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Campos de Atuação da Psicologia Jurídica
Psicologia Jurídica é uma área de especialidade da Psicologia que tem relação com o sistema de justiça 
Na Argentina é chamado de Psicologia Forense e na Espanha como no Brasil, de Psicologia Jurídica
Objeto de Estudo da Psicologia Jurídica
Tem como objeto de estudo os comportamentos
complexos que ocorrem ou podem vir ocorrer, em
geral, envolvendo o comportamento humano no
contexto legal e judicial
O estudo nessa área deve possuir uma perspectiva
psicológica que resulte em um conhecimento
específico;
Pode utilizar todo conhecimento produzido pela
ciência psicológica;
Os comportamento estudados devem ser de interesse
jurídico;
Delimita a qualificação da Psicologia como jurídica;
As atividade do psicológico pode ocorrer tanto dentro
como fora dos Tribunais;
Modelos de Relação entre Psi. e Direito
Modelo Subordinação: 
É o exercício de uma psicologia jurídica com objetivo de contribuir para
melhor exercício do direito, onde procura somente atender a demanda
jurídica, está para servir o direito 
Para Popolo (1996), no modelo de subordinação, a Psicologia Jurídica procura
tão-somente atender a demanda jurídica como uma psicologia aplicada cujo
objetivo é contribuir para o melhor exercício do Direito. Esse tipo de relação
de subordinação ocorre entre psicologia e psiquiatria forense, na qual o
saber psicológico está a serviço da psiquiatria como assessor. O psicólogo
torna-se auxiliar do médico e contribui na elaboração do diagnóstico clínico,
que é de responsabilidade do médico, e não do psicólogo
Modelo de Complementaridade: 
Enxerga as duas áreas como interligadas, com um conhecimento mútuo e
colaborativo, a psicologia é vista como uma ciência autônoma 
De acordo com Popolo (1996), na complementaridade, a Psicologia Jurídica é
ciência autônoma, produz conhecimento que se relaciona com o
conhecimento produzido pelo Direito, incorrendo numa interseção. Portanto
há um diálogo, uma interação.
Segundo Popolo (1996)
Atuação do Psicólogo Jurídico como Perito:
Não há nenhum problema em responder as perguntas e
as demandas do jurídico. Entretanto, o que não pode
ocorrer é a sua estagnação neste tipo de relação;
A Psicologia Jurídica deve transcender as solicitações
do mundo jurídico, deve repensar se é possível
responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas as
perguntas que lhe são lançadas. 
A atuação da psicologia jurídica como perito envolve a
aplicação de conhecimentos psicológicos para auxiliar
o poder judiciário em processos, através da realização
de perícias, elaboração de laudos e pareceres técnicos
que embasam decisões judiciais, em diversas áreas
como família, criminal, trabalhista,
Os profissionais, que são peritos, devem reconhecer o limite
de sua perícia, pois se trata de conhecimento produzido a
partir de um recorte da realidade;
Assim, deve-se reconhecer a limitação do conhecimento da
conduta por meio da perícia; 
É necessário verificar a confiabilidade e a validez dos
instrumentos e do modelo teórico utilizados, a fim de
verificar se os mesmos respondem ao objetivo do
procedimento;
Importante compreender que o conhecimento resultante da
perícia não representa a compreensão do indivíduo como um
todo. Por esse motivo, esse conhecimento refere-se a um
recorte parcial da realidade (do indivíduo). 
Ampliação do Campo de Atuação do Psicólogo
Jurídico:
C
riticas de Popolo (1996)
O psicólogo jurídico pode atuar fazendo orientações e
acompanhamentos, contribuir para políticas preventivas,
estudar os efeitos do jurídico sobre a subjetividade do
indivíduo, entre outras atividades e enfoques de atuação.
A Psicologia Jurídica pode:
Auxiliar a compreender o sujeito envolvido com a Justiça e a melhorá-
lo, 
Também, pode ajudar a compreender as leis as suas conflitualidades,
principalmente as instituições jurídicas, e melhorá-las também.
Tem como característica principal a interface com o direito, e busca
indicadores da situação dos envolvidos em processos jurídicos, que
irão nortear a atuação dos operadores do direito.
Característica:
Pode atuar:
Orientações e acompanhamentos;
Contribuir para políticas preventivas;
Estudar os efeitos do jurídico sobre a subjetividade do indivíduo;
Entre outras atividades e atuações.
Função:
A Psicologia Jurídica procura atender a demanda jurídica como uma
psicologia aplicada cujo objetivo é contribuir para o melhor exercício
do Direito. 
O Desenvolvimento da Psicologia Jurídica:
A Psicologia Jurídica é uma emergente área de
especialidade da ciência psicológica, se comparada às
áreas tradicionais de formação e atuação da Psicologia
como a Escolar, a Organizacional e a Clínica. 
Por quê as Instituições de Justiça constituem um
campo propício à atuação do psicólogo? Pois a
instituições de justiça constituem um campo com
grande quantidade de conflitos e situações que envolve
emoções, comportamentos e dinâmicas psicológicas,
permitindo que o psicólogo contribua com a
compreensão e resolução desses casos. 
Atualmente:
Ampliação no campo de atuação – informar, apoiar,
acompanhar, dar orientações aos diversos casos atendidos;
Preocupação com a saúde mental dos envolvidos em
processos judiciais;
Formação de equipes interdisciplinares;
Orientação do MEC para implantação da disciplina de
Psicologia Jurídica nos cursos de Direito.
As Dificuldades Enfrentadas pela
Psicologica Jurídica:
A principal dificuldade para a solidificação do campo da
psicologia jurídica consiste, ainda, na ausência de
formação nessa especialidade na maioria dos cursos de
graduação e pós-graduação das universidades públicas
e privadas brasileiras.
Delimitações dos papeis: psicólogos e operadores do direito.
