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RESUMO-EMBRIOLOGIA-COMPARADA-E-NORMAL-BIOLOGIA (1)

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EMBRIOLOGIA COMPARADA 
(Histologia Básica – Junqueira e Carneiro, Capítulo 21 – Alberts, Embriologia Básica – Moore). 
Por, Flávia Colette Boing. 
1. Gametogênese Masculina 
O aparelho reprodutor masculino é composto por testículos, ductos genitais, glândulas 
acessórias e o pênis. 
No testículo ocorre a formação dos espermatozoides e a liberação da testosterona. 
O testículo é dividido em lóbulos e cada lóbulo é ocupado por 1-4 túbulos seminíferos 
enovelados que alojam dentro de um tecido conjuntivo frouxo, repleto de vasos sanguíneos e 
linfáticos, nervos e células de Leydig – Intersticiais. 
Nos túbulos seminíferos é onde ocorre a formação dos espermatozoides. 
 Túbulos Seminíferos 
São formados por uma parede de epitélio germinativo que é envolvida por uma lamina basal e 
por uma bainha de tecido conjuntivo. 
 
 
 
A camada mais interna aderida a 
lamina basal consiste nas células 
mieóides, que são células achatadas e 
contrateis semelhantes às células 
musculares lisas. 
 
 
 
As células intersticiais ou de Leydig ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos 
seminíferos, são responsáveis pela secreção de esteroides – testosterona. 
Desenvolvem-se durante a gravidez, depois regridem e retornam a atividade durante a 
puberdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O epitélio germinativo é composto por dois tipos de células: 
 Células de Sertoli: 
São células piramidais que envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogônica, 
e possuem núcleo triangular, não sofrem mitose durante a fase adulta do individuo. 
São responsáveis pela formação da barreira hematotesticular, que isola as células 
germinativas das demais células estomáticas, da corrente sanguínea e do sistema 
imunológico impedindo ações autoimunes contra as células recém-formadas; desempenham 
um papel nutricional, já que isolam essas células do organismo através da barreira explicada 
acima, essas células tem que suprir as células germinativas no quesito nutrição, trocas 
gasosas, e etc.; realizam fagocitose, durante a espermiogênese – diferenciação ocorre à 
liberação do excesso de citoplasma e a formação de corpos residuais que são fagocitados 
pela célula de Sertoli; secretam o fluido de transporte dos espermatozoides – sêmen, 
secretam a proteína ligante de testosterona ABP, convertem testosterona em estradiol – 
quando este está em abundancia, e produzem o hormônio antimulleriano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTROLE HORMONAL 
O LH liberado pela hipófise age como estimulante sobre as células de Leydig aumentando a 
produção e liberação de testosterona. 
O FSH liberado pela hipófise também age como estimulante, porem sobre as células de Sertoli 
aumentando a produção e liberação de ABP – proteína ligante de testosterona que se liga ao 
andrógeno e se move em direção ao lúmen do ducto. 
A espermatogênese é estimulada pela testosterona, porém é inibida pelo estrógeno e 
progestágenos. 
Assim quando ocorre um acumulo de testosterona, essa é convertida em estradiol pelas células 
de Sertoli, o estradiol atua como inibidor da liberação de LH e FSH, pois sinaliza que já tem 
testosterona suficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Células Germinativas. 
Ou células que constituem a linhagem espermatogônica estão dispostas em 4-8 camadas e dão 
origem aos espermatozoides, durante o processo de espermatogênese. 
A espermatogênese se inicia: 
a) Com uma célula primitiva chamada Espermatogônia, que se localiza próximo a lamina 
basal, quando o individuo chega à puberdade as Espermatogônia entram em processo de 
mitose – divisão celular. 
b) Após o período de multiplicação celular se inicia uma diferenciação em espermatócito 
primário (2n), a maior célula do ciclo e que permanece por pouco tempo nessa forma. – 
presença de cromossomos no núcleo. 
c) Logo após essa primeira diferenciação o espermatócito primário entra em sua primeira 
divisão meiótica dando origem a dois espermatócito secundários (n) redução de DNA, 
d) Que rapidamente entram no segundo processo de divisão de meiótico dando origem a 4 
espermátides, já próximas ao lúmen. 
 
 
Espermiogênese 
Fase final de produção do processo de transformação das espermátides em 
espermatozoides, que se resume em formação do acromossomo, condensação e 
alongamento do núcleo, desenvolvimento do flagelo e perda de grande parte do 
citoplasma. 
A maturação dos espermatozoides se dá em três etapas: 
 Etapa do Complexo de Golgi – formação dos grânulos que darão origem ao granulo 
acrossômico no interior da vesícula acrossômica. 
 Etapa do Acrossomo – a vesícula e o granulo se estendem sobre a metade anterior do 
núcleo como um capuz e passam a se chamar acrossomo. 
Essa vesícula + grânulos é composta por enzimas hidrolíticas capazes de dissociar as 
células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida permitindo que o espermatozoide 
chegue ao ovócito – processo chamado de reação acrossômica. 
Durante essa etapa ocorre também a condensação e o alongamento do núcleo. 
E um dos centríolos celulares começa a originar o flagelo, na região intermediaria entre 
a cabeça e o flagelo ocorre uma concentração de mitocôndrias que fornecerão energia 
para o movimento deste. 
 Etapa de Maturação – parte do citoplasma se desprende formando os corpos residuais 
que são fagocitados pela célula de Sertoli. 
 
Podem-se resumir as etapas de formação do espermatozoide em três etapas: 
 Cabeça – empacotamento da cromatina nuclear, eliminação do citoplasma e formação 
da vesícula acromossômica. 
 Pescoço – região intermediaria entre a cabeça e a cauda, acumulo de mitocôndrias. 
 Cauda – formação do flagelo através do centríolo. 
 
Porém o espermatozoide recém-formado não possui a capacidade de fecundar o ovócito ainda, 
essa capacidade somente é adquirida dentro do organismo feminino onde ocorrerá a remoção de 
glicoproteínas de membrana e de fluidos seminais deixando a membrana do espermatozoide 
livre para a exposição aos receptores e proteínas de membrana que permitirão a fecundação. 
 
2. Gametogênese Feminina 
 
O sistema reprodutor feminino é composto por dois ovários, duas tubas, o útero, a vagina e a 
genitália externa. Esse sistema é responsável pela produção dos ovócitos e manutenção desses 
ovócitos fertilizados durante o desenvolvimento do embrião no período embrionário, fetal até o 
nascimento. 
Desde a menarca (1ª menstruação) o sistema reprodutor sofre modificações cíclicas em sua 
estrutura e atividade funcional até a menopausa onde as modificações deixam de ser cíclicas e 
acabam cessando. 
 
 
 
 
 
 
Ovários 
 Composto por epitélio germinativo e uma camada de conjuntivo denso – túnica 
albugínea, contem em seu interior os ovócitos e folículos ovarianos. 
 
 
O desenvolvimento inicial dos ovários se durante o primeiro mês de gestação, quando 
uma pequena população de células migra do saco vitelínico até os primórdios gonadais 
onde surgirão as gônadas. 
Essas células darão origem às ovogônias, que entram em mitose intensa chegando a 
aproximadamente sete milhões, a partir do terceiro mês as ovogônicas começam a 
entrar na prófase da primeira meiose e PARAM sem passar para as próximas fases, 
essas células oriundas desse processo são chamados ovócitos primários, que são 
envolvidos por células chamadas células foliculares até o sétimo mês de gestação a 
maioria das ovogônias já atingiu essa fase. 
Porém até o nascimento e puberdade muitos ovócitos morrem pelo processo de atresia. 
Atresia é um processo continuo ao longo da vida da mulher, que ao chegar à puberdade 
restam somente 300 mil ovócitos e aolongo de sua vida mensalmente ela libera 
somente cerca de 450 ovócitos. 
 
Folículos Ovarianos 
 Consistem em ovócitos envolvidos por uma ou mais camadas de células foliculares, 
também chamadas células da granulosa. 
 Folículos Primordiais são ovócitos primários envolvidos por uma única camada de 
células foliculares achatadas  nessa fase o ovócito possui um núcleo esférico e 
nucléolo bem evidente. Além de cromossomos desenrolados e muitas mitocôndrias. 
 
 
Crescimento Folicular 
 Ocorre nos folículos primordiais, que abandonam seu estágio parado na prófase e 
começam a crescer – estimulados pelo FSH ***. 
 Esse crescimento muito rápido na primeira fase. 
 As células foliculares se dividem por mitose formando uma camada única de células 
cuboides formando o folículo primário unilaminar. 
 
 As células foliculares continuam se proliferando e originam um epitélio estratificado 
chamado de camada GRANULOSA: e o folículo é então chamado de folículo primário 
multilaminar ou pré-antral. 
 
 Uma espessa camada amorfa chamada zona pelúcida composta por glicoproteínas é 
secretada e envolve todo o ovócito. 
 À medida que os folículos crescem devido ao aumento de tamanho e numero das células 
da granulosa eles se movem para áreas mais profundas da região cortical. 
 Assim uma quantidade de liquido chamado liquido folicular começa a se acumular entre 
os folículos e suas células. Os espaços que contem esse líquido se juntam e as células da 
granulosa se organizam formando uma grande cavidade – ANTRO FOLICULAR. 
 Esses folículos reorganizados são chamados folículos secundários ou antral. 
 
