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Apostila animais silvestres Prof Rogerio Lange

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA DE ANIMAIS SILVESTRES E DE ZOOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rogério Ribas Lange, MV, MSc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2004 
 
INTRODUÇÃO À MEDICINA DE ANIMAIS SILVESTRES 
 
O Médico Veterinário de animais silvestres: 
 
Perfil: pesquisa, constantes novidades e desafios, inter-relacionamento com outras 
especialidades, forte associação com a zoologia e a biologia, visão 
conservacionista, capacidade de extrapolação e adaptação. Atuação e envolvimento 
em campos diversos como zootecnia, nutrição, manejo, contenção, anestesiologia, 
clínica, cirurgia, patologia, parasitologia, odontologia, planejamento, educação. 
 
Estreito envolvimento com as três grandes áreas de atuação do Médico 
Veterinário: 
 
• SAÚDE PÚBLICA 
• SAÚDE ANIMAL 
• PRODUÇÃO ANIMAL 
 
Áreas de atuação do Médico Veterinário de animais silvestres ou selvagens: 
 
Cativeiro: 
 # Exposição (zoológicos); 
# Produção (criadouros científicos; 
comerciais e conservacionistas); 
 # Animais de estimação (clínica); 
 # Circos. 
 
Vida livre: 
 # Unidades de conservação; 
 # Pesquisa; 
 # Reabilitação. 
 
 
Capacitação: 
• Disciplinas de graduação; 
• Cursos de aperfeiçoamento; 
• Estágio; 
• Residência; 
• Autodidatismo. 
 
Conceitos: 
Nomenclatura científica 
Conservação 
Preservação 
Distribuição geográfica 
Expansão de distribuição 
Nativo, indígena, natural 
Exótico, alienígena, estrangeiro 
Introduzido 
Relocação, repatriação, translocação 
Espécie rara (naturalmente rara) 
Espécie ameaçada de extinção 
Espécie sinantrópica 
Espécie especialista 
Espécie generalista 
Espécie cosmopolita 
Espécie endêmica 
Procedência 
Origem 
Plano de manejo 
CITES 
IATA
 
 
UFPR - Clínica de Animais Silvestres e de Zoológico 
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rrlange@ufpr.br 
 
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ANIMAIS DOMESTICOS 
 
 Há mais de 10 mil anos os habitantes do sudeste asiático iniciaram a 
domesticação de animais e o plantio de vegetais. Isto proporcionou uma maior 
disponibilidade de alimento e o conseqüente crescimento da civilização humana. 
 Os primeiros animais domesticados foram os cães e depois os bois, as 
ovelhas e as cabras. Mais tarde o asno, o cavalo e os camelídeos. A seleção 
zootécnica promoveu a redução da ferocidade e o aumento da produtividade. 
 A atual relação de espécies domésticas está intimamente ligada à história da 
civilização humana e a sua cronologia. O homem, quando ocupava novos territórios, 
sempre levava consigo os animais domesticados, isto tornou as espécies 
domésticas cosmopolitas, muitas vezes perdendo-se no tempo a sua origem precisa. 
Com certeza, muitas espécies silvestres têm grande potencial zootécnico. 
Porém, o aprimoramento genético já alcançado nas espécies domésticas, e os 
avanços zootécnicos continuados tornam bastante difícil a competição entre 
espécies silvestres e as domésticas. A inclusão de novas espécies na relação de 
domésticas representa um grande desafio. Isto se justifica em função da existência 
de uma grande defasagem de tempo investido em pesquisa, decorrente 
principalmente da cronologia histórica e da ocupação dos continentes pela 
civilização humana. 
 
Conceitos 
A domesticação é diferente do amansamento, porém aí tem seu início. A 
domesticação se refere à espécie e o amansamento ao indivíduo. 
REQUERIMENTOS E MECANISMOS PARA A CONVERSÃO DE UMA ESPÉCIE SELVAGEM EM 
DOMÉSTICA: 
1. Alteração do ambiente natural para artificial. 
2. Seleção zootécnica de características econômicas (produtivas), estéticas 
ou esportivas em função do interesse humano. 
 
Estimular: Sociabilidade 
Adaptabilidade 
Conversão alimentar 
Produtividade 
Fertilidade 
Precocidade 
Resistência a doenças 
 
Reduzir: Territorialidade 
Dominância 
Mecanismos reprodutivos intrincados 
 
 
 
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RELAÇÃO DAS ESPÉCIES ANIMAIS CONSIDERADAS DOMÉSTICAS 
 
AVES (14) 
Nome comum Nome científico Origem Ordem Família 
Marreco Anas platyrhyncos Eurásia e África Anseriformes Anatidae 
Ganso Anser anser Ásia Anseriformes Anatidae 
Ganso-do-canadá Branta canadensis Canadá Anseriformes Anatidae 
Pato Cairina moschata América do Sul Anseriformes Anatidae 
Cisne-branco Cygnus olor Eurásia Anseriformes Anatidae 
Pombo Columba livia Eurásia Columbiformes Columbidae 
Codorna Coturnix coturnix Ásia Galliformes Phasianidae 
Galinha Gallus gallus Ásia Galliformes Phasianidae 
Peru Meleagris gallopavo América do 
Norte 
Galliformes Phasianidae 
Galinha-de-angola Numida meleagris África Galliformes Phasianidae 
Pavão Pavo cristatus Índia Galliformes Phasianidae 
Faisão-de-coleira Phasianus colchicus Eurásia Galliformes Phasianidae 
Canário-belga Serinus canarius Ilhas Canárias Passeriformes Fringelidae 
Periquito-
australiano 
Melopsittacus 
undulatus 
Oceania Psittaciformes Psittacidae 
 
MAMÍFEROS (28) 
Nome comum Nome científico Origem Ordem Família 
Gayal Bos gaurus Ásia Artiodactyla Bovidae 
Yak Bos grunniensis Ásia Artiodactyla Bovidae 
Banteng Bos javanicus Ásia Artiodactyla Bovidae 
Kouprey Bos sauveli Ásia Artiodactyla Bovidae 
Boi Bos taurus Eurásia e África Artiodactyla Bovidae 
Búfalo Bubalus bubalis Ásia Artiodactyla Bovidae 
Cabra Capra hircus Ásia Artiodactyla Bovidae 
Ovelha Ovis aries Ásia Artiodactyla Bovidae 
Dromedário Camelus 
dromedarius 
Ásia Artiodactyla Camelidae 
Camelo Camelus bactrianus Arábia Artiodactyla Camelidae 
Alpaca Lama pacos América do Sul Artiodactyla Camelidae 
Lhama Lhama glama América do Sul Artiodactyla Camelidae 
Rena Rengifer tarantus Eurásia Artiodactyla Cervidae 
Porco Sus scrofa Eurásia Artiodactyla Suidae 
Raposa Vulpes fulva América do 
Norte 
Carnívora Canidae 
Cão Canis familiaris Eurásia Carnívora Canidae 
Gato Felis catus África (Egito) Carnívora Felidae 
Ferret Mustela putorinus Europa Carnívora Mustelidae 
Mink Mustela vison América do 
Norte 
Carnívora Mustelidae 
 
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Elefante asiático Elephas maximus Síria, Índia e 
China 
Probocideat Elephantidae 
Coelho Oryctolagus 
cuniculus 
Europa Lagomorpha Leporidae 
Asno Equus asinus África Perissodactyla Equidae 
Cavalo Equus caballus Eurásia Perissodactyla Equidae 
Porquinho-da-
índia 
Cavia porcellus América do Sul Rodentia Caviidae 
Chinchila Chinchila laniger América do Sul Rodentia Chinchilidae 
Hamster Mesocricetus 
auratus 
Ásia Rodentia Muridae 
Camundongo Mus musculus Eurásia Rodentia Muridae 
Ratazana Rattus norvegicus Ásia (China) Rodentia Muridae 
 
INSETOS (2) 
 
Nome comum Nome científico Origem Ordem Família 
Abelha Apis mellifera Europa Hymenoptera Apidae 
Bicho-da-seda Bombix mori China Lepidoptera Bombicidae 
 
PEIXES (1) 
 
Nome comum Nome científico Origem Ordem Família 
Carpa Cyprinus carpio Eurásia e África Cypriniforme Cyprinidae 
 
 
Ungulados: nome genérico de qualquer mamífero cujas extremidades terminem em 
cascos. Incluem o cavalo, o rinoceronte, a anta (com número ímpar de dedos), o 
porco, o camelo, o cervo, o gado bovino, a ovelha (com número par de dedos), o 
elefante e o daimão (hiracoide). Na maioria, são herbívoros e se espalharam por 
todos os continentes, exceto a Austrália. 
Classificação científica: os ungulados com dedos ímpares são os Perissodáctilos e 
os que têm dedos pares, são os Artiodáctilos. 
Artiodáctilo: qualquer membro da Ordem de mamíferos com cascos e um número 
par de dedos em cada pé. Neste grupose incluem o gado bovino, os porcos, as 
cabras, as girafas, os camelos, os cervos, os antílopes e os hipopótamos. Compõe-
se de 09 famílias: 
 Suidae (porcos, javalis, potomoqueros, babirousa) 
 Tayassuidae (cateto, queixada e catagonus) 
 Hippopotamidae (hipopótamo e hipopótamo-anão) 
 Camelidae (camelo, dromedário, alpaca, lhama, guanaco e vicunha) 
 Tragulidae (chevrotan e veado-rato) 
 Cervidae (cervos, veados, alces e renas) 
 
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 Antilocapridae (pronghorn) 
 Bovidae (antílopes, bois, cabras, ovelhas, búfalos e bisões) 
Classificação científica: Ordem Artiodactyla. 
Perissodáctilo: termo que se aplica a qualquer membro dessas três famílias dos 
mamíferos: 
Equidae (cavalos, zebras, asnos) 
Tapiridae (antas) 
Rinocerontidae (rinocerontes). 
Têm um número ímpar de dedos: um em cada pata nos cavalos e três nos 
rinocerontes. Os membros da família da anta têm quatro dedos nas patas dianteiras 
e três dedos nas traseiras. 
Classificação científica: Ordem Perissodactyla 
DIVERSIDADE 
 
 São aproximadamente 47.668 as espécies de animais vertebrados atuais que 
habitam o Planeta Terra. 
 
Nome comum Grupo taxonômico Número de espécies 
PEIXES 
(24.587) 
Myxinoidea + Petromyzontoidea
(lampreia e peixe-bruxa) 
80 
 Chondricthyes
(tubarões, raias e quimeras) 
800 
 Actinopterygii 
(peixes de nadadeiras raiadas) 
2.3700 
 Acnistia + Dipnoi
(peixes de nadadeiras carnosas – celacanto) 
7 
ANFÍBIOS 
(4.310) 
Caudata
(salamandras) 
400 
 Anura
(sapos, rãs e pererecas) 
3.750 
 Gymnophiona
(cicília) 
160 
RÉPTEIS 
(5.971) 
Testudinomorpha
(tartarugas) 
250 
 Lepidosaura
(cobras, lagartos e tuatara) 
5.700 
 Crocodilia
(jacarés, crocodilos, gaviais e aligátor) 
21 
AVES 
(8.750) 
Aves 8.750 
MAMÍFEROS 
(4.050) 
Mammalia 4.050 
 
 
 
LEGISLAÇÃO REFERENTE À FAUNA SILVESTRE 
 
• DECRETO N. 24.645 DE 10 DE JULHO DE 1934 - Estabelece medidas de proteção 
aos animais. 
 
