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Avaliação II - Individual (Cod.: Formação de Preços e Custos no Comércio Exterior Prova Período para responder 29/09/2025 - 13/10/2025 1No processo de exportação, o despachante aduaneiro desempenha um papel vital na agilização das etapas de liberação alfandegária. A Receita Federal do Brasil destaca que 97% dos desembaraços aduaneiros no país passam pelos préstimos de um Despachante Aduaneiro. Sua função é assegurar que todas as mercadorias a serem exportadas estejam em conformidade com os regulamentos aduaneiros, tanto do país de origem quanto do país de destino. No Brasil, o Despacho Aduaneiro é uma atividade exercida por intermédio de pessoa física (atividade autônoma), autorizada e habilitada unicamente pela Receita Federal do Brasil. O trabalho do despachante envolve uma série de etapas detalhadas, que vão desde a classificação correta das mercadorias na nomenclatura aduaneira até o preenchimento e a entrega de todos os documentos necessários para o despacho aduaneiro, como Nota Fiscal de exportação, Conhecimento de Embarque, fatura comercial, declarações, licenças e certificadosFonte: Adaptado de: Portal CONEXO. O despachante aduaneiro e sua remuneração. 2023. Disponível em: https://conexo.com.br/br/blog/o-despachante-aduaneiro-e-sua-remuneracao. Acesso em: 30 set. 2024. Com base na descrição das funções do despachante, qual das opções a seguir descreve a forma comum de cobrança pelos serviços de um despachante aduaneiro autônomo? A) O custo do serviço de um despachante aduaneiro é geralmente cobrado com base no valor total das mercadorias exportadas. B) A remuneração do despachante aduaneiro é um valor fixo anual independente da quantidade de processos de exportação realizados. C) Os custos dos serviços de um despachante aduaneiro variam conforme a distância entre o país de origem e o país de destino das mercadorias. D) O despachante aduaneiro cobra por hora trabalhada, com taxas adicionais aplicáveis dependendo do tipo de mercadoria e destinação. E) Os serviços de um despachante aduaneiro são cobrados por processo e podem ser ajustados de acordo com a complexidade do processo. 2 A Classificação Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é um sistema adotado pelos países do Mercosul para categorizar mercadorias em um código padronizado, essencial para o comércio internacional. Baseada no Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH), a NCM classifica os produtos por meio de um código numérico. O código NCM especifica que tipo de produto é, facilitando a identificação para fins fiscais e aduaneiros. As alíquotas de impostos como Imposto de Importação (II), IPI, PIS, COFINS, e ICMS, são determinadas com base na classificação NCM de um produto. Cada código NCM está associado a uma alíquota específica aplicável para a importação ou exportação desse produto. Assim, as empresas podem planejar os custos relacionados à importação e exportação, incluindo o cálculo exato dos impostos a serem pagos. Fonte: adaptado de: http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/glossario.html#valorad. Acesso em: 23 out. 2023.A NCM classifica os produtos por meio de um código numérico de quantos dígitos? A) 11 B) 8. C) 10. D) 6. E) 4. 3No contexto do comércio exterior, a utilização de carta de crédito é uma prática comum para garantir a segurança nas transações. Após negociação da modalidade de pagamento via carta de crédito, este documento é confirmado junto ao banco do exportador no Brasil. Essa confirmação serve como uma garantia adicional para o exportador, assegurando que o pagamento será recebido desde que os termos e condições estipulados na carta de crédito sejam cumpridos. Fonte: adaptado de: GREMAUD, A. P.; SILBER, S. D.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. M. de. Comércio exterior e negócios internacionais. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. E-book. Quem tem a responsabilidade de emitir uma carta de crédito no processo de comércio internacional? A) O importador estrangeiro, para assegurar o pagamento da mercadoria. B) A agência de crédito à exportação, para cobrir riscos de não pagamento. C) O despachante aduaneiro, para facilitar o processo de exportação. D) O exportador brasileiro, para garantir que os termos de envio sejam cumpridos. E) O banco do exportador no Brasil, para confirmar a transação de exportação. 4O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um imposto federal aplicado a produtos listados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), que se baseia na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e abrange produtos industrializados, tanto nacionais quanto importados. Esse imposto é cobrado sobre mercadorias importadas com o objetivo de nivelar os custos em relação aos produtos fabricados no Brasil. O IPI na importação visa não apenas a arrecadação, mas também a conformidade com a política industrial do país, buscando garantir igualdade tributária entre produtos importados e nacionais. Além disso, o IPI observa o princípio da não cumulatividade, permitindo que o valor do imposto pago na importação seja utilizado como crédito pelo importador. Esse crédito pode ser compensado com o imposto devido em outras operações sujeitas ao IPI realizadas pelo importador.Fonte: Adaptado de: RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Glossário Tratamento tributário e administrativo. Atualizado em 20 out. 2020. Disponível em: http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/glossario.html#valorad. Acesso em: 30 set. 2024. Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I. Na revenda do produto importado, a empresa importadora poderá compensar o imposto de IPI. PORQUE II. O princípio da não cumulatividade estabelece que um imposto não deve ser cobrado mais de uma vez sobre o mesmo item ou transação.A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A) As asserções I e II são falsas. B) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. C) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. D) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. E) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. 5O Conhecimento Marítimo, conhecido internacionalmente como Bill of Lading (BL), desempenha um papel fundamental no comércio internacional. Este documento tem múltiplas funções. O processo de emissão do BL inicia-se após o carregamento das mercadorias no navio. É emitido pela companhia de navegação ou por seu agente e contém detalhes como a descrição da mercadoria, a quantidade, o destino e os termos do transporte. Essa documentação é essencial tanto para o exportador quanto para o importador, pois garante que as mercadorias foram entregues à companhia de navegação e estão a caminho do destino acordado. Nesta linha de raciocínio, o endosso do Conhecimento de Embarque será em branco - tornar o conhecimento ao portador, o que implica em dizer que quem estiver com sua posse pode reclamar a mercadoria – ou em preto - o conhecimento é endossado a alguém definido, sendo que somente este poderá reclamar a mercadoria.Fonte: Adaptado de: PASSOS, L. C. Conhecimento de Embarque. Portogente, 7 mar. 2029. Disponível em: https://portogente.com.br/portopedia/73167-conhecimento-de-embarque. Acesso em: 30 set. 2024.Considerando as informações sobre o Conhecimento Marítimo (Bill of Lading - BL) no comércio marítimo internacional, qual das seguintes afirmações é correta? A) O BL, quando emitido "à ordem", não pode ser endossado, limitando-se a ser transferido apenas entre as partes originalmente nomeadas. B) O BL não pode ser endossado em nenhuma circunstância, mantendo-se sempre vinculado ao nome original do exportador ou importador. C) O BL é emitido pela companhia de navegação ou seu agente e atua como contrato de transporte, recibo de embarque e, em alguns casos, como título de propriedade das mercadorias. D) O BL é emitido pelo importador e serve apenas como um recibo de embarque das mercadorias, sem valor contratual. E) A partir de 2013, a Aduana brasileira exigea apresentação do Conhecimento de Embarque original para retirar a mercadoria do recinto alfandegado. 