 
 
 
 
 
 O liquido folicular contem componentes celulares e produtos secretados por células 
foliculares, além de Glicosaminoglicanos, proteínas, e altas concentrações de esteroides 
(progesterona, andrógeno e testosterona). 
 Durante a reorganização das células da granulosa algumas células desta camada se 
concentram em determinado local da parede do folículo formando um espessamento – 
CUMULOS OOPHUROS, que serve de apoio para o ovócito, 
 Além disso, um pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito constituindo a 
CORONA RADIATA, - acompanham o ovócito quando esse deixa o ovário por ocasião 
da ovulação. 
 
 Enquanto ocorrem essas modificações o estroma em torno do folículo se modifica para 
formar as tecas foliculares, compostas por duas camadas: Teca externa e teca interna. 
 TECA INTERNA: como funcionam como órgão endócrino as células são altamente 
vascularizadas e possuem características ultra-estruturais de células produtoras de 
esteroides, e sob influencia de FSH secretam enzima AROMATASE que transforma 
androstenediona em ESTRÓGENO.↑ - envolve os folículos, cai na corrente sanguínea e 
atinge todo organismo. 
 TECA EXTERNA: as células da teca externa são semelhantes às células do estroma 
ovariano, porem se arranjam de modo organizado, concentricamente em volta do 
folículo. 
O limite entre as duas tecas é pouco preciso, o mesmo ocorre entre a teca externa e o 
estroma ovariano. Por outro lado o limite entra a teca interna e a camada granulosa é 
bem evidente, pelas diferenças morfológicas das células e pela presença de uma lamina 
basal entre elas. 
 
 A cada ciclo menstrual um folículo cresce muito mais que os outros e se torna o folículo 
dominante – que pode chegar a ovular. Quando atinge o máximo de desenvolvimento 
nessa fase o fólico é considerado maduro e se chama folículo pré-ovulatório. Os 
demais folículos desse grupo que estavam crescendo, mas eram menores, entram em 
atresia. (o folículo maduro pode chegar até 2,5 cm de diâmetro.). 
 Assim com o acumulo de liquido na cavidade folicular, as células da granulosa formam 
uma camada bem fina, pois não se multiplicam na mesma proporção que o folículo 
cresce. 
 O processo total de crescimento folicular (primordial – maduro) leva 90 dias. 
 
ATRESIA 
Processo pelo qual a maioria dos folículos ovarianos passa, e se trata da morte das células 
foliculares e dos ovócitos, que são fagocitados. Pode ocorrer em qualquer fase. É 
caracterizado pela parada das mitoses das células da granulosa, separação das células da 
granulosa da lamina basal e morte do ovócito. 
 
 
OVULAÇÃO 
 Consiste na ruptura de parte da parede do folículo maduro e a liberação do ovócito que 
será capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. 
 Ocorre aproximadamente 14 dias antes da próxima menstruação, independente do 
tamanho do ciclo. 
 O normal é ocorrer a liberação de somente um ovócito a cada ciclo, porem podem 
ocorrer ciclos anovulatórios, ou mais de um ovócito ser liberado, dando origem a 
gêmeos fraternos. 
 
O estimulo para ovulação é o pico de LH, liberado pela hipófise em resposta aos altos 
níveis de estrógeno no sangue produzido pelos folículos em crescimento. 
Poucos minutos após o aumento de LH circulante, ocorre um aumento do fluxo de 
sangue no ovário, proteínas escoam por capilares, resultando um edema – com o edema 
ocorre a liberação local de prostaglandinas, histamina, vasopressina e colagenase. As 
células da granulosa produzem mais acido hialurônico e se soltam de sua camada. Uma 
pequena área da parede do folículo se enfraquece por causa da degradação do colágeno 
da túnica albugínea, por causa da isquemia causada pelo edema e morte das células. 
A fraqueza da parede combinada com uma pressão aumentada do fluido folicular, e 
contração das células musculares lisas, que circundam o folículo, conduzem à ruptura 
de parte da parede exterior do folículo e à ovulação. 
 Indicação de ovulação eminente em lâmina é a presença de uma marca na superfície do 
folículo – estigma, no qual o fluxo de sangue cessa, resultando em uma mudança local 
de cor e transparência da parede folicular. 
 Devido à ruptura da parede folicular, o ovócito e o primeiro corpo polar, envoltos pela 
zona pelúcida, pela corona radiata e juntamente com um pouco de fluido folicular, 
deixam o ovários, e entram na extremidade aberta da tuba uterina, onde poderá ser 
fertilizado, se não acontecer nas primeiras 24 horas, ele degenera e é fagocitados. 
A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes da ovulação (até este 
momento o ovócito estava em prófase I da meiose, iniciada durante a vida fetal). Essa 
divisão reparte os cromossomos igualmente entre as duas células, porem uma delas 
retém quase todo o citoplasma. Uma das células se torna o ovócito secundário e a outro 
o primeiro corpúsculo polar. Imediatamente após a liberação do corpúsculo polar o 
núcleo inicia a segunda divisão, que estaciona em metáfase até que haja 
FERTILIZAÇÃO. 
 
 
 
CORPO LÚTEO 
 Após a ovulação as células da granulosa, da teca interna do folículo que ovulou se 
reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária chamada corpo lúteo, 
situado na camada cortical do ovário. 
 Embora as células da granulosa não se 
dividam depois da ovulação, elas aumentam 
de tamanho, e compõem cerca de 80% do 
parênquima do corpo lúteo e passam a ser 
chamadas células da granulosa-luteínicas, 
com características de células secretoras de 
esteroides, que antes secretavam proteínas. 
As células da teca interna também formam o 
corpo lúteo, originando as células teca-
luteínicas. São semelhantes às CGL porem 
menores. O corpo lúteo é muito 
vascularizado – pela presença de tecido 
conjuntivo. 
 A reorganização do folículo ovulado e o 
desenvolvimento do corpo lúteo são 
estimulados pelo LH liberado antes da 
ovulação. Ainda sob o efeito do LH as 
células começam a secretar progesterona e 
estrógenos. 
 O destino do corpo lúteo depende dos estímulos queele recebe após a sua formação, 
pelo estimulo inicial de LH que levou a ovulação, ele é programado para secretar por 12 
dias. Se não houver estimulo adicional, suas células degeneram e ele morre – quando 
não ocorre gravidez. 
 Assim com a morte do corpo lúteo, cai o nível de 
progesterona e estrógeno no sangue, cai o nível de 
LH e ocorre a descamação de parte da mucosa 
uterina. 
 Em altos níveis de estrógeno não ocorre à 
liberação de FSH, porem com a degeneração do 
corpo lúteo, e diminuição de estrógeno, ocorre à 
liberação de FSH, e estimula o crescimento de 
outro grupo de folículos, iniciando o novo ciclo. 
 O corpo lúteo que dura somente no ciclo 
menstrual é chamado corpo lúteo de 
menstruação. Seus restos são fagocitados 
pelos macrófagos, e fibroblastos envolvem a 
área produzindo uma cicatriz de tecido 
conjuntivo denso chamada de corpo albicans. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gravidez 
 Se ocorrer a gravidez, o útero não pode descamar, senão resultará num aborto, então, 
assim que ocorre a implantação do embrião, as células trofoblásticas começam a 
produzir gonadotropina coriônica humana (HCG), que atua como o LH, estimulando 
o corpo lúteo a produzir estrógeno e progesterona. O HCG resgata o corpo lúteo da 
degeneração, causando crescimento adicional desta glândula para que ela libere mais 
progesterona, que auxilia na manutenção da mucosa uterina e secreção de nutrientes 
para o embrião até que a placenta se torne funcional. Este corpo lúteo estimulado pelo 
embrião é chamado corpo lúteo gravídico, e persiste por 4-5 meses e em seguida 
degenera e é substituído por um corpo albicans muito maior do que o menstrual. 
Pergunta chata: Por que mulheres não formam gametas? 
Pois o gameta feminino só é completamente formado, quando sofre a fecundação 
antes disso é somente um ovócito secundário estacionado em metáfase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Fecundação 
 
