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EXERCICIOS LINGUAGENS

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Prévia do material em texto

introdução
Olá, querido estudante,
Esta seção tem como objetivo geral o estudo de 
temas, motivos e estilos na literatura brasileira e em outras 
manifestações culturais, com ênfase no diálogo que a literatura 
mantém com as outras artes.
O índio, já no primeiro texto sobre o Brasil (Carta, de 
Pero Vaz de Caminha) é elemento de fundamental interesse 
na construção ideológica e estética que o colonizador fez do 
colonizado. Nos primeiros séculos da colonização, os textos dos 
historiadores e da literatura catequética dos jesuítas deram ao 
índio um perfil estereotipado, de “tabula rasa”, que, de certa 
forma, vai ser mantido até o advento da literatura romântica de 
Gonçalves Dias e de José de Alencar.
 
oBJEto do ConHECiMEnto
O índio na literatura brasileira: 
do bom selvagem ao herói sem 
escrúpulos
Na literatura brasileira, o termo indianismo faz 
referência à idealização do indígena, por vezes retratado como 
herói nacional. Mas o selvagem exótico logo se transforma em 
herói do Romantismo. O índio então virou moda no mundo 
e no Brasil e passou a ser referência para a criação de uma 
nacionalidade.
Os romances Iracema e O Guarani, de José de Alencar, 
são símbolos desse período. Os dois livros podem ser designados 
como romances fundadores, ou seja, obras ficcionais que 
representam metaforicamente o início de um mundo e/ou 
de uma raça. Essa moda durou até o final do século XIX, 
quando o índio sai de cena, temporariamente, já que ele volta 
à literatura na década de 20, com o Modernismo, quando 
surge Macunaíma, o anti-herói criado por Mário de Andrade. 
O índio passa a ser mostrado quase que em paródias do índio 
Linguagens, Códigos e suas TeCnoLogias
3
Fascículo
EnEm Em fascículos - 2012
romântico. É um modo mais refletivo que marca a diferença 
da cultura brasileira. Segundo ela, o Modernismo também 
reforça a identidade nacional, mas de outro modo. Não mais 
a valorização do nacional como algo exótico, mas como parte 
de um modelo nacional.
Mas o que fica é a imagem do bom selvagem Peri, da 
virgem dos lábios de mel Iracema e do herói sem escrúpulos 
Macunaíma.
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especiais-19d.asp (adaptada).
• Para completarmos nossa abordagem de literatura, 
revisemos duas obras pré-românticas que trataram da 
temática indianista: O Uraguai e Caramuru.
O Uraguai – Basílio da Gama – 
A morte de Lindoia
Os trechos mais belos e mais interessantes dessa obra 
poética do Arcadismo brasileiro referem-se aos índios. Alguns 
deles, como a narração da morte de Cacambo, assassinado 
por Balda, e a do desespero e suicídio de Lindoia, dão um tom 
lírico ao poema e podem ser classificados como pré-românticos: 
Morto Cacambo, amado de Lindoia, por envenenamento, o 
Pe. Balda quis casá-la com o mestiço Baldetta. A cerimônia 
estava preparada, todos os chefes aguardavam à entrada do 
templo, mas a noiva não compareceu. Caitutu, irmão de Lindoia, 
informado pela feiticeira Tanajura sobre o paradeiro da irmã, foi 
buscá-la e a encontrou num bosque, deitada sobre a relva, com 
uma serpente sobre o corpo. Porque Cacambo, seu amado, fora 
envenenado, ela, por fidelidade a ele, não aceitou o casamento 
que lhe era imposto, deixando-se picar por uma serpente. Seu 
irmão, Caitutu, quando a encontrou caída com uma cobra 
envolvendo-lhe o corpo, atirou uma flecha na serpente para 
salvar a irmã, que já estava morta.
Caramuru – Santa Rita Durão – 
O afogamento de Moema
Caramuru é um poema do Arcadismo brasileiro que 
narra a história (lenda?) do aventureiro Diogo Álvares Correia, 
que naufraga na costa da Bahia, no século XVI. O episódio 
antológico desse poema é o afogamento de Moema, que 
delineia o momento mais dramático da obra. Moema, diante 
da infortunada rejeição, lança-se ao mar atrás do navio do seu 
amado português Diogo, o Caramuru, que se dirige à Europa 
para o casamento com a rival índia Paraguaçu. Moema perece 
tragada pelas ondas.
Neste terceiro fascículo, abordaremos a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação, explorando competências e habilidades 
que utilizamos no cotidiano.
Nossa abordagem compreenderá: a literatura por meio da interpretação de textos, as múltiplas linguagens através de texto verbal e não 
verbal e a produção textual por meio da redação. Mas, não é só isso! Também examinaremos os elementos centrais da interpretação de 
textos em língua estrangeira, com propostas em inglês e espanhol.
Bom estudo para você! 
Caro aluno,
Enem em fascículos 2012
2 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Literatura e intertextualidade
A literatura é uma arte polissêmica e polifônica, dialoga 
constantemente com outras artes, notadamente as artes 
plásticas. O escritor, para usar uma expressão de Murilo Mendes, 
mantém sempre o “olho armado” e, à maneira de um pintor 
ou escultor, fixa a eternidade de um momento.
Intertextualidade
Uma obra literária pode ser construída tomando outra 
como modelo ou referência. Assim, quando um autor utiliza 
textos de outros autores para construir seu próprio texto, 
dá-se o fenômeno da intertextualidade. Porém, chama-se 
intratextualidade quando ele retoma sua própria obra, 
reescrevendo-a. Dois conceitos são indispensáveis para a 
compreensão do fenômeno da intertextualidade: paródia e 
paráfrase.
Paródia e Paráfrase
Paródia é, etimologicamente, uma ode que perverte 
o sentido de outra ode, o que significa uma canção que era 
cantada ao lado de outra, como uma espécie de contracanto. 
Nesse sentido, constitui paródia o procedimento intertextual 
em que se toma o texto de outro autor com a intenção de 
criticá-lo, descaracterizá-lo etc. Já a paráfrase, ao contrário da 
paródia, é a retomada de um texto sem intenção de criticá-lo, 
mas de concordar com ele. Trata-se da reafirmação, em palavras 
diferentes, do mesmo sentido do texto original (intertexto).
Para exemplificar essa característica da produção 
literária, é válido analisarmos a introdução do segundo capítulo 
da obra Macunaíma, em que Mário de Andrade retoma as 
palavras de José de Alencar, em Iracema, ao apresentar na 
narrativa o seu personagem principal e anti-herói. Observe os 
fragmentos das duas obras:
Em Iracema:
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no 
horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de 
mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e 
mais longos que seu talhe de palmeira. (...) 
Em Macunaíma:
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de 
nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. 
Ao optar pela alusão ao romance de José de Alencar, 
Mário de Andrade, ao mesmo tempo em que traz para o texto 
o fragmento do autor indianista, reconstrói o discurso original 
para remontar um outro texto. Mesmo utilizando elementos 
da natureza brasileira – que é uma característica dos textos do 
Romantismo – a nova composição distorce ou nega a ideia inicial 
de exaltação do elemento indígena que, no texto modernista, 
é na realidade um anti-herói, e não o “bom selvagem” do 
Romantismo.
QuEStão CoMEntada
Compreendendo a Habilidade
– Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e 
permanentes no patrimônio literário nacional.
 C-5
H-17
• Leia os textos para responder à questão. 
Texto I
Texto II
Iracema, arrastando o passo trêmulo, o acompanhou 
de longe até que o perdeu de vista na orla da mata. Aí parou: 
quando o grito da jandaia de envolta com o choro infantil a 
chamou à cabana, a areia fria onde esteve sentada guardou o 
segredo do pranto que embebera.
A jovem mãe suspendeu o filho à teta; mas a boca 
infantil não emudeceu. O leite escasso não apojava o peito.
O sangue da infeliz diluía-se todo nas lágrimas 
incessantes que não estancavam dos olhos; nenhum chegava 
aos seios, onde se forma o primeiro licor da vida.
Ela dissolveu a alvacarimã e preparou ao fogo o mingau 
para nutrir o filho. Quando o sol dourou a crista dos montes, 
partiu para a mata, levando ao colo a criança adormecida.
Na espessura do bosque está o leito da irara ausente; os 
tenros cachorrinhos grunhem enrolando-se uns sobre os outros. 
A formosa tabajara aproxima-se de manso. Prepara para o filho 
um berço da macia rama do maracujá; e senta-se perto.
Põe no regaço um por um os filhos da irara; e lhes 
abandona os seios mimosos, cuja teta rubra como a pitanga 
ungiu do mel da abelha. Os cachorrinhos famintos precipitam 
gulosos e sugam os peitos avaros de leite.
Iracema curte dor, como nunca sentiu; parece que lhe 
exaurem a vida, mas os seios vão-se intumescendo; apojaram 
afinal, e o leite, ainda rubro do sangue, de que se formou, 
esguicha.
A feliz mãe arroja de si os cachorrinhos, e cheia de júbilo 
mata a fome ao filho. Ele é agora duas vezes filho de sua dor, 
nascido dela e também nutrido.
A filha de Araquém sentiu afinal que suas veias se 
estancavam; e contudo o lábio amargo de tristeza recusava o 
alimento que devia restaurar-lhe as forças. O gemido e o suspiro 
tinham crestado com o sorriso o sabor em sua boca formosa.
 Iracema – José de Alencar.
Enem em fascículos 2012
3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
•	 O	significado	do	texto	I		e	do	texto	II,	em	que		as	índias		
amamentam um animal silvestre, expressa-se na seguinte 
alternativa:
a) a animalização do ser humano, que se identifica com 
um animal irracional.
b) a dificuldade de a relação entre personagem e ambiente 
atingir esse grau de identidade.
c) a harmonia existente entre o ser humano e o ambiente 
em que vive.
d) a harmonia do cenário em que se integram natureza e 
racionalidade.
e) a relação entre o humano e o animal avilta a 
condição do primeiro em favor do segundo.
