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DEONTOLOGIA DO DIREITO AULA 2

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Aula 02 - Deontologia como uma Lógica Dedutiva dos 
Deveres Profissionais
Unidade I – Conceito e Evolução da Deontologia
H724 – Deontologia Jurídica
Conforme já salientado anteriormente, todas as profissões possuem suas 
regras éticas, muitas delas já codificadas e inseridas até mesmo nos currículos 
universitários, como no caso do curso de Direito.
Mesmo possuindo um Código de Ética e Disciplina, suas regras não são 
suficientes para resolver todas as situações dos profissionais, não importando 
em qual área atuem, se confrontarmos critérios éticos estabelecidos nos 
códigos com critérios valorativos de caráter pessoal mesmo que estes estejam 
amparados pela lei. 
REFLEXÃO 01
Para exemplificar o que se pretende demonstrar, imaginemos o caso de 
uma criança que chega a um hospital necessitando de uma transfusão de 
sangue para sobreviver. Os pais da criança, por convicções religiosas não 
permitem a transfusão de sangue em seu filho. Como resolver o impasse? 
A Constituição Federal em seu art. 5º, VI, garante liberdade de 
culto e de crença. De outro lado, temos o médico que por sua postura ético-
médica assume, inclusive por juramento, a missão de “salvar vidas”. 
Vejam o dilema desse profissional que tenta salvar a vida de um paciente 
agindo conforme seu dever prescreve e, de outro lado, o direito da família de 
autorizar ou não a transfusão de sangue do filho com respaldo não somente na 
Constituição Federal, como já salientado, mas também no próprio Código 
Civil, no capítulo que se refere aos Direitos da Personalidade. 
Olá, preparado para 
iniciar a aula 2? 
Vamos começar!
 
A título exemplificativo, temos nos advogados e juízes que lidam mais 
especificamente na esfera criminal como principais “vítimas” desta 
problemática.
 REFLEXÃO 02
Se João estupra uma menor e contrata determinado advogado para atuar 
em sua defesa, este profissional é, mesmo que inconscientemente, taxado pela 
sociedade como advogado que “luta em defesa dos criminosos, dos marginais”. 
Um juiz que concede liberdade provisória ou defere o relaxamento de prisão de 
um acusado, tabém é citado nos meios de comunicação e visto com 
reprovação pelos leigos. Tais profissionais acima citados, podem estar agindo 
com toda ética possível, sempre pautados nos dados e informações constantes 
em cada caso específico, sem utilizarem de qualquer meio ardiloso ou atiético 
para praticarem tais atos.
Estamos diante do impasse dos valores pessoais e morais da sociedade e 
dos valores éticos profissionais, onde um grupo pode passar a reprovar a 
conduta de uns, mesmo que esta conduta esteja pautada na mais absoluta 
ética profissinal.
O professor Luiz Lima Langaro, em sua obra Curso de Deontologia 
Jurídica, faz as seguintes indagações: “Mas afinal, que valor tem essa 
consciência moral para a vida do homem?” São procedentes ou verdadeiros os 
juízos que formula ou o julgamento que realiza nas várias situações 
particulares e circunstâncias concretas em que pode se encontrar?
No campo do Direito, isso também ocorre de 
forma mais ou menos equivalente. Em determinados 
casos, alguns profissionais do Direito, como advogados 
e juízes, lidam com atos praticados por pessoas que, 
independente de sua culpabilidade possuem o Direito, 
também constitucional, de ampla defesa, muito 
embora a conduta praticada por elas seja reprovável 
pela grande maioria da sociedade. 
 IMPORTANTE
Diante de ambos os questionamentos do Prof. Luiz Lima Langaro, 
percebe-se que, muito embora haja uma padronização do dever ético no 
campo do profissional, muitas vezes esses deveres contidos nos textos 
normativos dos códigos de conduta não combinam com o resultado pretendido, 
em virtude do aspecto moral. A moral e a ética possuem o mesmo objetivo, ou 
seja, uma estabilidade no comportamento da sociedade, mas estas não se 
confundem. Conforme diz Guilherme Assis Almeida, “a moral tem como 
fundamento o comportamento social e a ética uma reflexão sobre ele”.
Daí ser de suma importância o estudo da deontologia no campo 
profissional. Em se tratando da Deontologia Jurídica, temos nas figuras do 
advogado, do promotor de justiça, do magistrado, disciplina esta de suma 
importância para o currículo do acadêmico, uma vez que é na universidade em 
que se aprende não somente as lições doutrinárias e se conhece as legislações 
aplicáveis a cada ramo específico do direito, mas também como deve ser a 
conduta profissional de seus principais operadores. 
Na próxima unidade demonstraremos como a Deontologia Jurídica se 
encontra interligada com as demais disciplinas jurídicas, fazendo com que a 
mesma esteja infimamente ligada não só com a formação moral, mas com a 
formação profissional do acadêmico e futuro profissional. 
 
Aqui termina a Unidade 1. 
Responda os exercícios 
restantes e converse com 
seus colegas e tutora no 
fórum no Fórum.
 
 BIBLIOGRAFIA
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário Jurídico Brasileiro Acquaviva. São 
Paulo: Jurídica Brasileira, 1999. p.571.
LANGARO, Luiz Lima. Curso de Deontologia Jurídica. São Paulo, Saraiva, 1996. 
p.27.
ALMEIDA, Guilherme Assis de. e CHISTMANN, MARTHA Ochsenhofer. Ética e 
Direito – uma perspectiva integrada. São Paulo, Atlas, 2002.p.15. 
BIBLIOGRAFIA CITADA:
BENTHAM, Jeremias. Deonthologie or science of the morality , 1834 
KELSEN, Hans. O que é justiça? , Martins Fontes , 3a. Edição, 2001

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