Após a liberação dos ovócitos e dos espermatozoides eles podem morrer dentro de minutos 
ou horas, ao menos que se encontrem e se fundam no processo de fecundação. Por meio da 
fecundação o ovócito é ativado para iniciar seu programa de desenvolvimento, os núcleos 
haploides ou pró-núcleos dos gametas se unem para formar um único núcleo diploide. 
Os espermatozoides, como vimos, somente se tornam capazes de fecundar o ovócito, 
quando passam pelo organismo feminino. Dos 300 milhões ejaculados somente cerca de 
200 alcançam o oviduto, uma vez que encontre o ovócito, ele deve migrar através das 
células da granulosa, ligar-se e atravessar a zona pelúcida e finalmente fundir-se a 
membrana plasmática do ovócito. 
A capacitação do espermatozoide para executar essas fases leva cerca de 5 a 6 horas nos 
humanos, ele sofre alterações bioquímicas e funcionais, incluindo alterações nas 
glicoproteínas, lipídeos e canais iônicos da membrana plasmática, o potencial de membrana 
do espermatozoide deve se tornar muito negativo para sua membrana ficar hiperpolarizada. 
Além da modificação de proteínas e exposição dos receptores de superfície celular que se 
ligarão a zona pelúcida. A capacitação resume-se em aumento da motilidade do flagelo e 
exposição de ligantes para sofrer a reação de acrossomo. 
Depois de capacitados os espermatozoides ligam-se a zona pelúcida e sofrem uma reação 
acrossômica. 
Quando liberados os ovócitos seguem para o oviduto – tubas uterinas, onde vão encontrar 
os espermatozoides, alguns pesquisadores acreditam que além de guiar o ovócito para a tuba 
uterina as células da granulosa emitem sinais químicos que atraem os espermatozoides. 
Assim que o espermatozoide consegue encontrar o ovócito ele precisa penetrar as camadas 
de células da granulosa, utilizando uma enzima hialuronidase presente na superfície, ele vai 
rompendo as camadas até alcançar zona pelúcida. A zona pelúcida é uma importante 
barreira à fecundação entre espécies, pois suas enzimas específicas são programadas para 
reconhecer os substratos dos espermatozoides de sua espécie, quando removida essa 
barreira um espermatozoide qualquer pode fecundar esse ovócito. A zona pelúcida é 
composta principalmente por 3 proteínas ZP2 E ZP3 organizadas em longos filamentos e 
ZP1 que faz ligações entrecruzadas dos filamentos formando uma rede tridimensional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A zona pelúcida é responsável pela indução do espermatozoide à reação acrossômica, no 
qual o conteúdo do acrossomo é liberado por exocitose. Essa reação é necessária à 
fecundação normal, pois expõe varias enzimas hidrolíticas que ajudam o espermatozoide a 
abrir o túnel pela zona pelúcida, essa liberação altera a superfície do espermatozoide de 
modo que possa se ligar e se fundir a membrana plasmática do ovócito. 
O mecanismo de fusão espermatozoide-ovócito ainda é desconhecido. 
Mas após um espermatozoide sofrer a reação acrossômica e penetrar na zona pelúcida, ele 
liga-se à membrana plasmática do ovócito, inclinando-se sobre as extremidades das 
microvilosidades na superfície do gameta feminino, inicialmente ele se liga por sua 
extremidade anterior, depois por sua porção lateral, rapidamente as vilosidades vizinhas da 
superfície do ovócito se alongam e se agrupam em volta do espermatozoide para assegurar 
que este seja aderido de forma firme até que possa se fundir ao ovócito. Depois da fusão 
todos os componentes à exceção da calda do espermatozoide são atraídos para dentro do 
ovócito, à medida que as vilosidades vão se retraindo. 
O mecanismo de ligação do espermatozoide – ovócito é desconhecido, sabe-se somente que 
eles são mediados por algumas proteínas especificas localizadas na membrana de ambos. 
A fusão com o espermatozoide ativa o ovócito, fazendo os grânulos corticais liberarem seu 
conteúdo por exocitose, processo chamado reação cortical. Assim a meiose estacionada em 
metáfase II se conclui e é liberado o segundo corpúsculo polar e um zigoto. 
Um aumento de cálcio no citoplasma do ovócito fecundado é que desencadeia todos esses 
processos. Esse aumento é derivado da fusão do espermatozoide ao ovócito, que leva a um 
feedback positivo, QUANTO MAIS CALCIO NO CITOPLASMA, mais canais de cálcio se 
abrem. 
A entrada de cálcio então resulta na: reativação da meiose ativa o metabolismo do ovócito, 
desencadeia reação cortical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismos de bloqueio de dupla fecundação. 
Embora muitos espermatozoides possam se ligar ao ovócito, somente um funde sua 
membrana plasmática ao ovócito e injeta seu próprio citoplasma. Se mais de um 
espermatozoide se fundir, tem-se a situação de polispermia – incompatível com a vida. 
Existem dois mecanismos que impedem a ligação e fusão de outros espermatozoides. 
Despolarização da membrana (bloqueio rápido): em ouriços do mar ocorre uma 
despolarização rápida da membrana que repele os outros espermatozoides de se 
aproximarem, em mamíferos o mecanismo é desconhecido. 
Reação Cortical do ovócito (bloqueio lento): essa reação leva a liberação de varias 
enzimas, que alteram a estrutura da zona pelúcida, quebrando a barreira especifica e 
impedindo que os espermatozoides a reconheçam para se ligarem. A alteração se trata da 
inativação da ZP3 – responsável pelo estimulo da reação acrossômica, e destruição da ZP2 
tornando a zona pelúcida irreconhecível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma vez fecundado o ovócito é chamado de zigoto, no entanto a fecundação só estará 
completa quando ocorrer à fusão dosdois núcleos haploides (pró-núcleos). Esse processo de 
fecundação é antecedido por uma aproximação dos núcleos, até que a membrana nuclear 
seja rompida. 
O espermatozoide contribui com o material genético e os centríolos (organelas ausentes no 
ovócito). 
A cauda do espermatozoide não entra no ovócito. 
Após a fusão dos pró-núcleos ocorre a primeira divisão MITOTICA do zigoto, gerando 2 
blastômeros: 
 
A fertilização leva a restauração do numero diploide de cromossomos (pela união de duas 
células haploides), determinação das características genéticas do novo ser (pela fusão do 
material genético de duas células de duas pessoas diferentes), inicio da clivagem (que são as 
repetidas divisões mitóticas a partir do zigoto que darão origem ao novo ser). 
Os problemas de fecundação que podem ocorrer podem ser: 
 Falta de resposta do ovócito ao espermatozoide, não ocorrendo à inibição de 
polispermia. 
 Má formação dos espermatozoides: duas cabeças, falta de motilidade, cauda enrolada, 
acrossomo pequeno, diploidia, duas caudas, e etc. 
 
4. Segmentação e Implantação 
Como vimos a fertilização: 
 Estimula o ovócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, produzindo o 
segundo corpo polar. 
 Restaura o numero diploide normal de cromossomos no zigoto. 
 Resulta na variação da espécie humana através do embaralhamento dos cromossomos 
maternos e paternos. 
 Determina o sexo cromossômico do embrião; espermatozoide X produz embrião 
feminino, e um Y produz um embrião masculino. 
 Causa ativação do ovócito, que inicia a clivagem divisão celular do zigoto. 
O zigoto é geneticamente único, pois metade de seus cromossomos vem da mãe e metade do 
pai, portanto o zigoto contem uma nova combinação. Este mecanismo forma a base da herança 
de ambos os genitores e da variação na espécie humana. 
 
 
 
 
RESUMO DO CICLO OVARIANO – com fertilização 
 
Primeira Semana de Desenvolvimento 
Clivagem do zigoto 
Consistem em repetidas divisões mitóticas do zigoto, que leva ao rápido aumento do numero de 
células – blastômeros – que se tornam menores a cada divisão da clivagem (não ocorre a fase 
G1 e G2 por isso não tem aumento celular). A divisão é 2
n
 sendo a primeira 2 blastômeros  4 
blastômeros  8 blastômeros... e etc. A clivagem ocorre enquanto o zigoto avança pela tuba 
uterina em direção ao útero, o que controla essa divisão é o MPF – fator promotor de mitose. 
Durante essa fase o zigoto ainda está contido na zona pelúcida, gelatinosa e bastante espessa. – 
percebida ao microscópio. 
 
Depois do estágio de nove células, os blastômeros mudam de forma e se ajustam firmemente 
uns aos outros, formando uma bola compacta de células – fenômeno conhecido como 
compactação, mediado por proteínas de adesão. Essa compactação permite maior interação 
célula-célula e é um pré-requisito para a segregação das células internas que formam uma massa 
celular interna – embrioblasto – ainda dentro do blastocisto. De 12 a 15 blastômeros o ser 
humano é denominado mórula – lembra uma amora. As células internas da mórula - a massa 
celular interna – estão envolvidas por uma camada de células achatadas, que forma a camada 
celular externa – TROFOBLASTO. 
A mórula se forma 3 dias após a fertilização, no momento em que o zigoto penetra na camada 
uterina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação do Blastocisto 
Pouco depois de a mórula entrar no útero o fluido da cavidade uterina passa através da zona 
pelúcida, formando um espaço cheio de fluido – cavidade blastocística – dentro da mórula. 
Com o aumento do fluido dentro da cavidade blastocística, os blastômeros se separam em duas 
partes: 
 O trofoblasto (trofo – nutrição), uma fina camada externa de células, que dá origem à 
parte embrionária da placenta. 
 A massa celular interna, um grupo de blastômeros localizados centralmente, dá 
origem ao embrião; como é primórdio deste, a massa celular interna é chamada 
embrioblasto. 
Nesse estágio de desenvolvimento o zigoto é chamado blastocisto. Depois de o blastocisto ter 
flutuado nas secreções uterinas por cerca de 2 dias, a zona pelúcida se degenera e desaparece – 
ECLOSÃO DO BLASTOCISTO. Com a descamação da zona pelúcida o blastocisto aumenta 
rapidamente de tamanho, pois nutre-se com maior facilidade das secreções uterinas. 
Cerca de 6 dias após a fertilização, o blastocisto se prende ao epitélio do endométrio, o lado 
adjacente à massa celular interna. Assim que ele se prende ao endométrio o trofoblasto começa 
a se proliferar com rapidez e se diferencia em duas camadas: 
 Citotrofoblasto: (trofoblasto celular), a camada mais interna de células. 
 Siciciotroblasto: (trofoblasto sincicial), a camada sincicial externa, constituída por uma 
massa protoplasmática multinucleada formada pela fusão de células, não é possível 
observar limites celulares no sinciciotrofoblasto. 
Os prolongamentos digitiformes (em forma de dedos) do sinciciotrofoblasto estendem-se 
através do epitélio do endométrio e invadem o tecido conjuntivo do endométrio (estroma). Ao 
fim da primeira semana, o blastocisto está implantado superficialmente na camada compacta do 
endométrio e nutre-se dos tecidos maternos erodidos (a invasão erode tecidos maternos, 
rompendo vasos que nutrem o embrião). 
O sinciciotrofoblasto expande-se com rapidez do lado adjacente a massa celular interna – polo 
embrionário. 
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A
 
 
 Para que ele consiga invadir e penetrar o blastocisto no endométrio, o 
sinciciotrofoblasto precisa produzir enzimas proteolíticas que fazem a erosão dos 
tecidos maternos. 
Por volta do sétimo dia, uma cama de células cuboides, o hipoblasto (endoderma primitivo), 
aparece na superfície da massa celular interna voltada para a cavidade blastocística. 
 