Comentário
A harmonia entre as jovens mães índias e seu ambiente 
é tal que elas chegam a alimentar um animal silvestre com o leite 
dos próprios seios. Na foto e no texto literário do Romantismo, a 
relação entre personagem e espaço atinge um grau quase mágico 
de identidade. 
Resposta correta: c
EXErCÍCioS dE FiXação
Compreendendo a Habilidade
– Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e 
para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e 
tipos.
 C-6
H-18
• O texto a seguir serve de base para a questão 01.
João Cabral de Melo Neto 
 Você lerá neste texto um trecho do poema Morte e 
Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, importante poeta 
pernambucano da Geração de 45 do Modernismo brasileiro. 
No excerto, um retirante chamado Severino, protagonista da 
obra, encontra dois homens que estão carregando um defunto 
numa rede.
Texto 
“— A quem estais carregando, irmãos das almas, 
embrulhado nessa rede? Dizei que eu saiba. 
— A um defunto de nada, irmão das almas, que há 
muitas horas viaja à sua morada. 
— E sabeis quem era ele, irmãos das almas, sabeis como 
ele se chama ou se chamava? 
— Severino Lavrador, irmão das almas, Severino 
Lavrador, mas já não lavra. 
— E de onde que o estais trazendo, irmãos das almas, 
onde foi que começou vossa jornada? 
— Onde a Caatinga é mais seca, irmão das almas, onde 
uma terra que não dá nem planta brava. 
— E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi 
morte morrida ou foi matada? 
(...) 
— E quem foi que o emboscou, irmãos das almas, quem 
contra ele soltou essa ave-bala? 
— Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma 
bala voando desocupada. 
— E o que havia ele feito irmãos das almas, e o que 
havia ele feito contra a tal pássara? 
— Ter um hectare de terra, irmão das almas, de pedra 
e areia lavada que cultivava. 
— Mas que roças que ele tinha, irmãos das almas que 
podia ele plantar na pedra avara? 
— Nos magros lábios de areia, irmão das almas, os 
intervalos das pedras, plantava palha.” 
01. A única alternativa verdadeira a respeito dos elementos 
retirados do texto é: 
a) A expressão “irmãos das almas”, no primeiro verso, 
aparece entre vírgulas e desempenha a função de sujeito 
da forma verbal “estais”, que aparece no mesmo verso. 
b) Em “Dizei que eu saiba”, ainda no primeiro verso, há 
uma forma verbal no imperativo que poderia ter como 
sujeito o pronome pessoal “tu”. 
c) No quarto verso, com a expressão “mas já não lavra”, 
o autor quis estabelecer uma relação de oposição entre 
a profissão e a situação em que “Severino Lavrador” se 
encontrava. 
d) O adjunto adverbial “Ali”, em “Ali é difícil dizer...”, foi 
utilizado referindo-se ao tipo de morte que teve o defunto. 
e) Com “sabeis como ele se chama ou se chamava?”, no 
terceiro verso, o retirante demonstra não ter certeza de 
que o homem na rede estava morto.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos 
linguísticos.
 C-7
H-22
• Textos para a questão 02.
Texto I 
Perante a Morte empalidece e treme,
Treme perante a Morte, empalidece.
Coroa-te de lágrimas, esquece
O Mal cruel que nos abismos geme.
Cruz e Sousa, Perante a morte.
Texto II 
Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Gonçalves Dias, I Juca Pirama.
Texto III 
Corrente, que do peito destilada,
Sois por dous belos olhos despedida;
E por carmim correndo dividida,
Deixais o ser, levais a cor mudada.
Gregório de Matos, Aos mesmos sentimentos.
Texto IV 
Chora, irmão pequeno, chora,
Porque chegou o momento da dor.
A própria dor é uma felicidade...
Mário de Andrade, Rito do irmão pequeno.
Enem em fascículos 2012
4 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Texto V 
Meu Deus! Meu Deus! 
Mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio! ...Musa! Chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...
Castro Alves, O navio negreiro.
02. Apesar de serem de autores diferentes e, alguns, até de 
movimentos literários diferentes, os cinco textos poéticos 
têm um motivo ou tema em comum. Este motivo 
identificador é:
a) o choro provocado pelo sentimento de rejeição amorosa.
b) o pranto originado pela piedade diante do sofrimento 
alheio.
c) as lágrimas como forma de purgação de sensações 
deprimentes.
d) o choro como forma de autocompaixão e de expressão 
de raiva.
e) o pranto como reação humana a fenômenos de natureza 
diversa.
dE olHo no EnEM
OS NOVENTA ANOS DA SEMANA DE ARTE DE 1922
Teatro Municipal: o palco dos três dias de evento da grande semana na 
década de 20. Acervo Fundação Energia e Saneamento.
Também conhecida como Semana de 22, a Semana de 
Arte Moderna completa 90 anos no dia 13 de fevereiro. 
E, mesmo depois de nove décadas de sua realização, o evento 
que colocou a produção artística brasileira em pé de igualdade 
com a internacional ainda causa impacto.
Quando, na década de 20, artistas e intelectuais como Di 
Cavalcanti, Graça Aranha e Oswald de Andrade se organizaram 
em São Paulo para lançar um movimento que transformaria a 
maneira de fazer arte — antes muito acadêmica e elitista —, 
uma das intenções era chocar.
Durante três dias, eles ocuparam o Teatro Municipal com 
uma exposição de aproximadamente 100 obras, composições 
de Villa-Lobos e leituras de poesias e textos. Essa manifestação, 
aliás, foi a que provocou uma das maiores reações negativas 
da plateia na segunda noite de apresentação, quando foi 
lido “Os Sapos”. O poema de Manuel Bandeira satirizava o 
Parnasianismo.
“Pode-se dizer que um dos legados da Semana de 
Arte Moderna é o interesse pela experimentação. Hoje, ao 
contrário daquela época, é muito difícil surpreender, mas essa 
atitude artística de tentar algo diferente permanece”, analisa a 
historiadora da Arte e doutora pela FAU/USP MariaAlice Milliet.
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/especiais/semana-de-arte-moderna-90-anos
introdução
Olá, querido estudante,
A linguagem é, primordialmente, marcada pelo 
aspecto dialógico. A interação entre os sujeitos é o princípio 
fundador tanto da linguagem como da consciência. O sentido 
e a significação dos signos (sons, gestos, imagens, palavras e 
silêncio) estão submetidos à relação entre os sujeitos e são 
construídos na interpretação dos enunciados. Nesse sentido, “os 
falantes no diálogo se constroem e constroem juntos o texto e 
seus sentidos” (Barros apud Faraco et al., 2001, p. 31).
oBJEto do ConHECiMEnto
O texto verbal e não verbal
Amparado nessa tese, 
entende-se que se o autor/
emissor desenvolve espaços 
nos quais pode combinar um 
sistema de grafismos, sons, 
imagens, cores, movimentos e 
silêncios, oferecendo universos 
de possibilidades de redes de articulação e conexões, o 
receptor pode neles intervir, promovendo operações, como: 
transformações, associações ou re-significações, frente à 
diversidade dos códigos e dos sentidos que lhe podem ser 
atribuídos. Assim, constitui-se o processo de interação do 
homem com o mundo e com o outro.
Para que essa relação de comunicação possa ser 
eficiente, o homem recorre às Tecnologias da Informação e 
da Comunicação (TIC). E hoje, na sociedade contemporânea, 
as TCIs ampliaram ou até mesmo renovaram os processos 
tradicionais de comunicação. Estamos cercados por um 
sistema em que os meios digitais proporcionam propagação 
da informação de forma rápida, potencializando a nova era da 
comunicação e da informação, oferecendo outra perspectiva 
sobre a noção de espaço e tempo. Essa revolução acarretou 
profundas transformações nos processos de comunicação, 
produzindo um grande salto no universo da multimídia 
(sistemas de comunicação que integram diferentes veículos e 
seu potencial interativo).
O domínio desses recursos (TCIs) é imprescindível. Para 
que a inserção do indivíduo na sociedade ocorra de modo 
pleno, é necessária a apropriação de todos esses sistemas de 
linguagem com os quais convivemos diariamente (a informação, 
a propaganda, o entretenimento, a arte etc.) a fim de que 
os aplique nos diferentes contextos em que está inserido, 
promovendo diferentes interações.
Enem em fascículos 2012
5Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
As linguagens:
A linguagem humorística: tirinha, charge e 
cartum
A tirinha – A tira é uma narrativa curta, de caráter 
cômico-humorístico, composta de dois, três ou quatro 
quadrinhos ou vinhetas que empregam palavras e imagens, ou 
apenas imagens. Geralmente é descontextualizada, sem uma 
data específica. Portanto, está sempre atualizada, fato que lhe 
confere dimensão universal. O sintetismo e a instaneidade da 
comunicação que a tira transmite são elementos importantes 
no processo de interação com o leitor. 
Observe a tira de Laerte a seguir:
Nessa tira de Laerte, o humor é provocado por 
deslizamentos semânticos. Os sentidos de “afinação”, de 
“finura” e de “grosseria” se confundem e se fundem no 
processo semântico marcado pela polissemia. No primeiro 
quadro da tira, a expressão “afinador de pianos” está 
articulada ao diapasão, instrumento que auxilia na afinação 
de instrumentos e vozes, portanto relacionada à música. No 
segundo quadro, o termo “finura” relaciona-se à redução do 
espaço. Assim, “afinação” desliza para “finura”, opondo-se 
ao campo semântico de “grossura”. No terceiro quadro, ao 
observarmos o piano partido sobre a cabeça do personagem, 
o deslizamento semântico se completa: o termo “grosso” é 
compreendido como oposto à “finura”, “delicadeza”. Nesse 
sentido, o humor é resultado desse jogo semântico entre as 
palavras.
