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Curso 1 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO E MEIO AMBIENTE CAPÍTULO 3.1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL É fato que as exigências relacionadas à questão ambiental avançaram significativamente nas últimas décadas. Foram criadas Leis, normas, procedimentos, etc. que precisam ser adotados pelas empresas para implantar um novo empreendimento, ampliar uma fábrica ou explorara os recursos naturais. Assim é necessário entender as questões relacionadas ao licenciamento ambiental. Objetivos de aprendizagem 1. Entender o que é IMPACTO AMBIENTAL 2. Identificar os tipos de LICENCIAMENTO AMBIENTAL 3. Entender o contexto do Estudo Prévio de Impacto Ambiental(EIA) e do Relatório de Impacto do meio Ambiente (RIMA) 4.1 A AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL Impacto ambiental pode ser definido como a modificação no meio ambiente causada pela ação do homem. Assim, há impactos ambientais de todo tipo, desde pequenos impactos, que não modificam substancialmente o meio ambiente natural, até grandes impactos, que afetam profundamente a natureza, além de provocar problemas para o ser humano como a poluição do ar, do solo e das águas. (DIAS, 2006) De acordo com resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA1), considera-se impacto ambiental "qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta ou indiretamente afetam:" • a saúde, a segurança e o bem-estar da população; • as atividades sociais e econômicas; • a biota; 1 CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986, artigo 1º. Curso 2 • as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; • a qualidade dos recursos ambientais. Há uma diversidade de impactos causados pelas empresas em função do tipo de atividade que executam e do setor econômico ao qual pertencem. A Resolução CONAMA 237, de 19 de dezembro de 1997, artigo 22, prevê que "a localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimento e atividades que utilizam os recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambientar' dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente. Assim, o licenciamento ambiental pode ser conceituado como o procedimento administrativo através do qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 4.2 TIPOS DE LICENÇA AMBIENTAL Conforme Dias (2006, p. 63), a Licença Ambiental, para ser obtida, dependerá de Estudo prévio de Impacto Ambiental (ElA) e respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA). O licenciamento ambiental está previsto nos vários níveis de competência pública (municipal, estadual e federal) em função do âmbito de abrangência do impacto ambiental. Assim, dependerá do porte ou do impacto produzido pelo empreendimento ou atividade o âmbito em que será emitido o licenciamento. As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Na legislação do CONAMA2 estão previstas a Licença Prévia, Licença de instalação e Licença de operação, que poderão ser expedidas isolada ou separadamente ((FEPAM): A licença Prévia (LP) é concedida na fase preliminar do planejamento de empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. Durante o processo de obtenção da 2 Resolução CONAMA no. 237, de 19 de dezembro de 1997, que "dispõe sobre a revisão de procedimentos e critérios utilizados pelo Sistema de Licenciamento Ambienta! instituído pela política Nacional de Meio Ambiente" Curso 3 licença prévia, são analisados diversos fatores que definirão a viabilidade ou não do empreendimento que se pleiteia. É nessa fase que3: - são levantados os impactos ambientais e sociais prováveis do empreendimento; - são avaliadas a magnitude e a abrangência de tais impactos; - são formuladas medidas que, uma vez implementadas, serão capazes de eliminar ou atenuar os impactos; - são ouvidos os órgãos ambientais das esferas competentes; Embora ainda não autorize o inicio das obras, a licença prévia é considerada a mais importante por técnicos da área, por demonstrar o comprometimento ambiental do empreendedor; - são ouvidos órgãos e entidades setoriais, em cuja área de atuação se situa o empreendimento; - são discutidos com a comunidade, caso haja audiência pública, os impactos ambientais e respectivas medidas mitigadoras e compensatórias; e - é tomada a decisão a respeito da viabilidade ambiental do empreendimento, levando-se em conta sua localização e seus prováveis impactos, em confronto com as medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais. A Licença de Instalação (LI) é a licença que permite a execução das obras civis. Autoriza a instalação de empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes. Ao conceder a licença de instalação, o órgão gestor de meio ambiente terá: - autorizado o empreendedor a iniciar as obras; - concordado com as especificações constantes dos planos, programas e projetos ambientais, seus detalhamentos e respectivos cronogramas de implementação; - verificado o atendimento das condicionantes determinadas na licença prévia; - estabelecido medidas de controle ambiental, com vistas a garantir que a fase de implantação do empreendimento - obedecido os padrões de qualidade ambiental estabelecidos em lei ou regulamentos; - fixado as condicionantes da licença de instalação (medidas mitigadoras e/ou compensatórias). O órgão ambiental realizará o monitoramento das condicionantes determinadas na concessão da licença. O acompanhamento é feito ao longo do processo de instalação e será determinado conforme cada empreendimento. O prazo de validade da licença de 3 Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental Curso 4 instalação será, no mínimo, igual ao estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a seis anos. A Licença de Operação autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores (prévia e de instalação) e a verificação do funcionamento dos equipamentos de controle de poluição. A partir da expedição da licença de operação, que autoriza o inicio das atividades, inicia-se o processo de fiscalização, onde é verificado se estão sendo cumpridas as exigências, regras e parâmetros definidos na licença. Sua concessão é por tempo finito. A licença não tem caráter definitivo e, portanto, sujeita o empreendedor à renovação, com condicionantes supervenientes. O prazo de validade da licença de operação deverá considerar os planos de controle ambiental e será, em regra, de, no mínimo, quatro anos e, no máximo, dez anos (Resolução Conama 237/97, art. 18, III.). Na renovação da licença de operação, é facultado ao órgão ambiental, mediante justificativa, para aumentar oureduzir seu prazo de validade, mantendo os limites mínimo e máximo de quatro e dez anos. A decisão será tomada com base na avaliação do desempenho ambiental da atividade no período anterior (Resolução Conama 237/97, art. 18, § 3º). A renovação da LO deverá ser requerida pelo empreendedor com antecedência mínima de 120 dias do prazo de sua expiração. O pedido de renovação deverá ser publicado no jornal oficial do estado e em um periódico regional ou local de grande circulação (Lei 6.938/81, art. 10, § 1º.) A licença de operação possui três características básicas 4: 1. é concedida após a verificação, pelo órgão ambiental, do efetivo cumprimento das condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores (prévia e de instalação); 2. contém as medidas de controle ambiental (padrões ambientais) que servirão de limite para o funcionamento do empreendimento ou atividade; e 3. especifica as condicionantes determinadas para a operação do empreendimento, cujo cumprimento é obrigatório, sob pena de suspensão ou cancelamento da operação. O órgão ambiental realizará o monitoramento das condicionantes determinadas na concessão da licença. O acompanhamento é feito ao longo do processo de instalação e será determinado conforme cada empreendimento. 4 Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental Curso 5 O não-licenciamento ambiental implica crime contra a meio ambiente, previsto na Lei no. 9.605/98, cujo artigo 60 estabelece pena de detenção de um a seis meses e/ou multa. De acordo com o art. 23, incisos III, VI e VII da Constituição Federal, é competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios proteger o meio ambiente, combater a poluição em qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora. De modo geral podemos dizer que as competências quanto ao licenciamento dividem-se em: • Órgão ambiental federal (Ibama) - É responsável pelo licenciamento de atividades e obras com grande impacto ambienta! e que afetam diretamente mais de um Estado brasileiro ou que ultrapassam os limites territoriais do Brasil. É o caso da construção de portos, rodovias, ferrovias e usinas hidrelétricas de grande porte. Ficam a cargo do Ibama também as atividades desenvolvidas nos bens da União, como os terrenos da marinha (áreas próximas ao mar), terras indígenas, mar territorial e plataforma continental - estes dois últimos explorados pelo setor de petróleo e gás; • Órgão ambienta! Estadual - Licencia atividades ou obras com impacto apenas nos limites do Estado e de abrangência intermunicipal, como pequenas centrais hidrelétricas e praticamente todos os empreendimentos industriais; • Órgão ambiental municipal - Licencia atividades ou obras com impacto somente local, como a construção de supermercados, empreendimentos imobiliários e shopping Center. A Resolução CONAMA de dezembro de 1997, prevê que os municípios poderão licenciar atividades que possam causar degradação ambiental, caso os efeitos dos impactos sejam locais e desde que a localidade possua estrutura administrativa adequada, além de lei municipal onde conste a exigência do Estudo de Impacto Ambiental e os critérios do licenciamento respectivo. Assim, a licença ambiental é um documento com prazo de validade definido no qual o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem seguidas pela atividade que está sendo licenciada. Ao receber a Licença Ambiental, o empreendedor assume os compromissos para a manutenção da qualidade ambiental do local em que se instala. O Ministério do Meio Ambiente criou o Portal Nacional de Licenciamento Ambiental (PNLA), uma ferramenta para divulgar informações relacionadas aos procedimentos do licenciamento ambiental. Ver informações no site http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=46. Curso 6 O PNLA tem por objetivo atender à Lei no. 10.650 de 16 de abril de 20035, que dispõe sobre o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). O PNLA foi criado para agregar e sistematizar informações sobre o licenciamento ambiental e facilitar o acesso público gerado em todas as esferas de governo: federal, estadual, distrital e municipal. 4.3 ESTUDOS AMBIENTAIS: ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL E O RELATÓRIO DE IMPACTO DO MEIO AMBIENTE A Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA enfatiz a necessidade de compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com a qualidade ambiental, tendo como objetivo precípuo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar as condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (Lei 6.938/81 , art. 2º.) Para garantir esse objetivo, a Resolução Conama 01/86, art. 2º. consagrou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) como o principal documento de avaliação de impactos de empreendimentos sujeitos ao licenciamento, determinando que o EIA deve trazer a “definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e os sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas” (Inciso III do art. 6.º da Resolução Conama 01/86). A necessidade de EIA para o licenciamento é reforçada pela Constituição Federal de 1988 que incumbiu ao Poder Público “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou de atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade” (Inciso IV, § 1º do art. 225 da Constituição Federal de 1988). Além disso, segundo o art. 3º da Resolução Conama 237/97, todas as atividades e empreendimentos considerados, efetiva ou potencialmente, causadores de significativa degradação do meio ambiente dependerão de estudo de impacto ambiental (EIA) e derespectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (Rima). ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – EIA-RIMA, são dois documentos distintos, que servem como instrumento para a 5 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.650.htm Curso 7 Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), sendo parte integrante do processo de licenciamento ambiental. Assim, as atividades utilizadoras de Recursos Ambientais consideradas de significativo potencial de degradação ou poluição dependerão do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para seu licenciamento ambiental. Neste caso o licenciamento ambiental apresenta uma série de procedimentos específicos, inclusive realização de audiência pública, e envolve diversos segmentos da população interessada ou afetada pelo empreendimento. O EIA deve ser elaborado por profissionais legalmente habilitados e deve 6: i) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; ii) identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade; iii) definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetados pelos impactos, denominados área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; iv) considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto e sua compatibilidade50. De acordo com o art. 6º da Resolução Conama 237/97, o EIA deve ser composto obrigatoriamentepor quatro seções: 1. diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento: deve descrever e analisar as potencialidades dos meios físico, biológico e socioeconômico da área de influência do empreendimento, inferindo sobre a situação desses elementos antes e depois da implantação do projeto; 2. análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas: contempla a previsão da magnitude e a interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes do empreendimento, discriminando os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; o grau de reversibilidade desses impactos; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais; 3. medidas mitigadoras dos impactos negativos: devem ter sua eficiência avaliada a partir da implementação dos programas ambientais previstos para serem implementados durante a vigência da LI; e 6 Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental. Curso 8 4. programa de acompanhamento e monitoramento: deve abranger os impactos positivos e negativos, indicando os padrões de qualidade a serem adotados como parâmetros. Considerando a extensão, o nível de detalhamento do EIA e o fato de ele ser redigido em linguagem técnica, o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) é elaborado, em linguagem mais acessível, com o objetivo de atender à demanda da sociedade por informações a respeito do empreendimento e de seus impactos. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA O Rima é exigido nos mesmos casos em que se exige o EIA. O EIA e o Rima são dois documentos distintos com focos diferenciados. O EIA tem como objeto o diagnóstico das potencialidades naturais e socioeconômicas, os impactos do empreendimento e as medidas destinadas a mitigação, compensação e controle desses impactos. Já o Rima oferece informações essenciais para que a população tenha conhecimento das vantagens e desvantagens do projeto e as conseqüências ambientais de sua implementação. Em termos gerais, pode-se dizer que o EIA é um documento técnico e que o Rima é um relatório gerencial. O Rima deve conter, de acordo com os incisos I a VIII do art. 9º da Resolução Conama 01/867: I. os objetivos e as justificativas do projeto, sua relação e sua compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; II. a descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação, a área de influência, as matérias primas e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia e os empregos diretos e indiretos a serem gerados; III. a síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do projeto; IV. a descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e da operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação; 7 Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental Curso 9 V. a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas e a hipótese de sua não- realização; VI. a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado; VII. o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; VIII. a recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral). A análise dos itens anteriores permite concluir que o Rima é um conjunto de informações destinadas a possibilitar a avaliação do potencial impactante do empreendimento. O EIA/RIMA está vinculado à Licença Prévia, por se tratar de um estudo prévio dos impactos que poderão vir a ocorrer, com a instalação e/ou operação de um dado empreendimento. O EIA/RIMA deverá ser elaborado por uma equipe técnica multidisciplinar que se responsabilize pelos diversos assuntos referentes aos meios físico, biológico e sócio-econômico da área onde será instalado o empreendimento. (Dias, 2006) Conforme a Fundação Estadual Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler 8, depende de elaboração de EIA/RIMA o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente: • estradas de rodagem com 2 (duas) ou mais faixas de rolamento; • ferrovias; • portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; • aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48, do Decreto-Lei n.º 32, de 18 de novembro de 1966; • oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; • linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 KW; • obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; • extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); 8http://www.fepam.rs.gov.br/central/pdfs/eiarimainstabril2002.pdf Curso 10 • extração de minério, inclusive os da classe II, definidos no CÓDIGO DE • MINERAÇÃO; • aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; • usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW; • complexos e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, • siderúrgicos, destilarias e álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); • distritos industriais e Zonas Estritamente Industriais - ZEI; • exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 há (cem hectares) ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; • projetos urbanísticos, acima de 100 há (cem hectares) ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; • qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a 10t (dez toneladas) por dias. Obs.: Poderá ser exigida a apresentação de EIA/RIMA de outros ramos além dos acima especificados, a critério do órgão ambiental. EIA/RIMA e licenciamento ambiental não são a mesma coisa. O licenciamento ambiental pode ser exigido para qualquer empreendimento, já o EIA/RIMA só é exigível para aquelas obras ou empreendimento de maior nocividade ao meio ambiente. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: Tribunal de Contas da União. Cartilha de licenciamento ambiental / Tribunal de Contas da União; com colaboração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. -- 2.ed. -- Brasília : TCU, 4ª Secretaria de Controle Externo, 2007. Conteúdo disponível em: http://www.tcu.gov.br; http:// www.ibama.gov.br Dias, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006. Fundação Estadual Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – FEPAM. Disponível em http://www.fepam.rs.gov.br. Acesso em 03 ago. 2009. Curso 11
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