Segunda Semana de Desenvolvimento 
A implantação do blastocisto, como vimos, começa no fim da primeira semana e termina no fim 
da segunda semana. O sinciciotrofoblasto, ativamente erosivo, invade o estroma endometrial, 
que sustenta os capilares e as glândulas. Enquanto isto, o blastocisto penetra lentamente no 
endométrio – puxado. O blastocisto implanta-se na camada endometrial por seu polo 
embrionário – local da massa celular interna. Facilitado pelas enzimas proteolíticas produzidas 
pelo sinciciotrofoblasto. 
As células do estroma (tecido conjuntivo do endométrio) em torno do local da implantação 
acumulam glicogênio e lipídios e assumem um aspecto poliédrico. Algumas destas novas 
células - chamadas células da decídua - degeneram suas adjacências facilitando a penetração. 
O sinciciotrofoblasto captura essas células em degeneração, criando uma rica fonte para a 
nutrição do embrião. 
Durante a invasão o sinciciotrofoblasto começa a produzir um hormônio, a gonadotropina 
coriônica humana (HCG), esse hormônio mantem a atividade endócrina do corpo lúteo durante 
a gravidez e constitui a base dos testes de gravidez. 
 
Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e do saco vitelino. 
Com o avanço da implantação do blastocisto, 
aparece uma pequena cavidade na massa 
celular interna, que é o primórdio da 
cavidade amniótica. Assim as células 
amniogênicas (formadores do âmnio – 
cavidade amniótica), denominadas 
amnioblastos, se separam do epiblasto e se 
organizam formando uma membrana fina o 
âmnio, que envolve a cavidade amniótica. 
Ao mesmo tempo, ocorrem transformações 
morfológicas na massa celular interna 
(embrioblasto), que resultam na formação de 
uma placa bilaminar, achatada e quase 
circular de células chamada de disco 
embrionário – com duas camadas: Epiblasto, camada mais espessa, constituída por células colunares altas voltadas para a 
cavidade amniótica. 
 Hipoblasto, ou endoderma primitivo, constituído por pequenas células cuboides 
adjacentes à cavidade blastocística. 
 
O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica, continuando-se na periferia com o âmnio. 
Já o hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica e continua-se com a fina parede desta 
cavidade. 
As células que miraram do hipoblasto para 
formar a membrana exocelômica envolvem 
a cavidade blastocística e revestem a 
superfície interna do Citotrofoblasto. 
A cavidade blastocística é agora 
denominada cavidade exocelômica. 
A membrana e a cavidade exocelômicas logo 
se modificam formando – saco vitelino 
primitivo. 
Assim o disco embrionário fica entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primitivo. 
As células do endoderma do saco vitelino dão origem a uma camada de tecido conjuntivo 
frouxo chamada de mesoderma extraembrionário – FORA DO EMBRIÃO, que envolve o 
âmnio e o saco vitelino. 
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Durante a formação dessas estruturas (âmnio, disco embrionário e saco vitelino) aparecem no 
sinciciotrofoblasto cavidades isoladas chamadas – lacunas. 
Essas lacunas se enchem de uma mistura de sangue materno + secreções glandulares uterinas. 
A comunicação dos vasos uterinos erodidos com as lacunas representa o inicio as circulação 
uteroplacentária. Quando o sangue materno flui para as lacunas carrega oxigênio e nutrientes 
que se tornam disponíveis para os tecidos extraembrionários do sinciciotrofoblasto. É 
estabelecida então uma circulação de sangue primitiva. Sangue oxigenado proveniente das 
artérias chega às lacunas e o sangue desoxigenado é removido delas pelas veias endometriais. 
Com 10 dias o blastocisto já penetrou completamente no endométrio, durante cerca de 2 dias há 
uma falha no epitélio do endométrio (formada pela invasão do blastocisto), que é preenchida por 
um tampão, um coágulo-fibrinoso de sangue. No dia 12, então, o epitélio uterino completamente 
regenerado cobre este tampão. Com a 
implantação do concepto (blastocisto), as 
células do tecido conjuntivo do endométrio 
sofrem uma transformação chamada reação 
decidual. 
Depois de ficarem intumescidas pelo acúmulo 
de glicogênio e lipídio no citoplasma passam a 
ser chamadas células da decídua. A função 
da reação decidual é criar um local 
imunologicamente privilegiado. 
Com 12 dias as lacunas adjacentes do 
sinciciotrofoblasto já se fundiram, formando 
redes de lacunas, conferem ao sincício um aspecto semelhante a uma esponja. 
As lacunas mais próximas ao polo embrionário constituem os primórdios do espaço interviloso 
da placenta. Os capilares do endométrio em torno do embrião implantado se tornam congestos e 
dilatados para formar sinusóides – que são 
vasos maiores que os capilares comuns. O 
sincício erode os sinusóides e o sangue 
materno flui para as redes de lacunas. 
À medida que ocorrem mudanças no 
trofoblasto e no endométrio, o mesoderma 
extraembrionário aumenta e espaços isolados 
aparecem dentro dele. Rapidamente esses 
espaços se fundem formando uma grande 
cavidade isolada, o celoma extraembrionário. 
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Esta cavidade cheia de fluido envolve o 
âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles 
estão aderidos ao córion através do pedículo 
do embrião. Com a formação do celoma 
extraembrionário, o saco vitelino primitivo 
diminui de tamanho e forma-se o saco 
vitelino secundário (definitivo), menor. 
Este saco menor é formado por células do 
endoderma extraembrionário provenientes 
do hipoblasto do disco embrionário, que 
migram para o saco vitelino primitivo. 
Durante a formação do saco vitelino 
secundário, grande parte do saco 
vitelino primitivo é descartada. O saco 
vitelino contem fluido, mas não 
contém vitelo. Ele pode desempenhar 
um papel na transferência seletiva de 
nutrientes para o disco embrionário. O 
trofoblasto absorve fluido nutritivo 
das redes lacunares do 
sinciciotrofoblasto, que é transferido 
para o embrião. 
 
 
 
 
Desenvolvimento do saco coriônico 
 
O fim da segunda semana caracteriza-se pelo aparecimento das vilosidades coriônicas 
primárias. A proliferação de células do Citotrofoblasto produz extensões celulares que 
penetram no sinciciotrofoblasto superposto. Acredita-se que o crescimento dessas extensões é 
induzido pelo mesoderma somático extraembrionário subjacente. As projeções de células 
formam as vilosidades coriônicas primárias, primeiro estágio do desenvolvimento das 
vilosidades coriônicas da placenta. 
O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: 
 Mesoderma somático extraembrionário, forra o trofoblasto e reveste o âmnio. 
 Mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve o saco vitelino. 
O mesoderma somático extraembrionário e as 
duas camadas do trofoblasto constituem o 
córion. O córion forma a parede do saco 
coriônico (saco da gestação), dentro do qual o 
embrião e os sacos amniótico e vitelino estão 
suspensos pelo pedículo do embrião. O celoma 
extraembrionário é a cavidade coriônica. O 
saco amniótico (com o epiblasto do embrião 
formando o assoalho) e o saco vitelino (com o 
hipoblasto formando o teto) são análogo a dois 
balões comprimidos um contra o outro (local 
do disco do embrião) e suspensos por um 
cordão (pedículo do embrião) do lado interno 
de um balão maior (saco coriônico). 
 
 
 
O embrião de 14 dias ainda tem a forma de um 
disco embrionário bilaminar, mas, em uma área 
localizada, as células endodérmicas são colunares 
e formam uma área circular espessada denominada 
placa precordal (procordal). Esta placa indica o 
futuro local da boca e de um importante 
organizados da região da cabeça. 
 
Locais de implantação 
A implantação do blastocisto começa no fim da primeira semana e, usualmente ocorre no 
endométrio do útero, geralmente na parte superior do corpo do útero, com uma frequência um 
pouco maior na parede posterior do que na anterior. 
Janela de Implantação 
Para que a implantação ocorra sem problemas o blastocisto passa por 4 fases: 
 Aproximação 
 Ancoragem 
Para que ocorram as duas primeiras fases é necessário que o epitélio do endométrio e o 
blastocisto estejam em perfeita sincronia. O diálogo entre o blastocisto e o endométrio envolve: 
fatores de crescimento, hormônios, moléculas de adesão, enzimas proteolíticas e inibidores. 
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O epitélio do endométrio estimulado por progesterona e estrógeno se modifica, como vimos 
anteriormente, essas modificações são: 
Progesterona – pinopódios – que são aquelas células digitiformes que vão prender o blastocisto 
ao endométrio. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrógeno – decidualização – que vão formar as células da decídua, através de remodelação de 
matriz extracelular e diferenciação celular. 
 
Essas modificações tornam o epitélio receptivo ao embrião essa prontidão é chama de janela de 
implantação 
 Adesão 
 Invasão – a etapa de invasão já foi descrita anteriormente 
Para que ocorra a adesão é necessário que as proteínas de membrana do blastocisto, reconheçam 
as proteínas de membrana do endométrio e assim se liguem, essas sequencias é muito 
especifica, e esse é o grande impasse da reprodução assistida, os pesquisadores ainda não 
identificaram quais são essas proteínas e qualé a sequencia. 
 
