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Infecções virais - Patogenicidade viral Recife, 2016 Patogênese viral • Processo pelo qual o vírus produz doença no hospedeiro. • Estudos em modelos animais. • Virulência Dose Rota de entrada Idade e sexo Imunidade Espécie do hospedeiro Princípios relacionados às doenças virais: Subclínicas; Mesma doença causada por diferentes vírus; Mesmo vírus pode causar doenças diferentes; A doença não tem relação com a morfologia. Transmissão viral • Horizontal – Entre dois hospedeiros – Direta: contaminado susceptível – Indireta: Objetos contaminados e veículos (água, alimentos, vetores). • Vertical – Vírus transmitido à progênie – Placenta – Perinatal – Leite materno Transmissão direta pessoa para pessoa por contato. Via fecal-oral. Contato sexual. Contato mão-boca, boca-olhos e boca-boca. Sangue contaminado. Transmissão de animal para animal, sendo o ser humano um hospedeiro acidental. Transmissão por um vetor artrópode - arbovírus. Fases de ataque no hospedeiro • Penetração do vírus no hospedeiro • Replicação primária • Disseminação • Tropismo celular e tecidual • Replicação secundária • Dano Penetração no hospedeiro • Pele • TGI • TGU • TR • Conjuntiva Replicação primária • Multiplicação viral nas células de entrada. • Determina se a infecção será local ou sistêmica. • Local = disseminam-se nas células adjacentes. – Raramente atravessam as células epiteliais. • Infecções do TRS, TGI e pele. • Disseminação – Via sanguínea, linfática ou neural. • Viremia • Nervos - vírus da raiva, poliovírus, herpesvírus. Tropismo e Replicação secundária • Fixação e replicação nos órgãos alvo. • Destino final - ambiente extravascular. • Pele, SNC, coração, fígado, glândulas, baço... Dano • Destruição das células infectadas injúria tecidual doença clínica Período de incubação. Locais - 3 a 10 dias. Graves - 10 a 20 dias. Período prodrômico. Sintomas inespecíficos. Tipos • Infecções agudas - agente viral eliminado. – Localizadas – Sistêmicas – Inaparentes - estimula a resposta imune. • Infecções persistentes – Crônicas (Ex. CMV, hepatite B em cças., rubéola). – Latentes (sem replicação). – Evolução lenta (SN). Dengue Características Gerais É um arbovírus. Transmitido por mosquitos (Aëdes aegypti e albopictus). Pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Composto de RNA de filamento único. Possui 4 sorotipos (DEN-1, 2, 3 e 4). Características Gerais Cada sorotipo proporciona imunidade. Todos os sorotipos podem causar doenças graves e fatais. O vírus é inativado por solventes lipídicos, como éter clorofórmio; uréia; aldeídos; lipases; proteases e radiação ultravioleta e aquecimento a 56°C durante 30 min. Estrutura Antigênica Possui um capsídeo protéico de simetria icosaédrico. Apresenta um envelope lipídico associado a proteínas de membrana e glicoproteínas. Patogenia 1 2 3 4 4. O vírus se libera e circula no sangue. 3. O vírus infecta as células brancas do sangue e os tecidos linfáticos. 2. O vírus se multiplica em órgãos-alvo. 1. O vírus é transmitido para o homem na saliva do mosquito. 6 7 5 5. O segundo mosquito ingere o sangue com o vírus. 6. O vírus se multiplica no intestino médio e em outros órgãos do mosquito, infectando as glândulas salivares. 7. O vírus se multiplica nas glândulas salivares. Patogenia Patogenia Mosquito pica/ Adquire o vírus viremia 0 5 Doença Ser humano 1 8 12 16 20 24 28 Período de incubação extrínsico Mosquito pica/ transmite o vírus viremia Período de incubação intrínsico Doença Ser humano 2 DIAS Aëdes aegypti Febre não diferenciada Febre clássica do dengue Febre hemorrágica do dengue Síndrome do choque do dengue Manifestações Clínicas Síndromes Clínicas do Dengue Dengue Clássico Febre. Cefaléia. Mialgia e artralgia. Náuseas/vômitos. Manifestações Clínicas Febre Hemorrágica do Dengue Hemorragias na pele: Petéquias. Sangramento gengival. Sangramento nasal. Sangramento gastrointestinal. Hematúria. Manifestações Clínicas Fatores de Risco Cepa do vírus. Anticorpo antidengue pré-existente: Infecção anterior Anticorpos maternais em bebês. Manifestações Clínicas Hiperendemicidade Maior circulação do vírus Maior probabilidade da ocorrência de cepas virulentas Maior probabilidade de infecção seqüencial Maior probabilidade de reforço imunológico Maior probabilidade de FHD Manifestações Clínicas Fatores de Risco Diagnóstico Testes laboratoriais Hemograma completo. Albumina. Testes da função hepática. Urina para verificar a existência de hematúria microscópica. Testes específicos para o dengue Isolamento viral. Sorologia Diagnóstico Isolamento viral mosquito Epidemiologia, Prevenção e Controle Dengue transmitido pelo mosquito fêmea infectado. Mosquito pica durante o dia. Vive próximo de habitações humanas. Deposita ovos e produz larvas preferencialmente em recipientes artificiais. Larvicidas podem ser úteis para matar fases aquáticas imaturas. Epidemiologia, Prevenção e Controle