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Clínica Médica e Terapêutica de Equinos @analycemv Neonatologia equinaNeonatologia equina Área da Clínica Médica Equina dedicada ao cuidado e tratamento de potros recém-nascidos, especialmente nas primeiras horas e dias de vida, que são os mais críticos para a sobrevivência. Monitoramento da gestação → identificar precocemente problemas que possam afetar o parto e o potro Local adequado para o parto → piquetes maternidade, com: poucas irregularidades no solo, bom pasto, cercados seguros, proximidade da casa ou câmeras de segurança Nutrição e manejo sanitário adequados no pré-parto Ambiente estável → dos 60 aos 20 dias antes do parto evitar mudanças bruscas para prevenir estresse Manejo sanitário: Vacinações anuais → tétano, raiva, leptospirose Vacinação contra herpesvírus equino (5º, 7º e 9º mês de gestação) Vermifugação periódica MANEJO DA ÉGUA NO PRÉ-PARTO O reconhecimento das fases do parto ajuda a identificar o momento de intervir e permite prever possíveis complicações no neonato Distocias: Diagnóstico e intervenção rápida aumentam o prognóstico da égua e do potro Previsão do início do parto: Observação clínica Dosagem de eletrólitos no colostro Características do parto equino: Rápido, geralmente dura menos de 1 hora Avaliação pós-parto: Égua: tempo de parto, necessidade de auxílio veterinário. Potro: tempo para ficar em estação. Placenta: Deve ser eliminada até 3 horas após o parto. Retenção após esse período é considerada patológica. Avaliar a placenta para verificar alterações e se foi eliminada por completo. ACOMPANHAMENTO DO PARTO A placenta dos equinos é do tipo epiteliocorial difusa Estrutura da placenta equina: Epiteliocorial → significa que existem seis camadas de tecidos entre o sangue materno e o sangue fetal: 1.Troflobasto 2.Tecido conjuntivo fetal 3.Endotélio dos vasos fetais 4.Endométrio 5.Tecido conjuntivo materno 6.Endotélio dos vasos maternos Difusa → as vilosidades coriônicas estão distribuídas por toda a superfície da placenta, aumentando a área de troca materno-fetal Por que impede a passagem de anticorpos? Como existem muitas camadas celulares separando o sangue materno do fetal, não há passagem significativa de imunoglobulinas O potro nasce agamaglobulinêmico (sem anticorpos maternos) Por isso, a ingestão do colostro nas primeiras horas de vida é vital, pois é a única forma do neonato receber imunidade passiva SINAIS INICIAIS DO PARTO INQUIETAÇÃO POSIÇÃO DE URINAR CAUDA ELEVADA COM MOVIMENTOS VIGOROSOS POSIÇÃO DE URINAR SUDORESE EM FLANCO E TÓRAX EDEMA E ALONGAMENTO DA VULVA PLACENTA EPITELIOCORIAL CLASSIFICAÇÃO TEMPO GESTACIONAL CONDIÇÃO CLÍNICA Prematuros 351 dias Pouca gordura subcutânea Dentes erupcionados Casco seco e fissurado Podem apresentar atraso de crescimento intrauterino Avaliação imediata ao nascimento Verificar se o potro respira espontaneamente Avaliar sinais vitais: TR: 37 - 39 °C FC: 70 - 120 bpm FR: 30 - 50 mrpm TPC: 2s Mucosas: rósea Mecônio: ++borborigmos Glicemia: 100 - 150 mg/dL Observar o comportamento, interação com o ambiente, modo de andar e reflexo de sucção A classificação do neonato é essencial, sendo necessário entender os fatores neuroendócrinos que condicionam a “imaturidade neonatal”, para que seja possível realizar a análise e determinar o diagnóstico através dos sinais clínicos apresentados e a maturação final dos sistemas do feto. Os potros podem ser classificados de acordo com sua maturidade e condição clínica: CLASSIFICAÇÕES DOS NEONATOS EQUINOS CUIDADOS PRIMORDIAIS NAS PRIMEIRAS HORAS DE VIDA O destacamento ocorre por movimento da égua ou potro (precoce) Cura do umbigo - realizar higienização 2x ao dia até a queda do umbigo: Iodopovidona 5% Cautela com iodo a 10% (diluir com álcool) Clorexidine álcoolica 2% Pico de absorção em 8h Não ingestão = falha de transferência da imunidade passiva Observar ingestão Absorção: ID - pinocitose Ingestão: 300 ml hora Até 3 litros durante as 12 primeiras horas Composição do colostro Imunoglobulinas: igG, igA, IgM Proteínas: Fontes de aminoácidos que contribuem para a nutrição do potro Carboidratos (CHO): A lactose é o principal carboidrato do colostro, fornecendo energia ao potro e auxiliando na eliminação do mecônio Gordura: Fonte energética concentrada e altamente digerível Vitaminas + Eletrólitos: Necessários para o metabolismo e as funções vitais do potro nos primeiros dias de vida. Sangue da mãe (com anticorpos) Colostro CUIDADOS COM O UMBIGO INGESTÃO DO COLOSTRO Forma organizada de armazenar e conservar colostro Utilização: potros que não conseguem mamar, ingerem quantidade insuficiente ou mãe não produz colostro adequado Características principais Origem: colostro coletado de éguas saudáveis, bem nutridas, vacinadas e com histórico reprodutivo confiável. Qualidade: deve ter alta concentração de IgG (> 3.000 mg/dL), avaliada por refratômetro Brix Coleta: feita nas primeiras horas pós-parto, para garantir maior concentração de IgG) Armazenamento: Congelado em recipientes limpos Identificado com data, égua doadora e qualidade Pode ser conservado em freezer a –20 °C por até 1–2 anos Descongelamento: em banho-maria a 40 °C Importância: Permite transferência de imunidade passiva em casos de: falha de ingestão de colostro, morte da mãe, agalactia, rejeição materna, potro fraco/incapaz de mamar Reduz riscos de septicemia neonatal, principal causa de mortalidade em potros Administração: Em potros com reflexo de sucção: administrar na mamadeira Ausência de reflexo: sondagem nasoesofágica BANCO DE COLOSTRO Armazenamento Descongelamento Administração PLASMATERAPIA HIPERIMUNE Doação: plasma da mãe ou doador Descongelamento: banho maria Infusão lenta por equipo Monitorar potro: acompanhar sinais vitais Repetições: caso seja necessário, administrar do mesmo doador Choque: administrar corticoide - dexametasona Refratômetro BIX - acima de 20% Visualmente deve ser amarelado e viscoso Teste de igG no potro AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO COLOSTRO PROTOCOLO DE ADOÇÃO O protocolo de adoção de potros rejeitados ou órfãos por éguas não lactantes é um manejo delicado da neonatologia equina Seleção da égua madrinha: éguas de temperamento dócil, de meia- idade, que já tenham parido antes Avaliar saúde geral → livre de doenças infecciosas e com boas condições corporais Preparação do ambiente: local tranquilo, sem excesso de estímulos. Baia limpa, seca e segura, para evitar estresse e agressividade. Hormonioterapia: uso de ocitocina, prostaglandinas ou domperidona para estimular comportamento maternal e produção de leite. Monitoramento da aceitação: Avaliar sinais de agressividade Reforçar o vínculo com aproximações frequentes e recompensas positivas Geralmente alguns dias a maioria das éguas aceita o potro Indicações: Potros órfãos, rejeitados ou separados da mãe Potros com reflexo de sucção ausente/fraco Animais com doenças que impeçam a mamada Quando há necessidade de suplementar o leite materno. Métodos de nutrição enteral Mamadeira ou balde com bico - potro com reflexo de sucção Sonda nasogástrica Esofagostomia - suporte por longos períodos Volume e frequência Potros neonatos mamam 10% do peso corporal/dia em leite Exemplo: potro de 50 kg → 5–10 L/dia Dividir em múltiplas refeições pequenas Tipos de dieta Primeiras 12–18h de vida: obrigatório o fornecimento de colostro Após 24h: leite da própria égua ou de égua doadora Alternativa: substitutos comerciais de leite para potros NUTRIÇÃO ENTERAL Primeira evacuação deve ser em até 2h após ingestão do colostro Ingestão do colostro aumenta a motilidade do TGI > 12h sem evacuação:https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Saída de quantidade variável de sangue das narinas Unilateral ou bilateral Sinal clínico, secundário: processos traumáticos, afeção das vias aéreas superiores Causas: Lesões traumáticas Fratura de ossos nasais Sonda nasogástrica: passagem mal conduzida Fragilidade vascular: endotoxemia ou alterações de coagulação Processos de ulceração micótica: vasos sanguíneos das bolsas guturais Lesões da laringe e traqueia Associações a doenças respiratórias agudas: virais Crônicas: broncopneumonia e doença pulmonar Processos de ulcerações micóticas Lesões na laringe e traqueia Presença de lesões pulmonares Sinais clínicos: Desconforto Hiperpneia Taquicardia Diagnóstico: Levar em consideração as possibilidades etiológicas Endoscopia: Identificar o local da hemorragia Tratamento: Trauma: Conter a hemorragia Compressas frias: Sangramento oriundo da região nasal Anemia: Transfusão sanguínea Correção cirúrgica EPISTAXE https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Multifatorial: Ocasionado por o estresse da corrida Aumento da viscosidade sanguínea Alta pressão vascular Inflamação das vias aéreas posteriores HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA POR EXERCÍCIO ETIOLOGIA Presença de sangue nas vias aéreas após exercício intenso, especialmente em cavalos de corrida, que pode ou não causar epistaxe Desencadeamento do sangramento alveolar Velocidade inicial do cavalo Peso do jóquei (pessoa que monta cavalos em corridas) Temperatura e umidade ambiente ambiente Altitude da pista em relação ao nível do mar Tipo e qualidade da pista - grama, areia leve e pesada FATORES IMPORTANTES Hipertensão pulmonar Edema na parede dos alvéolos Rompimentos capilares alveolares Hemorragia intralveolar Presença de sangue nas vias respiratórias CICLO ETIOPATOGÊNICO São sinais inespecíficos, que podem refletir afecção respiratória prévia 10% dos casos - Sangramentos em graus elevados Diminuição do desempenho na corrida Dispneia Deglutição excessiva