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A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA COMUNICAÇÃO ORAL PARA O 
SECRETÁRIO EXECUTIVO 
 
 
Neusa Kreuz1
 
RESUMO: É indiscutível a grande importância da linguagem oral no processo interacional 
humano. Trata-se da primeira modalidade lingüística a ser adquirida pelo indivíduo e condição 
essencial da existência de um idioma. Sendo assim, pretende-se demonstrar a importância do 
domínio da comunicação oral para o profissional Secretário Executivo. 
Palavras Chaves: Secretário Executivo, comunicação oral, linguagem. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Tendo em vista que a necessidade de eficiência na comunicação acompanha o processo de 
desenvolvimento da empresa, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar o quanto é 
importante que o Secretário Executivo tenha o domínio da comunicação oral. 
Num primeiro momento será apresentado um relato sobre comunicação humana e a 
linguagem como sendo um processo fundamental para os homens. Após, estará presente a 
comunicação oral e os níveis da linguagem, bem como os tipos de comunicação oral. 
Em seguida, será demonstrado o perfil do Secretário Executivo com suas funções, e a 
importância do domínio da comunicação oral para esse profissional. 
 
2 A COMUNICAÇÃO HUMANA E A LINGUAGEM 
 
Através da comunicação estabelece-se a interação entre os homens, tornando possível que 
formulem opiniões e transmitam suas idéias, sentimentos, estabelecendo contato uns com os outros. 
Esse contato se processa com sons, imagens, gestos, cores, formas, e palavras, formando mensagens 
que tornam o elemento essencial para a compreensão entre os seres humanos, aperfeiçoando assim, 
suas capacidades de compreender a realidade do mundo em que vivem. 
A comunicação é fundamental para os homens e é através dela que ocorre a transmissão de 
uma mensagem, com a participação de alguns elementos como as pessoas ou o grupo que emite a 
mensagem, um receptor (destinatário) correspondendo ao indivíduo ou ao grupo que recebe a 
mensagem, e, ainda, como via de circulação de mensagens temos o canal de comunicação que 
 
1 Secretária Executiva, Docente do Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe da Unioeste – Campus de Toledo. 
 35
VANOYE (1987: 16) define como os meios técnicos que o destinador tem acesso a fim de 
assegurar o encaminhamento de suas mensagens, como a voz e o ouvido. 
Para que ocorra a comunicação entre os homens é necessário que a mensagem seja 
decodificada pelo destinatário, tornando possível, desta forma, a compreensão do código de 
linguagem e tomar esse comum aos participantes. Para que o processo de comunicação se complete 
é necessário que ocorra a troca de mensagens e a compreensão do conteúdo. PENTEADO (1969: 
06) diz que toda mensagem deve ser significativa, deve dizer alguma coisa em comum entre o 
transmissor e o receptor. Com a utilização desse código em comum, isto é, sistema de signos e 
regras que combinam, transmite-se uma mensagem denominada de linguagem. 
VANOYE (1987: 197) considera a linguagem como o modo privilegiado de comunicação 
da sociedade, sendo o fundamento das relações sociais. A linguagem está na origem das sociedades 
e os indivíduos que fazem parte de determinados grupos sociais farão uso dela. 
Como se pode verificar, a linguagem serve para a comunicação humana e através dela 
busca-se a transmissão de idéias e o entendimento entre as pessoas. 
 
