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Modulo de Ensino - Mercado de Capitais

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Curso de Bacharelado em Administração 
Universidade Federal do Pará 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercado de Capitais 
 
Prof. José Thadeu Paulo Henriques 
 jthadeu@amazonet.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fevereiro 2013 
 
2 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
O Sistema Financeiro Brasileiro ..................................................................................... 5 
1.1 Considerações sobre Mercado de Capitais .................................................. 7 
1.2 A Evolução do Sistema Financeiro Brasileiro ........................................... 10 
1.3 O Atual Sistema Financeiro Brasileiro ......................................................... 14 
As Instituições Financeiras e Suas Finalidades ...................................................... 17 
2.1 Órgãos Normativos ........................................................................................... 19 
2.2 Entidades supervisoras do sistema .............................................................. 20 
2.3 Instituições operadoras do sistema ............................................................. 24 
Instituições financeiras bancárias ou monetárias ......................................... 25 
Instituições Financeiras não Bancárias ............................................................ 27 
Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de 
terceiros ......................................................................................................................... 30 
2.4 Agentes Financeiros Especiais ........................................................................ 37 
2.5 Entidades de Auto Regulação ......................................................................... 43 
Entidades Auxiliares do Sistema Financeiro Brasileiro ........................................ 44 
3.1 O que é o Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB ............................. 46 
Canais de Distribuição ..................................................................................................... 50 
4.1 Canais de Distribuição ....................................................................................... 52 
Mercados Financeiros ....................................................................................................... 55 
5.1 Classificação dos Mercados Financeiros ..................................................... 58 
Mercado Interbancário ............................................................................................. 59 
Mercado Interbancário de Reais .......................................................................... 60 
Mercado de Juros ....................................................................................................... 61 
Mercado a termo ........................................................................................................ 61 
Mercados Futuros ....................................................................................................... 61 
Mercado de Opções ................................................................................................... 63 
Mercado de Derivativos ........................................................................................... 64 
Mercado de Ações ...................................................................................................... 65 
Mercado Futuro de Ações ....................................................................................... 69 
Títulos Públicos e Privados do Mercado .................................................................... 71 
6.1 Títulos de Captação........................................................................................... 73 
6.2 Títulos Públicos Federais .................................................................................. 74 
Riscos inerentes as Notas do Tesouro Nacional............................................. 77 
6.3 Títulos Privados .................................................................................................... 79 
Certificado de Depósito Bancário – CDB ........................................................... 79 
3 
 
 
 
 
 
 
Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI ................................................ 83 
Letra Hipotecária ........................................................................................................ 85 
Debêntures ................................................................................................................... 87 
6.4 Tributação dos Títulos de Renda Fixa – Públicos ou Privados ........... 91 
6.5 Ações ........................................................................................................................ 92 
6.6 Títulos de Financiamento .............................................................................. 108 
Operações de Hot Money ...................................................................................... 108 
Capital de Giro .......................................................................................................... 109 
Crédito Direto ao Consumidor ............................................................................ 110 
Crédito Imobiliário E Poupança .......................................................................... 110 
Crédito Rural ............................................................................................................ 111 
Cartões de Crédito ................................................................................................... 112 
Leasing ......................................................................................................................... 113 
Repasses Internos - BNDES ................................................................................ 114 
Indicadores Econômicos e Financeiros .................................................................... 116 
7.1 Principais Indicadores Econômicos e Financeiros ................................. 119 
7.2 Índices de Inflação ........................................................................................... 121 
7.3 Instrumentos de Política Monetária ........................................................... 124 
7.4 Taxa de Juros ...................................................................................................... 135 
Riscos do Mercado ........................................................................................................... 139 
8.1 O que é Risco? .................................................................................................... 141 
8.2 O que é Retorno? .............................................................................................. 141 
8.3 A Evolução da Gestão do Risco .................................................................... 142 
8.4 Riscos de Crédito ............................................................................................... 145 
8.5 Risco de Mercado .............................................................................................. 153 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
Caros alunos, 
 
Vocês têm em mãos uma grande oportunidade de aprofundar a 
vossa qualificação, através da utilização das tecnologias de aprendizagem 
virtual. 
Neste material não existe verdade absoluta. Tudo está passível de 
discussão e certamente originará diversos pontos de vista. 
Enquanto aluno, sinta-se a vontade para questionar, criticar e 
apresentar suas interpretações, mas não se esqueça de que o primeiro 
passo para fazer isso consistentemente é conhecer os autores e textosque tratam do tema. Assim, antes de tudo, estude os materiais 
disponíveis na plataforma e, na medida do possível, aqueles mais que 
iremos sugerir. Alguns necessariamente deverão ser lidos. 
O fato de ser um módulo de modalidade à distância não significa 
que não haja exigências ou que se pode postergar o estudo para um 
período indefinido. Caso se proceda assim, o módulo estará 
comprometido. Estamos numa pós-graduação. Apesar de curta ela 
representa um novo nível, inclusive quanto às exigências. 
Não estamos aqui para reprovar ninguém, nem tampouco para 
aprovar quem não apresente esforço e desempenho mínimo para tal. O 
sucesso depende principalmente do esforço pessoal do discente. Cabe-
nos, professor, tutores, coordenadores e apoio administrativo auxiliá-lo 
para que você alcance o melhor desempenho possível. Seu sucesso é 
também o nosso sucesso. 
Conte conosco em todos os momentos do curso. Boa sorte! 
 
 
José Thadeu Paulo Henriques 
Professor da disciplina 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Sistema Financeiro 
Brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
 
 
Nesta unidade você vai conhecer a evolução 
e a estrutura do Sistema Financeiro da 
forma como utilizamos hoje. Vai conhecer as 
instituições que fazem parte desse sistema e 
suas principais finalidades e a divisão 
(segmentação) dos mercados financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Considerações sobre Mercado de Capitais 
 
O desenvolvimento econômico sustentável depende da expansão 
contínua da capacidade de produção. Esta expansão é função, por sua 
vez, de investimentos em capital e recursos humanos. Esses 
investimentos funcionam quando produzem dois efeitos: acumulação do 
capital produtivo e aumento da produtividade (do capital e da mão de 
obra). O crescimento se acelera quando os investimentos são direcionados 
para as melhores alternativas, isto é, aquelas que apresentam os maiores 
retornos econômicos e sociais. 
Os investimentos e a forma como são realizados estão, portanto, na 
raiz do processo de desenvolvimento econômico e social. A poupança, que 
viabiliza os investimentos, é outro componente essencial do processo. E a 
eficiência na utilização da poupança é crucial, pois ela determina o custo 
do investimento. A melhor conjugação de todos esses fatores gera o 
círculo virtuoso do desenvolvimento, que permite à sociedade desfrutar de 
níveis crescentes de bem estar e de redução da pobreza. 
Todos os países desenvolvidos ou em acelerado processo de 
desenvolvimento ostentam elevadas taxas de poupança, alta eficiência na 
sua intermediação ou uma combinação dessas duas virtudes. 
O crescimento econômico está associado, assim, a elementos 
incentivadores da formação de poupança e de sua intermediação eficiente, 
que a torne acessível para quem quer investir. 
Nas últimas décadas, vários países asiáticos saíram de uma situação 
de pobreza e miséria e se tornaram nações industrializadas. Esses países 
se destacaram por altíssimas taxas de poupança. 
O desenvolvimento da Europa e particularmente dos Estados Unidos 
a partir do final do século passado foi impulsionado por uma continuada 
eficiência na intermediação de poupanças. 
8 
 
 
 
 
 
 
 
