uma hiperpolarização, ou 
seja, se torna mais negativo do que o potencial de membrana de repouso. O valor 
de -70 mV do potencial de repouso é restabelecido quando ocorre o fechamento 
dos canais de potássio.
Figura 7 - Geração de um potencial de ação
Fonte: Barauna (2019, p. 81).
Descrição da Imagem: representação de como ocorre a geração de um potencial de ação.
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A geração dos potenciais de ação obedece ao princípio do tudo ou nada. Se 
um estímulo tiver força suficiente para gerar um potencial de ação, ele ocorrerá 
devido à abertura dos canais de sódio e potássio controlados por voltagem. Se o 
estímulo for mais forte, o potencial de ação gerado será o mesmo, pois não existe 
potencial mais ou menos forte. Quando um estímulo não tiver força suficiente 
para despolarizar a membrana a ponto de abrir os canais de sódio e potássio, o 
potencial de ação não ocorrerá (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Os neurônios se comunicam com outras células através dos impulsos nervo-
sos. Os impulsos gerados nos neurônios trafegam através do axônio até o terminal 
axonal, são enviados para outro neurônio, uma célula muscular ou uma célula 
glandular, e dessa forma a informação é propagada (Figura 8). A despolarização 
de uma região específica do neurônio faz com que ocorra a abertura dos canais de 
sódio dependentes de voltagem na região em que a membrana foi despolarizada 
e então o sódio entra na célula neste local (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
O influxo de sódio faz com que a membrana à frente sofra uma modificação 
na sua voltagem, ocasionando a abertura de outros canais de sódio e, assim suces-
sivamente, permitindo que o estímulo se propague por todo o axônio até chegar 
ao terminal axonal. Nos axônios amielínicos, o estímulo se propaga de forma 
contínua, como descrito anteriormente. Já nos axônios mielínicos, a propagação 
dos estímulos é saltatória. A despolarização da membrana ocorre nos nodos de 
Ranvier, regiões do axônio em que não há bainha de mielina, tornando a propa-
gação do estímulo mais rápida (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Figura 8 - Propagação do estímulo nervoso em axônios mielínicos
Fonte: Barauna (2019, p. 82).
Descrição da Imagem: representação do processo de propagação do estímulo nervoso em axônios mielínicos. 
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ATENÇÃO: os anestésicos locais são substâncias farmacológicas que atuam 
bloqueando a dor. Exemplos incluem a procaína (Novocaína®) e a lidocaína, que 
podem ser usadas para produzir anestesia na pele, os quais são utilizados durante 
um procedimento dentário ou mesmo no parto. Estes fármacos agem bloqueando 
a abertura dos canais de Na+ controlados por voltagem. Impulsos nervosos não 
atravessam a região bloqueada, portanto, sinais de dor não chegam até o SNC 
(TORTORA; DERRICKSON, p. 247, 2017).
SINAPSE 
É uma junção especializada, em que um terminal axonal faz contato com outro 
neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser elétricas ou químicas, sendo que 
grande parte das sinapses são químicas, nas quais ocorre a liberação de moléculas 
denominadas neurotransmissores. 
Toda sinapse possui um neurônio pré-sináptico, que envia o impulso nervoso, 
e um neurônio pós-sináptico, que recebe o impulso. Entre os neurônios pré e 
pós-sináptico existe um pequeno espaço, a fenda sináptica. 
As sinapses elétricas permitem a transferência direta da corrente iônica de 
uma célula para outra e dependem de junções intercelulares denominadas jun-
ções gap ou junções comunicantes. A distância entre as membranas pré-sinápti-
cas (do axônio – transmissor do impulso nervoso) e pós-sinápticas (do dendrito 
ou corpo celular – receptoras do impulso nervoso) é muito pequena. As junções 
gap formam estruturas semelhantes a túneis na membrana dos neurônios pré 
e pós-sinápticos, permitindo a passagem dos íons através delas, realizando a 
transmissão do impulso nervoso. Esse tipo de sinapse é encontrado em algumas 
regiões, como no músculo liso da parede das vísceras, músculo cardíaco e em 
regiões do encéfalo (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Em uma sinapse química (Figura 9), os neurônios pré-sináptico e pós-sináp-
tico estão mais afastados do que na sinapse elétrica. Para que a sinapse química 
ocorra é necessária a liberação pelo neurônio pré-sináptico,de moléculas quí-
micas denominadas neurotransmissores (descrito adiante). 
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Quando um impulso nervoso atinge o terminal axonal do neurônio pré-si-
náptico ocorre a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem. O influxo 
de cálcio promove a fusão à membrana das vesículas contendo os neurotrans-
missores com a membrana plasmática do terminal axonal. Essa fusão permite 
a liberação do conteúdo das vesículas na fenda sináptica e a possível ligação 
dos neurotransmissores com receptores específicos na membrana do neurônio 
pós-sináptico. Essa ligação abre canais iônicos dependentes de ligante e ocorre 
o influxo de íons para o neurônio pós-sináptico, alterando o potencial de mem-
brana nesta célula (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
O efeito do neurotransmissor sobre o neurônio pós-sináptico só permane-
cerá enquanto ele estiver ligado ao seu receptor. Os neurotransmissores, após se 
ligarem aos receptores, podem ser eliminados da fenda sináptica através de sua 
recaptação pelo neurônio pré-sináptico para que seja reutilizado em uma nova 
sinapse, através da sua degradação por enzimas específicas ou pela sua difusão 
para fora da fenda sináptica (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Figura 9 - Sinapse química
Fonte: Barauna (2019, p. 84).
Descrição da Imagem: representação do das sinapses químicas. 
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NEUROTRANSMISSORES 
Os neurotransmissores são substâncias químicas que atuam como mensageiros 
da comunicação entre os neurônios. A maioria dos neurotransmissores é pro-
duzido pelos neurônios no corpo celular e então são empacotados em vesículas 
e encaminhados até o terminal axonal, no qual ficam armazenados até chegar 
um estímulo nervoso. 
Existem diferentes tipos de moléculas que atuam como neurotransmissores, 
como a Acetilcolina (ACh); alguns aminoácidos, dentre eles: o glutamato, aspar-
tato, Ácido Gama-Aminobutírico (GABA) e glicina. Aminoácidos modificados 
também atuam como neurotransmissores, como exemplos temos: a Noradre-
nalina (NA), Dopamina (DOPA), Serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT). Os 
neuropeptídeos são peptídeos que atuam como neurotransmissores, é o caso das 
endorfinas. O óxido nítrico é um gás que atua como neurotransmissor e parece 
estar envolvido na memória e aprendizado (TORTORA, 2007). 
Alguns neurotransmissores atuam estimulando outras células, sendo, por-
tanto, denominados excitatórios, como é o caso da AD, glutamato, aspartato. Já o 
GABA e a glicina são neurotransmissores inibitórios. 
A ACh foi o primeiro neurotransmissor descoberto e atua tanto no sistema 
nervoso central quanto no sistema nervoso periférico. Os neurônios colinérgicos 
são os que sintetizam e secretam a ACh. A contração dos músculos estriados 
esqueléticos só ocorre mediante a liberação de ACh pelo terminal axonal dos 
neurônios motores na junção neuromuscular. Quando liberada pelo sistema ner-
voso parassimpático, atua de maneira inibitória, reduzindo a frequência cardíaca, 
por exemplo (TORTORA, 2007).
O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do encéfalo, atuando 
na memória e aprendizado, sendo que o GABA é o principal neurotransmissor 
inibitório, o qual é sintetizado a partir do glutamato. Disfunções nos mecanis-
mos do glutamato e GABA parecem estar envolvidos com o desenvolvimento de 
ansiedade (TORTORA, 2007). 
A NA é secretada por neurônios adrenérgicos e é o principal neurotransmis-
sor do sistema nervoso autônomo. Quando secretada por neurônios do sistema 
nervoso simpático, em situações de luta e fuga, promove aumento da frequência 
cardíaca e respiratória, dentre outros (TORTORA, 2007). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
A DOPA atua como um neurotransmissor inibitório e é produzida por neurô-
nios dopaminérgicos, os quais estão localizados em algumas regiões do encéfalo 
e na medula espinal. Está relacionada à sensação de prazer e atua no controle 
dos movimentos. Na doença de Parkinson, ocorre uma degeneração dos neurô-
nios dopaminérgicos em uma região do encéfalo denominada substância negra, 
causando uma diminuição na liberação de DOPA. Já o excesso de DOPA está 
envolvido com o desenvolvimento de esquizofrenia, levando a uma estimulação 
excessiva do lobo frontal do cérebro (TORTORA, 2007). 
A 5-HT possui ação excitatória e inibitória, dependendo da região em que é 
secretada. Ela possui uma ação ampla sobre o sistema nervoso central, uma vez 
que vários neurônios possuem receptores para a 5-HT, apesar de sua produção 
ser restrita a alguns neurônios serotoninérgicos. A deficiência de 5-HT, em certas 
regiões do cérebro, tem sido relacionada ao desenvolvimento de distúrbios do 
humor, como depressão e ansiedade (TORTORA, 2007).
Antidepressivos são fármacos que aliviam os sintomas de depressão. Há dois 
grupos principais de antidepressivos: os antigos antidepressivos ‘tricíclicos’ e 
os mais recentes, os ‘inibidores seletivos da recaptação de serotonina’ (ISRS). 
Ambos atuam alterando a forma como determinados neurotransmissores fun-
cionam no encéfalo. Na depressão, alguns dos sistemas de neurotransmis-
sores, especialmente aqueles envolvendo a serotonina e a noradrenalina, não 
parecem funcionar adequadamente. Acredita-se que os antidepressivos atuem 
aumentando a atividade desses agentes químicos no encéfalo. Os antidepres-
sivos tricíclicos são tão eficientes quanto os inibidores seletivos da recaptação 
de serotonina, mas, no conjunto, os ISRS apresentam efeitos colaterais meno-
res. Uma das principais vantagens dos inibidores seletivos é que uma overdose 
não é perigosa, enquanto uma overdose dos inibidores tricíclicos é extrema-
mente perigosa e apresenta uma alta taxa de mortalidade (TORTORA, 2007, p. 
573). 
ZOOM NO CONHECIMENTO
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MENINGES
As meninges (Figuras 10 e 11) são três envoltórios de tecido conjuntivo que en-
volvem o encéfalo e a medula espinal, sendo denominadas pia-máter, aracnoide 
e dura-máter. Essas membranas são extremamente importantes, uma vez que 
conferem proteção, estabilidade e absorção de impactos aos órgãos do sistema 
nervoso central (TORTORA, 2007). 
A dura-máter é a mais externa e está constituída por tecido conjuntivo fibroso, 
sendo a mais espessa e resistente das três. Na medula espinal, existe um espaço 
entre a dura-máter e as vértebras, o espaço epidural, o qual é preenchido por 
tecido adiposo. Já a dura-máter encefálica consiste em duas camadas, a lâmina 
endóstea, a qual é mais externa e está conectada diretamente ao periósteo do 
crânio, e a lâmina meníngea, mais interna. No crânio não há um espaço epidural 
como na medula espinal, entretanto, no encéfalo, a lâmina meníngea da dura-
-máter apresenta quatro pregas (TORTORA; DERRICKSON, 2017): 
1. Foice do cérebro: localizada entre os hemisférios cerebrais, na fissura 
longitudinal. 
