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Resumo de Direito das Sucessões II

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DIREITO DAS SUCESSÕES 
Profa. Juliana Leite Ribeiro do Vale 
 
I – DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
1 – Conceito 
Suceder é substituir, tomar o lugar de outrem no campo dos fenômenos jurídicos. 
SUBSTITUIÇÃO DO TITULAR DE UM DIREITO. Permanecem o conteúdo e o objeto da 
relação jurídica – mudam os titulares. 
■ Exemplos – comprador sucede o vendedor, o donatário sucede o doador. 
2.CLASSIFICAÇÃO 
2.1 SUCESSÃO INTER VIVOS E CAUSA MORTIS 
• Sucessão inter vivos - deriva de um ato entre vivos. Ex: compra e venda. 
• Sucessão causa mortis - tem como causa a morte. 
2.2 – SUCESSÃO A TÍTULO SINGULAR E A TÍTULO UNIVERSAL 
• A título singular – quando se transfere um bem ou em certos bens 
DETERMINADOS – LEGADO (legatário) 
• A título universal – quando se transfere a totalidade do patrimônio ou 
fracionado em partes ideais – HERANÇA (herdeiro). 
2.3 - SUCESSÃO LEGÍTIMA E SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
• Sucessão legítima - ou AB INTESTATO – é aquela decorrente da lei, 
regulada pelo CC. 
• Sucessão testamentária - Sucessão que se processa de acordo com a 
vontade do titular do patrimônio. 
NO BRASIL NÃO EXISTE PACTO SUCESSÓRIO 
3. CONTEÚDO DO DIREITO DAS SUCESSÕES 
Livro V da Parte Especial – quatro títulos 
1.784 ao 2.027 
♦ TÍTULO I – sucessão em geral – abertura da sucessão, sua administração, 
espécies, transmissão, aceitação e renúncia da herança, excluídos da herança, herança 
jacente, herança vacante e a petição de herança. 
♦ TÍTULO II – sucessão legítima - ordem de vocação hereditária, os herdeiros 
necessários e o direito de representação. 
♦ TÍTULO III – sucessão testamentária – testamento em geral, capacidade e 
liberdade de testar, formas ordinárias de testamento, codicilo, testamentos especiais, 
disposições testamentárias, legados, direito de acrescer, substituições, deserdação, 
redução das disposições testamentárias, revogação do testamento, rompimento do 
testamento e testamenteiro 
♦ TÍTULO IV – inventário e partilha – inventário propriamente dito, procedimento, 
sonegados, pagamento das dívidas, colação, partilha, garantia dos quinhões hereditários e 
anulação da partilha. 
4. ABERTURA DA SUCESSÃO 
• A abertura da sucessão se dá com morte – 
• Droit de saisine – princípio pelo qual, de imediato, dá-se a transmissão do 
domínio e da posse (CC, art. 1784). 
• DELAÇÃO OU DEVOLUÇÃO – É o oferencimento da herança aos 
sucessíveis, a herança a disposição dos herdeiros legítimos e 
testamentários. 
5. LUGAR E ABERTURA DA SUCESSÃO 
• Lugar – lugar do último domicílio do autor da herança (CC, art. 1785).1 
 
II – HERANÇA 
 
1. CONCEITO 
 
• “conjunto de bens pertencente ao sucedido, no momento de sua morte, e 
que são transferidos aos herdeiros legítimos ou testamentários”. 
(RIZZARDO, p. 13); 
• “o patrimônio de quem morreu é herança” (TITO PRATES DA FONSECA p. 
329) 
• - “a universalidade dos bens que alguém deixa por ocasião de usa morte, e 
que os herdeiros adquirem. É o conjunto dos bens, o patrimônio, que 
alguém deixa ao morrer” (CLÓVIS BEVILÁQUA, p. 19) 
Assim, pode-se falar em um ativo patrimonial e um passivo patrimonial 
• Ativo patrimonial – todos os bens – de raiz, imóveis, posses, direitos reais 
em coisas alheias, os direitos autorais, os móveis, o dinheiro, os títulos da 
dívida pública, os créditos, as jóias, as ações, os semoventes. 
• Passivo patrimonial – ônus, dívidas, encargos, obrigações, civis, as 
despesas, impostos, e quaisquer débitos para com terceiros. 
2. INDIVISIBILIDADE DA HERANÇA 
Com a morte, o domínio e a posse transmitem-se, desde logo, aos herdeiros. Mas 
esse direito é indivisível, como um todo unitário (CC, art. 1791) 
3. TRANSMISSÃO DA HERANÇA - PRESSUPOSTOS 
3.1. MORTE - O FATO DETERMINANTE DA SUCESSÃO 
• Morte Natural - a) necessário registrar a morte em livros e repartições 
competentes, para que fique marcada a sua ocorrência como um fato 
condizente com a própria ciência do Estado. (Lei 6.015/73, art. 29, III, 77, 
78, 79 e 80); b) as pessoas ligadas ao falecido, dentro de 24 horas devem 
providenciar o registro da morte (Lei 6.015/73, art. 79); c) se uma pessoa é 
encontrada morta deve-se avisar a autoridade policial; d) para registrar a 
morte é preciso de um atestado médico. 
• MORTE PRESUMIDA 
• COMORIÊNCIA - Ocorrendo a morte simultânea, as pessoas não serão 
herdeiras entre si, ou não transmitirão uma à outra a herança (CC, art. 8º) 
3.2. OBJETO DA SUCESSÃO 
• O objeto da sucessão é a universalidade dos direitos, ou dos bens, que 
alguém deixou em razão da sua morte. 
Os direitos que se transferem 
 