Esse desenvolvimento dificilmente teria ocorrido sem um sofisticado 
mercado financeiro e de capitais. Um dos fatores que explicam o maior 
período de prosperidade da economia americana é a existência de um 
mercado de capitais com vigor e flexibilidade para financiar a nova 
economia. 
Existem três caminhos para associar a poupança ao investimento. 
(1) o autofinanciamento, em que as empresas geram internamente seus 
próprios recursos; (2) o governo, quando financia certas atividades 
usando a arrecadação de tributos ou a imposição de mecanismos 
compulsórios de poupança; e (3) o financiamento via mercado financeiro e 
de capitais. O primeiro é o mais simples e primitivo; o segundo é limitado 
e sujeito a distorções; o terceiro é comprovadamente o mais eficiente. 
Nenhum mercado de capitais – aqui entendido como abrangendo o 
mercado acionário e as operações com instrumentos de dívida – cresceu 
satisfatoriamente sem a institucionalização da poupança. 
O veículo desse processo são os investidores institucionais: os 
fundos de pensão, os fundos mútuos e as seguradoras. Esses investidores 
gerenciam massas consideráveis de recursos, que financiam a compra de 
ações e de papéis de dívida emitidos pelos indivíduos e pelas empresas. 
Os investidores institucionais têm avançado na esteira das 
transformações sociais e do enriquecimento das famílias. Estas passam a 
ter maiores excedentes de consumo e a demandar alternativas confiáveis 
para aplicar suas poupanças, que garantam o longo prazo – incluindo a 
aposentadoria e a proteção do patrimônio contra certos eventos, 
proporcionem liquidez e ofereçam retornos razoáveis. 
A função primordial dos mercados financeiros é aproximar os dois 
agentes do mercado: o poupador, que tem excesso de recursos, mas não 
tem oportunidade de investi-los em atividades produtivas, e o tomador, 
que está na situação inversa. Desse modo, os mercados viabilizam o 
aproveitamento das oportunidades em toda a economia. Promovem, 
assim, um aumento geral da produtividade, da eficiência e do bem estar 
9 
 
 
 
 
 
 
da sociedade. 
 
O mercado de capitais e, especificamente, o mercado acionário, 
permite a diluição do risco de novos investimentos. Constitui um incentivo 
à inovação, uma das maiores fontes de desenvolvimento econômico. O 
mercado acionário promove a democratização e a socialização do capital. 
Pulveriza a propriedade das empresas entre pequenos poupadores, 
diretamente ou através de fundos mútuos e fundos de pensão. 
O mercado de capitais proporciona aumento da eficiência. Quando 
uma empresa assume compromissos de longo prazo com terceiros, 
partilha seus riscos com um grande número de investidores. Obriga-se a 
fornecer informações detalhadas sobre seu desempenho. Os investidores 
acompanham a atividade da empresa, identificam falhas e premiam 
acertos. A empresa tende a procurar alternativas que proporcionem os 
melhores retornos para os seus acionistas. O objetivo passa a ser o 
melhor resultado econômico e não interesses específicos de seus 
controladores ou de facções. Essa função do mercado de capitais assume 
uma maior importância nos casos de sucessão ou de conflitos nas 
empresas familiares. Nas crises, a saída dos descontentes ser faz via 
mercado de capitais, evitando disputas que podem destruir a empresa. 
À medida que o mercado de capitais se amplia e se sofistica, a 
função de identificar as melhores e piores empresas passa para os 
investidores institucionais, que dispõem de equipes técnicas com 
capacidade para obter e analisar informações e direcionar o capital para 
as melhores aplicações. Desenvolvem-se empresas e instituições 
especializadas em buscar dados, analisar, classificar riscos e manter o 
mercado informado. 
Outra característica atual do sistema financeiro é a globalização, que 
se ampliou a partir dos anos 80 com os avanços na tecnologia de 
informação. O desenvolvimento das telecomunicações e da informática 
possibilitou a execução rápida e segura de ordens de transferência de 
dinheiro e a gestão mais eficiente dos recursos. A liberalização e a 
10 
 
 
 
 
 
 
modernização dos mercados propiciaram a estruturação de operações 
financeiras globais, ocrescimento dos derivativos e uma explosão de 
produtos financeiros que reduziram custos, ampliaram fontes de 
financiamento e melhoraram a administração dos riscos. 
O processo de maior integração do sistema financeiro mundial 
prossegue com a Internet. Estudos recentes indicam que a participação de 
operações do sistema financeiro realizadas por meio eletrônico tende a 
dobrar, para a maioria dos serviços, nos próximos dois anos. A queda 
dramática dos custos das transações e a eliminação da distância nas 
comunicações serão fatores determinantes no papel que a Internet terá no 
sistema. 
 
Fonte: Site da Bovespa 
Adaptação do artigo ¨o mercado de capitais e o desenvolvimento e os entraves que se 
encontra o Brasil – elaborado pelos economistas: Maílson da Nóbrega, Gustavo Loyola, 
Ernesto Moreira Guedes Filho e Denise de Pasqual 
 
 
 
1.2 A Evolução do Sistema Financeiro Brasileiro 
 
O mercado financeiro brasileiro apresenta intenso uso de tecnologia 
e produtos com alta complexidade. 
O mercado financeiro brasileiro vem realizando ao longo dos últimos 
anos pesados investimentos em tecnologia, em decorrência da sua 
capitalização, durante o período inflacionário e em função da amplitude 
geográfica do país, e hoje o Brasil é considerado referência entre os países 
emergentes e até mesmo entre os países mais avançados em 
desenvolvimento. 
Os grandes bancos brasileiros, a partir da década de 1980 têm 
realizado relevantes investimentos em seus parques tecnológicos, 
interligando suas agências no país. Esses investimentos em grande parte 
aconteceram pela capitalização dos bancos no período inflacionário. 
11 
 
 
 
 
 
 
Com o processo de globalização e estabilização e abertura da 
economia local, o mercado financeiro brasileiro hoje se apresenta mais 
solido e tem passado por transformações significativas para o 
fortalecimento do mercado de capitais local. 
Uma dessas modificações, ainda recente, é a reestruturação do 
Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB que objetiva a redução do risco 
de liquidação de transações e a transferência de certos riscos de crédito 
de socorro a instituições financeiras que ainda pertencem Banco Central 
para instituições provadas. 
Medidas como essa só são possíveis em ambientes econômicos mais 
estáveis com o adequado controle do quadro inflacionário mediante 
políticas econômica e fiscal que propicie estabilidade e confiança, fatores 
esses fundamentais para o fortalecimento do mercado de capitais local, 
imprescindíveis para a menor dependência de recursos externos e 
consequentemente, maiores imunização contra os efeitos das crises em 
outros países. 
Osias Brito enfoca que a atual estrutura do sistema financeiro 
nacional possui características peculiares, oriundas de sua própria 
formação histórica. 
Ao término da Segunda Guerra Mundial, em decorrência das 
modificações observadas na atividade econômica, o governo brasileiro 
ressentiu-se da necessidade da criação de um órgão específico que 
assumisse as questões normativas de caráter monetário e creditício, até 
então desempenhadas pelo Banco do Brasil. Foi criada assim, em 1945, a 
Superintendência da Moeda e do Crédito- SUMOC, que exerceu a 
supervisão e o controle do mercado monetário, dividindo com o Banco do 
Brasil as demais funções executivas de autoridade monetária, em período 
que se estende por quase duas décadas. 
Ao longo desse tempo, a estrutura econômica do país passou por 
profunda transformação, sobressaindo, como fator dinâmico o processo de 
substituição de importações. 
O financiamento desse processo foi realizado inicialmente com 
12 
 
 
 
 
 
 
capitais nacionais e/ ou estrangeiros com estimulo de incentivos fiscais e 
cambiais. A complementação do capital necessária foi processada por 
meio do fornecimento de créditos de longo prazo pelo Banco do Brasil e 
pelo BNDE e mais tarde veio a ganhar o “S” de social e passou e se 
chamar BNDES. 
A partir de 1964, iniciou-se uma nova fase que representou marco 
importante sobre as questões relacionadas a estrutura do sistema 
financeiro nacional: defendeu-se a tese de que a solução mais 
conveniente para o país seria a criação de um Banco Central. 
As modificações introduzidas com o advento da Lei nº 4.595, de 
31.12.1964, podem ser consideradas um verdadeira “reforma bancária”. 
Entretanto no tocante à criação do Banco Central, não se deixou de 
atentar para as peculiaridades da situação brasileira, cogitando-se de 
forma especial, sobre o papel que deveria passar a desempenhar o Banco 
do Brasil, sobretudo em razão de sua importante participação na política 
creditícia do governo federal. A referida lei ao reestruturar o sistema 
financeiro nacional, estabeleceu normas reguladoras do sistema, definiu 
suas características principais, instituições componentes e áreas 
específicas de atuação. Embora várias leis, estabelecidas posteriormente, 
tenham introduzido alterações nas particularidades e nas funções do 
sistema financeiro, sua estrutura institucional básica permanente foi 
definida na Lei nº 4.595. 
Em síntese, segundo o autor, a evolução histórica do sistema 
financeiro nacional pode ser dividida em quatro fases: 
 Da família real a Primeira Guerra Mundial (1808 – 1914) 
 Da Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial 
(1914-1945) 
 Após a Segunda Guerra Mundial até a Reforma Financeira 
(1945 – 1964) 
 Da Reforma Financeira até hoje (1964 - nossos dias) 
Os principais eventos da primeira fase foram: 
 Abertura dos portos, com acordos comerciais diretamente 
13 
 
 
 
 
 
 
entre as partes envolvidas; 
 Criação do Banco do Brasil 
 Em decorrência do comércio internacional, permissão para 
instalação de bancos estrangeiros no país. 
Os principais eventos da segunda fase foram: 
 Criação de inspetoria geral de bancos; 
 Criação da câmara de compensação em 1921; 
 Fortalecimento dos critérios e normas para a atividade de 
intermediação financeira, com o consequente crescimento da 
atividade bancária no país. 
 Os principais eventos da terceira fase foram: 
 Criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), 
com a função de supervisão e controle do mercado monetário, 
dividindo com o Banco do Brasil as demais funções executivas 
de autoridade monetária, esse período se estendeu por quase 
duas décadas. 
 Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES) 
 Substituição de importação, processo financiado 
principalmente pelo BNDES. 
 
Os principais eventos da quarta fase foram: 
 Lei nº 4.595, de 31.12.1964 – reforma bancária; 
 Criação de um Banco Central 
 Organização do Sistema Financeiro Nacional, sendo composto por 
Banco Central do Brasil, Conselho Monetário Nacional, Banco do 
Brasil e demais instituições financeiras públicas e privadas. 
 Lei nº 4.728 – lei de regulamentação do mercado de capitais 
 Em 21.09.1988, estabelecimento dos bancos múltiplos, 
consolidando diversas atividades financeiras sob uma única 
entidade jurídica, por meio da resolução 1.524/1988; 
 
14 
 
 
 
 
 
 
1.3 O Atual Sistema Financeiro Brasileiro 
 
 Neste tópico serão mostrados o sistema financeiro nacional e suas 
principais atribuições. As instituições financeiras e os mercados 
financeiros. 
 O Sistema Financeiro Nacional é primordial para o funcionamento da 
economia do país, em qualquer movimentação de compra, venda ou troca 
de mercadorias ou serviços, haja uma operação de natureza monetária, 
envolvendo algum intermediário financeiro. 
 Qualquer fato econômico, seja eles de transformação,circulação ou 
consumo, é suficiente para gerar movimentação do mercado financeiro. 
Por isso, é fundamental a estabilidade do sistema que interliga essas 
operações, para a segurança das relações entre os agentes econômicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 
 
 
 
 A estrutura atual do Sistema Financeiro Nacional pode ser dividida 
em: 
 
(1) Órgãos normativos, e fiscalizadores do sistema. 
 
 Conselho Monetário Nacional e suas Comissões Consultivas; 
 
(2) Entidades supervisoras do sistema: 
 
 Banco Central e, 
 
 Comissão de Valores Mobiliários 
 
(3) Instituições operadoras do sistema 
 
 
 Instituições financeiras bancárias 
 Instituições financeiras não bancárias 
 Outros intermediários financeiros administradores de recursos de 
terceiros 
 
Conselho Monetário Nacional - CMN 
 
Órgãos Normativos 
 
Entidades Supervisoras 
 
 
 
 
 
Instituições 
Operadoras do Sistema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Banco Central do Brasil 
 
Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM 
 
Entidade de Auto-Regulação 
Instituições Financeiras 
Bancárias 
Instituições Financeiras 
não Bancárias 
Outros Intermediários 
Financeiros e 
Administradores de 
Recursos de Terceiros 
Associação Nacional dos Bancos de Investimentos – 
AMBIMA 
Bolsa de Mercadorias e 
Futuros 
 
Bolsas de Valores 
16 
 
 
 
 
 
 
 Bolsa de valores 
 Bolsa de mercadorias e futuros 
 
(4) órgãos regulamentadores. 
 
 
A Associação Nacional dos Bancos de Investimentos – AMBIMA é 
uma entidade de representação do segmento das instituições financeiras 
que operam no mercado de capitais. Seus associados são, basicamente, 
os bancos de investimento e os bancos múltiplos com carteira de 
investimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
As Instituições Financeiras e Suas 
Finalidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
 
 
 
Nesta unidade você vai conhecer a estrutura 
do atual Sistema Financeiro Brasileiro, as 
instituições normativas, as instituições 
supervisoras de operadoras do sistema, bem 
como sua agência reguladora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
O Sistema Financeiro é composto de instituições que impõem 
normas ao sistemas, outras que auxiliam na aplicação dessas normas 
além de operara o sistema, entidades que apenas operam o sistema e 
instituições de autorregulamentação. Veremos a seguir as principais 
finalidades de cada um dessas instituições. 
 
2.1 Órgãos Normativos 
 
Conselho Monetário Nacional – CMN 
 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), instituído pela Lei 4.595 de 
31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes 
gerais para o bom funcionamento do SFN. A Medida Provisória nº54, de 
06/94, que criou o Plano real, simplificou a composição do CMN, 
caracterizando o seu perfil monetário, que passou a ser integrado pelos 
seguintes membros: 
 
 Presidente do Banco Central 
 Presidente da CVM 
 Secretário do Tesouro Nacional e de Política Econômica do Ministério 
da Fazenda 
 Diretores de Política Monetária, de Assuntos Internacionais e de 
Normas e Organização do Sistema Financeiro, todos do Banco 
Central do Brasil. 
 
O CMN é a entidade superior do sistema financeiro, sendo de sua 
competência: 
 
 Autorizar emissões de papel-moeda 
20 
 
 
 
 
 
 
 Fixar diretrizes e normas da política fiscal e operações com títulos 
públicos 
 Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades 
 Regular a constituição e funcionamento e a fiscalização das 
instituições financeiras, bem como a aplicação das penalidades 
previstas na Lei nº 4.595/1964. 
 Determinar os recolhimentos compulsórios; 
 Regular e estabelecer normas para as operações de redescontos e 
câmbio; 
 Disciplinar as atividades das Bolsas de valores, corretoras e demais 
componentes do sistema de distribuição. 
 Aprovar o orçamento monetário feito pelo Banco Central do Brasil 
As comissões consultivas funcionam como suporte ao Conselho 
Monetário Nacional, as mais importantes são: 
 
 Comissão Bancária 
 Comissão de Mercado de Capitais 
 Comissão de Crédito Rural 
 Comissão de Crédito Industrial 
 
2.2 Entidades supervisoras do sistema 
 
Banco Central do Brasil – BC ou Bacen 
 
É a entidade criada para atuar como órgão executivo central do 
sistema financeiro cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer 
cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as 
normas expedidas pela CMN. 
 
A missão do Banco Central do Brasil é assegurar a estabilidade do 
21 
 
 
 
 
 
 
poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional. 
 
Dentre as suas atribuições estão: 
 
 Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras; 
 Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; 
 Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições 
financeiras. 
 Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições 
financeiras. 
 Exercer o controle de crédito e da movimentação de capitais 
estrangeiros. 
 Emitir moeda. O BACEN, seguindo deliberação do Conselho 
Monetário nacional, emite papel-moeda e moeda metálica. 
 
Em resumo é por meio do BC que o Estado intervém diretamente no 
sistema financeiro e, indiretamente, na economia. 
 
Em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos, o modelo - 
clássico do Banco Central é independente, ou seja, seus diretores são 
designados pelo Congresso, eleitos com um mandato fixo, renovável. Não 
há subordinação ao Tesouro. Ele atua como verdadeiro guardião da 
moeda nacional, garantindo a pujança e o equilíbrio do mercado financeiro 
e da economia, protegendo o seu valor, impedindo que os gastos do 
Governo sejam bancados pela emissão de dinheiro, fator de 
desvalorização da moeda. É um quarto poder, além do executivo do 
Legislativo e do Judiciário. 
 
Porque é tão importante para um país um Banco 
Central independente? 
 
22 
 
 
 
 
 
 
Um Banco central independente é administrado por um conselho que 
envolve o governo e a sociedade como um todo. No modelo brasileiro o 
Banco Central está sob o comando do governo. Para explicar melhor, 
vejamos um exemplo recente, onde a presidente tentou utilizar 
indevidamente as reservas internacionais do Banco Central Argentino. O 
presidente do banco foi contra e ela o demitiu. A justiça do país decidiu 
pelo retorno do presidente, pois em um país onde o BC é independente o 
mandatário do país não tem poder para demitir o presidente do Banco 
Central. Isso oferece mais segurança ao mercado local e internacio0nal, 
pois as políticas adotadas não podem ser mudadas pela vontade política 
do presidente. 
 
Comissão de Valores Mobiliários 
 
A comissão de Valores Mobiliários – CVM foi criada pela Lei nº 6.385 
em 07/12/76, que ficou conhecida como Lei da CVM, pois até aquela data, 
faltava uma entidade que observasse a regulação e fiscalização do 
mercado de capitais, espacialmente no que se refere àssociedades de 
capital aberto. 
 
A Lei nº 10.303, editada em 30/10/2001, mais popularmente 
conhecida como a Nova Lei das S/A, consolidou e alterou os dispositivos 
da Leis nº 6.404 de 15/12/76 – Lei das Sociedades por Ações, e da Lei da 
CVM, e das pequenas modificações, anteriormente, em ambas 
introduzidas, pela Lei nº 9.457 de 15/05/97. 
 
Os poderes fiscalizatórios e disciplinador da CVM foram ampliados 
para incluir as Bolsas de Mercadorias e Futuros, as entidades do mercado 
de balcão organizado e as entidades de compensação e liquidação de 
operações com valores mobiliários que, da mesma forma que as Bolsas de 
Valores, como órgãos auxiliares da Comissão de Valores Mobiliários. 
 
23 
 
 
 
 
 
 
É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o 
mercado de valores mobiliários do país, promovendo medidas 
incentivadoras para a canalização da poupança ao mercado de capitais. 
 
 emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; 
 a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
 a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de 
Valores; 
 a organização, o funcionamento e as operações da Bolsas de 
Mercadorias e Futuros; 
 a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
 a auditoria das companhias abertas; 
 os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. 
 
A medida provisória 8 de 31/10/2001 que entre outras decisões 
caracterizou a CVM como: 
 
“Entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da 
Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de 
autoridade administrativa independente, ausência de subordinação 
hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia 
financeira e orçamentária.” 
 
O que é um valor mobiliário? 
 
Representa um investimento realizado em dinheiro, com intuito de 
lucro, ofertado ao público e sobre o qual este não possui controle direto. 
Redefiniram-se os valores mobiliários sujeitos ao regime da nova Lei, (Lei 
das Sociedades por Ações) como sendo: 
 
 as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
 os certificados de depósito de valores mobiliários; 
24 
 
 
 
 
 
 
 as cédulas de debêntures; 
 as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou clubes 
de investimento em quaisquer ativos ; 
 as notas comerciais; 
 os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos 
subjacentes sejam ativos mobiliários; 
 outros contratos derivativos, independentemente dos ativos 
subjacentes;e, 
 quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contrato 
de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de 
parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de 
serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou 
de terceiros. 
 
Conselho de Seguros Privados 
 
 O Conselho de Seguros Privados regulamenta e acompanha as 
companhias seguradoras, inclusive no compartilhamento de riscos. 
 
 
2.3 Instituições operadoras do sistema 
 
 As instituições que fazem o sistema funcionar são: 
 Instituições financeiras bancárias ou monetárias 
 Instituições financeiras não bancárias 
 Outros intermediários financeiros e Administradores de recursos de terceiros 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
Instituições financeiras bancárias ou monetárias 
 
São aquelas a quem se permite a criação de moeda por meio do 
recebimento de depósitos à vista (moeda escritural). Operam basicamente 
com ativos financeiros monetários que representam os meios de 
pagamento da economia (dinheiro em poder di público mais depósito à 
vista dos bancos). 
 
As principais instituições financeiras bancárias ou monetárias são: 
 
 Bancos Múltiplos; 
 Bancos Comerciais 
 Bancos de Investimentos; 
 Bancos Estaduais de Desenvolvimento 
 Bancos cooperativos 
 Cooperativas de crédito 
 
Bancos Múltiplos 
 
Os bancos múltiplos surgiram através da Resolução nº 1.524/88, de 
21.09.1988, emitida pelo BC por decisão do CMN, a fim de racionalizar a 
administração das instituições financeiras, permite que bancos comerciais, 
bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de 
crédito imobiliário, sociedades de crédito, financiamento e investimento 
(financeiras, como são conhecidas), organizarem-se em uma única 
instituição financeiras, com personalidade jurídica própria e, portanto, 
com um único balanço, um único caixa e, consequentemente, significativa 
redução de custos. Em termos práticos, mantêm as mesmas funções da 
cada instituição em separado, com s vantagens de contabilizar as 
operações como uma única instituição. 
 Com o advento do Banco Múltiplo, o sistema de cartas-patentes foi 
26 
 
 
 
 
 
 
extinto, o que levou a criação de novos bancos, empresas como a Ford, 
GM e outras criaram seus próprios bancos, aumentando a concorrência e 
em consequência a necessidade de revisão da estrutura operacional dos 
bancos. 
 
As carteiras de um banco múltiplo envolvem: 
 carteira comercial (regulamentação dos BC), 
 carteira de investimento (regulamentação dos BI), 
 carteira de crédito imobiliário (regulamentação das SCI), 
 carteira de aceite (regulamentação da SCFI) e 
 carteira de desenvolvimento (regulamentação dos BD), exclusiva 
para bancos públicos 
 carteira de leasing. Criada a partir 1994, quando da adesão ao 
Acordo de Basiléia. 
 
Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo 
menos, duas das carteiras mencionadas, sendo obrigatoriamente, uma 
delas comercial ou de investimento. 
 
Bancos Comerciais 
 
 De acordo com o MNI, seu objetivo precípuo é proporcionar o 
suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, 
a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras 
de serviços e as pessoas físicas e terceiros em geral. 
 
A captação de depósito à vista (conta corrente) é atividade típica do 
banco comercial 
 
Os bancos comerciais podem também captar depósitos a prazo 
(CDB, Letra Hipotecária, etc.). 
 
27 
 
 
 
 
 
 
Bancos Estaduais de Desenvolvimento 
 
Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um 
conjunto de instituições financeiras controladas pelos governos estaduais 
e destinados ao fornecimento de crédito e médio e longo prazo às 
empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente operam com 
repasse do Governo Federal. 
 
 
Bancos Cooperativos 
 
O Banco Central deu autorização para que as cooperativas de 
crédito abrissem seus próprios bancos comerciais, podendo fazer tudo o 
que qualquer outro banco comercial já faz. 
 
Cooperativas de Crédito 
As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da 
economia, com o objetivo de permitir uma melhor comercialização de 
produtos rurais e criar facilidades para o escoamento das safras agrícolas 
para centros consumidores, destacando que os usuários finais de crédito 
que concedem são sempre cooperados. 
 
Instituições Financeiras não Bancárias 
 
São instituições que captam recursos através da emissão de títulos para 
emprestar e portanto, realizam intermediação de moeda. Essas 
instituições trabalham com ativos não monetários tais como: ações, letras 
de câmbio, certificados de depósitos bancários, debêntures, 
 
As principais instituições financeiras não bancárias são: 
28 
 
 
 
 
 
 
 Bancos de Investimento 
 Sociedades de Crédito Financiamento e Investimento 
 Sociedadesde Arrendamento Mercantil 
 
Bancos de Investimento 
 
Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para 
suprimento de capital fixo ou de giro das empresas. 
 
Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de 
empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de 
capitalização das empresas, através da compra de máquinas e 
equipamentos e da subscrição de debêntures e ações. 
 
Não podem manter contas correntes e captam recursos pela 
emissão de CDB e RDB, através de capitação e repasses de recursos de 
origem interna ou externa ou pela venda de cotas de fundos de 
investimentos por eles administrados. 
 
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – 
Financeiras 
 
 São entidades que realizam operações de crédito de curto médio e 
longo prazos. 
 
As Sociedades de Crédito (Financeiras) 
 
São entidades que tem como principal função o financiamento de 
bens de consumo duráveis por meio do “crediário” ou crédito direto ao 
consumidor. 
 
Não podem manter contas correntes, e os seus instrumentos de 
29 
 
 
 
 
 
 
capitação restringem-se à colocação de letras de câmbio (LC), que são 
títulos de crédito sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras 
para colocação junto ao público. 
 
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 
 
Foram criadas através do MP 1.958-26 de 06/01/200 com o objetivo 
de prover um modelo de financiamento sem assistencialismo, que atenda 
com um mínimo de burocracia a grande parcela da população que não 
tem acesso ao sistema bancário tradicional e, posteriormente, 
regulamentadas pela Resolução nº 2.784 de 26/07/2001 do BC. 
São constituídas na forma de companhias fechadas nos termos da 
Lei nº 6.404 de 15/12/76 e de legislação posterior, ou na forma de 
sociedades por quotas de responsabilidades limitada sendo vedado ao 
setor público a participação societária direta ou indireta em seu capital. 
Elas podem conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas, 
com o objetivo de viabilizar empreendimentos de natureza profissional, 
comercial ou industrial, de pequeno porte, e a pessoas jurídicas 
classificadas como microempresas. 
 
As SCM podem realizar as seguintes operações: 
 
 Obter repasses de empréstimos que tenham como origem recursos 
de instituições financeiras nacionais e estrangeiras, de fundos 
oficiais, ou de entidades nacionais e estrangeiras voltadas para 
ações de fomento e desenvolvimento, aí incluídas as OSCIP. 
 Aplicar as disponibilidades de caixa no mercado financeiro; e, 
 Ceder créditos, inclusive às campanhas securitárias. 
 
Sociedades de Arrendamento Mercantil (Leasing) 
 
As operações de leasing foram regulamentadas pelo CMN através da 
30 
 
 
 
 
 
 
Lei nº 6.099, de 09/1974, e a integração das sociedades arrendadoras ao 
Sistema Financeiro Nacional se deu através da Resolução nº 351, de 
1975. 
 
Essas sociedades possibilitam a empresa auferir lucros sem 
necessariamente adquirir o equipamento, apenas com a sua utilização, 
mediante o pagamento do que se assemelha a uma locação, onde o 
cliente, ao final do contrato, pode renová-la ou adquirir o equipamento 
pelo valor residual fixado no contrato ou de devolve-lo a empresa. 
As empresas de leasing normalmente captam recursos de longo prazo, por 
exemplo, através de emissão de debêntures, sem um prazo fixo de 
resgate, e suas características podem ser bem diferenciadas, sendo 
corrigidas por diferentes índices, inclusive por cláusula cambial. 
 
 
Outros intermediários financeiros e administradores de 
recursos de terceiros 
 
Companhias Hipotecárias – CH 
 
A Resolução nº 2.122 de 30/11/94 do BC estabeleceu as regras para 
a constituição e o funcionamento das Companhias Hipotecárias, que 
devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima. A constituição 
e o funcionamento das CH dependem de autorização do BC 
 
As companhias Hipotecárias têm por objeto social: 
 Conceder financiamentos destinados a produção reforma ou 
comercialização de imóveis residenciais ou comerciais e lotes 
urbanos: 
 Comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de 
31 
 
 
 
 
 
 
terceiros; 
 Administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros; 
 Administrar fundos de investimentos imobiliário, desde que 
autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
 Repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da 
aquisição de imóveis residenciais; e, 
 Realizar outras operações que venham a ser expressamente 
autorizadas pelo BC 
 
É facultado às Companhias Hipotecárias 
 
 Emitir letras hipotecárias e cédulas hipotecárias, conforme 
autorização do BC; 
 Emitir debêntures; 
 Obter empréstimos e financiamentos no País e no exterior; e, 
 Realizar outras formas de capitação de recursos que venham a 
ser expressamente autorizadas pelo BC 
 
É vedada as CH manter aplicações no ativo permanente que excedam a 
60% do seu valor de PL 
 
Sociedades de Crédito Imobiliário 
 
A Resolução nº 2.735 de 28/06/2000 do BC estabeleceu que as 
sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras integrantes 
do sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de 
financiamento imobiliário e, constituídas sob a forma de sociedade 
anônima 
As sociedades de crédito imobiliário é facultado, além da realização 
das atividades inerentes a consecução de seus objetivos, operar em todas 
as modalidades admitidas nas normas relativas ao direcionamento dos 
recursos captados em depósitos de poupança. 
32 
 
 
 
 
 
 
As sociedades de crédito imobiliário podem empregar em suas atividades, 
além de recursos próprios, os provenientes de: 
 
 depósito de poupança 
 letras hipotecárias 
 letras imobiliárias 
 repasses de financiamentos contraídos no País, inclusive 
provenientes de fundos nacionais; 
 empréstimos e refinanciamentos contraídos no exterior, inclusive os 
provenientes de repasses e refinanciamento de recursos externos; 
 depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor; 
e, 
 outras formas de capitação de recursos, autorizados pelo BC 
 
 
Associações de Poupança e Empréstimos 
 
Suas cartas patentes foram emitidas pelo extinto BNH, com base no 
dispositivo da Lei nº 4.380/64, que previu a criação, no âmbito do SFH, de 
fundações, cooperativas e outras formas associativas para a construção 
ou aquisição da casa própria sem finalidade de lucro. 
 
As operações são constituídas basicamente por financiamento 
imobiliário. As operações passivas são constituídas basicamente por 
cadernetas de poupança que neste caso, remuneram com os juros como 
se dividendos fossem. 
 
As Seguradoras 
 
A Lei da Reforma Bancária, Lei nº 4.595, de 31/12/64, que 
reformulou o Sistema Financeiro Nacional, enquadrou as seguradoras 
como instituições financeiras, subordinando-as a novas disposições legais, 
33 
 
 
 
 
 
 
sem, contudo, introduzir modificações de profundidade na legislação 
específica aplicável a atividade. 
As seguradoras são orientadas pelo BC quanto aos limites de 
aplicação de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda 
variável. 
 
Conselho de Previdência Complementar 
 
 O Conselho de Previdência Complementar regulamenta e monitora 
as entidades de aposentadoria privadas. 
 
Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar 
 
São instituições restritas a determinado grupo de contribuintes ou 
não, com o objetivo de valorização de seupatrimônio, para garantir a 
complementação da aposentadoria e, por esta razão orientadas, a aplicar 
parte de suas reservas técnicas no mercado financeiro de capitais. 
 
 
Bolsa de valores e BM&F Bolsa de Mercadorias e Futuros 
 
 
As bolsas de valores e a BM&F, agora juntas, são associações 
privadas civis, sem finalidade lucrativa, com o objetivo de manter 
ambiente adequado ao encontro de seus membros e a realização, entre 
eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em 
mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus 
membros e pela Comissão de Valores mobiliários. 
 
A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade autorreguladora 
que opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
 
34 
 
 
 
 
 
 
O quadro social da BOVESPA é integrado por sociedades corretoras que 
podem operar no Sistema Eletrônico de Negociação – Mega Bolsa. 
Na BOVESPA, são regularmente negociados: 
 
 Ações de companhias abertas; 
 Opções sobre ações; 
 Direitos e recibos de subscrição; 
 Bônus de subscrição; 
 Cotas de fundos de investimento fechados; 
 Debêntures e notas promissórias. 
 
A bolsa de mercadorias e futuros são associações privadas civis, 
sem finalidade lucrativa, com o objetivo de efetuar o registro, a 
compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas 
em pregão ou em sistema eletrônico. 
Para tanto devem desenvolver, organizar e operacionalizar um 
mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes 
econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging 
(proteção) ante flutuações de preço de índices, taxas de juros, moedas, 
metais, commodities agropecuárias, bem como de todo e qualquer 
instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no 
futuro possa influenciar negativamente suas atividades. 
 
Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são 
fiscalizadas pela Comissão de Valores mobiliários. (CVM) 
 
 
 
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
As sociedades corretoras são instituições financeiras constituídas como 
sociedades anônimas ou sociedades limitadas, que têm como 
35 
 
 
 
 
 
 
responsabilidade promover de forma segura e eficiente a liquidez das 
transações do sistema tendo como atividades principais: 
 
Estas instituições operam no mercado com a compra, venda e 
distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de 
terceiros. Elas fazem a intermediação com as bolsas de valores e de 
mercadorias. Sua constituição depende de autorização do BC, e o 
exercício de sua atividade depende de autorização da CVM e, como tal: 
 
 operam nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias: 
 efetuam lançamentos públicos de ações 
 administram carteiras e custodiam valores mobiliários instituem, 
organizam e administram fundos de investimento; 
 operam no mercado aberto; e, 
 realizam a intermediação de operações de câmbio 
 
 
Fundos Mútuos de Investimento 
 
São constituídos sob forma de condomínio aberto ou fechado e 
representam a reunião de recursos de poupança, destinados à aplicação 
em carteira diversificada de títulos e/ou valores mobiliários, com o 
objetivo de propiciar aos seus condôminos valorização de cotas, a um 
custo global mais baixo, ao mesmo tempo que tais recursos se constituem 
em fonte de recursos para investimento em capital permanente das 
empresas. 
 
 
Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
Regulamentadas pela Resolução n° 76 de 22 de Novembro de 1967 - 
BACEN, são sociedades anônimas, sociedades limitadas ou firmas 
36 
 
 
 
 
 
 
individuais que têm como funções principais: 
 
As atividades básicas das distribuidoras são constituídas de: 
 
 instituir, organizar e administrar carteiras de valores mobiliários 
e/ou fundos de 
 investimento; 
 operar e intermediar no mercado aberto; 
 operar e intermediar nas bolsas de valores somente através de 
corretoras 
 habilitadas; 
 efetuar operações de underwritting, isolada ou em consórcio de 
emissão de títulos e valores mobiliários para revenda. 
 Intermediação da colocação de emissões de capital no mercado. 
 
 
Nesse mercado atuam os Agentes Autônomos de 
Investimentos, que são pessoas físicas credenciadas pelo BI, 
Financeiras, CCVM e DTVM, que, sem vínculo empregatício e em caráter 
individual, exercem, por conta das instituições credenciadas, a colocação 
de títulos e valores mobiliários, cotas de fundos de investimento e outras 
atividades de intermediação autorizadas pelo BC. 
 
Por serem instituições financeiras, tanto as corretoras quanto as 
Distribuidoras são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Algumas 
de suas atividades (por exemplo administração de fundos de 
investimento)são supervisionadas pela CVM. No caso das Corretoras de 
Valores, as operações em Bolsas também são fiscalizadas pela CVM. 
 
37 
 
 
 
 
 
 
2.4 Agentes Financeiros Especiais 
 
 Banco do Brasil 
 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – DNDES 
 Caixas Econômicas Federal e Estaduais 
 Instituições Federais de Fomento Regional 
 
Banco do Brasil 
 
 O Banco do Brasil é hoje um conglomerado financeiro muito 
parecido com um banco múltiplo, entretanto o Banco do Brasil é o órgão 
executor da política crediticia e financeira do governo brasileiro, 
principalmente o crédito rural, o que lhe dá status de autoridade 
financeira. 
 
 As principais funções do Banco do Brasil são: 
 
 desempenhar as funções de órgão auxiliar da política de crédito do 
governo federal; 
 realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do 
Orçamento Geral da União; 
 executar os serviços de compensação de cheques e outros papeis; 
 financiar atividades industriais e rurais, 
 captar depostos de poupança com direcionamento dos recursos 
para o crédito rural; 
 participar como intermediário financeiro nas operações de 
negociação das dívidas de estados e municípios com o governo 
federal. 
 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 
 
38 
 
 
 
 
 
 
É a instituição responsável pela política de investimentos de longo 
prazo do Governo federal, sendo a principal instituição financeira de 
fomento do país; tendo como objetivos básicos; 
 
 impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; 
 fortalecer o setor empresarial nacional; 
 atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de 
produção; 
 promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, 
industriais e de serviços; e, 
 promover o crescimento e a diversificação das exportações 
 
Para a consecução desses objetivos, conta com um conjunto de 
fundos e programas especiais de fomento. Após o Plano Collor; o BNDES 
ficou encarregado de gerir todo o processo de pri9vatização das empresas 
estatais. 
 
O BNDES é o principal agente do Governo para financiamentos de 
médio e longo prazos aos setores primário, secundário e terciário. 
 
 Como prestador de serviços, o DNDES oferece financiamento e 
prestação de garantias a empresas, participações societárias, garantia de 
subscrição de valores mobiliários e financiamentos a acionistas para 
aumento de capital de empresas e financiamento a pessoas físicas para 
aquisição de equipamentos agrícolas. 
 
 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – 
BNDES, se organiza da seguinte s maneira: 
 BNDES, instituiçãoholding 
 Finame – Agência Especial de Financiamento Industrial 
 BNDES Participações S?A - BANDESPAR 
 
39 
 
 
 
 
 
 
O BNDES holding controla as demais instituições, mas também atua 
nos grandes projetos da seguinte maneira: 
 
 Diretamente – por meio da alocação de recursos ou prestação de 
garantias a empreendimentos ou operações de grande porte. 
 
 Indiretamente – por meio de repasses de recursos para seus 
agentes financeiros, principalmente em iniciativas de alcance local, 
geralmente de micro, pequenas e médias empresas. 
 
 Em consórcio – participando em conjunto com os seus agentes 
financeiros objetivando minimizar riscos e diversificar fontes de 
recursos para projetos apoiados. 
 
Finame – Agência Especial de Financiamento Industrial, é voltada 
para o financiamento 
máquinas e equipamentos industriais a empresa nacionais. As formas de 
atuação do Finame são: 
 
 Programa automático – apoio de máquinas e equipamentos de 
produção em série. 
 
 Programa especial – apoio à aquisição de máquinas e equipamentos 
de maior valor, destinados a projetos de grande porte, fabricados 
por encomenda; 
 
 Programa agrícola – apoio a aquisição de máquinas e equipamentos 
voltados para a produção agropecuária e agroindustrial; 
 
 Finamex – apoio a indústrias brasileiras exportadoras de máquinas e 
equipamentos, inclusive mediante financiamento pré-embarque. 
 
40 
 
 
 
 
 
 
O BNDES Participações S?A – BANDESPAR, tem por objetivo 
principal promover a capitalização da empresas nacional por meio de 
participação acionárias. Ao invés de conceder financiamentos, o 
BNDESPAR adquire ações das empresas, injetando recursos próprios ( que 
não se constitui dívida) para financiar seus investimentos. Após a 
consolidação do investimento, o banco põe à venda as ações adquiridas. 
 
Outras formas de atuação do BNDESPAR são as garantias oferecidas 
no lançamento público de novas ações (underwritting) e financiamento 
para que os acionistas venham a subscrever o aumento de capital da 
empresa. 
 
 Os fundos utilizados pelo BNDES na sua política de financiamentos, 
são oriundos das seguintes fontes: 
 
 Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT – na proporção de no 
mínimo 40% de sua arrecadação; 
 Fundo de participação PIS – PASEP: a partir da promulgação da 
Constituição Federal, em 05.10.1988, não há mais participação na 
arrecadação e entrada de recursos novos provenientes desse fundo. 
 Captação de recursos no mercado externo, representados pela 
contratação de linhas de crédito de organismos financeiros 
internacionais por meio de lançamentos de títulos. 
 
As operações do sistema BNDES são realizadas também por 
intermédio de instituições financeiras, que operam na qualidade de 
agentes financeiros autorizados, como os bancos comerciais, os bancos de 
investimentos, de desenvolvimento, as sociedades de crédito, de 
financiamento e de investimento e os bancos múltiplos. 
 
Caixas Econômicas 
 
41 
 
 
 
 
 
 
 As Caixas Econômicas têm como objetivos principais a capitação de 
economias populares para fomento à aquisição de casa própria, a 
concessão de empréstimos e financiamentos de programas de assistência 
social e a atuação como órgão executor de política de crédito 
governamental. 
 