• LEI 5.197 DE 03 DE JANEIRO DE 1967 - Dispõe sobre a Proteção à Fauna e dá 
outras Providências. 
 
• LEI N.° 6638 DE 8 DE MAIO DE 1979 - Estabelece normas para a pratica didático 
cientifica da vivissecção de animais. 
 
• RESOLUÇÃO DO CONAMA N.° 017 DE 07 DE DEZEMBRO DE 1997 - Define a 
destinação de animais silvestres apreendidos pelo IBAMA. 
 
• LEI N.° 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 - Lei de Crimes Ambientais - 
Capitulo IX – Fauna. 
 
• PORTARIA N.º 1.522 DE 19 DE DEZEMBRO DE 1989 – Estabelece Lista Oficial de 
Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 
 
• PORTARIA N.º 45-N, DE 27 DE ABRIL DE 1992 - Complementa a Lista Oficial de 
Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 
 
• PORTARIA N.º 062 DE 17 DE JUNHO DE 1997 - Complementa a Lista Oficial de 
Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 
 
• PORTARIA N.º 332 DE 13 DE MARÇO DE 1990 – Dispõe sobre a coleta de 
material zoológico, destinado a fins científicos ou didáticos. 
 
• INSTRUÇÃO NORMATIVA N°109/97, DE 12 DE SETEMBRO DE 1997 – Dispõe sobre 
a coleta de material zoológico, destinado a fins científicos ou didáticos em 
Unidades de Conservação Federal. 
 
• PORTARIA NORMATIVA N°113/97 DE 35 DE SETEMBRO DE 1997 – Dispõe sobre o 
registro do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente 
Poluidoras e usuárias de Recursos Ambientais. 
 
• PORTARIA N.º 016 DE 04 DE MARÇO DE 1994 – Dispões sobre a manutenção e 
ou criação em cativeiro da fauna silvestre brasileira com finalidade de 
subsidiar pesquisas científicas em Universidades, Centros de Pesquisa e 
Instituições Oficiais ou Oficializadas pelo Poder Público. 
 
• PORTARIA Nº 108/94 DE 06 DE OUTUBRO DE 1994 - Normatiza o funcionamento 
de mantenedores de felídeos do gênero Panthera; família Ursidae; primatas 
das famílias Pongidae e Cercopithecidae; família Hippopotamidae e ordem 
Proboscidae. 
 
 
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• PORTARIA N.º 118-N DE 15 DE OUTUBRO DE 1997 - Normatiza o funcionamento 
de criadouros de animais da fauna silvestre brasileira com fins econômicos e 
industriais. 
 
• PORTARIA Nº 102/98 DE 15 DE JULHO DE 1998 - Normatiza o funcionamento de 
criadouros de animais da fauna silvestre exótica com fins econômicos e 
industriais. 
 
• PORTARIA N.º 142/92 DE 30 DE DEZEMBRO DE 1992 - Normatiza a criação em 
cativeiro da tartaruga-da-amazônia Podocnemis expansa, e do tracajá 
Podocnemis unifilis, em criadouros com finalidade comercial, nas áreas de 
sua distribuição geográfica. 
 
• PORTARIA N.º 2314 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1990 - Institui os criadouros 
destinados à reprodução de insetos da Ordem Lepidóptera da fauna silvestre 
com finalidade econômica. 
 
• PORTARIA 324/87-P DE 22 DE JULHO DE 1987 - Proíbe a implantação de 
criadouros de jacaré-do-pantanal (Caiman crocodillus yacare) fora de sua 
área de ocorrência (Bacia do Rio Paraguai). 
 
• PORTARIA N.º 126 DE 13 DE FEVEREIRO DE 1990 – Dispõe sobre o registro de 
criadouro com finalidade comercial, destinado a recria em cativeiro de 
Caiman crocodylus yacare na Bacia do Rio Paraguai. 
 
• PORTARIA Nº 139-N DE 29 DE DEZEMBRO DE 1993 – Dispõe sobre a implantação 
de Criadouros Conservacionistas. 
 
• PORTARIA Nº 138 DE 14 DE NOVEMBRO DE 1997 – Estabelece que Criadouros 
Conservacionistas poderão receber visitas de caráter técnico, didático ou 
programas de educação ambiental da rede pública ou privada de ensino 
quando supervisionadas por monitores. 
 
• PORTARIA N.º 117 DE 15 DE OUTUBRO DE 1997 - Normatiza a comercialização 
de animais vivos, abatidos, partes e produtos da fauna silvestre brasileira 
provenientes de criadouros com finalidade econômica e jardins zoológicos. 
 
• PORTARIA N.º 119-N, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1992 - Normatiza a 
comercialização de peles de crocodilianos brasileiros, das espécies Caiman 
crocodilus yacare e Caiman crocodilus crocodilus, produzidas pelos 
criadouros comercias. 
 
• PORTARIA N.º 70 DE 23 DE AGOSTO DE 1996 - Normatiza a comercialização de 
produtos e subprodutos das espécies de quelônios Podocnemis expansa, 
tartaruga-da-amazônia e Podocnemis unifilis, tracajá, provenientes de 
criadouros comerciais. 
 
 
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• LEI N° 7173 DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983 - Institui jardins zoológicos e 
estabelece categorias. 
 
• PORTARIA N° 283/P DE 18 DE MAIO DE 1989 - Normatiza jardins zoológicos e 
define a documentação necessária. 
 
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04 DE 04 DE MARÇO DE 2002 – Estabelece 
recomendações técnicas para recintos de jardins zoológicos (substitui a IN nº 
1 de 1989). 
 
• PORTARIA N.° 019 DE 17 DE JANEIRO DE 1990 – Proíbe a permuta de animais 
entre Zoológicos, criadouros científicos e comerciais que não estejam 
regularizados junto ao IBAMA. 
 
• PORTARIA N.° 2114 DE 24 DE OUTUBRO DE 1990 - Proíbe a compra, doação ou 
qualquer tipo de transação de animais nativos e exóticos entre circos e 
Zoológicos de nacionalidade brasileira e estrangeira. 
 
• PORTARIA 005/91-N DE 25 DE ABRIL DE 1991 - Obriga o acasalamento de 
animais solteiros, pertencentes à lista Oficial de Espécies Ameaçadas de 
Extinção da fauna nativa, mantidos em cativeiro. 
 
• PORTARIA Nº 057 DE 11 DE JULHO DE 1996 – Estabelece as atividades dos 
“Clubes Ornitófilos de PASSERIFORMES DA FAUNA SILVESTRE 
BRASILEIRA”. 
 
• PORTARIA N.º 99 DE 28 DE AGOSTO DE 1997 – Determina que os passeriformes 
da fauna brasileira, com anilhas abertas, somente poderão participar de 
torneios, exposições, bemcomo transitar fora do domicílio do mantenedor, até 
31 de Dezembro de 1997. Ficam desta maneira, a partir do ano de 1998, os 
torneios e exposições restritos a passeriformes portadores de anilhas 
fechadas e invioláveis. 
 
• PORTARIA Nº 93 DE 1998 - Normatiza a importação e exportação de Animais 
da Fauna Silvestre. 
 
• PORTARIA Nº 163 DE 08 DE DEZEMBRO DE 1998 - Autoriza a importação de 
espécimes de furão - Mustela putorius furo, para importação com finalidade 
comercial para a manutenção em cativeiro como animal de estimação. 
 
• INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 DE 15 DE ABRIL DE 1999 - Estabelece critérios 
para o Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades que 
envolvam manejo de fauna silvestre exótica e nativa em cativeiro 
 
LEGISLAÇÃO REFERENTE À CAÇA AMADORISTA 
 
• PORTARIA N.° 108-P DE 02 DE ABRIL DE 1982 - Dispõe sobre a permissão de 
 
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caça amadorista. 
 
• PORTARIA N.° 310-P DE 26 DE MAIO DE 1989 - Dispõe sobre a concessão de 
clubes e sociedades amadoristas de caça e tiro ao vôo. 
 
• PORTARIA N.° 047 DE 22 DE MAIO DE 1997 - Dispõe sobre a autorização de 
caça amadorista no Rio Grande do Sul. 
 
• PORTARIA N.° 70 DE 4 DE JULHO DE 1997 - Autoriza o controle Populacional da 
caturrita (Myopsitta monachus) por abate direto ou captura. 
 
• PORTARIA N.° 142-N DE 21 DE OUTUBRO DE 1998 - Autoriza o controle 
Populacional de garibaldi (Agelaius ruficapillus) por abate direto ou captura. 
 
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LISTA OFICIAL DE FAUNA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO 
Através da Portaria nº 1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e da Portaria nº 45-N, de 
27 de abril de 1.992, o IBAMA tornou pública a lista oficial de espécies da fauna 
brasileira ameaçada de extinção. Espécies marcadas com asterisco (*) estão 
provavelmente extintas 
 
1.0. MAMMALIA - MAMÍFEROS 
1.1. Primates - Macacos 
• Alouatta belzebul belzebul (Linnaeus, 1766). Família Cebidae. Nome popular: 
guariba. 
• Alouatta fusca (E. Geoffroy, 1812). Família Cebidae. Nome popular: barbado, 
guariba. 
• Ateles belzebuth (E. Geoffroy, 1806). Família Cebidae. Nome popular: 
macaco-aranha. 
• Ateles paniscus (Linnaeus, 1758). Família Cebidae. Nome popular: macaco-
aranha. 
• Brachyteles arachnoides (E. Geoffroy, 1806). Família Cebidae. Nome popular: 
muriqui, mono-carvoeiro. 
• Cacajao calvus (I. Geoffroy, 1847). Família Cebidae. Nome popular: uacari. 
• Cacajao melanocephalus (Humbolt, 1812). Família Cebidae. Nome popular: 
uacari-preto. 
• Callicebus parsonatus (E. Geoffroy, 1812). Família Cebidae. Nome popular: 
guigó, sauá. 
• Callimico goeldii (Thomas, 1904). Família Callimiconidae. Nome popular: 
calimico. 
• Callithrix argentata leucippe (Thomas, 1922). Família Callitrichidae. Nome 
popular: sagui. 
• Callithrix aurita (Humbolt, 1812). Família Callitrichidae. Nome popular: sagui-
da-serra-escuro. 
• Callithrix flaviceps (Thomas, 1903). Família Callitrichidae. Nome popular: 
sagui-da-serra. 
• Callithrix humeralifer (E. Geoffroy, 1812). Família Callitrichidae. Nome 
popular: sagui. 
• Cebus apella xanthosternos (Wied, 1820). Família Cebidae. Nome popular: 
macaco-prego-do-peito-amarelo. 
• Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Deville, 1848). Família Cebidae. Nome 
popular: cuxiu-de-nariz-branco. 
• Chiropotes satanas utahicki (Hershkovitz, 1.985). Família Cebidae. Nome 
popular: cuxiu. 
• Chiropotes satanas satanas (Hoffmansegg, 1807). Família Cebidae. Nome 
popular: cuxiu. 
• Lagothrix lagotricha (Humbolt, 1812). Família Cebidae. Nome popular: 
barrigudo. 
• Leontopithecus chrysomelas (Kuhl, 1820). Familia Callitrichidae. Nome 
popular: mico-leão-de-cara-dourada. 
• Leontopithecus chrysopygus (Mikan, 1923). Família Callitrichidae. Nome 
popular: mico-leão-preto. 
 
 
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• Leontopithecus rosalia (Linnaeus, 1766). Família Callitrichidae. Nome popular: 
mico-leão-dourado. 
• Leontopithecus caissara (Persson, 1990) Família Callitrichidae. Nome 
popular: mico-leão-da-cara- preta. 
• Pithecia albicans (Gray, 1860). Família Cebidae. Nome popular: parauacu-
branco 
• Saguinus bicolor (Spix, 1823). Família Calliitrichidae. Nome popular: soim-de-
coleira. 
• Saguinus imperator (Goeldi, 1907). Família Callitrichidae. Nome popular: 
sagui-bigodeiro. 
• Saimiri vanzolinii (Ayres, 1985). Família Cebidae. Nome popular: mico-de-
cheiro 
 
1.2. Carnivora - Carnívoros 
• Atelocynus microtis (Scalter, 1883). Família Canidae. Nome popular: cachorro-do-
mato-de-orelha-curta. 
• Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815). Família Canidae. Nome popular: lobo-guará. 
guará, lobo-vermelho, 
• Felis colocolo (Molina, 1810). Família Felidae. Nome popular: gato-palheiro 
• Felis concolor (Linaeus, 1771). Família Felidae. Nome popular: sussuarana, onça-
parda. 
• Felis geoffroyi (d'Orbigny & Gervais, 1844). Família Felidae. Nome popular: gato-do-
mato. 
• Felis pardalis (Linaeus, 1758). Família Felidae. Nome popular: jaguatirica. 
• Felis tigrina (Scheber, 1775). Família Felidae. Nome popular: gato-do-mato. 
• Felis wiedii (Schinz, 1821). Família Felidae. Nome popular: gato-do-mato, maracajá. 
• Grammogale africana (Desmarest, 1818). Família Mustelidae. Nome popular: 
doninha amazônica. 
• Lutra longicaudis (Olfers, 1818). Família Mustelidae. Nome popular: lontra. 
• Panthera onca (Linnaeus, 1758). Família Felidae. Nome popular: onça-pintada, 
canguçu, onça-canguçu, jaguar-canguçu 
• Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788). Família Mustelidae. Nome popular: ariranha. 
• Speothos vinaticus (Lund, 1842). Família Canidae. Nome popular: cachorro-do-mato-
vinagre. 
 
1.3. Xenarthra - Desdentados 
• Bradypus torquatus (Desmarest, 1816). Família Bradypodidae. Nome popular: 
preguiça-de-coleira. 
• Mymercophaga tridactyla (Linnaeus, 1758). Família Mymercophagidae. Nome 
popular: tamanduá-bandeira. 
• Priodontes maximus (Kerr, 1792). Família Dasypodidae. Nome popular: tatu-
canastra, tatuaçu. 
• Tolypeutes tricinctus (Linnaeus, 1758). Família Dasypodidae. Nome popular: tatu-
bola, tatuapara. 
 
1.4. Sirenia - Peixes-boi 
 
 
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• Trichechus inunguis (Natterer, 1883). Família Trichechidae. Nome popular: peixe-boi, 
guarabá. 
• Trichechus manatus (Linnaeus, 1758). Família Trichechidae. Nome popular: peixe-
boi-marinho, manati. 
 
1.5 Cetacea - Baleias e Golfinhos 
• Eubalena australis (Desmoulins, 1822). Família Baleanidae. Nome popular: baleia-
franca, 
• baleia-franca-austral. 
• Megaptera novaeangliae (Borowsky, 1781). Família Balaenopteridae. Nome popular: 
jubarte. 
• Pontoporia blainvillei (Gervais & d'Orbigny). Família Pontoporiidae. Nome popular: 
toninha, boto-cachimbo. 
 
1.6 Rodentia - Roedores 
• Abrawayaomys ruschii (Cunha & Cruz, 1979). Família Cricetidae. 
• Chaetomis subspinosus (Olfers, 1818). Família Erethizontidae. Nome popular: ouriço-
preto. 
• *Juscelinomys candango (Moojen, 1965). Família Cricetidae. 
• Kunsia tomentosus (Lichtenstein, 1830). Família Cricetidae. 
• Phaenomys ferrugineus (Thomas, 1894). Família Cricetidae. Nome popular: rato-do-
mato-ferrugíneo. 
• Rhagomys rufescens (Thomas, 1886). Família Cricetidae. Nome popular: rato-do-
mato-laranja. 
• Wilfredomys oenax (Thomas, 1928). Família Cricetidae. Nome popular: rato-do-mato. 
 
1.7 Artiodactyla- Veados 
• Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815). Família Cervidae. Nome popular: cervo-do-
pantanal. 
• Odocoileus viginianus (Zimmermann, 1780). Família Cervidae. Nome popular: 
cariacu. 
• Ozotocerus bezoarticus (Linnaeus, 1758). Família Cervidae. Nome popular: veado-
campeiro. 
 
2.0. AVES 
2.1. Tinamiformes - Codornas 
• Crypturellus noctivagus (Wied, 1820). Família Tinamidae. Nome popular: jaó-do-sul, 
zabelê, juó. 
• Nothura minor (Spix, 1825). Família Tinamidae. Nome popular: codorna-mineira, 
codorna-buraqueira, buraqueira. 
• Taoniscus nanus (Temmink, 1815). Família Tinamidae. Nome popular: codorna-
buraqueiira, perdigão, inhambu-carapé. 
• Tinamus solitarius (Vieillot, 1819). Família Tinamidae. Nome popular: macuco, 
macuca. 
 
2.2. Ciconiiformes 
• Eudocimus ruber (Linnaeus, 1758). Família Threskiornithidae. Nome popular: guará. 
 
 
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• Tigrisoma fasciatum fasciatum (Such, 1825). Família Ardeidae. Nome popular: socó-
boi. 
 
2.3 Phoenicopteriformes 
• Phoenicopterus ruber (Linnaeus, 1758). Família Phoenicopteridae. Nome popular: 
flamingo, ganso-do-norte, ganso-cor-de-rosa, maranhão. 
 
2.4 Anseriformes 
• Mergus octosetaceus (Vieillot, 1817). Família Anatidae. Nome popular: mergulhão, 
patão, pato-mergulhão. 
 
2.5 Falconiformes - Falcões e Águias 
• Accipiter poliogaster (Temminck, 1824). Família Accipitridae. Nome popular: tauató-
pintado,gavião-pombo-grande. 
• Falco deiroleucus (Temminck, 1825). Família Falconidae. Nome popular: falcão-de-
peito-vermenho. 
• Harpia harpyja (Linnaeus, 1758). Família Accipitridae. Nome popular: gavião-real, 
gavião-de-penacho, uiraçu-verdadeiro, cutucurim, harpia. 
• Harpyhaliaetus coronatus (Vieillot, 1817). Família Accipitridae. Nome popular: águia-
cinzenta. 
• Leucopternis lacernulata (Temminck, 1827). Família Accipitridae. Nome popular: 
gavião-pomba. 
• Leucopternis polionota (Kaup, 1847). Família Accipitridae. Nome popular: gavião-
pomba 
• Morphnus guianensis (Daudin, 1800). Família Accipitridae. Nome popular: gavião-de-
penacho, uiraçu-falso. 
• Spizastus melanoleucus (Vieillot, 1816). Família Accipitridae. Nome popular: gavião-
preto, gavião-pato. 
 
2.6. Galliformes - Mutuns 
• Crax blumembachii (Spix, 1825). Família Cracidae. Nome popular; mutum-do-
sudeste. 
• Crax fasciolata pinima (Pelzeln, 1870). Família Cracidae. Nome popular: mutum-de-
penacho, mutum-pinima. 
• Mitu mitu mitu (Linnaeus, 1766). Família Cracidae. Nome popular: mutum-cavalo, 
mutum-etê, mutum-da-várzea, mutum-piry, mutum-do-nordeste. 
• Penelope jacucaca (Spix, 1825). Família Cracidae. Nome popular: jacucaca. 
• Penelope obscura bronzina (Hellmayr, 1914). Família Cracidae. Nome popular: 
jacuguaçu, jacuaçu. 
• Penelope ochrogaster (Pelzeln, 1870). Família Cracidae. Nome popular: jacu-de-
barriga-castanha. 
• Pipile jacutinga (Spix, 1825). Família Cracidae. Nome popular: jacutinga. 
 
2.7. Charadriiformes - Maçaricos 
• Numenius borealis (Forster, 1772). Família Scolopacidae. Nome popular: maçarico-
esquimó. 
 
 
 
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2.8 Columbiformes - Pombos 
• Claravis godefrida (Temminck, 1811). Família Columbidae. Nome popular: pararu, 
pomba-de-espelho. 
• Columbina cyanopis (Pelzeln, 1870). Família Columbidae. Nome popular: rolinha-do-
planalto, rolinha-do-Brasil-central. 
 
2.9 Psittaciformes - Papagaios, periquitos e araras 
• Amazona brasiliensis (Linnaeus, 1758). Família Psittacidae. Nome popular: 
papagaio-da-cara-roxa, chauá. 
• Amazona petrei (Temminck, 1830). Família Psittacidae. Nome popular: chorão, 
charão, papagaio-da-serra, serrano. 
• Amazona rhodocorytha (Salvadori, 1890). Família Psittacidae. Nome popular: Chauá-
verdadeiro, jauá, acumatanga, camutanga. 
• Amazona vinacea (Huhl, 1820). Família Psittacidae. Nome popular: papagaio-de-
peito-roxo, papagaio-caboclo, papagaio-curraleiro, jurueba. 
• *Anodorhynchus glaucus (Vieillot, 1816). Família Psittacidae. Nome popular: arara-
azul-pequena. 
• Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1720). Família Psittacidae. Nome popular: 
arara-azul-grande, ararauna 
• Anodorhynchus leari (Bonaparte, 1857). Família Psittacidae. Nome popular: arara-
azul-de-Lear. 
• Aratinga guarouba (Gmlin, 1788). Família Psittacidae. Nome popular: guaruba, 
ararajuba. 
• Cyanopsitta spixii (Wagler, 1832). Família Psittacidae. Nome popular: ararinha-azul. 
• Pyrrhura cruentata (Wied, 1820). Família Psittacidae. Nome popular: tiriba, fura-mato, 
cara-suja. 
• Pyrrhura leucotis (Kuhl, 1820). Família Psittacidae. Nome popular: fura-mato, tiriba-
de-orelha-branca 
• Touit melanonota (Wied, 1820). Família Psittacidae. Nome popular: apuim-de-cauda-
vermelha. 
• Touit surda (Kuhl, 1820). Família Psittacidae. Nome popular: apuim-de-cauda-
amarela. 
• Triclaria malachitacea (Spix, 1824). Família Psittacidae. Nome popular: sabiá-cica, 
araçu-aiava. 
 