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Porem em alguns casos pode implantar na tuba uterina – tendo que ser retirado, pois é inviável e 
mata a mãe e o bebe, já que a epiderme da tuba não é flexível. E também pode ocorrer 
implantação extrauterina, quando implanta no intestino, no fígado e etc. Esse tipo de gravidez é 
de risco, e em muitos casos ocorre aborto, quando morrer é necessário fazer um procedimento 
cirúrgico. 
Porém é importante lembrar que para que haja implantação deve ocorrer todas as etapas acima, 
e essas proteínas de membrana – estimuladas pela gonadotropina da corrente sanguínea, podem 
ser expressadas em qualquer tecido, por isso ocorre essa implantação extra uterina. 
 
Terceira Semana 
 
Gastrulação é o processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco 
embrionário trilaminar. – Inicio da morfogênese ** principal evento da terceira semana. 
Inicia-se com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário. 
Cada uma das três camadas do disco embrionário dará origem a determinados órgãos: 
 Ectoderma: dará origem a epiderme, ao sistema nervoso central e periférico e a outras 
estruturas. 
 Endoderma é a fonte dos revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e do trato 
gastrintestinal, incluindo glândulas deste trato e as células glandulares dos órgãos 
associado como fígado e pâncreas. 
 Mesoderma: dará origem às camadas musculares lisas, aos tecidos conjuntivos e aos 
vasos associados aos tecidos e órgãos; o mesoderma também formará o sistema 
cardiovascular, fonte de células sanguíneas e da medula óssea, esqueleto, músculos 
estriados e dos órgãos reprodutores e excretores. 
 
A Gastrulação enquadra: formação da linha primitiva, das camadas primitivas, da placa 
precordal e da notocorda. 
Durante esse período o embrião passa de blastocisto para gástrula. 
 
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Linha Primitiva 
O aparecimento da linha primitiva na 
extremidade caudal do embrião constitui 
o primeiro sinal da Gastrulação. No 
inicio da terceira semana, aparece o 
epiblasto, no plano mediano do aspecto 
dorsal do disco embrionário, forma uma 
opacidade formada por uma faixa linear 
espessada, conhecida como linha 
primitiva. Que é o resultado da 
proliferação e migração de células do 
epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. 
A linha primitiva se alonga pela adição de 
células a sua extremidade cauda, e a 
extremidade cefálica prolifera formando o nó 
primitivo. 
Ao mesmo tempo, forma-se na linha primitiva, 
um sulco estreito, o sulco primitivo, que se 
continua com uma pequena depressão no nó 
primitivo, a fosseta primitiva. 
Com o aparecimento da linha primitiva é 
possível identificar o eixo cefalocaudal, as 
extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo do 
embrião. O sulco e a fosseta primitivos resultam da invaginação (movimento para dentro) de 
células do epiblasto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pouco depois do aparecimento da linha primitiva células saem de sua superfície profunda e 
formam uma rede frouxa de tecido conjuntivo – chamada mesoblasto ou mesênquima. 
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Essa cama forma os tecidos de sustentação do embrião, a maior parte dos tecidos conjuntivos do 
corpo e os componentes do estroma das glândulas. Parte desse mesênquima forma uma camada 
denominada mesoderma intraembrionário. 
Algumas células do epiblasto da linha primitiva também deslocam o hipoblasto e formam o 
endoderma intraembrionário (dentro do embrião), no teto do saco vitelino. E as células que 
permanecem no epiblasto formam o ectoderma intraembrionário. 
 
Resumindo as células do epiblasto dão origem às três camadas germinativas do embrião, que 
constituem os primórdios de todos os tecidos e órgãos. 
A linha primitiva forma ativamente o mesoderma até o inicio da quarta semana, depois, a 
produção de mesoderma torna-se mais lenta, a linha primitiva diminui de tamanho relativo, e 
torna-se uma estrutura insignificante, degenera e desaparece ao fim da quarta semana. 
Processo Notocordal e Notocorda 
Algumas células mesenquimais migram do nó e 
da fosseta primitivos em direção cefálica, 
formando um cordão celular mediano, o 
processo notocordal. Esse processo forma uma 
luz e passa a ser chamado de canal da 
notocorda. O processo notocordal cresce 
cefalicamente, entre o ectoderma e o 
endoderma, até alcançar a placa precordal, 
uma pequena área circular de células 
endodérmicas colunares. O processo notocordal, 
que se assemelha a um bastão, não pode 
ultrapassar a placa precordal, pois esta se 
encontra firmemente aderida ao ectoderma 
sobrejacente. Estas camadas fundidas formam a 
membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da cavidade oral (boca). 
Algumas células mesenquimais 
provenientes da linha primitiva e do 
processo notocordal migram lateral e 
cefalicamente entre o ectoderma e o 
mesoderma, até alcançarem as bordas do 
disco embrionário. Lá, estas células são 
continuas com o mesoderma 
extraembrionário, que cobre o âmnio e o 
saco vitelino. Este mesoderma 
extraembrionário deriva do endoderma do 
saco vitelino. 
Algumas células da linha primitiva 
migram cefálica e lateralmente ao 
processo notocordal e contornam a 
placa precordal, onde elas se 
encontram cefalicamente, formando o 
mesoderma cardiogênico da área 
cardiogênica, onde o primórdio do 
coração começa a se formar no final 
da terceira semana. 
Caudalmente à linha primitiva há uma 
área circular – membrana cloacal – 
que indica o futuro local do ânus. 
O disco embrionário permanece bilaminar 
neste local e na membrana bucofaríngea, 
porque o ectoderma e o endoderma do 
embrião estão fundidos, o que impede, 
desta maneira, a migração de células 
mesenquimais entre eles. No meio da 
terceira semana, o mesoderma 
intraembrionário se separa do ectoderma e 
do endoderma em todos os lugares, 
exceto: 
 Na membrana bucofaríngea, cefalicamente. 
 No plano mediano cefálico ao nó primitivo, onde se localiza o processo notocordal. 
 Na membrana cloacal, Caudalmente. 
A notocorda é um bastão celular que se forma pela transformação do processo notocordal. A 
notocorda: 
 Define o eixo primitivo do embrião, dando-lhe certa rigidez; 
 Serve de base para a formação do esqueleto axial (ossos da cabeça e coluna vertebral) 
 Indica o futuro local dos corpos vertebrais. 
A notocorda é uma estrutura complexa em torno da qual se forma a coluna vertebral. Ela se 
estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo. Assim que se formam as vertebras a 
notocorda degenera e desaparece, mas 
persiste como o núcleo pulposo dos discos 
intervertebrais. 
Ela funciona também como propulsor de 
diferenciação celular, ela faz como que 
células não especializadas do embrião 
formem os órgãos. 
A notocorda durante seu desenvolvimento 
induz o ectoderma a se espessar e formar 
a placa neural, um primórdio do sistema 
nervoso central. 
 
Alantoide 
A alantoide aparece, por volta do dia, como um pequeno divertículo (evaginação – vilosidade) 
em forma de salsicha proveniente da parede caudal do saco vitelino, que se estende pelo 
pedículo do embrião. Nos embriões de repteis, pássaros e alguns mamíferos, a alantoide é uma 
estrutura com função respiratória e/ou age como um reservatório de urina, durante a vida 
embrionária. Nos embriões humanos, a alantoide permanece muito pequena, pois, a placenta e o 
saco amniótico assumem suas funções. Assim nos humanos a alantoide esta envolvida na 
formação inicial do sangue e está associada aodesenvolvimento da bexiga. Com o crescimento 
da bexiga, a alantoide transforma-se no úraco, representado no adulto, pelo ligamento umbilical 
mediano. Os vasos sanguíneos da alantoide tornam-se artérias e veias umbilicais. 
 
Neurulação: formação do tubo neural. 
A neurulação é constituída pelos processos envolvidos na formação da placa neural e das pregas 
neurais, e o fechamento das pregas levando a formação do tubo neural. Estes processos 
terminam no fim da quarta semana, quando ocorre o fechamento do neuróporo caudal posterior. 
Durante a neurulação, o embrião denominado nêurula. 
Placa Neural e Tubo neural 
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Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma do embrião que a recobre se espessa, 
formando uma placa alongada, em forma de chinelo, constituída de células neuroepiteliais 
espessadas, chamada de placa neural. A formação da placa neural é induzida pela notocorda 
em desenvolvimento. O ectoderma da placa neural (neuroectoderma) dá origem ao sistema 
nervoso central – encéfalo e medula espinhal, e outras estruturas como a retina. Inicialmente a 
placa neural tem o mesmo comprimento que a notocorda, e ela surge cefalicamente ao nó 
primitivo e dorsalmente à notocorda e ao mesoderma adjacente a esta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com o alongamento da notocorda, a placa neural se alarga, avança em direção cefálica e acaba 
chegando até a membrana bucofaríngea. Eventualmente, a placa neural, ultrapassa a notocorda. 
Próximo ao dia 18, a placa neural se invagina (se enverga pra baixo, formando uma bundinha) 
ao longo de seu eixo central, formando o sulco neural, mediano, longitudinal, com pregas 
neurais de cada lado. 
 
 
 
 
 
 
As pregas neurais tornam-se muito salientes na extremidade cefálica do embrião e constituem 
os primeiro sinais do desenvolvimento do encéfalo. Por volta do fim da terceira semana as 
pregas neurais começam a se fundir e convertem a placa neural no tubo neural. 
O tubo neural logo se separa do ectoderma da superfície. As bordas livres do ectoderma se 
fundem de modo a tornar esta camada continua sobre o tubo neural e o dorso do embrião. 
 