1
 O domicílio também determinará o foro do processamento do inventário art. 96 do CPC, tendo dois foros 
subsidiários: a) no caso de não possuir o autor da herança domicílio certo, o feito se processará no foro da 
situação dos bens e, b) na hipótese de existirem bens em lugares diversos, sem o domicílio certo, a 
competência para o processamento do inventário será a lugar da ocorrência do óbito 
TRANSFEREM-SE 
♦ Obrigação alimentar 
♦ Ações que possuem fundo econômico ou objetivo algum resultado patrimonial – 
negatória de paternidade, investigação de parentalidade, impugnação ao 
reconhecimento do filho 
♦ Anulação do casamento – o resultado pode trazer reflexos patrimoniais. 
Sucessão no pólo passivo e ativo. 
♦Direito e obrigações – ex: uma obra ou uma prestação de serviço – os herdeiros 
são obrigados ao atendimento, sob pena de converter-se em indenização o dever 
até o montante suportável pelas forças da herança. 
♦ Promessa de compra e venda – ocorrendo o pagamento de determinado n. de 
prestações, até o falecimento, transmitem-se unicamente os valores restantes, ou 
que pendem de pagamento. 
♦ Direito indenizatório de cunho patrimonial 
♦ Anulação de doação por vício ou outra causa 
♦ Direito em espaços destinados a sepultura – sepulcros 
♦ Direitos autorais - Direitos sobre obra de artes, livros. Lei 9.610 de 98, artigo 24 § 
1º e 29 – a duração fica limitada pelo espaço de setenta anos, iniciando o prazo no 
dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao falecimento do autor – Art. 41 
♦ Propriedade industrial – Lei 9.279 de 96 – patente ou marca. 
NÃO SE TRANSFEREM 
♦ Direitos de caráter pessoal – aqueles que se encontram relacionados ao direito 
de família 
♦ Tutela e curatela 
♦ Encargos ligados ao emprego ou função pública que o de cujus exercia 
♦ Ação de separação e divórcio ( a morte extingue o vínculo conjugal) 
♦ Direitos patrimoniais em coisa alheia – usufruto (1410, I); uso (1413); habitação 
(1416) 
♦Obrigações de caráter personalíssimo – obra de arte. Mas se já remunerada a 
obra – devolve-se o valor já pago. 
♦ Promessa de compra e venda – ocorrendo o pagamento de determinado n. de 
prestações, até o falecimento, transmitem-se unicamente os valores restantes, ou 
que pendem de pagamento. Se já está todo pago o bem não entra no inventário 
♦ Direito indenizatório por dano moral – transmite-se se já tiver sido proposta a 
ação. 
♦ Doações feitas ao casal – 551, parágrao único 
♦ Ação de revogação de doação – 555 – o sentido de ingratidão varia de pessoa 
para pessoa. 
♦ Cláusula de inalienabilidade 
♦ Direitos em bens de família – só entram em inventário após a morte dos 
cônjuges e a maioridade dos filhos – 1722. 
4.ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA 
• Administrador provisório – antes da abertura do inventário (CC, art. 
1797) 
• Inventariante – depois de aberto o inventário. 
 
 
 
III. AGENTES DA SUCESSÃO 
 
1. CAPACIDADE E LEGITIMAÇÃO PARA SUCEDER. 
• Capacidade - virtude que ela tem, por si própria, de exercer os atos da vida 
civil, fazendo valer os direitos que lhe são atribuídos pela ordem jurídica. A 
capacidade provém do fato natural do nascimento com vida e justamente 
por ter capacidade, enquanto titular de direitos e obrigações, afirma-se quea pessoa possui personalidade jurídica, assim considerada enquanto 
exerce direitos e suporta obrigações. 
• Legitimação (vocação hereditária)- Mas a capacidade de exercer e a 
personalidade enquanto exerce, se dirigidas para um determinado campo 
dos direitos, em face de uma qualidade que possui alguém, podem levar a 
pessoa a um campo específico, que é a legitimação, isto é, a aptidão para 
ser contemplada num determinado setor de direitos. No Direito das 
Sucessões, esta legitimação de alguém ser herdeiros, por preencher certos 
requisitos, chama-se vocação hereditária. A vocação hereditária – que 
envolve a capacidade para suceder – ou decorre da lei ou de testamento. 
A capacidade de suceder não se confunde com a capacidade civil das 
pessoas. Alguém que é incapaz civilmente pode ser contemplado na sucessão 
hereditária. Por outro lado há casos de capacidade civil, sem capacidade 
sucessória. 
• Capacidade sucessória - aptidão da pessoa para recebe os bens 
deixados pelo falecido. 
• Na sucessão legítima – 1798 – todas as pessoas nascidas e as já 
concebidas são contempladas na abertura da sucessão. A) O primeiro 
requisito então é que, na sucessão legítima, a pessoa deve existir.O 
nascituro deve nascer com vida para tornar-se herdeiro. B) O segundo 
requisito é que ele seja chamado ou que ocorra a vocação do herdeiro, que 
pode se dar pela lei ou pela vontade do testador. 
2. INCIDÊNCIA DA LEI VIGENTE QUANDO DA ABERTURA DA SUCESSÃO 
• No direito sucessório impera a lei vigente no momento em que se abre a 
sucessão (CC, art. 1787). 
 