Especificamente a atuação da Caixa Econômica Federal, realiza as 
seguintes funções: 
 
 Receber depósitos a qualquer título, em especial os da economia 
popular, com o propósito de incentivar o hábito da poupança; 
 Prestar serviços bancários de qualquer natureza; 
 Administrar com exclusividade os serviços das loterias federais, nos 
termos da legislação específica; 
 Exercer o monopólio das operações de penhor civil, com caráter 
permanente e contínuo; 
 Realizar quaisquer operações e atividades negociadas nos mercados 
financeiros internos e externos; 
 Efetuar operações de subscrição, aquisição e distribuição de ações, 
obrigações e quais quer outros títulos ou valores mobiliários no 
mercado de capitais para investimentos ou revenda; 
 Atuar como agente operador e principal arrecadador do Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS 
 Agente pagador do seguro-desemprego 
 Efetuar os serviços de arrecadação, controle e contribuições, 
distribuição de resultados, saques de cotas e administração dos 
recursos do Fundo de Participação do Programa de Integração Social 
– PIS, observando as determinações do Conselho Diretor do Fundo 
PIS – PASEP. 
 Efetuar e recepção das Relações Anuais e Informações Sociais – 
Rais – em conjunto com o Banco do Brasil S/A. 
 Conceder empréstimos e financiamentos de natureza social, em 
42 
 
 
 
 
 
 
consonância com a política do governo federal, observando as 
condições de retornos, que pelo menos se igualem ao custo de 
capitação dos recursos. 
 Operara no setor habitacional como sociedade de crédito imobiliário, 
com o objetivo de facilitar e promover aquisição da casa própria, 
especialmente pelas classes de menor renda da população. 
 
 
Bancos de Fomento Regional 
 
As principais instituições de fomento regional são o Banco do 
nordeste – BNB e o Banco da Amazônia – BASA. 
 
Agências de Fomento ou Desenvolvimento – AF 
 
A Resoluções nº 2.828 de 30/03/2001 do BC estabelece que a 
constituição e o funcionamento de agências de fomento sob o controle 
acionário de unidade da Federação, cujo objeto social é a concessão de 
financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos no País, 
dependem de autorização do BC. 
 
São constituídas na forma de sociedade anônima de capital fechado 
nos termos da Lei nº 6.404, de 15?12/76. cada unidade da federação só 
pode constituir uma agência de fomento, não podem ser transformadas 
em qualquer outro tipo de instituição integrante do SFN. 
 
As agências de fomento somente podem praticar operações de repasse 
de recursos capitados no País e no exterior originários de: 
 fundos constitucionais; 
 orçamento federal, estaduais e municipais; e, 
 organismos e ionstituiçõe4s financeiras nacionais e internacionais de 
desenvolvimento 
43 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 Entidades de Auto Regulação 
 
Associação Nacional dos Bancos de investimentos- AMBIMA 
 
É uma entidade de representação do segmento das instituições 
financeiras que operam no mercado de capitais. Seus associados são, 
basicamente, os bancos de investimento e os bancos múltiplos com 
carteira de investimento. 
A AMBIMA procura criar procedimentos que permitam a auto regulação do 
mercado, os quais, depois de aprovados, devem ser seguidos por todos os 
associados. 
 
Os principais Códigos de Auto Regulação da AMBIMA são: 
 
 Auto regulação dos fundos de investimento 
 Auto regulação do programa de Certificação Continuada 
 Auto Regulação de Ofertas públicas de Títulos e valores Mobiliários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
Entidades Auxiliares do Sistema 
Financeiro Brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta unidade você vai conhecer a estrutura e o 
funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro e 
seus principais subsistemas que juntos processam 
todas as operações de custódia e liquidação das 
operações realizadas diariamente no país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
463.1 O que é o Sistema de Pagamentos Brasileiro - 
SPB 
 
Sistema de pagamentos é o conjunto de procedimentos, regras, 
instrumentos e sistemas operacionais integrados usados para transferir 
recursos do pagador para o recebedor e, com isso, encerrar uma 
obrigação. 
 
O objetivo principal da reestruturação do SPB - Sistema de 
Pagamentos Brasileiro foi melhorar os controles de riscos no Sistema 
Financeiro Nacional, reduzindo o risco sistêmico, antes assumido pelo 
Banco Central do Brasil e demais participantes do sistema de pagamentos, 
as instituições financeiras. 
 
O Sistema de Pagamentos compreende as entidades participantes 
do Sistema Financeiro Nacional (bancos, clearing houses, corretoras, 
etc.), os subsistemas, os procedimentos relacionados com a transferência 
de recursos e de outros ativos financeiros, bem como o processamento, a 
compensação e a liquidação de pagamentos em qualquer de suas formas, 
como cheques, DOC, boletos, etc. 
 
A principal mudança para os clientes dos Bancos foi a criação de 
mais uma opção de transferência de recursos. Os clientes podem utilizar a 
TED (Transferência Eletrônica Disponível) para transferir recursos de sua 
conta corrente para uma conta corrente em outro banco, como alternativa 
às atuais formas de transferência como cheques ou DOCs. 
 
Transferências realizadas por meio da TED permitem que os 
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recursos fiquem disponíveis para uso pelo recebedor, no mesmo dia, 
assim que o banco destinatário receber a mensagem de transferência. 
 
A nova opção oferece maior segurança e agilidade em relação aos 
cheques e DOCs, que continuam a ser processados normalmente no atual 
Sistema de Compensação. 
 
 
Vamos falar dos Sistemas de Liquidação e Custódia existentes, 
também conhecidos como CLearings ou Clearing Houses, responsáveis por 
essa função. 
 
SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia 
 
Criada em 1979 pela ANDIMA, em parceria com o Banco Central, o 
SELIC é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a 
liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos 
federais, garantindo a segurança agilidade e transparência nos negócios. 
 
O objetivo deste sistema é controlar a liquidar financeiramente as 
operações de compra e venda de títulos públicos federais e manter a sua 
custódia física e escritural. 
 
O SELIC é depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro nacional, 
dentre eles as Letras LFT, LTN, e as Notas NTN-B,C,D e F e, nessa 
condição, processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a 
custódia desses títulos. 
 
Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP 
 
A CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação é uma das maiores 
empresas de, custódia e de liquidação financeira da América Latina. Sem 
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fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas instituições financeiras e o 
Banco Central, em março de 1986, para garantir mais segurança e 
agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. 
 
Hoje, a CETIP oferece o suporte necessário a toda a cadeia de 
operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação 
eletrônica, registro de negócios e liquidação financeira. 
A custódia é escritural, feita através do registro eletrônico na conta 
aberta em nome do titular, onde são depositados os ativos por ele 
adquiridos. Isso é uma garantia de que os ativos existem, estão 
registrados em nome do legítimo proprietário e podem ser controlados de 
forma segregada. A CETIP não assume, em momento algum, risco de 
crédito dos emissores dos diversos títulos ali registrados. 
A segurança da informação é determinante para garantir a 
confiabilidade dos serviços prestados e a integridade da própria CETIP, de 
seus participantes e dos mercados atendidos. 
 
Em outras palavras é a garantia de que os títulos existem, estão 
registrados em nome do proprietário e podem ser controlados de forma 
segregada. São custodiados na CETIP, principalmente: CDB, LH, CDI, 
Swaps, Debêntures e Comercial Papers. 
 
Cia Brasileira de Liquidação e Custódia- CBLC 
 
A CBLC atua como Contra parte Central para todos os Agentes de 
Compensação.A principal função de uma Contraparte Central (CCP) é, 
colocando-se entre todos os compradores e vendedores, assumir o risco 
das contra partes entre o fechamento do negócio e sua liquidação. Para 
tanto, as principais atividades de uma contraparte central (CCP) englobam 
o cálculo, o controle e a mitigação dos riscos inerentes ao seu papel, que 
é garantir a liquidação de todos os negócios. A CBLC torna-se contra parte 
central no momento em que a operação é fechada. 
49 
 
 
 
 
 
 
 
Embora a CBLC possa custodiar diversos títulos e valores 
mobiliários, os principais valores mobiliários custodiados na CBLC são as 
ações de companhias abertas. A CBLC embora custodie outros ativos, é 
mais conhecida por custodiar as ações negociadas na BOVESPA. e do 
programa CPA10: CDB, Debênture, Letra Hipotecária, Swap. 
 
Atualmente, a CBLC é a responsável pela liquidação de operações de 
todo o mercado brasileiro de ações, respondendo pela guarda de 100% 
das ações do mercado nacional.. 
 
Antes da CBLC, todas as liquidações financeiras eram realizadas em 
cheque, sujeitos à compensação. Essa forma de liquidação trazia demora 
e riscos para as transações financeiras. 
 