3 COMUNICAÇÃO ORAL 
 
Sabe-se que através da língua se expressa e comunica-se o pensamento humano, ou seja, as 
pessoas fazem uso da língua para expressar o que sentem e o que pensam, e a maneira mais 
expressiva e mais usual de fazê-lo é através da oralidade, exprimindo assim suas intenções de 
comunicação e suas idéias acerca de determinado assunto. 
Mesmo com o aparecimento da escrita, a fala ainda mantém seu prestígio como forma 
dominante de comunicação e expressão e sabe-se que através dela alcançam-se as formas de 
organização social, sendo também o vínculo de compreensão entre os seres humanos. 
Na linguagem oral é possível facilitar a comunicação, pois ocorre o contato direto entre o 
emissor e o receptor e a mensagem a ser transmitida recebe influência do ambiente. Além da 
palavra, para comunicar-se bem é preciso formar uma estrutura que dê mais poder à comunicação, o 
tom de voz e a fisionomia, bem como, a postura corporal dos interlocutores, o uso dos gestos e a 
expressão facial colaboram muito para uma boa comunicação oral, e eles fazem parte da 
inteligência interpessoal dos indivíduos, basta utilizá-los de forma coerente. 
No meio social em que se vive, a cultura e o ambiente influenciam na linguagem das 
pessoas. VANOYE (1987: 31) afirma que no interior da língua falada existe uma língua comum, 
com expressões e construções mais usuais. Dessa forma, ele aponta tipos de linguagens distintas 
que são usadas na comunicação oral, apontadas a seguir. 
 
 36
3.1 NÍVEIS DA LINGUAGEM ORAL 
 
VANOYE (1987: 31) aponta inicialmente a existência da linguagem oratória que são os 
discursos e sermões, e é utilizada dependendo da situação. Após, faz referência à linguagem 
cuidada, que é utilizada pelas pessoas ao realizar um curso, e em comunicações orais, sendo 
empregado um vocabulário mais preciso e elaborado. Em terceiro plano está a linguagem comum 
que é realizada através da conversação, ou pelo rádio e televisão. Em último plano temos ainda a 
linguagem familiar na qual se conserva a conversação informal, não elaborada, e podendo recorrer à 
expressões pitorescas, à gíria, sem formalidade. 
O importante é saber variar e adaptar a linguagem própria a do interlocutor, e ter 
consciência desses níveis de linguagem de acordo com o momento e com o contexto no qual está 
envolvido, com o propósito de determinar o bom funcionamento da comunicação oral. 
 
3.2 TIPOS DE COMUNICAÇÃO ORAL 
 
Ainda de acordo com VANOYE (1987:33), podem ocorrer dois tipos de comunicação oral, 
inicialmente se fará alusão à comunicação oral com intercâmbio. Nessa situação, os interlocutores 
conversam e os papéis de receptor e emissor se invertem, podendo, dessa forma, um assumir a 
posição do outro, efetivamente. O diálogo, a entrevista e a reunião são exemplos claros de 
comunicação oral com intercâmbio, pois no desenrolar dos acontecimentos os participantes além de 
receber também podem transmitir mensagens. 
Por outro lado, existe a comunicação oral sem intercâmbio, através dela a mensagem é 
transmitida aos ouvintes que estariam ausentes e distantes, podendo estar recebendo a mensagem 
pelo rádio e televisão. Ou ainda, presentes e próximos, sendo platéia de um teatro, de uma aula 
expositiva, uma conferência, ou um discurso, no entanto, com uma diferença básica em relação à 
comunicação oral com intercâmbio, não ocorre a troca de papéis, ou seja, o emissor somente 
transmite e o receptor recebe. 
Até o momento apresentou-se um histórico da comunicação, dando ênfase à Linguagem 
oral. No entanto, é necessário enfatizar a importância do emissor e do receptor, visto que são os 
sujeitos da comunicação. Sendo o objetivo deste texto destacar a importância da comunicação oral 
nas atividades profissionais, enfocar-se-á, como emissor, o profissional Secretário Executivo. 
 