IV. ACEITAÇÃO DA HERANÇA 
 
1. CONCEITO 
• Aceitação da herança é um ato de vontade pelo qual o herdeiro se dispõe a 
aceitar a herança. 
1. CARACTERÍSTICAS DA ACEITAÇÃO. 
• Ato unilateral – não é necessário a concordância de outros herdeiros. 
• Indivisível – não se pode aceitar somente parte da herança. OU seja, não 
se admite que o herdeiro aceite apenas os bens que lhe interesse e não 
aceite os demais bens. 
• Aceitação é irrevogável (CC, art. 1812). 
2. ESPÉCIES DE ACEITAÇÃO 
• Tácita – a pessoa age demonstrando que aceitou a herança. 
• Expressa - o herdeiro declara por escrito, público ou particular, que deseja 
receber a herança – 
• Presumida – o herdeiro chamado a manifestar se aceita ou não a herança, 
cala-se. (CC, art. 1807). 
Artigo importante: CC, 1809 
 
V. RENÚNCIA DA HERANÇA 
 
A lei não obriga ninguém a receber a herança. O herdeiro pode renunciar. 
1. CARACTERÍSTICAS DA RENÚNCIA 
• Unilateralidade 
• Abstratividade 
• Indivisibilidade 
• ato jurídico puro 
• gratuidade 
• efeito retroativo 
• formalismo – não se acolhe que seja reconhecida a renúncia por 
manifestação verbal. 
2. INCAPACIDADE PARA RENÚNCIA 
Não pode renunciar: 
• quem não tem plena capacidade civil. 
• Cônjuge casado sob o regime da comunhão universal depende da 
autorização do outro. 
• O falido não pode renunciar – (Lei de Falência, art. 52, V) 
• Herdeiros que tenham credores – (CC, art. 1813) 
3 RENÚNCIA E IMPOSTO DE TRANSMISSÃO 
• RENÚNCIA ABDICATIVA (pura e simples) - Não cabe imposto de 
transmissão. 
• RENÚNCIA TRASLATIVA (em favor de alguém) - Cabe o imposto, visto 
que se verifica, então, uma cessão ou doação. 
 
VI. INDIGNIDADE 
 
1. CONCEITO DE INDIGNIDADE 
• Indignidade é então a exclusão do herdeiro pela prática de atos criminosos 
ou ofensivos contra o autor da herança. 
2. CAUSAS DE INDIGNIDADE 
1814 enumera taxativamente os casos de indignidade 
• Atentado contra a vida: crime de homicídio ou tentativa deste 
• Fama: acusação caluniosa ou crime contra a honra 
• Liberdade: inibição na livre manifestção de vontade. 
3. RECONHECIMENTO DA INDIGNIDADE 
• É declarada por sentença em ação ordinária – (CC, art. 1815). 
4 REABILITAÇÃO DO INDIGNO 
• A lei reconhece ao ofendido a possibilidade perdoar o ofendido, admitindo, 
dessa maneira, a reabilitação do indigno – (CC, art. 1818) 
• O perdão expresso uma vez concedido torna-se irretratável. 
5. EFEITOS DA INDIGNIDADE 
• 1º EFEITO: São pessoais os efeitos da exclusão – (CC, art. 1816) 
• 2º EFEITO: perda dos frutos e rendimentos – (CC, § único do art. 1817) 
• 3º EFEITO: perda do usufruto e da administração dos bens que couberem 
aos filhos – (CC, §único do art. 1816) 
• 4º EFEITO: validade das alienações de bens e atos de administração – 
(CC, art. 1817) 
• 5º EFEITO: direito à indenização pelas despesas feitas – (CC, § único do 
art. 1817) 
 
