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Resumo - cap.1

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CONTABILIDADE AGRÍCOLA
INTRODUÇÃO
O inicio da atividade agropecuária aconteceu a partir do momento em que o homem descobriu que as sementes das plantas lançadas no solo podiam nascer e dar frutos e que os animais podiam ser domesticados e criados em cativeiro. Por milhares de anos o homem viveu de forma extrativista, ou seja, extraiam aquilo que a natureza lhes oferecia naturalmente, pois naquela época não havia muitos recursos tecnológicos.
No inicio as atividades agrícolas era para subsistência, sendo comum a integração das atividades primarias dessas propriedades com as atividades industriais (agroindustriais) – agroindústria: onde o produto “in natura” é transformado em um novo produto (ex.: Leite “transformado” em queijo).
Com a evolução da economia, sobretudo, com os avanços tecnológicos, houve grande mudanças nas características das propriedades, principalmente nos últimos 50 anos, pois a população começou a migrar do meio rural para o urbano.
O conceito de setor primário ou de agricultara perdeu o seu sentido, pois deixou de ser somente rural, agrícola ou primário. Cada um destes seguimentos assumiu funções próprias e com essa nova maneira surgiu a necessidade de uma nova concepção de agricultura, pois não se tratava mais de propriedades autossuficientes, mas de um complexo de bens, serviços e infraestrutura, que envolviam agentes diversos e interdependentes.
Este processo foi analisado por dois autores, John Davis e Ray Goldberg (Harvard, EUA), que definiram e que essa nova realidade ia além do conceito que era dado a agricultura, sendo criado o termo “agribussiness”, definido como: 
[...] conjunto de todas as operações e transações envolvidas desde a fabricação dos insumos agropecuários, das operações de produção nas unidades agropecuárias, até o processamento w distribuição e consumo dos produtos agropecuários in natura ou industrializados. (RUFINO, 199 apud ARAUJO, 2003).
O termo passou a ser utilizado em diversos países. No Brasil só após os anos 80 que a sua tradução literal, agronegócios, passou a ser aceita e utilizada.
PROPRIEDADES RURAIS
AS atividades desenvolvidas pelas propriedades rurais, apresentam-se divididas em 3 grupos distintos (MARION, 2002 p.24):
Atividades agrícola: produção vegetal que se divide em dois grandes grupos:
Cultura de horticula e forrageira – cereais, hortaliças e etc
Arboriçultura – florestamento, pomares e etc.
Atividade zootécnica – produção animal, compreendendo:
Apicultura (criação de abelhas);
Avicultura (criação de aves);
Pecuária (criação de gado) etc.
Atividade agroindustrial: são as industrias rurais, desenvolvidas em unidades empresariais onde ocorrem as etapas de beneficiamento, processo e transformação. Sendo dividas em agroindústrias não alimentares (fibras, couros) e alimentares (líquidos e sólidos).
A agroindústria se divide em:
Beneficiamento – tratamento dado aos produtos sem alterar sua característica (arroz, batata e frutas); 
Processamento utiliza o tratamento especial em alguns produtos, para disponibiliza-los aos consumidores com maior qualidade – pasteurização de leite, o pre-cozimento de batata.
Transformação: é a obtenção de produtos diferentes, com base em produtos 
In natura, processados ou semitransformados, podendo levar ou não aditivos e mistura de outros produtos – produção de queijo, fabricação de pinga, obtenção de carnes processadas.
A atividades rural tem algumas peculiaridades que a diferencia das demais, sendo (CREPALDI,1998):
Desenvolvimento a céu aberto em grandes extensões de terra, com distanciamento dos trabalhadores durante a jornada de trabalho;
Não é continuo o ano todo, variando conforme a estação;
Pode predominar o trabalho manual sobre o mecanizado, exceto em grandes culturas onde a mecanização resulta em economia;
Pode apresentar dificuldades quanto a controles mecânicos e automático do rendimento de cada tarefa desempenhada
Percebe-se desse modo que as atividades rurais apresentam características que as diferenciam das industriais e comerciais.