Quem são os clientes da Psicologia Jurídica? São diversos,
abrangendo desde indivíduos envolvidos em processos judiciais,
como vítimas de crimes, familiares e crianças, até pessoas que
buscam orientação em áreas como Direito de Família, Infância e
Adolescência e Saúde Mental, com o objetivo de auxiliar na
tomada de decisões e na preservação do bem-estar. 
Quais são os limites da atuação do psicólogo? Os limites da
atuação do psicólogo jurídico são definidos por questões éticas e
legais, incluindo a proibição de atuação em situações onde seus
vínculos pessoais ou profissionais possam comprometer a
qualidade do trabalho e a imparcialidade, como perito ou
avaliador em casos onde já atuou como terapeuta. 
Atribuições Profissionais do Psicólogo Jurídico no Brasil CRP:
Assessora na formulação, revisão e execução de leis;
Colabora na formulação e implantação das políticas de
cidadania e direitos humanos;
Realiza pesquisa visando à construção e ampliação do
conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito;
Avalia as condições intelectuais e emocionais de
crianças, adolescentes e adultos em conexão com
processos judiciais, seja por deficiência mental e
insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares
adotivos, posse e guarda de crianças, ou determinação
da responsabilidade legal por atos criminosos;
Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais,
justiça do trabalho, da família, da infância e juventude,
elaborando laudos, pareceres e perícias, a serem
anexados aos processos;
Assessora autoridades judiciais no encaminhamento a
terapias psicológicas, quando necessário;
Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre
que solicitar alguma providência, ou haja necessidade de
comunicar-se com o juiz, durante a execução da perícia;
Eventualmente, participa de audiências, para esclarecer
aspectos técnicos em psicologia que possam necessitar de
maiores informações a leigos ou leitores do trabalho
pericial psicológico (juízes, curadores e advogados);
Elabora laudos, relatórios e pareceres, colaborando não só
com a ordem jurídica, como com o indivíduo envolvido com
a Justiça, através da avaliação da personalidade deste e
fornecendo subsídios ao processo judicial quando solicitado
por uma autoridade competente, podendo utilizar-se de
consulta aos processos e coletar dados considerados
necessários à elaboraçãodo estudo psicológico;
Realiza atendimento psicológico através de trabalho
acessível e comprometido com a busca de decisões próprias
na organização familiar dos que recorrem às Varas de
Família para a resolução de questões;
Conselho Regional de Psicologia
Atribuições Profissionais do Psicólogo Jurídico no Brasil
CRP:
Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações
que chegam às instituições de direito, visando à
preservação de sua saúde mental, bem como presta
atendimento e orientação a detentos e seus familiares;
Participa da elaboração e execução de programas sócio-
educativos destinados a criança de rua, abandonados ou
infratores;
Orienta a administração e os colegiados do sistema
penitenciário, sob o ponto de vista psicológico, quanto
às tarefas educativas e profissionais que os internos
possam exercer nos estabelecimentos penais; 
Participa da elaboração e do processo de execução
penal e assessora a administração dos estabelecimentos
penais quanto à formulação da política penal e no
treinamento de pessoal para aplicá-la;
Atua em pesquisas e programas de prevenção à
violência e desenvolve estudos e pesquisas sobre a
pesquisa criminal, construindo ou adaptando
instrumentos de investigação psicológica.
Importância da psicologia jurídica para os profissionais
do direito e contexto jurídico:
Parte dos erros judiciais decorre do desconhecimento
de assuntos psicológicos essenciais, assim, para
aprimorar a justiça e as instituições deve-se conhecer
os mecanismos psicológicos do comportamento
humano, uma vez que muitos conflitos jurídicos são
motivados por questões de natureza emocional e
psicológica.
Dessa maneira, a psicologia vai instrumentalizar
advogados, promotores de justiça e juízes para um
atendimento mais amplo e mais seguro.
Psicologia como Ciência = A ciência do Compreender as relações e mentes humanas 
A história da Psicologia tem por volta de 130 anos, tendo a psicologia jurídica, como
ciência, na Alemanha, com Wilhelm Wundt fundando o primeiro laboratório de
psicologia experimental em 1879, em Leipzig. 
Evolução da Psicologia:
O processo histórico é marcado por duas vertentes,
sendo a História Grega, em um período anterior a
época cristã. 
E a segunda fase é o desenvolvimento da modernidade:
responsável pelo desenvolvimento da Psicologia como
ciência 
Psicologia e o Gregos:
Os filósofos, na Grécia Antiga, por volta de séc. VII a.C., 
começaram a tentar compreender o homem e sua
interioridade. Para eles, a psiquê (ou 'si mesmo') era
entendida como o aspecto imaterial de cada pessoa,
que envolve os pensamentos, os sentimentos, os
desejos e a percepção.
Não existia uma Psicologia em si, e sim uma
preocupação com a alma e a razão humana
Por serem o povo mais evoluído da época, os gregos
começaram a se preoucupar com o estudo da mente
Antes disso não se sabia a diferença da mente humana
para a mente dos animais. E os gregos começaram a
notar que os humanos realizam conquistas territoriais,
o que levava na construção e manutenção de cidades,
na riqueza gerada, na necessidade de soluções e como
a mente exigia em criar soluções práticas.
Tais avanços, permitiram que os cidadãos se
ocupassem das coisas do espírito, como a filosofia e a
arte. 
Os filósofos pré-socráticos: Sócrates, Platão e
Aristóteles eram pensadores que buscavam
compreender o espírito conquistador grego, e sua
interioridade humana
PSICOLOGIA - vem do Grego
PSYCHÉ = ALMA / LOGOS = RAZÃO
Em resumo:
 Filósofos Gregos: surge a primeira tentativa de
sistematizar um pensamento sobre o espírito humano;
Interioridade humana;
 A alma ou espírito era concebida como parte imaterial
do ser humano;
Abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e
ódio, a irracionalidade, o desejo, sensação e percepção;
FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS: Relação do homem
com o mundo por meio da percepção. A discussão se
baseava em: se o mundo existe, porque o homem vê OU 
se o homem vê um mundo que já existe.
