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Evandro Guedes Graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Barra Mansa (UBM). Graduado em Direito pelo Centro Universitário Geraldo di Biasi (UGB) e pela Faculdade Assis Gurgacz (FAG-PR). Professor de cursos prepa- ratórios em Cascavel, Curitiba, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Possui vasta experiência nas bancas da Cespe/UnB, Esaf, FCC, FGV entre outras. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 9 Noções de Direito Administrativo Introdução ao Direito Administrativo O Direito pátrio é dividido em dois grandes ramos que podem ser classi- ficados como Direito Público e Direito Privado. Diante disso, podemos afirmar que conceitos e princípios serão aplicados de forma distinta, sempre tendo como parâmetro o ramo do Direito que estamos estudando. O Direito Público em primeiro plano regula os interesses da coletividade como regra geral e podemos entendê-lo como sendo desenvolvido sempre para a finalidade pública. Os polos são o Estado de um lado e o indivíduo do outro. O Estado é representado pelas pessoas jurídicas da Administração Pú- blica Direta (União, Estado, Distrito Federal e Municípios) e pela Administra- ção Pública Indireta (Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública). E o Direito Público tem como característica marcante a desigualdade entre as partes no que tange a relação jurídica. Essa desigualdade se baseia no in- teresse da coletividade sobre os interesses individuais do cidadão. Podemos afirmar que essa prerrogativa do Estado provém dos princípios constitucio- nais implícitos da supremacia do interesse público sobre o privado e da indis- ponibilidade do interesse público. Devemos nos atentar para a perspectiva de que essa supremacia não é uma prerrogativa pessoal do agente, e sim uma prerrogativa dada pela Constituição Federal aos agentes que desempenham a função administrativa e somente quando estiverem com os interesses pú- blicos “em jogo”. Preste atenção porque, para fins de concurso público, esses princípios são classificados de duas formas: são considerados princípios constitucionais implícitos e fundamentais � (CF, artigo 37); são considerados os princípios norteadores do Direito Administrativo. � Podemos ter como exemplo da desigualdade entre as partes a seguinte situação hipotética: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 10 Noções de Direito Administrativo Imagine que um indivíduo adquiriu uma casa à beira-mar e que esta tenha sido comprada respeitando todos os ditames legais. Essa situação se configura em um ato jurídico perfeito e é direito adquirido do cidadão ga- rantido pelo artigo 5.º da CF. Contudo, imagine agora que uma chuva torren- cial tenha rachado por completo o imóvel e que o indivíduo se recuse a sair dali, alegando que tem direito constitucional à propriedade privada. Temos aqui uma disputa com dois polos. De um lado o indivíduo querendo garantir sua propriedade e, de outro, o Estado querendo garantir o direito constitu- cional à vida do indivíduo. O direito à vida é um bem que o indivíduo não pode abrir mão, assim o Estado tem a obrigação de impedir que ele perca esse direito. Caso o indivíduo não saia, o Estado usará de todo o seu aparato para garantir que o direto à vida prevaleça. Dessa forma, usando das prerrogativas de Direito Público, e baseado na supremacia do interesse público, o Estado retira o indivíduo usando a força, se necessário, sempre com a finalidade voltada à coletividade (finalidade pública). Em resumo, o Direito Público tutela os interesses da coletividade sempre com a finalidade pública, e usa de sua supremacia para conseguir seus fins, transformando a relação entre os polos em uma relação desigual. Nesse sen- tido, o Estado se mostra mais forte, pois tem à sua disposição todo um apa- rato estatal que possibilita que as necessidades administrativas – públicas – sejam respeitadas e cumpridas. E o Direito Privado integra a regulamentação da vida do cidadão em so- ciedade. A regra aqui é a relação de igualdade (isonomia) entre as partes, pois os polos aqui são os indivíduos e seus interesses individuais. O art. 5.º, inciso XXXV, da CF prevê o seguinte: XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Dessa forma, todos que tiverem seus direitos ameaçados ou lesionados, poderão se socorrer do Poder Judiciário. E a relação, no caso do Direito Priva- do, deve ser uma relação de horizontalidade nas relações jurídicas, ou seja, a relação é de igualdade de condições para ambos os polos individuais. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Noções de Direito Administrativo 11 Diante disso, a diferença básica é que a relação do Direito Público está intimamente ligada aos ditames dos artigos 37 a 41 da Constituição Federal. Em contrapartida, os princípios individuais do cidadão estão elencados prin- cipalmente no artigo 5.º da CF, conforme citado anteriormente. Podemos ter como exemplo a relação de interesses entre dois indivíduos. Imagine uma pessoa que, dirigindo seu próprio carro, colida com outro veículo e que as duas partes aleguem estarem certas e queiram receber o prejuízo sofrido uma da outra. Podemos dizer que acabamos de ver um con- flito entre dois indivíduos. Aqui a regra é a igualdade entre as partes, pois todos os direitos inerentes a um serão aplicados ao outro. Em resumo, o Direito Privado rege as relações individuais “em pé” de igualdade e os interesses tutelados aqui são os individuais, e não os da coletividade. A Administração Pública está regida por um conjunto de princípios que ora estão explícitos ora estão implícitos na própria Constituição Federal. Con- tudo, os princípios mais importantes para o Direito Público são os princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e, também, da indispo- nibilidade do interesse público. Esses princípios possibilitam a relação e desigualdade entre as partes no Direito Público, ou seja, de um lado o indivíduo e de outro o próprio Estado. O fundamento constitucional da desigualdade nas relações jurídicas ocorre, pois os interesses da coletividade devem se sobrepor aos direitos dos particulares. Dessa forma, quando o Estado está em conflito com interesses individuais, há uma sobreposição, lembrando que o nosso Estado é um Estado democrático de direito, e nem mesmo o Poder Público pode desprezar os ditames legais e as garantias constitucionais dos indivíduos, gerando, dessa forma, uma verda- deira relação jurídica de verticalidade ou relação jurídica desigual. Assim, podemos afirmar que o ramo do Direito Administrativo é o Direito Público, pois é ele que rege a organização e o funcionamento das atividades do Estado voltadas para a satisfação dos interesses da coletividade, ou seja, interesse público. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 12 Noções de Direito Administrativo Direito Público e Privado (Regime jurídico administrativo) Divisão do Direito Privado Igualdade Indivíduo Indivíduo Indivíduo Horizontalidade nas relações Verticalidade nas relações jurídicas Indisponibilidade do • interesse público Deveres Supremacia do interesse • público Prerrogativas de Direito Estado Público Desigualdade Codificação e as fontes do Direito Administrativo A dificuldade de se estudar o Direito Administrativo reside na problemáti- ca de uma falta de codificação própria. O Direito Administrativo, assim como os demais ramos do Direito, está tipificado, ou seja, está escrito. Contudo, o Direito Administrativo brasileiro ainda rescinde de uma codificação legal.Outros ramos do Direito estão codificados, como é o caso da própria Consti- tuição Federal, do Código Penal, Código Tributário Nacional e tantos outros. As normas administrativas estão em textos esparsos e na própria Cons- tituição Federal e, mais especificamente, nos artigos 37 a 41 da CF. Temos como exemplo de leis administrativas a Lei 8.112/90 – estatuto dos servido- res públicos civis da União –, a Lei 8.666/93 – normas gerais sobre licitação e contratos da Administração Pública – e a Lei 8.429/92 – trata dos casos de improbidade administrativa e diversas outras. Contudo, o importante para concursos públicos é saber delimitar bem o assunto e estudar somente as leis que realmente caem no concurso e estão previstas no edital. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Noções de Direito Administrativo 13 O Direito Administrativo tem como fontes norteadoras quatro principais objetos, quais sejam: a lei;1. a jurisprudência;2. a doutrina;3. os costumes.4. A lei é a fonte principal e a única que recebe a classificação de fonte escri- ta. Veja bem, todas as outras fontes são na realidade escritas, mas para fins de classificação administrativa, somente a lei deve ser considerada escrita. As jurisprudências nada mais são que decisões reiteradas de tribunais no mesmo sentido, as quais devem ser tratadas aqui como normas genéricas e comportam três espécies distintas: jurisprudências (específicas), súmulas e súmulas vinculantes. As jurisprudências (específicas) são as decisões de tribunais sem ca- � ráter vinculante e são consideradas fontes não escritas (apesar de se apresentarem na forma escrita) e