A charge – A charge é um desenho humorístico, com ou sem 
legenda ou balão, geralmente tendo como veículo de divulgação 
os meios de comunicação. Sua característica fundamental é 
a exploração de um fato do cotidiano, um acontecimento 
atual, comportando crítica, humor, ironia, focalizado por meio 
da caricatura. Segundo o Dicionário Aurélio, a charge é a 
“representação pictória, de caráter burlesco e caricatural, em 
que se satiriza um fato específico, em geral de caráter político 
e que é do conhecimento público.” Vale ressaltar que a charge 
é um todo orgânico, daí não apresenta um desenvolvimento 
sequencial, comum às tirinhas.
Observe a charge a seguir:
http://www.chargeonline.com.br/
A compreensão da charge exige do interlocutor um 
determinado conhecimento de mundo, fato que lhe permite a 
decifração do código. A contextualização, portanto, é um fator 
preponderante para o processo de interação entre o texto e o 
leitor, visto que esse tipo de texto é por excelência uma releitura 
satírica, crítica de fatos do cotidiano, identificados no tempo 
e no espaço, conforme se observa no texto sugerido. Uma 
estratégia utilizada pelo chargista assenta-se na comparação 
entre os aparelhos utilizados no processo de comunicação 
através dos tempos, revelando que as tecnologias e os recursos 
evoluíram muito, no entanto a rede continua bastante atrasada.
1 – o código linguístico – palavras, sinais gráficos, onomatopeias, 
grafemas (símbolos gráficos: ponto de interrogação, ponto 
de exclamação) etc.
2 – o código iconográfico ( do grego eikon, imagem) – desenhos, 
sinais gráficos, formas etc.
O cartum – É uma espécie da piada gráfica sobre os mais 
diversos comportamentos humanos. De modo geral, explora 
situações atemporais e universais, ou seja, que poderiam ocorrer 
em qualquer lugar e em qualquer época.
Observe o cartum a seguir: 
http://mol-tagge.blogspot.com.br/
Com bom humor, o cartum explora uma situação 
atemporal e comum a muitos lugares no mundo. A exclusão, a 
pobreza é o que gera esse texto peculiar. Vale ressaltar, porém 
que o leitor, para melhor compreender o cartum, dever ativar 
seu código linguístico estabelecendo uma associação semântica 
entre o texto verbal e o não verbal.
Cartum X Charge
 O cartum, assim como a charge, é uma piada gráfica. 
O que diferencia uma arte da outra é que a charge está presa 
a acontecimentos mais recentes, portanto mais próxima 
do jornalismo e, de certa forma, a ele atrelada. O cartum é 
atemporal, seu tema é universal, compreendido por todos, 
independente de tempo e lugar.
 O cartum. Em qualquer momento que você veja uma piada 
gráfica e compreenda o sentido de seu humor, mesmo que 
criada há vários anos, você está diante de um cartum.
http://mol-tagge.blogspot.com.br
Enem em fascículos 2012
6 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Nível de dificuldade. O nível de dificuldade na arte do cartum 
é bem maior que no da charge, uma dificuldade que vem 
das características próprias do humor. Assim, por sua própria 
natureza o cartum é mais sutil, está mais ligado ao humor que 
atinge a sensibilidade mais fina das pessoas.
Observe a charge:
QUEREMOS
NOSSAS EMENDAS
!!
DEPOIS DOS CORTES
QUEREMOS
NOSSAS EMENDAS
!!
QUEREMOS
NOSSAS EMENDAS
!!
http://www.chargeonline.com.br/
QuEStão CoMEntada
Compreendendo a Habilidade
– Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de 
comunicação e informação para resolver problemas sociais.
 C-1
 H-2
•	 Leia	o	texto.
As tecnologias de informação e comunicação 
(TIC) vieram aprimorar ou substituir meios tradicionais de 
comunicação e armazenamento de informações, tais como 
o rádio e a TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. 
As novas bases tecnológicas são mais poderosas e versáteis, 
introduziram fortemente a possibilidade de comunicação 
interativa e estão presentes em todos os meios produtivos 
da atualidade. As novas TIC vieram acompanhadas da 
chamada Digital Divide, Digital Gap ou Digital Exclusion, 
traduzidas para o português como Divisão Digital ou 
Exclusão Digital, sendo, às vezes,também usados os termos 
Brecha Digital ou Abismo Digital. 
 Nesse contexto, a expressão Divisão Digital refere-se a:
a) uma classificação que caracteriza cada uma das áreas nas 
quais as novas TIC podem ser aplicadas, relacionando 
os padrões de utilização e exemplificando o uso dessas 
TIC no mundo moderno.
b) uma relação das áreas ou subáreas de conhecimento 
que ainda não foram contempladas com o uso das 
novas tecnologias digitais, o que caracteriza uma brecha 
tecnológica que precisa ser minimizada.
c) uma enorme diferença de desempenho entre os 
empreendimentos que utilizam as tecnologias digitais e 
aqueles que permaneceram usando métodos e técnicas 
analógicas.
d) um aprofundamento das diferenças sociais já existentes, 
uma vez que se torna difícil a aquisição de conhecimentos 
e habilidades fundamentais pelas populações menos 
favorecidas nos novos meios produtivos.
e) uma proposta de educação para o uso de novas 
pedagogias com a finalidade de acompanhar a evolução 
das mídias e orientar a produção de material pedagógico 
com apoio de computadores e outras técnicas digitais.
Comentário
Ao analisarmos o contexto contemporâneo, constatamos 
que as tecnologias de informação estão produzindo um processo 
de exclusão que vem acentuando a exclusão social. Esse fenômeno, 
tratado no texto como Divisão Digital ou Exclusão Digital, aprofunda 
as diferenças sociais já existentes, uma vez que a aquisição dessa 
tecnologia pelas camadas mais pobres da população não é tão 
simples. Tal fato cria o analfabeto digital, resultado direto da 
exclusão digital.
Resposta correta: d
EXErCÍCioS dE FiXação
Compreendendo a Habilidade
– Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da 
comunicação e informação.
 C-9
H-28
03. Leia o texto.
luiza está no canadá
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Átila Rithiery
Luiza está no Canadá, e a Graça está aonde?
A Luiza está no Canadá, e se eu fosse ela continuava por lá.
2 hours ago
Raphael Pavan
O bom �lho à casa torna. Menos a Luiza, que está no Canadá.
Gente, só p/esclarecer...Estão falando q a Luiza está no Canadá, mas eu sou a Lu do @magazine e 
continuo aqui bem pertinho de vcs! :)
Luíza está no Canadá vira hit na web e família antecipa volta dela ao Brasil http://t.co/t4kNKBTR 
A Luiza está no Canadá, mas poderia estar no inferno né?
Correio
Deus
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MARCUS DEJEAN
2 hours ago Reply Retweet Favorite 38
782 hours ago Reply Retweet Favorite
92 hours ago Reply Retweet Favorite
22 hours ago Reply Retweet Favorite
2.22035 minutes ago Reply Retweet Favorite
http://www.techtudo.com.br
Nas duas últimas semanas, vários internautas vêm 
aderindo a uma febre que está tomando conta principalmente 
das redes sociais: menos a Luíza, que está no Canadá. Para 
você que não entendeu a brincadeira, nós vamos explicar! Tudo 
começou com um anúncio sobre o lançamento de um prédio 
residencial veiculado na Paraíba.
Na propaganda, Geraldo Rabello, pai de Luiza, fala sobre 
o empreendimento e cita que convidou toda a família para falar 
da novidade, menos Luíza, de 17 anos, que estaria no Canadá, 
fazendo intercâmbio. Bastou uma frase para que uma série de 
brincadeiras fosse gerada.
Segundo Geraldo, os produtores do comercial colocaram 
a frase porque a família Rabello é bem conhecida na Paraíba 
e as pessoas perceberiam a ausência da adolescente. Bastou 
a propaganda começar a ser veiculada, na quarta-feira 
passada (11/01), para o assunto ser o mais comentado no 
Twitter, liderando os Trending Topics do Brasil com a hashtag 
#LuizaEstanoCanada, além de diversas montagens que foram 
veiculadas no Facebook. E essa brincadeira conquistou até 
mesmo o cantor Lenine. Em seu show, realizado na última 
sexta-feira em João Pessoa, ele brincou no palco agradecendo 
ao público, menos a Luíza que está no Canadá. “Que maravilha, 
está todo mundo aqui, rapaz. Só não está a Luíza, que está lá 
no Canadá”, disse o cantor antes de começar o show. 
http://www.techtudo.com.br
Enem em fascículos 2012
7Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
 Essa febre que tomou conta da rede, extrapolando os seus 
limites, conforme se observa no texto, é um fenômeno 
denominado de:
a) meme. b) bug.
c) finger. d) cookie
e) podcast.
Compreendendo a Habilidade
– Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem 
é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos 
utilizados.
 C-7
H-23
• Examine a charge abaixo.
APARECERAM
UMAS PESSOAS
POR AQUI DIZENDO
QUE VÃO RESOLVER
DE VEZ O PROBLEMA
DA FALTA DE
ÁGUA!
AH!
ISSO SÓ QUER
DIZER QUE JÁ
COMEÇARAM AS
CAMPANHAS
POLÍTICAS!
SÓ ISSO!
ciênciaeagua.blogspot.com
04. A respeito da charge anterior, é possível afirmar que:
a) a falta de água em determinados locais é consequência 
das campanhas políticas.
b) investimentos em infraestrutura nas comunidades 
carentes são pretextos para campanhas políticas.
c) a falta de água no Nordeste é resultado exclusivo da 
falta de vontade política para solucionar o problema.
d) os cidadãos acreditam que as eleições podem resolver 
a questão da falta d’água nas comunidades.
e) a divulgação das campanhas políticas na televisão não 
tem impacto sobre os cidadãos.
dE olHo no EnEM
O YOU TUBE COMO FERRAMENTA 
DE APRENDIZAGEM
Com as rápidas transformações nos meios e nos modos 
de produção, resultado da revolução tecnológica e científica, 
a humanidade está entrando em uma nova era, a era da 
informatização. A natureza do trabalho, a relação entre as 
pessoas e entre as nações sofreram enormes transformações. 