SOCRÁTES: Separação do homem ao animal, definiu
que a principal característica humana é a razão e, abre
caminho para a teorização da consciência. 
Aristóteles:
Discípulo de Platão, já acreditava que a alma e o corpo não
podem ser separados, segundo ele a psiquê era o princípio
ativo da vida de tudo o que se desenvolve. Tudo aquilo que
cresci, se reproduz e se alimenta, possui uma alma.
ALMA E CORPO SÃO INSEPARÁVEIS 
Platão:
Discípulo de Sócrates, tentou definir um lugar para a
razão em nosso corpo, entendendo que esse lugar seria a
cabeça. Segundo ele, a alma era separada do corpo, e a
medula seria o elemento de ligação entre a alma e o corpo.
ALMA SEPARADA DO CORPO
Morte: a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma
ficava livre para ocupar outro corpo;
Socrátes:
Buscava compreender o que diferenciava os homens dos
animais, para ele a grande diferença era a razão, que
permitia ao homem controlar seus instintos e sair da
ignorância por meio da busca da sabedoria.
LIMITE QUE SEPARA OS HOMENS DOS ANIMAIS
Assim, para Aristóteles, as almas se dividiam em:
Alma Vegetativa: Se detém da reprodução,
crescimento, alimentação e da reprodução do seres
vivos;
Alma Sensitiva: Propícia aos animais que se movem e
têm algum tipo de habilidades sensoriais;
Alma Racional: Propícia aos seres humanos, para
reflexões e pensamento
Psicologia e a Modernidade:
Após 200 anos da morte de São Tomás de Aquino, com as
transformações radicais na Europa, com o Mercantilismo
(descoberta de novas terras), ocorre o período do
Renascimento.
Platônica: afirmava a imortalidade da alma e a
concebia separada do corpo;
Aristotélica: afirmava a mortadalidade da alma e
sua relação de pertencimento ao corpo.
Os filosófos gregos formularam duas teorias: 
Império Romano e Idade Média
Império Romano:
Durante o Império Romano, o cristianismo se
desenvolveu rapidamente, se tornando a principal
religião durante a Idade Média. Os entendimentos
sobre a psicologia passam então a ser relacionados ao
conhecimento religioso, a Igreja Católica monopolizava
o saber e o estudo da filosofia.
Cristianismo: marcado por uma força religiosa que
passa a ser a força política dominante;
As ideias sobre Psicologia nessa época estão
relacionadas ao conhecimento religioso;
Igreja Católica: poder político, econômico e
monopolizador do saber
Santo Agostinho:
Inspirado em Platão, também entendia que havia uma
divisão entre a alma e o corpo, segundo ele a alma era uma
manifestação divina no homem e era imortal pois o ligava
a Deus.
ALMA E CORPO SEPARADOS
Alma é a prova de manifestação divina no homem;
Alma é imortal, sendo ligação do homem com Deus.
São Tomás de Aquino:
Buscou em Aristóteles a distinção entre essência e
existência, considerando que o homem, em sua essência,
busca a perfeição por meio de sua existência, e para ele
somente Deus seria capaz de unir a essência e existência.
O ser humano busca a perfeição através da existência;
Buscar perfeição = É buscar Deus;
Justificativa para os dogmas da igreja,
Renascimentos:
No período do Renascimento, entre os séculos XIV e
XVI, há um enfraquecimento do cristianismo, onde o
ser humano passa a ser valorizado nas obras de arte, na
filosofia e na ciência, como um objeto a ser estudado.
Nesse período houveram muitos questionamentos
sobre as hierarquias e movimentos para derrubar a
nobreza e o clero.
A ciência moderna passa a tomar o conhecimento
como fruto da razão. 
O homem passou a ser visto como capaz de construir
conhecimento e transformar o mundo.
Transição para o capitalismo
Nova forma de organização econômica e social
René Descartes:
Segundo o filósofo francês René Descartes (1596-1650),
havia uma separação entre mente e corpo, de modo que o
corpo desprovido de espírito seria apenas uma máquina.
SEPARAÇÃO MENTAL (ALMA E ESPÍRITO) E CORPO
A Psicologia Científica:
Século XIX, com o desenvolvimento da ciência como
sustentáculo da nova ordem econômica e social. A terra
passa a ser fonte de produção, com uma economia
fechada na relação entre o senhor e o servo, não
existindo uma mobilidade social, o lugar social eradefinido a partir do nascimento.
COMPREENSÃO
SOCIEDADE FEUDAL
CAPITALISMO
Capitalismo:
O ser humano é livre e capaz de construir seu futuro, o
conhecimento passa a ser independente da fé.
A necessidade da ciência para a noção de verdade, que
passar a precisa contar com o aval da ciência. 
Os problemas e temas psicológicos passaram a ser
investigados pela Fisiologia e Neurofisiologia;
Percepções, pensamento e os sentimentos eram
produto do Sistema Nervoso Central.
https://www.ex-isto.com/2019/12/humanismo.html
https://www.ex-isto.com/2019/10/racionalismo-e-empirismo.html
O ser humano se torna mais isolado e livre;
Forma de pensar: consumidor e produtor individual;
Sujeito ativo;
Escolher a trajetória de vida;
Construir uma identidade (viver, pensar e sentir
experiência);
Necessidade de construir uma ciência que estudasse e
produzisse sobre a experiência subjetiva
Filosofia e Fisiologia se reúnem como pensamento
para fundar a Psicologia;
Status de ciência é obtido à medida que se liberta da
Filosofia ;
Definir o objeto de estudo;
Delimitar campo de estudo;
Formular métodos de estudos;
Formular teorias com um corpo consistente;
Psicologia:
Nasceu na Alemanha
Desenvolveu-se nos EUA, onde surgiu as primeiras
abordagens e escolas de Psicologia 
INICIO DESENVOLVIMENTO
Em 1879 foi criado o primeiro laboratório de psicologia na Alemanha,
pelo médico Wilhelm Wündt(1832-1920), que passou a ser considerado
como um dos fundadores da Psicologia enquanto Ciência Moderna, pois
determinou seu objeto de estudo, seu método de pesquisa, seus temas e
objetivos.