 
 37
4 PERFIL DO SECRETÁRIO EXECUTIVO2
 
O curso de Secretariado Executivo é oferecido pela Universidade Estadual do Oeste do 
Paraná, reconhecido pela Lei 7377 de 30/09/87. O mesmo conta atualmente com a duração mínima 
de 4 anos e funciona no período noturno. 
Com o desenvolvimento urbano e industrial surgiu a necessidade de um profissional 
competente, apto a atuar em um mercado de trabalho competitivo e em constantes transformações. 
O sucesso profissional do Bacharel emSecretariado Executivo está na formação acadêmica 
e científica, desenvolvendo uma percepção da realidade com o intuito de obter condições de 
empregabilidade no mercado, juntamente com a competência de estar apto a mudanças estruturais, 
afim de que possa manter o equilíbrio e garantir o crescimento da profissão no meio profissional e 
acadêmico. 
Tendo em vista que as relações entre o conhecimento teórico e as exigências da prática 
diária da profissão estejam sendo consideradas, o Secretário Executivo exercerá seu papel dentro 
das organizações, estando preparado para gerenciar setores e pessoas, utilizar novas tecnologias e 
trabalhar com competência e descrição. 
Segundo o novo perfil, elaborado pelo curso de Secretariado Executivo em 1999, a 
profissão englobará multiplicidade e diversidade de tarefas, exigindo do profissional criatividade, 
iniciativa e sensibilidade. Em seu papel atual de extensão do executivo, lhe são atribuídas as 
funções de atuar como assessor executivo, sendo a pessoa que executa e participa dos processos de 
decisão; Gestor, exercendo as funções gerenciais com a capacidade de planejar, organizar, 
implantar programas de desenvolvimento; como Empreendedor, sendo inovador e implantando 
alternativas inovadoras, possuindo capacidade crítica, reflexiva e criativa; Consultor, entender a 
empresa, seus objetivos e políticas, saber trabalhar com a cultura da organização, levantar 
estratégias e buscar vantagens competitivas para desta forma promover transformações. 
Considerando que o Secretário Executivo deverá ser preparado para que tenha a 
capacidade de desempenhar com alto padrão de competência, as tarefas cabíveis à profissão, 
contribuindo assim, para a melhoria da qualidade e buscando uma maior produtividade nas 
organizações, o mesmo deverá ser competente e hábil para: 
− administrar o tempo; 
− dar ênfase no relacionamento com clientes, tanto internos como externos; 
− valorizar os princípios de um bom sistema de comunicação; 
 
2 Texto extraído do Plano Político Pedagógico do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus 
de Toledo. 
 38
− ser hábil nas relações pessoais, se relacionar bem com as pessoas e respeitar suas 
diferenças pessoais; 
− gerenciar a transmissão e difusão da informação; 
− ter capacidade de organização, e poder atuar em todas as áreas ligadas à profissão, tanto na 
organização, no planejamento, na administração, no assessoramento e nos vários níveis das 
empresas públicas ou privadas em que possa atuar. 
Com a intenção de contribuir para uma boa formação deste profissional, o currículo 
elaborado pelo Departamento do curso de Secretariado Executivo apresenta disciplinas ligadas às 
Ciências Sociais, Jurídicas, Ciências Exatas, Línguas Estrangeiras e Disciplinas Instrumentais, bem 
como as disciplinas de formação específica como Técnicas Secretariais, Gestão Secretarial, Língua 
Portuguesa, Desenvolvimento Econômico, Relações Públicas, Marketing, Administração, Estágio e 
principalmente à comunicação que é considerado como um dos alvos a ser atingido pelo Secretário 
Executivo. 
Partindo desse pressuposto, abordar-se-á a importância do domínio da comunicação oral 
para o Secretário Executivo. 
 