VII. DESERDAÇÃO 
 
1. CONCEITO 
• exclusão do herdeiro por vontade do de cujus – (CC, art. 1961) 
2. CAUSAS DE DESERDAÇÃO 
• CC, art. 1962: deserdação dos descendentes pelos ascendentes. 
• Ofensa física – revela falta de afeto, de amor, de respeito e de gratidão 
• injúria grave – é figura complexa que exige apreciação casuística. Pode se 
materializar tanto através da palavra falada quando da escrita 
• relações ilícitas com a madrasta ou o padrasto – incesto e adultério 
• desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade – 
revela desafeição, egoísmo, individualismo e falta de solidariedade 
humana. 
• CC, art. 1963: deserdação dos ascendentes pelos descendentes 
• Ofensa física; 
• Injúria grave; 
• Relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto ou 
com o marido ou companheira da filha ou da neta 
• Desamparo do descendente. 
3. PRESSUPOSTOS DA DESERDAÇÃO: 
• existência de herdeiro necessário e que o mesmo sobreviva ao testador 
• vontade do testador expressamente manifestada no testamento válido 
• motivo da deserdação deve ser um dos arrolados em lei – o rol é taxativo. 
4. EFEITOS 
• Os efeitos são pessoais, ou seja, sendo pena, seus efeitos são 
personalíssimos, não passando da pessoa do deserdado. 
• Se o indigno pode ser perdoado, da mesma forma, o deserdado pode ser 
reabilitado pelo testador. 
5. DISPOSIÇÕES FINAIS 
• Só o testamento com expressa declaração da causa tem o poder de 
gerar a deserdação – (CC, art. 1964) 
• Exige-se a prova da veracidade da causa, cabendo aos herdeiros 
interessados prová-la no lapso temporal de 4 anos – (CC, art. 1965) 
• O testador só poderá perdoar o deserdado por meio da revogação 
testamentária. 
INDIGNIDADE DESERDAÇÃO 
� Própria da sucessão legítima � Própria da sucessão 
� Independe da vontade do de 
cujus 
� Vontade presumida do de cujus. 
� Motivos da exclusão anteriores 
ou posteriores à morte do de 
cujus. 
� Motivos da indignidade são 
válidos para a deserdação 
testamentária 
� Depende da vontade do de cujus 
� Efetiva vontade do de cujus 
� Motivos da exclusão sempre 
anteriores à morte do de cujus 
� Nem todos os motivos da 
deserdação configuram 
indignidade. 
 
VIII. SUCESSÃO LEGÍTIMA 
 
1. DA SUCESSÃO PELO DESCENDENTE NO NOVO CC 
• entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, 
salvo o direito de representação – (CC, art. 1.833); 
• os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de 
seus ascendentes – (CC, art. 1.834); 
• na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros 
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no 
mesmo grau – (CC, art. 1.835); 
• deduzido eventual direito do cônjuge ou companheiro sobrevivente conforme 
já demonstrado, o direito hereditário dos descendentes fica assim regido: 
 
Fonte: www.gontijo-familia.adv.br 
2. DA SUCESSÃO POR ASCENDENTE NO NOVO CC 
• na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em 
concorrência com o cônjuge sobrevivente – (CC, art. 1.836) 
• § 1o - Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem 
distinção de linhas. 
• § 2o - Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha 
paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. 
• concorrendocom ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da 
herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for 
aquele grau - art. 1.837; 
 
 
Fonte: www.gontijo-familia.adv.br 
3. DO DIREITO SUCESSÓRIO DO CÔNJUGE NO NOVO CC 
3.1. DAS REGRAS GERAIS 
• cônjuge é herdeiro sem prejuízo da meação em razão do regime de bens; 
• cônjuge é herdeiro necessário, daí a exclusão do instituto do usufruto legal; 
• cônjuge tem direito real de habitação, em qualquer regime de bens, caso a herança 
seja composta por um único imóvel residencial – (CC, art. 1.831n); 
• só terá direito à herança caso, cumulativamente: a) não esteja separado 
judicialmente; b) não esteja separado de fato há mais de 2 anos; c) não seja 
culpado pela separação de fato há mais de 2 anos – (CC, art. 1.830); 
 
3.2. DO CÔNJUGE CONCORRENDO COM DESCENDENTE DO FALECIDO 
• cônjuge só participa da sucessão em concorrência com descendentes na hipótese 
do regime de bens: a) não ser o da separação legal, b) não ser o da comunhão 
universal ou c) ser o da comunhão parcial mas existir bens particulares – (CC, art. 
1.829, I); 
• cônjuge só será herdeiro preferencial quando o regime de bens for o da separação 
convencional, da comunhão parcial com bens particulares deixados pelo falecido ou 
participação final nos aqüestos; 
• a doutrina divide-se no que diz respeito aos bens que o cônjuge herdará juntamente 
com os descendentes: I) Para alguns, o cônjuge será herdeiro universal, juntamente 
com os descendentes, inclusive daquela porção de bens dos quais foi deduzido seu 
direito de meeiro. É dedução lógica pela sucessão entre companheiros já que estes 
recebem herança sobre os bens de que são meeiros; II) Para outros, o cônjuge 
deve concorrer com os descendentes somente quanto aos bens particulares do 
autor da herança, devendo os bens advindos da meação serem divididos somente 
entre os filhos. 
• em concorrência com os descendentes caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que 
sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da 
herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer – (CC, art. 1.832). Se 
o cônjuge não for ascendente dos herdeiros com quem concorrer, caberá a ele 
quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça. 
 
Fonte: www.gontijo-familia.adv.br 
3.3. DO CÔNJUGE CONCORRENDO COM ASCENDENTE DO FALECIDO 
• o cônjuge será herdeiro, qualquer que seja o regime de bens, caso esteja 
concorrendo com ascendentes do falecido; 
• CC, art. 1.837: “concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará 
1/3 da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se 
maior for aquele grau.” 
 