SINAIS CLÍNICOS https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Exame endoscópico - no máximo 30 a 90 minutos após a corrida Classificações: Grau 0 - Ausência de sangue visível Grau 1 - Traços de sangue na traqueia Grau 2 - Filetes de sangue na traqueia Grau 3 - Sangue na traqueia em quantidade superior sem poças Grau 4 - Presença abundante de sangue Grau 5 - Epistaxe e presença de sangue abundante na traqueia Aspirado traqueal - aspiração do fluido dos pulmões do paciente após o exercício Análise citológica: presença de sangue e hemossiderófagos, indicando a ocorrência do sangramento pulmonar. Radiografia do tórax - os achados são frequentemente inespecíficos, mostrando opacidades DIAGNÓSTICO Repouso dos animais → graus acima de 3 Terapêutica de combate a problemas pulmonares Redução de alérgenos Antibioticoterapia - sangue é um ótimo meio de cultura, combater infecções pulmonares Uso de furosemida no dia da corrida → graus acima de 3 Profilaxia: Redução de fatores que produzam inflamação das vias aéreas posteriores Poeira, pó de alfafa Profilaxia de doenças respiratórias Exercício controlado (condicionamento atlético gradualmente) TRATAMENTO https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Sinusite Primária: Ocorre após uma infeção do trato respiratório superior Sinusite Secundária: Associada a problemas subjacentes Doenças Odontológicas: A raiz dos dentes pré-molares e molares pode estar próxima ou apoiada no assoalho dos seios nasais, e uma infeção dental pode se espalhar para os seios Lesões, tumores ou outras doenças que afetam a estrutura dos seios SINUSITES ETIOLOGIA Inflamação dos seios paranasais em cavalos, frequentemente causada por infeções respiratórias ou por problemas dentários Apatia Acúmulo de pus no interior dos seios Secreção nasal unilateral Casos graves - bilateral Eventualmente: obstrução da comunicação entre o seio e a cavidade nasal Impedirá observação do fluxo nasal purulento Abaulamento dos ossos da face Destruição óssea Fistulização do processo para o exterior Sinusite crônica: raramente desenvolvem meningoencefalite purulenta SINAIS CLÍNICOS https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.google.com/search?sca_esv=acd54d7c3ce1357e&sxsrf=AE3TifPS1F-gyltJAVFTtfYH6b1einZv3w%3A1759282251308&q=Sinusite+Secund%C3%A1ria&sa=X&ved=2ahUKEwjvnJiN7YGQAxV7H7kGHWOCN64QxccNegUIggEQAQ&mstk=AUtExfCH6y6HkPOSvov2P82yBFiO-b_M1ExaFhZmgU2pElmBRT6AzpE6OunkWigAXyynEoOIGCA54A5l3tVrYU_Np1mVVg1q_-DyYMwonLNT7X1XUguPMf3R8kSG6nyDiiZWS6sTa47CT9jT5OZd0o3wOlORA1k-izqZ5txJjY7O3xfVhsJigKkIBKYiVs2QEwaXlLWQ_fN0bgs-b7WuqBVD0sp4drHe3o0IOqCm_L3X84eJMGd9CWzd4eJ4lSgCDyJOBBo2rDmREV5cWT162Bx9Y8EGGa9HbrWHb7G_btTlyg4XFQ&csui=3 Histórico e sinais clínicos Som maciço a percussão do seio Sinusites secundárias: pus de odor fétido, infecção anaeróbica, lesões dentárias, alterações os dentes da arcada superior Sinusites primárias: sinais de garrotilho, infecção s. respiratório inferior Radiografias: avaliar gravidade das lesões ósseas, localização dos dentes acometidos, extensão da infecção Cultura e antibiograma: sinusite primária Colheita da amostra por pequena trepanação Cultivos em meios anaeróbicos e aeróbicos Identificação do agente causador e antibiótico de eleição DIAGNÓSTICO Combate ao agente etiológico Drenagem do conteúdo dos seios - trepanação e lavados permanganato de potássio iodopovidona solução 1% Antibioticoterapia sistêmica Infusões nos seios - soluções de metronidazol 0,5% AINEs - aliviam sinais clínicos, facilitam a drenagem do conteúdo Envolvimento dentário - extração dos dentes comprometidos Curetagem do seio e do alvéolo correspondente Sinusites crônicas: respostas insuficientes aos tratamentos instituídos Trepanação ou osteotomia Drenagem do conteúdo Desbridamento cirúrgico TRATAMENTO https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg FENDA PALATINA SINAIS CLÍNICOS Interrupção da fusão embrionária normal das dobras palatinas Se manifestam precocemente em potros neonatos Intercomunicação da cavidade oral e nasal Corrimento nasal de leite, durante ou após mamada Tosse por aspiração Pneumonia - secundária e grave Elevação de FR, FC e TR Conjuntivas e mucosas hiperêmicas TPC: + 2s DIAGNÓSTICO Visualização da fenda palatina Inspeção da cavidade oral Endoscopia Raramente - associada a desvio do septo e de ossos pré-maxilares Minucioso exame dos pulmões - definir a terapêutica TRATAMENTO Cirúrgico - palatoplastiaa Feridas no palato mole DIfícil acesso da via oral - extensão da cavidade e pouca abertura Palatoplastia por transinfisiotomia - acesso com abertura da sínfise mentoniana e do assoalho paralingual PROGNÓSTICO Fendas pequenas - palato mole Menos de 50% recuperam se plenamente Defeitos palatinos extensos Menos de 20% - recuperam-se plenamente https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpgHEMIPLEGIA DA LARINGE (CAVALO RONCADOR) CARACTERIZAÇÃO Doença que causa paralisia parcial ou total de uma das cartilagens da laringe, mais frequentemente a esquerda, afetando a abdução (abertura) da via aérea e impedindo a passagem adequada do ar Afecção frequente em cavalos de corrida - 2 a 3 anos de idade Caracterizado pela redução da performance, intolerância ao exercício e ruído respiratório anormal Quadro clínico semelhante com as afecções da síndrome da disfunção faringiana adquirida - similaridade etiopatogênica Paralisia da laringe > consequência da axôniopatia distal do nervo laríngeo recorrente Responsável pelo estímulo necessário para a contração da musculatura intrínseca da laringe M. cricoaritenoite dorsal - abdução da cartilagem aritenoide Causa atrofia neurogênica dos músculos - parcial ou completa no lado esquerdo da laringe (95% dos casos) > alterações na movimentação (abdução e adução) na cartilagem aritenoide CAVIDADE NASAL Dividida pelo septo nasal, contém conchas nasais que aumentam a superfície de contato para aquecer, filtrar e umidificar o ar ETIOLOGIA Lesões - direita ou bilateralmente Afecção no SNC Etiologias de origem sistêmica Causas comuns: Sequelas de garrotilho: linfadenopatia ou empiema de bolsas guturais Inflamações perivasculares: região da faringe e laringe Micose das bolsas guturais Abcessos perineurais recorrentes Neoplasias do pescoço Lesões recorrentes de laringotomia Esofagostomia Cirurgias reparadoras da traqueia Envenenamentos e intoxicações Toxinas virais e bacterianas Deficiência de tiamina Lesões traumáticas neurais ou perineais Lesões inflamatórias: aplicação de drogas irritantes adjacentes ao nervo IM no pescoço, próximo a jugular IV com imperícia e inabilidade SINAIS CLÍNICOS Baixa performance Intolerância ao exercício Ruído respiratório anormal durante inspiração e expiração Mais acentuado durante inspiração e exercício Grande dificuldade respiratória progressiva ou aguda Desenvolvimento de sinais de hipóxia, hipercapnia e acidose metabólica Graus mais severos: colapso respiratório https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg DIAGNÓSTICO Apresentação clínica e exame físico: Avaliação física com animal em repouso e exercício Repouso: ruído respiratório altamente audível Exercício: intolerância ao exercício e ruído respiratório audível Cuidado: gravidade da paralisia e intensidade do exercício Hipoventilação: cianose, acidose e colapso cardiorrespiratório Pós exercício: redução gradativa do ruído e desconforto a inspiração Palpação digital: atrofia do músculo cricoaritenoideo dorsal em graus severos Exame endoscópico: Realizar em repouso, exercício e imediatamente após o exercício Avaliação dos movimentos de adução e abdução das cartilagens aritenoides bem como de sua sincronia Paralisia unilateral: evidente a assimetria da aritenoide comprometida na fase de abdução Slap test: avaliar grau de comprometimento motor da cartilagem Aplica se golpes com a mão fechada sobre o gradil costal direito e esquerdo Grau I - Abdução e adução completas e sincronizadas das cartilagens aritenoides com discreta assimetria Grau II - Movimento assimétrico evidente da cartilagem aritenoide comprometida durante todas as fases da respiração. Ocorre abdução completa ao estimular-se a deglutição ou ao realizar-se aa oclusão nasal Grau III - Movimento assimétrico da cartilagem aritenoide comprometida durante todas as fases da respiração, não se obtendo abdução completa mesmo ao estimular deglutição ou se realizar slap test TRATAMENTO Conservador: Paciente precocemente atendido Portador de garrotilho Antibioticoterapia Cirúrgico: incapaz de reparar definitivamente as funções normais da laringe Traqueostomia ou traqueotomia - emergência Cordectomia a laser ou laringotomia - grau I Ventriculotomia ou seculotomia - acima do grau I Pode associar a laringoplastia (aritenoidepexia ) Afecção relativamente frequente em cavalos de corrida Reduz performance e causa intolerância ao exercício Recorrente em animais com mais de 5 anos Etiopatogenia não se encontra totalmente esclarecida Sinais clínicos variam de acordo com tipos de manifestações e intensidade Geralmente ocorre como consequência de processos pulmonares primários: bronquite e bronquiolite Manifestações alérgicas tipo asmática: responsiva a alérgenos Alta prevalência em cavalos estabulados em baias mal ventiladas Camas de serragem Rações fareladas e fenos secos Fatores irritantes e antigênicos importante no desencadeamento DPOC - DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ETIOLOGIA Condição alérgica e inflamatória que causa a constrição das vias aéreas, dificultando a respiração do animal Viral: influenza equina Bactérias: Streptococcus, Corynebacterium, Bordetella Parasitas: Dictyocaulus, Pascaris Fungos: Aspergillus, Penicilium