Assim que se torna continua a ectoderma se diferencia, formando a epiderme da pele. 
 Formação da crista neural 
Durante a fusão das pregas neurais, o que forma o tubo neural, algumas células 
neuroectodérmicas, disposta ao longo da crista de cada prega neural, perdem sua afinidade 
epitelial e suas ligações com as células vizinhas. Com a separação do tubo neural do ectoderma 
da superfície, as células da crista neural migram dorsolateralmente de ambos os lados do tubo 
neural. Assim elas formam uma massa achatada, irregular, a crista neural, situada entre o tubo 
neural e o ectoderma sobrejacente. 
A crista neural se separa em duas partes direita e esquerda, que migram para os aspectos 
dorsolaterais do tubo neural. 
As células da crista neural dão origem aos gânglios espinhais (gânglios das raízes dorsais) e aos 
gânglios do sistema nervoso autônomo, formam as bainhas dos nervos periféricos, meninges 
(que recobrem o encéfalo) e a medula espinhal. 
 
 
 
 
 
Recapitulando RAPIDAMENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGUNDA PROVA – Organogênese Inicial e Dobramento do Embrião – da quarta a oitava 
semana. 
 
 A maior parte do período do desenvolvimento embrionário ocorre da quarta a oitava 
semana, todas as principais estruturas internas e externas são estabelecidas da quarta a 
oitava semana, esse período é chamado de organogênese, todos os principais sistemas e 
órgãos começam a se desenvolver, embora sejam pouco funcionais, à exceção do 
sistema cardiovascular necessário para levar nutrientes e oxigênio a todos os tecidos. 
 À medida que os tecidos e órgãos se formam a forma geral do embrião se modifica. 
 
FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO 
 
O desenvolvimento embrionário pode ser dividido em três fases: 
1. A primeira é o crescimento (aumento de tamanho), que envolve divisão celular e 
elaboração dos produtos celulares. 
2. A segunda fase é a morfogênese que inclui movimentos celulares em massa, que 
permite que estas interajam entre si durante a formação dos tecidos e órgãos. 
3. A terceira fase do desenvolvimento é a diferenciação – maturação dos processos 
fisiológicos que resulta na formação de tecidos e órgãos capazes de desempenhar 
funções especializadas. 
 
Durante a quarta até a oitava semana de desenvolvimento do embrião a mãe deve tomar 
cuidado com compostos que possam causar anomalias no desenvolvimento dos órgãos os 
compostos teratogênicos. 
 
Dobramento do Embrião 
Evento que estabelece a forma do corpo e se trata do dobramento do disco embrionário 
trilaminar plano que leva a formação de um embrião cilíndrico. O dobramento ocorre no 
plano mediano e no plano horizontal e resulta numa rápido crescimento do embrião, 
particularmente do encéfalo e da medula espinhal (SNC). A velocidade de crescimento 
lateral do disco embrionário não acompanha a velocidade de crescimento do eixo maior 
resultando um aumento no comprimento do embrião, e isso resulta no dobramento. O 
dobramento das extremidades cefálicas e caudal e lateral do embrião ocorre 
simultaneamente e junto com isso ocorre uma constrição na junção do embrião com o saco 
vitelino. O dobramento ventral das extremidades produz as pregas cefálica e caudal. 
 
 
FORMAÇÃO DOS SOMITOS: 
O mesoderma de ambos os lados da notocorda, se espessa, formando colunas, a divisão 
dessas colunas em pares de somitos se inicia cefalicamente no final da terceira semana. 
Os somitos são agregações compactas de células mesenquimais das quais migram 
células, que dão origem as vertebras, costelas e músculos axiais. O numero de somitos 
constitui a indicação confiável da idade do embrião. 
 
Prega Neural ou Cefálica: no inicio da quarta semana, as pregas neurais da região 
cefálica já se espessaram para formar o primórdio do encéfalo. O encéfalo se projeta 
dorsalmente (costa do embrião) para dentro da cavidade amniótica. 
 Prosencéfalo em desenvolvimento ultrapassa a membrana bucofaríngea e recobre o 
coração em desenvolvimento. 
Com isso o septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana 
bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral (pra frente do embrião). 
 Durante o dobramento longitudinal, parte do endoderma do saco vitelino é 
incorporada ao embrião como o intestino anterior (primórdio da faringe, esôfago e 
outras estruturas). 
Esse intestino anterior fica entre o encéfalo e o coração. 
O septo transverso se transforma no tendão central do diafragma – abaixo do coração. 
 A prega cefálica também influencia a disposição do celoma embrionário. Antes do 
dobramento o celoma é constituído por uma cavidade plana em forma de ferradura. 
Neste estagio o celoma intraembrionário se comunica amplamente em ambos os lados, 
com o celoma extraembrionário. 
 
Prega Caudal: resulta o crescimento da parte distal do tubo neural – primórdio da 
medula espinhal. À medida que o embrião cresce, a região caudal se projeta sobre a 
membrana cloacal (anus). 
Durante o dobramento, parte do endoderma é incorporada ao embrião como intestino 
posterior (cólon, intestino grosso e o reto). A porção terminal do intestino se dilata para 
formar a cloaca (primórdio da bexiga e do reto). 
O pedículo de fixação (primórdio do cordão umbilical) fica agora preso à superfície 
ventral do embrião. E o alantoide é incorporado ao embrião. 
 
Prega Lateral: o dobramento lateral resulta do crescimentorápido da medula espinhal 
e dos somitos, que produzem as pregas laterais direita e esquerda. O primórdio de cada 
parede lateral do corpo se dobra em direção ao plano mediano, formando um embrião 
cilíndrico. 
À medida que as paredes abdominais se formam, parte do endoderma é incorporada ao 
embrião como intestino médio (primórdio do intestino delgado e órgãos análogos). A 
conexão após o dobramento entre o saco vitelino e o intestino médio se torna um ducto 
vitelino. 
A região de fixação do âmnio à superfície ventral do embrião também fica reduzida a 
uma região umbilical relativamente estreita. Quando o cordão umbilical se forma a 
partir do pedículo de fixação, a fusão ventral das pregas laterais reduz a região da 
comunicação entre as cavidades celômicas intraembrionárias e extraembrionárias a uma 
comunicação estreita. O âmnio forma o revestimento epitelial do cordão umbilical. 
 
Derivados dos folhetos germinativos. 
Os folhetos são formados durante a Gastrulação e darão origem aos primórdios de todos 
os tecidos e órgãos. A especificidade dos folhetos germinativos não é fixa. As células de 
cada folheto se dividem, migram se agregam e se diferenciam em padrões bastante 
precisos ao formarem os vários sistemas e órgãos. 
 Ectoderma dá origem ao SNC (cérebro e medula espinhal), SNP (epitélio sensorial), 
epiderme, glândulas mamarias, hipófise e etc. 
As células da crista neural, derivadas do neuroectoderma, dão origem às células dos 
gânglios espinhais, cranianos e autônomos; as células que formam as bainhas dos 
nervos do SNP, as células pigmentares da derme, dos músculos e tecidos conjuntivos, 
aos ossos, a medula adrenal, as meninges do encéfalo e da medula espinhal. 
 Mesoderma da origem ao tecido conjuntivo, cartilagem, osso, músculos estriados e 
lisos, coração, vasos sanguíneos e linfáticos, rins, ovários e testículos, ductos genitais, 
membranas serosas que revestem as cavidades do corpo (pericárdica, pleural, 
peritoneal), baço e córtex das adrenais. 
 Endoderma da origem ao revestimento epitelial dos TGI e respiratório, ao parênquima 
das tonsilas, às glândulas tireoide e paratireoide, timo, fígado e pâncreas; ao 
revestimento epitelial da bexiga urinaria e à maior parte da uretra, ao revestimento 
epitelial da cavidade do tímpano, e da tuba auditiva. 
 
Controle do Desenvolvimento Embrionário 
O desenvolvimento resulta dos planos genéticos nos cromossomos, a maior parte dos 
processos de desenvolvimento depende de uma interação coordenada com precisão de 
fatores genéticos e ambientais. Vários mecanismos de controle guiam a diferenciação e 
asseguram o desenvolvimento sincronizado. 
O desenvolvimento embrionário é essencialmente um processo de crescimento e de 
complexidade crescente de estrutura e função. O crescimento é a multiplicação celular e 
a complexidade é diferenciação e morfogênese celular. As células iniciais dos tecidos 
dos embriões são pluripotentes, capazes de seguir mais de uma via de desenvolvimento. 
Uma vez “escolhida” a via de desenvolvimento essa pluripotencia diminui por causa da 
especialização do tecido. Alguns estudos dizem que essa escolha depende de fatores 
ambientais. 
Alterações que levam a alteração de um dos elementos são chamadas induções. Ex.: 
durante o desenvolvimento do olho, a vesícula ótica induz o desenvolvimento do 
cristalino a partir do ectoderma cefálico superficial, quando a vesícula esta ausente esse 
não se desenvolve. 
O fato de um tecido poder influenciar a via de desenvolvimento adotada por outro 
tecido pressupõe a passagem de um sinal entre os dois elementos que interagem. 
 
Ao final da terceira semana se forma o encéfalo dividido em: 
 Prosencéfalo – encéfalo anterior 
 Mesencéfalo – encéfalo médio 
 Rombencéfalo – encéfalo posterior. 
 