 Outras câmaras de liquidação componentes do SPB são: 
 
Compe: Serviço de Compensação de Cheques e outros papéis 
Central: Compensação e Liquidação 
Câmara BM&F – Câmbio 
Câmara BM&F Derivativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
4 
 
 
 
 
 
 
Canais de Distribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
Nesta unidade você vai entender 
como as pessoas e as empresa se 
comunicam com o Mercado de 
Capitais. Vai saber como os 
produtos e serviços financeiros são 
ofertados aos participantes do 
mercado, dentre eles os investidores 
e usuários de serviços financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As instituições financeiras ao longo das últimas décadas se tornaram 
verdadeiros supermercados de produtos e serviços financeiros que são 
colocados a disposição do público investidos através de canais de 
distribuição mostrados a seguir. 
 
4.1 Canais de Distribuição 
 
 Os principais canais de distribuição dos produtos e serviços 
financeiros são: 
 
 corretoras de valores mobiliários, 
 distribuidoras de títulos e valores mobiliários, 
 rede de agências bancárias, 
 internet (home broker), 
 serviços de Call Center e, 
 banco eletrônico. 
 
 
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
As corretoras de valores são as instituições financeiras mais 
procuradas pelos investidores para acessar o mercado de ações, porque 
são as únicas instituições financeiras do mercado autorizadas a atuar 
dentro do ambiente das Bolsas de Valores. 
 
O investidor deve conhecer bem a corretora que vai escolher para a 
53 
 
 
 
 
 
 
intermediação de seus negócios. Pode consultar a CVM, que é o órgão 
Federal que fiscaliza o mercado de valores mobiliários, e/ou buscar 
informações sobre a condição financeira da corretora e suas 
características, como ranking na Bovespa, tipo de clientes, código de 
ética, etc. 
 
Distribuidorade Títulos e Valores Mobiliários - DTVM 
 
São instituições que fazem a intermediação de ações e outros títulos 
no mercado primário, colocando-os à venda para o público. Como 
instituição auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo 
intermediar operações com Títulos e valores mobiliários, por exemplo: 
papéis de Renda Fixa, Ações e Debêntures. As operações de compra e 
venda de ações, quando negociadas em Bolsa, serão sempre conduzidas 
por uma Corretora de Valores. 
 
Rede de Agências Bancárias 
 
As agências bancárias, normalmente, apenas orientam o cliente 
interessado em investir do mercado de ações a contatar a equipe da 
Corretora de Valores, ou ainda, a utilizar a internet home broker) para 
transmitir suas ordens de compra e venda de ações. 
 
A Internet (home broker) 
 
De forma semelhante aos serviços de Home Banking, oferecidos 
pela rede bancária, os Home Brokers das corretoras estão interligados aos 
sistemas da BOVESPA e permitem que o investidor envie, 
automaticamente, através da Internet, ordens de compra e venda de 
ações. Deve antes fazer o cadastramento junto à Corretora de Valores e 
conhecer suas condições de preço e eventuais restrições de execução de 
ordens. 
54 
 
 
 
 
 
 
 
Call Center 
 
 É responsável pelo atendimento aos clientes no tocante aos 
esclarecimentos de dúvidas, possibilidades de movimentações financeiras, 
recepção e encaminhamentos das reclamações dos clientes. 
 
Banco Eletrônico 
 
 O banco eletrônico permite que sejam realizadas movimentações 
financeiras, verificação de extratos e saldos, contratação de serviços, 
como, pagamento de conta e outros 
 
 Com relação aos produtos e serviços oferecidos nesse grande 
supermercado de produtos e serviços financeiros encontramos: 
 
 Títulos públicos federais 
 Produtos que visam a captação de recursos 
 Produtos que visam financiamento de bens, capital de giro e 
serviços 
 Operações em reais denominadas em moeda estrangeira – Comércio 
exterior 
 Produtos derivativos 
 Produtos que visam a redução de riscos de negócios 
 Administração de Recursos de Terceiros – Fundos e Previdência 
 Prestação de Serviços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercados Financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Objetivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta unidade você vai conhecer o 
funcionamento dos Mercados 
Financeiros os principais Títulos 
Financeiros que são negociados nesse 
mercado, os indicadores financeiros e 
econômicos que servem de parâmetros 
para as decisões de investimentos e os 
riscos que correm os investidores ao 
realizarem operações financeiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os mercados financeiros propiciam um fórum no qual fornecedores e 
tomadores de recursos financeiros podem fazer negócios diretamente. 
 
As empresas que necessitam de recursos de fontes externas podem 
obtê-los de três diferentes formas: 
 
1. através da instituição financeira que capta a poupança e a transfere 
para aqueles que necessitam de recursos. 
 
2. através dos mercados financeiros, espaços organizados nos quais os 
fornecedores e tomadores de recursos fazem transações. 
 
3. através da colocação privada, emissão de ações e títulos de divida para 
investidores no mercado. 
 
As Instituições financeiras são intermediários que canalizam a 
poupança de indivíduos, negócios e governos para empréstimos e 
investimentos. Muitas instituições financeiras juros sobre o montante de 
recursos depositado; outras prestam serviços em troca de uma taxa. 
Algumas instituições financeiras aceitam depósitos dos clientes e 
emprestam esse dinheiro para outros clientes; outras investem as 
economias em ativos rentáveis, tais como imóveis ou ações e títulos; e 
algumas fazem os dois. O governo exige que as instituições financeiras 
operem de acordo com linhas de conduta regulamentadas. 
 
 
Os principais participantes em transações financeiras envolvidos na 
atividade de fornecer e tomar recursos são indivíduos, empresas e 
governos. 
 
Os indivíduos não apenas fornecem recursos para instituições 
financeiras, mas também demandam recursos delas na forma de 
empréstimos. No entanto os indivíduos enquanto grupos, são os 
fornecedores de liquidez para as instituições financeiras: eles poupam 
mais dinheiro do que tomam emprestado recursos em instituições 
financeiras, principalmente em contas correntes, em bancos comerciais. 
As empresas tomam emprestado recursos dessas instituições. Como 
grupo,empresas são demandantes de recursos: elas tomam mais dinheiro 
emprestado do que poupam. 
 
 
 As empresas também depositam parte de seus recursos em 
instituições financeiras, principalmente em contas correntes, em bancos 
comerciais. As empresas tomam emprestado recursos dessas instituições. 
Como grupo, empresas são demandantes de recursos: elas tomam mais 
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dinheiro emprestado do que poupam. 
 
 . 
Os governos mantêm depósitos de recursos temporariamente 
ociosos e alguns pagamentos de impostos e da Providência Social em 
bancos comerciais. Eles não tomam emprestado recursos diretamente de 
instituições financeiras, mas através de seus títulos de dívida. O governo é 
também tipicamente demandante de liquidez de fundos: ele toma mais 
emprestado do que poupa. Todos já devem ter ouvido falar do déficit no 
orçamento do governo federal. 
 
 
 
As principais instituições financeiras da economia brasileira são 
os bancos comerciais, associações de poupança e empréstimo, 
cooperativas de crédito, companhias de seguros, fundos de pensão. Essas 
instituições captam poupança de indivíduos, empresas e governos, que 
dispõem de recursos ociosos e repassam para indivíduos e empresas que 
precisam de recursos. Estão relacionadas, no item anterior que trata do 
Sistema Financeiro Nacional. 
 
 
5.1 Classificação dos Mercados Financeiros 
 
 A classificação dos mercados financeiros seundo Osias Brito é 
a seguinte: 
 
 Mercado interbancário 
 Mercado de títulos Públicos Federais 
 Mercado interbancário de reais 
 Mercado de juros 
 Mercado a termo 
 Mercados futuros 
 Mercado de opções 
 Mercado de derivativos 
 Mercado de ações 
 Mercado futuro de ações 
 
 
 
 
 
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Mercado Interbancário 
 
 
O Mercado Interbancário é privativo dos bancos e dos brokers. 
Caracteriza-se pela intermediação financeira a poupadores e 
vendedores de moeda de forma geral, atuando também como canas de 
distribuição de títulos, utilizado como lastro do dinheiro transacionado. 
 
Mercado de Títulos Públicos Federais 
 
 
O Mercado de Títulos Públicos Federais é materializado através do Open 
Market que é o mercado secundário de títulos

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