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Direito

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Direito – Filosofia Geral e do Direito. 
A civilização ocidental é grega. As palavras que utilizamos atestam isso. Um determinado homem é classificado pelos seus pares, integrantes do mesmo grupo social, como um grande filantropo. Literalmente, recorrendo às raízes gregas (filós + antropós), entendemos que esse ser humano foi reconhecido como amigo do homem, por se dedicar a fazer o bem para a humanidade, especialmente, no caso, as pessoas mais carentes ou necessitadas. Filantropo é apenas um exemplo entre centenas e centenas de palavras que poderíamos analisar. Temos também a derivação filantropia, atividade voltada para o socorro imediato de pessoas necessitadas, entidades filantrópicas, que por sinal, ao serem assim classificadas, recebem imunidade fiscal quanto a determinados impostos, e nesse ponto já chegamos a um ramo do Direito, o Direito Tributário. 
A civilização ocidental, da qual fazemos parte é grega no que se refere às artes. A arte da representação, seja no teatro ou na televisão, conserva até hoje as modalidades de drama e comédia, iniciadas no período grego, séculos antes do advento do Cristianismo. Não é notável que uma peça teatral como Édipo-Rei seja encenada até os dias de hoje, em teatros do mundo inteiro? Também na música, na literatura e na escultura, há importantes contribuições gregas marcando a cena contemporânea no ocidente.
Nossa medicina realiza um juramento onde é lembrado Hipócrates, pai da arte de curar no ocidente. Temos ainda Asclépio, entidade grega para a qual os curadores rendiam as suas homenagens. Heródoto, outro grego, nos ensinou a registrar os fatos históricos em seqüência, de forma organizada e estabelecendo conexões e interpretações, para termos uma noção mais clara do passado, do presente e do futuro. 
A arquitetura grega e suas belas colunas destacam-se no cotidiano da civilização ocidental. E essa influência grega se estende para a matemática, a física, a pedagogia, a química, ou seja, está presente em todos os campos do conhecimento humano ocidental. 
Nosso modo de pensar, interrogar, questionar e tentar interpretar, também nasceu no ambiente grego, especificamente no âmbito da Filosofia, disciplina que significa simplesmente amor (de natureza intelectual) em relação à sabedoria. Logicamente essa paixão pela verdade e essa busca pelo conhecimento racional, tão característicos da Filosofia, deram contribuições para todos os campos do conhecimento humano citados anteriormente. 
Dessa forma, fica evidente que qualquer pessoa que desejar aprender a Ciência Jurídica, precisará começar pela Filosofia, e pela Filosofia do Direito. Caso não proceda assim, correrá o risco de construir uma casa sem alicerces. A atitude filosófica desejável é a de admiração. Segundo Aristóteles, “é a admiração que leva os homens a filosofar. Eles admiram-se das coisas estranhas com que esbarram; depois avançam pouco a pouco e começam por questionar as fases da lua, o movimento do sol e dos astros, e por fim a origem do universo inteiro”. (Metafísica, I, 2, 982b). 
Ocorreu assim no primeiro momento da Filosofia, quando os pensadores, especialmente Tales de Mileto, lançou o questionamento em relação ao mito e a busca de um princípio único, gerador de todas as coisas, que foi chamado de arché (em grego Depois desse período voltado para a natureza, a filosofia grega deslocou o seu foco de interesse para as questões antropológicas, da vida do homem, especialmente sua vida social. Decorre daí a importância de estudo da Filosofia, para o proveitoso aprendizado sobre formas de organização social, sistemas de governo, comportamento ético, normas de comportamento moral, elaboração de leis etc.

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