Neste quadro, a educação não apenas tem que se adaptar às 
novas necessidades como, principalmente, tem que assumir um 
papel de ponta nesse processo.
O computador como ferramenta multimídia e poderoso 
meio de comunicação instantânea quando conectado em rede, 
oferece inúmeras formas de promover aprendizado, podendo 
ser através de pesquisa, edição de texto, jogos educacionais, 
gráficos, cálculos etc. Para cada uma, deve-se adotar ação 
pedagógica que permita ao aluno participar ativamente da 
produção do conhecimento e que promova aprendizagem 
significativa. Segundo Ausubel, há várias vantagens 
da aprendizagem significativa sobre a memorística. 
Naquela o conhecimento que se adquire é lembrado por mais 
tempo; aumenta a capacidade de aprender outros conteúdos 
de uma maneira mais fácil, mesmo se a informação original for 
esquecida, facilita a reaprendizagem (Ausubel apud Pellizari: 
2002).
Dentre as inúmeras ferramentas de aprendizagem no 
mundo virtual, merece destaque o You Tube. Esta importante 
rede social de compartilhamento de vídeos pode ser muito mais 
do que um simples passatempo. Sabendo usá-la, seja criando 
seus próprios vídeos e disponibilizando-os no canal ou apenas 
selecionando esses materiais para serem usados com recursos de 
aprendizagem –, os usuários terão ao seu alcance uma poderosa 
ferramenta de ensino-aprendizagem.
Na sociedade da informação e do conhecimento, o 
uso da tecnologia e das redes sociais na educação tornou-se 
inadiável na construção do conhecimento. Atentar para o 
grande impacto que a tecnologia pode ter na vida das pessoas é 
crucial, pois possibilita ao sujeito a aquisição do saber de modo 
lúdico, amparado na multisensorialidade que essa ferramenta 
permite.
Fonte: Intercom – SociedadeBrasileira de Estudos 
Interdisciplinares da Comunicação
XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – 
Curitiba, PR – 4 a 7 de setembro de 2009. 
introdução
Olá, querido estudante,
Trabalharemos nesta seção com algumas orientações 
para a prova de redação do Enem, disciplina muito importante 
na construção da nota final dos alunos, já que tem o mesmo 
peso que a prova de uma das Áreas do Conhecimento.
oBJEto do ConHECiMEnto
A redação no Enem
A prova de redação exige que o candidato escreva um 
texto dissertativo-argumentativo sobre um tema a partir de 
uma situação-problema de ordem política, social ou cultural. 
Normalmente, fornece-se ao candidato uma coletânea de 
textos motivadores, a fim de que ele possa construir ou orientar 
melhor seus argumentos e desenvolver eficazmente a proposta 
redacional. Por isso, não se deve ignorar tal coletânea na hora 
de selecionar ideias e informações.
Veja agora como se compõe o texto dissertativo-
argumentativo. Ele é formado por três partes fundamentais:
Introdução – 1º parágrafo
Este parágrafo deve apresentar a ideia principal (tese) 
a ser desenvolvida e defendida no texto e o problema que será 
discutido, a fim de que se apresente na conclusão uma proposta 
de solução para ele.
Enem em fascículos 2012
8 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Desenvolvimento – 2º e 3º parágrafos
Nestes parágrafos, deve o candidato empenhar-se em 
apresentar bons argumentos ou razões convincentes para 
sustentar sua opinião (tese) e convencer seu leitor/examinador 
acerca da relevância dela. É valioso realizar a análise das causas 
e consequências do problema, discutindo-as a partir de vários 
ângulos, realizando interdisciplinaridade com outras áreas do 
conhecimento, como a Política, a Filosofia, o Direito, a Sociologia 
etc. Aqui, a diversidade enriquece o texto e revela a bagagem 
cultural do examinando. É preciso ainda que o candidato revele 
um posicionamento crítico sobre a questão abordada, evitando 
raciocínios viciosos ou marcados por maniqueísmos. Para evitar 
abstrações e garantir consistência argumentativa, ele deve 
valer-se de relatos, comparações, discurso de autoridade, dados 
estatísticos, exemplos ou fatos noticiosos. Lembrar sempre: só se 
pode apontar uma solução plausível para um problema quando 
se compreende(m) bem a(s) causa(s) que o originou(aram). Daí 
a necessidade de discuti-la(s) com destreza. 
Conclusão – 4º e último parágrafo
Este parágrafo é o fecho do texto. Ele pode ser dividido 
em duas partes, que podem ser expressas em dois períodos. 
O primeiro retomará a ideia central que se vem desenvolvendo, 
mediante uma partícula conclusiva intercalada: portanto, 
em face do exposto etc. O segundo (ou outros, se forem 
necessários) é o espaço para apresentar a proposta de solução 
para o problema. Ela deve estar bem articulada à discussão 
feita ao longo do texto. Não se pode apontar uma medida 
para uma causa que não foi discutida no desenvolvimento, 
nem se pode propor medida para combater as consequências 
de um problema, porque seria paliativo. O que o Enem quer 
é solução eficaz e cidadã. Por isso, as soluções não devem ser 
unilaterais, mas interativas, contemplando a cidadania, isto é, 
envolvendo a participação da sociedade organizada, do Estado 
e/ou da iniciativa privada.
Por fim, o candidato deve fugir das soluções surradas. O 
Enem exige solução inovadora. Por isso, é valioso acrescentar algum 
estímulo à sua proposta para que se encoraje a aplicação dela. 
Dicas para se alcançar nota 1000
•	Use	linguagem	culta	formal.
•	Procure	 impessoalizar	 o	 discurso,	 evitando	 usar	 a	
primeira pessoa do singular (eu) ou do plural (nós). Não é 
proibido o seu uso, mas representa risco de subjetividade 
excessiva ou de sentimentalismo. Por isso, empregue a terceira 
pessoa: “É preciso fazer...”, “Deve-se considerar...” 
•	Evite	 referências	 diretas	 ao	 leitor,	 tais	 como:	
“A solução desse problema depende de vocês”, “Cobrem dos 
governantes...”
•	Use	 períodos	 curtos,	 que	 não	 ultrapassem	quatro	
linhas.
•	Seja	direto	na	escritura	do	seu	texto,	evitando	rodeios	
ou circunlóquios. 
•	Se	 empregar	 termos	 estrangeiros,	 como	“bullying”	
ou “site”, use aspas. Orkut, Facebook e Internet, porém, grafe 
sem aspas, mas com inicial maiúscula.
•	Não	 copie	 nem	 transcreva	 trechos	 dos	 textos	
motivadores (coletânea) para sua redação. É com as ideias desses 
trechos que você trabalhará de modo crítico, discutindo-as 
reflexivamente.
•	Dê	 um	 título	 criativo	 à	 sua	 redação.	 Embora	 seja	
opcional o título na redação do Enem, recomendamo-lo porque, 
se criativo, ele realça seu texto, podendo “conquistar” seu 
examinador.
•	Procure	 escrever	 o	 máximo	 que	 puder,	 sempre	
valorizando o conteúdo, a relevância das análises feitas e a 
qualidade dos argumentos. Textos com número de linhas escritas 
inferior a oito não serão corrigidos. 
Redação Modelo
Veja exemplo de redação nota 1000 sobre este tema: 
“A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras 
desse jogo?” (Enem 2003)
VIOLÊNCIA É CASO DE POLÍTICA
A ineficácia de políticas sociais para combater a violência 
dá a impressão de que ela é um mal irremediável no Brasil. Não é 
para menos. Onde a desigualdade e a exclusão social coexistem 
com a impunidade e a corrupção, tem-se uma mistura explosiva 
que alimenta diferentes formas de agressão. Nesse contexto, 
são constantes os conflitos que geram insegurança e medo em 
níveis alarmantes.
A desigualdade manifesta-se na falta de respeito aos 
direitos individuais e coletivos que deveriam garantir o exercício 
da cidadania e vê-se na famigerada exclusão social. Tais 
condições, somadas à carência de recursos, podem levar uma 
pessoa sem perspectivas de vida a assumir comportamentos 
agressivos e a inclinar-se para o crime na tentativa de livrar-se 
das suas privações. É um erro, porém, simplificar que a violência 
é resultante da pobreza. Afinal, ela ocorre entre pobres, ricos e 
remediados, e o que é pior, muitas vezes tem origem nos altos 
escalões dos poderes públicos, na forma do crime organizado. 
Este, sim, um verdadeiro caso de polícia.
Essa questão deveria preocupar a todos. Mas a 
sociedade brasileira tolera ainda muitas injustiças. Não é raro, na 
história do país, ficarem impunes os ditos crimes de “colarinho 
branco”. De tanto conviver com a corrupção e a impunidade 
no dia a dia, o cidadão fica tentado pela contravenção como 
estímulo para levar vantagem sobre os outros, seja numa fila, 
seja no trânsito. É assim que a violência vai se banalizando e 
nasce a indiferença pelo sofrimento alheio. É assim que se vai 
acostumando com o desvio de dinheiro público que tinha de 
ser aplicado em segurança, no treinamento das polícias, no 
combate à corrupção estimulada pela impunidade, que é um dos 
mais graves atentados contra os direitos humanos, pois impede 
a construção de uma sociedade com dignas condições de vida. 
É por isso que a violência não é só um caso de polícia, 
mas de política, porque muitas das instituições que têm o dever 
de combatê-la estão corrompidas. É evidente que não existe 
uma fórmula capaz de, por si, assegurar a convivência pacífica 
entre as pessoas. Mas é certo que com justiça eficiente contra 
a corrupção e a impunidade, com ações contra o desemprego 
e investimentos em áreas básicas, como educação e saúde, 
acontecerá a prevenção e a redução da violência e se estimulará 
a paz social.
Redação: Manual de sobrevivência para concursos e vestibulares, de 
Juarez Nogueira, editora Autêntica.