2. Tentório do cerebelo: localizada entre o cerebelo e os hemisférios ce-
rebrais. 
3. Foice do cerebelo: localiza-se inferiormente ao tentório do cerebelo, en-
tre os hemisférios cerebelares. 
4. Diafragma da sela: reveste a sela turca do osso esfenoide, formando uma 
bainha para a glândula hipófise. 
A aracnoide (aranha) está localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Sua mem-
brana está em contato com a dura-máter e emite prolongamentos em direção à 
pia-máter que lembram a teia de uma aranha, as trabéculas aracnoideas. O espaço 
ocupado pelas trabéculas aracnoideas é denominado espaço subaracnoideo e está 
preenchido pelo líquido cerebrospinal (discutido adiante). A aracnoide forma 
uma série de projeções em direção aos seios venosos da dura-máter, as granula-
ções aracnoideas, as quais têm como função reabsorver o líquido cerebrospinal 
(TORTORA; DERRICKSON, 2017).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Figura 10 - Meninges espinhais
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 364).
Descrição da Imagem: representação completa das meninges espinhais, a partir da perspectiva de suas 
vistas.
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Figura 11 - Meninges encefálicas
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem:representação completa das meninges encefálicas, a partir da perspectiva de suas 
vistas.
A mais interna das três meninges, a pia-máter, é uma membrana delicada de 
tecido conjuntivo que está em contato íntimo com o encéfalo e a medula espinal. 
O líquido cerebrospinal, um exsudato do plasma sanguíneo, é produzido nos 
ventrículos cerebrais (ventrículos laterais, terceiro ventrículo e quarto ventrí-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
culo), em regiões especializadas denominadas plexos corioides. Essas estrutu-
ras são formadas por capilares sanguíneos fenestrados, revestidos por células 
ependimárias (visto anteriormente). A composição do líquido cerebrospinal é 
diferente do plasma sanguíneo em relação à concentração de proteínas, sais, íons, 
aminoácidos, lipídios e resíduos do metabolismo. Sua produção é constante, 
sendo que é reabsorvido pelas granulações aracnoideas. O líquido cerebrospinal 
circula entre os ventrículos cerebrais, o canal central da medula espinal e o espaço 
subaracnoideo.
O acúmulo do líquido cerebrospinal (anteriormente conhecido como líquido 
cefalorraquidiano – LCR), pode ser decorrente de uma falha na sua reabsorção ou 
devido à formação de tumores, causando um aumento da Pressão Intracraniana 
(PIC) e cefaleia (dor de cabeça). A hidrocefalia (Figura 12) é uma dilatação do 
crânio que ocorre pelo acúmulo de LCR, que leva ao aumento dos ventrículos 
cerebrais, trazendo o significado popular de “água na cabeça”. Essa síndrome clí-
nica é observada em crianças. Como os ossos do crânio ainda apresentam grande 
quantidade de tecido conjuntivo nas suturas, o crânio expande para acomodar 
o volume aumentado de líquido (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 12 - Paciente com hidrocefalia
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 398).
Descrição da Imagem: representação de um bebê acometido pela hidrocefalia.
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CONCLUSÕES 
 ■ O sistema nervoso está organizado em sistema nervoso central e sistema 
nervoso periférico. 
 ■ O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula espinal. 
 ■ Toda parte do sistema nervoso que está localizada fora do sistema nervoso 
central, constitui o sistema nervoso periférico. 
 ■ O tecido nervoso, que forma todo o sistema nervoso, é constituído pelos 
neurônios e pelas células da neuroglia. 
 ■ A neuroglia envolve um grupo de cinco células: astrócitos, oligodendró-
citos, células de Schwann, células ependimárias e micróglia. 
 ■ Os neurônios são formados por um corpo celular do qual partem pe-
quenos prolongamentos denominados dendritos (local de entrada dos 
estímulos nervosos) e um único e longo prolongamento, o axônio, res-
ponsável por transmitir o estímulo nervoso para outro neurônio, uma 
célula muscular ou uma glândula. 
 ■ Existem diferentes tipos de neurônios, os quais são classificados, de acor-
do com a sua função, em sensitivos, motores ou de associação. Eles ainda 
podem ser classificados, de acordo com a sua forma, em multipolares, 
bipolares ou pseudounipolares. 
 ■ O tecido nervoso, no sistema nervoso central, está organizado em duas 
regiões distintas: a substância branca e a substância cinzenta. 
 ■ Os neurônios se comunicam por meio da geração de potenciais de ação. 
 ■ A junção de um neurônio com outro ou com uma célula especializada é 
denominada sinapse. 
 ■ As sinapses podem ser elétricas, quando a informação é transmitida atra-
vés da passagem do estímulo de uma célula para a outra ou podem ser 
químicas, quando há a participação de moléculas químicas denominadas 
neurotransmissores.
 ■ Os neurotransmissores são substâncias químicas que atuam como men-
sageiros da comunicação entre os neurônios.
 ■ Acetilcolina, noradrenalina, serotonina, glutamato, óxido nítrico, ácido 
gama, aminobutírico e glicina são alguns exemplos de neurotransmis-
sores. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
 ■ O encéfalo e a medula espinal estão envolvidos por membranas conjun-
tivas denominadas meninges. 
 ■ As meninges são em número de três: pia-máter, aracnoide e dura-máter.
 ■ A principal função do SNC é coordenar as atividades corporais e com-
portamentais, por meio da recepção, processamento e transmissão de 
informações entre diferentes partes do corpo e o meio ambiente. É res-
ponsável por regular funções importantes, como a respiração, a circulação 
sanguínea, a digestão, a percepção sensorial, a cognição, a memória e as 
emoções.
Agora já sabemos que o sistema nervoso central é composto pelo cérebro e 
pela medula espinhal, desempenhando um papel crucial na coordenação e 
controle das funções do corpo. É responsável pelo processamento de infor-
mações, regulação do movimento, percepção sensorial, pensamento, memória 
e tomada de decisões.
EU INDICO
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para profissionais que desejam atuar com o sistema ner-
voso central é bastante amplo e promissor, oferecendo diversas oportunidades 
em diferentes áreas e níveis de especialização. Algumas das principais oportu-
nidades incluem:
 ■ Neurologia clínica: os neurologistas são médicos especializados em diag-
nosticar e tratar doenças neurológicas, como a doença de Parkinson, a 
esclerose múltipla, a epilepsia e outras condições que afetam o sistema 
nervoso central. Eles podem trabalhar em hospitais, clínicas, consultórios 
particulares ou em instituições de pesquisa.
 ■ Neurociência básica e aplicada: os neurocientistas estudam o sistema ner-
voso central em nível molecular, celular e sistêmico. Eles podem trabalhar 
em universidades, institutos de pesquisa, empresas farmacêuticas e bio-
tecnológicas, desenvolvendo novas terapias e tratamentos para doenças 
neurológicas.
 ■ Neuropsicologia: os neuropsicólogos são responsáveis por avaliar e tratar 
pacientes com distúrbios neurológicos e psiquiátricos, incluindo demên-
cias, transtornos de ansiedade e depressão. Eles podem trabalhar em hos-
pitais, clínicas, centros de reabilitação e consultórios particulares.
 ■ Neurocirurgia: os neurocirurgiões são médicos especializados em cirur-
gias que envolvem o sistema nervoso central, incluindo cirurgias cere-
brais e da coluna vertebral. Eles podem trabalhar em hospitais, clínicas e 
centros de pesquisa.
 ■ Tecnologia médica: a tecnologia médica é uma área em crescimento que 
engloba o desenvolvimento de equipamentos e dispositivos médicos 
avançados para diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas. Os 
profissionais podem trabalhar em empresas de tecnologia médica, hos-
pitais e institutos de pesquisa.
Além dessas áreas, há também oportunidades em outras profissões relacionadas 
ao sistema nervoso central, como a enfermagem neurológica, a terapia ocupa-
cional, fisioterapia, nutrição e a fonoaudiologia.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Em geral, as oportunidades de trabalho na área de sistema nervoso central 
são bastante promissoras, especialmente com o envelhecimento da população e 
o aumento da incidência de doenças neurológicas e psiquiátricas. A busca por 
tratamentos e terapias mais eficazes para essas condições deve continuar im-
pulsionando o crescimento do mercado de trabalho nessas áreas. Além disso, a 
tecnologia médica avançada, a inteligência artificial e a robótica também estão 
impulsionando novas oportunidades para profissionais que desejam atuar nesse 
campo.
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VAMOS PRATICAR
1. O principal componente do sistema nervoso é o neurônio, um tipo de célula altamente 
especializada em receber, conduzir e transmitir mensagens a outras células. A região 
entre dois neurônios é chamada de sinapse: as substâncias químicas que transmitem 
as mensagens de um neurônio para o outro são chamadas de mediadores, mensageiros 
químicos ou neurotransmissores.
Os cientistas descobriram que em muitas doenças do sistema nervoso a quantidade 
desses neurotransmissores pode estar alterada. Explique por que essas alterações po-
dem ocorrer.
2. Como o sistema nervoso central é responsável pela coordenação das funções corpo-
rais e comportamentais, quais as principaisdoenças que podem afetá-lo e quais as 
estratégias de tratamento utilizadas para minimizar os seus efeitos?
3. Qual das alternativas a seguir contém estruturas que são componentes do Sistema 
Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP), respectivamente?
a) ( ) Nervos cranianos e periféricos, gânglios e terminações nervosas / encéfalo e 
medula espinal.
b) ( ) Encéfalo e medula óssea / medula espinal e gânglios nervosos.
c) ( ) Medula espinal e encéfalo / nervos cranianos e periféricos, gânglios e terminações 
nervosas.
d) ( ) Cérebro e tronco encefálico / medula espinal e nervos cranianos.
e) ( ) Nervos cranianos e cérebro / medula óssea e nervos periféricos.
4. Examine a seguinte lista de eventos que ocorrem durante a propagação de um impulso 
nervoso: 
I - Neurotransmissores atingem os dendritos. 
II - Neurotransmissores são liberados pelas extremidades do axônio. 
III - O impulso se propaga pelo axônio. 
IV - O impulso se propaga pelos dendritos. 
V - O impulso chega ao corpo celular do neurônio.
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VAMOS PRATICAR
Que alternativa apresenta a sequência temporal correta desses eventos?
a) V – III – I – IV – II.
b) I – IV – V – III – II.
c) I – IV – III – II – V.
d) II – I – IV – III – V.
e) II – III – I – IV – V.
5. As meninges são estruturas que auxiliam imensamente o processo de proteção do 
sistema nervoso. A seguir, estão algumas alternativas. Leia e escolha a alternativa que 
contenha a informação CORRETA em relação às meninges:
a) São três camadas que protegem o SNA.
b) A meninge superficial é a pia-máter.
c) O liquor circula abaixo da aracnoide.
d) Envolvem somente o encéfalo.
e) A meninge profunda é a aracnoide.
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REFERÊNCIAS
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TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2017.