Fonte: www.gontijo-familia.adv.br 
3.4. O CÔNJUGE É HERDEIRO DE TODOS OS BENS DO FALECIDO CASO ELE NÃO 
DEIXE DESCENDENTE, ASCENDENTE, INDEPENDENTE DO REGIME DE BENS – 
ART. 1.838 – RECEBERÁ APENAS PARTE, CASO O DE CUJUS DEIXE HERDEIROS 
INSTITUÍDOS OU LEGATÁRIOS EM TESTAMENTO 
 
4.DO DIREITO SUCESSÓRIO DO COMPANHEIRO NO NOVO CC 
• companheiro sobrevivente não é herdeiro necessário; 
• companheiro pode ser excluído da herança por testamento; 
• companheiro recebe herança sem prejuízo da meação; 
• companheiro tem o direito hereditário restrito a quota parte nos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da união estável, ou seja, só é herdeiro dos bens sobre 
os quais tem meação enquanto estiver concorrendo com descendentes e 
ascendentes do falecido, salvo estipulação contrária em contrato (CC, art. 1.790, I e 
II); 
• quando o companheiro concorre com colaterais, além de receber sua meação nos 
bens comuns, recebe ainda 1/3 de toda a herança, salvo estipulação contrária em 
contrato (ou testamento) – (CC, art. 1.790, III); 
• CC, art. 1790: a companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, 
quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas 
condições seguintes: 
• I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por 
lei for atribuída ao filho; 
• II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade 
do que couber a cada um daqueles; 
• III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da 
herança; 
• Alguns autores entendem que deixa de existir o direito real de habitação e o direito 
à parte do usufruto sobre bens da herança porque o CC/02 vai disciplinar toda a 
matéria relativa à união estável, revogando as Leis n. 8.971/94 e 9.278/94. Outros, 
entendem que o CC/02 não revogou o parágrafo único do artigo 7º da Lei 9.278/94, 
permanecendo garantido ao companheiro o direito real de habitação. 
 
Fonte: www.gontijo-familia.adv.br 
5 DA SUCESSÃO POR COLATERAL NO NOVO CC 
5.1 DO COLATERAL DE 2º GRAU: IRMÃO 
• SÓ IRMÃOS BILATERAIS 
 
ou 
 
• IRMÃOS BILATERAL E UNILATERAL (CC, art. 1.841) 
 
Fonte: www.gontijo-familia.adv.br 
 
IX – DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS 
 
• herdeiros necessários passam a ser os descendentes, ascendentes e cônjuges; 
mantida a possibilidade de disposição de metade dos bens em caso de haver 
herdeiros necessários (CC, art. 1.789); 
• a legítima que pertence aos herdeiros necessários (CC, art. 1.846) só pode ser 
onerada pelas cláusulas restritivas de propriedade quando houver justa causa 
expressada pelo falecido em testamento (CC, art. 1.848); o testador tem até 
10/1/04 para aditar testamento justificando as cláusulas restritivas (CC, art. 2.042); 
sobre a quota disponível não há necessidade de justificação 
• a legítima é calculada na forma do art. 1.847: legítima = valor dos bens na dada da 
abertura da sucessão - (menos) dívidas e despesas do funeral + (mais) valor dos 
bens sujeitos à colação. 
 
X - SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
 
1 – TESTAMENTO 
1.1. CONCEITO 
• O CC 16, no artigo 1626, trazia o conceito de testamento. No entanto, esse 
conceito não fazia nenhuma menção à possibilidade de inserir no testamento 
disposições de caráter não patrimonial. 
• CC 02 não cometeu esse erro, uma vez que não conceitua o testamento. (CC, art. 
1857) 
1.2. CARACTERÍSTICAS 
• TESTAMENTO É NEGÓCIO JURÍDICO – manifestação de vontade destinada à 
produção de efeitos, o testamento é negócio jurídico com efeito causa mortis. 
• TESTAMENTO É ATO UNILATERAL – A declaração de vontade que dá vida ao 
testamento é única. 
• TESTAMENTO É ATO DE ULTIMA VONTADE OU CAUSA MORTIS – os efeitos 
só se iniciam após a morte do testador. 
• TESTAMENTO É NEGÓCIO JURÍDICO REVOGÁVEL – A possibilidade de revogá-
lo é elemento básico do instituto. Disposições não patrimoniais podem não ser 
revogáveis – reconhecimento de filho. 
• TESTAMENTO É ATO SOLENE – A manifestação de vontade contida no 
testamento deve ser efetivada por meio de formalidades determinadas na lei. Há 
nulidade absoluta quando as formalidades não são seguidas. 
Formas ≠ Formalidades 
Formas (ordinária e especial) → cada uma com suas formalidades 
• TESTAMENTO É ATO PERSONALÍSSIMO – (CC, art. 1858) – O ato deve ser 
elaborado unicamente pelo testador. Não pode ser elaborado por mandatário.Não 
pode ser coletivo (CC, art. 1863) 
• TESTAMENTO É GRATUITO – Ato de natureza gratuita. Não se impõe ao 
beneficiado qualquer contraprestação. 
1.3. CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA (ATIVA E PASSIVA) 
1.3.1 CAPACIDADE ATIVA 
• Só pessoas físicas podem testar. 
• Há pessoas, no entanto, com legitimidade mais restrita, não podendo usar de certas 
formas de testamento. Ex: testador que não sabe português não pode testar de 
forma pública, pois é essencial que eles seja redigidos em português; cego só pode 
testar de forma pública (CC, art. 1867) 
• A regra geral é a CAPACIDADE. 
O CC/02 regula a incapacidade – (CC, art. 1860): I – Incapacidade em razão da idade. II – 
incapacidade por falta de discernimento ou enfermidade mental. 
1.4. CAPACIDADE PASSIVA• Prole eventual – (CC, art. 1799, I) 
• Pessoa jurídica – (CC, art. 1799, II) 
• Pessoa jurídica que ainda não exista, mas seja constituída sob a forma de fundação 
- (CC, art. 1799, III) 
1.5. INCAPACIDADES PARA RECEBER 
• Quem escreve o testamento e seus parentes próximos – (CC, art. 1801, I) 
• Testemunhas testamentárias - (CC, art. 1801, II) 
• Concubino do testador casado - (CC, art. 1801, III) 
• O tabelião e outras pessoas junto às quais se faz o testamento - (CC, art. 1801, IV) 
1.6. FORMAS DE TESTAMENTO 
1.6.1. Testamento público 
• CC, art. 1864, I – UNICAMENTE TABELIÃO tem a capacidade para lavrar o 
testemento. Atenção para o fato de que a norma também autoriza o substituo legal, 
revogando assim a Lei 8.935 que dava competência exclusiva aos tabeliães e 
mesmo os substitutos não poderiam lavrar. 
• CC, art. 1864 II - PRESENÇA DE DUAS TESTEMUNHAS. Durante a realização do 
ato, ficarão no mesmo compartimento o testador, as testemunhas e o tabelião ou 
seu substituto, sem intervalos ou lacunas a não ser que seja breve 
• CC, art. 1864, II - LEITURA DO TESTAMENTO. A leitura deve ser em voz alta e 
inteligível, pausadamente, de modo que todos possam ouvir e entender o texto. 
• CC, art. 1864, III – ASSINATURAS LANÇADAS NO TESTAMENTO. Após a leitura 
do ato assinam o tabelião, o testador e as duas testemunhas. 
1.6.2. Testamento Cerrado 
• CC, art. 1869 
A - REDAÇÃO DO TESTAMENTO. Tanto o testador como alguém pode redigir para ele, 
mas a assinatura DEVE SER DELE. Não é possível que a pessoa assine à rogo. 
• CC, art. 1872 - É necessário que o testador SAIBA LER. 
• CC, art. 1870 – o tabelião pode ter escrito a rogo e mesmo assim pode aprovar. 
• CC, art. 1871 - Não há qualquer óbice quanto ao idioma 
B – ASSINATURA DO TESTAMENTO 
• CC, art. 1868 – só o testador pode assinar. Sem ao souber, ou estiver 
impossibilitado, outra pessoa NÃO PODE SUPRIR A PROVIDÊNCIA. 
C - ENTREGA DO TESTAMENTO AO TABELIÃO 
• O próprio testador deve entregar a cédula ao tabelião. NÃO PODE SER POR 
PROCURAÇÃO! 
D – APROVAÇÃO DO TESTAMENTO 
• Recebido o tabelião o documento inicia a solenidade de aprovação, que é a escrita 
de um texto contendo o ato de aprovação. 
• O texto deve iniciar IMEDIAMENTE após a ultima palavra do testamento. 
• A cédula não deve ser lida pelo tabelião. Apenas observará se há rasuras, 
emendas, borrões, espaços em branco ou riscaduras. E se tiver isso ele aconselha 
ao testador que lavre ou escreva outro texto, podendo inclusive ele mesmo o fazer. 
• IMPORTANTE A COLOCAÇÃO DA DATA. É anulável o testamento cerrado sem 
data, se algumas dúvidas aparecerem especialmente quanto à capacidade do 
testador. 
E – LEITURA DO AUTO DE APROVAÇÃO 
• ATENÇÃO – Lê-se o auto de aprovação E NÃO O TESTAMENTO, por obvio. 
F – AS ASSINATURAS NO AUTO DE APROVAÇÃO 
• Assinam o tabelião, o testador e as testemunhas. 
G – FECHAMENTO E LACRE DO TESTAMENTO 
• Concluída todas as fases acima o tabelião deverá fechar o testamento e cosê-lo 
colocando o lacre nos pontos da costura. 
F – ENTREGA DO TESTAMENTO AO TESTADOR 
• CC, 1874 - Atendidos todos os requisitos previstos em lei, o tabelião entregará o 
testamento para o testador e registrará nota do lugar, dia, mês e ano em que o 
testamento foi aprovado e entregue ao testador. 
1.7. TESTAMENTO PARTICULAR 
• Pode ser escrito de próprio punho, a rogo, ou mecanicamente. NÃO PODE TER 
ASSINATURA A ROGO. 
• Se elaborado por meio mecânico não pode ter rasuras ou espaços em branco, 
devendo ser assinado pelo testador, depois de lido na presença de pelo menos três 
testemunhas, que o subscreverão. 
• MÍNIMO DE TRÊS TESTEMUNHAS -quanto maior melhor. 
• Pode ser redigido em língua estrangeira. 
• O testamento particular deve ser confirmado após a morte do testador – (CPC, 
1130 e seguintes do CPC). 
2. REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS 
• Sabe-se que havendo herdeiros necessários o testador não pode atribuir no 
testamento senão a metade de seu patrimônio. A outra metade constitui a 
LEGÍTIMA dos herdeiros necessários. Pode ocorrer, no entanto, o testador venha a 
ULTRAPASSAR a metade disponível. Há, então, que se ajustar a LEGÍTIMA – (art. 
1967) 
3. REVOGAÇÃO E ROMPIMENTO DOS TESTAMENTOS 
• Modificação ou desconstituição do testamento, através de ato d vontade daquele 
que dispôs. 
INVALIDADE REVOGAÇÃO 
1. Decorre de vício de consentimento ou 
deforma 
2. Depende de comprovação do vício e 
da dclaração por ato judicial 
1. Decorre de ato de vontade. 
2. Depende unicamente de decisão do 
disponente, desde, porém, que 
absolutamente livre a vontade. 
3.1ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO 
REVOGAÇÃO EXPRESSA REVOGAÇÃO TÁCITA REVOGAÇÃO 
PRESUMIDA 
Confecção de novo 
testamento, no qual 
menciona-se 
especificamente a 
revogação, no todo ou em 
parte de um testamento 
anterior, podendo ser 
mediante forma diferente 
daquela do testamento 
revogado 
Revogação decorre do 
surgimento de um novo 
testamento, cujos dizeres e 
conteúdo apresentam-se 
incompatíveis com o 
anterior. 
Particularidade qto ao 
testamento cerrado – 1972. 
Aqui não temos 
propriamente uma 
revogação, mas o 
rompimento do 
testamento porque 
aparece, após a sua 
elaboração, um fato 
que faz presumir ou 
concluir a 
modificação da 
vontade externada na 
declaração 
testamentária. 
Elemento indispensável: 
menção no testamento 
posterior que ele revoga o 
anterior 
Elemento indispensável: 
não pode haver qualquer 
menção. 
 