2.10 Cuculiformes - Jacus 
• Neomorphus geoffroyi dulcis (Snethlage, 1927). Família Cuculidae. Nome popular: 
aracuão, jacu-molambo, jacu-porco, jacu-verde, jacu-taquara. 
• Neomorphus geoffroyi geoffroyi (Temminck, 1820). Família Cuculidae. Nome popular: 
jacu-estalo. 
 
2.11 Caprimulgiformes - Bacuraus 
• Caprimulgus candicans (Pelzeln, 1867). Família Caprimulgidae. Nome popular: 
bacurau, rabo-branco. 
• Eleothreptus anomalus (Gould, 1837). Família Caprimulgidae. Nome popular: 
curiango-do-banhado. 
 
 
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• Macropsalis creagra (Bonaparte, 1850). Família Caprimulgidae. Nome popular: 
bacurau, tesoura-gigante. 
• Nyctibius leucopterus (Wied, 1821). Família Nyctibiidae. Nome popular: mãe-da-lua. 
 
2.12. Apodiformes - Beija-flores 
• Phaethornis superciliosus margarettae (Ruschi, 1972). Família Trochilidae. Nome 
popular: besourão-de-rabo-branco. 
• Ramphodon dohrnii (Boucier & Mulsant, 1852). Família Trochilidae. Nome popular: 
balança-rabo-canela. 
 
2.13. Piciformes - Pica-paus e martins-pescadores 
• Campephilus robustus (Lichtenstein, 1819). Família Picidae. Nome popular: pica-
pau-rei. 
• Celeus torquatus tinnunculus (Wagler, 1829). Família Picidae. Nome popular: pica-
pau-de-coleira. 
• Dryocopus galeatus (Temminck, 1822). Família Picidae. Nome popular: pica-pau-de-
cara-amarela. 
• Jacamaralcyon tridactyla (Vieillot, 1817). Família Galbulidae. Nome popular: cuitelão, 
bicudo, violeiro. 
 
2.14. Passeriformes - Passarinhos 
• Amaurospiza moesta (Hartlaub, 1853). Família Emberizidae. Nome popular: 
negrinho-do-mato. 
• Alectrurus risoria (Vieillot, 1824). Família Tyrannidae. Nome popular: galito, tesoura-
do-campo, bandeira-do-campo. 
• Anthus nattereri (Sclater, 1878). Família Motacillidae. Nome popular: caminheiro-
grande. 
• *Calyptura cristata (Vieillot, 1818). Família Cotingidae. Nome popular: tietê-de-coroa. 
• Carduelis yarrellii (Audubon, 1839). Família Emberizidae. Nome popular: coroinha, 
pintassilgo-do-nordeste. 
• Carpornis malanocephalus (Wied, 1820). Família Cotingidae. Nome popular: sabiá-
pimenta. 
• Cercomacra carbonaria (Sclater & Salvin, 1873). Família Formicariidae. 
• Clibanornis dendrocolaptoides (Pelzeln, 1859). Família Furnariidae. 
• Conothraupis mesoleuca (Berlioz, 1939). Família Emberizidae. 
• Cotinga maculata (Müller, 1776). Família Cotingidae. Nome popular: crejoá, quiruá, 
catingá. 
• Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818). Família Tyrannidae. Nome popular: papa-
moscas-do-campo. 
• Curaeus forbesi (Sclater, 1886). Família Icteridae Nome popular: anumará. 
• Dacnisnigripes (Pelzeln, 1856). Família Emberizidae. Nome popular: saí-de-pernas-
pretas. 
• Formicivora erythronotos (Hartlaub, 1852). Família Formicariidae. 
• Formicivora iheringi (Hellmayr, 1909). Família Formicariidae. Nome popular: papa-
formiga. 
• Gubernatrix cristata ( Vieillot, 1817). Família Emberizidae. Nome popular: cardeal-
amarelo. 
 
 
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• Hemitriccus aenigma (Zimmer, 1940). Família Tyrannidae. Hemitriccus furcatus 
(Lafresnaye, 1846). Família Tyrannidae. Nome popular: papa-moscas-estrela. 
• Hemitriccus kaempferi (Zimmer, 1953). Família Tyrannidae. 
• Herpsilochmus pectoralis (Sclater, 1857). Família Formicariidae. 
• Iodopleura pipra (Lesson, 1831). Família Cotingidae. Nome popular: anambezinho. 
• Lipaugus lanioides (Lesson, 1844). Família Cotingidae. Nome popular: sabiá-da-
mata-virgem, sabiá-do-mato-grosso, sabiá-da-serra, virussu, tropeiro-da-serra. 
• Megaxenops parnaguae (Reiser, 1905). Família Furnariidae. Nome popular: bico-
virão-da-caatinga. 
• Merulaxis stresemanni (Sick, 1960). Família Rhinocryptidae. 
• Myadestes leucogenys leucogenys (Cabanis, 1851). Família Turdidae. Nome 
popular: sabiá-castanho. 
• Myrmeciza ruficauda (Wied, 1831). Família Formicariidae. 
• Mymerciza stictothorax (Todd, 1927). Família Formicariidae. 
• Myrmotherula minor (Salvadori, 1867). Família Formicariidae. Nome popular: 
choquinha. 
• Nemosia roourei (Cabanis, 1870). Família Emberezidae. Nome popular: saíra-
apunhalada. 
• Oryzoborus maximiliani (Cabanis, 1851). Família Emberezidae. Nome popular: 
bicudo, bicudo-verdadeiro, bicudo-preto. 
• Phibalura flavirostris (Vieillot, 1816). Família Cotingidae. Nome popular: tesourinha. 
• Phylloscartes ceciliae (Teixeira, 1987). Família Tyrannidae. 
• Phylloscartes roquettei (Snethlage, 1928). Família Tyrannidae. 
• Philydor novaesi (Teixeira & Gonzaga, 1983). Família Furnariidae. 
• Pipitres pileatus (Temminck, 1822). Família Cotingidae. Nome popular: cameleirinho-
de-chapéu-preto. 
• Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831). Família Tyrannidae. Nome popular: patinho-
gigante. 
• Poecilurus kollari (Pelzeln, 1856). Família Furnariidae. 
• Poospiza cinerea (Bonaparte, 1850). Família Emberizidae. Nome popular: andorinha-
do-oco-do-pau. 
• Procnias averano averano (Hermann, 1783). Família Cotingidae. Nome popular: 
araponga-do-nordeste, guiraponga. 
• Pyriglena atra (Swainson, 1825). Família Formicariidae. Nome popular: papa-
formigas. 
• Pyroderus scutatus scutatus (Shaw, 1792). Família Cotingidae. Nome popular: 
pavoa, pavão, pavó, pavão-do-mato. 
• Rhopornis ardesiaca (Wied, 1831). Família Formicariidae. Nome popular: papa-
formigas-de-gravatá 
• Scytalopus novacapitalis (Sick, 1958). Família Rhinocryptidae. 
• Sporophila falcirostris (Temminck, 1820). Família Emberizidae. Nome popular: papa-
capim, cigarra-verdadeira. 
• Sporophila frontalis (Verreaus, 1869). Família Emberizidae. Nome popular: pichochó, 
papa-arroz. 
• Sporophila palustris (Barrows, 1883). Família Emberizidae. Nome popular: 
caboclinho-de-papo-branco. 
 
 
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• Sturnella defilippii (Bonaparte, 1851). Família Icteridae. Nome popular: peito-
vermelho-grande. 
• Synallaxis infuscata (Pinto, 1950). Família Furnariidae. 
• Tangara fastuosa (Lesson, 1831). Família Emberizidae. Nome popular: pintor-
verdadeiro. 
• Terenura sicki (Teixeira & Gonzaga, 1983). Família Formicariidae. 
• Thamnomanes plumbeus (Wied, 1831). Família Formicariidae. 
• Thripophafa macroura (Wied, 1821). Família Furnariidae. Nome popular: rabo-
amarelo. 
• Xanthopsar flavus (Gmelin, 1788). Família Icteridae. Nome popular: pássaro-preto-
de-veste-amarela 
• Xiphocolaptes falcirostris (Spix, 1824). Família Dedrocolaptidae. Nome popular: 
arapaçu-do-nordeste. 
• Xiphocolaptes franciscanus (Snethlage, 1927). Família Dendrocolaptidae. Nome 
popular: arapaçu. 
• Xipholena atropurpurea (Wied, 1820). Família Cotingidae. Nome popular: amambé-
de-asa-branca, cotinga, ferrugem. 
 
3.0. REPTILIA - RÉPTEIS 
3.1. Chelonia - Tartarugas 
• Caretta caretta (Linnaeus, 1758). Família Chelonidae. Nome popular: cabeçuda, 
tartaruga-meio-pente. 
• Chelonia mydas (Linnaeus, 1758). Família Chelonidae. Nome popular: tartaruga-
verde. 
• Dermochelys coriacea (Linnaeus, 1758). Família Chelonidae. Nome popular: 
tartaruga-de-couro, tartaruga-gigante, tartaruga-de-pele. 
• Eretmochelis imbricata (Linnaeus, 1766). Família Chelonidae. Nome popular: 
tartaruga-de-pente. 
• Lepidochelys olivacea (Escholtz, 1829). Família Chelonidae. 
• Phrynops hogei (Mertens, 1967). Família Chelidae. 
 
3.2 Squamata - Serpentes 
• Lachesis muta rhombeata (Wied, 1825). Família Viperidae. Nome popular: surucucu-
pico-de-jaca, surucucu. 
 
3.3 Crocodilia - Jacarés 
• Caiman latirostris (Daudin, 1802). Família Crocodilidae. Nome popular: jacaré-de-
papo-amarelo. 
• Melanosuchus niger (Spix, 1825). Familia Crocodilidae. Nome popular: jacaréaçu. 
 
4.0 AMPHIBIA - rãs 
• Paratelmatobius gaigeae (Cochran, 1938). Família Leptodactylidae. 
 
5.0 INSECTA - insetos 
5.1 Lepidoptera - borboletas 
• *Dasyophthalma vertebralis (Butler, 1869). Família Nymphalidae. 
• Eresia erysice (Geyer, 1832). Família Nymphalidae. 
 
 
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• *Eurytides iphitas (Hübner, 1821). Família Papilionidae. 
• Eurytides lysithous harrisinus (Swainson, 1822). Família Papilionidae. 
• Eutresis hypareia imeriensis (Brown, 1977). Família Nymphalidae. 
• Heliconius nattereri (Felder & Felder, 1865). Família Nymphalidae. 
• *Hyalyris fiammetta (Hewitson, 1852). Família Nymphalidae. 
• *Hyalyris leptalina leptalina (Felder & Felder, 1865). Família Nymphalidae. 
• Hypoleria fallens (Haensch, 1905). Família Nymphalidae. 
• Hypoleria mulviana (D'Almeida, 1945). Família Nymphalidae. 
• Joiceya praeclara (Talbot, 1928). Família Lyceanidae. 
• Mechanitis bipuncta (Forbes, 1948). Família Nymphalidae. 
• Melinaea mnaisas (Hewitson, 1855). Família Nymphalidae. 
• Moschoneura methymna (Godart, 1819). Família Pieridae. 
• Napeogenis cyrianassa xanthone (Bates, 1862). Família Nymphalidae. 
• Orobrassolis ornamentalis (Stichel, 1906). Família Nymphalidae. 
• Papilio himeros himeros (Höpffer, 1866). Famíla Papilionidae. 
• Papilio himeros baia (Hothschild & Jordan, 1906). Família Papilionidae. 
• Papilio zagreus zagreus (Doubleday, 1847). Família Papilionidae. 
• Papilio zagreus neyi (Niepelt, 1909). Família Papilionidae. 
• Papilio zagreus bedoci (Le Cerf, 1925). Família Papilionidae. 
• Parides ascanius (Cramer, 1775). Família Papilionidae. 
• Parides lysander mattogrossensis (Talbot, 1928). Família Papilionidae. 
• Perrhybris flava (Oberthür, 1895). Família Pieridae. 
• Scada karschina delicata (Talbot, 1932). Família Nymphalidae. 
 
5.2 Odonata - Libélulas 
• Leptagrion dardanoi (Santos, 1968). Família Coenagrionidae. 
• Leptagrion siqueirai (Santos, 1968). Família Coenagrionidae. 
• Mecistogaster asticta (Selys, 1860). Família Psedostigmatidae. 
• *Mecistogaster pronoti (Sjoestedt, 1918). Família Pseudostigmatidae. 
 
6.0 Onychophora 
• Peripatus acacioli (Marcus & Marcus, 1955). Família Peripatidae. 
 
7.0 Cnidaria - Corais 
• Millepora nitidae (Verreill, 1868). Família Milleporidae. Nome popular: coral-de-fogo.
 
 
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RELAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE ANIMAIS DE INTERESSE PARA O 
MÉDICO VETERINÁRIO DE SILVESTRES (ÊNFASE NA FAUNA NATIVA 
BRASILEIRA)AVES 
Família Accipitridae (Gaviões) 
Buteo magnirostris gavião-carijó 
Elanus leucurus gavião-peneira 
Geranoaetus melanoleucus águia-chilena 
Harpia harpyja gavião-real 
Heterospizias meridionalis casaca-de-couro 
Spizaetus tyranus gavião-pega-macaco 
 
Família Anatidae (Patos, marrecos, cisnes.) 
Amazonetta brasiliensis marreca-ananaí 
Anas platyrhynchos marreco-mallard 
(exótico) 
Cairina moschata pato-do-mato 
Coscoroba coscoroba capororoca 
Cygnus atratus cisne-negro (exótico) 
Cygnus cygnus cisne-cantor (exótico) 
Cygnus melanocorryphus cisne-de-pescoço-
preto 
Cygnus olor cisne-branco (exótico) 
Dendrocygna autumnalis marreca-cabocla 
Dendrocygna bicolor marreca-caneleira 
Dendrocygna viduata marreca-irerê 
 
Família Anhimidae 
Anhima cornuta anhuma 
Chauna torquata tachã 
 
Família Ardeidae (Garças e socós) 
Ardea cocoi garça-moura 
Bubulcus ibis garça-vaqueira (exótico-
introduzido) 
Casmerodius albus garça-branca-grande 
Egretta thula garça-branca-pequena 
Nycticorax nycticorax socó-dorminhoco 
Syrigma sibilatrix garça-maria-faceira 
Tigrisoma lineatum socó-boi 
 
Família Cariamidae 
Cariama cristata seriema 
 
Família Cathartidae (Urubus) 
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha 
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-
amarela 
Coragyps atratus urubu 
Sarcoramphus papa urubu-rei 
Vultur gryphus condor 
 
Família Charadriiae 
Vanellus chilensis quero-quero 
 
Família Ciconiidae 
Cyconia maguari maguari 
Jabiru mycteria jaburu, tuiuiú 
Mycteria americana cabeça-seca 
 
Família Columbidae 
Columba livia pombo-doméstico 
Columbina talpacoti pomba-paruru 
Columba picazuro pomba-asa-branca 
Leptotila rufaxila juriti 
Geotrygon montana pomba-caminheira 
Scardafella squamata pomba-cascavel 
 
Família Cracidae 
Crax fasciolata mutum-de-penacho 
Penelope obscura jacu-guaçu 
Pipile jacutinga jacutinga 
 
Família Falconidae (Falcões) 
Falco femoralis falcão-de-coleira 
Falco peregrinus falcão-peregrino 
Falco sparverius quiri-quiri 
Polyborus plancus Carancho 
 
Família Fringillidae 
Paroaria coronata cardeal 
Saltator similis trica-ferro 
Sicalis flaveola canário-da-terra 
Serinus canarius canário-belga 
Spinus magellanicus pintassilgo 
Sporophila caerulescens coleirinha 
Zonotrichia capensis tico-tico 
 
Oryzoborus angolensisI curió 
 
Família Jacanidae 
Jacana jacana jaçanã 
 
Família Laridae 
Larus dominicanus gaivota 
Sterna hirundinacea gaivota-trinta-reis 
 
Família Loridae 
Trichoglossus haematodus loris-arco-iris 
 
Família Phasianidae 
Odontophorus capueira uru 
Pavo cristatus pavão 
Phasianus colchicus faisão-coleira 
 
Família Phoenicopteridae 
Phoenicopterus ruber flamingo 
 
Família Picidae 
Colaptes campestris pica-pau-do-campo 
 
 
 
 
 
 
Família Psittacidae 
Agapornis personata agapornis (exótico) 
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 
Amazona amazonicaI papagaio-do-mangue 
Amazona farinosa papagaio-moleiro 
Amazona vinacea papagaio-de-peito-roxo 
Anodorynchus hyacinthinus arara-azul 
Ara ararauna arara-canindé 
Ara chloroptera arara-vermelha 
Ara macao arara-canga 
Aratinga aurea periquito-áurea 
Brotogeris tirica periquito-verde 
Melopsittachus undulatus periquito-
australiano (exótico) 
Myopsitta monachus caturrita 
Nymphicus hollandicus calopsita (exótico) 
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú 
Pionus maximiliani baitaca 
Psittacus erithacus papagaio-africano 
(exótico) 
Pyrrhura frontalis tiriva 
 
Família Rallidae (Saracuras e frangos d’água) 
Aramides saracura saracura-do-mato 
Gallinula chloropus frango-d’água 
Rallus nigricans saracura-preta 
Rallus sanguinolentus saracura 
 
Família Rhanphastidae 
Rhamphastos toco tucano-toco 
Rhamphastos dicolorus tucano-de-bico-verde 
 
Família Rheidae (Emas e avestruzes) 
Rhea americana ema 
Struthio camelus avestruz (exótico) 
 
Família Scolopacidae (Maçaricos e narcejas) 
Gallinago gallinago narceja 
Tringa flavipes maçarico-perna-amarela 
 
Família Spheniscidae 
Spheniscus magellanicus pingüim-de-
magalhães 
 
Família Strigidae 
Otus choliba coruja-do-mato 
Rhinoptynx clamatur mocho-orelhudo 
Speotyto cunicularia coruja-buraqueira 
 
Família Tinamidae (Perdizes e codornas) 
Crypturellus obsoletus nambu-guaçu 
Crypturellus parvirostris nambu-xororó 
Crypturellus tataupa nambu-xintã 
Nothura maculosa codorna 
Rhynchotus rufescens perdiz 
Tinamus solitarius macuco 
 
 
 
 
Família Tyranidae 
Pitangus sulphuratus bem-te-vi 
 
 
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Família Tytonidae 
Tyto alba coruja-das-torres, suindara 
 
Família Trochilidae 
Colibri serrirostris beija-flor-do-campo 
Leucochloris albicollis beija-flor 
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-
violeta 
 
Família Turdiadae 
Turdus rufiventris sabiá-vermelha 
Turdus albicollis sabiá-coleira 
 
MAMÍFEROS 
Família Bovidae 
Amnotragus lervia aoudade 
Antilope cevicapra cervicapra 
Bison bison bisão-americano 
Bison bonasus bisão-europeu 
Connochaetes taurinus gnu 
Taurotragus oryx elande 
 
Famila Bradypodidae 
Bradypus variegatus preguiça 
 
Família Camelidae 
Camellus bactrianus camelo 
Camelus dromedarius dromedário 
Lama glama lhama 
Lama guanicoe guanaco 
Lama pacos alpaca 
Lama vicugna vicunha 
 
Família Canidae 
Canis lupus lobo-europeu 
Chrysocyon brachyurus lobo-guará 
Dusicyon gimnocercus cachorro-do-campo 
Dusiyion thous cachorro-do-mato 
Speothus venaticus cachorro-vinagre 
 
Família Capromydae 
Myocastor coypus ratão-do-banhado 
 
Família Caviidae 
Cavia aperea preá 
Cavia porcellus porquinho-da-índia 
Dolichotes patagonum mara ou lebre-da-
patagônia 
 
Família Chinchilidae 
Chinchila laniger chinchila 
 
Família Leporidae 
Oryctolagus cuniculus coelho-doméstico 
Sylvilagus brasiliensis tapiti 
 
 
Família Cricetidae 
Mesocricetus auratus hamster-dourado 
(exótico) 
Cricetulus griseus hamster-chines (exótico) 
Cricetulus cricetus hamster-europeu (exótico) 
Meriones unguiculatus gerbil ou merione 
(exótico) 
 
Família Muridae 
Rattus norvegicus rato ou ratazana (exótico-
introduzido) 
Rattus rattus rato-das-casas (exótico-introduzido) 
Mus musculus camundongo (exótico-introduzido) 
 
Família Cebidae 
Alouatta caraya bugiu-preto 
Alouatta fusca bugio-ruivo 
Ateles paniscus macaco-aranha 
Cebus apella macaco-prego 
Lagothrix lagothricha macaco-barrigudo 
Saimiri sciureus mico-de-cheiro 
 
Família Cervidae 
Blastocerus dichotomus cervo-do-pantanal 
Cervus elaphus cervo-nobre 
Cervus elaphus cervo-nobre (exótico) 
Dama dama cervo-dama (exótico) 
Mazama americana veado-mateiro 
Mazama gouazoubira veado-pardo 
Mazama rufina veado-cambuta 
Ozotocerus bezoarticus veado-campeiro 
 
Família Dasypodidae 
Dasypus novencinctus tatu-galinha 
Euphactus sexcintus tatu-peludo 
 
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Priodontes maximus tatu-canastra 
 
Família Dasyproctidae 
Dasyprocta azarae cutia 
Dasyprocta leporina cutia 
Dasyprocta punctata cutia 
Agouti paca paca 
 
