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NORMAS DE DESENHO TÉCNICO FORMATO DIMENSIONAMENTO DO PAPEL, CARIMBO Representação de Projetos Profº ERICK MELLO NORMAS TÉCNICAS O sistema de padronização é o alicerce para garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão do projeto em nível nacional, todos os componentes que envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são padronizados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas específicas para cada elemento do projeto, assim como: caligrafia, formatos de papel e outros. O Desenho Técnico não pode sujeitar-se aos gostos e caprichos de cada desenhista, pois é usado por diversos profissionais para a fabricação de um objeto específico: seja máquina, cadeira ou casa. As Normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação. Diferem apenas em detalhes das normas usadas em quase todos os países do mundo. As Normas francesas tem iniciais NF; as alemães DIN e as brasileiras NB. A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NB-8R, e difere apenas em detalhes das normas usadas em quase todos os países do mundo. O número 8 especifica uma determinada Norma e a letra R é a abreviatura da palavra recomendada e significa que esta norma foi discutida e aprovada. O projeto de Norma para Representação de Projetos de Arquitetura (PNB-43) foi homologada em 1992, em substituição a NBR-6492 de 1985. As nossas Normas não tem força de lei, mas devem ser adotadas por escritórios particulares, por repartições e firmas, pois são baseadas em pesquisas e são todas racionais e lógicas, tendo por objetivo final a unificação e a ordem. A NB-8R trata de assuntos tais como: legendas, convenções de traços, sistemas de representação, cotas, escalas, linhas, formato do papel, etc... Apesar da seriedade com que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estuda cada norma, ainda existem aqueles que preferem adotar padrões próprios, voltando a situação do século passado, quando cada escritório tinha suas próprias convenções e ninguém se entendia. Norma Técnica – O que é? Sumário Prefácio Objetivo Documentos complementares Conteúdo É um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. NORMAS DE DESENHO TÉCNICO 1. NBR 8403. Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das Linhas. 2. NBR 8196. Desenho técnico- Emprego de Escalas. 3. NBR 6492. Representação de projetos de arquitetura 4. NBR 13142. Desenho técnico- dobramento de cópias. 5. NBR 12298. Representação simplificada de furos de centro em desenhos técnicos. 6. NBR 10647. Desenho Técnico. 7. NBR 1058. Apresentação da folha para desenho técnico. 8. NBR 10126. Cotagem em desenho técnico 9. NBR 10068. Folha de desenho Lay-out e dimensões. 10. NBR 10067. Princípios gerais de representação em desenho técnico 11. NBR8404. Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos 12. NBR 8993. Representação convencional de partes roscadas em desenhos técnicos 13. Representação simplificada de furos em desenho técnicosPadronizam e normatizam os elementos que envolvem o desenho técnico. Em todo território nacional o desenvolvimento de um desenho sempre seguirá as mesmas diretrizes. Define termos empregados em desenho técnico Vistas ortográficas > figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto; Croqui > desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade; Detalhe > vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo. Fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos • Indicada no projeto pela palavra (ESCALA) e também representada pela palavra (ESC.); • A escala deve ser escolhida segundo a complexidade e finalidade da representação de modo a ser suficiente para permitir a clara interpretação da informação representada; • Deve ser indicada na legenda (a escala geral) da folha de desenho; • Quando for usada mais de uma escala, esta deve ser indicada junto à identificação do referido desenho; Fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópias de desenho técnico • As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda; • O dobramento deve ser feito a partir do lado direito; • Quando os formatos forem maiores que A0 ou outros especiais, o dobramento deve ser tal que esteja no padrão de formato A4. Dobramento folha A0 Dobramento folha A3 Dobramento folha A1 Dobramento folha A2 Quando os formatos A0, A1 e A2 tiverem que ser perfurados para