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Nota de aula 3 - 2013 
Disciplina: Economia 
Curso: DIREITO 
 
 
8 
 
TEORIA DA OFERTA 
 
 A quantidade ofertada de um produto (bem) ou serviço é a quantidade que o produtor 
planeja vender em determinado período de tempo a um determinado preço. 
 
 
DETERMINANTES DA OFERTA 
 
A oferta também é determinada basicamente por alguns fatores importantes como: 
 
1. Preço do produto 
2. Preços dos produtos competitivos (complementares também) 
3. Preço dos fatores ou recursos de produção (custo dos insumos) 
4. Tecnologia disponível 
5. Número de produtores concorrentes atuando no Mercado 
6. Expectativas do produtor sobre os preços futuros 
7. Disponibilidade de crédito para financiamento e capital de giro 
8. Política governamental (impostos e subsídios) 
9. Condições climáticas (agricultura) 
 
IMPORTANTE: Os determinantes da oferta em conjunto, definem quanto de um bem 
específico os produtores estão dispostos a vender num determinado período de tempo. 
 
Importante: aplica-se também a análise ceteris paribus na teoria da oferta. 
 
 
RELAÇÃO DA OFERTA E OS SEUS DETERMINANTES: 
 
A) Relação entre a oferta de um produto e o seu próprio preço, ceteris paribus as 
demais variáveis. 
 
IMPORTANTE: A relação entre a oferta do produto e o seu preço é direta. 
 
Definição da Lei da Oferta: Quanto maior for o preço, maior será a quantidade ofertada em 
determinado período de tempo, ceteris paribus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O gráfico abaixo representa a oferta de sacos de laranja de um feirante em função do seu 
preço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B) Relação entre a oferta de um produto e os preços dos fatores de produção, ceteris 
paribus as demais variáveis. 
 
 Havendo um aumento do preço do fator de produção, ceteris paribus, aumentaria o 
custo da produção. Os bens em cuja produção emprega grandes quantidades deste fator 
sofrerão aumentos de custo significativos. A mudança no preço de um fator acarretará 
alterações na lucratividade relativa da produção. A oferta do produto pode diminuir. 
 O contrário também pode ocorrer (queda no preço dos fatores de produção), tornando 
o custo produtivo mais barato. 
 
 
C) Relação entre a oferta de um produto e a tecnologia na produção, ceteris paribus. 
 
 Os bens que mais se beneficiam da mudança tecnológica terão sua lucratividade 
aumentada, assim surgirão possibilidades de aumento na oferta do produto no mercado. 
 
 
O EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
 
 Até aqui nos dedicamos a estudar separadamente a demanda e oferta, ou seja, 
estudamos o comportamento dos consumidores e dos produtores (empresários). 
 É importante e fundamental estudar como estes agentes econômicos se interagem no 
mercado. A partir de agora vamos colocar a oferta e demanda juntas. Estudaremos como o 
mercado busca um ponto de equilíbrio e como pode ser alterado a medida que os 
determinantes da oferta e da demanda se alteram. 
 
 
Definimos que o ponto de equilíbrio é onde a oferta iguala com a demanda. Ao preço de 
equilíbrio, a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada. 
 
Nota de aula 3 - 2013 
Disciplina: Economia 
Curso: DIREITO 
 
 
9 
OFERTA = DEMANDA 
 
Importante: 
 preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta quanto pela 
procura. 
 Ponto de Equilíbrio: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente 
igual à quantidade que os produtores desejam vender. Existe uma coincidência de 
desejos. 
 O preço em uma economia de mercado (grande concorrência) é determinado tanto 
pela OFERTA quanto pela DEMANDA (PROCURA) 
 
 
EXEMPLO: 
PREÇO DEMANDA OFERTA Diferença entre 
oferta e demanda 
10 30 6 -24 
20 24 12 - 12 
30 18 18 0 
40 12 24 12 
50 6 30 24 
 
Excesso de demanda: (pressão para ↑ P) 
 
1. Os compradores incapazes de comprar tudo o que desejam ao preço existente, se 
dispõem e passam a pagar mais. 
2. Os vendedores vêem a escassez e percebem que podem elevar os preços sem queda 
em suas vendas. 
 
Excesso de oferta: (pressão para ↓ P) 1. 
 
1. Os vendedores percebem que não podem vender tudo o que desejam, seu estoque 
aumenta e, assim, passam a oferecer a preços menores; 
2. Os compradores notam a fartura e passam a pechinchar. 
 
 
MUDANÇAS DO PONTO DE EQUILÍBRIO DEVIDO A ALTERAÇÕES NA DEMANDA E 
OFERTA. 
 