Enem em fascículos 2012
9Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores 
e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
reflita sobre a forma como os jovens estão sendo tratados na 
contemporaneidadee os reflexos dessa educação nas relações 
sociais e, em seguida, redija texto dissertativo-argumentativo 
em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema 
“Formar o caráter de um jovem não significa apenas 
colocar limites, mas, sobretudo, autorizar”, apresentando 
experiência ou proposta de ação social, que respeite os 
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma 
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu 
ponto de vista. 
Texto I
EDUCAR FRUSTRANDO?
Em 14 de novembro, na Avenida Paulista, um grupo de 
cinco jovens agrediu outros jovens sem razão aparente. Não 
se sabe se o ato foi uma expressão de raiva homofóbica ou 
apenas a estupidez habitual de um grupinho de adolescentes 
soltos pelas ruas. Em entrevistas na Folha, os pais de dois dos 
agressores se colocaram à eterna questão dos adultos quando os 
filhos aprontam além da conta: “onde foi que a gente errou?”.
Em geral, muito mais do que nos erros dos pais, a 
origem da conduta criminosa (ou simplesmente estúpida) de um 
adolescente está no grupo ao qual ele pertence ou ambiciona 
pertencer.
Mas o que me importa hoje é que os pais, ao 
interrogar-se sobre o que fizeram de errado, concluíram que 
talvez eles tivessem colocado poucos limites para os filhos. 
Os jovens teriam se extraviado porque “faltou pulso”.
Essa ideia é hoje um chavão: recusar, proibir, ou seja, 
frustrar os desejos dos jovens seria um ato formador do caráter. 
Àqueles a quem tudo seria dado não teriam noção da lei e dos 
limites; escravos de sua própria ânsia de satisfação imediata, 
eles não saberiam lidar com os contratempos da vida.
Para a psicanálise, privação e frustração não são bem 
a mesma coisa, mas, para o leigo, surge certa contradição: 
afinal, ser frustrado ou privado estraga ou forma o caráter de 
nossos rebentos?
Outra leitora, Maria Chantal Amarante, antevendo essa 
contradição, propôs uma solução: “Frustrar as necessidades 
básicas deixa feridas imensas” (e pode, portanto e por exemplo, 
levar à delinquência), mas não por isso seria menos necessário 
“frustrar os desejos e vontades ilimitados das crianças de hoje”, 
para que elas não “cresçam achando que podem tudo”. Como 
Maria Chantal, acho que muitas coisas devem ser recusadas às 
crianças — desde as que não são adaptadas à idade que elas 
têm até as que pediriam aos pais um sacrifício excessivo.
Proibir as saídas noturnas e o uso prolongado de 
computador é ótimo e necessário, mas a autoridade que forma o 
caráter de um jovem não é só a que diz não às suas vontades; é 
também a que o autoriza a dizer sim na hora daquelas escolhas 
de vida que são custosas e decisivas e diante das quais é fácil 
amarelar.
CALLIGARIS, Contardo. “Educar frustrando?” Folha de S. Paulo. 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
ilustrad/fq1612201026.htm>. Acesso em: 1o maio 2011. Adaptado.).
Texto II
“Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação 
que recebem, uma recompensa ou um castigo.”
J. Petit Senn AFORISMOS. Disponível em: <http://www.sitequente.
com/frases/educacao.html>. Acesso em: 1o jun 2011.
Texto III
‘‘...QUE APLICOU
UM SOCO NO
GOLEIRO, DIANTE
DA INDIFERENÇA
DO ÁRBITRO, QUE
NÃO MARCOU
A FALTA...‛‛
‘‘.É CADA VEZ MAIOR
O NÚMERO DE
CRIANÇAS 
ABANDONADAS
E DESNUTRIDAS.‛‛
É BOM VER QUE
VOCÊ SE PREOCUPA
COM UMA COISA
TÃO IMPORTAN-
TE, PAPAI,
TODO MUNDO
DEVIA SER 
COMO VOCÊ!
COMO ALGUÉM
PODE FICAR
IMPASSÍVEL
DIANTE DISSO?
LAVADO, Joaquín Salvador. (QUINO). Toda Mafalda. Disponível em: 
<http://programajornaleeducacao.blogspot.com/2011/03/pra-refletir.html>.
Acesso em: 1o jun. 2011.
introdução
Olá, querido estudante,
O Enem, ao incorporar, por assim dizer, a língua inglesa 
em seu certame de questões, vem ratificar o que está preceituado 
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) no que tange a 
importância do ensino de uma língua estrangeira moderna no 
currículo do Ensino Básico nacional. Sabemos que o aprendizado 
de uma língua estrangeira, sobremaneira a língua inglesa, é de 
suma importância para a vida do estudante, quer acadêmica, 
quer profissional. Em sendo assim, há de se dispensar especial 
atenção ao ensino da língua inglesa nas escolas.
Ao figurarem inseridas em uma grande área – Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias –, as Línguas Estrangeiras Modernas 
assumem a sua função intrínseca que, durante muito tempo, 
esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na 
comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de sistema 
simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como 
meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às 
diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de 
conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação 
mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida. 
Parâmetros Curriculares Nacionais 2000, p. 26.
oBJEto do ConHECiMEnto
A língua estrangeira moderna no 
Enem – LEM (Inglês)
As questões de língua inglesa figuraram pela primeira 
vez no Enem no ano de 2010.
 Percebemos claramente que o foco dado às cinco 
questões, ali abordadas, foi de caráter exclusivamente 
interpretativo. Quanto ao aspecto em questão é interessante 
darmos uma breve olhada nas palavras de Brown retiradas 
do seu livro intitulado Teaching By Principles: an interactive 
approach to language pedagogy.
Enem em fascículos 2012
10 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
A palavra escrita nos rodeia todos os dias. Confunde-nos 
e nos ilumina, nos entristece e nos diverte. Nos fere e nos cura. 
A cada instante, nós, que fazemos parte de uma sociedade 
letrada, somos dependentes de uns vinte e poucos símbolos 
estranhos, e um punhado de outros símbolos escritos que nos 
imputam significados diversos, até mesmo em questões de vida 
ou morte, em nossas vidas.
Goodman’s (1970) em apresentação de seu trabalho 
em um seminário intitulado “Um Jogo de Adivinhação 
Psicolinguístico” disse: os leitores precisam primeiro reconhecer 
uma multiplicidade de sinais linguísticos (letras, morfemas, 
sílabas, palavras, frases, sinais gramaticais, marcadores do 
discurso) e usar seu mecanismo de processamento linguístico a 
fim de impor certa medida de ordem a esses sinais. Obviamente, 
esse processo de direcionamento de informações requer um 
conhecimento sofisticado da linguagem em si. Nesse caso, o 
leitor seleciona dentre toda essa gama de informações aquelas 
que fazem algum sentido, que tenha coesão, que detenha 
“significado”. Virtualmente, toda leitura implica em risco – 
em um jogo de adivinhação, de acordo com as palavras de 
Goodman – porque os leitores precisam, através do processo 
de solução desse quebra-cabeça de palavras, processar, inferir 
significados, decidir o que reter e o que descartar, e prosseguir 
em frente.
Como o leitor constrói esses significados? Como 
decide o que reter e o que não reter? E ainda, após tomada 
a decisão, como inferir a mensagem do autor? Estes são os 
tipos de questionamentos que envolvem o que é conhecido 
como Teoria dos Esquemas, a característica pela qual um 
texto, por si só, não carrega um significado. O leitor traz 
informação, conhecimento, emoção, experiência e cultura às 
palavras escritas. Clarke e Silberstein (1977:136-137) capturam 
a essência da Teoria dos Esquemas.
Pesquisas mostram que a leitura é apenas acidentalmente 
visual. O leitor contribui com mais informações do que a página 
impressa. Isto é, os leitores entendem o que estão lendo porque 
são capazes de retirar o estímulo além da representação gráfica 
e designá-lo membro de um grupo de conceitos apropriados já 
inclusos em suas memórias,... A habilidade na leitura depende 
da interação eficiente entre o conhecimento linguístico e o 
conhecimento de mundo.
BROWN, H. Douglas. Teaching by Principles: an interactive approach 
to	language	pedagogy.	Englewood	Cliffs,	NJ:	Prentice	HallRegents,	
1994, p.283-285
QuEStão CoMEntada
Compreendendo as Habilidades
– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio 
de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e 
culturas. 
– Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e 
seu uso social.
– Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como 
representação da diversidade cultural e linguística.
 C-2
 H-6
 H-7 H-8
• Um bom exemplo do papel da Teoria dos Esquemas se 
encontra na leitura do seguinte texto anedótico a seguir. 
Text I
A	fifteen-year-old	boy	got	up	the	nerve	one	day	to	
try	out	for	the	school	chorus,	despite	the	potential	ridicule	
from his classmates. His audition time made him a good 
15 minutes late to the next class. His hall permit clutched 
nervously	in	hand,	he	nevertheless	tried	surreptitiously	to	
slip into his seat, but his entrance didn’t go unnoticed. 
“And		where	were	you?”	bellowed	the	teacher.
Caught	off	guard	by	the	sudden	attention,	a	red-
faced	Harold	 replied	meekly,	 “Oh,	 uh,	 er,	 somewhere	
between tenor and bass, sir.”
 A partir da leitura da passagem acima, podemos dizer que, 
por conta de seu nervosismo, Harold:
a) Entendeu mal a pergunta do professor, e que, por 
conseguinte, respondeu outra coisa que não fora 
perguntada por ele. 
b) Saiu-se muito mal no teste, uma vez que chegou 
atrasado 15 minutos à sala. 
c) Foi aprovado com louvor na eliminatória para participação 
no coral da escola por possuir uma voz que variava de 
tenor a baixo.
d) Ficou feliz com o resultado do teste, pois todos os seus 
colegas o apoiaram incondicionalmente, mesmo diante 
da postura hostil de seu professor.
e) Não tinha autorização para chegar atrasado à aula, por 
isso foi até a sua carteira sorrateiramente.