6O Seguro de Crédito à Exportação prevê a cobertura, mediante o pagamento de prêmio, para os financiadores das exportações brasileiras em caso de calote decorrente de risco comercial, político e extraordinário. O SCE é lastreado com recursos públicos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), de responsabilidade do Ministério da Fazenda, e é operado pela Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF). O SCE garante os financiamentos de crédito à exportação contra: Risco comercial: quando o financiador (exportador ou banco financiador) não recebe os créditos concedidos ao importador (mora, falência, etc.); Risco político: como mora, rescisão arbitrária ou moratória geral decretada pelas autoridades do país devedor; e Riscos extraordinários: que impeçam o pagamento da dívida financiada (guerras, revoluções, catástrofes naturais). Em um exemplo hipotético, a Empresa BR, uma exportadora brasileira especializada na produção de insumos químicos, estabeleceu um contrato de fornecimento com a Empresa Importadora, uma renomada fabricante da indústria farmacêutica situada em um país vizinho. Este contrato, previsto para vigorar por um período de dois anos, envolvia remessas mensais de produtos e representava uma parcela significativa da receita da Empresa BR. Durante o sexto mês de execução do contrato, eventos políticos imprevistos e significativos ocorreram no país vizinho. O governo local, em resposta a complexas dinâmicas políticas, adotou uma série de medidas protecionistas, destacando-se entre elas a imposição de restrições acentuadas à importação de insumos químicos. Tal medida visava fortalecer a indústria nacional, mas teve repercussões diretas sobre o contrato em questão. Consequentemente, a Empresa Importadora viu-se impossibilitada de honrar o acordo estabelecido com a Empresa BR, devido às novas políticas governamentais que restringiam severamente a importação dos insumos químicos contratados. A situação resultou em um aviso à Empresa BR sobre a rescisão antecipada. Adicionalmente, a Empresa Importadora optou por não honrar o pagamento dos produtos que já haviam sido recebidos.Fonte: Adaptado de: BNDES. Seguro de Crédito à Exportação. 2023. Disponível em: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/transparencia/fundos-governamentais/fundo-de-garantia-a-exportacao-fge/Seguro-de-Credito-a-Exportacao. Acesso em: 30 set. 2024.Quais) tipos) de risco foforam predominantes no caso da Empresa BR, que enfrentou dificuldades devido às mudanças políticas no país vizinho, afetando seu contrato de exportação com a Empresa Importadora?I. Risco político (rescisão arbitrária dos contratos). II. Riscos extraordinários (revolução). III. Risco protecionista (moratória geral decretada pelas autoridades do país devedor). IV. Risco comercial (quando o Exportador não recebe pagamento do Importador).É correto o que se afirma em: A) I, II e III, apenas. B) III e IV, apenas. C) II e III, apenas. D) I e IV, apenas. E) II, III e IV, apenas. 7Uma das principais diferenças entre CIF e FOB é a parte responsável pelos custos de transporte e seguro. Essas regras definem a distribuição de custos, riscos e formalidades de importação e exportação entre o vendedor e o comprador no processo de entrega da mercadoria. O frete FOB vem da sigla em inglês de Free On Board, que significa “livre a bordo”, quando traduzido literalmente. Nesse tipo de frete, toda a responsabilidade pelo transporte da mercadoria é do cliente, incluindo os riscos e os custos. Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:I. Do ponto de vista do vendedor, FOB é uma boa alternativa. PORQUE II. A sua responsabilidade termina assim que a mercadoria é colocada a bordo. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A) As asserções I e II são falsas. B) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. C) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. D) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. E) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 8No comércio exterior, o conhecimento sobre a origem de um produto importado e o local onde ele foi fabricado é essencial. Isso está diretamente relacionado a um documento que atesta a nacionalidade de uma mercadoria, vital para determinar tarifas alfandegárias e garantir a conformidade com acordos comerciais ou tratados entre países. As regras de origem são critérios usados para definir a nacionalidade econômica de um produto. Elas são fundamentais em contextos de acordos comerciais que estabelecem tarifas preferenciais ou isenções tributárias para produtos de determinados países, ou blocos econômicos.Qual é a denominação do documento descrito no texto e quem é responsável por emitir este documento?I. Este documento é emitido pelo importador. II. O documento é denominado Regra de Origem. III. O documento é denominado Certificado de Origem. IV. Este documento é emitido pelo exportador e enviado ao importador.É correto o que se afirma em: A) III e IV, apenas. B) I, II, III e IV. C) II e IV, apenas. D) I, apenas. E) I, II e III, apenas. 