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26 G2 - Terceirização em Logística

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TERCEIRIZAÇÃO EM LOGÍSTICA 
Alexandre da Silva Paim1 
1 - Conceitos Básicos 
Terceirização é “[..] uma associação entre uma empresa principal e uma outra (a terceira) de modo que 
aquela possa delegar a esta atividades ou processos que, embora importantes, possam ser realizados de 
forma mais eficiente por esta (especialista)” (DIAS, 1998). Este mesmo autor afirma que a terceirização 
é uma filosofia de gestão que procura direcionar toda a atenção da empresa terceirizadora para seu 
produto ou negócio (sua atividade principal ou core business). 
A quarteirização ocorre quando o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. 
Este gerenciamento engloba todas as atividades, serviços e fornecimentos de uma empresa que podem 
ser terceirizados. Neste processo a quarteirizadora pode fazer uso de parceiros especializados que atuam 
nos diversos setores envolvidos no processo, além de, é claro, sua própria equipe e banco de dados 
(DIAS, 1998). 
2 - O processo de terceirização 
Fleury (2004) recomenda um procedimento estruturado ao entrar no processo de terceirização: 
a) que se deseja ganhar com a contratação? 
b) Que características deve ter o terceiro? 
c) Que instrumentos gerenciais devem ser estabelecidos? 
d) Como avaliar os resultados / sucesso da operação terceirizada? 
Já Luna (2006) propõe m modelo um pouco mais detalhado baseado nas seguintes perguntas: 
a) Por que terceirizar e quais atividades são objetos de terceirização? 
b) Como avaliar se a empresa deve terceirizar? 
c) Que prestadores de serviços logísticos a empresa deve considerar na sua análise? 
d) Qual prestador de serviço é mais adequado? 
e) Quais ferramentas de controle utilizar? 
f) Como administrar a parceria ? 
g) Quando considerar a possibilidade de reintegrar as atividades? 	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  1	
  Mestre em Ciências Empresariais, consultor e professor adjunto da Universidade Luterana do Brasil - 
ULBRA.	
  
Com relação à escolha do parceiro terceiro Novaes (2001) apresenta pontos que devem ser considerados 
antes de decidir : 
a) Compatibilidade entre o sistema de informação do terceiro e o da empresa contratante; 
b) Capacidade do terceiro em atender a demanda do contratante no que se refere a variedade de 
serviços e disponibilidade e capacitação de pessoal e ativos; 
c) Flexibilidade por parte do terceiro, permitindo que as soluções mais adequadas às necessidades 
da empresa contratante sejam propostas e implementadas; 
d) Referências de outros clientes; 
e) Reputação da empresa a ser contratada (afeta a imagem da contratante); 
f) Estabilidade/saúde financeira da empresa a ser contratada; 
g) Experiência no setor; 
h) Compatibilidade de culturas das duas empresas; 
i) Facilidade de comunicação entre as empresas; 
j) Localização geográfica; 
k) Preços dos serviços oferecidos. 
3 - A evolução dos prestadores de serviços logísticos 
Inicialmente, existiam apenas os prestadores de serviços logísticos tradicionais, que executavam uma 
única atividade logística: transporte ou armazenagem, por exemplo. 
A globalização, a internet e a disseminação do conceito de Supply Chain Management, com consequente 
aumento da competitividade, fizeram com que as empresas procurassem cada vez mais focar em seu 
negócio de modo a atingir seus objetivos estratégicos. Isto levou o mercado logístico a exigir dos 
prestadores de serviços logísticos tradicionais que passassem a ofertar um número maior de serviços 
logísticos de forma coordenada para atender às novas necessidades. Isto levou ao surgimento de 
provedores de serviços logísticos com abrangência de atuação cada vez maior como os operadores 
logísticos (Third-Party Logistics ou 3PL), os brokers logísticos e os integradores logísticos (Fourth-
Party Logistics ou 4PL). 
Inicialmente a terceirização (outsourcing, em inglês) das atividades logísticas esteve associada à 
redução de custos. Entretanto, como a atual competição tende a ser estruturada através da cadeia de 
suprimento, percebe-se um enfoque mais amplo na relação entre as partes, convergindo, cada vez mais, 
para outros objetivos estratégicos, como ampliação de mercado, melhoria no nível de serviço e na 
flexibilidade, para melhor atender as preferências do consumidor (SKJOETT-LARSEN, 2000). 