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1. As alterações na quantidade de neurotransmissores que ocorrem em muitas doenças 
do sistema nervoso podem ter diversas causas. Alguns dos principais fatores que podem 
levar a essas alterações incluem: 
Desregulação na síntese ou liberação de neurotransmissores: pode ocorrer um 
desequilíbrio na produção ou na liberação dos neurotransmissores, levando a níveis 
anormais dessas substâncias no cérebro. Isso pode ser causado por disfunções nos pro-
cessos metabólicos ou nas vias de sinalização celular envolvidas na síntese e liberação 
dos neurotransmissores
Degradação ou reabsorção excessiva dos neurotransmissores: após serem li-
berados na sinapse e transmitirem o sinal entre os neurônios, os neurotransmissores 
podem ser rapidamente degradados por enzimas ou reabsorvidos por transportadores 
específicos nas células. Se houver um aumento na taxa de degradação ou reabsorção 
dos neurotransmissores, a disponibilidade dessas substâncias na sinapse pode diminuir, 
comprometendo a transmissão adequada dos sinais.
Alterações nos receptores de neurotransmissores: os neurotransmissores atuam 
se ligando a receptores específicos nas células-alvo. Mudanças nos receptores, como 
uma redução na sua quantidade ou uma alteração na sua sensibilidade, podem afetar a 
resposta celular aos neurotransmissores, interferindo na transmissão dos sinais. Essas 
alterações nos receptores podem ser causadas por fatores genéticos, exposição a subs-
tâncias tóxicas, envelhecimento ou outras condições patológicas.
Morte ou disfunção dos neurônios produtores de neurotransmissores: em certas 
doenças do sistema nervoso, como a doença de Parkinson ou a doença de Alzheimer, 
os neurônios produtores de certos neurotransmissores podem sofrer degeneração ou 
disfunção. Isso leva a uma redução na produção e liberação desses neurotransmissores 
específicos, resultando em desequilíbrios químicos no cérebro e comprometimento das 
funções neuronais.
É importante destacar que as causas das alterações nos neurotransmissores podem variar 
dependendo da doença em questão. O estudo dessas alterações é complexo e envolve 
diversas áreas da neurociência e da medicina. Compreender essas alterações é funda-
mental para o desenvolvimento de tratamentos e terapias direcionados para restaurar o 
equilíbrio dos neurotransmissores e melhorar o funcionamento do sistema nervoso em 
doenças neurológicas.
GABARITO
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2. O sistema nervoso central (SNC), composto pelo cérebro e pela medula espinhal, desem-
penha um papel fundamental na coordenação das funções corporais e comportamen-
tais. Ele recebe informações sensoriais do ambiente e do próprio corpo, processa essas 
informações e envia sinais motores para os músculos e órgãos, permitindo a execução 
de ações coordenadas. O cérebro, em particular, é responsável por diversas funções 
cognitivas, como a percepção, a memória, o raciocínio, a linguagem e o controle do 
comportamento. Ele interpreta as informações sensoriais recebidas e toma decisões com 
base nessas informações, coordenando ações e respostas apropriadas. Além disso, o SNC 
é responsável pela regulação de várias funções corporais essenciais, como a frequência 
cardíaca, a pressão arterial, a respiração, a temperatura corporal e o equilíbrio hídrico. Ele 
integra informações provenientes de diferentes partes do corpo e coordena as respos-
tas necessárias para manter o funcionamento adequado do organismo. O SNC também 
desempenha um papel importante na regulação do humor, das emoções e do compor-
tamento. Certas áreas do cérebro estão envolvidas no processamento emocional e na 
tomada de decisões, influenciando nosso comportamento e nossas respostas emocionais.
Essa coordenação das funções corporais e comportamentais é possível devido à complexa 
rede de neurônios interconectados no SNC. Os neurônios são células especializadas em 
transmitir sinais elétricos e químicos, permitindo a comunicação rápida e eficiente entre 
as diferentes regiões do sistema nervoso.
Em resumo, o sistema nervoso central desempenha um papel central na coordenação das 
funções corporais e comportamentais, permitindo que nossocorpo e mente funcionem 
de forma integrada e adaptativa.
3. C. O Sistema Nervoso é dividido em duas partes principais: o Sistema Nervoso Central 
(SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
SNC: é composto pelo encéfalo e pela medula espinal. O encéfalo inclui estruturas como 
o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. A medula espinal é uma estrutura longa e 
cilíndrica localizada no canal vertebral.
SNP: é composto pelos nervos cranianos (que se originam no cérebro) e pelos nervos 
periféricos (que se originam na medula espinal). Além disso, o SNP inclui gânglios ner-
vosos, que são aglomerados de corpos celulares neuronais localizados fora do SNC, e 
terminações nervosas presentes nos tecidos e órgãos do corpo.
GABARITO
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4. D. A propagação de um impulso nervoso ocorre em uma sequência temporal específica. 
Vamos analisar cada evento:
I- Neurotransmissores atingem os dendritos: os dendritos são as ramificações recepto-
ras do neurônio. Neste estágio, os neurotransmissores presentes na sinapse atingem os 
dendritos do neurônio pós-sináptico, desencadeando a transmissão do sinal nervoso.
II- Neurotransmissores são liberados pelas extremidades do axônio: após o impulso nervo-
so percorrer o axônio, os neurotransmissores são liberados pelas extremidades do axônio 
na região das sinapses. Eles são liberados em resposta à despolarização do neurônio e 
atuam na transmissão do sinal para o próximo neurônio.
III- O impulso se propaga pelo axônio: neste estágio, o impulso nervoso percorre o axô-
nio, propagando-se de uma extremidade à outra. Este processo ocorre por meio de 
mudanças no potencial elétrico da membrana celular, conhecidas como despolarização 
e repolarização.
IV- O impulso se propaga pelos dendritos: após o impulso percorrer o axônio, ele alcança 
os dendritos, que são as ramificações receptoras do neurônio. Esta propagação permite 
que o sinal nervoso se espalhe para outras regiões do neurônio ou seja transmitido para 
neurônios adjacentes.
V- O impulso chega ao corpo celular do neurônio: nesta etapa, o impulso nervoso chega 
ao corpo celular do neurônio, onde podem ocorrer processos de integração e modulação 
do sinal antes que ele seja transmitido para outros neurônios.
Portanto, a sequência correta dos eventos é: II - I - IV - III - V.
5. C. As meninges são membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central 
(SNC), que inclui o encéfalo e a medula espinal. Elas são compostas por três camadas: a 
dura-máter, a aracnoide e a pia-máter. A alternativa A está incorreta, pois as meninges 
protegem tanto o sistema nervoso central (SNC) quanto o sistema nervoso periférico (SNP). 
A alternativa B está incorreta, pois a pia-máter é a camada mais interna das meninges, 
não a mais superficial. A alternativa D está incorreta, pois as meninges envolvem tanto o 
encéfalo quanto a medula espinal. A alternativa E está incorreta, pois a meninge profun-
da é a pia-máter, não a aracnoide. Portanto, a alternativa correta é a C, o liquor circula 
abaixo da aracnoide. O líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como liquor, 
circula entre a aracnoide e a pia-máter, preenchendo o espaço subaracnoideo. O LCR 
desempenha funções importantes, como proteção e nutrição do sistema nervoso central.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Compreender a organização e a constituição do Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
Diferenciar o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autônomo. 
Classificar o sistema nervoso autônomo. 
Identificar os órgãos dos sentidos. 
Compreender a origem embrionária do sistema nervoso.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9
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INICIE SUA JORNADA
O SNP é uma parte essencial do sistema nervoso, responsável por transmitir 
informações entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o resto do corpo. Ele é 
composto por nervos e gânglios que estão localizados fora do crânio e da coluna 
vertebral, e se estendem até os membros e órgãos internos.
Os nervos periféricos são responsáveis por levar informações sensoriais, 
como toque, dor e temperatura, do corpo para o SNC. Eles, também, enviam 
comandos motores do SNC para os músculos e as glândulas em todo o corpo. 
Além disso, o SNP é responsável por controlar funções involuntárias do corpo, 
como a frequência cardíaca, a respiração e a digestão.
Existem duas divisões principais do SNP: o sistema nervoso periférico so-
mático e o sistema nervoso periférico autônomo. O sistema nervoso periférico 
somático é responsável pelo controle consciente e voluntário dos músculos do 
corpo, enquanto o sistema nervoso periférico autônomo controla funções invo-
luntárias do corpo, como a respiração e a digestão.
O sistema nervoso periférico autônomo é dividido em duas subdivisões: o 
sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático. O sistema ner-
voso simpático é responsável pela “resposta de luta ou fuga”, que é uma resposta 
do corpo a situações de estresse. O sistema nervoso parassimpático é responsável 
por promover a “resposta de descanso e digestão”, que é uma resposta do corpo 
para ajudar a recuperar e a descansar após situações de estresse.
O SNP é crucial para manter o corpo funcionando corretamente. Qualquer 
dano aos nervos periféricos pode afetar a capacidade do corpo de transmitir 
informações sensoriais e comandos motores, o que pode levar a sintomas, como 
dor, formigamento e fraqueza muscular. Lesões graves, nos nervos periféricos, 
podem afetar as capacidades do corpo de se mover e de realizar tarefas diárias.
O SNP é uma parte importante do sistema nervoso, que ajuda a controlar o 
corpo e a manter funções normais. Ele desempenha um papel fundamental na 
transmissão de informações sensoriais e comandos motores e no controle de 
funções corporais involuntárias.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Vamos, então, agora, começar a entender melhor o SNP, o que ele é, para qual 
função se relaciona, a importância que tem e demais aspectos. 
Como o SNC é responsável por controlar e coordenar todas as funções do or-
ganismo? De que maneira as patologias que afetam o cérebro e a medula es-
pinhal podem interferir na qualidade de vida dos pacientes?
PENSANDO JUNTOS
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO
O sistema nervoso somático é responsável pela inervação dos músculos estriados 
esqueléticos, sendo que temos controle sobre ele. Por exemplo, quando queremos 
pegar um objeto com as mãos, o nosso comando, para o cérebro, faz com que os 
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neurônios motores do sistema nervoso somático enviem sinais para a contração 
dos músculos do membro superior responsável por realizar a ação. Nesse caso, 
dizemos que o controle é voluntário, pois depende da nossa vontade. 
A parte periférica do sistema nervoso está constituída pelos nervos cranianos 
e espinhais, pelos gânglios sensitivos e pelas terminações nervosas. Neste tópico, 
estudaremos cada um desses componentes da parte somática do SNP. 
NERVOS 
Os nervos são aglomerados de fibras nervosas (axônios de neurônios) envolvidos 
por vários revestimentos de tecido conjuntivo. Cada fibra nervosa é formada por 
um conjunto de axônios de neurônios envolvidos pelas células de Schwann. No 
SNC, as fibras nervosas (nesse caso, envolvidas pelos oligodendrócitos) formam 
os feixes, ou tratos da substância branca. No SNP, as fibras dão origem aos nervos. 
Lembrando que os nervos podem ser mielínicos, quando apresentam bainha de 
mielina; ou amielínicos, quando a bainha de mielina está ausente. Devido à ba-
inha de mielina ter uma constituição lipídica, ela garante o aspecto esbranquiçado 
dos nervos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). 
Segundo Junqueira e Carneiro (2018), as túnicas de tecido conjuntivo, asso-
ciadas aos nervos, são identificadas da seguinte forma:
 ■ Endoneuro: é a camada mais interna, constituída por uma fina membra-
na de tecido conjuntivo rico em fibras reticulares. O endoneuro envolve 
cada axônio, externamente, à bainha de mielina. 