1973 e 1974 – 
presunção é juris 
tantum 
 
4. ROMPIMENTO DO TESTAMENTO 
• Há situações, consistentes do surgimento de novos descendentes, e da ignorância 
quanto à existência de outros herdeiros necessários, que o CC considera 
rompimento do testamento. 
• CC, art. 1973 - Superveniência de descendente sucessível 
• CC, art. 1974 - Rompimento diante do aparecimento de herdeiros necessários 
ignorados, depois do testamento 
• CC, art. 1975 - Subsistência do testamento se conhecia a existência de 
herdeiros necessários 
5. LEGADOS 
• É uma deixa testamentária DETERMINADA dentro do acervo transmitido 
pelo autor da herança. 
5.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS 
• Primeiramente temos que a sucessão do legatário é a TÍTULO SINGULAR. 
• Contém uma LIBERALIDADE do testador. 
• Tudo o que for economicamente apreciável e que possa ser objeto de um 
negócio jurídico pode ser objeto de um legado 
• Pode vir com encargo 
• O rótulo que o testador dá à deixa não interessa 
• O testador pode aquinhoar com legado aquele que já é herdeiro legítimo – 
pré-legado.Também pode o herdeiro testamentário ser legatário 
• O herdeiro pode aceitar a herança e renunciar o legado e vice e versa 
� Legado pode vir com clausula de inalienabilidade, impenhorabilidade e 
incomunicabilidade 
� Não existe direito de representação entre os legatários 
5.2. CADUCIDADE DOS LEGADOS 
• CC, art. 1939 
6. DIREITO DE ACRESCER ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS 
6.1. O AMBITO DA SUCESSÃO LEGÍTIMA 
• Se um dos filhos já tiver pré-morrido ao de cujus (E NÃO HOUVER DIREITO DE 
REPRESENTAÇÃO) os filhos sobreviventes receberão a herança, pois é pre-morto 
não foi nem nunca será herdeiro. Mas aqui, embora a lei não diga, a quota do pré 
morto ACRESCE aos demais do mesmo nível, na mesma classe, que vão receber 
uma parte maior do monte. 
6.2. NO AMBITO DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
• Primeira regra é o EXAME DA VONTADE DO MORTO – ele pode ter disposto 
sobre substituições, acréscimos ou caducidades. 
• Segunda regra é OBSERVAR QUE, SE O TESTADOR SILENCIA E NOMEIA DOIS 
OU MAIS HERDEIROS OU LEGATÁRIOS SEM DISCRIMINAR SUA QUOTA OU 
PORCENTAGEM NA HERANÇA OU NO OBJETO LEGADO, AOS SUCESSORES 
REMANESCENTES SE ACRESCE O BENEFÍCIO – disposições testamentárias 
cumulativas. 
Uma idéia que não podemos perder de vista é: NÃO HAVENDO DISPOSIÇÃO 
CONJUNTA NO TESTAMENTOE INEXISTINDO SUJEITO PARA A DEIXA 
TESTAMENTÁRIA, OU HÁ SUBSTITUIÇÃO APOSTA PELO TESTADOR, OU DEVOLVE-
SE A PORÇÃO HEREDITÁRIA OU LEGADO AO MONTE, PARA SEGUIR O DESTINO 
DA VOCAÇÃO LEGÍTIMA. 
• A idéia do direito de acrescer concentra-se na existência de dois ou mais 
aquinhoados NA MESMA DISPOSIÇÃO - 1941 e 1942 
6.2.1. DIREITO DE ACRESCER ENTRE CO-HERDEIROS 
• CC, art. 1941 
6.2.2. DIREITO DE ACRESCER ENTRE LEGATÁRIOS 
• CC, art. 1942 
7. SUBSTITUIÇÕES. FIDEICOMISSO 
• Quando falamos em substituição falamos da possibilidade do testador nomear um 
segundo herdeiro ou legatário, para substituir o primeiro nomeado, se, por qualquer 
razão, não se operar a transmissão do benefício ao indicado original. 
• Substituição vulgar – CC, art. 1947 
• Substituição recíproca, CC, art. 1948. 
7.1 FIDEICOMISSO 
• Com o CC/02 o fideicomissário só poderá ser prole eventual. 
 