Família Didelphidae 
Caluromys lanatus cuíca-lanosa 
Didelphis albiventris gambá-de-orelha-branca 
Didelphis marsupialis gambá-de-orelha-preta 
Philander opossum cuíca-de-quatro-olhos 
 
Família Elephantidae 
Elephas maximus elefante-indiano (exótico) 
Loxodonta africana elefante-africano 
(exótico) 
 
Família Equidae 
Equus grevyi zebra (exótico) 
 
Família Erethizontidae 
Coendu villosus ouriço 
 
 
Família Felidae 
Felis concolor puma 
Felis geoffroy gato-do-mato-grande 
Felis pardalis jaguaratirica 
Felis tigrina gato-do-mato-pequeno 
Felis wiedii gato-maracajá 
Felis yagouaroundigato-mourisco 
Panthera leo leão 
Panthera onca onça 
Panthera pardus leopardo 
Famillia Giraffidae 
Girafa camelopardalis girafa 
 
Família Hyaenidae 
Hyaena hyaena hiena-listrada 
 
Família Hydrochaeridae 
Hydrochaeris hydrochaeris capivara 
 
Família Leporidae 
Lepus capensis lebre 
Sylvilagus brasiliensis tapiti 
 
Família Mustelidae 
Conepatus chinga zorilho, cangambá 
Eira barbara irara 
Galictis cuja furão 
Lutra longicaudis lontra 
Pteronura brasiliensis ariranha 
Mustela putorinus ferret 
 
Família Myrmecophagidae 
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira 
Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim 
 
Família Calitrichydae 
Callithrix jacchus sagui 
Callithrix penicillata sagui 
Leontopithecus rosalia mico-leão-dourado 
Leontopithecus caiçara mico-leão-dourado 
 
Família Pongidae 
Pan troglodites chimpanzé 
Pongo pygmaeus orangotango 
 
Família Procyonidae 
Nasua nasua quati 
Procyon cancrivorus mão-pelada 
Potos flavus jupará 
 
Família Scuridae 
Sciurus ingrami serelepe 
 
 
 
 
 
 
 
Família Tapiridae 
Tapirus terrestris anta 
 
Família Tayassuidae 
Tayassu tajacu cateto 
Tayassu pecari queixada 
 
 
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RÉPTEIS 
Família Alligatoridae (Jacarés) 
Caiman crocodilus jacaré-tinga 
Caiman latirostris jacaré-de-papo-amarelo 
Crocodilus niloticus crocodilo (exótico) 
Melanosuchus niger jacaré-açu 
 
Família Amphisbaenidae 
Anphisbaena alba cobra-cega 
 
Família Anguidae 
Ophiodes striatus cobra-de-vidro 
 
Família Boidae 
Boa constrictor jibóia 
Corallus caninus cobra-papagaio 
Enectes murinus sucurí 
Epicrates cenchria salamanta 
Phyton regius píton-bola (exótico) 
Phyton reticulatus píton- (exótico) 
 
Família Chelidae 
Acanthochelys spixii cágado-preto 
Chelus fimbriatus matamatá 
Hydromedusa tectifera cágado-pescoço-de-
cobra 
Phrynops williansi cágado-de-barbicha 
 
Família Chelonidade 
Caretta caretta tartaruga-marinha 
Chelonia mydas tartaruga-do-mar 
 
Família Colubridae 
Chironius carinatus cobra-cipó 
Clelia clelia mussurana 
Hydrodinastes gigas boipevaçu 
Liophis miliaris cobra-d’água 
Oxyrhopus trigeminus falsa-coral 
Spilotes pullatus caninana 
Waglerophis merremii boipeva 
 
Família Elapidae 
Micrurus frontalis coral-verdadeira 
Micrurus corallinus coral-verdadeira 
 
Família Emydidae 
Trachemys dorbignyi tigre-d´água (nativo) 
Trachemys elegans tigre-d´água (exótico) 
 
 
 
 
Família Iguanidae 
Iguana iguana iguana ou sininbú 
Tropidurus torquatus lagarto 
 
Família Chelydridae 
Chelydra serpentina tartaruga-mordedora 
 
Família Trionychidae 
Trionyx sp. tartaruga tartaruga-de-casco-
mole 
 
Família Kinosternidae 
Kinosternom scorpioides muçuã 
 
Família Pelomedusidae 
Podocnemis expansa tartaruga-da-amazônia 
Podocnemis unifilis tracajá 
 
Família Scincidae 
Mabuya mabuya lagartixa 
 
Família Hemidactylidae 
Hemidatylus mabuya lagartixa-de-parede 
(exótico-introduzido) 
 
Família Teidae 
Ameiva ameiva bico-doce 
Tupinambis merianae teiú 
 
Família Testudinidae 
Geochelone denticulata jabuti-tinga 
Geochelone carbonaria jabuti-piranga 
 
Família Viperidae 
Bothrops alternatus urutu 
Bothrops cotiara cotiara 
Bothrops jaracussu jararacuçu 
Bothrops jararaca jararaca 
Crotalus durissus cascavel 
Lachesis muta surucucu 
 
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CONTENÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES 
 
Introdução 
Os preceitos e procedimentos básicos da clínica são universais (semiologia, 
propedêutica, terapêutica), e são comuns a animais selvagens e domésticos. 
Entretanto, o acesso aos animais silvestres, na maioria das vezes, é muito mais 
limitado se comparado com os domésticos. O conhecimento das técnicas de contenção 
física e química é portanto de grande importância para o Médico Veterinário de animais 
silvestres. Um sólido conceito de stress e o entendimento de sua fisiologia e patologia, 
são indispensáveis para a utilização das técnicas de contenção. 
 
STRESS OU ESTRESSE 
 Todo o ser vivo relaciona-se com o meio ambiente em que vive e luta 
permanentemente contra forças potencialmente fatais. A relação do ser vivo com o 
meio é mediada por receptores (estruturas ou órgãos dos sentidos ou sensitivos). Toda 
alteração ambiental é portanto um estímulo e atua sobre um organismo através de 
seus receptores. Os receptores estimulados encaminham mensagens que 
desencadeiam reações. Todas as respostas ou reações são primariamente orientadas 
para enfrentar a alteração ambiental, supera-la e retornar o ser vivo ao equilíbrio 
orgânico (homeostase). 
 
 Organismos primitivos podem reagir ao calor, ao frio, à dissecação, à umidade 
ou à falta de nutrientes entre outros estímulos. Os seres mais complexos 
desenvolveram sistemas de informação sobre as mais diversas variações ambientais 
que estimulam receptores e desencadeiam reações promovendo a adaptação orgânica 
ás novas condições. 
 
Conceitos: 
STRESS ou ESTRESSE é o conjunto de reações de um organismo frente a 
agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras capazes de perturbar a 
homeostase. O stress é um fenômeno adaptativo, uma resposta cumulativa 
resultante da interação do animal com o ambiente, mediado por receptores. 
 Por princípio, todo o estímulo recebido por um ser vivo (através dos seus 
receptores) é um agente estressante. 
 Define-se homeostase como a normalidade orgânica, ou seja o estado de 
equilíbrio fisiológico. Denomina-se adaptação fisiológica à capacidade que um 
organismo tem de atingir a homeostase através de processos fisiológicos coordenados. 
Define-se exaustão como a falência destes processos e a incapacidade de atingir a 
homeostase. 
Os agentes estressantes podem ser classificados em somáticos, psicológicos, 
comportamentais ou diversos. O animal é estimulado por esses agentes ambientais 
através de receptores. O sistema nervoso analisa e processa os impulsos vindos dos 
receptores e envia mensagens aos órgãos efetores, produzindo reações específicas 
ou inespecíficas. 
 Agentes somáticos podem ser sons, imagens, odores, toques, mudanças de 
posição, calor, frio, pressão atmosférica, estiramento anormal de músculos ou tendões 
e também o efeito de drogas e agentes químicos. 
 
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 Agentes psicológicos exercem um importante papel na adaptação das espécies 
selvagens ao cativeiro e aos métodos usados na contenção. Um animal apreensivo 
pode ser considerado sob o efeito de um agente estressante suave, mas que se 
intensificado pode evoluir para a ansiedade, o medo ou, na sua forma mais severa, o 
terror e a fúria. Outro importante agente psicológico estressante é a frustração. Quando 
em ambiente natural e frente a uma situação estranha, o animal foge ou luta. A 
frustração é determinada pela impossibilidade ou impedimento do exercício destes 
comportamentos. 
 Intimamente ligado aos agentes psicológicos impostos pelo cativeiro estão os 
agentes estressantes comportamentais: São: a vizinhança não familiar, a 
superpopulação, as disputas territoriais e/ou hierárquicas, as alterações dos ritmos 
biológicos ou circadianos, a falta de contato social (ou ao contrário, a falta de 
privacidade), a falta de alimentos habituais à espécie ou cuja necessidade foi induzida 
pelo homem “imprinted”. 
 Os agentes diversos incluem má nutrição, toxinas, parasitoses, agentes 
infecciosos, queimaduras, cirurgias, imobilizações físicas ou químicas e confinamento. 
Quandoestes fatores atuam durante um longo período podem contribuir para a fase de 
exaustão na síndrome geral de adaptação. 
 
O stress ou seja, a resposta orgânica, decorrente da estimulação de receptores pode 
seguir as seguintes VIAS DE REAÇÃO: 
 
• Via Motora Voluntária – (neuromuscular) Reação imediata. Trata-se de resposta 
característica da espécie, são as chamadas defesas: morder, escoicear, unhar, 
bicar, vocalizar... 
 
• Via Sistema Nervoso Simpático – (endócrina: medular da adrenal) - Reação de 
alarme. Trata-se de preparação para a fuga ou luta. A liberação de catecolaminas, 
como a adrenalina e a noradrenalina, induz a uma série de alterações fisiológicas 
como: vasodilatação na musculatura esquelética e cardíaca, vasoconstrição na pele 
e nos intestinos, hipertensão arterial, hiperglicemia, broncodilatação, aumento da 
taxa metabólica, midríase, piloereção e fasciculação muscular. 
 
• Via Hipotálamo - Adenohipófise – (endócrina: cortical da adrenal) - Reação 
crônica. Hiperfunção adrenocortical (cortisol). Efeitos somáticos: fraqueza muscular, 
tremores, alopecia simétrica bilateral, aumento do volume abdominal, perda de peso, 
aumento da susceptibilidade a infecções, queda de resposta imunitária (falha 
vacinal), hipertensão arterial, má cicatrização, neutrofilia e redução da atividade de 
linfócitos e eosinófilos. Efeitos psicológicos/comportamentais: tendência anti-social, 
aumento da agressividade, anorexia/bulimia, adipsia/polidipsia, hipo/hiper 
sexualidade. 
 
CONTENÇÃO E ÓBITO POR STRESS 
A contenção é possivelmente o momento de maior stress na vida de um animal 
silvestre e pode levar o organismo a reações potencialmente fatais. O óbito decorrente 
da contenção, pode ser superagudo (durante a realização da contenção), agudo ou 
mediato (até 60 minutos após a contenção) e tardio (horas a dias após a contenção). 
 