Comentário
Para se obter total compreensão do texto anterior, bem 
como captar, por assim dizer, o ponto chave da piada, é requerido 
do leitor que soubesse os seguintes esquemas contidos nele:
•	Quão	embaraçador	é,	para	um	jovem	adolescente	de	15	
anos, cantar em um coral;
•	Como	chegar	atrasado	a	uma	aula	é	“proibido”;
•	Quão	embaraçoso	é	ser	discriminado,	chamado	a	atenção	
em uma sala de aula;
•	Saber	alguma	coisa	sobre	música.
A estrutura formal do texto também nos revela algumas 
conexões implícitas:
•	O	teste	para	o	coral	fez	com	que	ele	se	atrasasse	para	a	
próxima aula;
•	Ele,	 na	 verdade,	 tinha	 uma	 autorização	 para	 chegar	
atrasado à aula;
•	O	professor	percebeu	quando	ele	chegou	sorrateiramente;
•	A	pergunta	do	professor	se	referia	ao	‘local’	onde	ele	
estava, e não à parte musical (entre tenor e o baixo).
Tendo em mente essas observações, podemos apontar a 
alternativa correta como sendo a a, já que o professor não se referia 
ao seu teste de voz, mas sim, a sua localidade, como se observa 
no último ponto acima.
Alguns vocabulários importantes no texto:
– got up the nerve = teve a coragem
– hall permit = autorização 
Resposta correta: a
Enem em fascículos 2012
11Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
EXErCÍCioS dE FiXação
Compreendendo as Habilidades
– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
– Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e 
seu uso social.
 C-2
 H-5
 H-7
 
• Leia.
Text II
CENTRAL BANK IN EUROPE DROPS 
LENDING RATES TO RECORD LOW
The bank cut its benchmark rate to 0,75 percent from 
1	percent,	perhaps	its	most	aggressive	move	yet	to	unblock	the	
flow of credit and prevent further decline of the euro zone crisis.
By	MELISSA	EDDY	and	JACK	EWING	9:32	AM	ET
Disponível	em:<	http://www.nytimes.com/>.	Acesso	em:	05	jul.	2012.
05. Nos últimos meses, o mundo vem sendo sacudido pela crise 
de endividamento dos países europeus que tem derrubado 
bolsas e governos. Ao ler o texto, percebemos que:
a) o Banco Central Europeu aumentou as taxas de juros 
de 0,75% para 1% a fim de coibir mais dívidas.
b) ao derrubar as taxas de juros para empréstimos, o Banco 
Central Europeu pretende impedir que o euro continue 
caindo.
c) o aumento de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros 
aumentará o crédito na comunidade europeia.
d) a Europa nunca tinha tido uma taxa de juros tão alta 
equivalente ao 1% de hoje.
e) ao subir a taxa para 1%, o Banco Central Europeu está 
promovendo tanto o crescimento do crédito quanto 
impedindo uma nova queda do mercado europeu nas 
bolsas de valores.
Compreendendo a Habilidade
– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. C-2
 H-5
• Leia.
Text III
WHERE QUEENS SLEPT (PERHAPS), 
YOU CAN, TOO
If	 you	 have	 dreamed	 of	 spending	 a	 night	 in	 an	 old	
English	 castle	with	a	 fabled	past,	 look	 to	 this	 contemporary	
house within ancient walls.
Disponível	em:<	http://www.nytimes.com/>.	Acesso	em:	05	jul.	2012.
06. A glória arquitetônica da Europa é representada por seus 
castelos magníficos. Eles são uma vista maravilhosa para as 
pessoas que estão interessadas em desvendar as histórias 
ou lendas que estes castelos carregam consigo. Ao lermos 
o anúncio acima, podemos dizer que:
a) seu título informa que a realeza mora nele.
b) é uma oportunidade única poder se hospedar no mesmo 
castelo que a rainha mora.
c) seria um sonho desfrutar do mesmo local, onde, no 
passado, rainhas dormiram. 
d) o castelo foi local de histórias de fábulas.
e) o hotel anunciado, embora construído recentemente, 
tem arquitetura medieval. 
dE olHo no EnEM
Na língua inglesa encontramos, com frequência, a 
presença do que chamamos de phrasal verbs, isto é, verbos 
que, isolados, têm um significado, e ao se unir com outra palavra 
– preposição, advérbio ou uma palavra de classe gramatical 
diferente, mudam o seu significado, não podendo ser traduzido 
ao pé da letra. 
Vejamos alguns exemplos retirados dos textos que 
acabamos de considerar.
Texto I (Questão Comentada)
•	got	up	the	nerve	=	ter	coragem
•	try	out	=	submeter	a	teste	ou	experiência
•	Caught	off	guard	=	pego	desprevenido	
Texto IV (Exercícios Propostos)
•	ripped	us	off	(rip	sb	off=colloquial)	=	explorar	alguém;	
cobrar uma fortuna de alguém
Texto V (Exercícios Propostos)
•	is	up		/		is	down	=	estar	em	alta;	estar	em	baixa
introdução
Muchachos e muchachas, não podemos esquecer que há 
língua estrangeira no ENEM. São cinco questões preciosas que 
podem fazer diferença. Para tanto, os candidatos devem estar 
atentos ao estilo da prova e seu conteúdo. O conselho é simples: 
ler muito material de assuntos da atualidade na língua que você 
escolheu para prestar o exame.
O Enem é totalmente diferente do vestibular. Enquanto, 
este último valoriza muito o conteúdo e, na maioria das 
vezes, priorizando “pegadinhas” do assunto em detrimento 
do conhecimento geral, o primeiro leva em consideração 
a compreensão da realidade atual através de resolução de 
situações-problema. Não descarta a necessidade do saber o 
conteúdo, mas exige que este seja aplicado de forma a “fazer 
sentido” e, com frequência, o que se pede pode ser deduzido de 
acordo com sua capacidade de interpretar os textos.
Não está só em questão as fórmulas, mas sua competência 
durante toda a sua vida escolar. Contudo, não fique preocupado 
com o excesso de assunto, é um teste de reconhecimento, ou seja, 
o que você estudou e não lembra, as próprias questões e textos, 
por inferência, tornam possíveis a compreensão e resolução das 
perguntas oferecidas.
Enem em fascículos 2012
12 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Então se você não estudar, passa sem nenhum problema? 
Não é bem assim! O que eu quero dizer é que se você foi um 
aluno regular (entenda: fez o básico) e até um gênio, o que vai 
contar é o que você aprendeu e, agora, vai pôr tudo isso sob 
avaliação. É, sim, necessário, saber o conteúdo, mas não é um 
teste de “detalhes”como o vestibular.
Quanto	 à	 prova	 de	 língua	 estrangeira,	 o	 foco	 será	 a	
interpretação de texto. Sendo assim, o que vai ser essencial 
é o domínio de vocabulário. Não há necessidade de saber 
a gramática de cor. Os textos, com certeza, trarão temas da 
atualidade, o que pode ser de grande ajuda se você estiver 
“atualizado” nos assuntos discutidos na mídia recentemente.
oBJEto do ConHECiMEnto
A língua estrangeira moderna no 
Enem – LEM (Espanhol)
Compreendendo o texto
É necessário compreender o texto de modo integral.
É muito importante que consideremos as ideias que 
o autor planteia, em relação com as demais ideias. Não é 
correto isolar uma ideia e interpretá-la fora do contexto, pois 
nos expomos a deixar de captar ou captar mal a mensagem do 
autor. Por exemplo, si lemos em um parágrafo a expressão: faz 
muito frio, isso não implica necessariamente que se trate da 
baixa temperatura; pode ser que no parágrafo precedente tenha 
dito que certos personagens se achavam numa praia tropical 
onde se dá a chegada de uma pessoa muito agasalhada: neste 
caso, a expressão assinalada não passaria de ser uma ironia. É 
possível também que dita expressão possa assinalar um ponto 
de comparação com respeito ao calor que fez um dia anterior; 
ou pode tratar-se de uma referência metafórica, se se fala de 
uma praia deserta onde não haja gente nem casais; ou talvez 
referir-se a um desencontro amoroso. Os possíveis significados 
da frase são múltiplos e sua interpretação se deve dar em função 
a cada contexto ou circunstância. Por isso, a leitura de frases 
interdependentes está limitada pela mesma interdependência, 
pelo pensamento do autor, e assim realizar uma interpretação 
acertada do texto sem recortar seu alcance nem desbordar 
seus limites.
Texto I
TAMBIÉN HAY QUE ECHARLE OVARIOS
Mineras y mujeres de mineros se vuelcan 
en la movilización del carbón
Dos mujeres se abrazan a la salida de la última etapa 
de la marcha. (Juan Medina – Reuters)
Se besan como si llevaran años sin verse. Yoli Lafuente, 
un ama de casa asturiana de 30 años, se reencontró el martes 
con su marido tras 19 días separados por la participación de 
este en la marcha negra. Años no, pero “un par de meses” sí 
que le han parecido, explica emocionada. Ha sido duro tenerlo 
lejos, preocupada por qué podría pasarle, pero sobre todo por 
las	preguntas	de	su	hija	mayor,	de	cuatro	años	(tiene	otro	de	
10 meses): “Sólo me pedía que le pusiera la tele a ver si salía”.
Ella ha permanecido en su pueblo, Cerredo (Asturias), 
participando en las movilizaciones organizadas por las mujeres 
del	carbón.	Aunque	la	mayoría	de	los	trabajadores	de	la	mina	
son hombres, el lado femenino tiene mucho peso en esta 
protesta.	“También	hay	que	echarle	ovarios”,	opina	una	minera	
en alusión a uno de los lemas, que suele elogiar “los huevos” 
de quienes trabajan en este sector.