também fonte secundária. As súmulas são decisões de tribunais de maneira reiterada, resumi- � da e numerada, que também não possuem força vinculante, ou seja, não obrigam os outros tribunais a seguirem suas orientações, sendo meras fontes de pesquisa. São consideradas fontes não escritas e se- cundárias. As súmulas vinculantes são decisões do Supremo Tribunal Federal � (STF), as quais possuem força vinculante e são consideradas fontes principais. As doutrinas são teses defendidas por estudiosos do direito sobre inter- pretações diversas dos institutos legais, constituem fontes secundárias ou derivadas. São consideradas fontes não escritas. Os costumes são considerados como um conjunto de regras não escritas, as quais são retiradas do seio interno da Administração Pública. Contudo, somente terão importância se influenciarem de alguma forma a produção legislativa ou a própria jurisprudência. São consideradas fontes secundárias ou derivadas e não escritas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 14 Noções de Direito Administrativo Fontes Lei Fonte escrita e principal Jurisprudência Fonte não escrita Jurisprudência Fonte não escrita, sem força vinculante Súmula Fonte não escrita, sem força vinculante Súmula vinculante Fonte escrita, com força vinculante Somente o STF edita Doutrina Fonte não escrita Costumes Fonte não escrita Sistemas administrativos Um sistema administrativo é aquele que é adotado por um determinado Estado para a fiscalização e o controle dos atos administrativos ilegais que são praticados pela Administração Pública nas diversas esferas e, em geral, em todos os Poderes do Estado. Temos, nesse sentido, dois grandes sistemas: o sistema francês e o sistema inglês. O sistema inglês, que também é chamado de sistema de unicidade de jurisdição, é aquele que determina que somente o Poder Judiciário pode de- cidir com caráter de definitividade, ou seja, é o único que faz coisa julgada. O sistema inglês é chamado de sistema do não contencioso administrativo. “Não contencioso” significa não ter capacidade de fazer coisa julgada, ou seja, as decisões da esfera administrativa podem ser revistas a qualquer tempo pelo Poder Judiciário. Vejamos um exemplo. Imagine a seguinte situação hipotética: um servidor público federal está envolvido em processo administrativo disciplinar em que está sendo acusa- do de improbidade administrativa. A improbidade administrativa está pre- vista na Lei 8.112/90, artigo 132 como sendo passível de demissão. Sabe-se que a comissão do processo administrativo obrigatoriamente tem que ser Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Noções de Direito Administrativo 15 composta por três servidores estáveis. Nesse contexto, após apuração, o ser- vidor é demitido, contudo o próprio servidor identifica que um dos membros da comissão não era estável e entra com recurso administrativo. Esse recurso não é aceito pela administração e o servidor é demitido no final. Nessa situ- ação, houve uma decisão administrativa e, como tal, ela pode ser desfeita a qualquer tempo se o Poder Judiciário notar e provar que ocorreu ilegalidade no processo, ou seja, a decisão administrativa não fez coisa julgada, pois não tem força de definitividade, uma vez que pode ser revista a qualquer tempo pelo Poder Judiciário Dessa forma, o sistema pátrio adota a jurisdição única ou o sistema do não contencioso administrativo. Assim, o regime jurídico-constitucional dá efetiva proteção e garantia aos direitos individuais contra o abuso do próprio Estado. O sistema francês, também chamado de sistema de dualidade de jurisdi- ção, ou sistema do contencioso administrativo, é aquele que impede que o Poder Judiciário interfira nas decisões da esfera administrativa, ou seja, a de- cisão administrativa aqui faz coisa julgada e tem força de definitividade. Na prática, temos dois tipos de tribunais: tribunais administrativos de um lado e tribunais judiciais de outro. Assim, a principal característica do sistema denominado contencioso administrativo ou sistema francês, é a de que os ordenamentos jurídicos que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a nature- za de coisa julgada (com definitividade) não controlável pelo próprio Poder Judiciário. Sistemas administrativos Sistema Inglês não contencioso administrativo não faz coisa julgada adotado pela CF/88 Sistema Francês não contencioso administrativo faz coisa julgada Unicidade da jurisdição Dualidade de jurisdição Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 16 Noções de Direito Administrativo Resolução de questões 1. (Cientec) No tocante