PATÓGENOS Dispneia e hirperpneia Pouca tolerância ao exercício Aumento da FR durante repouso: primeira manifestação clínica aparente da bronquiolite Pode apresentar secreção nasal serosa ou seromucosa Secreção seromucosa sanguinolenta - ruptura de vasos alveolares Dilatação das narinas Linha muscular de esforço respiratório - fossa paralombar para a porção crânio-ventral até o esterno Tosse curta e fraca Sibilos ao exercício Piora do quadro ao contato com alérgenos SINAIS CLÍNICOS Manifestação clínica característica Descartar possibilidade de afecção respiratória aguda Exame clínico criterioso: analisar alérgenos no ambiente Percussão do pulmão Aumento da área pulmonar com hipersonoriadade Auscutação em ambiente tranquilo Sons anormais: ruídos de muco, roncos, apitos e sibilos Auscutação com inspiração forçada Broncoscopia: visualizar lesões do órgão, colheita de secreção traqueobronquial ou bronquialveolar Hemograma Bioquímicos Hemogasometria DIAGNÓSTICO Aliviar insuficiência respiratória Combater a etiopatogenia da afecção - fatores alérgenos Crises agudas: Anti-histamínicos: prometazina Corticoide: Prednisolona Broncoespasmolíticas: clebuterol Mucolíticos: acetilcisteína Nebulização por aeromáscara TRATAMENTO https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Inflamação do parênquima pulmonar Frequentemente podem estar associadas com inflamação dos brônquios, bronquíolos e da pleura Frequentemente em potros e cavalos adultos PNEUMONIAS E PLEUROPNEUMONIA CARACTERIZAÇÃO Pneumonia é uma inflamação dos pulmões, enquanto a pleuropneumonia é uma forma mais grave que envolve tanto os pulmões quanto a pleura Estresse - transporte prolongado e inadequado Trabalho forçado em animais débeis e enfermos Exercícios extenuantes Intervenções cirúrgicas Debilidade física em geral Acidentes iatrogênicos ou não - intubação ou sonda nasogástrica Ferimentos e traumas torácicos e traqueais Introdução de corpos estranhos nos pulmões Alterações imunológicas - queda de resistência ou falha da transferência da imunidade passiva Parasitas durante ciclo pulmonar Processos virais Processos causados por fungos - menos frequentes e de extrema gravidade Podem infectar cavalos imunologicamente competentes e normais Desencadeiam quadros clínicos fuminantes Processos causados por bactérias - mais comum Streptococcus e Pasteurella CAUSAS PREDISPONENTES Tosse (seca ou produtiva) Secreção nasal mucopurulenta Hipertermia Taquipneia e dispneia Letargia, apatia, redução do apetite Sons pulmonares alterados à auscultação (crepitações, estertores, áreas de silêncio respiratório) Relutância ao movimento (dor pleural) Descarga nasal fétida (quando há necrose/infeção anaeróbica) SINAIS CLÍNICOS Exame clínico Hemograma → leucocitose com neutrofilia, fibrinogênioelevado Radiografia torácica → opacidades compatíveis com consolidação pulmonar Ultrassonografia torácica → visualiza áreas de consolidação próximas à pleura Lavado transtraqueal/broncoalveolar → coleta de secreção para citologia e cultura bacteriana Broncoscopia Toracocentese → coleta de líquido pleural para análise DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Antibioticoterapia (dependendo do agente isolado – comumente penicilina, cefalosporinas, enrofloxacina, macrolídeos em potros) AINEs → controle da febre e dor Fluidoterapia - se houver desidratação Nebulização com soluções salinas ou broncodilatadores Repouso e ambiente ventilado Toracocentese ou drenagem torácica - acúmulo de líquido Suporte nutricional, probióticos Repouso absoluto Prognóstico mais reservado, especialmente em casos avançados ou com abscessos pulmonares/pleuraisretenção do mecônio Pode ser realizado enema ELIMINAÇÃO DO MECÔNIO O acompanhamento de peso e crescimento do potro é fundamental na neonatologia equina, pois o ganho de peso é um dos principais indicadores de saúde e nutrição adequadas. A avaliação deve considerar o padrão racial Média 50kg Aumento de 1,5 kg por dia Sinais de alerta: Ganho de pesode autointoxicação Congestão de mucosas Apatia Taquicardia e taquipneia Impede a eliminação do mecônio Nasce e se alimenta normalmente até as primeiras 24h DIAGNÓSTICO Observação da ausência do orifício anal Fêmeas → fístulas reto-vaginal TRATAMENTO Exclusivamente cirúrgico Cobertura antibiótica preventiva Desconforto abdominal Autoinfecção Conjuntivas congestas TPC aumentado Taquicardia Taquipneia Retenção de mecônioRetenção de mecônio O mecônio é a primeira evacuação do potro, formado por secreções intestinais, bile, células epiteliais e líquido amniótico. Normalmente, deve ser eliminado nas primeiras horas após o nascimento. Quando isso não ocorre, há acúmulo no intestino grosso, causando desconforto abdominal. ETIOLOGIA Demora da ingestão do colostro Estreitamento da pelve nos machos Ausência do orifício anal Má formação congênita do aparelho digestivo - agenesia parcial do cólon maior e menor SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO Anamnese Sinais clínicos Exames complementares - US e RX com contraste TRATAMENTO Laxantes via sonda nasogástrica Retirada manual Enemas Cirúrgico - último recurso Manejo preventivo: administração precoce do colostro ÚRACO Estrutura fetal que conecta o ápice da bexiga ao alantóide, permitindo a drenagem da urina para dentro do líquido amniótico durante a gestação Clínico: aplicação de tintura de iodo a 2 - 5% ou nitrato de prata 1% ao redor do anel umbilical Em casos não responsivos ao tratamento convencional -> cirurgia Intervenção cirúrgica: laparotomia e laqueadura do úraco junto a vesícula urinária Persistência do úracoPersistência do úraco O mecônio é a primeira evacuação do potro, formado por secreções intestinais, bile, células epiteliais e líquido amniótico. Normalmente, deve ser eliminado nas primeiras horas após o nascimento. Quando isso não ocorre, há acúmulo no intestino grosso, causando desconforto abdominal. Após o nascimento e a ruptura do cordão umbilical, o úraco deve se obliterar e se fechar espontaneamente em poucas horas. Quando isso não ocorre, há a persistência do úraco, caracterizada por saída de urina pelo coto umbilical. Ocasionalmente a persistência regride espontaneamente 1 - 2 dias Complicações: bacteremia e poliartrite DIAGNÓSTICO Exame clínico: observação da micção e inspeção do umbigo. Ultrassonografia abdominal TRATAMENTO SEPSE Infecção sistêmica grave, resultante da invasão e multiplicação de microrganismos e suas toxinas na corrente sanguínea. Nos potros, geralmente ocorre por: Falha de transferência de imunidade passiva (FTIP). Onfalopatias Pneumonia, diarreia ou infecção entérica Contaminação durante parto distócico ou ambiente sujo Observada logo após o nascimento Septicemia Septicemia A septicemia em potros é a principal causa de mortalidade neonatal na espécie equina, sendo uma emergência clínica que exige diagnóstico rápido e tratamento agressivo. SINAIS CLÍNICOS Uveíte Hipópio Hipoglicemia Mucosa hiperêmica Cianose Taquicardia Taquipneia Depressão Letargia Revés fisiológico Diarreia Estase intestinal Refluxo COMPLICAÇÕES FREQUENTES Artrite séptica/osteomielite → claudicação, aumento articular Onfalite → secreção ou aumento do umbigo Pneumonia → tosse, dispneia Enterite/diarreia Meningite → sinais neurológicos TRATAMENTO Cuidados intensivos - ambiente controlado Controle da inflamação - corticoides Controle da infecção - antibioticoterapia Suporte hemodinâmico - fluidoterapia/plasmoterapia Intervenções imunomodeladoras Suporte respiratório - oxigenioterapia Suporte nutricional - alimentação parenteral, protetor gástrico CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO Glicemia Lactato Taquicardia Taquipneia Cultura e antibiograma Hemocultura Exame clínico + exames laboratoriais PROGNÓSTICO Reservado a grave, principalmente se diagnóstico tardio Melhora quando o tratamento é precoce, intensivo e em ambiente hospitalar PREVENÇÃO Garantir ingestão de colostro de boa qualidade nas primeiras 6 horas de vida Administrar plasma hiperimune caso ocorra FTIP Higiene adequada no parto e ambiente limpo Desinfecção e cura correta do umbigo Monitoramento de IgG sérica em potros neonatos Doenças ortopédicas do desenvolvimento Doenças ortopédicas do desenvolvimento Grupo de anormalidades ortopédicas que ocorrem em equinos jovens em fase de crescimento, atribuídas a alterações no crescimento ou desenvolvimento ósseo na placa de crescimento ANATOMIA Congênita: imaturidade esquelética, fraqueza de ligamentos colaterais, mal posicionamento uterino, falhas na ossificação Adquirida: trauma, anormalidade da ossificação das placas de crescimento, peso e tamanho, desiquilíbrio nutricional (alimentação muito rica e energia), atividade muscular excessiva ETIOLOGIA Crescimento rápido e nutrição rica em energia/proteína Desequilíbrios minerais Traumas repetitivos (superfícies duras, excesso de exercício) Genética FATORES DE RISCO Nos primeiros dias de vida é comum observar pequenas deformidades de angulação, principalmente nos carpos e boletos O potro passou meses em posição fetal comprimida, o que pode gerar desalinhamentos temporários Muitas dessas alterações se corrigem naturalmente com o crescimento e movimento moderado — por isso não se deve intervir de forma precipitada IMPORTANTE! Radiografia: projeções dorsopalmar e lateromedial Baseado nas medidas de angulação STAHAK Classificados em graus: leve, moderado e grave Teste de manipulação Retorna ao alinhamento: flacidez ou ossificação incompleta Não retorna: ossos envolvidos DIAGNÓSTICO Desvios laterais ou mediais em relação ao eixo longo do membro no plano dorsal Unilateral ou bilateral Maior ocorrência em membros torácicos DEFORMIDADES ANGULARES VALGO Desvio lateral do membro distal a localização da deformidade VARO Desvio medial do membro distal a localização da deformidade Correção da linha de crescimento → ajustar deformidade Quando realizar a cirurgia? quando o paciente não responde ao tratamento conservativo, deformidade angular grave Técnicas cirúrgicas: Aceleração do crescimento: elevação do periósteo (na face da articulação com falha de crescimento) Retardo do crescimento: ponte transfisária (na face da articulação com crescimento exacerbado) Parafuso transfisário ou grampo transfisário - fixação da articulação com crescimento exacerbado para retardo do crescimento TRATAMENTO CIRÚRGICO ELEVAÇÃO DO PERIÓSTEO Bandagem funcional - gesso, tala Kinesio taping Restrição do espaço Casqueamento corretivo TRATAMENTO CONSERVATIVO PONTE TRANSFISÁRIA Deformidade do tendão flexor profundo - articulação interfalângica distal: CASCO Deformidade do tendão flexor digital superficial - articulação metacarpo - metatarso: BOLETO Deformidade da fáscia carpal - encurtamento dos ligamentos palmares - articulação do CARPO Congênita: multifatorial, mau posicionamento uterino, fatores genéticos, agentes infecciosos (influenza), má formação óssea, prematuridade, ingestão de substâncias teratogênicas Adquirida: crescimento rápido, dieta, dor, trauma, artrite séptica, ferimento em tecidos moles, afecções em casco Comum em potros e ocasionalmente em cavalos adultos Estruturas envolvidas: tendões flexores, aparelho suspensor, cápsula articular, ossos e pele DEFORMIDADES FLEXURAIS Condição comum em equinos em crescimento no qual uma articulação é mantida em uma posição anormal flexionada ETIOLOGIA Leve: animal consegue se manter em estação, correção ocorre em poucos dias Moderada: manutenção sobre o membro é difícil, quando bilateral levanta com dificuldade e em estação há aumento da deformidade Severa: animal não consegue levantar, nem se manter em estação, deformidades carpiais, geralmente mais de uma articulação CLASSIFICAÇÃO LIGAMENTO CONECTA OSSO A OSSO Ligamento lesionado → cavalo perde estabilidade da articulação, com risco de luxações ou sobrecarga de outras estruturas. TENDÃO CONECTA MÚSCULO AO OSSO Tendão lesionado → cavalo perdeelasticidade e potência do movimento Articulação Interfalangeana Distal (AID) Deformidade flexural da articulação interfalangeana distal Estrutura envolvida: Tendão flexor digital profundo. Apresentação: Elevação do talão (casco apoiando mais na pinça), podendo causar "casco em ponta" Classificação: Pode ser congênita ou adquirida Articulação Metacarpofalangeana (Boleto) Deformidade flexural do boleto. Estrutura envolvida: Tendão flexor digital superficial (TFDS). Apresentação: Apoio reduzido do boleto no solo Classificação: Congênita (grau severo) ou adquirida Carpo Deformidade flexural do carpo. Estruturas envolvidas: Tendão ulnar lateral e músculo flexor ulnar do carpo. Apresentação: Flexão acentuada do carpo, animal incapaz de estender adequadamente o membro. Classificação: Geralmente congênita, frequentemente bilateral. DEFORMIDADES CONGÊNITAS Presentes ao nascimento, podem variar de leves a graves (exigem intervenção clínica/cirúrgica) DEFORMIDADES ADQUIRIDAS Relacionadas a crescimento rápido, excesso de energia na dieta, dor ou desbalanço de crescimento ósseo/muscular DEFORMIDADES ARTICULAÇÃO INTERFALANGEANA DISTAL ELEVAÇÃO DO TALÃO (CASCO APOIANDO MAIS NA PINÇA DEFORMIDADE FLEXURAL DO BOLETO APOIO REDUZIDO DO BOLETO NO SOLO DEFORMIDADE FLEXURAL DO CARPO FLEXÃO ACENTUADA DO CARPO, INCAPACIDADE DE ESTENDER O MEMBRO Inspeção visual Palpação: manipulação do membro com apoio e sem apoio Avaliar quais estruturas estão envolvidas Radiografia: verificar presença de alteração óssea Ultrassonografia: verificar estruturas moles envolvidas Quando manipular o membro, este retorna facilmente a posição normal → bom prognóstico DIAGNÓSTICO TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA Bandagem neurofuncional ou kynesio taping Gera estímulos e informações para o SNC semelhante a dos receptores lesionados, reestabelecendo a comunicação adequada, atenuando ou revertendo a instabilidade funcional originada pela lesão. TRATAMENTO CONSERVATIVO Correção alimentar Exercícios controlados Fisioterapia: bandagem, gesso, kynesio taping, talas Ferrageamento: remover gradativamente os talões, ferradura ocm extensão na pinça, elevação do talão - reduzir dor TRATAMENTO MEDICAMENTOSO AINEs: Fenilbutazona 2,2 mg/kg VO, SID ou BID Meloxican 0,6 mg/kg VO, SID Firocoxib 1 mg/kg VO, SID Protetor gástrico: Sucralfato VO Miorrelaxantes: Oxitetraciclina durante 3 dias Promove frouxidão tendínea e ligamentar Quebra os íons de cálcio livres Previne o influxo de cálcio nas fibras musculares Resolução em 24 a 48 horas DOSE: 40 a 50 mg/kg IV SID ou 2g a 4g diluída em solução salina ou glicose, aplicar lentamente - 3 a 4 aplicações SID Cuidado ao aplicar: gotejamento lento Efeitos colaterais: Taquicardia, taquipneia, diarréia, insuficiência renal ou relaxamento tendíneo excessivo TRATAMENTO TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA Bandagem Robert Jones + tala palmar Cano de PVC + manejo da dor Cuidado com as talas → proteger as regiões que podem sofrer ferimentos e abrasão Equipamentos de imobilização necessitam de colocação de compressas, avaliação constante e troca de talas para previnir necrose cutânea TRATAMENTO CIRÚRGICO A decisão depende da gravidade da deformidade, idade do equino e resposta ao tratamento conservativo A intervenção cirúrgica é a única alternativa caso o paciente não responda ao tratamento conservativo Depende da estrutura afetada Desmotomia do check inferior Desmotomia do ligamento acessório do TFDS check superior TRATAMENTO CIRÚRGICO - BOLETO Tenotomia do carpo Tenotomia do tendão ulnar e flexor ulnar do carpo Bandagem + tala caudal - forçado sob anestesia geral TRATAMENTO CIRÚRGICO - CARPO Melhor prognóstico: Deformidade flexural AID Desmotomia check - melhor prognóstico em relação ao tratamento conservador Reservado a desfavorável: Deformidade flexural boleto Desfavorável: casos crônicos em equinos jovens PROGNÓSTICO GLÂNDULAS ANEXAS: Gl. salivares: A salivação é crucial para a mastigação e deglutição, equinos adultos podem secretar em média 25 litros de saliva por dia Fígado: Responsável pela secreção de bile, reserva de glicogênio, estocagem de gordura e proteínas, e síntese de fatores de coagulação e de detoxicação. Pâncreas: Produz enzimas digestivas e regula o metabolismo. Também produz hormônios como glucagon, insulina e somatostatina. Sistema digestórioSistema digestório O sistema digestório dos equinos é monogástrico e fermentador pós- gástrico, com estômago pequeno e intestino grosso volumoso, especializado na fermentação de fibras. ANATOMIA CAVIDADE ORAL boca, lábios, dentes, língua - apreensão do alimento FARINGE ESÔFAGO ESTÔMAGO cárdia super desenvolvida -> impede retorno INTESTINO DELGADO duodeno, jejuno, íleo - digestão química CECO grande cuba de fermentação INTESTINO GROSSO cólon ascendente, transverso, descendente - absorção de líquidos RETO https://www.bing.com/ck/a?!&&p=585509a7333dbf5c53a688c30eb9109e7b6ccacf407dc73df2b24a62812f9188JmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cueW91dHViZS5jb20vd2F0Y2g_dj1TVFBkeUFnenFwRQ&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=585509a7333dbf5c53a688c30eb9109e7b6ccacf407dc73df2b24a62812f9188JmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cueW91dHViZS5jb20vd2F0Y2g_dj1TVFBkeUFnenFwRQ&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=585509a7333dbf5c53a688c30eb9109e7b6ccacf407dc73df2b24a62812f9188JmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cueW91dHViZS5jb20vd2F0Y2g_dj1TVFBkeUFnenFwRQ&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=3122e1547ff812f55dbc0979d48ecba5d8f062312cb0a09769c4c5d62fc4576aJmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly92ZXRlcmluYW5kb3VmcGEud2l4c2l0ZS5jb20vYW5hdG9taWEvc2luZ2xlLXBvc3QvMjAxNi8wMy8yNC9BbmF0b21pYS1WZXRlcmluJUMzJUExcmlhLUYlQzMlQURnYWRvLWUtUCVDMyVBMm5jcmVhcw&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=3122e1547ff812f55dbc0979d48ecba5d8f062312cb0a09769c4c5d62fc4576aJmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly92ZXRlcmluYW5kb3VmcGEud2l4c2l0ZS5jb20vYW5hdG9taWEvc2luZ2xlLXBvc3QvMjAxNi8wMy8yNC9BbmF0b21pYS1WZXRlcmluJUMzJUExcmlhLUYlQzMlQURnYWRvLWUtUCVDMyVBMm5jcmVhcw&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=3122e1547ff812f55dbc0979d48ecba5d8f062312cb0a09769c4c5d62fc4576aJmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly92ZXRlcmluYW5kb3VmcGEud2l4c2l0ZS5jb20vYW5hdG9taWEvc2luZ2xlLXBvc3QvMjAxNi8wMy8yNC9BbmF0b21pYS1WZXRlcmluJUMzJUExcmlhLUYlQzMlQURnYWRvLWUtUCVDMyVBMm5jcmVhcw&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=3122e1547ff812f55dbc0979d48ecba5d8f062312cb0a09769c4c5d62fc4576aJmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly92ZXRlcmluYW5kb3VmcGEud2l4c2l0ZS5jb20vYW5hdG9taWEvc2luZ2xlLXBvc3QvMjAxNi8wMy8yNC9BbmF0b21pYS1WZXRlcmluJUMzJUExcmlhLUYlQzMlQURnYWRvLWUtUCVDMyVBMm5jcmVhcw&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=3122e1547ff812f55dbc0979d48ecba5d8f062312cb0a09769c4c5d62fc4576aJmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly92ZXRlcmluYW5kb3VmcGEud2l4c2l0ZS5jb20vYW5hdG9taWEvc2luZ2xlLXBvc3QvMjAxNi8wMy8yNC9BbmF0b21pYS1WZXRlcmluJUMzJUExcmlhLUYlQzMlQURnYWRvLWUtUCVDMyVBMm5jcmVhcw&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=3122e1547ff812f55dbc0979d48ecba5d8f062312cb0a09769c4c5d62fc4576aJmltdHM9MTc1NzQ2MjQwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=05990d17-fce8-67c3-22df-18b2fda26680&u=a1aHR0cHM6Ly92ZXRlcmluYW5kb3VmcGEud2l4c2l0ZS5jb20vYW5hdG9taWEvc2luZ2xlLXBvc3QvMjAxNi8wMy8yNC9BbmF0b21pYS1WZXRlcmluJUMzJUExcmlhLUYlQzMlQURnYWRvLWUtUCVDMyVBMm5jcmVhcw&ntb=1 RELAÇÃO COMPRIMENTO - CAPACIDADE VOLUMÉTRICA Seguimento Tempo de trânsito Captura de alimentos Redução mecânica (mastigação) Salivação do bolo alimentar Deglutição Digestão proteica Absorção de líquidos A principal função é conferir digestão e absorção de nutrientes, assim como eliminarresíduos não absorvíveis Estão função necessita da motilidade fisiológica ou peristaltismo para direcionar o alimento no sentido aboral FUNÇÕES DO TGI Abdômen agudo: Refere-se a qualquer condição abdominal de início súbito e evolução rápida, que cause dor, distensão ou sinais sistêmicos. Pode ter causas gastrointestinais, urogenitais, hepatobiliares, esplênicas ou até traumáticas. Exemplo em equinos: ruptura de bexiga em potros, torção de cólon, peritonite, ruptura de ceco, hemoperitônio. Síndrome cólica em equinos Termo específico da espécie equina. Indica qualquer manifestação de dor abdominal, mas é comumente associada a distúrbios do trato gastrointestinal É uma síndrome clínica, não uma doença isolada. Pode ser causada por impactação, torção, deslocamento, gás, parasitas, úlceras, enterite, entre outras condições. É uma das principais emergências em cavalos, pois muitas vezes exige intervenção rápida (médica ou cirúrgica). 👉 Ou seja, todo caso de síndrome cólica é um tipo de abdômen agudo, mas nem todo abdômen agudo em equinos é cólica ABDOMÊN AGUDO X SÍNDROME CÓLICA Afecções do sistema digestórioAfecções do sistema digestório As principais afecções do sistema digestório de equinos estão relacionadas à sua anatomia e fisiologia peculiares. Comportamento natural → 18h por dia pastejando - apreensão, triturando, misturando e lubrificando o TGI Manejo inadequado → cavalo embaiado → tempo de pastejo diminuído → predisposição a afecções gastrointestinais Fisiologia: estômago com capacidade reduzida, jejuno longo, ceco pequeno, cólon maior com flexura pélvica (diminuição do lúmen), esfincter, cardia e piloro - muito desenvolvidos (não regurgita) Baixo limiar de dor, principalmente no trato gastrintestinal Peristaltismo extremamente elevado 90% dos líquidos extracelulares circulam livremente PARTICULARIDADES DOS EQUINOS Alimentação: qualidade, tipo, quantidade, frequência, mudanças Dentes: mudas, pontas dentárias, razamento, má-oclusão e cáries Ingestão hídrica: ad libitium, qualidade, quantidade, temperatura Sablose: secundário a alterações no trânsito intestinal Vasos mesentéricos: lesões verminóticas Gastropatias: gastrite, úlceras e parasitos Secundárias: processos dolorosos (rins, fígado, pâncreas e útero) Abortamentos: parto prematuro, torções uterinas Hemoparasitose: babesiose Dor retal: proctites, lacerações, ruptura por palpação Iatrogenia: drogas parassimpáticomiméticas CONDIÇÕES PREDISPONENTES Funcional: íleo adinâmico comum pós-cirúrgico pode evoluir para atonia Mecânica: processos obstrutivos Intraluminal sem estrangulamento - fisiológica e mecânica Intraluminal com estrangulamento Enterite, úlceras, colites e peritonites Dor ou secundário Idiopáticas Iatrogênicas - amitraz, atropina, imidazol OBSTRUÇÃO DO TRÂNSITO DE ALIMENTOS OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA ÚLCERA Cólica espasmódica = ++ motilidade aumentada Duodenojejunite proximal → causa refluxo via sonda Obstrução do intestino delgado sem estrangulamento vascular Compactação do íleo Hipertrofia da camada muscular do íleo Obstrução do intestino delgado com estrangulamento vascular Torções Vólvulos Intussuscepção Encarceramentos ESÔFAGO ESTÔMAGO DISTENDIDO SUCO GÁSTRICO AFECÇÕES DO ESTÔMAGO Dilatação gástrica Ruptura Sobrecarga e compactação Úlceras gastroduodenais Tratamento Sondagem gástrica → dilatação Lavagem gástrica → compactação AFECÇÕES DO INTESTINO DELGADO CÓLICA ESPASMÓDICA DUODENOJEJUNITE PROXIMAL COMPACTAÇÃO DO ÍLEO VÓLVULO INTUSSUSCEPÇÃO ENCARCERAMENTOS TIMPANISMO (TIFLOCENTESE) COMPACTAÇÃO E SABLOSE DO CECO INTUSSUSCEPÇÃO Método diagnóstico simples para sablose: 1.Colha uma amostra de fezes frescas 2.Coloque em uma luva descartável 3.Enche-se a luva com água, deixando espaço para movimentar. 4.Agite bem para dissolver o material fecal. 5.Suspenda a luva com os dedos para baixo, permitindo que o conteúdo sedimentado vá ao fundo. 6.Após alguns minutos, observa-se o dedo da luva: Se houver acúmulo visível de areia depositada no fundo, o teste é considerado positivo. AFECÇÕES DO CECO Timpanismo do ceco Compactação e sablose do ceco Intussuscepção do ceco Torção do ceco (deslocamento) TESTE DA LUVA Timpanismo Obstrução sem estrangulamento Compactação Sablose Deslocamento Obstrução com estrangulamento vascular Torção do cólon AFECÇÕES DO CÓLON MAIOR AFECÇÕES DO CÓLON MENOR Compactação Torção Reconhecer que o cavalo está com cólica é fácil, mas determinar exatamente qual a causa é complexo, porque envolve várias possíveis origens e nem sempre os exames são conclusivos de imediato. Muitas causas possíveis Sinais clínicos semelhantes Necessidade de exames complementares Evolução dinâmica: uma cólica simples pode evoluir rapidamente para uma condição grave, alterando os achados clínicos. Por isso, a importância de realizar EXAME CLÍNICO CRITERIOSO!! AVALIAÇÃO CLÍNICA Alterações de comportamento: Inquietação Vocalização Olhar para o flanco repetidamente Patear o abdômen com os posteriores Deitar e levantar várias vezes Rolar no chão Recusar alimento ou água Alterações posturais: Esticar-se como se fosse urinar Adotar posição de “cachorro sentado” Ficar deitado em decúbito esternal por períodos prolongados Alterações fisiológicas: Sudorese Taquicardia e taquipneia Mucosas congestas, pálidas ou cianóticas Extremidades frias Distensão abdominal (em alguns casos) Alterações digestivas Redução, ausência ou aumento de ruídos intestinais Tentativas frequentes de defecar, com pouco ou nenhum resultado Fezes ressecadas ou diarreia em alguns quadros Refluxo gástrico (detectado na sondagem nasogástrica) 👉 Nem todos os sinais aparecem em todos os casos; a intensidade da dor e os achados variam conforme a causa, gravidade e evolução da cólica. SINAIS CLÍNICOS REFLUXO Utilizar todos os meios e condutas semiológicas → diagnóstico diferencial e etiopatogênico Investigar processos estrangulantes de grandes troncos vasculares Avaliação e interpretação de todos os sinais clínicos, associados aos resultados laboratoriais e de exames complementares -> procedimentos terapêuticos conservadores ou cirúrgicos Determinar protocolo clínico Manter a disciplina -> manter a situação sobre controle ATENDIMENTO CLÍNICO Protocolo clínico de atendimento ao paciente: Grande quantidade de informações Acompanhar a evolução clínica Registro dos dados e parâmetros: 1.Anamnese detalhada 2.Procedimentos físicos e interpretação clínica 3.Avaliação laboratorial Histórico - Início e evolução dos sinais clínicos Comportamento do animal Manejo de criação Grau de dor Alimentação - tipo, frequência, qualidade, mudança Defecação, fezes e flatos - frequência, característica Ingestão hídrica e micção Diâmetro abdominal Tratamentos realizados e resultados ANAMNESE Espasmo de alça Distensão por líquido ou gás Estrangulamento por oclusão vascular Estrangulamento por torção das alças Processos inflamatórios da parede intestinal e serosas SENSAÇÃO DE DOR TPC Volemia e débito cardíaco: 2s Normal 2 - 4s Circulação periférica comprometida e desidratação moderada a severa 4 - 6s Severa hipoperfusão e desencadeamento de choque 6 - 8s Quadro circulatório gravíssimo, podendo refletir alterações celulares e metabólicas irreversíveis (rins e fígado) e morte Inspeção a distância, comportamento e atitudes - ansiedade, hiperexcitabilidade ou depressão Detectar características e grau de dor: Leve, moderada ou severa Contínua ou intermitente Responsiva ou não a drogas analgésicas Distensão e tensão abdominal: unilateral ou bilateral baixa, média ou alta PROCEDIMENTOS FÍSICOS E INTERPRETAÇÃO CLÍNICA INSPEÇÃO Indicador do estado circulatório e toxemia do animal Pálida/hipocoradas: Animal desidratado, presença de anemia ou hemorragia Congesta: Indica processo inflamatório ou doloroso Cianótica: Indica hipóxia - hemorragia, dispnéia Pálida -> congesta -> cianótica COLORAÇÃO DAS MUCOSAS Indicador do estado circulatóriodo animal Estimar a volemia e débito cardíaco TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR - TPC FC DOR: 28 a 44 bpm Normal 44 - 60 bpm monitoramento constante - dor moderada > 60 bpm Processo grave (desidratação e perfusão capilar baixa) FC Excitação ou resposta a dor: 8 - 16 mrpm Normal 20 - 40 mrpm Leves a moderados 40 - 60 mrpm Moderados a severos > 60 mrpm Grave FREQUÊNCIA CARDÍACA Avaliar: Frequência Amplitude - superficial ou profunda Tipo de respiração - torácica ou toracoabdominal FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Auscutação do tórax: Cavalos taquipneicos e cianóticos Manejo por leigos: infusão errada de óleo mineral - interfere nas trocas gasosas nos alvéolos Grau de turgor ou elasticidade - grau de desidratação Associado a baixa temperatura das extremidades, mucosas secas e retração do globo ocular AVALIAR DESIDRATAÇÃO Focos de auscultação Lado direito Ceco, válvula íleocecal e válvula cecocólica Ausculta normal: 1 - 2 motilidades a cada 3min Flanco direito dorsalmente: base do ceco, borborigmos da base do ceco, produzidos pela válvula íleocecal e válvula ceco-cólica Ventralmente: ruídos do corpo do ceco e ápice do ceco, podendo auscultar cólon dorsal e ventral direito (pico de movimento a cada 15 - 20s) Lado esquerdo Caudodorsalmente: ruídos de líquido no intestino delgado Região ventral: cólon dorsal e ventral esquerdo, flexura pélvica Interpretação clinica: Sons abdominais normais: processo leve e de fácil resolução Aumento da intensidade e frequência dos borborigmos: cólica espasmódica, enterite, diarreia ou lesões verminóticas Redução ou silêncio da intensidade e frequência dos borborigmos: determinado grau de íleo adinâmico Auscutação e percussão simultânea na base do ceco: pings (sons metálicos) quando associado a distensão aparente da fossa paralombar direita Realizar tiflocentese: introdução de cateter para eliminação dos gases AUSCULTAÇÃO ABDOMINAL Intestino delgado e cólon menor Cólon maior e flexura pélvica ESQUERDA DIREITA Ceco e Válvulas íleo cecal e ceco-cólica Cólon maior A sondagem nasogástrica é terapêutica: Alivia refluxo enterogástrico Evacuação de gás e líquidos - produz alívio e evita possibilidade de ruptura gástrica Lavagem gástrica: sobrecarga e fermentação Acúmulo de líquido estomacal: alívio da dor intensa Em termos diagnósticos: Liberação de gás - hiper fermentação gástrica ou processo secundário a obstrução do íleo Em casos de obstrução intestinal cranial: precocemente haverá refluxo Comprometimento do ceco e cólon maior: refluxo tardiamente Refluxo líquido nasal espontâneo: obstrução proximal do ID, enterite anterior, íleo adinâmico Manter até confirmação do diagnóstico Adultos: 37,5 °C a 38,5 °C Potros: 38 °C a 39 °C Temperatura abaixo do limite pode indicar choque Temperatura elevada: infecção grave Peritonite Processo inflamatório grave (babesiose) TEMPERATURA RETAL SONDAGEM NASOGÁSTRICA Contenção do animal por cachimbo Calibre da sonda compatível com o porte do animal Lubrificar a sonda com óleo mineral Características das fezes: índice ou sinal para a saúde dos animais Permite avaliação do trânsito intestinal e digestão dos alimentos Avaliar formato, umidade, coloração, película de cobertura, odor, tamanho das partículas 1.DISENTERIA ou diarreia 2.MOLES demais e com perda total do formato típico 3.NORMAL: formato típico, fibra variável e podendo perder a forma 4.EXCELENTES: muita fibra e grandes 5.SECAS: com fibra mas com pouco líquido e grãos não digeridos 6.PEQUENAS: constipação, trânsito lento e modificação da cor 7.PEQUENAS: constipação, fezes muito pequenas e muco Fornece dados de extrema importância a respeito das condições do trato gastrointestinal Os achados frequentemente são decisivos para elaboração do diagnóstico ou necessidade de tratamento cirúrgico Lado direito: corpo e base do ceco, tênias média dorsal do ceco Dorsalmente ao reto: aorta abdominal, seus ramos, artéria mesentérica, artéria ilíaca, alças do cólon menor, rim esquerdo, ligamento nefro esplênico Lado esquerdo: baço, cólon maior dorsal e ventral, flexura pélvica Ventral: superfície peritoneal, alças do cólon menor, intestino delgado, útero e ovários, vesícula urinária, anéis inguinais, cordão espermático, vesículas seminais, cavidade pélvica em geral PALPAÇÃO TRANSRETAL Reto Ceco Duodeno Cólon ventral direito Cólon dorsal direito Cólon dorsal esquerdo Reto Cólon ventral esquerdo Flexura pélvica Baço Estômago Cólon descendente CARACTERIZAÇÃO DAS FEZES REGIÃO PATOLOGIA PALPAÇÃO Cólon menor ou ceco Compactação - acúmulo de fezes ressecadas e endurecidas Massa firme na região acometida Cólon menor Enterólitos - concreções minerais Massa dura, arredondada, lisa, móvel ou impactada Cólon menor Fecalomas - massas fecais volumosas, semelhantes às compactações Massa volumosa, irregular e muito firme Ceco Timpanismo - distensão gasosa Estrutura aumentada, distendida e com paredes tensas Ceco Obstrução de íleo terminal - determinam refluxo para o ceco Ceco distendido com aumento de pressão Ligamento nefroesplênico Aprisionamento nefroesplênico - deslocamento do cólon maior cólon entre o rim esquerdo e o baço Ausência do cólon em posição normal, bandas tensas dorsalmente Intestino delgado/mesentério Torção do pedículo mesentérico Alças dispostas em espiral, sensação de torção grave Cólon maior Destroflexão Cólon ausente à esquerda, massas firmes/gasosas à direita Cólon maior Retroflexão Flexura pélvica deslocada cranialmente, difícil de localizar Cólon maior Torção de cólon maior (pós- parto) Bandas intestinais muito tensas, cólon imóvel Útero (éguas gestantes) Torção uterina Pregas uterinas tensas e cruzadas, indicando sentido da torção Ovários Tumores ovarianos volumosos Massa firme, unilateral, irregular/nodular em região ovárica Anéis inguinais Hérnia inguinal ou inguinoescrotal Alças intestinais palpáveis no canal inguinal ou escroto, estruturas tubulares e dolorosas CONDIÇÕES PATOLÓGICAS IDENTIFICADAS NA PALPAÇÃO Análise do líquido peritoneal Hemograma PPT Fibrinogênio Lactato sanguíneo Equilíbrio hidroeletrolítico e ácido - básico Função hepática e renal Liquido peritoneal: fluido seroso presente na cavidade abdominal Funções: lubrificante, defesa e regulador A análise do líquido contribui para a elaboração do diagnóstico Alterações: ocorrem rapidamente em resposta as mudanças que o processo inflamatório desencadeia envolvendo o peritônio ou os tecidos da parede intestinal. Natureza e composição do LP alterado: intensidade do comprometimento vascular e severidade do processo inflamatório Técnica de colheita Localização: Linha alba, na região xifoide Preparo do local: Tricotomia ampla e assepsia cirúrgica Procedimento: Com animal contido na posição quadrupedal Introduzir a agulha até penetrar a cavidade peritoneal. Coletar o líquido (normalmente pequenas quantidades – 2 a 5mL) Análise: Volume, cor, turbidez, odor e presença ou ausência de fibrina ou material fecal Tiras reagentes: glicose, pH Análise laboratorial: presença de hemácias, neutrófilos, bactérias PARACENTESE ABDOMINAL EXAMES COMPLEMENTARES Dependem da gravidade do ferimento Filetes sanguinolentos que escorre junto a comissura labial - ferimento na face interna (mucosa) Altera a apreensão dos alimentos Presença da solução de continuidade Aspecto da lesão - inspeção e palpação Limpeza rigorosa Sutura: depende do tipo da lesão, tempo do ocorrido, viabilidade Curativos diários: realizar limpeza com glicerina iodada 10% Alimentação: capim verde e ração umedecida Antibioticoterapia: penicilina 20.000 a 40.000 UI/Kg Controle da dor Soro antitetânico FERIMENTO NOS LÁBIOS Afecção relativamente comum, já que os lábios são estruturas muito móveis, vascularizadas e expostas. Lesões podem ocorrer em situações de manejo, acidentes ou até mesmo por doenças. Ferimentos de origem traumática: Quedas inesperadas durante o esporte Coice Cólicas - dor Externos ou atingindo de todas as estruturas dos lábiosETIOLOGIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Recusa do alimento Saliva sanguinolenta fluindo pela comissura labial Exteriorizam a língua → maior gravidade Lesão superficial: Limpeza com líquido de Dakin bicarbonato de sódio + água + hipoclorito de sódio Curetagem de tecidos necrosados → ferimento não recente Curativos diários: glicerina iodada a 10% Lesão profunda: Sutura após avaliação de viabilidade biológica do coto distal Avaliar temperatura e sensibilidade: preservação vasculonervosa Fios absorvíveis: evitar formações de granulomas tipo corpo estranho Amputação: avaliar possibilidade de acordo com lesão Suporte: Correção da alimentação Alimentos de fácil mastigação Rações concentradas umedecidas com água Realizar lavados bucais 2 a 3 vezes ao dia Soluções fisiológicas e embrocação com glicerina iodada a 10% sobre a sutura Aspersões com antissépticos bucais em spray ou líquido cloridrato de clorexidine TRAUMAS SOBRE A LÍNGUA Afecção relativamente comum, já que os lábios são estruturas muito móveis, vascularizadas e expostas. Lesões podem ocorrer em situações de manejo, acidentes ou até mesmo por doenças. Ferimentos de origem traumático Freios e bridões Mordidas ou coices - raramente Lesões superficiais ou profundas até a amputação da língua ETIOLOGIA SINAIS CLÍNICOS TRATAMENTO Apresentação clínica Disfunção na movimentação da mandíbula Manutenção da boca aberta Sialorreia → saliva sanguinolenta Aumento de volume Crepitação dos fragmentos ósseos Língua exteriorizada Comprometimento da implantação do dente → fratura no alvéolo dentário Exames radiográficos Traumas violentos, quedas e coices Produzindo solução de continuidade da estrutura óssea dos ramos da mandíbula Podem ocorrer na região mentoniana, corpo dos ramos horizontal e vertical Fraturas completas ou incompletas - intensidade do trauma e região mandibular FRATURA DE MANDÍBULA ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO Fratura completa: Osteossíntese com pinos intramedulares ou placa Fixação percutânea Fratura incompleta: Osteoplastia por aplicação de parafusos ortopédicos Fixação do fragmento ósseo com amarração dos dentes incisivos com fio de aço Aplicação de prótese de reforço sobre arcada dentária incisiva (massa époxi/acrílico autopolimerizável, moldada sobre os dentes) TRATAMENTO TRATAMENTO PÓS - OPERATÓRIO Conduzido de forma a poupar a mandíbula durante a mastigação Ofertar alimentos verde e farelados nos primeiros dias Administrar alimentação pastosa ou líquida via sonda nasogástrica ou soluções nutrientes e energéticas (infusões via intravenosa) em casos graves Manter cuidados até readquirir estabilidade da lesão e início de consolidação do foco da fratura Curativos: 2 a 4 vezes dia com antissépticos Antibioticoterapia Controle da dor - AINES 1 - FRATURA 2 - RADIOGRAFIA 3 - CERCLAGEM 1 - FRATURA 2 - RADIOGRAFIA 3 - PLACA Processo inflamatório crônico → palato duro junto a face interna dos dentes incisivos superiores Origem traumática: Na maioria das vezes ocorre por trauma leve e constante Alimentação a base de grãos de milho