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SUPERAGUDO 
 
• Fibrilação 
ventricular 
• Bradicardia 
colinérgica 
• Anóxia 
• Hipoglicemia 
• Trauma 
AGUDO 
 
• Insuficiência 
Adrenal 
• Timpanismo 
• Acidose 
• Hipo/hipertermia 
• Hipocalcemia 
• Fratura cervical 
 
TARDIO 
 
• Miopatia de captura 
• Pneumonia 
“aspirativa” 
• Choque 
 
ACIDOSE 
 A excessivo esforço muscular decorrente da resistência aos procedimentos de 
contenção leva a um grande consumo de glicose e produção de ácido lático. A acidose 
determina polipnéia, confusão mental, tremores, convulsão, coma e morte. O 
tratamento indicado é a manutenção das vias aéreas livres de obstruções (hiper-
ventilação compensatória), respiração assistida e aplicação endovenosa de 
bicarbonato de sódio (4 a 6 mEq/kg). 
 
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 
 A causa primária é a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) 
durante a reação de alarme levando a taquicardia que somada a acidose e hipóxia 
resulta em fibrilação. O animal debate-se e agoniza o que pode ser confundido com 
resistência à contenção. A fibrilação impossibilita o bombeamento sanguíneo 
determinando insuficiência circulatória, a inconsciência e morte. 
 
BRADICARDIA COLINÉRGICA (SÍNCOPE FATAL OU BRADICARDIA VAGAL) 
 Os centros hipotalâmicos quando estimulados desencadeiam reações 
principalmente do sistema nervoso simpático e, em menor grau, do sistema nervoso 
parassimpático. Desta forma resulta uma reação adrenérgica, a típica reação de 
alarme, com taquicardia e hipertensão arterial. Porém, se durante a contenção, houver 
excessiva pressão sobre os globos oculares, os seios carotídeos (região cervical) ou o 
abdômen ocorrerá estimulação hipotalâmica tão intensa que prevalecerá o “domínio” 
do sistema nervoso parassimpático. Desta forma, a ação colinérgica supera a 
adrenérgica, observa-se redução do pulso e da freqüência cardíaca, queda da pressão 
arterial, perda da consciência e óbito devido ao choque hipovolêmico. Como protocolo 
preventivo, indica-se a aplicação de sulfato de atropina (0,05 mg/Kg) que age 
bloqueando o impulso colinérgico (vagal). A ação do cloridrato de atropina é 
parassimpaticolítica ou simpaticomimética. 
 
MIOPATIA DE CAPTURA 
 Também conhecida como miopatia por stress ou esforço, é uma doença 
muscular degenerativa de prognóstico extremamente reservado. Pode apresentar-se 
sob a forma aguda (1 a 12 horas), subaguda (7 a 14 dias) ou crônica (semanas). É 
observada principalmente nos bovídeos (antílopes, bisões), cervídeos (cervos e 
veados) e eqüídeos (zebra, cavalo, asno e anta). A anóxia localizada, devido à 
contratura de massas musculares é o fator determinante. A patogenia da miopatia de 
 
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captura envolve a alteração do pH, hipóxia e morte de fibras musculares com liberação 
de potássio, mioglobina (necrose tubular aguda devido à toxicidade) e lactato. Os sinais 
clínicos incluem dificuldade na marcha, rigidez e dor à palpação dos membros 
(especialmente nas porções mais altas da região pélvica), paresia e decúbito. 
Observam-se ainda dispnéia e taquicardia. As principais alterações laboratoriais são 
acidose, elevação da creatinina fosfoquinase e de desidrogenase láctica, sendo menos 
freqüente a hiperpotassemia. 
 
PRINCÍPIOS DE CONTENÇÃO (MANEJO) DE ANIMAIS SILVESTRES 
A primeira dificuldade com que se depara um profissional de zoológico é o 
acesso ao animal. É a grande limitação identificada quando traçamos um paralelo entre 
o manejo de animais domésticos e o de silvestres. As práticas de contenção, ao longo 
dos tempos, levaram à domesticação diversos animais silvestres. É fácil justificar e 
todos concordam que há necessidade de se conter animais domésticos para os mais 
diversos fins (transporte, medicação, cirurgia. etc.) porém quando animais silvestres 
são mantidos em cativeiro estas mesmas necessidades são também observadas. 
Ao longo da história da ocupação humana, os ecossistemas tem sido 
modificados para garantir o máximo de produção a partir de poucas espécies animais 
ou vegetais, ou seja, ecossistemas em estágios imaturos, forçosamente instáveis e 
mantidos unicamente pela constante interferência humana. A redução da primitividade 
e da diversidade comprometem especialmente as espécies naturalmente vulneráveis 
(endêmicas, raras, especialistas, variedades regionais ou subespécies e aquelas 
associadas a ambientes extensos e primitivos). Na medida em que áreas naturais 
primitivas residuais configuram-se como ilhas ou bolsões, circundados pela alteração 
antrópica, o manejo ambiental surge como a ciência que procura adaptar as 
características das interações dos hábitats, das populações animais e do homem, com 
finalidades específicas. A fauna silvestre nestes ambientes restritos passa a comportar-
se de forma semelhante à de animais em cativeiro, carecendo portanto de manejo. No 
manejo de animais silvestres, o conceito de contenção é utilizado com uma variada 
gama de intensidades, pode significar desde confinamento até a total imobilização 
através de recursos químicos ou mecânicos. O manejo compreende na acepção mais 
restrita do conceito, a contenção animal.. 
 
CONTENÇÃO (“First you need to catch your tiger”) 
Conforme recomenda o Prof. Fowler: devemos refletir antes de praticar uma contenção 
e algumas questões básicas devem ser respondidas: 
 
• Por quê – qual a justificativa ou o motivo para o animal ser contido ? 
• Quando – em que horário (estação) será mais conveniente praticar a contenção 
? 
• Como – que procedimento (técnica) apresenta o melhor custo benefício ? 
• Quem – qual pessoa está mais qualificada/habilidata para praticar a contenção, 
no menor tempo e com o menor stress ? 
• Onde – qual o melhor local para o procedimento de contenção planejado ? 
 
Quanto à técnica quatro questõesdevem ser respondidas para a seleção do 
procedimento de contenção: 
 
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• É segura para o operador ? 
• É segura para o animal ? 
• Será possível realizar o procedimento planejado utilizando o método de 
contenção escolhido ? 
• Após a contenção será possível o acompanhamento até a recuperação plena ? 
 
Inúmeros equipamentos ou recursos podem ser empregados na contenção, seja ela 
química ou física. A diversidade dos animais silvestres em função do grupo ao qual 
pertençam (mamíferos, aves, répteis, peixes ou anfíbios – dentre os mais 
freqüentemente mantidos em cativeiro) ou quanto ao porte e grau de periculosidade 
determina uma grande variedade de métodos e técnicas. 
A correta e adequada contenção de um animal silvestre depende de vários fatores 
tais como o conhecimento do seu comportamento e hábitos, o seu grau de 
vulnerabilidade ao estresse, a capacidade de previsão das suas reações, o pleno 
domínio do uso das técnicas e equipamentos a serem empregados e um planejamento 
criterioso de todo o procedimento. 
Inicialmente devem ser identificadas as chamadas “defesas” dos animais, para 
reduzirem-se os riscos. Por exemplo, aves de rapina defendem-se e oferecem mais 
perigo com as garras, felinos primariamente com os membros anteriores 
secundariamente com a boca, os canídeos defendem-se com mordidas, as emas e, as 
avestruzes podem causar graves acidentes com seus fortes chutes armados pelas 
unhas que se assemelham a cascos, os primatas cebídeos mordem e tendo 
oportunidade puxam as mãos do operador com qualquer um dos seus quatro membros 
e também com a cauda. Os cervídeos, especialmente durante a época reprodutiva 
podem atacar com chifradas, animais sociais podem defender elementos do grupo (um 
macaco-prego que grite ao ser contido promove o ataque de outros indivíduos do 
grupo). Aves do grupo dos tinamídeos (macucos, codornas e perdizes) quando 
submetidas à contenção podem morrer por estresse em poucos minutos além de 
perderem penas com muita facilidade. 
 
CONTENÇÃO MECÂNICA 
 Diversos equipamentos são utilizados na contenção, desde redes, puçás, 
ganchos, laços, cordas, peias, cambões, caixas e jaulas de pressão (com parede móvel 
para apertar o animal contra uma lateral de tela), tubos plásticos (aves, répteis e alguns 
mamíferos como os ouriços), tubos transparentes para répteis, luvas de couro, vendas, 
sacos de pano, escudos, eletro-choque, extintor de incêndio, abre bocas, fitas adesivas 
e muitos outros em conformidade com o animal e o objetivo da contenção. 
 
CONTENÇÃO QUÍMICA 
 Para a contenção química, diferentes drogas e equipamentos de aplicação são 
utilizados, porém, alguns quesitos são especialmente importantes para animais 
silvestres. Uma boa droga deve permitir o uso intramuscular, deve ter uma grande 
margem de segurança (DL 50), deve ter o menor período de indução e apresentar um 
pequeno volume. Isto para permitir o uso de métodos de aplicação à distância (dardos), 
através de rifles, pistolas (pólvora ou ar comprimido) e zarabatanas, quando o peso real 
do paciente é desconhecido. 
 
 
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Armas de arremesso de dardos: 
 Atualmente existem diversos equipamentos disponíveis no mercado, com grande 
precisão e eficiência. Todos têm no entanto uma grande desvantagem, são importados 
e o processo de importação é difícil e custoso. Além da arma, os acessórios como 
dardos, agulhas, tufos, borrachas e especialmente as diferentes espoletas (de 
arremesso do dardo e de impulsão do êmbolo) são também importadas e necessitam 
de constante reposição. 
 As armas permitem tiros a longa distância (mais de 100 m) e volumes 
relativamente grandes de drogas a serem aplicadas (cerca de 20 ml). O operador do 
equipamento deve ser um atirador experimentado. Para diferentes distâncias são 
utilizados diferentes espoletas de arremesso dos dardos e para diferentes tamanhos de 
dardos são utilizados diferentes espoletas de impulsão do êmbolo. O erro na utilização 
das espoletas pode promover acidentes graves e até fatais. Outro inconveniente é o de 
fazerem muito barulho. 
 
Zarabatana 
 De confecção artesanal, as zarabatanas e os dardos (feitos a partir de seringas 
descartáveis), são práticas, baratas e de fácil reposição. O impacto do dardo da 
zarabatana sobre o animal é sensivelmente menor que o promovido pelo dardo da 
espingarda e os riscos de acidentes são reduzidos. O tiro da zarabatana é silencioso. 
Suas grandes limitações são o volume disponível do dardo (cerca de 5 ml) e a distância 
de alcance (cerca de 15 metros no máximo). O operador deve ser experiente e manter-
se continuamente em treinamento pois as variáveis de tiro são diversas (diferentes 
pesos dos dardos em conformidade com o volume da droga, interferência dos ventos, 
tamanho do animal-alvo, distâncias). 
 