 ■ Perineuro: é formadopor várias camadas de células achatadas. O peri-
neuro envolve cada feixe nervoso (conjunto de fibras nervosas). 
 ■ Epineuro: é a camada mais externa. Envolve todo o nervo externamente 
e preenche os espaços entre os feixes nervosos. É formado por um tecido 
conjuntivo denso.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Figura 1 – Nervo
Fonte: a autora.
Descrição da Imagem: representação do nervo com as túnicas de tecido conjuntivo.
Apesar de os neurônios serem células permanentes, ou seja, não se regenera-
rem, os prolongamentos deles, como os axônios, podem realizar tal tarefa. Esse 
processo é lento, podendo demorar meses para ser finalizado. Quando ocorre 
a lesão de um nervo, a porção do axônio que se mantém conectada ao corpo 
celular do neurônio (região proximal) é a parte que deve se regenerar, enquanto 
a região distal acaba degenerando. Vários filamentos (prolongamentos) da por-
ção proximal crescem e se ramificam até atingir o órgão efetor (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2018).
Os nervos têm, como função, realizar a comunicação entre a periferia (SNP) 
e o centro (SNC). Informações sensitivas provenientes de órgãos internos e da 
superfície do corpo (pele) chegam até a medula espinal através de fibras sensitivas, 
denominadas de aferentes. Impulsos provenientes da medula espinal chegam até 
os músculos através de fibras motoras, denominadas de eferentes. Alguns nervos 
são formados, apenas, por fibras aferentes, sendo denominados de nervos sensiti-
vos; outros possuem, somente, fibras eferentes, os motores. A maioria dos nervos 
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possui fibras aferentes e eferentes, sendo denominados de mistos (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2018).
Medula espinhal
Gânglio sensorial
Raiz dorsal
Raiz ventral
Interneurônio Corpo celular de
neurônio motor
Endoneuro Perineuro Epineuro
Neurônio sensorial
Célula de
Schwann Mielina
Pele
Neurônio motor
Músculo estriado
Figura 2 – Nervo misto
Fonte: Junqueira e Carneiro (2018, p. 175).
Descrição da Imagem: representação do nervo misto. Os nervos têm, como função, realizar a comunicação entre 
a periferia (SNP) e o centro (SNC).
NERVOS ESPINHAIS 
Os nervos espinhais são aqueles que se conectam à medula espinal. Para tanto, os 
nervos devem passar através do forame intervertebral. Após atravessar o forame, 
um nervo espinhal origina duas raízes: a raiz sensitiva e a raiz motora. A raiz 
sensitiva, posterior, é constituída, apenas, por fibras aferentes (sensitivas), e chega 
à medula espinal pela região posterior, exatamente, no sulco lateral posterior. A 
raiz motora, anterior, é formada por fibras eferentes (motoras), e sai pela região 
anterior da medula espinal, no sulco lateral anterior. 
Antes de chegar ao forame intervertebral e originar os ramos anterior e pos-
terior, os nervos se dividem em ramos, conforme nos apresenta Tortora (2007): 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
 ■ Ramo posterior: inerva a musculatura profunda e a pele do tronco. 
 ■ Ramo anterior: inerva as estruturas dos membros inferiores e as peles 
das regiões anterior e lateral do tronco.
 ■ Ramo meníngeo: penetra no forame vertebral e inerva estruturas pre-
sentes no canal vertebral, como as vértebras, os ligamentos vertebrais, os 
vasos sanguíneos e as meninges. 
 ■ Ramos comunicantes: fazem parte do sistema nervoso autônomo, sendo 
responsáveis pela inervação das vísceras (isso será discutido adiante).
Substância cinzenta
Substância branca
Raiz ventral
Raiz dorsal Radículas dorsais
e ventrais do
nervo espinal
Gânglio da
raiz dorsal 
Ramos dorsal
do nervo espinal 
Ramo ventral
do nervo espinal 
Nervo espinal 
Ramo comunicante 
Gânglio do tronco
(cadeia) simpático 
(a)
Ramo dorsal 
Raiz dorsal 
Nervo intercostal 
Cutâneo lateral 
Cutâneo anterior
Ramos do
nervo
intercostal 
Esterno 
Cavidade torácica 
Gânglio do tronco
(cadeia) simpático
Gânglio da raiz dorsal 
Ramos comunicantes 
Nervo espinal 
Raiz ventral 
Ramo ventral
(b)
Figura 3 – Nervo espinhal
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do espinhal, com a apresentação de substâncias, ramos e gânglios.
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Antes de atingir o órgão-alvo, os ramos anteriores originam redes que são deno-
minadas de plexos. Apenas, os nervos torácicos (de T2 a T12) não formam plexos 
a partir de ramos anteriores. Os plexos dão origem aos nervos, os quais podem 
se ramificar ainda mais até atingir o órgão-alvo. Esses plexos são:
 ■ Plexo cervical: localizado em cada lado do pescoço e formado a partir 
dos ramos anteriores de C1 a C4 e uma parte de C5. O plexo cervical 
origina nervos que suprem a pele e os músculos da cabeça, do pescoço, 
dos ombros e do tórax. O maior nervo desse plexo é o nervo frênico, que 
inerva o músculo diafragma. 
 ■ Plexo braquial: passado acima da primeira costela e está constituído 
pelos ramos anteriores de C5 a T1. Os nervos suprem os ombros e os 
membros superiores. Os principais nervos são o nervo axilar, o nervo 
musculocutâneo, o nervo radial, o nervo mediano e o nervo ulnar. 
 ■ Plexo lombar: formado pelos ramos anteriores de L1 a L4, o plexo lom-
bar passa próximo aos músculos iliopsoas e quadrado lombar. É responsá-
vel pela inervação da região anterolateral do abdômen, órgãos do sistema 
genital e membros inferiores. O maior e principal nervo é o nervo femoral. 
 ■ Plexo sacral: originado a partir dos ramos anteriores de L4, L5 e S1 a 
S4, esse plexo é responsável pela inervação dos glúteos, do períneo e dos 
membros inferiores. Está localizado na região anterior do sacro. O prin-
cipal nervo é o nervo isquiático (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 
2009).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Plexo
cervical
Plexo
braquial
Alargamento
cervical
Nervos
intercostais
Intumescência
lombar
Plexo lombar
Plexo sacral
Cauda equina
Nervos
cervicais
C1-C8
Nervos
torácicos
T1-T12
Nervos
lombares
L1-L5
Nervos
sacrais
S1-S5
Nervos
coccígeo
C0
Figura 4 – Plexos nervosos
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação dos plexos nervosos, do plexo cervical até o plexo sacral.
Os nervos torácicos (intercostais) não formam plexos e se originam dos ramos 
anteriores de T2 a T12. Esses nervos suprem as estruturas localizadas nos espaços 
entre as costelas (espaços intercostais).
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IMPORTANTE: “A forma mais comum de dor no dorso é provocada por 
compressão, ou irritação, do nervo isquiático, o maior nervo do corpo humano. 
Uma lesão ao nervo isquiático e a seus ramos resulta na dor ciática, quadro do-
loroso que pode se estender da nádega descendo pela face posterior e lateral da 
perna, e pela face lateral do pé. O nervo isquiático pode ser lesado em razão de 
um disco herniado, luxação do quadril, osteoartrite das partes lombar e sacral da 
medula espinal, pressão do útero durante a gravidez, inflamação, irritação ou uma 
injeção intramuscular glútea administrada de forma inadequada” (TORTORA, 
2007, p. 607, grifo do original).
NERVOS CRANIANOS 
Como o nome sugere, esses nervos se originam e/ou chegam a regiões do encéfa-
lo, especificamente, no tronco encefálico, em sua maioria, diferente do que ocorre 
com os nervos espinhais, os quais se encontram conectados à medula espinal. 
Os nervos cranianos formam um total de 12 pares, responsáveis pela inerva-
ção, principalmente, de estruturas da cabeça e do pescoço. Algarismos romanos 
são utilizados para enumerar os nervos cranianos, sendo eles, de acordo com 
Martini, Timmons e Tallitsch (2009): 
 ■ Nervo olfatório (I): o primeiro par de nervos cranianos, puramente, sen-
sitivo e responsável pelo sentido do olfato. O nervo olfatório faz conexão 
em uma região do encéfalo, denominada de bulbo olfatório. Então, segue 
como trato olfatório. 
 ■ Nervo óptico (II): o segundo par de nervos cranianos é, também, pura-
mente, sensitivo e especializado no sentido da visão. Os nervos ópticos 
têm origem na retina e se projetam em direção ao diencéfalo, no qual 
a metade medial das fibras cruzam para o lado oposto, em uma região 
denominadade troca de calor entre esses vasos na su-
perfície da pele e o ambiente externo.
Sobre a função da derme, sabemos que por meio dos seus componentes me-
senquimais, ela fornece o suporte mecânico, rigidez e espessura da pele. Possui 
ainda na sua composição células dendríticas e macrófagos, ativando-a para mais 
uma função: a proteção imunológica. 
Os mastócitos contidos nestas estruturas reagem a estímulos inflamatórios 
e participam da cicatrização de feridas. Os vasos sanguíneos dérmicos presentes 
nessa região, além de fornecerem nutrientes para a pele, estão envolvidos na ter-
morregulação, função que é compartilhada com as glândulas sudoríparas. 
Pequenos e grandes plexos nervosos participam da inervação de diferentes 
órgãos cutâneos, responsáveis pela detecção de sensações, dentre elas dor, pressão 
e variações de temperatura (MENDONÇA; RODRIGUES, 2011). 
Quanto à regulação da temperatura, os seres humanos estão em ambientes 
mais gelados que seus corpos. Em contrapartida, o próprio corpo gera calor in-
terno, o que ajuda a manter a temperatura corporal. A produção de calor depende 
essencialmente da oxidação do combustível metabólico derivado dos alimentos. 
Mudanças de temperatura corporal em qualquer direção exercem influência 
sob a atividade celular, ou seja, um aumento na temperatura acelera as reações 
químicas celulares, enquanto uma queda desacelera as respectivas atividades. 
Então, analisando o funcionamento celular, percebemos o quanto esse é sensível 
a flutuações na temperatura interna do corpo. 
O hipotálamo possui a capacidade de manter homeostaticamente a tempe-
ratura corporal em um nível ideal para que o metabolismo celular ocorra de 
maneira natural (estável). 
Na ocorrência de elevações ou queda na temperatura, elas ocasionam desna-
turação irreversível de proteínas devido a um desequilíbrio homeostático gerado, 
levando as células a consumirem mais energia e oxigênio (temperaturas levadas) 
e restrição aos substratos anteriormente citados (temperaturas baixas. 
Entretanto, quando ocorre a queda da temperatura por indução (controlada), 
esta poderá ser utilizada com fins terapêuticos, pois minimiza o metabolismo 
celular (ex.: menor consumo de oxigênio e o estresse neurológico). 
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Essa estratégia de cuidado é comumente utilizada em pacientes que expe-
rienciaram um evento clínico chamado de Parada Cardiopulmonar (PCP), em 
que a hipotermia terapêutica possui indicação para alguns casos, minimizando a 
atividade celular cerebral. Receptores nas terminações periféricas das fibras ner-
vosas aferentes na derme detectam pressão, temperatura, dor e outros impulsos 
somatossensoriais. 
As terminações nervosas eferentes na derme controlam o calibre dos vasos 
sanguíneos, a ereção de pelos e a secreção pelas glândulas exócrinas da pele, 
que quando é rompida ou violada em decorrência de algum evento traumático 
(lesão), repara-se através da proliferação e crescimento das células da derme (fi-
broblastos e outras células estromatosas) e/ou epiderme, ativando e recrutando 
os queratinócitos e melanócitos. 
Em lesões extensas e profundas da pele e mucosas, pode haver destruição da 
derme e dos seus elementos epidérmicos, resultando num processo de reparo 
lento e sujeito a complicações.
HIPODERME 
A pele está ancorada ao tecido subjacente (músculo ou osso) pela “hipoderme”. 
Devemos pontuar que o termo “hipo” traz um significado de “abaixo ou está abai-
xo”. Enquanto ao termo conhecido por tecido subcutâneo, pode-se entender que 
“sub” significa “embaixo de” e cutâneo como “pele”, uma camada puramente solta 
de tecido conectivo (PORTH; KUNERT, 2004).
O tecido celular subcutâneo também chamado de “tecido adiposo” é origi-
nário do mesoderma, possui também funções de proteção, mas se destaca como 
principal atuação em realizar armazenamento energético, isolamento térmico, 
além de determinar a harmonia da forma das regiões do corpo e a lisura da sua 
superfície (GUYTON; HALL, 2017).
Silva (2010) cita que a camada areolar (uma das principais características des-
se grupo de células) está formada por células globulares, túrgidas e superpostas, 
comparadas a pacotes tridimensionais em que o tecido conjuntivo extremamente 
delgado mantém as células em posição, por onde passam vasos e nervos que 
atingem o derma para formar os respectivos plexos.
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Figura 7 – Hipoderme e músculo
Descrição da Imagem: representação das camadas hipoderme, em cima, e do músculo abaixo. Acima da hipoderme 
se localizam a derme e a epiderme.
Segundo Silva (2010), a camada lamelar desse grupo de tecido é constituída de 
células adiposas fusiformes e pequenas, superpostas em lâminas que se armaze-
nam em maior volume a gordura em excesso pelo tropismo natural, causando as 
dismorfias localizadas em que a genética é o fator determinante. 
A camada de tecido subcutâneo, na visão de Porth e Kunert (2004), consiste, 
principalmente, em gordura e tecido conjuntivo que presta suporte ou auxílio às 
estruturas vasculares e neurais que surgem nas camadas externas da pele. 
Algumas literaturas sinalizam controvérsias quanto ao tecido subcutâneo 
pertencer a um terceiro espaço ou ser uma camada de tecido, mesmo mantendo 
uma estreita relação funcional com a derme e a difícil distinção entre os limites 
das duas estruturas. Entretanto, como existe um conjunto de glândulas e folículos 
pilosos profundos que se estendem junto a camada da pele, o ser humano está 
sujeito a apresentar diversas doenças de pele, por exemplo, a foliculite.
Este grupo de tecido corresponde a 20-25% do peso corporal em mulhe-
res e 15-20% em homens, considerando-se o indivíduo dentro do peso normal. 
Quanto aos tipos de tecido adiposo, estes são classificados considerando alguns 
critérios como a pigmentação da gordura armazenada e sua forma de organiza-
ção. Existem basicamente duas categorias: o grupo de tecido adiposo unilocular 
e de tecido adiposo multilocular. Cada uma das variedades de tecido adiposo 
apresenta diferenças, seja no ponto de vista fisiológico, distribuição corpórea, 
estrutural e/ ou patológica (PORTH; KUNERT, 2004).
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Porth e Kunert (2004) apontam acerca do grupo de “tecido adiposo unilocu-
lar”, o nome deste tipo de tecido adiposo se dá devido ao fato de que suas células 
apresentam uma gotícula de gordura predominante que preenche praticamente 
todo o seu citoplasma. Irrigado significativamente por vasos sanguíneos, este tipo 
de tecido também é conhecido como tecido adiposo comum ou amarelo, embora 
sua cor varie entre o branco e o amarelo-escuro. 
É o tecido que forma o panículo adiposo (gomos sobre gomos), uma camada 
de gordura disposta sob a pele, a qual possui responsabilidade de absorver impac-
tos e atuar como isolante térmico. Em recém-nascidos, este tipo de tecido adiposo 
é de espessura uniforme; nos adultos, a distribuição é regulada por hormônios, 
e o acúmulo se dá em determinadas posições.
Com relação ao “tecido adiposo multilocular”, esse grupo de tecido possui 
como principal função, gerar calor. É formado por células que possuem vários 
vacúolos (inúmeras gotículas) de gordura e várias mitocôndrias. Os animais hi-
bernantes, como leão marinho e urso polar, possuem grande quantidade deste 
tipo de tecido, os quais são beneficiados pelo calor produzido por essas célu-
las, mantendo-os com temperatura do corpo adequada durante longo período 
de frio. Em recém-nascidos, este tipo de tecido também é abundante e muito 
importante para protegê-los de condições climáticas como o frio. Quanto ao 
seu aspecto, possui cor castanha devido à abundante vascularização e ao grande 
número de mitocôndrias existentes no seu interior (GUYTON; HALL, 2017).
Quando o acesso a nutrientes no meio ambiente é insatisfatório, os mamíferos 
são capazes de estocar o excesso de calorias consumidas e não requisitadas para 
suprir suas necessidades metabólicas imediatas, por meio de lipídios (triacilgli-
ceróis ou triglicerídeos),de quiasma óptico (quiasma = cruzamento). Após isso, os 
axônios originam os tratos ópticos que seguem em direção ao diencéfalo 
e, deste, para o lobo occipital do cérebro, no córtex visual primário. 
 ■ Nervo oculomotor (III): um nervo, puramente, motor, é responsável 
pelos movimentos oculares. Tem a função de controle de quatro dos seis 
músculos extrínsecos do bulbo do olho. 
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 ■ Nervo troclear (IV): o quarto par é o menor nervo craniano, sendo um 
nervo motor (eferente) responsável pela inervação do músculo oblíquo 
superior, que é um músculo extrínseco do bulbo do olho.
 ■ Nervo trigêmeo (V): o maior nervo craniano. É um nervo misto, ou 
seja, possui fibras sensitivas (aferentes) e motoras (eferentes). Como o 
próprio nome diz, o nervo trigêmeo detém três ramos principais: o ramo 
oftálmico (puramente sensitivo) inerva as regiões superiores da cabeça 
(estruturas da órbita, cavidade nasal, seios paranasais, pele da testa, so-
brancelhas, pálpebras e nariz); o ramo maxilar (exclusivamente sensitivo) 
inerva a região média da cabeça (pálpebra inferior, lábio superior, bo-
checha e nariz); e o ramo mandibular (misto) possui fibras motoras res-
ponsáveis por inervar os músculos da mastigação e fibras sensitivas que 
suprem estruturas da região inferior da cabeça (pele da região temporal, 
região lateral da mandíbula, dentes, gengiva, algumas glândulas salivares 
e região anterior da língua).
 “ O tique doloroso afeta um indivíduo em cada 25.000. Os pacientes 
se queixam de dor intensa, quase, totalmente, debilitante, desenca-
deada por contato com o lábio, a língua ou as gengivas. A dor surge 
subitamente, com intensidade cruciante, e, então, desaparece. Em 
geral, apenas, um dos lados da face é afetado. Outro nome para essa 
patologia é nevralgia do trigêmeo, porque são os nervos maxilar e 
mandibular do nervo trigêmeo que inervam as áreas sensitivas afe-
tadas. Essa patologia costuma afetar indivíduos acima dos 40 anos 
de idade e sua causa é desconhecida. Muitas vezes, a dor pode ser, 
temporariamente, controlada por meio de terapia medicamentosa, 
mas intervenções cirúrgicas podem ser necessárias como solução 
final. O objetivo da cirurgia é a destruição dos nervos sensitivos 
que veiculam sensações dolorosas. Eles podem ser destruídos por 
secção nervosa, um procedimento, denominado de rizotomia (rhiza, 
nariz); ou por injeção de substâncias químicas, como álcool ou fenol, 
dentro do nervo, no nível do forame redondo, ou oval. As fibras 
sensitivas, também, podem ser destruídas pela inserção de eletrodos 
e cauterização dos troncos nervosos sensitivos quando eles deixam 
o gânglio trigeminal (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009, 
p. 422, grifo do original).
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 ■ Nervo abducente (VI): um nervo, puramente, motor, que supre o múscu-
lo reto lateral, responsável por realizar os movimentos laterais dos olhos.
 ■ Nervo facial (VII): o sétimo par, um nervo misto. Os neurônios sen-
sitivos inervam a face e são responsáveis pela percepção gustativa dos 
dois terços anteriores da língua. As fibras motoras inervam os músculos 
da face.
 “ A paralisia de Bell resulta da inflamação do nervo facial, provavel-
mente, relacionada à infecção viral. O comprometimento do nervo 
facial pode ser inferido pelos sintomas de paralisia dos músculos da 
face, no lado afetado; e pela perda da sensação do paladar nos dois 
terços anteriores da língua. Os indivíduos não exibem deficiências 
sensitivas relevantes e a patologia é, geralmente, indolor. Em muitos 
casos, a paralisia de Bell “melhora sozinha” após algumas semanas 
ou meses, mas esse processo pode ser acelerado com tratamento 
precoce, à base de corticosteroide e drogas antivirais (MARTINI; 
TIMMONS; TALLITSCH, 2009, p. 423).
 ■ Nervo vestibulococlear (VIII): um nervo, exclusivamente, sensitivo, 
relacionado à sensação de equilíbrio e à audição.
 ■ Nervo glossofaríngeo (IX): nono par de nervos cranianos misto. A por-
ção sensitiva é responsável por transmitir informações da faringe e do 
palato mole, além da percepção gustativa. Já a porção motora controla os 
músculos da deglutição, localizados na faringe. 
 ■ Nervo vago (X): um nervo misto, sendo que a parte sensitiva inerva parte 
da orelha, o músculo diafragma e fornece informação gustativa da faringe. 
Entretanto, grande parte das fibras aferentes do nervo vago fornece in-
formações sensoriais de vísceras das vias respiratórias e abdominais. As 
fibras motoras suprem o músculo do coração; a musculatura lisa; e glân-
dulas das vias respiratórias, do estômago, dos intestinos e da vesícula biliar. 
 ■ Nervo acessório (XI): função, exclusivamente, motora, sendo respon-
sável por inervar os músculos da deglutição (palato mole e faringe) e a 
musculatura intrínseca das cordas vocais (laringe). Ainda, supre os mús-
culos esternocleidomastoideo e trapézio. 
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 ■ Nervo hipoglosso (XII): um nervo, puramente, motor. As fibras são 
responsáveis por realizar a inervação da musculatura estriada da língua, 
com a realização do controle voluntário dos movimentos da língua.
Corpo
mamilar
Artéria
basilar
Ponte
Artéria
vertebral
Cerebelo
Bulbo
Medula
espinal
(a) Vista inferior
(b) Vista inferior
Bulbo olfatório, terminação
do nervo olfatório (NI)
Trato olfatório
Quiasma óptico
Nervo óptico (N II)
Infundibulo
Nervo oculomotor (NIII)
Nervo troclear (NIV)
Nervo trigêmeo (NV)
Nervo abducente (NVI)
Nervo facial (NVII)
Nervo
vestibulococlear (NVIII)
Nervo
glossofaríngeo (NIX)
Nervo vago (NX)
Nervo hipoglosso (NXII)
Nervo acessório (NXI)
Figura 5 – Nervos cranianos
Fonte: adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009).