A seguir abordaremos quatro tipos de prestadores de serviço que surgiram recentemente em 
consequência, principalmente, da globalização, da internet e da disseminação do conceito de Supply 
Chain Management: o operador logístico (3PL), o broker logístico, o integrador logístico (4PL) e o 
operador de transporte multimodal (OTM). 
4 - Operador Logístico (Third-Party Logistics – 3PL) 
O termo Third-Party Logistics (3PL), segundo Gardner (apud Fleury 2001), começou a ser utilizado na 
década de 80 como sinônimo de “subcontratação de elementos do processo logístico”. Naquele período, 
foi ficando mais frequente a execução de duas ou mais atividades logísticas serem executadas de forma 
coordenada, levando autores como Sink (1997) e Berglund (1999) entre outros, a associar a expressão 
3PL a empresas com capacidade de fornecer mais de um tipo de serviço logístico de forma integrada. 
A Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) definiu, em 1999, operador logístico 
como sendo o: 
[...] fornecedor de serviços logísticos, especializado em gerenciar e executar 
todas ou parte das atividades logísticas nas várias fases da cadeia de 
abastecimento dos seus clientes, agregando valor ao produto dos mesmos, e que 
tenha competência para, no mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três 
atividades básicas de controle de estoques, armazenagem e gestão de transportes. 
Os demais serviços que por ventura sejam oferecidos funcionam como 
diferenciais de cada operador (FLEURY; WANKE: FIGUEIREDO, 2006). 
O operador logístico se diferencia do simples prestador de serviços logísticos, pelo fato que ele oferece 
uma gama maior de atividades logísticas que são conduzidas de forma coordenada. Os prestadores de 
serviços logísticos tradicionais (PSLs) só executam enquanto que os 3PLs, além de executar, gerenciam 
as atividades. Estes normalmente fazem também atividades de análise ou de projeto e os contratos de 
serviço em geral devem durar mais de um ano. 
Os operadores logísticos desenvolvem uma ampla gama de serviços logísticos que incluem o transporte, 
a armazenagem, o gerenciamento de estoques, atividades relacionadas à informação como tracking e 
tracing, atividades que agregam valor como a montagem e instalação de produtos, só para citar as 
usuais. Lieb (1996 apud FLEURY e RIBEIRO, 2001) cita 13 tipos de serviços como sendo os mais 
comumente executados pelos 3PLs: gerenciamento de armazém, consolidação de carga, sistemas de 
informação, operação ou gerenciamento de frota, negociação de frete, seleção de transportadora, 
emissão de pedido, importação/exportação, retorno de produtos, processamento de pedido, montagem 
ou instalação de produtos, desconsolidação de produtos para clientes e reposição de estoque. 
Os 3PL podem ser classificados com base em cinco dimensões básicas: serviços oferecidos, escopo 
geográfico de atuação, tipos de indústrias que atendem, infraestrutura disponível (propriedade de ativos) 
e atividade de origem (SINK apud FLEURY e RIBEIRO, 2001). 
Africk e Calkins (1994) classificam os operadores logísticos em: baseados em ativos, baseados em 
informação e gestão e híbridos. Os operadores baseados em ativos se caracterizam por possuíremou 
operarem ativos próprios de transporte ou armazenagem. Os operadores baseados em informação e 
gestão não possuem ativos operacionais próprios, apenas vendem tecnologia de gestão baseada em 
sistemas de informação e capacidade analítica (FLEURY, 2001). Operadores híbridos possuem ativos 
próprios e também subcontratam ativos de terceiros e oferecem tecnologia de gestão baseada em 
sistemas de informação e capacidade analítica. 
A combinação de crescente complexidade operacional e sofisticação tecnológica tem contribuído de 
forma decisiva para aumentar a demanda por operadores logísticos. Além das vantagens básicas de 
custos e qualidade de serviços, os operadores logísticos têm o potencial de gerar vantagens competitivas 
para seus contratantes em pelo menos três dimensões adicionais: 
a) redução de investimentos em ativos, 
b) foco na atividade central do negócio, e 
c) maior flexibilidade operacional. 
Entretanto algumas desvantagens na utilização de operadores logísticos podem ser citadas como a 
perda de tecnologia das práticas logísticas e a experiência na gerência das operações, diminuição da 
confiabilidade das operações e o risco de perder o acesso a informações chave do mercado devido a 
perda de contato com o cliente (DETONI, 2003; FLEURY, 2001). 
5 - Broker (agentes de vendas) 
Broker é uma prestadora de serviços à indústria que executa funções de operação das vendas, promoção, 
merchandising, pesquisa de mercado, operações de crédito e cobrança, armazenamento, distribuição e 
pós-vendas para o varejo. Esta modalidade de prestação de serviço surgiu na década de 1980 nos 
Estados Unidos como "agentes de vendas", pois envolvia apenas operações relacionadas a isto. 
Posteriormente evoluiu para o oferecimento de serviços logísticos mais amplos. O Broker, com isso, 
passa a atuar junto com a indústria nos elementos preço, promoção e praça do composto de marketing. 
Uma das vantagens para a indústria é que o Broker transforma o custo fixo de venda e distribuição em 
custo variável, pois ele recebe uma comissão sobre os negócios efetivados. Já a vantagem de utilizar o 
Broker ao invés de distribuidores é que a orientação de preços, de descontos, de promoção, de colocação 
de materiais de pontos-de-venda parte da indústria, pois normalmente a negociação com o varejista é 
mantida como responsabilidade do gerente de contas da indústria. Além disso, como trabalha com linhas 
completas da indústria, o Broker executa estratégias diferentes daquelas do atacadista/distribuidor, 
orientando o varejista em relação às próprias margens e preços finais e o auxilia na reposição e no 
acompanhamento da demanda. Pode-se resumir a operação de broker logístico no quadro a seguir. 
 
6 - Integrador Logístico (Fourth-Party Logistics – 4PL) 
A crescente complexidade do gerenciamento logístico juntamente com a explosão da tecnologia de 
informação e a necessidade de maior integração da cadeia de suprimentos, criou as condições para o 
surgimento dos integradores logísticos, também denominados na literatura internacional como fourth-
party logistics (4PL), fourth party services providers, supermanager e general contractor. 
O 4PL é um integrador da cadeia de suprimentos que reúne e gerencia os recursos, capacidades e 
tecnologias próprias de sua organização com as dos outros prestadores de serviços, para oferecer uma 
solução ampla da cadeia de suprimento, combinando as capacidades de consultoria de gestão e de 
Objetivo 
- Atende ao pequeno varejo com a toda linha de produtos, gerenciando os 
preços finais ao consumidor. 
Características 
- Atuaçâo em âmbito regional 
- Vocação para prestação de serviços 
- Equipe de vendas treinada 
- Informatização 
- Não comercializa produtos concorrentes 
Forma de atuação 
- Dentro de zona fechada 
- Atendimento a clientes de pequeno porte e Institucionais 
- Presta serviços de venda; merchandising; retirada da mercadoria; cobrança; 
troca de mercadoria 
Fluxo da operação 
- Vende a clientes previamente cadastrados pela empresa fornecedora 
- Envia pedidos eletronicamente 
- Retira mercadorias no CD da empresa (opcional) 
- Entrega nos clientes (opcional) 
- Cobra via boleto ou cheque 
- Faz merchandising 
- Ajuda a combater a inadimplêncla 
Vantagens para o varejo 
- Preços competitivos 
- Acesso a toda a linha da empresa 
- Material promocional 
- Garantia de troca de produtos sem burocracia 
- Mais tempo para cuidar do seu negócio 
- Assessoria para melhoria de lavout 
Vantagens para o broker 
- Margem de lucro assegurada 
- Não investe capital próprio 
- Preços competitivos 
- Não participa de concorrência 
Vantagens para o fornecedor 
- Melhoria na distribuição de toda a linha 
- Gerenciamento de preços 
- Evita guerra de preços entre os atacados 
tecnologia de informação com as capacidades dos operadores logísticos (BADE e MUELLER, 1999; 
BAUKNIGHT e MILLER, 1999; SKJOETT-LARSEN, 2000). Ele é um prestador de serviço logístico 
que participa na coordenação da supply chain em vez de participar das operações da mesma. Ele é 
altamente baseado em informação e focado em não-ativos e coordena vários participantes em benefício 
de seu cliente (HOEK e CHON, 2001). 