Neste período surgiram distintas escolas de pensamento sobre a
psicologia, que caracterizam as diferentes maneiras de entender os
seres humanos. Cada uma dessas escolas possuía um foco definido do
que estudar e objetivos de como pretendiam realizar este estudo.
Escolas:
Estruturalismo:
Foi uma linha de pensamento da psicologia que estudou a consciência em
seus aspectos estruturais. Estudava as estruturas dos processos da mente e
o conteúdo da consciência, por meio da análise da experiência consciente
em seus componentes básicos, buscando os princípios de como os
elementos simples compõem uma experiência complexa.
Compreensão da consciência;
Seu estudo era focado nos aspectos estruturais;
Estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso
central;
https://www.ex-isto.com/2018/02/wunt-psicologia-ciencia.html
Funcionalismo:
Buscava compreender o que a mente faz, e como é a interação do organismo
com o ambiente. Foi criada nos Estados Unidos por volta de 1880, por
William James. Essa linha de pensamento psicológico possui características
de uma sociedade pragmática, preocupada com sua funcionalidade prática,
focada na adaptação do sujeito ao meio. Algumas das questões que buscavam
responder eram: o que fazem os homens e por que fazem?
Espírito Pragmático: só ação humana, movida pela inteligência e pela
energia, pode alterar os limites da condição humana;
Consciência como centro de suas preocupações ;
Buscava compreender o funcionamento;
Associanismo: 
Acreditava que a aprendizagem ocorre por um processo de associação das
ideias, das mais simples às mais complexas, de modo que a aprendizagem de
um conteúdo complexo, requer primeiro o aprendizado de ideias mais
simples, associadas àquele conteúdo. 
Formulador da primeira teoria de aprendizagem na Psicologia;
Aprendizagem se dá um processo de associação livre- simples às mais
complexas;
Lei do efeito: A Lei do Efeito dizia que todo comportamento de um
organismo vivo tende a se repetir se for recompensado e a cessar se for
castigado.
Psicologia Jurídica: Histórico e Perspectiva da Avaliação Psicológica no Brasil 
Perspectiva Mundial:
A perspectiva mundial da psicologia jurídica engloba
um conjunto de abordagens e aplicações que buscam
entender e atuar na interface entre a psicologia e o
direito. Essa área de estudo e prática se expande
globalmente, com enfoque em questões como violência,
cidadania, direitos humanos e saúde mental, buscando
integrar conhecimentos psicológicos em processos
judiciais e políticas públicas. 
Preocupação com avaliação do criminoso;
Doente Mental Delinquente;
Antiguidade e Idade Média: 
Loucura era fenômeno da vida privada
Era permitido ao “louco” circular livremente.
Fenômeno da Loucura: (Séc. XVII) 
Durante a Antiguidade e a Idade Média a loucura
era um fenômeno bastante privado. Ao "louco" era
permitido circular com certa liberdade, e os
atendimentos médicos restringiam-se a uns poucos
abastados. 
A partir de meados do século XVII, a loucura passou
a ser caracterizada por uma necessidade de
exclusão dos doentes mentais. 
Criaram-se estabelecimentos para internação em
toda a Europa, nos quais eram encerrados
indivíduos que ameaçassem a ordem da razão e da
moral da sociedade (Rovinski, 1998). 
Pinel
A partir do século XVIII, na França, Pinel realizou a
revolução institucional, liberando os doentes de suas
cadeias e dando assistência médica a esses seres
segregados da vida em sociedade
Liberação dos doentes da cadeia;
Assistência médica aos loucos;
Colaboração dos psicólogos clínicos com os
psiquiatras na elaboração de exames psicológicos
legais em sistema de justiça juvenil;
Psicanálise e olhar para a loucura ( compreensão ) 
Valorização do psicodiagnóstico com relevância da
atuação do psicólogo
Categorizar os pacientes : maior severidade e menor
severidade: os pacientes menos severos eram
encaminhados aos psicólogos, para que esses
profissionais buscassem uma compreensão mais
descritiva de sua personalidade. Os pacientes de
maior severidade, com possibilidade de internação,
eram encaminhados aos psiquiatras
Balu (1984) demonstrou, a partir de estudos
comparativos e representativos, que os diagnósticos
de Psicologia Forense podiam ser melhores que os dos
psiquiatras 
Os psicodiagnósticos eram vistos como instrumentos
que forneciam dados matematicamente comprováveis
para a orientação dos operadores do Direito.
Inicialmente, a Psicologia era identificada como uma
prática voltada para a realização de exames e
avaliações, buscando identificações por meio de
diagnósticos. Essa época, marcada pela inauguração
do uso dos testes psicológicos, fez com que o
psicólogo fosse visto como um testólogo
França e Alemanha:
Psicólogos da Alemanha e França desenvolveram trabalhos
empírico-experimentais sobre o testemunho e sua participação
nos processos judiciais.
Psicologia do Testemunho;
Estudos acerca dos sistemas de interrogatório; do fatos
delitivos e a detecção de falsos testemunhos, as amnésias
simuladas e os testemunhos de crianças impulsionaram;
Aproximação da área criminal e a importância da avaliação
psicológica;
Psicologia Jurídica no Brasil:
A história da atuação de psicólogos brasileiros na área da
Psicologia Jurídica tem seu início no reconhecimento da
profissão, na década de 1960. Tal inserção deu-se de forma
gradual e lenta, muitas vezes de maneira informal, por meio de
trabalhos voluntários.