arquivamento, o canto superior deve ser dobrado para trás Padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos e apresenta o leiaute (Lay-out) da folha do desenho técnico. • Posição, dimensão da legenda; • Margens e quadro; • Marcas de centro; •Escalas métricas de referência ; •Referência por malhas ; • Formatos séria A ; Marcas de centro Escalas Métricas de Referência Malhas Fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho , espaço para o texto, espaço para a legenda e respectivos conteúdos nas folhas de desenho técnico. •Espaço para desenho; espaço para texto e espaço para legenda Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho. A largura de espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm O espaço para texto deve conter as seguintes informações: a) explanação; b) instrução c) referência; d) localização da planta de situação; e e) tábua de revisão. TIPOS DE PAPEL Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistência e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução, a saber: Papel transparente Manteiga; Vegetal; Poliéster; Papel opaco Canson; Sulfite grosso. Com o advento do computador os projetos de arquitetura e engenharia abandonaram o uso de papel vegetal para os originais, abrindo espaço para o papel sulfite. Com o uso do computador para elaboração dos originais é possível imprimir tantas cópias quantas forem necessárias. Sempre que possível devem ser utilizados papeis no formato da série A, no máximo A0 e no mínimo A4. Na escolha do formato do papel a ser utilizado deve-se considerar: As dimensões dos papéis, rolos e folhas disponíveis no comércio; As cópias plotadas são cobradas em função da superfície em metro quadrado de desenho; A largura do papel da plotadora nos desenhos feitos no computador; Todas as pranchas de um mesmo projeto devem ter a mesma dimensão, podendo variar no máximo para dois tamanhos; DOBRAMENTO DE CÓPIA DE DESENHO Sendo necessário o dobramento de folhas das cópias de desenho, o formato final deve ser o A4. As folhas devem ser dobradas levando em consideração a fixação através da aba em pastas e de modo a deixar visível o carimbo destinado a legenda. O dobramento das folhas de formatos A0, A1, etc., para fixação em pasta ou classificadores A4 deve ser efetuado de acordo com as indicações abaixo: Efetua-se o dobramentoa partir do lado (d) direito em dobras verticais de 185mm; a parte final (a) é dobrada ao meio. Para o formato A2, por ser a parte final de apenas 14mm, é permitido um dobramento simplificado, com dobras verticais de 192mm. Uma vez sendo efetuado o dobramento no sentido da largura, a folha deve ser dobrada segundo a altura, em dobras horizontais de 297mm. Quando as folhas de formatos A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas, para arquivamento, deve-se dobrar para trás o canto superior esquerdo, de acordo com as figuras. A fim de facilitar o dobramento, recomenda-se assinalar, nas margens, as posições das dobras. DOBRAMENTO DAS PRANCHAS O CARIMBO/LEGENDA O carimbo deve localizar-se no canto inferior direito das folhas do desenho e é destinado a legenda de titulação e numeração dos desenhos. Devem constar da legenda: • Identificação da empresa e do profissional responsável; Identificação do cliente, nome do projeto ou empreendimento; • Título do desenho; • Indicação seqüencial do projeto (números ou letras; • Escalas; • Data; • Autoria do desenho e do projeto; • Indicação de revisão. DESIGN PROJETO DE INTERIORES Outras Informações interessantes: • Planta-chave; • Escalas gráficas; • Descrição da revisão; • Indicação do norte (fundamental); • Convenções gráficas; • Notas gerais; • Desenhos de referência; • Regime de ventos; • Etc... DESIGN PROJETO DE INTERIORES EXERCÍCIO Preparar uma prancha no tamanho A3. Desenhar a margem. Marcar as linhas de dobramento. Desenhar o carimbo, segundo o modelo. Dobrar para guardar em tamanho A4. Traçar linhas segundo o modelo: Traçar as linhas abaixo na prancha. REFERÊNCIAS MONTENEGRO, Gildo. Desenho arquitetônico, Edgard Blucher. São Paulo. 1978. ABNT, Associação brasileira de normas técnicas. Copyright. Rio de Janeiro. 1994. ___________, INEDI, Noções de desenho arquitetônico e construção civil, módulo VI, Curso de Formação de Técnicos em Transações Imobiliárias, 4 Unidades. Brasília. Disponível em www.inedidf.com.br. 2005.
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