Descrição da Imagem: representação dos nervos cranianos, em vista inferior e posterior.
Um vírus, chamado de poliovírus, é o responsável por desencadear a pólio. Os 
indivíduos acometidos apresentam febre, rigidez, dor de cabeça intensa, fraqueza 
e dor muscular. Com a evolução, a pólio pode levar à paralisia, devido à destruição 
dos corpos celulares dos neurônios motores da medula espinal e dos núcleos dos 
nervos cranianos, de forma a causar insuficiências respiratória e cardíaca, que 
podem levar à morte. De acordo com o Ministério da Saúde, há 28 anos, o Brasil 
não registra casos de pólio, porém, existem grandes chances de a doença voltar, 
devido à resistência dos pais em vacinarem os filhos (MARTINI; TIMMONS; 
TALLITSCH, 2009). 
Para facilitar o estudo e a memorização dos 12 pares de nervos cranianos, 
apresentamos o seguinte quadro:
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NERVO NOME FIBRAS FUNÇÃO
I Olfatório Sensitivo Olfato 
II Óptico Sensitivo Visão 
III Oculomotor Motor Movimentos oculares
IV Troclear Motor Movimentos oculares
V Trigêmeo Misto
Percepção sensitiva das 
estruturas da cabeça e 
inervação dos músculos 
da 
mastigação 
VI Abducente Motor
Movimentos oculares 
para a lateral 
VII Facial Misto
Controle dos músculos 
da face e inervação dos 
dois terços anteriores da 
língua 
VIII
Vestibuloco-
clear
Sensitivo
Percepção do equilíbrio e 
audição
IX Glossofaríngeo Misto
Percepção sensitiva da 
faringe e do palato mole, 
audição e 
controle dos músculos 
da deglutição
X Vago Misto
Sensibilidade da orelha, 
do músculo diafragma e 
de vísceras das vias res-
piratórias e abdominais
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NERVO NOME FIBRAS FUNÇÃO
As fibras motoras su-
prem o músculo do cora-
ção; a musculatura lisa; 
e as glândulas das vias 
respiratórias, do estôma-
go, dos intestinos e da 
vesícula biliar
XI Acessório Motor
Inervação dos múscu-
los do palato mole, da 
faringe, da laringe e dos 
músculos trapézio e es-
ternocleidomastoideo
XII Hipoglosso Motor
Inervação da musculatu-
ra da língua
Quadro 1 – Nervos cranianos
Fonte: a autora.
 “ A pele que recobre todo o corpo é inervada por neurônios sensi-
tivos somáticos, que conduzem impulsos nervosos da pele para o 
tronco encefálico e a medula espinal. Do mesmo modo, neurônios 
motores somáticosproteínas e carboidratos (glicogênio). 
Os lipídeos, por serem hidrofóbicos, podem ser armazenados em grandes 
proporções dispensando a participação da água para dissolvê-la, contendo por 
unidade de massa mais do que o dobro de energia armazenada que os outros 
dois componentes (proteínas e carboidratos), fornecendo mais energia metabó-
lica quando oxidados. Dessa forma, o tecido adiposo se torna a principal fonte 
energética do organismo na condição de reservatório.
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O tecido adiposo é um tipo específico de tecido conjuntivo, formado na sua 
totalidade por células adiposas, podendo também ser nominadas ou identificadas 
como adipócitos. Esse grupo de tecido está distribuído por toda a extensão do 
corpo. Para mulheres com peso corpóreo normal, a presença de tecido adiposo 
fica entre 25 a 30% do peso corporal na mulher; entretanto, pode variar para o 
homem, ficando entre 19 a 23% (GUYTON; HALL, 2017).
Figura 8 – Tecido adiposo
Descrição da Imagem: representação do tecido adiposo.
Para Guyton e Hall (2017), dentre as principais funções do tecido adiposo, este 
é considerado como o maior depósito de energia do corpo, como já descrito 
anteriormente. Esta energia se encontra armazenada na forma de triglicerídeos, 
nome genérico de qualquer triéster oriundo da combinação do glicerol com áci-
dos, especialmente ácidos graxos. 
O corpo humano também é capaz de armazenar energia em outros tipos 
celulares como nos hepatócitos, energia armazenada na forma de glicogênio. 
Os triglicerídeos tornam-se eficientes como reserva ou fonte de energia porque 
fornecem cerca de 9,6 kcal/g contra apenas 4,3 kcal/g fornecidas pelo glicogê-
nio. Os triglicerídeos do tecido adiposo não são depósitos estáveis, renovam-se 
continuamente.
Os adipócitos são as únicas células especializadas no armazenamento de li-
pídios na forma de triglicerídeos (TAG) em seu citoplasma, sem que isto seja 
nocivo para sua integridade funcional. Essas células (enzima e proteínas) são 
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capazes de regular e sintetizar os ácidos graxos (lipogênese), bem como estocar 
TAG em períodos que a oferta de energia está abundante, e estarem disponíveis 
para lipólise (quebra) na ocorrência de déficits de caloria. A regulação desses 
processos ocorre por meio de nutrientes e sinais aferentes dos tradicionais sis-
temas neurais e hormonais (sinais de compensação), dependendo também das 
necessidades energéticas do indivíduo.
Os mesmos autores reforçam dizendo que o Sistema Nervoso Autônomo 
(SNA) possui controle direto sobre o tecido adiposo por meio de seus compo-
nentes simpático e parassimpático. 
A inervação simpática se relaciona principalmente com as ações catabóli-
cas, tais como a lipólise mediada pelos receptores β-adrenérgicos e dependente 
da atividade da enzima Lipase Hormônio-Sensível (LHS). Tal ativação quando 
presente sinaliza a compreensão de que o organismo humano está recrutando 
energia, buscando no tecido adiposo. 
Por outro lado, o sistema nervoso parassimpático está envolvido na execução 
de efeitos anabólicos sobre os depósitos adiposos, como a captação de glicose e 
de ácidos graxos estimulada pela insulina.
ANEXOS DA PELE 
Figura 9 – Cisto na epiderme
Descrição da Imagem: representação de um cisto localizado na epiderme humana.
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Como a pele, o sistema tegumentar inclui diversos derivados da epiderme. Esses 
anexos da pele incluem glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos ou 
capilares, pelos e unhas. Cada um desses anexos possui um papel único na ma-
nutenção da homeostase corporal.
NOVOS DESAFIOS
O sistema tegumentar é o conjunto de órgãos e tecidos que formam a pele e seus 
anexos, como cabelos, unhas e glândulas. 
Uma das áreas em que o sistema tegumentar tem grande importância é a 
estética. O cuidado com a pele, cabelos e unhas é essencial para manter uma boa 
aparência e autoestima. Por esse motivo, a indústria de cosméticos e produtos de 
beleza é uma das mais promissoras, oferecendo diversas oportunidades de em-
prego em áreas como pesquisa e desenvolvimento, produção, vendas e marketing.
Outra área em que o sistema tegumentar é relevante é a saúde. A pele é um 
órgão importante para a proteção do corpo contra agentes externos, além de ser 
responsável por funções como regulação da temperatura e síntese da vitamina 
D. Por isso, profissionais da área da saúde, como dermatologistas, enfermeiros e 
esteticistas, têm um papel fundamental no cuidado com a pele e na prevenção 
de doenças relacionadas.
Existem diversas perspectivas no mundo do trabalho que envolvem a pele 
e seus anexos. O cuidado com a estética e saúde da pele é essencial, tanto para a 
autoestima e bem-estar dos indivíduos, quanto para a prevenção de doenças e 
promoção de um ambiente de trabalho saudável e seguro.
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VAMOS PRATICAR
1. O sistema tegumentar humano é constituído pela pele e seus anexos, como cabelos, 
unhas e glândulas. Ele é responsável por proteger o corpo contra lesões, regular a 
temperatura, produzir vitamina D e servir como um importante órgão sensorial.
Descreva duas funções do sistema tegumentar humano.
2. A anatomia humana é o ramo da ciência que estuda a estrutura do corpo humano e 
suas partes. Ela pode ser dividida em diversas subdivisões, que vão desde a anatomia 
macroscópica, que estuda as estruturas visíveis a olho nu, até a anatomia celular, que 
se concentra no estudo das células e suas funções.
Explique quais são as principais subdivisões da anatomia humana.
3. A derme é uma camada da pele localizada logo abaixo da epiderme que está relacionada 
a importantes atividades do organismo. Esse grupo de células possui camadas de teci-
do conectivo, os quais possuem muitas fibras de elastina, possibilitando o alongamento 
e o colágeno, permitindo a existência de resistência, além de uma abundante rede de 
vasos sanguíneos e terminações nervosas especializadas. O calibre desses vasos e o 
volume de sangue que flui através deles está sujeito ao controle para regular a quan-
tidade de troca de calor entre esses vasos na superfície da pele e o ambiente externo.
Sabendo dessas informações e atribuições acerca da derme, identifique, a seguir, a res-
posta correta que se remete às funções que esta exerce.
a) Fornece suporte mecânico, rigidez e espessura da pele. Possui ainda, na sua compo-
sição, células dendríticas e macrófagos, ativando-a para mais uma função, proteção 
imunológica. Os mastócitos contidos nessas estruturas reagem a estímulos inflama-
tórios e participam da cicatrização de feridas.
b) A derme pode ser dividida em duas camadas: papilar e reticular, possuindo como 
responsabilidade realizar proteção.
c) Na derme estão localizadas as glândulas sudoríparas e sebáceas. As células da derme 
apresentam-se mortas e ricas em queratina.
d) Na derme, diferentemente da epiderme, são encontrados nervos, possuindo como 
responsabilidade realizar proteção.
e) Na derme, igual na epiderme, são encontrados nervos, possuindo como responsabi-
lidade realizar transporte.
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VAMOS PRATICAR
4. “A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo composta por três camadas principais: 
epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é a camada mais externa e consiste em 
células mortas, queratinizadas e impermeabilizadas. A derme é a camada intermediária 
e contém fibras de colágeno e elastina, além de vasos sanguíneos, nervos e glândulas 
sudoríparas e sebáceas. Já a hipoderme é a camada mais profunda e é composta por 
células adiposas e tecido conectivo frouxo” (GUYTON; HALL, 2011, p. 495).
Diante do exposto, analise as afirmativas:
I - A pele é uma das barreiras naturais mais importantes contra agentes estranhos ao 
corpo humano.
II - Ela é capaz de absorver grandes quantidades de água através do contato direto com 
o líquido.
III - A pele é responsável por proteger o corpo humano contra lesões mecânicas, químicas 
e biológicas, além de ajudar na regulação da temperatura corporal e na síntese de 
vitamina D.
É correto o que se afirmaem:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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VAMOS PRATICAR
5. A pele é o maior órgão do corpo humano e representa cerca de 16% do peso corporal 
total. É formada por diferentes camadas e estruturas, cada uma com sua própria com-
posição e função específica.