Os primeiros trabalhos ocorreram na área criminal,
enfocando estudos acerca de adultos criminosos e
adolescentes infratores da lei
Dificuldade em definir os aspectos;
País com grandes dimensões
Falta de uma cultura escrita sobre a história da inserção dos
psicólogos nas instituições;
Rovinsk(2009), propõe uma revisão crítica relacionada à avaliação
psicológica; 
Concentrados em atividades no Rio de Janeiro, vinculado ao
surgimento da psicologia como ciência
De acordo com Jacó-Vilela(1999) essa área teve a contribuição de
profissionais estrangeiros, como:
Waclaw Radeck:
1920 – criação do Laboratório de Psicologia da Colônia de
Psicopatas de Engenho de Dentro, em 1937 foi incorporado pela
UFRJ; 
Elizer Schneider:
Sua formação inicial foi como advogado, mas dirigiu seu
interesse à medicina Legal e Psicologia 
Desenvolveu um trabalho voltado para compreensão e discussão
da personalidade do criminoso, do papel da punição e a influência
do sistema penal na recuperação ou não, do delinquente. 
Em 1941 ingresso no Instituto de Psicologia. Seutrabalho como
psicologista, eram atividade era aplicação de testes; estudo e
explicação do comportamento do criminoso (tendência no Brasil)
Eliezer não permanece com a visão exclusiva de psicometrista; 
Preocupação com as influências sociais, culturais e econômicas
na personalidade do criminoso
Livro "Manual Psicologia Jurídica"- Mira y Lopes, 1955:
R
IO
 JAN
EIR
O
No Brasil, a profissão de psicólogo não era reconhecido como
profissão;
Profissionais passaram a fazer parte do Instituto de Medicina
Social e Criminologia de São Paulo
Órgão responsável pelas perícias cíveis e criminais;
Trajetória dos psicólogos em instituições jurídicas, início nas
atividades em instituições jurídicas da área penal; 
Semelhança na maioria dos estados do Brasil; 
SÃO PAULO: Em São Paulo, no ano seguinte à regulamentação da
Psicologia, três unidades prisionais contavam com o Setor
Terapêutica Criminal, onde eram realizadas perícias e tinham
uma preocupação com a valorização humana e reabilitação.
RIO GRANDE DO SUL: Primeiras atividades no Manicômio
Judiciário. No Rio Grande do Sul, o Instituto Psiquiátrico Forense
Maurício Cardoso (IPFMC) foi o segundo fundado no País, em
1924. O trabalho do psicólogo nesse instituto teve início em 1966,
através do estágio curricular de psicopatologia.
 -1974- Presença de 11 psicólogos trabalhando no local 
PARANÁ: A Implantação de trabalhos do Programa Pró-egresso,
destinado à população egressa dos estabelecimentos penais com
vínculo nas Varas de Execução Penal; 
 -Teve iniciativa de um promotor de justiça 
 -Depois o programa foi estendendo à várias cidades do Paraná
SANTA CATARINA: Na década de 1970, o psicólogo passou a
trabalhar com presos adultos e jovens vinculados à Fundação
Catarinense de Bem-Estar do Menor. 
 -1978- início do trabalho nas Penitenciária de Florianópolis: 
 -Avaliação psicológica e atendimentos individuais; 
 -Elaboração de laudos e participação na Comissão Técnica de 
Classificação Criminológica 
MINAS GERAIS: A inserção de psicólogos na Polícia Militar de
Minas Gerais (PMMG) ocorre por meio de concurso público, com
a criação de quadro de oficiais psicólogos.
 -Trabalham no processo seletivo de policiais, avaliando a aptidão
psicológica dos candidatos;
 -Também trabalham em Hospital Militar para prestar assistência
psicológica aos usuários;
 -Implantação do Serviço de Psicologia no tribunal de Justiça de
São na década de 1980.
DISTRIDO FEDERAL: Em 1985, houve a criação de uma
assessoria psicossocial na 3° vara de Família, para auxiliar nos 
processos de divórcio, litigiavam a guarda dos filhos e direito de
visita.
 -Nas Varas criminais, foi implementado o Serviço Psicossocial
Forense para assessora o juízo da Vara de Execuções criminais,
assistência à administração do TJDF.
Panorama Geral:
A atividade teve início antes do reconhecimento da
profissão; 
No início, serviços prestados por estrangeiros;
Teve um inserção lenta e de modo informal, mediante
estágios ou serviços voluntários;
Primeiras atuações: questões criminais voltadas ao estudo
perfil do criminoso ou de crianças e adolescentes envolvidos
em atos infracionais; 
Foco inicial do trabalho voltado compreender a conduta
humana relacionada às motivações e reincidência no crime 
O uso de técnicas de mensuração para luz à dinâmica da
produção do ato criminal
Regulamentação da profissão de psicólogo; 
Atividades de perícias e emissão de laudos legitimadas;
Atividades detalhadas pelo Conselho Federal de Psicologia;
 Regulamentação da profissão de psicólogo; 
Atividades de perícias e emissão de laudos legitimadas;
Atividades detalhadas pelo Conselho Federal de Psicologia;
Atividade de avaliação:
Entrevistar pessoas, ler processos, investigar pessoas e
situações problema, escolher, aplicar e mensurar instrumentos
de avaliação; elaborar laudos e perícias e responder á quesitos
técnicos e judiciais; 
Psicologia Policial;
Psicologia junto ao Direito de Família;
Psicologia do Testemunho;
Psicologia Jurídica na Infância e Juventude;
psicologia Penitenciaria;
Psicologia Jurídica e Vitimologia.