Principais eventos da quarta a oitava semana. 
 Quarta semana: ocorrem modificações importantes na forma do corpo. Inicialmente o 
embrião é quase reto e tem de 4 a 12 somitos, que produzem saliências, o tubo neural é 
flanqueado pelos somitos, porem é aberto em cima e embaixo. Aos 24 dias os arcos 
braquiais e faríngeos já apareceram. O primeiro arco (mandibular) e o segundo 
(hioideo), são claramente visíveis. A maior parte do arco faríngeo da origem a 
mandíbula, enquanto uma extensão rostral do arco – processo maxilar – contribui para 
a formação da maxila. O embrião já se curvou um pouco por causa das pregas 
cefálicas e caudais. O coração produz uma grande saliência ventral e bombeia 
sangue. 
Três pares de arcos faríngeos são visíveis aos 26 dias o neuróporo anterior já está 
fechado. O prosencéfalo produz uma elevação saliente na cabeça e o dobramento do 
embrião lhe confere uma curvatura em forma de C – característica. Uma longa cauda 
encurvada esta presente. Os brotos dos membros superiores são reconhecíveis no 
dia 27 como pequenas intumescências sobre as paredes ventrolaterais do corpo. As 
fossetas óticas, os primórdios das orelhas internas, também são visíveis. 
Espessamentos ectodérmicos indicam os futuros cristalinos dos olhos são visíveis de 
ambos os lados da cabeça. O quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros 
inferiores são visíveis no final da quarta semana. 
 
Bem no final da quarta semana, a cauda fina ou delgada é uma característica 
marcante. Os primórdios de muitos sistemas de órgãos, principalmente o sistema 
cardiovascular já estão estabelecidos. Ao final da quarta semana, o neuróporo Caudal 
está fechado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quinta Semana 
As modificações da forma dos corpos são pequenas durante há quinta semana, em comparação 
com as que ocorreram durante a quarta. Mas o crescimento da cabeça excede o das outras 
regiões. O aumento da cabeça é causado, sobretudo pelo rápido desenvolvimento do encéfalo 
e das proeminências faciais. A face logo fica em contato com a eminencia cardíaca. O segundo 
arco faríngeo (hioideo), crescendo rapidamente, se supõe ao terceiro e quarto arcos, formando 
em ambos os lados, uma depressão ectodérmica lateral – o seio cervical. 
As cristas mesonéfricas indicam o sitio dos rins mesonéfricos, que são rins transitórios na 
espécie humana. 
 
 
 
Sexta semana 
Os membros superiores começam a mostrar diferenciação regional no cotovelo e as 
grandes placas da mão se desenvolvem. Os primórdios dos dedos – os raios digitais – 
começam a se desenvolver nas placas da mão indicando a formação dos dedos. Foi relatado que 
embriões na sexta semana apresentam movimentos espontâneos, tais como contrações bruscas 
do tronco e dos membros. O desenvolvimento dos membros inferiores é mais tardio. Varias 
pequenas saliências – as saliências auriculares – se formas em torno do sulco branquial 
entre os dois primeiros arcos faríngeos (mandibular e hioide). Este sulco (fenda) se torna o 
meato auditivo externo (canal auditivo externo) e as saliências se fundem para formar a 
aurícula, a parte em forma de concha da orelha externa. O olho é bem evidente, principalmente 
porque o pigmento retiniano já se formou. A cabeça agora é muito maior do que o tronco e 
se dobra sobre a grande saliência cardíaca. Esta posição da cabeça resulta do encurvamento 
na região cervical (pescoço). O tronco e pescoço já começaram a se tornar retos. 
 
 
Sétima Semana 
Os membros sofrem alterações consideráveis durante a sétima semana, nas placas da mão 
aparecem depressões entre os raios digitais que separam, parcialmente, os futuros dedos. A 
comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino é agora reduzida a um ducto 
estreito, o canal vitelino. A hérnia umbilical é um evento normal no embrião, que ocorre 
porque a cavidade abdominal é pequena demais neste estagiopara acomodar o intestino, que 
cresce rapidamente. 
 
Oitava Semana 
No inicio desta ultima semana do período embrionário, os dedos da mão estão separados, 
mas ainda estão unidos por uma membrana. Os pés estão em forma de leque. A cauda 
ainda está presente, mas é curta e rombuda. O plexo vascular do couro cabeludo apareceu e 
forma uma faixa característica em torno da cabeça. Ao final da oitava semana, todas as 
regiões dos membros são aparentes, os dedos se alongaram e estão completamente 
separados. Os primeiros movimentos propositados dos membros ocorrem durante esta semana. 
A ossificação começa nos membros inferiores é observada no fêmur. Todos os sinais da 
cauda já desapareceram no final da oitava semana. As mãos e os pés se aproximam 
ventralmente entre si. A cabeça ainda é desproporcional ao corpo, constituindo metade do 
embrião. A região do pescoço esta estabelecida e as pálpebras são mais obvias, e estão se 
fechando no final da oitava semana. O intestino ainda está na porção proximal do cordão 
umbilical. As aurículas das orelhas externas começam a assumir sua forma final, mas ainda 
estão implantadas numa região muito baixa na cabeça, embora já exista genitália diferente ainda 
não é possível distinguir o sexo. 
 
 
Estimativa do tempo de Gestação. 
É difícil de determinar, pois depende da memoria da mãe. 
Dois pontos são comumente usados para isso: 
 Inicio do ultimo período menstrual normal (LNMP) 
 Dia provável da fertilização (concepção). 
Em algumas mulheres, a estimativa do tempo de gestação a partir da historia menstrual não é 
confiável. A probabilidade de erro na determinação do LNMP é mais alta nas mulheres que 
ficam gravidas após cessarem a contracepção oral, pois o intervalo entre a interrupção dos 
hormônios e o inicio da ovulação é altamente variável. O LNMP é comumente usado pelos 
clínicos para fazer uma estimativa da idade dos embriões e é um método confiável, na maioria 
dos casos. 
A avaliação por ultrassom do tamanho do saco coriônico (gestacional) e de seu conteúdo 
permite aos clínicos fazer uma estimativa precisa da data da concepção. O zigoto se forma cerca 
de 2 semanas após o LNMP; consequentemente 14 + - 2 dias tem que ser deduzidos do tempo 
de gestação (menstrual) para obter a idade da fertilização (concepção) de um embrião. Pelo fato 
de poder ser importante conhecer a idade da fertilização de um embrião para determinar sua 
sensibilidade a teratogênicos, todas as afirmações sobre a idade devem indicar o ponto de 
referencia usado (ou seja, os dias após o LNMP ou após o tempo estimado da fertilização). 
 
Estimativa da idade do embrião 
A idade de um embrião é aferida a partir de características externas e das medidas de seu 
comprimento. Apenas o tamanho pode ser um critério pouco confiável, porque alguns embriões 
apresentam uma velocidade de crescimento progressivamente menor antes de morrerem. O 
aspecto dos membros em desenvolvimento é um critério que pode ajudar muito na estimativa da 
idade do embrião. 
Na terceira e quarta semana o embrião é reto, portanto seu comprimento é maior que sua 
largura. 
A altura na posição sentado ou comprimento vertex- nádega é usada para embriões mais velhos. 
< 5 mm não devem ser chamados de embrião. 
 
aparecida affini
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O SISTEMA DE ESTAGIAMENTO DOS EMBRIOES DE CARNEGIE é usado 
internacionalmente, seu uso permite que sejam feitas comparações entre os achados de uma 
pessoa e os de outra. 
 
Ultrassonografia: a maioria das mulheres que procuram cuidados médicos durante a gestação e 
fazem pelo menos um exame de ultrassom para confirmar o tempo de gestação e da concepção 
estimada pelo LNMP, avaliar o crescimento embrionários quando a suspeita de retardo, exame 
de massa pélvica clinicamente detectada, suspeita de gravidez ectópica, possível anormalidade 
uterina, detecção de anomalias congênitas. 
 
Período Fetal - a transformação de embrião em feto é gradativa, mas a mudança de nome 
significa que o embrião se desenvolveu num ser humano reconhecível e que todos os seus 
principais sistemas estão formados. O período fetal é o período onde ocorre um rápido 
crescimento do corpo pela diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas. Redução do 
crescimento da cabeça em relação ao corpo, com rápido ganho de peso. 
A viabilidade dos fetos é definida como a capacidade dos fetos de sobreviver no ambiente 
extrauterino. Fetos com baixo peso são pouco viáveis, esse baixo peso é oriundo da 
prematuridade natal. 
 
aparecida affini
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aparecida affini
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Trimestres de gestação. 
Clinicamente o período de gestação é dividido em três trimestres. 
 Ao final do primeiro trimestre todos os principais sistemas estão formados. 
 Ao final do segundo trimestre, o feto pode sobreviver se nascer prematuramente. 
 O feto atinge um marco importante do seu desenvolvimento com 35 semanas de 
gestação. Ele pesa cerca de 2500 gramas, e neste estagio o feto usualmente sobrevive se 
nascer prematuramente. 
Características fetais externas são uteis para estimar a idade fetal. 
O CRL (vertex-nadega) é o método de escolha para estimativa de idade fetal ate o final do 
primeiro trimestre, pois apresenta pouca variabilidade fetal durante este período. 
No segundo e terceiro trimestre, outras estruturas podem ser identificadas assim é 
necessário utilizar outras medidas como: diâmetro da cabeça, circunferência abdominal, 
comprimento do fêmur e comprimento do pé. 
O comprimento do pé se correlaciona bem com o CRL e é particularmente útil para 
estimativa da idade de fetos incompletos ou macerados. O peso fetal é um critério útil, 
também, mas pode haver discrepância por distúrbios metabólicos na gravidez como 
diabetes, por exemplo. 
 