 
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SÍNDROME DA MIOPATIA DE CAPTURA 
 
Introdução 
 Também conhecida como miopatia do stress ou do esforço, é uma doença 
muscular degenerativa de prognóstico extremamente reservado, associada ao stress 
de captura, contenção física e/ou química e transporte de animais selvagens. Além dos 
herbívoros silvestres, a miopatia de captura já foi descrita em diversas espécies de 
mamíferos e aves, incluindo primatas, pinípedes, marsupiais, bovinos, eqüinos, 
canídeos, ovinos e flamingos. Pode apresentar-se em forma aguda (1 a 12 horas), 
subaguda (7 a 14 dias) e crônica (semanas). 
O termo stress é descrito como: a reação adaptativa de um animal 
desencadeada por um estímulo interno (fisiológico ou psicogênico) ou ambiental que 
altera o estado de homeostasia. 
 
O stress pode ser classificado em três subtipos: 
• Eustress - estímulo benéfico para o animal 
• Stress neutro - envolve respostas que não afetam o bem estar, conforto ou 
reprodução 
• Distress - prejudica, causa respostas que interferem no bem estar e/ou na 
reprodução 
 
O distress prolongado pode causar diferentes graus de perturbações, 
consideram-se como fatores predisponentes o medo, a ansiedade, a hipertermia, o 
esforço muscular intenso e a tensão muscular constante (reação de alarme 
prolongada), manipulações repetidas e transporte prolongado. A anóxia localizada, 
devido à contratura de determinadas massas musculares em posições anormais, pela 
manutenção de animais em redes ou jaulas de contenção, é também é fator 
determinante da ocorrência dessa enfermidade. 
 
Sinais característicos: 
 Acidose grave 
 Choque e óbito 
 Necrose de músculos esqueléticos 
 Necrose cardíaca (devido à acidose) 
A patogenia da miopatia de captura envolve duas teorias inter relacionados: a 
alteração do pH e a hipóxia tecidual; levando fibras musculares à morte e liberando 
potássio, mioglobina e lactato, substâncias que desempenham importante papel na 
gênese da enfermidade. O potássio age na musculatura cardíaca produzindo fibrilação, 
e a hiperpotassemia explicaria a morte por insuficiência cardíaca. A 
hipermioglobinemia, devido à extrema toxicidade da mioglobina, leva a necrose tubular 
aguda que por sua vez induz a insuficiência renal aguda. A acidose devida a altos 
níveis de lactato reduz o pH ocasionando choque e falência geral. 
As principais alterações laboratoriais são acidose, elevação da creatinina 
fosfoquinase e de desidrogenase láctica, sendo menos freqüente a hiperpotassemia. 
 
Sinais clínicos: 
 
 
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 Insuficiência cardíaca e morte 
Enrijecimento do dorso, ancas e membros posteriores. 
 Paresia Æ paralisia Æ ataxiaÆ prostração 
 Trauma de membros 
 Dipnéia e taquicardia 
 Mioglobinúria 
Os sinais clínicos normalmente observados incluem dificuldade na manutenção 
da estação (postura em pé), rigidez e dor à palpação dos membros (especialmente nas 
porções mais altas da região pélvica), paresia e evolução para paralisia, prostração e 
decúbito. Observam-se ainda dispnéia e taquicardia. 
O prognóstico da Miopatia de Captura tende a ser desfavorável, de maneira que 
o veterinário deve atuar com presteza na sua prevenção, tendo em mente que tal 
enfermidade pode ocorrer com freqüência após procedimentos de contenção. Para 
tanto se deve minimizar o concurso de diversos fatores etiológicos, trabalhando de 
forma a evitar o stress, habituando o animal ao seu ambiente de cativeiro. A instituição 
de jejum previamente aos procedimentos de contenção permite a obtenção de menores 
taxas de glicogênio na musculatura, o que atua de maneira protetora contra a 
excessiva liberação de lactato no músculo. Na medida do possível devemos evitar 
trabalhar com indivíduos predispostos em ambientes ou recintos muito quentes, bem 
como evitar o uso de drogas que causam hipertermia como o cloridrato de xilazina. É 
muito importante o controle da temperatura retal e o resfriamento do paciente com 
banhos frios em caso de hipertermia. 
Alguns cuidados que devem ser tomados: 
• Quando do planejamento de uma captura/imobilização, constitua uma equipe 
composta por um grupo reduzido de pessoas bem treinadas e entrosadas. Evite 
ruído e movimentos bruscos. 
• Evite procedimentos de captura/imobilização durante os períodos mais quentes 
e úmidos do ano e/ou dia. Caso isso não seja possível, mantenha a cabeça, as 
patas e as orelhas do animal constantemente úmidas e providencie para que 
uma vez capturado, o animal seja prontamente transportado para um lugar 
arejado e sombreado. 
• Durante a contenção monitore continuamente a temperatura corpórea do animal 
e tenha equipe e equipamentos necessários para o pronto tratamento da 
hipertermia. 
• Escolha o método de captura, dando preferência a contenção em cambiamentos 
em vez das técnicas que requeiram perseguição. Caso esta seja necessária, 
limite-a ao menor tempo possível. 
• Se a captura do animal limita-se a translocação, providencie para que o meio de 
transporte tenha as condições necessárias, principalmente no que se refere à 
ventilação e espaço. Logo após a captura a maioria dos animais está 
desidratada, por isso um suprimento farto de água fresca deve ser fornecido. 
 
 
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• Uma vez liberado no recinto, alguns cuidados especiais devem ser tomados. 
Certifique-se que o animal não seja fustigado por animais residentes e evite 
nova contenção nos próximos 14 dias. 
O tratamento de processos agudos deve incluir a oxigenação adequada do paciente e 
a administração, por via intravenosa, de Bicarbonato de sódio, em doses de 4 a 6 
mEq/Kg (1g de bicarbonato = 12 mEq; 500ml de solução a 6% contêm 30g de 
bicarbonato; na solução de bicarbonato a 8,4% Æ 1ml = 1 mEq). 
 
A miopatia de captura pode ser classificada em subtipos: 
1. Síndrome do choque de captura 
2. Síndrome da ataxia mioglobinúrica 
3. Síndrome da ruptura muscular 
4. Síndrome da morte súbita 
 
1. Síndrome do choque de captura 
 Pode ser observada em animais capturados recentemente ou pode ocorrer 
durante a contenção. A morte advém de 1 a 6 horas após a captura. Os sinais clínicos 
incluem: depressão, taquicardia, hipertermia, hipotensão (pulso filiforme) e morte. Na 
necropsia observam-se congestão e edema dos pulmões e severa congestão do 
intestino delgado e do fígado. 
 
2. Síndrome da ataxia mioglobinúrica 
 É mais freqüente, pode ocorrer horas ou dias após a captura. Os sinais clínicos 
incluem: ataxia, torcicolo e mioglobinúria podendo ser severa ou mediana. Os casos 
medianos podem sobreviver. Na necropsia são observadas lesões renais e da 
musculatura esquelética. Bexiga urinária vazia ou com pequena quantidade de urina 
escura. Músculos lombares e cervicais e flexores e extensores dos membros com 
áreas multifocais pálidas, moles, linhas claras. As lesões são bilaterais mas não 
simétricas, são tênues em animais que sobrevivem 1 a 2 dias e pronunciadas em 
animais com leões mais antigas. 
 
3. Síndrome da ruptura muscular 
 Após a captura aparentam estar normais apresentando sintomas após 1 a 2 
dias. Os sinais geralmente são uma marcada linha nos quartos posteriores e hiper 
flexão dos cascos. Ocorre geralmente a ruptura uni ou bilateral do músculo 
gastrocnêmico. Podem sobreviver diversas semanas mas a maioria morre. Na 
necropsia observam-se extensos hematomas subcutâneos, e multifocais lesões pálidas 
e moles em porções dos membros, diafragma, músculos lombares e cervicais 
 
4. Síndrome da morte súbita 
 Geralmente ocorre em animais que foram submetidos à captura nas últimas 24 
horas. Estes animais parecem normais enquanto não são perturbados. Se perturbados, 
contidos ou repentinamente estressados eles tentam correr, escapar, porém param 
abruptamente e permanecem em postura ou deitam quietos alguns momentos, os 
olhos ficam dilatados e morrem após alguns minutos. Esta forma é rara. Morrem com 
fibrilação ventricular e na necropsia não são observadas lesões características. 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
A miopatia de captura é uma síndrome para a qual mesmo a mais agressiva 
terapêutica costuma ser infrutífera. A compreensão apenas parcial da sua fisiopatologia 
aponta para a necessidade de estudos detalhados desse processo. Com as 
informações disponíveis até o momento, fica claro que o melhor tratamento é o 
profilático. A escolha certa dos métodos de captura, contenção e transporte, associada 
ao manejo executado por uma equipe treinada e entrosada pode reduzir 
significativamente a incidência da miopatia. 
 
Material cedido pelo Prof. Ricardo Guilherme D’O. Vilani MV, MSc - PUC 
ANESTESIOLOGIA EM ANIMAIS SILVESTRES 
 
ANESTESIOLOGIA EM AVES SILVESTRES 
 
1. RESTRIÇÃO ALIMENTAR 
 Devido à alta taxa metabólica e pequena estocagem de glicogênio hepático, não 
é recomendado grande tempo de restrição alimentar para aves antes da anestesia. Por 
outro lado, é comum observar regurgitação em alguns animais após a indução 
anestésica. 
 Recomendam-se, os seguintes tempos de restrição alimentar para diferentes 
espécies: 
¾ Aves menores de 100g: sem restrição alimentar 
¾ Grandes aves carnívoras: 12 horas 
¾ Ratitas: 12 a 24 horas 
¾ Grandes psitacídeos: 1 a 2 horas 
¾ Aves em geral 2 a 3 horas 
Quando for necessário grande tempo de anestesia, o paciente não apresentar 
boas condições pré-operatórias ou não se alimentar adequadamente é recomendada a 
administração por via oral de 4 ml/kg de glicose 5% antes da indução anestésica. 
 
2. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
 Não é indicada a utilização de sulfato de atropina na presença de secreções 
respiratórias, pois elas tornam os fluidos mais viscosos, o que pode provocar obstrução 
das vias aéreas. 
 Medicamentos pré-anestésicos são raramente indicados para aves, devido a 
fácil contenção física e rápida indução anestésica. Aves grandes podem requerer um 
pré-anestésico antes da contenção física, podendo ser utilizado diazepam, midazolam, 
alfa-2 agonistas, ou pequenas doses de tiletamina e zolazepam. 
 
3. ANESTÉSICOS INJETÁVEIS 
 Os anestésicos injetáveis são muito utilizados em aves devido ao seu baixo 
custo, facilidade de uso, rapidez da indução e por não ser necessária a aquisição de 
aparelhos caros. 
 Por outro lado, a variação das doses anestésicas entre indivíduos de uma 
mesma espécie e de diferentes espécies, a dificuldade em aferir um volume anestésico

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