Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * DOENÇAS OBSTRUTIVAS * DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA A DPOC se caracteriza pela obstrução ou limitação crônica do fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à partículas ou gases nocivos. As alterações não se restringem ao trato respiratório, podendo ocorrer também efeitos sistêmicos adversos, como baixo índice de massa corporal, fraqueza muscular esquelética, maior prevalência de IAM, angina, osteoporose, infecções respiratórias, glaucoma, distúrbios do sono e neoplasia pulmonar. * DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Geralmente os pacientes são fumantes e apresentam em variadas proporções Enfisema Pulmonar e Bronquite Crônica. * EPIDEMIOLOGIA Problema de Saúde Pública 4% dos homens e 2% das mulheres > 45 anos. Mortalidade: 5ª causa de óbito no Brasil. Importante fonte de morbidez. 2º causa de hospitalização. * DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Enfisema Pulmonar é definido anatomicamente como um de volume permanente dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado de destruição de suas paredes. * DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Do ponto de vista anatomopatológico, podem ser distinguidos 4 tipos básicos de enfisema: Panacinar (Panlobular) - destruição do lóbulo inteiro. Centroacinar (Centrolobular) - destruição limitada à parte central do lóbulo. Paracicatricial (Irregular) Parasseptal - adjacente aos septos interlobulares. * * * DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Bronquite Crônica : manifesta-se clinicamente por tosse e expectoração na maioria dos dias, por pelo menos 3 meses consecutivos por ano, em 2 anos sucessivos. Ocorre hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas nos grandes brônquios e alterações inflamatórias crônicas nas pequenas vias aéreas. * * ETIOPATOGENIA Na DPOC, ocorre inflamação crônica das vias aéreas centrais e periféricas, do parênquima e dos vasos pulmonares em resposta à inalação de partículas e gases nocivos. Há acúmulo de macrófagos, neutrófilos e linfócitos que liberam mediadores que são capazes de lesar estruturas pulmonares e manter a inflamação neutrofílica, levando a um cíclico processo de destruição e reparação. A inflamação crônica causa remodelamento e estreitamento das pequenas vias aéreas. A destruição do parênquima pulmonar, leva à perda das conexões alveolares às pequenas vias aéreas e reduz o recolhimento elástico pulmonar. Tais alterações diminuem a habilidade das vias aéreas se manterem abertas durante a expiração. * ETIOPATOGENIA Nas vias aéreas centrais, ocorre infiltração de células inflamatórias no epitélio, hipertrofia e hiperplasia de glândulas mucosas, com hipersecreção de muco e redução no número de cílios. Nas vias aéreas periféricas ocorrem ciclos repetidos de lesão e reparo de suas paredes, promovendo remodelamento estrutural, por meio de deposição de colágeno e formação de tecido cicatricial, além de aumento da musculatura lisa, o que reduz o lúmen, levando à obstrução fixa. * DPOC: FISIOPATOLOGIA Capacidades e Mecânica Ventilatória: VEF1, CVF, VEF1/CVF e FEF25-75% estão . CPT, CRF e VR estão . A resistência das vias aéreas está . O recuo elástico está . * DPOC: FISIOPATOLOGIA Relação V/Q: O EMA está no Enfisema e o shunt está na Bronquite. A hipoxemia é mais severa na Bronquite. Ventilação colateral e vasoconstrição hipóxica são mecanismos para tentar compensar as anormalidades V/Q. A PCO2 pode ou não estar . * DPOC: FISIOPATOLOGIA Circulação Pulmonar: de pressão na artéria pulmonar devido ao na resistência vascular pulmonar. Policitemia devido à hipoxemia. do trabalho do VD leva ao Cor Pulmonale. Controle da Ventilação: O principal estímulo para da ventilação no DPOC é a hipoxemia e não a hipercapnia. * * * * * DPOC: FATORES DE RISCO Sexo Idade Fatores Socioeconômicos Tabagismo (95% das causas) Fatores Genéticos (1% - deficiência de α -1 anti-tripsina) Prematuridade Desnutrição Hiper-responsividade brônquica Infecções Respiratórias Recorrentes Poluição Atmosférica Exposição Ocupacional CARVÃO * QUADRO CLÍNICO Tosse Produção de expectoração Tiragem Intercostal Tórax em tonel Dispneia ao esforço (antecedem a limitação do fluxo aéreo por muitos anos) Em casos graves, é possível observar hipoxemia, hipercapnia, hipertensão pulmonar e cor pulmonale. * DPOC: DIAGNÓSTICO HISTÓRIA: A identificação de pacientes assintomáticos é difícil Tabagismo e Exposição Ambiental devem ser investigados Tosse e expectação crônicas são relatos frequentes. Sibilos estão no relato de 83% dos pacientes . Dispneia acontece progressivamente e é um sintoma associado ao pior prognóstico e à maior incapacidade com perda da função pulmonar. Hemoptise * DPOC: DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO: Inspeção: tórax hiperinsuflados, dispneia, TE prolongado, respiração com lábios semicerrados, uso de musculatura acessória, cianose, expansibilidade , percussão timpânica. Retenção hídrica, edema de MMII, turgência jugular, hepatomegalia são sinais de hipertensão pulmonar e cor pulmonale. AR: dos sons respiratórios, sibilos, roncos e crepitações. * DPOC: DIAGNÓSTICO Exames Complementares: RX de tórax de PA e Perfil Espirometria: VEF1, CVF e VEF1/CVF Gasometria PImáx e PEmáx Dosagem de 1- antitripsina ECG e ECO Exame de escarro * DPOC: DIAGNÓSTICO * DPOC: DIAGNÓSTICO * Diagnóstico Diferencial * * * DPOC: ESTADIAMENTO * ESPIROMETRIA ESTADIO I – doença leve, compreende a maioria dos pacientes com DPOC, pode apresentar tosse crônica e expectoração ou estar assintomático. Orientar quanto a suspensão do tabagismo ESTADIO II – doença moderada, ocorre redução da capacidade física e dispneia, podem ocorrer episódios de exacerbações. Geralmente os pacientes procuram o médico neste estágio * ESPIROMETRIA ESTADIO III – doença grave, sintomas respiratórios frequentes e severos, repercussões clínicas do DPOC com grande impacto na qualidade de vida. ESTADIO IV – doença muito grave, caracterizada por VEF1/CVF < 0,70, VEF1< 30% ou VEF1<50% e PaO2<60 mmHg com ou sem PaCO2 >50 mmHg ou sinais de cor pulmonale (estase jugular, edema de MMII). Apresenta dispneia com limitação importante das atividades diárias. * RX TÓRAX Enfisema pulmonar: destruição do parênquima hiperinsuflação pulmonar (aumento do espaço retroesternal, retificação e abaixamento das cúpulas diafragmáticas, alargamento dos espaços intercostais, redução da vascularização e hipertransparência) formação de bolhas. * ENFISEMA PULMONAR CENTROLOBULAR: enfisema central, comum no tabagista, predomina nos lobos superiores geralmente adjacente aos vasos pulmonares sem paredes definidas. * ENFISEMA PULMONAR ACINAR DISTAL: enfisema periférico, comum no tabagista, adjacente a pleura, predomina nos lobos superiores, pode ter paredes definidas e estar associado a fibrose pulmonar * ENFISEMA PULMONAR PANLOBULAR: destruição uniforme dos lóbulos pulmonares, geralmente associado a deficiência de alfa-1 antitripsina * RX TÓRAX Bronquite crônica: RX geralmente normal as vezes pode-se identificar o espessamento das paredes dos brônquicas * OUTROS EXAMES Gasometria: presença de hipoxemia (PaO2<60 mmHg) presença de hipercapnia (PaCO2>45mmHg) com ou sem aumento compensatório do bicarbonato Hemograma: presença de poliglobulina (Ht>55) avaliar possibilidade de infecção * TRATAMENTO Melhorar sintomas Prevenir a progressão da doença Aumentar a tolerância ao exercício Melhorar a qualidade de vida Prevenir e tratar as complicações Prevenir e tratar as exacerbações Reduzir a mortalidade * TRATAMENTO 1- Educar o paciente sobre a sua doença 2- Orientações quanto a cessar o tabagismo * 1- ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - perguntar sobre a história tabágica avaliar o grau de dependência e a motivação para parar aconselhar a abandonar o tabagismo preparar: orientar a marcar a data, sobre os métodos para parar de fumar, sobre as mudanças nos hábitos de vida acompanhar: acompanhamento regular a partir da data da parada TABAGISMO * 2- TRATAMENTO MEDICAMENTOSO - terapia de reposição de nicotina Bupropiona (Ziban®) Vareniclina (Champix®) antidepressivos: nortriptilina TABAGISMO * TRATAMENTO 3- TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Broncodilatadores Corticoide inalatório (não mudam o prognóstico mas melhoram os sintomas!) * TRATAMENTO 4- VACINAÇÃO Influenza (reduz mortalidade) Pneumococo (reduz incidência de pneumonia) * TRATAMENTO 5- REABILITAÇÃO PULMONAR Todos os pacientes com DPOC se beneficiam em: melhora os sintomas melhora qualidade de vida aumenta a participação nas atividades de vida diária * 6- OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR Maior 15 horas/dia aumenta a sobrevida INDICAÇÕES: PaO2 <55mmHg ou SaO2<88% com ou sem hipercapnia PaO2 entre 55 e 60 mmHg ou SaO2 de 88% se há evidência de hipertensão pulmonar, edema periférico ou poliglobulia (hematócrito > 55%) TRATAMENTO * TRATAMENTO Shaker para higiene brônquica e mobilização de secreção EPAP Melhora da relação V/Q ↑ Pa O2 ↓ shunt intrapulmonar * * COR PULMONALE Síndrome caracterizada por alterações no ventrículo direito resultante de doenças que afetam a função e/ou estrutura dos pulmões. DPOC é a principal causa de cor pulmonale. Principais sinais e sintomas: dispneia, taquicardia, hiperfonese de 2 bulha, ritmo de galope, estase jugular, hepatomegalia e edema periférico. * Hipóxia pulmonar COR PULMONALE Vasoconstrição Resistência pulmonar Hipertrofia ventrículo D * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BETHLEM, Newton. Pneumologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 957 p. il Pulmões, Doenças; Aparelho respiratório, Doenças . SILVA, Luiz Carlos Corrêa da. Compêndio de Pneumologia. 2. ed. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1997. 1.052 p Aparelho respiratório, Doenças; Pulmões, Doenças; Pulmões. * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar