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LAÉRCIO M. VALENÇA ACADEMIA DE MEDICINA DE BRASÍLIA Aumento agudo dos sintomas, diferente da variação do dia-a-dia - Tosse - Escarro - Dispneia GOLD, 2009 ¡ Idade avançada ¡ Duração da doença ¡ Internação por DPOC no último ano ¡ Tosse produtiva ¡ Antibioticoterapia ¡ Comorbidades ( doença isquêmica do coração, insuficiência cardíaca crônica, diabetes melito) ¡ Refluxo gastroesofágico VEF1 alto reduz o risco de exacerbação ¡História clínica ¡ Exame físico ¡ Radiografia de tórax ¡ Exames laboratoriais ¡Gasometria arterial ¡ Exame de escarro ¡ VEF1, PFE ¡ 50-60% das exacerbações são devidas a infecções respiratórias ¡ 10% a poluição ambiental ¡ 30% de etiologia desconhecida ou associadas a: isquemia miocárdica, insuficiência cardíaca, aspiração ou tromboembolia pulmonar ¡ Vírus podem ser detectados em um a dois terços das exacerbações usando: - cultura - sorologia - métodos de PCR ¡ Vírus mais comuns: Rinovírus, influenza, parainfluenza, coronavírus e adenovírus ¡ Inflamação das células epiteliais das vias aéreas ¡ Dano epitelial ¡ Estimulação dos receptores muscarínicos ¡ Indução de mediadores inflamatórios (citocinas, quimocinas) ¡ Eosinofilia das vias aéreas ¡ Infecções bacterianas desencadeiam de um terço a metade das exacerbações ¡ Agentes mais frequentemente isolados pela broncoscopia: - Haemophilus influenzae - Moraxella catarrhalis - Streptococcus pneumoniae - Pseudomonas aeruginosa ¡ Exacerbações associadas com aquisição de novas cepas bacterianas > maior resposta imune e resposta inflamatória ¡ Co-infecção com vírus ¡ Exame de escarro - Gram e cultura - Métodos moleculares ¡ Risco de Pseudomonas: hospitalização recente, uso de antibióticos, VEF1< 50% pred, uso esteroides sistêmicos, presença de Pseudomonas previamente ¡ Purulência do esputo ¡ 550 pacientes com exacerbação da DPOC ¡ 20% com embolia pulmonar (25% nos pacientes hospitalizados) ¡ TEP: causa, consequência ou coincidência? Modelo para avaliar probabilidade de TEP (Wells) ¡ Riscos na exacerbação de DPOC - Ataque cardíaco: aumento de 100% - AVC: aumento de 25% ¡ Infecções elevam fibrinogênio e interleucina-6 ¡ Elevação do risco de trombos e eventos cardiovasculares Donaldson GC et al. Chest 2010:137:1091 ¡ Identificação e controle da causa da exacerbação aguda ¡ Otimizar a função pulmonar administrando broncodilatadores e outros agentes farmacológicos ¡ Garantir oxigenação adequada e remoção das secreções ¡ Evitar a intubação, se possível ¡ Prevenir complicações da imobilidade, tais como TEP e inaptidão física ¡ Dar atenção às necessidades nutricionais ¡ Manter PaO2 de 60 a 70 mm Hg e SaO2 de 90 a 94% ¡ Máscaras Venturi permitem uma FIO2 mais precisa (24,28, 31, 35, 40 ou 60%) ¡ Cânula nasal a: 1 L/min 24% 2 L/min 27% 3 L/min 30% 4 L/min 33% 5 L/min 36% 6 L/min 39% ¡ Correção inadequada da hipoxemia ¡ Piora da hipercapnia e acidose respiratória ¡ Broncodilatadores de ação curta - Agonistas beta2 - Anticolinérgicos ¡ Corticosteróides ¡Antibióticos ¡ Beta agonistas de curta ação constituem a base do tratamento ¡ Nebulização x inalador dosimetrado – igualmente eficazes ¡ Salbutamol spray com espaçador: 4-8 doses cada 1 a 4 horas ¡ Nebulização com salbutamol: 2,5 mg ou 