Com relação ao 4PL pode-se afirmar que: 
a) é o gerenciador do processo logístico, 
b) não possui ativos operacionais, mas grande capital intelectual, tecnologia e ferramentas de gestão 
e planejamento; 
c) gerencia os terceiros (PSL, OL, TI, consultores, etc.) e 
d) atua na gestão de mudanças. 
Segundo Cottril (2000) o 4PL administra todas as atividades estratégicas, táticas e operacionais da 
cadeia de abastecimento de um embarcador, desenvolvendo as três seguintes funções básicas 
(HOFFMANN, 2000): 
a) gerenciamento da cadeia de abastecimento; 
b) gerenciamento, integração, coordenação e seleção dos vários prestadores de serviços logísticos e 
c) busca contínua pela otimização dos processos da cadeia de suprimento do seu cliente. 
O 4PL difere do 3PL em vários aspectos (Gattorna apud Skjoett-Larsen, 2000): 
a) integrador é frequentemente uma joint-venture entre um cliente principal e um ou mais 
parceiros; 
b) integrador atua como uma interface única entre o cliente e vários prestadores de serviços 
logísticos e 
c) toda, ou a maior parte da cadeia de suprimento de um cliente é terceirizada para o integrador. 
O 4PL coloca o foco em proporcionar aumento de receitas, redução de custos operacionais, redução de 
custos de oportunidade e de capital fixo, enquanto os prestadores de serviços logísticos tradicionais 
tendem a focar somente na redução de custo operacional e transferência de bens. 
A Andersen Consulting identificou três modelos de integradores logísticos: o Synergy Plus, o Solution 
Integrator e o Industry Innovator (FOSTER, 1999; BAUKNIGHT e MILLER, 1999). 
No modelo Synergy Plus o 4PL fornece tecnologias e habilidades estratégicas que faltam ao 3PL. 
No modelo Solution Integrator o 4PL é o ponto central de contato entre o embarcador e todos os outros 
prestadores de serviço logístico. É o modelo predominante. Neste o 4PL opera e gerencia uma solução 
ampla da cadeia de suprimento para um único cliente. 
No modelo Industry Innovator o 4PL opera a cadeia de suprimento para várias indústrias com foco na 
sincronização e colaboração, sendo o mais complexo. 
7 - Operador de Transporte Multimodal (OTM) 
O Transporte Multimodal de Cargas é aquele que utiliza duas ou mais modalidades de transporte, sendo 
executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal (OTM) e sendo 
regido por um único contrato. 
O Operador de Transporte Multimodal2 é a pessoa jurídica, transportadora ou não, contratada como 
principal para a realização do Transporte Multimodal de Cargas, da origematé o destino, por meios 
próprios ou por intermédio de terceiros. Para poder atuar no mercado o OTM depende de habilitação e 
registro na ANTT. 
O OTM assume a responsabilidade pela execução dos contratos de transporte multimodal de carga, 
pelos prejuízos resultantes de perda, por danos ou avaria às cargas sob sua custódia, assim como por 
aqueles decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo acordado. Suas atividades podem 
incluir transporte, coleta, unitização e desunitização, consolidação e desconsolidação, movimentação, 
armazenagem e entrega da carga ao destinatário. No caso de transporte multimodal de carga 
internacional o OTM será beneficiário do regime especial de trânsito aduaneiro para desembaraço da 
carga (se licenciado na Receita Federal). 
8 – Possíveis problemas na terceirização. 
Conforme visto, um terceiro desempenha um papel importante na cadeia de suprimento. Ao delegar a 
um terceiro funções que antes eram desempenhadas por si, a empresa corre riscos que, segundo Dornier 
et al. (2000) podem ser estratégicos, comerciais ou gerenciais. 
O risco estratégico ocorre, por exemplo, devido ao fato de a empresa poder passar para um terceiro 	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  2	
  Lei	
  nº	
  9.611	
  de	
  19	
  de	
  Fevereiro	
  de	
  1998.	
  	
  
informação, tecnologia e experiência que poderá ser passada a outros caso ocorra um fim da parceria 
com o terceiro. 
Já o risco comercial ocorre por a imagem do contratante tender a ficar ligada à do prestador de serviços. 
Riscos gerenciais ocorrem devido a uma visibilidade maior dos custos e níveis de serviço prestados. 