9A proteção cambial é uma estratégia vital para empresas que operam no cenário internacional devido ao risco cambial. Esse risco surge das flutuações imprevisíveis no valor das moedas, que podem afetar drasticamente os lucros de um negócio. Uma variação significativa na taxa de câmbio pode transformar uma operação lucrativa em uma perda substancial, evidenciando a importância de medidas eficazes de proteção cambial. As empresas têm à disposição uma variedade de instrumentos derivativos que servem para fazer o hedge cambial, ou seja, proteger-se contra o risco de alterações adversas nas taxas de câmbio. Esses instrumentos incluem contratos a termo de moeda, fundos cambiais e operações no mercado futuro. O uso dessas ferramentas permite às empresas fixarem antecipadamente a taxa de câmbio para uma data futura, criando uma espécie de seguro contra variações inesperadas no valor da moeda. Isso pode ser particularmente útil para empresas que têm grandes somas de dinheiro atreladas a transações em moedas estrangeiras. Ao usar um contrato a termo de moeda, por exemplo, a empresa pode acordar um preço específico para comprar ou vender uma moeda em uma data futura, independentemente das flutuações do mercado. Essa estratégia pode ser extremamente benéfica em momentos de grande volatilidade cambial, pois permite que a empresa planeje suas finanças com maior certeza. No entanto, a decisão de usar esses instrumentos de hedge cambial envolve uma consideração dos custos e benefícios. Embora ofereçam proteção contra a volatilidade cambial, esses instrumentos também podem representar um custo adicional para a empresa. O empresário deve ponderar se os benefícios da proteção cambial superam os custos associados e se a estabilidade proporcionada por essas ferramentas justifica o investimento nelas. Qual é o principal objetivo de utilizar instrumentos de hedge cambial nas operações de comércio exterior? A) Maximizar os lucros por meio de especulação cambial. B) Influenciar o mercado de câmbio global. C) Evitar qualquer tipo de transação com moeda estrangeira. D) "Travar" a taxa de câmbio em um nível vantajoso para a empresa. E) Eliminar a necessidade de trocas de moeda. 10Custos logísticos na exportação de farelo de soja O Brasil fornece mais de um terço de toda a produção de soja no mundo, número superior ao dos Estados Unidos, que é um grande competidor no mercado de soja, visto que a área de plantação é vasta, assim como no Brasil. Um dos países que mais se destaca no consumo de soja é a China, pois, apesar de ter aproximadamente 20% da população mundial, seu território representa apenas 7%, tornando o plantio inviável. Além da soja, a China também importa produtos como trigo, arroze milho, tanto para consumo animal quanto humano. No mercado japonês, o principal consumo dos produtos do complexo soja é voltado para a alimentação humana. O vinagre preto (kurosu), o molho de soja (shoyu), a pasta de soja e a cevada (miso) são muito difundidos na cultura milenar do país e consumidos diariamente. Há um grande gargalo na questão da exportação do farelo de soja, pois, embora os preços sejam baixos e competitivos, os problemas logísticos adicionam variáveis que tornam a operação inviável em alguns casos, resultando em pouco aproveitamento do tempo de transporte. Do ponto de vista logístico para exportação, as rodovias são precárias, o sistema ferroviário é inexistente e a demora na atracação dos navios representa o maior desafio da logística no Brasil atualmente.Fonte: Adaptado de: SILVA, G. S. da; BARBOSA, M. S.; BARTISTA, J. A. de ANDRADE. Os desafios da logística brasileira na exportação de farelo de soja para o mercado asiático. EnGeTec, 2022. Disponível em: https://www.fateczl.edu.br/engetec/engetec_2022/5_EnGeTec_paper_086.pdf. Acesso em: 30 set. 2024.Qual é o impacto dos problemas logísticos nos custos e processos operacionais das exportações de farelo de soja do Brasil?I. Não tem impacto nos custos de exportação. II. Reduz os custos devido à eficiência dos portos. III. Aumenta os custos devido a atrasos e superlotação. IV. Aumenta o tempo necessário para o processo de exportação.É correto o que se afirma em: A) I e IV, apenas. B) II, III e IV, apenas. C) III e IV, apenas. D) I, II e III, apenas. E) II e III, apenas. Para finalizar a avaliação é necessário responder todas as questões.