Perspectiva de Futuro:
Área promissora no Brasil;
Ampliação das atividades
Visão mais ampla do ser humano 
Prática de avaliação psicológica comprometida e
contextualizada;
Avaliação psicológica no contexto jurídico como
processo fundamental na garantia dos direitos
humanos; 
Importância das mudanças sociais e das transformações
das normas legais;
Penas alternativas, projetos de conciliação e mediação;
Judicialização dos conflitos interpessoais;
Alcance das intervenções 
Limites das práticas ;
Profissionais que trabalham com medidas
socioeducativas;
Formação e cuidado nos processos de avaliação; 
O psicólogo atua nos processos em que
são solicitadas indenizações em virtude
de danos psíquicos e no casos de
interdição judicial; 
Dano psíquico: sequela na esfera
emocional ou psicológico de uma fato
particular traumatizante (avaliar a real
presença desse dano, atentos a
manipulação de sintomas);
Interdição; refere-se à incapacidade de
exercício por si mesmo dos atos da vida
civil. (Casos por enfermidade ou
deficiência mental). A justiça quer saber
se a doença mental torna incapaz de
reger sua pessoa e seus bens
Trabalho nos processos de adoção;
Recrutar candidatos para as crianças;
Adoção é um vínculo irrevogável; 
Trabalho em fundação de proteção
especial;
Destituição do poder familiar: 
Transferência do poder familiar;
Avaliação do contexto;
Adolescentes autores de atos infracionais: 
Programas psicoeducativos;
Justiça Restaurativa; 
Soluções mais eficazes para responsabilizar
e corrigir comportamentos transgressores;
Campos de Atuação da Psicologia Jurídica - RESUMO
Direito da Família:
Processos separação e divórcio;
Regulamentação de visitas: dinâmicas de
funcionamento das famílias;
Disputa de guarda: conhecimentos sobre
avaliação; psicopatologia, psicologia do
desenvolvimento, psicodinâmica de casal;
 O psicólogo pode atuar como mediador
quando os litigantes tentam um acordo;
Pode ser solicitado uma avaliação de uma
das partes ou do casal; 
Pode sugerir encaminhamento para um
tratamento psicológico/psiquiatra.
Direito da Criança e do adolescente: Direito de Civil:
Direito Penal:
Atuar como perito para averiguação de
periculosidade; 
Avaliação da sanidade mental das partes
em litígio ou em julgamento;
Criação do cargo 
Avaliações psicológicas e a realidade
brasileira;
Doentes mentais e delitos.
Direito do Trabalho:
Processos trabalhistas: Pode atuar como perito nos
processos trabalhistas; 
Perícia: Avaliar o nexo entre condições de trabalho
e a repercussão na saúde mental do indivíduo;
Verifica danos psicológicos causados por acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho;
Afastamento e aposentadoria por sofrimento
psicológico;
Campos de Atuação da Psicologia Jurídica
Predominância das atividades de confecções de laudos, pareceres e relatórios; Compete à Psicologia uma atividade de
cunho avaliativo e de subsídio aos magistrados; Ao concluir uma avaliação, pode sugerir soluções para os conflitos
apresentados; Cabe ao Juiz a decisão judicial;
Direito da Família:
Destaca-se a participação dos psicólogos nos processos de separação e divórcio, disputa de guarda e regulamentação de visitas.
Processos separação e divórcio: os processos de separação e divórcio que envolvem a participação do psicólogo são na sua maioria
litigiosos, ou seja, são processos em que as partes não conseguiram acordar em relação às questões que um processo desse cunho
envolve. Desta forma, seja como avaliador ou mediador, o psicólogo buscará os motivos que levaram o casal ao litígio e os conflitos
subjacentes que impedem um acordo em relação aos aspectos citados. Nos casos em que julgar necessário, o psicólogo poderá, inclusive,
sugerir encaminhamento para tratamento psicológico ou psiquiátrico da(s) parte(s).
Regulamentação de visitas: dinâmicas de funcionamento das famílias, já que o direito à visitação é uma das questões a ser definida a
partir do processo deseparação ou divórcio. Contudo, após a decisão judicial podem surgir questões de ordem prática ou até mesmo
novos conflitos que tornem necessário recorrer mais uma vez ao Judiciário, solicitando uma revisão nos dias e horários ou forma de
visitas. Nesses casos, o psicólogo jurídico contribui por meio de avaliações com a família, objetivando esclarecer os conflitos e informar
ao juiz a dinâmica presente nesta família, com sugestões das medidas que poderiam ser tomadas.
Disputa de guarda: conhecimentos sobre avaliação; Nesses casos, o juiz pode solicitar uma perícia psicológica para que se avalie qual dos
genitores tem melhores condições de exercer esse direito. Além dos conhecimentos sobre avaliação, psicopatologia, psicologia do
desenvolvimento e psicodinâmica do casal, assuntos atuais como a guarda compartilhada, falsas acusações de abuso sexual e síndrome de
alienação parental podem estar envolvidos nesses processos.
Direito da Criança e do adolescente:
destaca-se o trabalho dos psicólogos junto aos processos de adoção e destituição de poder familiar e também o desenvolvimento e aplicação
de medidas socioeducativas dos adolescentes autores de ato infracional.
Adoção: os psicólogos participam do processo de adoção por meio de uma assessoria constante para as famílias adotivas, tanto antes
quanto depois da colocação da criança. Como a adoção é um vínculo irrevogável, o estudo psicossocial torna-se primordial para garantir
o cumprimento da lei, prevenindo assim a negligência, o abuso, a rejeição ou a devolução.
Tem os psicólogos que trabalham nas Fundações de Proteção Especial. Essas instituições têm como objetivo oferecer um cuidado especial
capaz de minorar os efeitos da institucionalização, proporcionando às crianças e aos adolescentes abrigados uma vivência que se aproxima à
realidade familiar. Os vínculos estabelecidos com os monitores que cuidam delas são facilitadores do vínculo posterior na adoção, uma vez
que se estabelece e se mantém nos mesmos a capacidade de vincular-se afetivamente
Destituição do Poder Familiar: o poder familiar é um direito concedido a ambos os pais, sem nenhuma distinção ou preferência, para que
eles determinem a assistência, criação e educação dos filhos. Porém, a legislação brasileira prevê casos em que esse direito pode ser
suspenso, ou até mesmo destituído, de forma irrevogável. O papel do psicólogo nesses casos é fundamental. É preciso considerar que a
decisão de separar uma criança de sua família é muito séria, pois desencadeia uma série de acontecimentos que afetarão, em maior ou
menor grau, toda a sua vida futura. Independentemente da causa da remoção - doença, negligência, abandono, maus-tratos, abuso
sexual, ineficiência ou morte dos pais - a transferência da responsabilidade para estranhos jamais deve ser feita sem muita reflexão.