aos temas conceito, objeto e fontes do Direito Administrativo, podemos afirmar: a) sendo a lei considerada como fonte primária do Direito Adminis- trativo, importa em que toda e qualquer lei deverá ser considera- da na formação do Direito Administrativo, independentemente da matéria tratada. b) o Direito Administrativo rege as atividades em que a Administra- ção Pública atua excepcionalmente em condições de igualdade com o particular, afastando as normas do Direito Privado. c) ao disciplinar as atividades, o Direito Administrativo busca o efi- ciente funcionamento da Administração Pública. d) são três as fontes do Direito Administrativo, a saber: a lei, os costu- mes e a jurisprudência. e) todas as alternativas acima estão incorretas. Assertivas: a) Errada. O Direito Administrativo é um dos ramos do Direito Pú- blico, sendo assim não trata de normas do Direito Privado. O erro da questão situa-se no trecho que afirma “que toda e qualquer lei deverá ser considerada na formação do Direito Administrativo, in- dependentemente da matéria tratada.” Podemos afirmar que so- mente as leis que regem o Direito Público são consideradas pelo Direito Administrativo. Dessa forma, leis como a CLT, por exemplo, não estão incluídas nas elencadas sob a tutela do DireitoAdminis- trativo. b) Errada. A relação do Direito Público é uma relação desigual, pois o Estado é superior ao indivíduo nas lides em que essas partes estão envolvidas. Podemos afirmar que o princípio da supremacia do in- teresse público sobre o privado é norteador do Direito Administra- tivo e autoriza a relação de verticalidade – desigualdade – entre as partes. O erro está na afirmação que o Direito Administrativo atua em relação de igualdade com o particular. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Noções de Direito Administrativo 17 c) Certa. A disciplina interna da administração engloba uma série de fatores e mecanismos que controlam a máquina estatal. O princí- pio da eficiência esculpido no artigo 37, caput, da CF é a base do funcionamento efetivo de todo aparato estatal. Questão aberta e de fácil assimilação d) Errada. São quatro as fontes: leis, jurisprudência, doutrina e costu- mes. A questão está incompleta, pois falta a doutrina, fonte secundá- ria ou derivada e sem caráter vinculante do Direito Administrativo. e) Errada. Solução: C 2. (Cespe) Com referência a conceitos, fontes e princípios do Direito Ad- ministrativo, assinale a opção correta. a) Os costumes são fontes do Direito Administrativo, e são considera- dos fontes escritas. b) As expressões serviço público centralizado e serviço público des- centralizado equivalem à Administração Pública direta e à Admi- nistração Pública indireta, respectivamente. c) Em uma sociedade democrática, a correta aplicação do princípio da supremacia do interesse público pressupõe a prevalência do interesse da maioria da população. d) A aplicação do princípio da segurança jurídica pode afastar da mera legalidade. Assertivas: a) Errada. Os costumes são considerados fontes secundárias, ou deri- vadas, e não escritas. b) Errada. O erro está em que serviço público descentralizado não se resume à administração pública indireta, pois temos a descentrali- zação por colaboração, em que é dado para os particulares, através de licitação, o serviço público. Aqui é passado somente a execução do serviço, ficando a fiscalização por conta do ente que delegou o serviço. Dessa forma, nascem os concessionários e permissionários de serviço público. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 18 Noções de Direito Administrativo c) Errada. A supremacia do interesse público pressupõe o interesse público sobre o privado nas relações jurídicas, e não o conceito que foi usado na questão. d) Certa. Os princípios constitucionais nunca podem ser anulados em vantagem de outros princípios. O que ocorre é a preponderância dos princípios, ou seja, no caso concreto usa-se o mais específico, ou seja, o princípio mais específico. Por esse motivo a questão en- contra-se correta e a aplicação do princípio da segurança jurídica pode, de acordo com o caso concreto, realmente afastar o princí- pio da mera legalidade. Solução: D 3. (Cespe) No tocante ao conceito e ao objeto do Direito Administrativo, julgue o item a seguir. A CF, as leis complementares e ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos de fontes do Direito Administrativo. Solução: Certo Atividades 1. (Vunesp) Compromissos republicanos, liberalismo político e econômi- co, proteção dos direitos individuais e, especialmente, independência da Administração Pública foram valores postos pela Revolução Fran- cesa que, sob os influxos da teoria de Montesquieu, deram origem ao contencioso administrativo. À vista desses parâmetros, pode-se afir- mar que a) no Brasil, adota-se o sistema da jurisdição única visando dar efetivo cumprimento ao regime jurídico-constitucional de proteção e ga- rantia dos direitos individuais contra abuso ou arbítrio do Estado. b) a instalação do Conselho Nacional de Justiça significa a introdução do contencioso administrativo no sistema jurídico-administrativo brasileiro com o efeito de impedir o abuso ou arbítrio dos juízes. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Noções de Direito Administrativo 19 c) os Tribunais de Contas produzem decisões com a qualidade de de- finitivas, própria do sistema do contencioso administrativo. d) o sistema do contencioso administrativo é o que melhor atende ao atual conceito de Estado Democrático de Direito porque coloca o Estado, no plano jurisdicional judicial, em pé de igualdade com o particular. 2. (Cespe) Acerca da organização administrativa do Estado e dos princí- pios que orientam a Administração Pública, assinale a opção correta. a) Órgão público pode ser corretamente definido como círculo de com- petências ou atribuições criado por lei para desempenhar as funções estatais e é caracterizado por possuir personalidade jurídica própria. b) A Caixa, na qualidade de empresa pública com capital exclusiva- mente público, possui personalidade jurídica de direito público. c) De acordo com a Constituição Federal de 1988, somente lei espe- cífica pode autorizar a instituição de empresa pública, obrigato- riedade essa que não se estende para a criação de subsidiárias de empresa pública, em razão de sua autonomia administrativa. d) No Brasil, o sistema de controle dos atos administrativos vigente é o do não contencioso administrativo ou sistema inglês da unicidade de jurisdição. e) O princípio da presunção de legitimidade que incide entre os atos administrativos caracteriza-se por presumir que toda atividade administrativa está em conformidade com a lei; no entanto, trata- -se de presunção absoluta, uma vez que o administrado não pode contestá-la e provar o contrário. 3. (Cespe) Com relação à organização administrativa em sentido amplo, julgue o item subsequente. Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do con- trole jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento ju- rídico brasileiro, é correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 20 Noções de Direito Administrativo Dicas de estudo O primeiro passo para chegar a tão sonhada aprovação é ter organi- � zação na hora de estudar. Diante disso, o mais importante é deixar um horário determinado para assistir às aulas na web e sempre ter em mente que o fato de estudar em casa às vezes se torna um desafio, mas com perseverança a vitória chegará. O material é “dialógico”, ou seja, assista às aulas e acompanhe todo o ma- � terial escrito. Assim, o que se fala nas aulas consta também no material escrito. Contudo, fazer anotações é de suma importância. Objetividade é a palavra de ordem. Diante disso, não adianta ficar se � debruçando em livros gigantescos, pois as bancas examinadoras co- bram questões objetivas e de grau mediano. Os conteúdos programá- ticos são gigantescos e, caso o concursando perca tempo tentando se aprofundar demais, perderá o foco no estudo. Para fins de concursos públicos temos que achar livros que retratem os � vários posicionamentos das bancas examinadoras e tratem dos assun- tos de forma simples. Diante disso, e focando sempre na necessidade do concursando, eu indico as obras dos professores Marcelo Alexan- drino e Vicente Paulo (Direito Administrativo e Direito Constitucional Descomplicado, da editora Método). Tenacidade deve ser um predicativo fundamental para o concursan- � do chegar à aprovação. Lembrem-se, os concursos públicos no Brasil estão profissionalizados, dessa forma, o importante é ter em mente que a preparação mínima dura em torno de oito meses a dois anos de muito estudo. Boa sorte concursando e até a aprovação! Referências MEIRELLES,Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37. ed. Malheiros, 2011. MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 28. ed. Malhei- ros, 2011. PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 24. ed. Atlas, 2011. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Noções de Direito Administrativo 21 Gabarito 1. A 2. D 3. Errado Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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