A) Efeito do aumento na demanda (Oferta constante) 
 
O deslocamento da demanda pode ter acontecido pelos seguintes motivos: 
 
 Mudança de preferência e gosto 
 Aumento do nível de renda 
 Redução nos impostos sobre o consume 
 outros 
 
Exemplo: consumo de peixes na Semana Santa, flores no dia de finados, 
 
 
Resultado: com o aumento da demanda, provocado por mudanças em alguns dos seus 
determinantes, ceteris paribus a oferta, elevará o preço do produto. Este aumento do 
preço decorre do desequilíbrio provocado no mercado, ou seja, a demanda maior que a 
oferta. 
 
 
B) Efeito da redução na demanda (oferta constante) 
 
 
- Redução da renda familiar 
- Aumento de impostos sobre o consumo 
- Restrição ao crédito para consumo 
- outros 
 
Resultado: com a redução da demanda, provocado por mudanças em alguns dos seus 
determinantes, ceteris paribus a oferta, reduzirá o preço do produto. Esta redução do 
preço decorre do desequilíbrio provocado no mercado, ou seja, a demanda menor que a 
oferta. 
 
 
C) Efeito do aumento da oferta (demanda constante) 
 
O aumento da oferta pode provocar uma redução nos preços do produto. Possibilidades para 
acontecer crescimento da oferta e redução de preços 
 Melhorias tecnológicas 
 Redução de custos 
 Isenção de algum tributo sobre a produção da mercadoria. 
 
 
D) Efeito de redução da Oferta (demanda constante) 
 
- Períodos de seca (diminui a oferta e o preço se eleva) 
 
 
 
ELASTICIDADE 
 
De acordo com Vasconcellos (2008), cada produto tem uma sensibilidade específica 
com relação às variações dos preços e da renda. Essa sensibilidade é medida por meio do 
conceito de elasticidade. 
 
CONCEITO: Mede a variação percentual da quantidade de um bem ou serviço por unidade de 
tempo, resultante de uma variação percentual no seu preço ou renda, ceteris paribus. 
 
Nota de aula 3 - 2013 
Disciplina: Economia 
Curso: DIREITO 
 
 
10 
Podemos medir: 
 
 Elasticidade-preço da demanda (consumidores) 
 
 Elasticidade-preço da oferta (produtores) 
 
 Elasticidade-renda da demanda (consumidores) 
 
 Elasticidade-preço cruzada (entre dois produtos) 
 
 
Segundo Vasconcellos (2009), o conceito de elasticidade traz informação útil para as 
empresas e para a administração pública. 
 
Nas empresas, a previsão de vendas é muito importante, pois permite uma estimativa da 
reação dos consumidores em face das alterações nos preços da empresa, dos concorrentes e 
em seus salários. 
 
Para o planejamento macroeconômico, a elasticidade pode prever, por exemplo, qual seria 
o impacto de uma desvalorização cambial sobre o saldo da balança comercial, ou qual a 
sensibilidade dos investimentos privados a alterações na tributação ou na taxa de juros. 
 
 
Mais do que um conceito matemático, a elasticidade mede a sensibilidade da 
variação do consumo de um bem ou serviço em relação ás variações em seus preços. 
(IMPORTANTE). 
 
É uma medida de capacidade de resposta dos consumidores (mudança nos preços). 
 
 
FATORES QUE AFETAM A ELASTICIDADE 
 
 O grau de essencialidade do produto (necessidades versus supérfluos): quanto mais 
essencial for o produto, menor deverá ser a sua elasticidade. 
 
 A disponibilidade de produtos substitutos para o bem considerado: quanto maior o 
número de substitutos para o produto maior a elasticidade (sensibilidade). Quando 
os preços de um produto se elevam e os preços dos seus substitutos se mantêm 
constantes, o consumidor tende a demandar os substitutos, a fim de maximizar a 
satisfação com sua renda. 
 
 O número de utilizações que se pode dar ao produto: quanto maior for o número de 
possíveis usos de um produto, maior será sua elasticidade. 
 
 A proporção da renda gasta com produtos: quanto menorseu peso no orçamento, 
menor será sua elasticidade. Exemplo: cafezinho e sal de cozinha. 
 
 
Bibliografia: 
PINDYCK, R. S. & RUBINFELD, D. L. Microeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2002. 
PINHO, D. B. & VASCONCELLOS, M. A. S. De. Manual de Economia. 3 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2001. SOUZA, N. J. Curso de Economia. São Paulo: Atlas, 2000.

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