“No	somos	una	plataforma	con	nombre	y	eso,	somos	
esposas de mineros que hemos organizado actividades para 
apoyarles”,	 explican	Almudena	Ancares	 y	 Pepa	 López,	otras	
dos amas de casa en torno a la treintena del mismo pueblo que 
Yoli.	Cogieron	el	autobús	el	martes	al	mediodía	y	por	la	noche	
participaron en la marcha por la capital. También planean estar 
en la manifestación del miércoles. Antes han hecho marchas en 
el	pueblo	y	han	organizado	actividades	para	recaudar	dinero	
para la causa. “También hemos contactado con mujeres de 
otras	cuencas,	sobre	todo	a	través	de	Facebook,	y	hemos	hecho	
algunas cosas juntas, como la visita al Senado (del 17 de junio)”.
Otras compañeras participan en el movimiento desde 
dentro. Es el caso de Shaila Hidalgo, maquinista de extracción 
en el Pozo María Luisa, que iba en la cabecera de la marcha 
nocturna.	Tiene	32	años,	lleva	ocho	en	la	mina	y	es	una	de	las	
cuatro mineras de la columna norte de la marcha negra. “Ha 
sido una experiencia inolvidable, ahora sólo falta que sirva 
para algo”.
Marta Fernández Maeso Madrid 11 jul 2012 El País - 12.07.2012.
QuEStão CoMEntada
Compreendendo a Habilidade
– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
 C-2
 H-5
•	 A	 expressão:	 “También	 hay	 que	 echarle	 ovarios”,	 está	
melhor explicada no seguinte fragmento retirado do texto.
a)	 “No	somos	una	plataforma	con	nombre	y	eso,	somos	
esposas de mineros que hemos organizado actividades 
para	apoyarles”.
b) “Se besan como si llevaran años sin verse.”.
c) “Ha sido duro tenerlo lejos, preocupada por qué podría 
pasarle,”.
d) “Otras dos amas de casa en torno a la treintena del 
mismo pueblo”.
e)	 “Cogieron	el	 autobús	el	martes	al	mediodía	 y	por	 la	
noche participaron en la marcha por la capital”.
Comentário
O verbo ECHAR (tr. Hacer que algo vaya a parar a alguna 
parte, dándole impulso. Echar mercancías al mar; Echar basura a 
la calle.), forma a expressão idiomática “echarle los ovarios”. Tal 
expressão tem o mesmo significado que elogiar, enaltecer, até os 
ovários de quem participa da luta em favor dos mineiros.
Resposta correta: a
Enem em fascículos 2012
13Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
EXErCÍCioS dE FiXação
Compreendendo a Habilidade
– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. C-2
 H-5
07. Na expressão: “Yoli Lafuente, un ama de casa asturiana de 
30 años”, podemos entender que:
a) trata-se de uma dona de casa australiana.
b) trata-se de uma empregada doméstica de Asturias.
c) trata-se de uma governanta de Austria.
d) trata-se de uma dona de casa de Asturias.
e) trata-se de uma secretária do lar de Austria.
Compreendendo a Habilidade
– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio 
de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e 
culturas.
 C-2
 H-6
08. Podemos compreender pelo texto em análise, que:
a) a luta das mulheres que trabalham na mineração tem 
causado mudanças sociais na região.
b) a militância política das mulheres mineiras lhes tem 
afastado de seus maridos.
c) a luta dos mineiros por melhores condições de vida tem 
causado o distanciamento de suas famílias.
d) mineiras e mulheres de mineiros se unem na mobilização 
em prol daqueles que trabalham no setor da mineração.
e) mulheres realizam atividades para levantar recursos 
que possam melhorar a vida dos mineiros da região de 
Cerredo.
dE olHo no EnEM
CONECTORES
 Os conectores mais usados em Espanhol são:
1. Y/E =	lembrem-se	que	antes	de	palavras	que	começam	
por I ou HI usa-se o conector E.
2. As conjunções adversativas pero, sino, sin embargo:
 O sin embargo (contudo, entretanto, no entanto), 
geralmente, vai separado por pausas do resto da frase.
 O sino (senão, mas sim, mas) anula a informação anterior 
com uma nova informação.
3. As conjunções concessivas aunque, incluso, aun:
	 aunque	=	se	bem	que	/	ainda	que	/	mesmo	que/	posto	
que / embora.
	 aun	=	ainda	/	todavia.
	 incluso	=	inclusive	/	mesmo;
4. Os conectores argumentativos e discursivos:
a) em textos de opinião: en primer lugar / por otro lado / 
por otra parte / por su lado / por su parte / por un lado/ 
por una parte / además / de hecho / en resumem / en/ 
definitiva / total que.
b) em relatos: cuando / mientras / en cuanto / enseguida / 
justo / inmediatamente / después / luego / al cabo de / 
un rato / un rato / un tiempo después / todavía / por fin / 
finalmente.
5. mientras	=	enquanto	/	expressa	simultaneidade.
 en cuanto	=	assim	que	/	imediatamente	depois	de.
 todavía	=	ainda.
 no? sino que	 =	 a	 segunda	 informação	 anula	 a	
informação anterior.
 no solo ... sino que	=	a	segunda	informação	anula	a	
informação anterior.
 de hecho	=	de	fato.
 luego	=	depois.
6. Para falar de uma realidade que se opõe ao que foi dito 
anteriormente usa-se por el contrario / en cambio / 
por su parte / no obstante / sin embargo.
EXErCÍCioS ProPoStoS
Compreendendoa Habilidade
– Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para 
o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, 
comoção, chantagem, entre outas.
 C-7
H-24
• Texto para a questão 01.
Carlos Drummond de Andrade
PRECE DO BRASILEIRO
Meu Deus,
só me lembro de vós para pedir,
mas de qualquer modo sempre é uma lembrança.
Desculpai vosso filho, que se veste
de humildade e esperança
e vos suplica: Olhai para o Nordeste
onde há fome, Senhor, e desespero
rodando nas estradas
entre esqueletos de animais.
Em Iguatu, Parambu, Baturité,
Tauá
(vogais tão fortes não chegam até vós?)
vede as espectrais
procissões de braços estendidos,
assaltos, sobressaltos, armazéns
arrombados e — o que é pior — não tinham nada.
Fazei, Senhor, chover a chuva boa,
aquela que, florindo e reflorindo, soa
qual cantata de Bach em vossa glória
e dá vida ao boi, ao bode, à erva seca,
ao pobre sertanejo destruído
no que tem de mais doce e mais cruel:
a terra estorricada sempre amada.
ANDRADE. Carlos Drummond de. Prece do brasileiro. Disponível em: 
<http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema064.htm>. 
Acesso em: 30 maio 2011.
Enem em fascículos 2012
14 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
01. Nos versos drummondianos, o sujeito poético:
a) expressa-se em um tom individualista, à medida que 
pede em nome de projetos pessoais.
b) dialoga com Deus, na condição de homem nordestino, 
privado de todos os direitos básicos.
c) denuncia a desigualdade social alicerçada na política 
injusta dos governantes, que sempre estão no poder.
d) exterioriza seu sentimento de angústia e sofrimento por 
causa do abandono divino diante das injustiças sociais.
e) ironiza, na condição de ser humano, seu contato com 
Deus tão somente em momentos de necessidade.
Compreendendo a Habilidade
– Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem 
é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos 
utilizados.
 C-7
H-23
• Texto e imagem para a questão 02. 
 I. 
Olho o olho do outro,
penso o que ele pensa.
Voltar a mim é a minha
diferença.
ANTUNES, Arnaldo. Psia. 5. ed. São Paulo. 
Iluminuras, 2001, p. 2.
 II. 
DALÍ, Salvador. Retrato de Gala. 1 original de arte, óleo sobre tela.
In: HARRIS, Nathanael. Vida e obra de Dalí. Tradução Valeta
M. Rodrigues. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. Tradução de: 
The life and works of Dalí.
02. O texto e a imagem:
a) apresentam diferentes linguagens para tratar da solidão 
humana.
b) revelam a alienação como mecanismo de escape das 
dores existenciais.
c) evidenciam o direcionamento do olhar para os conflitos 
do homem com a vida.
d) sugerem a postura individualista do ser humano que o 
impede de dialogar com o outro.
e) contrastam a abordagem do relacionamento existencial 
do homem com a realidade circundante.
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos 
linguísticos.
 C-7
H-22
• Leia os textos I e II para responder à questão 03.
Texto I
O SOL
Ei dor...eu não te escuto mais, 
Você, não me leva a nada. 
Ei medo...eu não te escuto mais, 
Você, não me leva a nada. 
E se quiser saber pra onde eu vou, 
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou 
É pra lá que eu vou... 
Ei dor...eu não te escuto mais 
Você não me leva a nada 
Ei medo...eu não te escuto mais 
Você não me leva a nada 
E se quiser saber pra onde eu vou 
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou 
É pra lá que eu vou... 
E se quiser saber pra onde eu vou 
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou 
É pra lá que eu vou... 
 Jota Quest.
Texto II
DIAS MELHORES 
Vivemos esperando dias melhores 
Dias de Paz 
Dias a Mais 
Dias que não deixaremos para trás 
Vivemos esperando 
O dia em que seremos melhores 
Melhores no Amor 
Melhores na Dor 
Melhores em Tudo 
Vivemos esperando 
O dia em que seremos 
para sempre 
Vivemos esperando 
Dias Melhores pra sempre 
Dias Melhores pra sempre... 
 Jota Quest.
Enem em fascículos 2012
15Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
03. O texto I difere do texto II na: 
a) constatação de que a dor e o medo não podem ser 
superados. 
b) exaltação da dor e do medo como parte da vida. 
c) expressão de esperança de dias melhores. 
d) rejeição da aceitação passiva da dor e do medo. 
e) assimilação da dor e do medo.
Compreendendo a Habilidade
– Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não 
verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos 
e hábitos.
 C-7
H-21
• Leia a tirinha a seguir. 
Olha, a
matemática
não é
ciência. É
religião...
Este livro todo está
cheio de coisas que
dependem de
fé!
E agora,
Calvin?
Descobri que
sou ateu em
matemática!
Claro. Veja as contas.