Adolescentes autores de atos infracionais: o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê medidas socioeducativas que comportam
aspectos de natureza coercitiva. São medidas punitivas no sentido de que responsabilizam socialmente os infratores, e possuem aspectos
eminentemente educativos, no sentido da proteção integral, com oportunidade de acesso à formação e à informação. Os psicólogos que
desenvolvem seu trabalho junto aos adolescentes infratores devem lhes propiciar a superação de sua condição de exclusão, bem como a
formação de valores positivos de participação na vida social. Sua operacionalização deve, prioritariamente, envolver a família e a
comunidade com atividades que respeitem o princípio da não discriminação e não estigmatização, 
Direito de Civil:
o psicólogo atua nos processos em que são requeridas indenizações em virtude de danos psíquicos e também nos casos de interdição
judicial.
Dano psíquico: o dano psíquico pode ser definido como a sequela, na esfera emocional ou psicológica, de um fato particular
traumatizante. Pode-se dizer que o dano está presente quando são gerados efeitos traumáticos na organização psíquica e/ou no
repertório comportamental da vítima. Cabe ao psicólogo, de posse de seu referencial teórico e instrumental técnico, avaliar a real
presença desse dano. Entretanto, o psicólogo deve estar atento a possíveis manipulações dos sintomas, já que está em suas mãos a
recomendação, ou não, de um ressarcimento financeiro.
Interdição: a interdição refere-se à incapacidade de exercício por si mesmo dos atos da vida civil. Nesses casos, compete ao psicólogo
nomeado perito pelo juiz realizar avaliação que comprove ou não tal enfermidade mental. À justiça interessa saber se a doença mental de
que o paciente é portador o torna incapaz de reger sua pessoa e seus bens.
Direito Penal:
O Direito de Família e o Direito da Criança e do Adolescente fazem parte do Direito Civil. Porém, como na
prática as ações são ajuizadas em varas diferenciadas, optouse por fazer essa divisão.
o psicólogo pode ser solicitado a atuar como perito para averiguação de periculosidade, das condições de discernimento ou sanidade mental
das partes em litígio ou em julgamento. Portanto, destaca-se o papel dos psicólogos junto ao Sistema Penitenciário e aos Institutos
Psiquiátricos Forenses.
A criação da Lei de Execução Penal (LEP), em 1984, foi um marco no trabalho dos psicólogos no sistema prisional, pois a partir dela o
cargo de psicólogo passou a existir oficialmente.
 Lei 10.792/2003 trouxe mudanças à LEP, uma vez que extinguiu o exame criminológico feito para instruir pedidos de benefícios e o
parecer da Comissão Técnica de Classificação Brasil (2003). Para a concessão de benefícios legais, as únicas exigências previstas são o
lapso de tempo já cumprido e a boa conduta. 
Direito do Trabalho:
Existe ainda o trabalho dos psicólogos junto aos doentes mentais que cometeram algum delito. Esses sujeitos recebem medida de
segurança, decretada pelo juiz, e são encaminhados para Institutos Psiquiátricos Forenses (IPF). Além de abrigar esses doentes mentais,
os IPF são responsáveis pela realização de perícias oficiais na área criminal e pelo atendimento psiquiátrico à rede penitenciária.
O psicólogo pode atuar como perito em processos trabalhistas. A perícia a ser realizada nesses casos serve como uma vistoria para avaliar o
nexo entre as condições de trabalho e a repercussão na saúde mental do indivíduo.
Na maioria das vezes, são solicitadas verificações de possíveis danos psicológicos supostamente causados por acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho, casos de afastamento e aposentadoria por sofrimento psicológico;
Cabe ao psicólogo a elaboração de um laudo, no qual irá traduzir, com suas habilidades e conhecimento, a natureza dos processos
psicológicos sob investigação.
Outros Campos de Conhecimento:
VITIMOLOGIA: objetiva a avaliação do comportamento e da personalidade da vítima. Cabe ao psicólogo atuante nessa área traçar o perfil
e compreender as reações das vítimas perante a infração penal. A intenção é averiguar se a prática do crime foi estimulada pela atitude da
vítima, o que pode denotar uma cumplicidade passiva ou ativa para com o criminoso;
Para tanto, a análise é feita desde a ocorrência até as consequências do crime;
Além disso, a vitimologia dedica-se também à aplicação de medidas preventivas e à prestação de assistência às vítimas, visando, assim,
à reparação de danos causados pelo delito.
PSICOLOGIA DO TESTEMUNHO: os psicólogos podem ser solicitados a avaliar a veracidade dos depoimentos de testemunhas e
suspeitos, de forma a colaborar com os operadores da justiça. 
Fenômeno das falsas memórias: o ser humano é capaz de armazenar e recordar informações que não ocorreram. As falsas memórias
podem resultar da repetição de informações consistentes e inconsistentes no depoimento de testemunhas sobre o mesmo evento. 
Depoimento sem Dano: que objetiva proteger psicologicamente crianças e adolescentes vítimas de abusos sexuais e outras infrações
penais que deixam graves sequelas no âmbito da estrutura da personalidade. Esse projeto foi criado no Segundo Juizado da Infância e
Juventude de Porto Alegre,em razão das dificuldades enfrentadas pela justiça na tomada de depoimentos de crianças e adolescentes
Perícia Psicológica na esfera judicial
História da Civilização Romana:
Resolução de Conflitos
Resolução de Conflitos
Estava a cargo das pessoas da
família; 
Pater familie: pessoas que
dirigiam as famílias
Desenvolvimento dos povos; 
Os governos assumiram o
poder de dizer o direito;
Estado de Direito: O sistema
legal que garante direitos e
limita o poder do Estado.