inteiro Hábito do animal de morder madeira ou outro objeto (aerofagia) Objetos estranhos (gravetos, arames, sementes duras) Origem iatrogênica: uso inadequado de embocaduras Halitose Anorexia Sialorreia Mastigação lenta e dolorosa Emagrecimento progressivo Presença de úlceras ou áreas avermelhadas e doloridas no palato Em casos graves: refluxo nasal de alimento e alteração no desempenho esportivo (quando há dor com a embocadura) PALATITES ETIOLOGIA Inflamação do palato duro ou mole geralmente relacionada a traumas, processos infecciosos ou irritações locais SINAIS CLÍNICOS Inspeção da cavidade oral com auxílio de abridor de boca Identificação de úlceras, erosões, edema ou áreas necróticas Histórico de dieta, manejo odontológico e uso de embocadura DIAGNÓSTICO Eliminação da causa primária: retirar corpo estranho, corrigir dieta, suspender uso de embocaduras inadequadas. Cuidados locais: Lavagem da cavidade oral com solução antisséptica Controle da dor e inflamação: AINES Antibioticoterapia (se houver infecção bacteriana secundária) Dieta amolecida e úmida: reduzir irritação durante a mastigação. Abscessos: drenagem cirúrgica TRATAMENTO Processo inflamatório crônico → palato duro junto a face interna dos dentes incisivos superiores Origem traumática: Na maioria das vezes ocorre por trauma leve e constante Alimentação a base de grãos de milho inteiro Hábito do animal de morder madeira ou outro objeto (aerofagia) Objetos estranhos (gravetos, arames, sementes duras) Origem iatrogênica: uso inadequado de embocaduras Halitose Anorexia Sialorreia Mastigação lenta e dolorosa Emagrecimento progressivo Presença de úlceras ou áreas avermelhadas e doloridas no palato Em casos graves: refluxo nasal de alimento e alteração no desempenho esportivo (quando há dor com a embocadura) PALATITES ETIOLOGIA Inflamação do palato duro ou mole geralmente relacionada a traumas, processos infecciosos ou irritações locais SINAIS CLÍNICOS Inspeção da cavidade oral com auxílio de abridor de boca Identificação de úlceras, erosões, edema ou áreas necróticas Histórico de dieta, manejo odontológico e uso de embocadura DIAGNÓSTICO Eliminação da causa primária: retirar corpo estranho, corrigir dieta (excesso de alimentos fibrosos), suspender uso de embocaduras inadequadas. Ressecção cirúrgica e cauterização de vasos Cuidados locais: Lavagem da cavidade oral com solução antisséptica Controle da dor e inflamação: AINES Antibioticoterapia (se houver infecção bacteriana secundária) Dieta amolecida e úmida: reduzir irritação durante a mastigação Abscessos: drenagem cirúrgica TRATAMENTO Mímica que realiza Desgaste excessivo dos dentes incisivos Hiperplasia do palato duro Gastrite Úlceras e indigestão gástricas Flatulência excessiva Emagrecimento progressivo Hipertrofia dos músculos ventrais do pescoço (esternomandibular) Predisposição em manifestar cólica ocasionalmente Baixa performance e subfertilidade - estado de desnutrição Etiologia desconhecida Vício comportamental Prevalência relativamente alta Desencadeado por alteração do comportamento - animais confinados em baias Falta de atividade física Isolamento Ansiedade Pouca disponibilidade de alimento volumoso Fatores hereditários predisponentes - evidências prováveis Animais jovens - observação e imitação dos portadores do vício AEROFAGIA ETIOLOGIA Vício de comportamento estereotipado que consiste em engolir ar, geralmente apoiando os incisivos em um objeto fixo. SINAIS CLÍNICOS Apresentação comportamental Investigar palatite e lesões gástricas - gastrite, úlceras gástricas e duodenais DIAGNÓSTICO Correção de manejo nutricional → alimentação volumosa a disposição Agrupamentos de animais da mesma faixa etária → interação Remoção de objetos sólidos que possam ser usados para sustentação do maxilar Diagnóstico e tratamento de lesões dentárias e gastroentéricas crônicas → podem predispor aerofagia Companhia de animais de outras espécies (ovinos) → abrandamento do vício Métodos conservadores Podem preceder o tratamento cirúrgico como tentativa de solucionar o problema Uso de focinheira e coleira de contenção dos movimentos da laringe raramente produz resultados satisfatórios acima de 10% Métodos cirúrgicos Melhores resultados registrados Cerca de 65% dos animais operados são curados definitivamente 10 a 20% apresentam apenas melhora do quadro clínico 15% dos resultados são considerados insatisfatórios Técnica cirúrgica - Forssell modificada Consiste na miectomia dos músculos: omohiodeo, esternohiodeo e esternotirohiodeo, associado a neurectomia bilateral do ramo ventral do nervo acessório espinhal do músculo esternomandibular TRATAMENTO MIECTOMIA NEURECTOMIA Formação de uma massa gengival de crescimento rápido na região rostral da mandíbula, simétrica,desde a sínfise até a região dos cantos dos ramos horizontais e ocasionalmente apenas acomete a hemi-mandibula Geralmente apresenta úlceras na cavidade oral Consistência dura a palpação Apreensão de alimentos pode estar comprometida Lesão de caráter displásico/neoplásico benigno, não inflamatória. Predisposição etária: ocorre em animais jovens, geralmente potros até 2 anos de idade, o que sugere relação com o crescimento e remodelamento ósseo mandibular nessa fase FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL DA MANDÍBULA ETIOLOGIA Constituído por um estroma fibroblástico denso, onde os fibroblastos e osteoclastos compõem um sistema trabeculado com estroma fibro-ósseo SINAIS CLÍNICOS Excisão cirúrgica da massa tumoral Impossibilidade da ressecção total: realizar hemimandibulectomia ou mandibulectomia rostral Ressecção incompleta → recidiva Manejo alimentar: capim verde e alimentos concentrados umedecidas em forma de pasta TRATAMENTO Presença das massa fibromatosa Exames histológicos Diagnóstico diferencial - tumor odontogênico Radiografia DIAGNÓSTICO 1 - HISTOLOGIA 2 - RADIOGRAFIA 3 - PÓS-CIRÚRGICO Principal alteração dentária nos equinos Desgaste irregular dos pré-molares e dos molares Características da fisiologia no ato da mastigação de alimentos fibrosos Imperfeita coaptação anatômica da mesa dentária superior e inferior (linha de oclusão dentária) São pequenas, salientes e pontiagudas Ferem a mucosa bucal ou a língua Dificulta a mastigação dos alimentos PONTAS DENTÁRIAS ETIOLOGIA Pontas excessivas de esmalte dentário que se formam devido ao desgaste irregular dos dentes e à diminuição da excursão lateral da mandíbula, especialmente em animais estabulados. Aplicação de grosa dentária sobre a mesa molar superior e inferior Casos de má oclusão - tratar alteração primária TRATAMENTO Palpação na mesa dentária - junto a face lateral Detecção das formações puntiformes DIAGNÓSTICO Trituram mal os alimentos Digestão demorada Emagrecimento progressivo Processos de indigestão → predispõe cólica SINAIS CLÍNICOS https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.google.com/search?q=pontas+excessivas+de+esmalte+dent%C3%A1rio&oq=pontas+dent&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqBwgBEAAYgAQyBggAEEUYOTIHCAEQABiABDIICAIQABgWGB4yCAgDEAAYFhgeMggIBBAAGBYYHjIICAUQABgWGB4yCAgGEAAYFhgeMggIBxAAGBYYHjIICAgQABgWGB4yCAgJEAAYFhge0gEIMzA5N2owajeoAgCwAgA&sourceid=chrome&ie=UTF-8&mstk=AUtExfBrPrTxI5ypJ-0N82hgAqcoqNQoJr8VNMpBYi5mh8kWO8VL2NnPiDt7n_nEJqBI6h_N_pFMCJdVRj27P17RV_t-QJW27pySg2bGSPfmtw_keEAEzJ0Mox3XGXWp33yL_fVbOIPTUOWxYC9h9rhwRzhvZ8LVF4OnCYwrDxgx_30XlhRo_g9wptAVUcVacO2SMSnsvb1m_IV3LXO9ea40zQf0oBcMk0LQQv8-a4lYdou_wR6-_Eyg4vc2iue8fHbp0y4VhnhbuvM6ByLmLctyRIV_IZJqCqu5wjPB7QqgzI0evA&csui=3&ved=2ahUKEwijobf84O-PAxW2HrkGHRjSD94QgK4QegQIARAC Tosse Dispneia Dor e febre Cabeça distendida Dificuldade de deglutição Dificuldade na apreensão e mastigação dos alimentos Enfartamento dos linfonodos retrofaríngeos e parotídeos indica causa infecciosa Regurgitação da água e alimentos pelas narinas Corrimento nasal mucopurulento → casos graves Aumento de volume da região retrofaríngea indica infecção grave e intensa Ocasionalmente ocorre infecção secundária nas bolsas guturais Processo infeccioso da mucosa faríngea e dos tecidos circunvizinhos Raramente acontece como processo primário Mudanças climáticas bruscas Processos irritativos causados por deglutição de alimentos grosseiros Ação de corpos estranhos Manobras de introdução de sondas nasogástricas inadequada ou realizada com imperícia Decorrente de garrotilho Infecções causadas por vírus - influenza, herpesvírus HIPERPLASIA FOLICULAR LINFOIDE ETIOLOGIA Aumento benigno dos folículos linfoides na faringe SINAIS CLÍNICOS https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Tratamento da afecção principal - casos secundários Antibioticoterapia parenteral Antissépticos AIES Infusão ou embrocação - solução de azul dimetileno TRATAMENTO Endoscopia: Revela gravidade e extensão do processo Congestão de mucosas e ingurgitamento dos vasos Hiperplasia folicular Petéquias e abcessos faríngeas Faringe hiperêmica e edemaciada Classificações em graus: quantidade de folÍculos envolvidos, seus tamanhos e características inflamatórias Grau I - presença de folículos inativos e pequenos, potro até 2 anos Grau II - numerosos folícUlos hiperêmicos Grau III - folículos ativos Grau IV - folículos grandes e edemaciados Considerado fisiológico em potros até 2 anos e idade Hiperplasia III e IV - causadores de ruído respiratório e desconforto respiratório DIAGNÓSTICO https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Bruxismo Produz dor com ou sem ulceração Potros: sialorreia e anorexia Sutil e difícil de ser determinada com precisão Causa principal- refluxo de ácido gástrico Resultados de complicações secundárias a obstrução Secundários a incapacidade do cárdia de impedir refluxo