10 gotas diluidos em 3 mL cada 1 a 4 horas ¡ Doses de salbutamol de 5 mg não acarretam impacto na espirometria ou desfecho clínico (Nair S et al). ¡ Associação a beta2 agonista de curta ação produz broncodilatação maior que cada agente isoladamente ¡ Nebulização: 500 mcg (40 gotas) cada 4 horas ¡ Inalador dosimetrado com espaçador: 2 jatos de 18 mcg cada 4 horas ¡ Pacientes estudados: 271 ¡ Melhorou função pulmonar (100 mL) ¡ Reduziu fracasso do tratamento no prazo de 30 dias (23 versus 33%) ¡ Reduziu fracasso do tratamento no prazo de 90 dias (37 versus 48%) ¡ Reduziu duração da internação (8 versus 10 dias) Risco de hiperglicemia Niewoehner DE et al. N Engl J Med 1999;340:1941 ¡ Prednisona 40 a 60 mg uma vez ao dia - Doses de 30-40 mg/dia podem ser igualmente eficazes - Pico sérico uma hora após ingestão ¡ Duração do tratamento: 7 a 10 dias Corticóides inalatórios: budesonida ¡ Usada frequentemente ¡ Indicações: exacerbações mais graves - aumento da dispneia, do volume de escarro, da purulência, ventilação artificial ¡ Duração: 5 a 7 dias ¡ Escolha do medicamento Antiviral: oseltamivir em caso de influenza NÃO USAR: ¡ Substâncias muco-ativas (n-acetilcisteína) - Eficácia não demonstrada - Pode piorar broncoespasmo ¡ Teofilina/aminofilina - Não tem efeito broncodilatador aditivo a beta2 agonistas e corticosteróides - Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, tremores, palpitações, arritmias ¡ Ausência de benefícios de técnicas para aumentar eliminação de muco: - Tosse induzida -Percussão e vibração torácicas - Pressão positiva intermitente - Drenagem postural Pode provocar broncoespasmo ¡ INDICAÇÕES: - Dispnéia moderada a grave - Acidose com pH<7,35 - Hipercapnia com PaCO2>45 - FR>25 GOLD, 2009 ¡ CONTRA-INDICAÇÕES: - Estado grave - Paciente não cooperativo - Instabilidade hemodinâmica - Secreções copiosas ou muito viscosas -Situações que impeçam uso da máscara - Obesidade importante GOLD, 2009 ¡ Muitos pacientes não voltam à situação pré- exacerbação ¡ Cerca de 14% dos pacientes morrem dentro de 3 meses da admissão ¡ Pacientes com PaCO2 => 50 mm Hg: taxa de mortalidade de 33 a 43 % no período de 6 a 12 meses ¡ 43 pacientes com DPOC falecidos nas primeiras 24 horas da admissão por exacerbação da doença ¡ Causa primária de morte pela autopsia: - Insuficiência cardíaca 37% - Pneumonia 29% - TEP 22% - DPOC (insuf. resp aguda) 14% Comorbidades presentes em 77% dos casos ¡ Suspensão do fumo ¡ Reabilitação pulmonar ¡ Uso adequado das medicações e da técnica do aerossol dosimetrado ¡ Vacinação ¡ Prevenção de infecções ¡ Plano de ação para exacerbações? OBRIGADO! ¡ Resposta inadequada ao tratamento inicial ¡ Aumento marcado na dispnéia ¡ Incapacidade para se alimentar ou dormir ¡ Piora da hipoxemia ¡ Piora da hipercapnia ¡ Acidose respiratória aguda ¡ Alterações mentais ¡ Diagnóstico incerto ¡ Alto risco de comorbidades tais como pneumonia, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes melito, insuficiência renal ou hepática ¡ Vacina contra influenza anualmente ¡ Vacina com polissacarídio pneumocócico - uma vez - reforço único 5 anos depois se o paciente tem =>65 anos e tinha <65 anos quando a vacinação inicial foi feita
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