Período Fetal 
 
Nove a doze semanas: no inicio da nona semana a cabeça constitui 50% do tamanho do 
feto, assim começa o crescimento do corpo que ao final da 12ª semana o corpo alcança o 
dobro da cabeça. Apesar de o corpo crescer com 12 semanas a cabeça ainda é 
desproporcionalmente grande em relação ao corpo. 
Na nona semana a face é larga e os olhos estão separados, as orelhas têm implantação 
muito baixa e as pálpebras estão fundidas. Ao final de 12 semanas aparecem os centros 
primários de ossificação no esqueleto, especialmente no crânio e ossos longos. 
Na nona semana as pernas são curtas e as coxas pequenas, ao final de 12 semanas os 
membro superiores quase atingiram seu tamanho relativo final, mas os membros 
inferiores ainda não estão bem desenvolvidos e se apresentam mais curtos que seu 
desenvolvimento final. A genitália externa feminina e masculina é semelhante até o final 
da nona semana, sua forma fetal madura se estabelece na 12ª semana (63 dias – 2 
meses). As alças intestinais são claramente visíveis na extremidade proximal do cordão 
umbilical até a metade da 11ª semana, porem ao final dela o intestino já voltou para 
abdome. 
Durante o período fetal o fígado é a principal sede da eritropoese, ao final da 12ª semana 
esta atividade já diminui no fígado e começou no baço. A formação da urina começa 
também durante este período, e ela é esvaziada dentro do liquido amniótico. O feto 
reabsorve parte deste liquido por deglutição, as excreções fetais são transferidas para a 
circulação materna atravessando a membrana placentária. 
 
Da 13ª a 16ª semana: o crescimento é muito rápido neste período, a cabeça já é 
relativamente pequena em relação ao corpo, os membros inferiores já se alongaram. 
Os movimentos dos membros, que ocorrem primeiro ao final do período embrionário se 
tornam coordenados na 14ª semana, mas são muito tênues para serem sentidos pela mãe, 
somente visíveis no exame de ultrassom. Ossificaçãoativa durante este período no inicio 
da 16ª semana os ossos já são visíveis por ultrassom. O padrão de pelos do couro 
cabeludo também é determinado nesse período. Com 16 semanas os ovários já estão 
diferenciados e contem os folículos primordiais que contem ovogônias. Com 14 semanas 
a genitália externa já está bem formada. E com 16 semanas os olhos do feto já estão mais 
centralizados na face e as orelhas próximas a sua posição definitiva. 
 
Da 17ª a 20ª semana: crescimento mais lento, membros atingem proporções relativas 
finais, movimentos fetais bruscos. A pele agora está coberta por um material gorduroso 
a vernix caseosa. Que é constituído por uma mistura de secreções gordurosas das glândulas 
sebáceas fetais e células epidérmicas mortas. A vernix caseosa tem como função proteger 
a pele do feto de abrasões, rachaduras e endurações, que podem resultar da exposição ao 
liquido amniótico. As sobrancelhas e os cabelos são visíveis com 20 semanas. Acima da 
vernix caseosa se desenvolve o lanugo, que tem função de proteger a vernix caseosa e 
mantê-la sobre a pele do feto. 
A gordura parda se forma durante este período também e é a sede de produção de 
calor. Este tecido adiposo especializado em produzir calor é encontrada na base do 
pescoço, posterior ao esterno e na área perirrenal. A gordura parda tem uma grande 
quantidade de mitocôndrias. 
Com 18 semanas o útero já está formado, e já se iniciou a canalização da vagina, já se 
formaram os folículos ovarianos primários contendo ovogônias. Com 20 semanas os 
testículos já iniciaram sua descida, mas ainda estão localizados na parede abdominal 
posterior, tal como os ovários. 
 
Da 21ª a 25ª semana: durante este período ocorre um ganho substancial de peso. Apesar 
de ainda ser um tanto magro, o feto é mais proporcional. A pele é enrugada e 
translucida. Pele é rosada a vermelha pela presença de capilares. Com 21 semanas 
começam os movimentos oculares rápidos, respostas de piscar ao susto, com 24 semanas 
(5,6 meses) as células epiteliais secretoras do pulmão começam a secretar surfactante, 
um lipídio tensoativo que mantem abertos os alvéolos pulmonares em 
desenvolvimento. 
As unhas dos dedos das mãos estão presentes nesse período. E os fetos nascidos ao final 
desse período podem sobreviver desde que sofram tratamentos intensivos pois seu sistema 
respiratório é muito imaturo. 
 
Da 26ª a 29ª semana (6 – 7 meses): nesta idade com frequência um feto sobrevive se 
nascer prematuramente, pois os pulmões já são capazes de respirar. Os pulmões já 
desenvolveram vasos pulmonares suficientes para realizar trocas gasosas adequadas. O 
SNC já amadureceu para controlar ritmos respiratórios e a temperatura do corpo. Os 
olhos já estão abertos com 26 semanas, e o lanugo e os cabelos bem desenvolvidos, as 
unhas dos pés são visíveis, e uma quantidade grande de gordura subcutânea está agora 
presente sob a pele, desfazendo as rugas. A quantidade de gordura branca aumenta 3,5% 
do peso corporal. O baço fetal é agora um local importante de hematopoese – formação 
de varias células sanguíneas. Com 28 semanas a medula óssea se torna responsável pela 
eritropoese e não mais o baço. 
 
Da 30ª a 34ª semana (7-8 meses): nos olhos os reflexos pupilares são induzidos com 30 
semanas, à pele é rosada e lisa, e os membros superiores e inferiores tem um aspecto 
fofinho. Nesta idade a quantidade de gordura branco é 8% do peso corporal. Os fetos de 32 
semanas ou mais velhos sobrevivem se nascerem prematuramente. Um feto de peso normal 
que nasce durante este período é prematuro quanto à data e não mais quanto ao peso. 
 
Da 35ª a 38ª semana (8-9 meses): os fetos com 35 semanas tem uma preensão palmar 
firme e exibem uma orientação espontânea para a luz. À medida que se aproxima o final da 
gestação o SN está maduro. Durante este período de acabamentos os fetos são roliços. Com 
36 semanas as circunferências da cabeça e do abdome são aproximadamente iguais, depois 
disto a circunferência do abdome pode ser maior que a da cabeça. Crescimento mais lento 
durante a época do nascimento. 
Fetos normais pesam cerca de 3,5 kg, e a quantidade de gordura dos fetos é de 16%de seu 
peso corporal, durante as ultimas semanas ele ganha 14g por dia. A pele é um rosa azulado, 
o tórax é proeminente, os testículos já estão na bolsa escrotal. 
 
A data esperada do parto. 
O método comum da data do parto é a regra de Nagele, para determinar a EDD, é contar 3 
meses a partir do primeiro dia do LNMP e acrescentar um ano e sete dias. 
 
Exemplo. Primeiro dia da menstruação regular – 4/10/98 – menos 3 meses = 3/10/97 – mais um 
ano e 7 dias = 11/10/98. 
Fatores que influenciam o crescimento fetal 
O feto requer substratos para crescer e produzir energia. Os gases e nutrientes provenientes da 
mãe passam livremente para o feto. A glicose é a fonte primaria de energia, aminoácidos são 
necessários também. A insulina é necessária para o metabolismo da glicose é secretada pelo 
pâncreas, pois a placenta é impermeável a este hormônio. 
Porem existem substancias que prejudicam o desenvolvimento fetal como fumar cigarros, 
consumir álcool diminuem o crescimento da criança pela produção de IUGR. 
E etc. 
 
Terceira Prova 
 
Anexos Embrionários 
 São porções de um embrião modificado para servir ao próprio embrião durante o inicio 
do desenvolvimento até que de ele esteja apto a desempenhar suas funções 
normalmente. São eles: Córion, placenta, cordão umbilical, pedúnculo de ligação, saco 
vitelino, alantoide e saco amniótico (âmnion) 
 Pedúnculo de Ligação – composto por mesoderma extraembrionário que sustenta o 
saco amniótico, o saco vitelino e o disco embrionário. Surge devido à expansão dos 
celomas extraembrionários. 
 
 
 Membranas Fetais 
 Córion: é uma membrana de revestimento externo ao celoma extraembrionário, 
constituído por duas camadas de células trofoblásticas e mesoderma extraembrionário. 
 Âmnio: envolve o embrião e desempenha funções como: crescimento e 
desenvolvimento dos pulmões e músculos, barreira contra agentes infecciosos, proteção 
contra choques, manutenção da temperatura e homeostasia. 
 Saco Vitelino: gerado à partir do hipoblasto, os de aves e répteis possuem vitelo, se 
origina da mesoderma e desempenha funções como: transferência de nutrientes, 
formação do intestino primitivo e angiogênese. 
 Alantoide: não é funcional nos mamíferos, mas participa da angiogênese – seus vasos 
persistem como veia umbilical e artéria umbilical. Funciona como uma ligação mãe-feto 
- e sua involução leva a formação do úraco, um cordão fibroso. 
 
 Parte Materna 
 Decídua – endométrio gravídico é dividida em 3 regiões: 
 Decídua basal – forma o componente materno da placenta. 
 Decídua capsular – forma a parte superior que cobre o concepto. 
 Decídua parietal – é parte restante. 
O estrógeno estimula o processo de decidualização, que é a remodelação da matriz, 
diferenciação dos fibroblastos do estroma uterino (epitelióides)  expondo proteínas e 
receptores de membrana. 
 
Placenta – trofoblasto – órgão misto e transitório, cujas funções é proteção e defesa 
(imunidade), nutrição, respiração, excreção, produção de hormônios. 
Placentação – as vilosidades coriônicas primárias tornam-se vilosidades coriônicas secundarias. 
Antes do fim da 3ª semana, ocorre a formação de capilares nas vilosidades, transformando-as 
em vilosidades coriônicas terciarias. Nas vilosidades maduras as células do Citotrofoblasto 
formam uma interface entre a camada decídua do endométrio e o sincício. 
A placenta é formada por duas partes principais: 
1. Parte materna – decídua basal  endométrio 
2. Parte fetal – córion viloso  vilosidades

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