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6 - antígeno-anticorpo

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06 Antígenos – Anticorpo.
O que são antígenos e anticorpos e onde se localizam.
Onde e como são produzidos os anticorpos.
Descreva a estrutura básica do anticorpo.
Quais os isótopos de anticorpos existentes e quais as principais diferenças entre eles.
Qual a importância das pontes de dissulfeto na estrutura do anticorpo.
Descreva a produção de anticorpos monoclonais.
Descreva a expressão de imunoglobulinas na maturação de linfócitos B.
Como se explica a meia vida da IgG ser tão superior as demais imunoglobulinas.
O que são haptenos e epítopos .
Defina afinidade e avidez.
Na ligação antígeno-anticorpo como ocorre a formação de imunocomplexo.
1- Antígeno é uma substância, normalmente proteínas, reconhecida como estranhas pelo organismo, o qual arma uma resposta imune contra este antígeno. Eles podem ser, por exemplo, uma proteína do envoltório viral ou da membrana de uma bactéria. Sendo assim, nas vacinas são injetados antígenos de um patógeno com objetivo de produzir células de memória que atuarão contra o mesmo organismo caso haja infecção. Os mesmo são atenuados, ou seja, imitam uma infecção para o sistema imune, mas não causam a doença em si, evitando as consequências graves de uma doença.
Anticorpos são coletivamente denominados imunoglobulinas (Ig), sendo formados por 4 subunidades ligadas entre si por 4 pontes dissulfeto. Estas 4 subunidades são constituídas de 2 cadeias pesadas (H) e duas cadeias leves (L). A forma dos anticorpos se assemelham a de um “Y”. Sendo que na parte de “cima” se encontra dois sítios idênticos de ligação ao antígeno, o que possibilita a ligação cruzada entre eles, podendo desta forma produzir uma malha antígeno-anticorpo, isto é, um preciptado. Os anticorpos encontram-se no soro, que é a fase fluída do plasma depois de ter sido coagulado.
2- Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B que se originam na medula, sendo distribuídos pelo organismo inteiro através do sistema linfático. O funcionamento do sistema imunológico, e consequentemente da produção de anticorpos é explicada pela teoria de seleção clonal. Esta teoria afirma que no embrião sejam produzidas, por recombinação genética uma imensa variedade de linfócitos cada qual contendo um receptor diferente. Quando um antígeno ingressa em um organismo adulto, o(s) linfócito(s) que tiver o receptor para este antígeno se reproduzem, e se diferenciam, voltando toda sua atividade para a síntese de anticorpos ( e o mesmo anticorpo que eles possuem como receptor, ou seja, aquele que reage com o antígeno). Desta forma, um certo período após o antígeno ter entrado em contato com o organismo, inicia-se uma grande produção de anticorpos que poderá então precipitar o antígeno, tirando-o da circulação.
3- As imunogolobulinas são compostos por seis estruturas básicas. São elas:
Cadeias leves e pesadas – todas as imunoglovulinas tem uma estrutura de quatro cadeias como unidade básica elas são compostas de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas.
Pontes dissulfeto – as cadeias leves e pesadas são mantidas entre si pelas pontes dissulfeto e interações não covalentes. O numero de pontes dissulfeto varia entre diferentes moléculas de imunoglobulinas.
Regiões variáveis e constantes – as imunoglobulinas podem ser divididas em duas categorias baseando-se na variabilidade da sequencia de aminoácidos, são elas as cadeias leves (variável e constante com 110 AA) e as cadeias pesadas (variável com 110 e a constante variando de 330-440 AA).
Região de dobradiça – região na qual os braços das moléculas de anticorpos formam um Y. É chamada de região de dobradiça por que permite uma flexibilidade dos braços da imunoglobulina, neste ponto.
Domínios – são dobras em formas globulares presentes na estrutura das cadeias leves e pesadas.
4 – Os isotipos são subclasses de anticorpos que diferem entre si pela variação da porção Fc das imunoglobulinas. São cincos os isotipos encontrados:
A IgM é a primeira imunoglobulina a ser expressa na membrana das células B. Sua forma é pentamérica e, por tanto, não atravessa a barreira transplacentária. Atua na resposta imediata, enquanto não há a produção do IgG.
A IgD corresponde a menos de 1% do total de imunoglobulinas e não possui a forma secretória. 
A IgG é a imunoglobulina mais abundante na resposta imune secundária. Atravessa a barreira transplacentária, conferindo imunidade passiva ao feto.
A IgA é predominante nas secreções mucosserosas e conferem proteção contra a colonização das mucosas por microoganismos.
A IgE participa dos processos alérgicos pela ativação dos mastócitos e também atua na resposta imune contra os helmintos.
5- As pontes dissulfeto ligam as duas cadeias pesadas às duas cadeias leves da estrutura do anticorpo. Elas formam a região de dobradiça, em forma de Y, chamadas assim pela flexibilidade que confere à molécula neste ponto, facilitando a estabilização antígeno-anticorpo; o que permite o movimento independente dos sítios de ligação de antígenos em relação ao restante da molécula.
6- O primeiro método usado para produzir anticorpos homogêneos ou monoclonais, foi descrito por Georges Kohler e Cesar Milstein em 1975. É uma técnica baseada no fato de que cada linfócito B produz anticorpos de uma especificidade única. Como os linfócitos B normais não podem crescer indefinidamente, é preciso que as células B não morram para que produzam um anticorpo específico. Isso é feito através de uma fusão nuclear ou hibridização de células somáticas, entre um plasmócito normal e uma célula mieloma, seguido de uma seleção dessas células fundidas que secretam anticorpos da especificidade desejada, derivada da célula B normal. Essas linhas de célula produtoras de anticorpos imortalizados por essa fusão são chamadas de hibridomas, e os anticorpos que elas produzem são chamados anticorpos monoclonais. 
7- As células B são geradas a partir de células progenitoras na medula óssea. Após o rearranjo gênico iniciais, uma IgM monomérica é expressa na superfície celular. Uma vez que a IgM de superfície for expressa, esta pode funcionar como receptor de antígeno. Se ocorrer interação entre antígeno próprio e IgM se superfície em células B imaturas, estas podem sofrer apoptose, alterar seu receptor ou tornarem-se anérgicas; esse mecanismo estabelece tolerância das células B a antígenos próprios. As células B que sobrevivem a essa seleção migram para periferia e passam a expressar IgM monomérica e IgA em sua superfície, tornando-se uma célula B madura virgem.
8- Há uma ligação com receptores no endossomos, isso deixa o IgG protegido no interior dos endossomos que posteriormente serão liberados aos poucos, isso faz com que o IgG obtenha assim um tempo de meia-vida muito superior as demais imunoglobulinas.
9- Hapteno: são estruturas químicas que induzem resposta imune, mas não são reconhecidas pelo organismo quando sozinhos. O completo Hapteno carreador pode atuar como imunógeno quando ligados a proteína (ligação feita pelo MHC classe II ) e o Hapteno livre não. 
Epítopos: determinante antigênico; são sequências de aminoácidos presentes na estrutura proteica do antígeno que é reconhecida por receptores específicos nos anticorpos.
10- Afinidade: é a ligação espontânea, fácil de acontecer. ( é a força de atração entre o antígeno e o anticorpo).
Avidez: se refere à força (intensidade) da ligação antígeno-anticorpo depois da formação dos complexos reversíveis.
11 – Na concentração certa, chamada zona de equivalência, o antígeno e o anticorpo formam uma extensa rede moléculas unidas por ligações cruzadas deforma que a maioria ou todas as moléculas de antígenos e anticorpos estão unidas em complexas massas de grandes proporções.

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