5 A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA COMUNICAÇÃO ORAL PARA O SECRETÁRIO 
EXECUTIVO 
 
Administrar é realizar coisas através de pessoas, é transformar idéias em ações. O 
Secretário Executivo é a ponte entre o diretor da empresa e os demais, sejam funcionários ou 
clientes e, diariamente faz uso de termos técnicos. No entanto, faz-se necessário que ele tenha um 
grande conhecimento, e saiba decodificar esses termos para que as pessoas envolvidas o 
compreendam. Visto que um bom comunicador precisa estar apto a adequar a linguagem utilizada 
conforme o nível de linguagem do receptor para que, desta forma, possa ocorrer a troca de 
mensagens e efetivar-se a comunicação. 
Sabe-se que o Secretário Executivo lida com pessoas e trabalha diretamente com o 
atendimento pessoal, sendo assim, sua comunicação precisa ser clara e facilmente compreendida 
pelo ouvinte. 
No que se refere à linguagem oral, fatores como a utilização de termos inadequados ou 
dificuldades de expressão, podem dificultar a compreensão de uma mensagem durante o processo 
de comunicação, por isso, é fundamental que o secretário executivo selecione as palavras e faça uso 
de um vocabulário comum para tornar mais acessível o que deseja transmitir, caso contrário, a 
qualidade da fala pode ser distorcida a ponto de não ser compreendida claramente. 
 39
A vida humana está ligada ao processo de comunicação, grande parte de nossas atitudes 
são tomadas devido a estímulos que recebemos e com a pretensão de produzi-los com a capacidade 
de influenciar alguém. Até o que se pensa de determinada pessoa é o resultado do que ela nos 
transmite e na sociedade atual a capacidade individual de comunicação oral é decisiva e importante, 
pois é com ela que a empresa pretende facilitar a venda do seu produto, ou serviço. 
Um bom Secretário Executivo deverá ser hábil na comunicação oral e fazer uso de gestos e 
ações, transmitindo dessa forma atitudes e estimulando o ouvinte com a intenção de influenciá-lo. 
Para FARIA et al. (1982: 11) atravésa da boa comunicação oral aumenta-se a coordenação 
administrativa e social, ou seja, torna-se possível o entendimento e a superação de dificuldades, 
ocasionando assim, a certeza de boas relações. 
O aperfeiçoamento do Secretário Executivo nas organizações modernas cada vez mais 
inclui a comunicação oral como um elemento novo e de real importância. Em função do contínuo 
crescimento da capacidade empresarial e da competitividade de mercado, a comunicação oral torna-
se um instrumento de apoio do Secretário Executivo, facilitando o crescimento das empresas nas 
quais esse profissional atua. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esse trabalho teve como tema o domínio da comunicação oral, com o objetivo de apontar a 
sua importância para o Secretário Executivo. Constatou-se portanto, que é fundamental que o 
profissional tenha a habilidade de desenvolver um discurso próprio, através do qual poderá 
expressar suas idéias de forma compreensível e argumentativa. 
Considerando que essa habilidade é exigida a todo momento do Secretário Executivo, o 
domínio da comunicação oral é, antes de tudo, um instrumento de trabalho, e permite que ele faça 
uso das funções da comunicação nas organizações de forma coerente.THAYER (1972:36) classifica 
as funções em: 
− função de informação: tem como objetivo levar ao conhecimento do receptor o que ele 
necessita compreender e conhecer para poder exercer de forma eficiente sua função na 
organização. 
− função instrutiva e de mando: utilizada pelo superior para com o seu subordinado, para que 
ele possa atender as ordens. 
− função de influência e persuasão: a comunicação atinge o receptor e faz com que o mesmo 
mude seus padrões para os requeridos pela organização. Faz-se uso de argumentos e 
justificativas para convencer. 
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− função de integração: tornar possível que os grupos formais ou informais da organização se 
integrem socialmente com o intuito de fazer com que os mesmos mantenham relações. 
Estas quatro funções são muito importantes para as organizações, uma vez que é por meio 
delas que a comunicação procura atingir sua meta final, que é aumentar a eficiência e a 
produtividade, e corrigir distorções e variabilidades das ações humanas, fazendo com que mudem 
para os padrões e necessidades requeridas pela organização. 
 
REFERÊNCIAS 
 
FARIA, A. Nogueira; SUASSUNA, Ney Robinson. A comunicação na administração. Rio de 
Janeiro, LTC:Sesat, 1982. 
PENTEADO, J. R. Whitaker. A técnica da comunicação humana. São Paulo: Pioneira, 1969. 
THAYER, Lee. Princípios da comunicação administrativa. São Paulo: Editora Atlas, 1972. 
VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São 
Paulo, Martins Fontes Ltda, 1987.

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