Considerando todos estes riscos entende-se por que a terceirização se caracteriza por uma relação 
comercial de parceria que exige, portanto, confiança, compatibilidade das filosofias corporativas, 
compartilhamento de informações, coordenação e planejamento conjunto, metas compartilhadas, 
respeitando a interdependência mútua (HARRISON, 2003). 
Novaes (2001) aponta que os contratos de hoje necessitam de vínculos de parcerias, mas, é preciso 
monitorar permanentemente estas parcerias de forma a evitar que haja relaxamento dos padrões 
estabelecidos no início do contrato. 
O contrato entre as partes deve contemplar o escopo do serviço a ser prestado e os níveis de serviço 
exigidos. 
É, portanto, fundamental estabelecer indicadores de desempenho para medir o nível de serviço 
prestado, os custos e o fluxo de informações. Como exemplos pode-se citar acompanhamento de níveis 
de estoque, cumprimento de prazos de entrega, níveis de avarias, pedidos OnTime-In Full (OTIF), além 
de relatórios gerenciais estratégicos. 
 
Referências Bibliográficas 
AFRICK. J. M., CALKINS, C. S. Does asset ownership mean better service? Transportation and 
Distribution, Maio, 1994. 
BADE, D.; MUELLER, J. K. New for the millenium: 4PL. Transportation & Distribution, vol. 40, iss. 
2, Fevereiro, 1999. 
BAUKNIGHT, D. N.; MILLER, J. R. Fourth Party Logistics: The Evolutions of Supply Chain 
Outsourcing. CALM Supply Chain & Logistics Journal, Summer, 1999. Disponível em: 
<http://www.infochain.org/quartely/Smr99/Fourth.html>. Acesso em: 20 out. 2001. 
BERGLUND, M. et al. Third-Party Logistics: is there a future? International Journal of Logistics 
Management, v.10, n.1, p. 59-70, 1999. 
COTTRILL, K. Encounters of the 4th kind. Traffic Word. 03/01/2000. Disponível em: 
<http://findarticles.com/cf_0/M0VOO/1_261/5892855/p1/article.jhtml?term=4pl>. Acesso em: 03 mai . 
2000. 
DETONI, M. M. M. L. A evolução da indústria de prestação de serviços logísticos no Brasil: uma 
análise de mercado. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação 
em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis. 
DIAS, R. Tópicos Atuais em Administração: Quarteirização. São Paulo: Alínea, 1998. 
DORNIER, PHILIPPE –PIERRE: ERNEST, RICARDO: FENDER, MICHEL: KOUVELIS, PANOS. 
Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: Atlas, 2000. 
FLEURY, P. F. Vantagens Competitivas e Estratégicas no Uso de Operadores Logísticos . Artigo do 
Centro de Estudos em Logística – COPPEAD – UFRJ, 2001. Disponível em 
<http://www.cel.coppead.ufrj.br/fr-op-logist.htm>. Acesso em: 04 nov.2001. 
FLEURY, P. F.; RIBEIRO, A. A Indústria de Prestadores de Serviços Logísticos no Brasil: 
Caracterizando os Principais Operadores. Artigo do Centro de Estudos em Logística – COPPEAD – 
UFRJ, 2001. Disponível em <http://www.cel.coppead.ufrj.br/fr-ind-bra.htm>. Acesso em: 04 nov.2001. 
FLEURY, P. F. Vantagens competitivas e estratégicas no uso de operadores logísticos. Centro de 
Competência em Logística da Coppead/ UFRJ, Rio de Janeiro. 2004. 
FLEURY, P. F: WANKE, P: FIGUEIREDO, K. F. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: 
planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São Paulo: Atlas, 2006. 
FOSTER, T. A. Who’s in charge around here? Logistics Management Distribution Report. 1999. 
Disponível em: <http://www.findarticles.com/m0GZB/6_38/54898761/p1/article.jhtml>. Acesso em: 03 
mai. 2002. 
HARRISON, A. Estratégia e gerenciamento de logística. São Paulo: Futura, 2003 
HOEK, R. I. van; CHONG, I. Epilogue: UPS Logistics – practical approaches to the e-supply chain. 
International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, v. 31 n. 6, p. 463-468, 2001. 
HOFFMAN, K.C. Just What is a 4PL Anyway? Global Logistics & Supply Chain Strategies. ago. 2000. 
Disponível em <http://www.glscs.com/archives/8.004pl.html>. Acesso em: 10 nov. 2001. 