Com base nos seus estudos, assinale corretamente quais são as camadas da pele:
a) Sebo e acne.
b) Garras e cascos.
c) Pelos, unhas e nariz.
d) Pelos, veias e artérias.
e) Camada subcutânea hipodérmica, epiderme e derme.
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REFERÊNCIAS
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so de fisioterapia. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília, v. 38, n. 1, p. 65-71, 
mar. 2014. 
BALOGH, T. S. et al. Proteção à radiação ultravioleta: recursos disponíveis na atualidade em 
fotoproteção. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 86, n. 4, p. 732-742, 
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CONSOLARO, A.; CONSOLARO, M. F. M-O. As funções dos restos epiteliais de Malassez, o EGF 
e o movimento ortodôntico ou por que o movimento ortodôntico não promove a anquilose 
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1. O sistema tegumentar humano desempenha diversas funções essenciais para o orga-
nismo, como proteger o corpo contra lesões e agentes externos, e regular a temperatura 
corporal através da transpiração. Além disso, a pele é capaz de produzir vitamina D a 
partir da exposição aos raios solares e também é responsável por detectar estímulos 
táteis, térmicos e dolorosos através de seus receptores sensoriais (SILVERTHORN, 2017).
2. A anatomia humana pode ser subdividida em diversas áreas de estudo, dentre as quais se 
destacam a anatomia macroscópica, que se concentra no estudo das estruturas visíveis a 
olho nu, e a anatomia microscópica, que se preocupa com as estruturas celulares e subce-
lulares. Além disso, a anatomia pode ser subdividida em áreas de estudo mais específicas, 
como a anatomia do desenvolvimento, que se concentra na formação e crescimento do 
organismo desde a concepção até a idade adulta, e a anatomia patológica, que estuda 
as alterações anatômicas e funcionais causadas por doenças e lesões (SADLER, 2018).
3. A. A pele é um órgão vital que desempenha diversas funções no organismo humano, 
incluindo a proteção contra lesões, a regulação da temperatura corporal e a sensação 
tátil. Além disso, a pele também possui uma importante função imunológica, graças à 
presença de células dendríticas, macrófagos e mastócitos em sua composição. Essas 
células participam do reconhecimento e eliminação de agentes patogênicos, ajudando 
a manter o corpo protegido contra infecções e doenças.
Os mastócitos presentes na pele são particularmente importantes na resposta a estímulos 
inflamatórios e na cicatrização de feridas, liberando substâncias químicas como a his-
tamina e a heparina, que contribuem para o processo inflamatório e para a regeneração 
do tecido danificado. Além disso, as células dendríticas e os macrófagos desempenham 
um papel crucial na ativação do sistema imunológico adaptativo, ajudando a identificar 
e neutralizar invasores estrangeiros.
Portanto, a pele não é apenas uma barreira física contra o meio ambiente, mas também 
um importante órgão imunológico, que contribui para a proteção e a saúde do organismo 
como um todo.
4. C. É incorreto que a pele é capaz de absorver grandes quantidades de água através do 
contato direto com o líquido. Na realidade, a pele é uma barreira relativamente impermeável 
e resistente à água, principalmente graças à presença de lipídios na camada externa da 
epiderme, que impedem a entrada de água e outras substâncias hidrossolúveis.
GABARITO
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5. E. A pele é formada por três camadas principais, que são a camada subcutânea hipo-
dérmica, a epiderme e a derme. A camada subcutânea hipodérmica é a mais profunda 
e é composta principalmente por tecido adiposo, que funciona como isolante térmico e 
reserva de energia. Já a epiderme é a camada mais externa e é composta por células 
mortas e queratinizadas, que protegem o corpo contra lesões e agentes externos. Por 
fim, a derme é a camada intermediária e contém fibras de colágeno e elastina, além de 
vasos sanguíneos, nervos e anexos da pele, como folículos pilosos e glândulas sebáceas e 
sudoríparas. Essas três camadas trabalham juntas para desempenhar funções vitais para 
o organismo, como proteção contra lesões, regulação da temperatura corporal, produção 
de vitamina D e sensação tátil.
GABARITO
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MINHAS METAS
SISTEMA LOCOMOTOR – OSSOS
Conhecer o sistema locomotor.
Entender a relação entre os ossos.
Sistematizar os principais ossos do corpo humano.
Conhecer os ossos por tipologia.
Entender sobre as inserções musculares dependentes dos ossos.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA
Muitas pessoas atualmente encontram-se motivadas em limitar a ingestão de 
nutrientes e manter uma atividade física frequente para se distanciarem da obe-
sidade, bem como se manterem saudáveis. Entretanto, quando tais objetivos 
ultrapassam os limites do próprio corpo, podem comprometer sua saúde e, con-
sequentemente, suas estruturas, como o sistema esquelético. 
A osteoporose prematura é uma das consequências associadas à irregulari-
dade menstrual, a qual se torna potencializada pelo consumo de dietas muito 
restritivas e/ou exercícios físicos extenuantes, realizados sem adequada prescri-
ção e acompanhamento profissional. Em relação ao comportamento dietético 
restritivo, este pode trazer prejuízos quanto à carência de cálcio no organismo e 
repercutir diretamente sobre a construção óssea. 
Apesar de a estrutura óssea possuir uma aparência robusta, este é um con-
junto de tecido vivo tão complexo e dinâmico quanto os demais componentes 
celulares e estruturais do corpo humano. Esse é remodelado continuamente, ou 
seja, regenera-se enquanto a estrutura óssea já envelhecida, torna-se desgastada. 
Cada unidade óssea é individual e composta por inúmeras camadas de tecido 
que se diferem, mas que trabalham em sincronismo com outros compartimentos: 
osso, cartilagem, tecido conjuntivo denso, epitélio, tecido formador de compo-
nente sanguíneo, tecido adiposo e tecido nervoso. Toda a estrutura óssea e suas 
cartilagens constituem o sistema esquelético.
Desta forma, imagine uma pessoa que não consome uma dieta balanceada, na 
qual sejam fornecidos ao organismo os nutrientes necessários. Será que haveria 
prejuízos ao tecido envolvido?
Estamos nesse caso, falando do processo de ossificação, dependente de cálcio 
e outros elementos, para recuperações deperdas ósseas e crescimento ósseo. Du-
rante nossa vida, enfrentaremos situações como essa e desta forma, abordagens 
dessa temática nos auxiliarão a compreender os processos do dia a dia. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Agora, então, começaremos a entender melhor sobre o sistema locomotor ósseo, 
o que ele é, para qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos. 
Quantos são os ossos do corpo humano? Do ponto de vista estrutural, como é 
formado um osso e para que servem os ossos?
Fonte: a autora. 
PENSANDO JUNTOS
DESCRIÇÃO DO SISTEMA LOCOMOTOR 
Guyton e Hall (2017) descrevem que o sistema esquelético possui inúmeras fun-
ções, entretanto, destacam-se seis, as quais podem ser consideradas como as mais 
importantes:
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 ■ Sustentação: a estrutura esquelética oferece ao corpo a possibilidade de 
sustentação dos tecidos moles, servindo como pontos de fixação e/ou 
apoio para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos.
 ■ Proteção: como o próprio nome já destaca, outra importante função 
dos ossos é fazer com que os órgãos internos fiquem protegidos contra 
possíveis lesões ou traumas externos. Cada segmento ósseo possui uma 
atribuição de proteção, por exemplo, a calota craniana possui como res-
ponsabilidade proteger o encéfalo (massa encefálica); a coluna vertebral 
(vértebras) é responsável por proteger a medula espinhal; e a caixa torá-
cica assume o compromisso de proteger a estrutura pulmonar e cardíaca.
 ■ Auxílio ao movimento: pela existência de fixação dos músculos à es-
trutura óssea, quando os músculos ao comando encefálico se contraem, 
puxam e/ou elevam os ossos. Dessa forma, essa atividade conjunta sincro-
nizada, “músculo e estrutura óssea”, quando presente permite a presença 
do movimento.
 ■ Homeostase mineral: a estrutura óssea também possui como função 
armazenar minerais, em especial o cálcio e o fósforo. Conforme a deman-
da (necessidade) do corpo, a estrutura óssea vai liberando tais minerais 
no sangue como atividade compensatória, visando manter o equilíbrio 
homeostático (distribuição de minerais para todo o corpo).
 ■ Produção de células do sangue: no interior de alguns segmentos ósseos, 
há um tecido chamado Medula Óssea Vermelha (MOV), a qual produz 
glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaque-
tas (trombócitos), através de um processo chamado de hemopoiese (hemo 
= sangue | poiese = produção) ou hematopoiese. Esse tecido, MOV, é for-
mado por células sanguíneas em desenvolvimento, adipócitos, fibroblas-
tos e macrófagos. Presente na estrutura óssea em desenvolvimento do feto 
e em alguns ossos da pessoa adulta, como pelve (bacia), costelas, esterno, 
vértebras, crânio e extremidades dos ossos do braço e da coxa.
 ■ Armazenamento de triglicerídeos: já a Medula Óssea Amarela (MOA), 
consiste principalmente em adipócitos, os quais armazenam triglice-
rídeos. Os triglicerídeos são considerados fonte de reserva de energia 
química potencial. A MOA contém uma quantidade discreta de células 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
vermelhas. Cabe destacar que, em um recém-nascido, toda medula óssea 
é vermelha e está envolvida com a hemopoiese. Com o avançar da idade, 
grande parte da medula óssea vermelha muda para medula óssea amarela.
TIPOS DE OSSOS
Cada um dos ossos que compõem o nosso esqueleto possui diferentes formas e 
funções, sejam eles planos, cúbicos, longos ou irregulares, todos possuem uma 
mesma estrutura “básica” em comum, a qual se modifica, desenvolve e cresce ao 
longo do tempo. 
Ao nascer, possuímos cerca de 300 ossos e através do nosso crescimento, de-
senvolvimento e chegada da maturidade, passamos a ter 206 ossos na vida adulta. 
Essa redução expressiva da quantidade de ossos ocorre devido à fusão dos ossos 
uns aos outros, sendo este um processo natural e esperado (PUTZ; PABST, 2013).
Quase todos os ossos do corpo humano podem ser classificados em qua-
tro tipos principais, com base na sua forma: longos, curtos, planos e irregulares 
(PUTZ; PABST, 2013).
 ■ Ossos longos: nesta classificação destaca-se o comprimento, pois este é 
maior do que a sua largura. Basicamente, são aqueles nos quais o compri-
mento excede a largura e a espessura. Outro diferencial para estes ossos é 
que possuem uma haste e um número variável de extremidades, ou seja, 
possuem um corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises) um pouco 
mais largas. Em geral, são levemente curvados, devido à força aplicada so-
bre eles. Como exemplo de ossos longos temos: os ossos da coxa (fêmur), 
da perna (tíbia e fíbula), do braço (úmero), do antebraço (ulna e rádio) e 
dos dedos das mãos e pés (falanges).
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osso esponjoso
osso compacto medula óssea
vaso sanguíneo
 linha epi�sária
Figura 1 - Ossos longos
Descrição da Imagem: apresentamos um novo corte transversal de osso longo, no qual está exemplificada a parte 
esponjosa do osso, bem como os canais de Havers, por onde passam os vasos sanguíneos. 
 ■ Ossos curtos: possuem discretamente o formato de um cubo e são apro-
ximadamente iguais, tanto na sua largura quanto em seu comprimento. 