XI. INVENTÁRIO 
 
• No processo sucessório inventário tem um sentido amplo = abrangendo a descrição 
dos bens, a verificação dos herdeiros, e mesmo a posterior partilha. 
• CPC, art. 982 (redação dada pela Lei 11.441/2007). “Havendo testamento ou 
interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem capazes e 
concordes, poderá fazer-se o inventário e partilha por escritura pública, a qual 
constituirá título hábil par ao registro imobiliário”. 
• O inventário negativo (quando não existem bens a inventariar) é importante nos 
casos, nos quais se pretende eliminar uma das causas suspensivas matrimoniais. 
1. ADMINISTRAÇÃO PROVISÓRIA DA HERANÇA 
• CC, art. 1797 e CPC, art. 985 
2. ADMINISTRAÇÃO DEFINITIVA DA HERANÇA 
• Com a nomeação do inventariante, assume ele a administração do espólio, 
cessando a atividade do administrador provisório. 
3. PRAZO PARA O AJUIZAMENTO E O TÉRMINO DO INVENTÁRIO 
• CPC, art. 983 (redação dada pela Lei 11.441/2007) 
4. LEGITIMIDADE PARA REQUERER O INVENTÁRIO E PARTILHA 
• CPC, art. 987 e 988 - a legitimação é concorrente e não subsequente. 
 
XII. PARTILHA 
 
1. FORMAS DE PARTILHA 
• Partilha amigável – representa o acordo de vontades, em que são todos os 
herdeiros reciprocamente outorgantes e outorgados. É feito por escritura pública, 
por instrumento particular ou por termo nos autos. 
• Partilha judicial – é obrigatória se os herdeiros divergirem, ou se algum deles for 
incapaz – 2016 e facultativa entre capazes. O juiz que decidirá que resolverá 
quanto aos requerimentos dos interessados, determinando os quinhões. 
• Partilha em vida – Pode se dar de duas formas:a) partilha-doação – vale como 
uma doação propriamente dita, sujeitando-se aos requisitos e ás vicissitudes das 
doações em geral, forma, capacidade, aceitação, respeito às legítimas dos 
herdeiros necessários, colação dos valores por constituir antecipação da legítima, 
abrangência dos bens atuais apenas e exclusão dos futuros, ineficácia em se 
compreender a totalidade dos bens do doador, salvo reserva de renda para a 
subsistência. É irrenunciável; b) Partilha-testamento – adotada a forma 
testamentária prevalece como disposição de ultima vontade e sujeita-se aos 
requisitos do testamento. Somente produz efeito após a morte, é passível de 
revogação a todo tempo e pode compreender todos os bens presentes e futuros. 
Difere do testamento ordinário porque reparte o acervo entre aqueles que são os 
chamados ope leges. 
2. INVALIDADE DA PARTILHA 
• ação para anular a partilha, com fundamento no 1.029 e 2027 que caduca em um 
ano. Essa ação ataca a partilha amigável. É possível em todas as situações em que 
o negócio jurídico é anulável e também por inobservância do 2017. 
• Se a partilha amigável constituir um negócio nulo a ação é de nulidade e prazo 
extintivo é de dez anos. 
• Partilha judicial a partilha só pode ser atacada por ação rescisória – 1030. 
• O herdeiro que não foi parte pode recorre à ação de petição de herança, não 
podendo usar da ação rescisória. Prazo extintivo é de dez anos. 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
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� www.gontijo-familia.adv.br

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