Estado Brasileiro:
Poder Judiciário
Poder Executivo
Poder Legislativo
Poder Judiciário: responsável pelo
julgamento dos interesses e litígios entre os
cidadãos brasileiros; 
Norteia-se pela Constituição da República
Federativa do Brasil.
Juiz: Autoridade que representa o
judiciário;
Função: Prestar a jurisdição; tem o
dever de apreciar qualquer questão
em litígio;
Julgamento das Questões: PROVAS
apresentadas pelas partes;
requeridas pelas partes ou pelo
representante do Ministério
Público;
Função: O juiz pode ordenar a
produção de:
-Prova documental;
-Prova testemunhal; 
-Prova pericial
Juiz:
Não podemos exigir o domínio das
diversas áreas do conhecimento
humano;
Deve buscar elucidação com
pessoas que o detêm, com o
objetivo de decidir a questão
conflituosa;
Regras no artigo 420 do Código de
Processo Civil,
 O juiz poderá acatar o pedido das
partes ou Ministério Público, pode
ordenar a realização de perícia a
fim de ampliar o campo das provas
que auxiliarão na decisão. 
Perícia:
O termo perícia provém do latim peritia, que segundo
o Dicionário Aurélio, significa:
 Habilidade, destreza, capacidade.
É uma habilidade exigida de um perito e tem como base
o conhecimento científico, que deve ser operado por
uma pessoa com conhecimento técnico especializado.
 É um trabalho técnico-profissional, elaborado por
quem tem conhecimento no assunto com o objetivo
constituir-se em um documento capaz de embasar
decisões
Perícia Judicial:
No Direito, a perícia é um meio de prova pela qual a
pessoa qualificada tecnicamente (o perito), nomeada
pelo juiz, analisa fatos juridicamente relevantes à
causa examinada, elaborando um laudo 
É um exame que exige conhecimentos técnicos e científicos a fim de
comprovar (provar) a veracidade de certo fato ou circunstância;
Contexto jurídico, é o exame realizado por perito que detenha habilitação
e capacitação técnica sobre determinada área do conhecimento
Capacitação técnica se adquire com a sua experiência prática, com
estudo, não necessariamente quem tem habilitação técnica, tem
capacitação.
O perito designado para realizar uma perícia judicial está sujeito às normas e
procedimentos específicos da perícia judicial, além de estar sob a égide de
resoluções específicas do CFM, algumas das quais indicamos a seguir.
 Comete infração ético-profissional o médico designado perito em
processo judicial e que não cumpre a ordem judicial, estando sujeito a
penas disciplinares previstas em lei. Mas ele pode, todavia, escusar-se do
encargo alegando motivo legítimo, dentre os quais carecer de
conhecimento técnico ou científico (art. 424, CPC);
Quais são as qualificações necessárias para que um médico atue como
perito em processo judicial? O perito deve ser preferencialmente um
especialista, possuir conhecimentos técnicos e científicos especiais,
suficientes para emitir o seu parecer sobre determinada avaliação.
Segundo Rosa(1999,p.27): A Perícia judicial, portanto, é atividade técnica e
processual, que materializa no processo através de um laudo ou de qualquer
outra forma legalmente prevista, na condição de instrumento. Perícia judicial
é atividade, é trabalho técnico desenvolvido em processo judicial dentro das
normas aplicáveis.“ 
Pressupõe a existência de um processo judicial;
Perícia Psicológia:
Compreende um conjunto de procedimentos
especializados que pressupõe um conhecimento
técnico /científico específico a contribuir no sentido
de esclarecer algum ponto considerado
imprescindível para andamento do processo
judicial;
É a aplicação dos métodos e técnicas da
investigação psicológica e neuropsicológica com a
finalidade de subsidiar ação judicial, toda vez que
dúvidas relativas à saúde psicológica do periciando
se instalarem;
Realiza-se uma análise qualitativa e quantitativa dos
aspectos psicológicos e comportamentais
correlacionando com as queixas ou dúvidas
judiciais.
Resolução n.9 apresenta as diretrizes básicas para
realização da avaliação psicológica:
Fontes de Informações:
I- Fontes fundamentais: 
a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP 
b) Entrevista psicológicas 
c)Protocolos ou registros de observação do
comportamento.
II- Fontes complementares: 
a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam
respaldo da literatura científica;
b) Documentos técnicos de equipes multiprofissionais
Parecer do Perito:
Deve expressar suas conclusões por meio de um
posicionamento técnico sobre os fatos;
Sugerir a solução mais adequada;
Não pode almejar ou adiantar o que será decidido;
O laudo deverá ser assinado contendo o nome e o número
do registro do Conselho Profissional;
Nomeação do Perito: O juiz ou a autoridade responsável
nomeia um perito especializado na área em questão. Esse
perito é escolhido com base em sua experiência e
conhecimento técnico.
Metodologia e Procedimentos: O parecer deve ser redigido de
maneira clara e objetiva, apresentando todas as informações
relevantes. Ele deve incluir a descrição dos métodos utilizados,
os dados coletados, a análise realizada e as conclusões do
perito.
Redação do Parecer: O perito segue uma metodologia rigorosa
para realizar a análise. Isso inclui a coleta e exame de
evidências, a realização de testes e a aplicação de técnicas
apropriadas para obter resultados precisos.
QUESTÕES LEGAIS:
-Nomeação do perito;
-Manifestação do perito;
-Quesitos dirigidos ao perito; 
-Prazo de entrega do laudo; 
-Honorários;
-Assistente técnico;
-Esclarecimento da perícia judicia.

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