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DIREITO PENAL I - PROF. LUÍS ROBERTO
PAPER
1 CONCEITO DE DIREITO PENAL
2.1 Noções fundamentais
	Para que seja possível a convivência harmônica em sociedade, é necessário um complexo de normas disciplinadoras que devem ser obedecidas por todos os indivíduos, estabelecendo-se o que é permitido e o que é proibido. O conjunto dessas normas jurídicas, vigentes em determinado momento histórico-social, é chamado de ordenamento jurídico, que é um sistema normativo composto por diversos setores (Direito Penal, Direito Civil, Direito Administrativo etc.), que interagem entre si, regulando a vida em sociedade. 
	
O Direito Penal é a parte, a parcela, o setor do ordenamento jurídico que tem a tarefa específica de proteger os bens mais essenciais à vida em sociedade. Note-se que outros ramos do Direito também protegem bens. O Direito Penal, entretanto, além de somente poder incidir para a tutela dos bens mais relevantes, o faz mediante o estabelecimento de mandatos e proibições, prevendo como consequências, para o caso de violação de seus mandamentos, penas e medidas de segurança, que cerceiam a liberdade das pessoas.
2.2 Denominação
	Direito Penal x Direito Criminal
2.3 Definição
	Conceitos:
“É o conjunto de normas jurídicas que o Estado estabelece para combater o crime, através das penas medidas de segurança” (BASILEU GARCIA)
“É o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como consequência, e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade de medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do direito de punir do Estado” (JOSÉ FREDERICO MARQUES)
“É o setor ou parcela do ordenamento jurídico público que estabelece as ações ou omissões delitivas, cominando-lhes determinadas consequências jurídicas (penas ou medidas de segurança). Enquanto sistema normativo, integra-se por normas jurídicas (mandatos e proibições) que criam o injusto penal e suas respectivas consequências” (REGIS PRADO, 2008, p. 55).
2.4 Caracteres
O Direito Penal é uma ciência cultural e normativa. É cultural porque indaga o dever ser, ao contrário das ciências naturais, cujo objeto de estudo é o ser. É normativa, pois seu objeto é o estudo da lei, da norma, não se preocupando com a gênese do crime, dos fatos que levam à criminalidade ou dos aspectos sociais que podem determinar a prática do ilícito, preocupações próprias das ciências explicativas, como a Criminologia e a Sociologia Criminal (MIRABETE).
A função primordial do Direito Penal é a proteção de bens jurídico-penais – bens do Direito – essenciais ao indivíduo e à comunidade (REGIS PRADO, Bem-jurídico penal e Constituição).
É valorativo, finalista e sancionador.
Como ciência jurídica, recebe a denominação de dogmática penal, pois parte de normas positivas, consideradas como dogma, para a solução de problemas (REGIS PRADO).
Opera, com os demais ramos do direito, numa relação de complementariedade recíproca. É independente em seus efeitos (sanção penal), mas pode depender, muitas vezes, de outros ramos do direito, para a complementação da descrição dos delitos (pressupostos). 
Distingue-se em Direito Penal comum ou nuclear (Código Penal – Parte Geral e Parte Especial) e Direito Penal especial (legislação penal especial ou extravagante).
Obs.: Criminologia é a ciência que estuda o fenômeno criminal, preocupando-se com as circunstâncias sociais relacionadas com o surgimento, a prática e o modo de evitar o crime, e com o tratamento dos criminosos. É um conjunto de conhecimentos que estudam os fenômenos e as causas da criminalidade, a personalidade do delinquente e sua conduta delituosa e a maneira de ressocializá-lo. Já a Sociologia Criminal preocupa-se, principalmente, com os fatores externos da causação do crime, bem como suas consequências para a coletividade. 	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 8.ed. São Paulo: RT, 2008.
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