LUNA , M. M. M. O processo de terceirização de atividades logísticas. Anais do IX Simpósio de 
Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, São Paulo. 2006. 
NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. 
Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
SARATT, N., SILVEIRA, A. D. da, DAIBERT NETO, A.; MORAES, R. P. Quarteirização: 
Redefinindo a Terceirização. Porto Alegre: Badejo Editorial, 2000. 
SINK, H. L., LANGLEY, C. J. A managerial framework for the acquisition of Third-Party Logistics 
Services. Journal of Business Logistics, vol. 18, n.2,p.163- 189. 1997. 
SKJOETT-LARSEN,T. Third party logistics - from an interorganizational point of view. International 
Journal of Physical Distribuition & Logistics Management, v. 30 n. 2, p.112-127, 2000.	
  
SEADI, Glória Márcia Sastre. Broker: análise crítica de seu funcionamento para a melhoria dos 
canais de distribuição. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de 
Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para obtenção do grau 
de Mestre em Engenharia. Orientador: Prof. Francisco José Kliemann Neto, Dr. Porto Alegre, 2004. 
De LIMA, Lisandra Rosa Rodrigues. A EVOLUÇÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS 
LOGÍSTICOS NO BRASIL: O surgimento dos 4PLs. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito 
parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Produção. Orientador: Prof. Antonio 
Naclério Galvão Novaes, Dr. Florianópolis, 2004. 
 
Atividades 
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na resposta verdadeira. 
Dentre os mais importantes objetivos da terceirização podemos citar 
A.( ) permitir à empresa dedicar mais energia ao seu foco de negócio (o core business). 
B.( ) uma possível redução de cuatos. 
C.( ) melhoria na execução de serviços com a contratação de empresas mais especializadas.D.( ) todas as opções A, B e C acima. 
2) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na resposta verdadeira. Um 
operador logístico (3PL) 
A.( ) é uma pessoa jurídica que tem como função armazenar e transportar mercadorias de seus clientes e 
executar a gestão de estoques. 
B.( ) é uma pessoa jurídica que tem como função armazenar e transportar mercadorias de seus clientes 
e executar a gestão de estoques. 
C.( ) pode executar operações de armazenagem, transporte, gerenciamento de estoques e operações de 
vendas para seus clientes. 
D.( ) é todo funcionário que trabalha na área operacional de logística da empresa. 
3) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na resposta verdadeira. Um 
integrador logístico (4PL) 
A.( ) é uma pessoa jurídica que tem como função armazenar e transportar mercadorias de seus clientes e 
executar a gestão de estoques. 
B.( ) é uma pessoa jurídica que tem como função principal gerenciar os terceiros de uma empresa além 
de fornecer conhecimentos especializados em logística, 
C.( ) pode executar operações de armazenagem, transporte, gerenciamento de estoques e operações de 
vendas para seus clientes. 
D.( ) é um quarteirizado, ou seja uma empresa subcontratada pelos terceiros em logística. 
 4) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na resposta verdadeira. Um 
broker logístico 
A.( ) é uma pessoa jurídica que tem como função armazenar e transportar mercadorias de seus clientes e 
executar a gestão de estoques. 
B.( ) é uma pessoa jurídica que tem como função armazenar e transportar mercadorias de seus clientes e 
executar a gestão de estoques. 
C.( ) pode executar operações de armazenagem, transporte, gerenciamento de estoques e operações de 
vendas para seus clientes. 
D.( ) é a pessoa encarregada de desconsolidar a carga. 
 
5) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na resposta verdadeira. Para 
evitar que os níveis de serviço se deteriorem com o tempo e a relação entre as empresas parceiras se 
deteriore também recomenda-se que: 
A.( ) seja criado um setor de segurança patrimonial para monitorar o uso dos recursos da empresa pelos 
terceiros de modo a evitar atritos inevitáveis devido a algum desvio de recursos. 
B.( ) sejam contratadas psicólogas para tratar dos relacionamentos entre os responsáveis pelas 
empresas. 
C.( ) sejam estabelecidos e monitorados continuamente indicadores de controle de nível de serviço e 
outros operacionais (como níveis de estoque e custos). 
D.( ) sejam tomadas todas as ações indicadas nas opções A, B e C acima. 
 
Respostas: 1 – D; 2 – A; 3 – B; 4 – C; 5 – C.

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