Os mosquitos podem ter resistência a pulverizações de aerossóis disponíveis comercialmente. Controle biológico: Amplamente experimental. Opção: colocar peixes em recipientes para comer as larvas. Controle ambiental: Eliminação dos criadouros das larvas. Provavelmente o método mais eficaz a longo prazo. Epidemiologia, Prevenção e Controle Educação da comunidade médica. Implementação de planos emergenciais de contingência. Educação da população em geral. HIV 1. Características Gerais É um retrovírus, membro da subfamília Lentivirinae. Apresenta um nucleóide cilíndrico no vírion maduro. Não é oncogênico. Infecta células do sistema imune. A replicação é altamente espécie. Provoca doença crônica lentamente progressiva. É inativado por extremos de pH. É inativado por aquecimento a 56 C, durante 10 minutos. 2. Estrutura e Composição Genoma constituído de RNA, composto de três genes necessários para replicação viral (gag, pol e env.). O gene env codifica as proteínas do envoltório viral. Seu produto (gp 120) fixa o vírus a molécula CD4 e co-receptores, determina tropismos para linfócitos. 2. Estrutura e Composição 3. Patogenia O vírus é transmitido por troca de fluidos orgânicos. Persiste no hospedeiro por definitivo, podendo estar em níveis baixos. O vírus apresenta alta taxa de mutação. A infecção evolui lentamente através de estágios específicos. Às vezes, é necessário vários anos para o desenvolvimento da doença. 3. Patogenia Receptores do Vírus: 3. Patogenia Infecção latente e ativa Estágios da Infecção: Infecção Primária: Ocorre replicação viral e viremia (detectada em cerca de 8-12 semanas). Disseminação do vírus para órgãos linfóides: 3 a 6 semanas. Latência clínica: Alta taxa de replicação viral, com aparecimento de sintomas ou a doença, podendo perdurar por 10 anos. Doença clínica: Expressão elevada do vírus e surgimento de doenças oportunistas. Morte.4. Epidemiologia Distribuição mundial. Na década de 90 houve aumento significativo no número de casos de HIV em mulheres e contato heterossexual. É transmitido pelo contato sexual, sangue ou seus derivados contaminados, e por via vertical. A presença de outras DST aumenta em até 100 vezes o risco de transmissão sexual do HIV. 4. Epidemiologia As taxas de transmissão vertical variam de 13 a 42%. O HIV foi isolado da saliva. O HIV pode sobreviver por várias horas a dias em insetos que se alimentam de sangue com altas concentrações de HIV; porém, não há replicação viral no inseto. Poliomielite • Doença aguda e infecciosa de etiologia viral, que pode ser transmitida por via oral-fecal ou de uma pessoa para outra. • Os infectados pelo vírus da poliomielite podem apresentar ou não manifestações clínicas. • Quando presentes são caracterizadas por: febre, mal- estar, cefaléia, distúrbios gastrointestinais e rigidez de nuca, acompanhadas ou não de paralisias HEPATITE VIRAL 1. Introdução Infecção sistêmica que afeta primariamente o fígado, provocando inflamação aguda e resultando em doença clínica caracterizada por febre, sintomas gastrointestinais (vômitos, dor abdominal, diarréia...) e icterícia . 2. Propriedades dos Vírus da Hepatite Vírus A Pertence a família Picornaviridae, gênero Hepatovírus. Partícula esférica de simetria cúbica. Composto de RNA de filamento único linear. Destruído por autoclavagem, fervura em água durante 5min., tratamento com formol ou cloro. 2. Propriedades dos Vírus da Hepatite Vírus B Pertence a família Hepadnaviridae, gênero orthohepadnavírus. Provoca infecções crônicas, principalmente em lactentes. Importante fator no desenvolvimento de hepatopatia e carcinoma hepatocelular. O genoma viral consiste em DNA circular parcialmente de filamento duplo. Vírus B Vírus C Pertence a família Flaviviridae, sem designação de gênero. Composto de RNA. As infecções são em sua maioria subclínicas. Mais de 50% dos pacientes com HCV desenvolvem Hepatite Crônica e alto risco para Cirrose. 2. Propriedades dos Vírus da Hepatite 3 Manifestações Clínicas 4Características Laboratoriais A biópsia hepática estabelece o diagnóstico histológico de hepatite Hemograma Completo Provas de função hepática anormais Transaminases (ALT e AST) variam de 500 a 2.000 unidades e quase nunca são inferiores a 100 unidades Bilirrubinas, com predominância da bilirrubina conjugada (direta) Sorologia 5.Prevenção e Controle Precauções Universais Vacinação/Imunoglobulina Vírus A A vacinação é recomendada para pessoas a partir de 2 anos de idade. A imunoglobulina confere proteção passiva de 90% após exposição ao vírus quando administrado em 1 a 2 semanas Vírus B A vacina é recomendada para todas as crianças como parte do esquema de imunização. A proteção é conferida pelo anticorpo contra o antígeno a (antígeno comum a todos os subtipos). Os RN de mães HBsAg-positivos devem receber HBIG e vacina simultaneamente poucas horas após o nascimento Bons estudos!
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