Você tem 2 números e de
repente eles viram um só!
É milagre, não dá pra
explicar. Ou você
acredita nisso ou não...
Religião?
Calvim – humor matemático disponível em: http://
catiaosorio.wordpress.com/
04. A tirinha é uma narrativa curta, de caráter cômico-
humorístico, composta, geralmente de três ou quatro 
quadrinhos ou vinhetas. Normalmente é descontextualizada, 
sem uma datação, portanto será quase sempre atualizada. 
Considerando a leitura do texto, é possível inferir que o 
humor reside:
a) no nível gramatical em razão da quebra do raciocínio 
sintático, produzindo um efeito inusitado.
b) na quebra da expectativa do leitor, gerando um efeito 
inesperado.
c) na ambiguidade do termo fé, compreendido 
polissemicamente como crença e racionalismo.
d) na relativização dos conceitos sobre Matemática e 
religião, compreendidas como fenômenos diferentes e 
iguais ao mesmo tempo.
e) na transposição semântica do termo “ateu”, assumindo 
valor conotativo.
Compreendendo a Habilidade
– Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não 
verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos 
e hábitos.
 C-7
H-21
05. Utilize a campanha educativa abaixo para responder à 
questão.
ttp://media3.adiforum.com/zrlf58670C/F/FN/FNSA_01140/
FNSA_01140_6684355W.jpg
 Com relação ao texto, assinale o item correto.
a) A imagem da gota de água que sai da torneira reforça 
a mensagem contida no slogan.
b) De acordo com a norma culta, o verbo “aproveitar” 
deveria ser substituído por “aproveite”.
c) A expressão “lavar as mãos” pode ser interpretada no 
sentido conotativo e denotativo.
d) O verbo “ter”, no segundo período, no sentido de 
“haver”, é típico da linguagem coloquial.
e) Em “abandono da Mata Atlântica” há uma ambiguidade 
decorrente do emprego da expressão preposicionada.
Compreendendo a Habilidade
– Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não 
verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos 
e hábitos.
 C-7
H-21
06. Observe o texto a seguir.
O humor do texto parte do princípio:
a) da ressignificação que o segmento “Assistência funeral” 
produz em relação ao segmento anterior.
b) a ambiguidade do termo reclamar, produzindo um efeito 
semântico denotativo.
c) da incongruência entre a linguagem verbal e não verbal 
na construção do sentido.
d) do sentido literal proposto no segmento “Nossos clientes 
nunca voltaram para reclamar”.
e) da polissemia do termo “nunca”.
Enem em fascículos 2012
16 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Compreendendo as Habilidades
– Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio 
de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e 
culturas.
– Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e 
seu uso social.
 C-2
 H-6
 H-7
 H-5
TextIV
A TABLET TO RIVAL THE LEADER
You	 can	 love	Apple	or	 you	 can	hate	Apple,	 but	one	
thing’s	for	sure:	its	favorite	game	is	Lead	the	Industry.	And	the	
industry’s	favorite	game	is	Follow	the	Leader.
Steve	Jobs	hated	the	mimicry.	Google’s	Android	software	
“ripped off the iPhone, wholesale ripped us off,” he told his 
biographer,	Walter	 Isaacson.	“I’m	going	 to	destroy	Android,	
because it’s a stolen product.”
Disponível	em:<	http://www.nytimes.com
Acesso em: 05 jul. 2012. [Adaptado]
07. Após a leitura do texto podemos inferir que:
a) Steve Jobs copiou a tecnologia androide quando 
desenvolveu o iPhone.
b) A Apple odeia vendas no atacado.
c) A Apple imitou a tecnologia Androide e foi severamente 
criticada pelo Steve Jobs.
d)	As	expressões	no	primeiro	parágrafo	“Lead	the	Industry”	
e “Follow the Leader” referem-se ambas à Apple.
e) A indústria ama a Apple, mas o Steve Jobs a odiava.
Compreendendo as Habilidades
– Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio 
de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e 
culturas.
– Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e 
seu uso social.
– Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como 
representação da diversidade cultural e linguística.
 C-2
 H-7
 H-8
 H-6
Text V
CANADIANS TACKLE BAD EATING HABITS
Investigation	shows	gap	between	perception,	reality
Research shows Canadians are consuming the 
caloric	equivalent	of	one	extra	meal	per	day	
compared	to	30	years	ago.
An average Canadian adult consumed 2,358 calories 
per	day	in	2009,	down	155	calories	per	day	from	the	waistline-
stretching	days	of	2001,	according	to	a	report	from	Statistics	
Canada.
The	 food	 statistics	 report	 supports	 key	 findings	 in	 a	
CBC	News/Leger	Marketing	survey	that	suggests	Canadians	are	
eating	better.	The	Statistics	Canada	report	says	the	intake	of	
fresh fruit and vegetables is up and consumption of red meat, 
which	can	be	too	fatty,	is	down.
The	CBC	News/Leger	 survey	 suggests	Canadians	 are	
getting	a	clear	message	about	healthy	diets.
Fifty-four	per	cent	of	adults	surveyed	believe	they	should	
be consuming five or more servings of fresh fruit or vegetables 
per	day.	
However,	few	in	the	survey	actually	hit	that	target.
Adults	said	they	consume	an	average	of	3.8	servings	
per	day.
When	CBC	News	went	into	one	Toronto	family’s	home	
and	kept	a	close	watch	on	what	was	actually	consumed,	the	
discrepancy	between	what	people	believe	to	be	healthy	eating	
and	the	reality	of	what	they	consume	became	glaring.
Disponível	em:<	http://www.cbc.ca/m/touch/news/story/2010/12/31/con-live-
right-now-portions.html>. Acesso em: 05 jul. 2012. [adaptado] 
08. Percebemos, pela leitura do texto acima, que os canadenses:
a) não consomem muita caloria. 
b) não têm noção do quanto calóricos e pouco saudáveis 
são, de fato, os alimentos que ingerem. 
c) são muito equilibrados nas suas dietas.
d) estão se tornando o povo mais magro do mundo.
e) gozam de uma saúde invejável. 
Compreendendo a Habilidade
– Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e 
seu uso social.
 C-2
 H-7
• Texto para a questão 09. 
Varios de los mineros a la llegada a la Puerta del Sol, 
tras	más	de	veinte	días	de	marcha	gritan	y	cantan
 junto a miles de compañeros.
 Emilio Morenatti (AP)
Vanesa	Fernández,	de	27	años	y	de	Brugos	de	Fener	
(León), ha seguido gran parte de la misma marcha, pero de 
una forma especial. Embarazada de siete meses, a los pocos 
días de que partiera su marido, uno de los 160 mineros de la 
columna norte, decidió seguirle en furgoneta. “Al principio iba 
Enem em fascículos 2012
17Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
a	verle,	pero	cuando	ya	estaba	 lejos,	decidí	quedarme”.	“La	
gente	me	dice	que	si	estoy	loca,	pero	yo	quería	estar	con	él,	
apoyándole	cerca.	Y	mientras	mi	hija,	que	es	lo	primero,	esté	
bien, aquí estaremos”, comenta augurando que su pequeña 
le saldrá reivindicativa.
Son ejemplos que han “tirado de ovarios”, como 
reivindica Verónica, otra minera de Lugones, también en 
Asturias. A sus 31 años, lleva cinco trabajando en la mina de 
Sotón en el arranque, es decir, paleando en una máquina que 
arrastra el carbón para fuera. Participante en las protestas de 
su zona, llegó a Madrid para arropar a sus compañeros en 
la	culminación	de	su	marcha	y	estar	en	 la	manifestación	del	
miércoles. ¿Fin del camino? “No sabemos qué va a pasar, 
tenemos ganas de que esto se arregle, pero ahora no somos ni 
optimistas ni pesimistas. Simplemente, estamos en la lucha”.
“El País - 12.07.2012”.
09. No fragmento: “Y mientras mi hija, que es lo primero, 
esté bien, aquí estaremos”, comenta augurando que su 
pequeña le saldrá reivindicativa.”, podemos perceber a 
clara intensão de:
a) participar da manifestação em prol dos mineiros, mesmo 
tendo uma filha recém-nascida.
b) ter sua filha, vivendo apenas seu primeiro ano de vida, 
ao seu lado na manifestação.
c) estar nos protestos, mesmo grávida, pois deseja que sua 
filha lhe saia reivindicativa.
d) enquanto sua filha estiver bem, estará reivindicativa.
e) enquanto sua filha estiver bem, participarão da 
manifestação.
Compreendendo a Habilidade
– Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como 
representação da diversidade cultural e linguística.
 C-2
 H-8
• Texto para a questão 10. 
Viñeta	de	Erlich	del	jueves	17	de	mayo,	El País.
10. A figura acima reflete:
a) A dificuldade de colocar alimentos na mesa de muitos 
espanhóis.
b) A participação das mulheres espanholas que, assim 
como as argentinas, se manifestam em prol de melhores 
condições relacionadas ao trabalho.
c) A força da mulher argentina nas manifestações públicas.
d) O poder de convencimento da mulher.
e) O direito das donas de casa de participar de manifestações 
políticas em favor de melhores benefícios de sua 
categoria.
GABARITOS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01 02 03 04 05
e e d e e
06 07 08 09 10
a d b c b
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01 02 03 04 05 06 07 08
c e a b b c d d
Diretor-Superintendente: Tales de Sá Cavalcante 
Diretora Pedagógica: Hilda Prisco
Diretora	Controller:	Dayse	Tavares
Supervisão Pedagógica: Marcelo Pena
Gerente do FBEscolas: Fernanda Denardin
Gerente Gráfico: Andréa Menescal
Coordenador Gráfico: Sebastião Pereira
Projeto Gráfico: Joel Rodrigues e Franklin Biovanni
Editoração Eletrônica: Vicentina Maria
Ilustrações: João Lima
Revisão: Rosemeire Melo / Tesoro Hinojosa / Maria Sárvia
OSG.: 6167312
Expediente
anotaçõES

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