Ingestão de substâncias cáusticas Prolongada intubação nasogástrica ESOFAGITE ETIOLOGIA Inflamação do esôfago, geralmente secundária a outras condições, como a obstrução esofágica SINAIS CLÍNICOS Endoscopia: Hiperemia difusa ou maculosa da mucosa, edema e hemorragia Presença de erosão ou ulceração da mucosa confirma o diagnóstico DIAGNÓSTICO Remoção da causa primária Tratamento da ulceração Estimular esvaziamento gástrico AINES Antiácidos Procinéticos Proteger revestimento da mucosa → sucralfato e antiácidos Manejo alimentar: Alimentação semilíquida com grãos e capim Pequenas quantidades e intervalos frequentes Nutrição parenteral em casos graves TRATAMENTO https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Refluxo nasal Animal aflito e realizando movimentos vigorosos de deglutição Dor associda a pressão sob mucosa Sialorreia abundante Cabeça estendida Abre a boca e realiza movimento de lateralidade da língua Tosse espasmódica Infecção local e necrose - casos demorados Ingestão muito rápida de alimentos → ocorre em cavalos submetidos a jejum prolongado Apreensão e deglutição acidental de corpos estranhos ou caroços de fruta (manga, abacate) Ingestão de alimentos excessivamente grandes ou grosseiros e ossos OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA ETIOLOGIA EMERGÊNCIA veterinária que ocorre quando o esôfago do cavalo é bloqueado por alimentos ou corpos estranhos SINAIS CLÍNICOS Apresentação clínica Impossibilidade de passagem sonda nasogástrica → determinação do nível da obstrução Endoscopia Radiografia DIAGNÓSTICO Deve ser estabelecido o mais rápido possível Tentar movimentar o corpo estranho no sentido da boca Sedação Sondagem nasogástrica com cautela Perfuração do esôfago Lavagem com água e óleo mineral - umectação e deslizamento Esofagotomia - desobstrução cirúrgica TRATAMENTO https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Ingestão de plantas tóxicas ou água contaminada Micotoxinas em grãos e volumosos Doença inflamatória intestinal (linfocítica, plasmocítica ou granulomatosa). Hipersensibilidades alimentares Estresse - transporte, mudanças de ambiente Doenças sistêmicas que afetam o trato gastrointestinal Alterações bruscas na dieta (introdução rápida de concentrado ou forragem nova) Excesso de carboidratos solúveis → fermentação anormal Ingestão de alimentos deteriorados ou contaminados Bacterianas: Salmonella spp., Clostridium difficile, Clostridium perfringens, Lawsonia intracellularis (em potros)Vírus: rotavírus (principalmente em potros) Parasitárias: Strongylus spp., Cyathostominae (encistados), Strongyloides westeri (em potros) CAUSAS DE DIARREIA INFECCIOSAS NUTRICIONAIS / ALIMENTARES TÓXICAS INFLAMATÓRIAS Uso prolongado ou indiscriminado de antibióticos causa disbiose intestinal. Administração de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) → lesão de mucosa intestinal (colite associada) IATROGÊNICAS OUTROS FATORES Habronema spp. Transmissão: larvas transportadas por moscas Efeitos: gastrite, ulcerações, formação de nódulos na mucosa Também podem causar habronemose cutânea PRINCIPAIS PARASITAS DE EQUINOS Os cavalos podem ser acometidos por diversos parasitas gastrointestinais, principalmente helmintos que se instalam no estômago e intestinos, podendo causar cólicas, perda de peso, diarreia, atraso no crescimento e até morte em infestações severas. PRINCIPAIS PARASITAS DO ESTÔMAGO Trichostrongylus axei Local: mucosa do estômago Efeitos: gastrite crônica, perda de apetite, emagrecimento Strongylus spp. Local: intestino grosso Larvas migram por vasos sanguíneos → podem causar trombose e cólicas graves PRINCIPAIS PARASITAS INTESTINAIS EM EQUINOS https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Anoplocephala perfoliata (tênia) Local: junção íleo-cecal Efeitos: inflamação e cólica espasmódica Pequenos estrôngilos (Cyathostominae) Muito comuns Local: intestino grosso. Efeitos: diarreia crônica, emagrecimento, cólica Parascaris equorum Mais comum em potros e jovens Local: intestino delgado Efeitos: obstrução intestinal, cólica, atraso no crescimento Oxyuris equi (oxiúro) Local: reto Fêmeas depositam ovos ao redor do ânus → prurido intenso, o animal esfrega a cauda https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg Cólicas frequentes Perda de peso e atraso no desenvolvimento Pelagem opaca Diarreia ou constipação Redução de desempenho atlético Em casos graves: obstrução intestinal e morte CONSEQUÊNCIAS GERAIS DA VERMINOSE Vermifugação estratégica rotações de princípios ativos ivermectina, moxidectina, fenbendazol, pamoato de pirantel Manejo de pastagens retirar fezes regularmente, evitar superlotação Dividir potros e adultos em piquetes diferentes. Exames de fezes periódicos contagem de ovos por grama – OPG CONTROLE E PREVENÇÃO LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PARASITAS Sistema respiratório Fundamental para a oxigenação do organismo e o desempenho atlético do animal ANATOMIA CAVIDADE NASAL Dividida pelo septo nasal, contém conchas nasais que aumentam a superfície de contato para aquecer, filtrar e umidificar o ar LARINGE Atua como válvula que protege vias respiratórias e regula passagem de ar TRAQUEIA Conduz o ar até os pulmões PULMÃO Grande e bem desenvolvido, adaptado ao esforço atlético. DIAFRAGMA BRÔNQUIOS Ramificações da traqueia BRÔNQUIOLOS Controlam fluxo de ar por musculatura lisa ALVÉOLOS Estruturas microscópicas onde ocorre a troca gasosa (O₂ e CO₂) FUNÇÕES Fornecimento de oxigênio (O₂) aos tecidos Essencial para o metabolismo aeróbico Equinos atletas possuem elevada capacidade de captação e transporte de O₂ devido ao grande volume pulmonar, alta vascularização alveolar e eficiência circulatória Eliminação de dióxido de carbono (CO₂) Mantém o equilíbrio ácido-básico do sangue. Regulação da temperatura corporal Além da sudorese, o cavalo utiliza a respiração para perda de calor evaporativo, especialmente em exercício intenso Alta demanda de O₂ pela massa muscular Cavalos possuem cerca de 50% da massa corporal composta por músculos, exigindo grande aporte de oxigênio A frequência respiratória e cardíaca aumentam durante o exercício, garantindo eficiência no transporte de O₂ Trauma: Golpes com bastões, quedas, coices, cabrestos com arames Acidentes: Cerca de arame farpado ou instrumentos cortantes Traumatismos superficiais: pele ou tecidos mais profundos → pode produzir solução Ferimentos profundos → Desencadeiam intensa hemorragia Lesão na musculatura nasolabial → Afetam movimentos do lábio superior e narinas Ferida de continuidade: Tratamento por 1 intensão Sem solução de continuidade: Escoriações, tumefeito e sensível a palpação FERIDAS E CONTUSÕES DOS OSSOS NASAIS E PARANASAIS CAUSAS Frequentemente causadas por traumas, infecções ou condições expansivas como o hematoma etmoidal ou cistos sinusais Acidentes violentos - frequentemente pode haver fratura de ossos Geralmente fraturas expostas Hemorragia intensa nas narinas e ferimentos Impossibilidade de apreensão dos alimentos Pode apresentar dispneia, baixa ventilação e cianose -> realizar traqueostomia Ferimentos profundos - fratura de ossos Fratura simples -> reduzir fraturas Fixação com fio de aço ortopédico Fraturas cominutivas -> grandes perdas ósseas Retirar todos os fragmentos pequenos Implantação de próteses de acrílico Geralmente de difícil resolução FERIMENTOS PROFUNDOS https://www.google.com/search?sca_esv=a80dc2362621f465&sxsrf=AE3TifNFb7VtTp-H036zbSPjmj5mnUh4yg%3A1759202614605&q=hematoma+etmoidal&source=lnms&fbs=AIIjpHydJdUtNKrM02hj0s4nbm4yAFb4PvhjIUcDtaFHkK_tyspyDJg0-Y4Ji8bGEtEDNJF_QLt8mYL1Ky-sHdgJivrE6ajcnQTD_3fcPVUhx0Rm46R8jEzhUAnRS-t--67WcMGN8Lg2TLIB6hMolnRrIFHA0Ke8KW4TM0_HnJ-GXhGoFVIqUMOKbu6maHQLNmtLoGXZsTBHXk2C6_zuJL9kLpaLp4rLhVMoridRgjGw3BQRYgRA350&sa=X&ved=2ahUKEwjtq4a5xP-PAxWTpZUCHb2LBggQgK4QegQIARAC&biw=1536&bih=730&dpr=1.25&mstk=AUtExfCrY0isbwck8VgR_BZxXIIb2etM7p58yG-gGgKqn4f2c2HDBX8RRo9WdcsbbhQhIPV2MmfYer8NAzYSm6m0ZLRs8LKnYX7Kw8k8zlGsWb46Ee205OpUrv3AmeXpf36_19QnIFoYrfcI19Lf5ZPA07Mn47ISevQsaGfGsTqNB6-TC_5InQ82Y0dTanKV5BXHlP9CdMku6G78zlOsRqpAoacFdOfQ9oLpFl2YHfdRojxv-n-Vxbc3-nC07N_xwN9yY353jbH8AhIhHAcMj7US9i8xXQQogxJStDl_46Tdj4OBkQ&csui=3 https://www.google.com/search?sca_esv=a80dc2362621f465&sxsrf=AE3TifNFb7VtTp-H036zbSPjmj5mnUh4yg%3A1759202614605&q=hematoma+etmoidal&source=lnms&fbs=AIIjpHydJdUtNKrM02hj0s4nbm4yAFb4PvhjIUcDtaFHkK_tyspyDJg0-Y4Ji8bGEtEDNJF_QLt8mYL1Ky-sHdgJivrE6ajcnQTD_3fcPVUhx0Rm46R8jEzhUAnRS-t--67WcMGN8Lg2TLIB6hMolnRrIFHA0Ke8KW4TM0_HnJ-GXhGoFVIqUMOKbu6maHQLNmtLoGXZsTBHXk2C6_zuJL9kLpaLp4rLhVMoridRgjGw3BQRYgRA350&sa=X&ved=2ahUKEwjtq4a5xP-PAxWTpZUCHb2LBggQgK4QegQIARAC&biw=1536&bih=730&dpr=1.25&mstk=AUtExfCrY0isbwck8VgR_BZxXIIb2etM7p58yG-gGgKqn4f2c2HDBX8RRo9WdcsbbhQhIPV2MmfYer8NAzYSm6m0ZLRs8LKnYX7Kw8k8zlGsWb46Ee205OpUrv3AmeXpf36_19QnIFoYrfcI19Lf5ZPA07Mn47ISevQsaGfGsTqNB6-TC_5InQ82Y0dTanKV5BXHlP9CdMku6G78zlOsRqpAoacFdOfQ9oLpFl2YHfdRojxv-n-Vxbc3-nC07N_xwN9yY353jbH8AhIhHAcMj7US9i8xXQQogxJStDl_46Tdj4OBkQ&csui=3 Vírus epiteliotrópico Relativamente frequente em potros e jovens Narinas e lábios Respiração ruidosa Dispneia por obstrução parcial Corrimento nasal límpido e transparente Transmissão por contato: acomete vários animais Tratamento Única massa e próximo as narinas: excisão cirúrgica Múltiplos papilomas e invasão da cavidade nasal: autohemoterapia, autovacina, implante do papiloma no subcutâneo Foco na estimulação da imunidade Picada na região labial Gênero Bothrops Intenso aumento de volume → pode comprometer a fisiologia das narinas → colapso respiratório agudo ACIDENTES OFÍDICOS PAPILOMAS NASAIS https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/05/Exodontia-em-equinos-artigo.jpg