As atividades rurais podem ter suas atividades exploradas de duas formas jurídicas: como pessoa física e jurídica. No Brasil a predominante é física, por se tratar de administração familiar.
FORMAS DE EXPLORAÇÃO 
Nas explorações agropecuárias, existem dois tipos de investimentos:
Capital Fundiário – Que são todos os recursos fixos, vinculados á terra e dela não retiráveis: terras, edifícios, edificações rurais, benfeitorias, melhoramento na terra, cultura permanente, pastos e etc.
Segundo Marion, o capital fundiário, na agropecuária representa aquilo que nas industrias transformadoras corresponde aos edifícios e seus anexos.
Capital do Exercício – é o capital operacional ou capital de trabalho: gado para reprodução, animais de trabalho, equipamento, trator e MOD.
Para Marion o capital do exercício é o instrumental necessário para o funcionamento do negócio.
A partir da combinação dos capitais surgem os tipos de exploração:
EMPRESÁRIO AGROPECUARIO COM A PROPRIEDADE DA TERRA: neste caso, além de possuir a terra, somam-se a ela os capitais fundiários do exercício. Nesta situação o proprietário além de possuir a terra, também investe no capital do exercício e administra a propriedade.
PARCERIA: o proprietário possuí o capital fundiário e o capital do exercício e trabalha com parceria com um terceiro que colabora com na atividade com o serviço e recebe remuneração pelo serviço (a meia).
ARRENDAMENTO: Neste caso o proprietário aluga seu capital fundiário (terra, cultura permanente). Dificilmente aluga o capital do exercício (maquinas, equipamentos, gados) para um terceiro que queira explorar a atividade. Dessa forma surge o Sistema de Arrendamento, onde o arrendador recebe do arrendatário um certa contribuição (aluguel).
COMODATO: é o empréstimo gratuito, em virtude do qual uma das partes cede por empréstimo a um terceiro, pf ou pj, terras c/ ou s/ equipamentos, com objetivo de explora-la por tempo determinado e nas condições pré estabelecidas em contrato.
CONDOMINIO: é a propriedade em comum, em que os condôminos proprietários de uma propriedade rural compartilham da mesma proporção da parte que lhes cabe por direitos no condomínio, os riscos e os resultados da exploração da atividade.
ANO AGRÍCOLA vs EXERCÍCIO SOCIAL
Ao contrario das outras atividades, que a comercialização ocorre ao longo dos 12 meses, a produção agrícola é sazonal e concentra-se em determinado período, podendo ser dias ou meses de um determinado ano.
Ao termino da colheita ocorre a comercialização, ocorrendo o encerramento do ano agrícola, período em que se planta, colhe e comercializa a safra. Neste caso considera-se ano agrícola o inicio do plantio até o término da colheita, pois não existe melhor momento para se medir o resultado do período do que logo após a colheita e sua comercialização.
Quando o produtor opta por armazenamento para comercialização com melhor preço, pelo fato de não ocorrer venda, não é possível apurar o resultado contábil, porém o produtor pode apurar o resultado econômico da atividade, para isso basta que ele conheça os custos de produção e o valor de comercialização do produto.
PRODUTOS AGRICOLAS COM COLHEITAS EM PERÍODOS DIFERENTES
Quando ocorre esta situação é recomenda-se que o ano agrícola seja fixado em função da cultura que representa maior valor econômico ou em função da atividade que tenha maior área de cultivo.
CULTURAS TEMPORÁRIAS
As culturas temporárias são aquelas sujeitas a replantio após a colheita, cujo o período de vida é curto, menos de um ano.
Considera-se custo de cultura todos os gastos identificáveis direta ou indiretamente a cultura.
Com relação a colheita, todo custo será apropriado a cultura temporária em formação. Quando a colheita não é feita no período abre-se uma conta para colheita em andamento.
CULTURAS PERMANENTES
A principal característica das culturas permanentes é que elas permanecem vinculadas ao solo e propiciam mais de uma colheita ou produção.
A depreciaçãoe exaustão, normalmente, é o principal item que compõe o custo da colheita da cultura permanente.

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