São exemplos de ossos curtos: os ossos do punho e do tornozelo, a patela 
(popularmente conhecida como “rótula” – osso do joelho), os ossos do 
carpo (alguns ossos da mão, como vemos na Figura 2) e ossos do tarso 
(alguns ossos do pé). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Figura 2 - Ossos curtos
Descrição da Imagem: apresentamos na imagem a visão dos ossos curtos da mão humana, vista através de 
raios-X. 
 ■ Ossos planos: essa categoria de estrutura óssea possui espessura muito 
fina, achatada, sua largura e comprimento são maiores que a espessura, 
possuindo uma considerável responsabilidade quanto à proteção de ór-
gãos vitais e extensas superfícies para fixação muscular. São exemplos de 
ossos planos: os ossos do crânio (protegem o encéfalo) conforme Figura 3, 
os ossos arcos costais (costelas) e esterno (protege o pulmão e o coração) 
e as escápulas (ossos situados na região do ombro).
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Figura 3 - Osso do crânio
Descrição da Imagem: na imagem temos um crânio humano, frontal e lateral, apresentando os principais ossos 
do crânio.
 ■ Ossos irregulares: possuem formas complexas e não podem ser agru-
pados em nenhuma das categorias ósseas citadas anteriormente. São os-
sos que apresentam formatos bastante irregulares, com proeminências 
e reentrâncias. São exemplos de ossos irregulares: vértebras (Figura 4), 
sacro, cóccix, temporais, esfenoide, etmoide, zigomático, maxila, mandí-
bula, concha nasal inferior e hioide.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Figura 4 - Ossos irregulares
Descrição da Imagem: na figura temos vértebras humanas de cor branca e amarela, em modelo didático, em 
fundo com pessoa manipulando o modelo. 
ESTRUTURA ÓSSEA
Exploraremos as estruturas de uma unidade óssea com uma visão macroscópica. 
Segundo Sherwood (2011), a estrutura de uma unidade óssea pode ser analisada 
considerando-se as partes de um osso longo, a exemplo disso podemos citar o 
fêmur (osso da coxa), como mostrado a seguir. Em uma unidade óssea da referi-
da categoria, espera-se que sejam identificadas e/ou encontradas até sete partes, 
sendo elas:
 ■ Diáfise (= crescimento entre): refere-se à haste ou ao corpo da estrutura 
óssea. É a parte do osso que tem crescimento primário, ou seja, cresce 
longitudinalmente, alongando-se. É a parte mais longa do osso. Pode ser 
considerada como a porção mais importante desta unidade, por ser longa 
e cilíndrica.
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 ■ Epífise (= crescimento sobre): refere-se à extremidade distal e proximal 
da estrutura óssea. Esta é a parte dos ossos longos, os quais se desenvol-
vem por um centro de ossificação diferente do corpo do osso, e que dele é 
separado por uma camada de cartilagem. Durante o seu desenvolvimento, 
é a cartilagem epifisária a estrutura responsável pelo crescimento longitu-
dinal e diametral (lateral) do osso. Devemos destacar que é durante a in-
fância e a adolescênciaque a cartilagem epifisária promove o crescimento, 
mas, quando o indivíduo atinge a idade adulta, a cartilagem é substituída 
por osso compacto, interrompendo-se o crescimento. É baseado nessa 
substituição entre cartilagem por osso compacto que a referida região 
fica sujeita a lesões ósseas (fraturas).
 ■ Metáfise (= mudança): é na referida região que ocorre a unificação entre 
a diáfise e a epífise, quando o osso se encontra maduro. Na unidade ós-
sea em crescimento, cada metáfise contém uma lâmina epifisial, um tipo 
específico de cartilagem hialina, que permite à diáfise do osso crescer em 
comprimento. Ao atingir o crescimento na sua totalidade, a cartilagem 
na lâmina epifisial é substituída por osso, e a estrutura óssea resultante 
torna-se conhecida como linha epifisial. Resumidamente, é ao nível da 
metáfise que se situa a cartilagem de conjugação que assegura o cresci-
mento em comprimento do osso.
 ■ Cartilagem epifisial ou cavidade articular: esta estrutura é composta por 
uma fina camada de cartilagem hialina que recobre a epífise, onde o osso 
forma uma articulação (encaixe) com outro osso. A cartilagem epifisial 
reduz o atrito e absorve o choque nas articulações livremente móveis. 
Devido à ausência de um pericôndrio na cartilagem epifisial, o reparo dos danos 
é limitado. Referente às estruturas cartilaginosas, estas podem ser descritas como 
sendo um tecido avascular, as quais possuem células arredondadas separadas por 
uma matriz predominantemente basófila. As células da cartilagem, denominadas 
de condrócitos, produzem uma matriz extracelular constituída principalmente 
de fibrilas de colágeno tipo II e de grandes proteoglicanos agregantes. 
Durante o desenvolvimento, os ossos longos são precedidos por um modelo 
cartilaginoso. Desse modelo cartilaginoso inicial persiste nas extremidades dos 
ossos um tipo de cartilagem hialina, denominada de cartilagem epifisária, que 
compreende a cartilagem articular e a cartilagem de crescimento. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Quanto ao significado dos condrócitos, como o próprio nome já diz, são as 
células “citos” da cartilagem “condros”. Estão isolados em pequenas cavidades no 
tecido, denominadas lacunas. No entanto, essas lacunas podem estar extrema-
mente próximas, separadas por apenas uma fina porção da matriz.
 ■ Periósteo (peri = em torno/ao redor de | osteo = osso): esta é uma estru-
tura resistente de tecido conjuntivo denso não modelado, vascularizada, 
fibrosa e resistente que envolve por completo os ossos, exceto nas articu-
lações cartilaginosas.
Possui fibroblastos e fibras colágenas dispostas paralelamente entre si e parale-
lamente à superfície do osso.
Como já mencionado, o periósteo envolve a superfície óssea, onde não está 
devidamente coberta de cartilagem epifisial. O periósteo em si contém células 
formadoras de ossos, as quais propiciam o crescimento, seja ao seu diâmetro ou 
espessura, entretanto, não influencia no crescimento quanto ao comprimento. 
Outra função do periósteo se remete a proteger o osso, auxiliando-o na sua re-
paração quando acontecem as fraturas, ajudando na oferta de nutrição óssea e, 
ainda, serve como um ponto de fixação para ligamentos e tendões.
Figura 5 - Estrutura esponjosa os ossos
Descrição da Imagem: temos nessa imagem, uma rede calcificada de cor bege claro, representando a parte 
esponjosa do osso. 
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 ■ Cavidade medular (medula = parte central da estrutura, tutano): é um 
espaço cilíndrico oco dentro da diáfise em adultos, que contém a medula 
óssea amarela. Também conhecido como canal vertebral, canal espinhal 
ou cavidade medular, localiza-se nos ossos na parte da diáfise. 
A medula espinhal passa no interior do canal vertebral. Este canal é um prolon-
gamento da cavidade corporal humana dorsal e está encerrado dentro do forame 
vertebral. Nos espaços intervertebrais, o canal é protegido posteriormente pelo 
ligamento amarelo e frontalmente pelo ligamento longitudinal posterior.
 ■ Endósteo (endo = dentro | interno): esta estrutura é uma camada fina 
de tecido conjuntivo frouxo, a qual reveste a superfície do tecido ósseo 
que forma a cavidade medular dos ossos longos, contendo uma única 
camada formadora de ossos. Esta superfície endosteal é, normalmente, 
reabsorvida durante longos períodos de desnutrição, resultando em uma 
espessura cortical menor. 
A superfície externa da estrutura óssea é revestida por uma fina camada de tecido 
que é muito semelhante quanto à morfologia e função ao endósteo. Dessa forma, 
ela é chamada de periósteo ou superfície periosteal.
FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA
A estrutura óssea, por meio do seu tecido ósseo, possui expressivas particulari-
dades, constituindo notável diferenciação quanto à composição do seu material 
e sua construção. Possui capacidade de edificar estruturas sobre si, sendo resis-
tentes, capazes de se remodelarem e se repararem. 
O processo pelo qual o osso é formado, segundo Guyton e Hall (2017), é 
chamado de “ossificação” (ossi = osso; ficação = fabricação), a qual ocorre em 
quatro etapas principais:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
 ■ formação inicial de ossos no embrião e feto;w
 ■ crescimento dos ossos durante a infância e a adolescência até atingir a fase
Adulta:
 ■ remodelamento ósseo (substituição do tecido ósseo por tecido jovem);
 ■ reparo de fraturas durante a vida.
FORMAÇÃO ÓSSEA INICIAL NO EMBRIÃO E NO FETO
Consideraremos primeiro a formação inicial do osso no embrião e no feto. Wolff 
et al. (2012) descrevem que a formação óssea é uma das etapas importantes do 
ser humano, por estar atrelada à independência futura desse ser, permitindo sua 
locomoção, sustentação e equilíbrio. 
O crescimento ósseo se inicia durante o desenvolvimento embrionário e no 
período pós-natal (período que se dá após o nascimento), estas etapas são muito 
importantes, pois uma formação óssea sem limitação sinaliza que o ser humano, 
na fase adulta, poderá apresentar menores possibilidades de adoecimento rela-
cionado a problemas nessas estruturas, reagindo a uma remodelação óssea e à 
homeostase do cálcio de ordem natural. 
Do contrário, um indivíduo que obteve algum impedimento quanto ao rece-
bimento e/ou suporte de nutrientes nesta etapa, estará mais susceptível ao menor 
desenvolvimento das forças físicas e maior ocorrência de rupturas ósseas (fra-
turas). A formação óssea requer recrutamento, proliferação e diferenciação de 
células osteoprogenitoras.
O esqueleto embrionário é, primeiramente, composto por mesênquima no 
formato de ossos e representa os locais onde a ossificação ocorre. Sobre o signifi-
cado de mesênquima, este é um tecido embrionário derivado da mesoderme, que 
se refere a um folheto embrionário formado na terceira semana de gestação. Esses 
ossos fornecem o modelo para a subsequente ossificação, que começa durante a 
sexta semana do desenvolvimento embrionário. 
Existem dois métodos de formação óssea, sendo eles a ossificação intramem-
branosa e ossificação endocondral (GUYTON; HALL, 2017).
Acerca dos métodos anteriormente descritos, relacionados à formação óssea, 
conforme apontam Guyton e Hall (2017), estes estão envolvidos com a substi-
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tuição de um tecido conjuntivo preexistente por osso. Esta substituição não gera 
diferenças nas estruturas dos ossos maduros, mas são esperadas fisiologicamente 
quanto ao desenvolvimento ósseo. 
O primeiro tipo de ossificação chamado de ossificação intramembranosa 
(intra = dentro) sinaliza que o osso se forma diretamente dentro do mesênquima, 
disposto em camadas semelhantes a lâminas que lembram membranas. 
Esta é a forma mais simples dos dois tipos de formação óssea: Na visão de 
Dalmolin et al. (2013), o tecido ósseo possui como atribuição sustentar as cargas 
aplicadas pelo deslocamento fisiológico. Tal atividade está diretamente relaciona-
da as suas propriedades de composição e formação, com sua geometria estrutural 
e transversal. Durante a infância e a adolescência, os ossos longos crescem em 
comprimento

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